#osmonstrosdelagritam
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eu sinto falta de mim. é triste olhar pra trás e notar que a aquela menina que acreditava, ria, sonhava e almejava um futuro melhor. que sonhava em se formar e ter o emprego que pelo menos, lhe desse condições de sobreviver no seu canto, que acreditava nas pessoas, na bondade das pessoas, no amor das pessoas, que confiava sem medo de se arrebentar depois, morreu. não existe mais. ela morreu junto com o último adeus que deram pra ela a mais de 10 anos atrás. morreu. hoje só existe uma pessoa fria, chora pouco porque já derramou lágrimas demais. fechada, com mais trancas em seu coração do que o lugar que protege as jóias da rainha. não se abre, não desabafa, só desaba em silêncio e se levanta de novo e de novo e de novo e quantas vezes forem nescessárias. que se protege de qualquer pessoa e que já espera a ida das poucas que aparecem. ela sorri, ela brinca, ela faz a festa ser aonde ela estiver, mas por dentro, só ela sabe o quanto está vazia, o quanto se sente só. é ela e só ela, que sorri no outro dia mesmo com um pesar no peito. só ela sabe o quando dói ser ela.
os monstros que habitam dentro dela, gritam.
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os outros olham pra mim, e aparentemente estou bem. sirriso no rosto, tratando todos com gentiliza, sendo grosseira com quem precisa e as vezes - grande maioria das vezes - sendo uma chata, mas é normal, a maioria é assim, não é? acontece que a pessoa que eu sou longe de todos e até dos meus pais, só Deus e eu sabemos como me sinto. um lixo. uma inútil. cheia de defeitos, inseguranças e falhas. a muito tempo, não me sentia sentimental assim ao ponto de chorar um dia sim e o outro também.
isso me isso dói. dói saber que eu me deixo dominar por todas elas. depois de tanto tempo. eu juro, eu sei viver só, sei vicer com a minha própria companhia, pelo menis eu sabia, todos esses anos até esse ano derrubar e me fazer sentirl vulnerável, frágil, fraca, incapaz. e eu juro, eu odeio isso.
eu olho pra menina que eu era com 9 anos, e sei que ela não estarua orgulhosa da mulher que eu virei, essa aqui, que mal tem vontade de viver. de levantar. de existir. que hoje é só. eu sei, amigos não te impedem de nada, mas, nis ajudam. todos estão longe e não me sobra ninguém. se eu pudesse encontrar neuveu de 9 anos eu diria "eu falhei pequena, falhei por escutar muito os outros e nunca fazer o que eu queria, e aturar coisas que ninguém deveria aturar. então, lute e vença. esqueça padrões de beleza e por favor pequena, não entre cada vez mais fundo nesse abismo chamado solidão"
os monstros que habitam dentro de, gritam.
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não nego, tenho uns dias melhores que outros, mas a real é que ando um caco, parece que me pegaram e tacaram na parede e como um vidro, eu despedacei em vários pedaços. hoje, foi um desses dias em que me senti quebrada, destroçada e sem vontade de se quer, respirar. eu não sei, quando vou me sentor bem e se um dia, eu vou me sentir inteira. suficiente pra alguém. tão suficiente ao ponto de olhar pro lado, e pensar - cara entre tantas pessoas, essa me escolheu, essa ficou, mesmo sabendo de tudo, mesmo sabendo dos meus traumas, dos meus medos, das inseguranças, da mania de me auto sabotar em qualquer coisa que esteja dando certo seja amizade a uma coisa mais séria, que a propósito, não cedo á isso, há anos. eu me fechei, fechei ao ponto de não deixar ninguém entrar, de já esperar o pior acontecer, de já ficar esperando a pessoa ir embora da minha vida, até porque, todos vão, ninguém fica. eu sou um cemitério, me sinto assim. eu enterro tudo que sinto, todas as pessoas que eu amei, que eu sinto algo especial, enterrei amizades, enterreo cicatrizes e, enterro todos os dias a minha tristeza e a minha solidão e coloco um sorriso no rosto, faço brincadeiras, agito, mas no fundo, eu sou só tristeza, tristeza e solidão. costumo dizer que sou a pessoa mais feliz e triste ao mesmo tempo.
os monstros que habitam dentro dela, gritam.
