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Foz do Iguaçu
DADOS GERAIS:
Estado que Pertence: Paraná
Data de Fundação: 10 de junho de 1914.
Gentílico: iguaçuense
População: 256.088 (Censo 2010 - IBGE)
População: 263.915 (estimativa 2016)
Área (em km²): 617,700
Densidade Demográfica (habitantes por km²): 414,58 (ano de 2010)
Altitude (em metros): 200
DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS
Produto Interno Bruto (PIB): R$ 13,1 bilhões (ano de 2015)
Renda Per Capita: R$ 45.200 (ano de 2015)
Principais Atividades Econômicas: turismo, geração de energia elétrica e comércio.
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM): 0,751 (PNUD - 2010)
ECONOMIA EM FOZ DO IGUAÇU
Desde a sua criação Foz do Iguaçu atravessou quatro ciclos econômicos importantes, o ciclo da extração da madeira e cultivo de erva-mate, o ciclo da Hidrelétrica de Itaipu, o ciclo de exportação e turismo de compras e, por fim, o ciclo do comércio e eventos.
O ciclo da extração da madeira e cultivo da erva-mate durou aproximadamente um século, de 1870 a 1970. Essa foi a primeira atividade econômica do município, realizada pelos índios, argentinos e paraguaios. Durante essa época, as plantações estendiam-se por todo o oeste do Paraná até a região de Guarapuava. Durante esse ciclo, instalou-se no local a Colônia Militar Iguaçu e, por conta disso, houve uma maior fixação de brasileiros na região, possibilitando o desenvolvimento de um pequeno comércio e das pequenas propriedades rurais.
O próximo ciclo econômico, o ciclo de Itaipu, durou dez anos, de 1970 a 1980, durante a construção da Hidrelétrica de Itaipu, contribuindo não só com o desenvolvimento econômico da região, mas também demográfico, visto que a implantação do empreendimento de energia acarretou em uma onda migratória para o município, carente de mão de obra, causando um crescimento populacional de 385%. A cidade que anteriormente contava com 34 mil habitantes passou a ter 136 mil, sendo 50 mil só os funcionários da hidrelétrica no auge de sua construção. Dentre os migrantes, estavam famílias vindas de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além dos provenientes do próprio estado do Paraná. Esse contingente dedicou-se, em grande parte, à prestação de serviços, fazendo com que aumentassem os investimentos do setor público em infraestrutura urbana.
Em seguida houve o ciclo de exportação e turismo de compras, que estabeleceu-se entre 1980 e 1995, devido, principalmente, à abertura da Zona Livre de Comércio em Ciudad del Este, no Paraguai. Esse ciclo foi o responsável por absorver grande parte da mão de obra que ficara obsoleta por causa do término da construção da hidrelétrica, inaugurada em 1982. Com investimentos asiáticos e árabes, em pouco tempo a cidade paraguaia tornou-se o 3º maior centro comercial mundial.
Entretanto, apesar do crescimento comercial, o Paraguai carecia de bens de consumo básicos, como alimentos, roupas, materiais para casa, entre outros. Tal carência foi suprida pelos exportadores brasileiros que, notando que os produtos paraguaios não eram suficientes em qualidade e quantidade para atender a demanda, instalaram-se em Foz do Iguaçu e beneficiaram-se, aumentando a oferta de empregos e renda local. Foz do Iguaçu tornou-se um verdadeiro centro das mercadorias destinadas ao mercado do país vizinho.
Por fim, o ciclo de desenvolvimento sustentável, do turismo, comércio e eventos, iniciou-se em 1995 e perdura até os dias atuais. Tal ciclo começou com a consolidação do Mercosul (Mercado Comum do Sul), que na sua formação original era composto por quatro países da América do Sul: Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. A proposta desse bloco é a igualdade de impostos, a adoção de uma política comercial e o estabelecimento de uma tarifa externa comum.