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será que amor, quando eu me sinto triste, por você estar triste? será que amor, quando você está bem e me faz ficar bem também? será que amor, quando a sua risada se envolve com a minha e nos perdemos sem saber de quem foi o primeiro a rir? eu me recuso a acreditar que seja. eu acabei de me reconstruir, de juntar meus pedaços e não quero quebrar tudo de novo. eu não sei o que é, só sei que sinto que viramos um só. só queria poder ler seus pensamentos como o professor Xavier e saber o que pensa sobre nós, sobre nosso lance, sobre isso.
os monstros que habitam dentro dela, gritam.
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ontem, conversando com uma amiga, pela primeira vez admiti que eu ando sentindo sua falta. não é falta do jeito que você pensa que é, porque eu aposto que se eu te dissesse isso, tu iria imaginar que era dessa forma, mas, não é. eu te tinha como um amigo, além de um rolo. eu sentia confiança em ti e você disse que também sentia em mim. você não admitiu e nunca vai admitir, mas eu sei que toda a lambança que tu fez e jogou em mim a culpa, mesmo depois de ter te explicado e deixado tudo mais claro do que água, de que eu sentia falta era do meu amigo, daquele cara que me ligava pela manhã e a noite quando não nos víamos, e ficávamos mais de 3 horas falando sobre tudo e nunca foi, porque te amava. mas você, você aparentava que estava gostando de mim e não fez nem o mínimo pra consertar as coisas e manter a amizade. eu fui dura, sim, eu fui, mas foi somente pra te mostrar que eu não sou bagunça nem como eu disse pra uma amiga "casa da mãe Joana" eu fiz mais do que devia, pra pelo menos, te manter como amigo e tu se fazia de cínico e não teve coragem de sentar e conversar sobre tudo que coloquei na mesa. eu sei, eu realmente sei, que tu não merece nem a falta que eu sinto das nossas conversas, já falei pra mim mesma diversas vezes, só que infelizmente eu sinto. e sabe o que eu queria? era tirar isso de mim.
os monstros que habitam dentro dela, gritam.
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e ontem, eu tive coragem de excluir seu numero e bloquea - lo te impedindo de me mandar mensagem e de me ligar. e se você estiver lendo isso, saiba de uma coisa: eu não te amava como você achava que eu amava, eu não estava sofrendo loucamente de amor por você. mas sim, eu sentia sua falta, eu sentia falta, das nossas conversas, nossa transa e nossas risadas, de madrugada, escondidos dos meus pais. gostava do jeito que me incluía no seu dia, sem eu ter que pedir. e era por isso que a nossa conversa fluía, você não deixava morrer. mas você mudou. mudou sim, não ouse dizer ao contrário. e eu lutei, como nunca tinha feito antes pra manter o que tínhamos, pra no final de tudo, você jogar a culpa em mim, me chamar de criança e de birenta e infantil, mas, eu só estava sendo reciproca as suas atitudes. eu insisti em saber, tu contou e continuou mudando. o tempo que você tinha de sobra, já não tinha mais. a noite, não virava mais dia. nossas conversas não fluiam mais, e eu insistindo em uma coisa que não me cabia. você sabe, sabe sim que eu estava tentando te mandar mensagens empolgadas, puxar assuntos e mandar áudios, e você ignorava, ou respondia seco. você queria que eu ficasse te adulando, né? mas eu não sou assim, você soube disso desde o inicio. suas palavras me machucaram, me feriram mais do que qualquer outra humilhação que eu já passei nesses meus 26 anos de idade. eu não te dei adeus, eu não me despedi. e se você realmente me quiser e tiver a coragem de assumir teus erros, a porta da minha casa vai estar aberta, mais no fundo, eu sei que tu não vem, e eu não espero mesmo que venha. e se eu passar por ti na rua? você vai ser um estranho pra mim. afinal, foi isso que você virou pra mim, um estranho.
os monstros que habitam dentro dela, gritam.
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o nosso ultimo beijo, não foi um beijo de despedida. nossa ultima transa, não foi a de despedida. no nosso ultimo "se cuida" eu queria te cuidar, mas não é assim que funciona a vida. você se distanciou e eu já não o reconhecia mais. você não teve coragem de me falar que estava enjoado de mim ou que não queria mais nada. e eu juro, que se tivesse feito isso, eu entenderia, mas, optou por uma outra estratégia, que me afastou mais e mais de você. e sabe? eu não sinto "muito" mais, eu desisti, desisti porque não adianta dar murro em ponta de faca, tu não vai voltar ao normal, não ver ser aquele cara que eu conheci, não vai rir como antes, nem gargalhar, não vai puxar conversa, não vai manter uma, ou me manter interessada. não vai me ouvir e não vai se quer, conversar sobre. então, segue dai que eu sigo daqui, como sempre segui.
os monstros que habitam dentro dela, gritam.
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deixei até o livro que eu comecei a ler pra aliviar meus pensamentos de lado, pra escrever o que eu sinto agora. eu vi um twitter onde dizia "ter MEDO de gostar de alguém de novo é tão triste." e de fato, é. ninguém deveria ter medo de abaixar a guarda a amar alguém novamente, por que outras pessoas ferraram o psicológico dela. ninguém deveria ter trauma de abandono em que, ao primeiro sinal de mudança, você se afasta pra não correr o risco de ser deixado novamente, igual eu fiz. igual eu faço. e vou fazer por muito tempo, até que alguém venha e, me prove o contrario, me faça acreditar que veio pra me amar de verdade, porque até agora, eu sigo acreditando que sou melhor só. sabe, aquela história de que "pra todo sapato velho, tem um par" é assim o ditado? não sei bem, só sei que sinto, que isso não se encaixa em mim. ou eu sou madura, chata, intolerante demais com certas atitudes, ou eu sou detestável, infantil demais pra me relacionar com alguém. ou o meu amontoado de inseguranças e medos, afasta todo mundo que se aproxima. eu tenho a sensação de que eu, vou ser a tia dos gatos da familia. e posso contar um segredo? isso não me assusta. pelo menos, não mais.
os monstros que habitam dentro dela, gritam.
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eu estou deitada de bruços, no fone toca músicas aleatórias da play que mostrei pra ti, deitada sob o traveseiro e o urso eu penso:
- eu sempre fui boa em despedidas, porque esse medo?
e logo em seguida eu lembro que talvez eu esteja com medo de te dar adeus, do dia que isso acontecer - por que sim, vai acontecer - simplesmente pelo fato de conversar contigo e ouvir tua voz com aquele sotaque que eu tanto amo, falando baixo no áudio, e me acalmando. pelo simples fato de tu me incluir e me dar carinho falando coisas carinhosas, mesmo você sabendo, que eu sou toda cheia de traumas. a gente se dá bem, isso ninguém pode negar. nossos papos, nossas risadas, são todas loucas. e eu preciso te ver, te abraçar, sentir seu cheiro, tua barba roçanfo em mim, sentir você, tua voz no meu ouvido e tu me fazendo ficar sem graça.
e ai eu olho pro céu agora, tem poucas estrelas e a lua brilha, e eu respiro fundo, e chego a conclusão: após anos, seu adeus, vai ser doído e eu não tô pronto e nunca estarei pronta pra isso.
os monstros que habitam dentro dela gritam.
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