O rompimento com o ciclo econômico anterior fez desaparecer grande parte do setor exportador e reduzir significativamente o turismo de compras e a ocupação de estabelecimentos hoteleiros de menor porte. Contudo, com a estratégica localização no Mercosul, Foz do Iguaçu atraiu novos investimentos, ampliou suas atividades comerciais e consolidou suas empresas, principalmente no que diz respeito ao turismo de negócios e eventos, que tem propiciado um incremento no número de visitantes no município, com inúmeros investimentos feitos pelo setor privado nesse segmento. A cidade é, atualmente, a segunda maior receptora de eventos no Paraná, ficando atrás somente da capital Curitiba.
Atualmente, segundo o IBGE, Foz do Iguaçu conta com uma população de 325.137 conta, ainda, com os royalties provenientes da hidrelétrica, já que os 170 quilômetros de extensão do Reservatório de Itaipu, entre Foz do Iguaçu e Guaíra, atinge 16 municípios, dos quais 15 estão no Paraná e um no Mato Grosso do Sul. Para compensar as áreas alagadas, a Itaipu paga royalties para essas cidades, sendo que Foz do Iguaçu já recebeu mais de 200 milhões de dólares desde 1985. Atualmente, o IDH de Foz do iguaçu é de 0,788, seu PIB de R$ 4.853.331 mil e seu PIB per capita de R$ 16.102,00.
ATIVIDADES ECONÔMICAS (EM Nº DE PESSOAS)
Atividades administrativas e serviços complementares: 5.724
Administração pública, defesa e seguridade social: 6.289
Educação : 7.052
Saúde humana e serviços sociais: 4.849
Artes, cultura, esporte e recreação: 1.339
Outras atividades de serviços: 4.425
Serviços domésticos: 8.655
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais: 24
Atividades mal especificadas 8.205
TOTAL Nº DE PESSOAS 123.643
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E EMPREGOS SEGUNDO AS ATIVIDADES ECONÔMICAS - 2017 CATARATAS DO IGUAÇU
INDÚSTRIA: INDÚSTRIA (393) EMPREGOS 3.832
Extração de minerais: estabelecimentos (4) empregos 29
Transformação: estabelecimentos (375) empregos 2.189
Produtos minerais não metálicos: estabelecimentos (38) empregos 340
Metalúrgica: estabelecimentos (60) empregos 343
Mecânica: estabelecimentos(13) empregos 49
Material elétrico e de comunicações: estabelecimentos (7) empregos 30
Material de transporte: estabelecimentos (7) empregos 27
Madeira e do mobiliário: estabelecimentos (49) empregos 219
Papel, papelão, editorial e gráfica: estabelecimentos (36) empregos 135
Borracha, fumo, couros, peles e produtos similares e indústria diversa: estabelecimentos (23) empregos 113
Química, de produtos farmacêuticos, veterinários, de perfumaria, sabões,velas e matérias plásticas: estabelecimentos (20) empregos 171
Têxtil, do vestuário e artefatos de tecidos: estabelecimentos (37) empregos 262
Produtos alimentícios, de bebida e álcool etílico: estabelecimentos (84) empregos 500
Serviços industriais de utilidade pública: estabelecimentos (14) empregos 1.614
CONSTRUÇÃO CIVIL: estabelecimentos (389) empregos 1.935
COMÉRCIO 3.136 17.969
Comércio varejista: estabelecimentos (2.827) empregos 15.578
Comércio atacadista: estabelecimentos (309) empregos 2.391
SERVIÇOS: estabelecimentos (3.076) empregos 37.285
PROJETO E CONSTRUÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU
Na década de 1960, especificamente nos anos que se seguiram ao período de governo militar, foram travados encontros entre os governantes do Brasil e Paraguai com o objetivo de concretizar maior aproximação e integração entre as duas nações, resultando principalmente na assinatura da Ata do Iguaçu em 1966. Através deste acordo, os dois países assumiram o compromisso de construir uma usina hidrelétrica binacional, aproveitando os recursos do rio 43 Este acordo, apesar de manter-se guardado nos gabinetes militares até o momento da assinatura do tratado de Itaipu no ano de 1973, pois existiam inúmeras questões a serem resolvidas para sua execução, que iam desde a parte técnica até a diplomática, colocaria o país numa posição de destaque internacional
Paraná que separa torialmente os dois países. Assim, concretizaram um projeto que vinha sendo discutido e se arrastando desde o governo Juscelino Kubitschek. O projeto Itaipu previa a construção da maior usina hidrelétrica do mundo, com o aproveitamento do grande potencial energético do Rio Paraná. Estabeleceu-se do ponto de vista técnico e de critérios políticos que a usina deveria localizar-se na cidade de Foz do Iguaçu, na divisa com a cidade de Hernandarias, no Paraguai. Nesta perspectiva, explicita que:[...] localizada na região da ‘tríplice fronteira’, o governo buscava ocupar estrategicamente o espaço fronteiriço com o Paraguai e a Argentina, impondo um projeto de dimensões gigantescas, que pudesse definir seu controle sobre o ‘conesul’ da América do Sul, e no mesmo sentido, trazer o país guarani para seu eixo de influência afastando-se da tradicional dependência com Argentina.
No momento em que os governos brasileiro e paraguaio anunciaram que seria construída a usina de Itaipu, ou seja, no início da década de 1970, muitas pessoas, inclusive da imprensa dos grandes centros urbanos do país, pouco conheciam sobre a existência de Foz do Iguaçu no extremo Oeste paranaense. De forma geral corria a notícia de que ali se encontravam as Cataratas do Iguaçu, por outro lado, praticamente nada se sabia sobre a cidade. Os dados divulgados .Com a construção da referida usina, a questão de disputas fronteiriças entre Brasil e Paraguai seria definitivamente resolvida. A região de Guaíra, mais especificamente os saltos existentes no Rio Paraná naquela porção, vinha sendo durante décadas o motivo de diversos desentendimentos e obstáculo para acordos entre os dois países. Estas disputas haviam levado, inclusive, à intervenção militar brasileira, com o envio e estabelecimento de tropas do exército naquela área. A formação do lago de Itaipu acabaria de vez com as questões de limite entre os dois países, ampliando, a partir deste momento a cooperação entre os países no usufruto dos benefícios provenientes daquele empreendimento.
É importante salientar que Itaipu empregou a maior parte dos operários para as atividades mais simples da construção, como o desmatamento da área onde seria realizada a obra e a construção civil. Para abrigar estes trabalhadores, assim como suas famílias, Itaipu construiu outro espaço com 2.900 residências, que possuíam entre 70 e 100 metros quadrados. Este se encontrava próximo ao canteiro de obras, sendo denominado de Vila C. Ao contrário das casas das outras vilas, estas moradias eram mais simples, sendo constituídas por quatro residências geminadas num quadrilátero. O número de residentes nas vilas A, B e C de Itaipu, no ano de 1980, chegava quase a 35.000 pessoas, representando 35% da população urbana local. Para os trabalhadores solteiros que estavam atuando na fase inicial das obras foram construídos alojamentos localizados no próprio canteiro de obras. Em relação ao número de trabalhadores em Itaipu, Sotuyo (1998) explicita que o maior número de trabalhadores se deu em junho de 1978, com 30.263 pessoas, dos quais 20.090 eram brasileiros e 10.173 eram paraguaios.
FONTES
INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE ARTE, CULTURA E HISTÓRIA (ILAACH)
thecities.com.br
Portal Online Prefeitura de Foz do Iguaçu
Cláudia Heloiza Conte
II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) –1975/1979. Brasília, 1974.
O CENTENÁRIO FOZ DO IGUAÇU - Projeto Foz 100 Anos.(VIDEO)
http://www.ipardes.gov.br
FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra. A classificação da atividade econômica é pela Classificação Nacional de Atividade Econômica Domiciliar
FONTE: IBGE - Censo Demográfico - Dados da amostra
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