#onde ela estava acontecia o verão
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O fogo do começo de namoro.
By; J.Paulo
Bem… era começo de namoro e todos sabem como é, né? Fogo 24h por dia!
Era verão e estávamos numa praia onde sempre veraneamos quando solteiros e fomos convidados para um churrasco na casa de amigos.
Recebemos a mensagem quando estávamos na praia, e aceitamos o convite. Assim, fomos em casa só para pegar o carro e fomos do jeito que estávamos… ela colocou só uma saída da praia e eu um short.
Chegamos e fomos recebidos pelo dono da casa. No local tinha pouca gente… umas 6 pessoas só. Inclusive uma amiga dela (muito gostosa), mas nem éramos do meio, e isso já faz uns 7 anos mais ou menos.
Bebemos, rimos e comemos, foi uma confraternização entre amigos. Quando era umas 16 horas resolvemos ir embora. Era dia de semana de janeiro, ou seja, pouca gente na cidade de veraneio. Entramos no carro e já estávamos a caminho de casa.
Eu estava muito apertado então resolvi parar para tirar a água do joelho… parei numa rua meio deserta e com poucas casas, fui num cantinho e aliviei.
Entrei no carro e ela tinha tirado a saída de banho e arrastado o banco um pouco para trás.
Eu entrei no carro e já notei a buceta saliente por cima no biquíni, meu pau começou a ficar duro imediatamente…então passei a mão na perna dela e disse:
- “Quer ir pra casa mesmo?”
E ela respondeu: - “Quero mais não!”.
Eu fui subindo a mão até tocar na buceta dela por cima do biquíni, fiquei ali massageando e escutando sua respiração mudar! Era uma mão tocando ela e a outra pegando no meu pau por cima do short. Foi aí que ela olhou para o lado, viu e deu uma risada gostosa.
Tirei o short que eu estava vestindo e fiquei só de sunga já com o pau quase saindo, o cordão já estava desamarrado mesmo! Tirei o pau pra fora, comecei a punhetar e voltei a tocar na buceta dela.
Ela estava de olho no que eu estava fazendo, então começou a pegar nos próprios seios, apertando eles firmemente até a sua respiração ir aumentando, até que ela finalmente colocou eles para fora.
Nesse momento eu já tinha afastado o biquíni dela de lado e já estava massageando o grelo dela… era um grelo bem saliente! Eu adoro!
Meu carro tinha película, mas não era totalmente escura, quem chegasse perto demais do carro dava pra ver o que acontecia, mas como eu disse, a cidade estava vazia por ser dia de semana.
Mesmo assim, a sensação de ter a chance de sermos pegos no flagra deixava tudo mais gostoso.
Num dado momento, ela se levantou assustada pq passou um carro. Olhou em volta pra saber se tinha algum movimento e ficou observando assustada.
Eu disse: - “O carro passou por aqui, mas tava tão rápido que perdeu de ver essa cena linda”.
Ela respondeu que ficou com medo e eu respondi: - “nesse tesão todo não tem como ter medo de nada”.
- “Tô vendo seu enorme tesão”, ela respondeu.
Assim, eu a convidei para aproveitar um pouco mais do meu fogo. Do jeito que estava, com o biquíni afastado e os seios de fora, ela veio me chupar.
Começou a punhetar e chupar ao mesmo tempo, ela chupava meu saco e batia uma em mim, eu estava ficando louco já, então pedi pra chupar ela
A safadinha voltou para o banco, inclinou-se um pouco pra trás e caí de boca naquela buceta delicia! Chupei até ela quase gozar!
Eu pedi pra ela sentar em mim, afastei meu banco para trás, inclinei um pouco e ela veio sentar de frente pra mim. Meu pau tava uma rocha de tão duro tamanho era o tesão daquele momento.
Ela ficou sentando devagar para o carro não balançar muito, até que ela viu um carro vindo em nossa direção e parou o movimento.
- ” Tá vindo um carro” – ela disse.
Eu respondi: - “Deixe ele vir… tenho coisa melhor pra fazer do que me preocupar com isso”.
Ela riu e disse: - “É né, safado? Então vê se assim tá bom”.
Ela começou a rebolar bem devagar, descendo e subindo lentamente até o carro passar, quase gozo assim!
Ela disse que queria sentar de costas para mim, então trocamos a posição e ela ficou quicando no pau de costa e disse:
- “Que pau delícia… dá até pra ver eu escondendo ele todo em mim”.
Ela ajeitou o retrovisor pra ficar vendo o meu pau entrando e saindo da buceta dela! Sentou até gozar! Eu estava quase gozando e ela pediu para chupar até eu gozar na boca dela!
Que transa gostosa!
Enviado ao Te Contos por J.Paulo
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Praia particular parte 1
13 de janeiro, auge da temporada de verão, praias lotadas e casal de jovens reclamando dos preços das passagens e a quantidade de hotéis lotados.
"Por queeeeeeee tá tudo tão caro?!?"
Reclamou Takato Matsuki estreiando seu novo goggle que ganhou de presente.
"Eu não ligo pro preço, o que me irrita é que todos os melhores hotéis estão lotados! "
A jovem abacaxi ruiva, Ruki Makino, jogou seu celular no sofá, completamente frustrada com seus planos que foram por água abaixo.
"Como é que vou aproveitar minhas merecidas férias se vai ter um bando de pirralhos irritantes por perto."
Com seu plano da viagem perfeita completamente destruído, os dois se juntam no sofá para ficar de mal-humor juntos.
"Saco..."
"Porre..."
"Disgrama"
"Desgraça"
"Buceta"
"Cuceta"
Ruki para pôr um momento para processar o que acabou de escutar.
"Cuceta?"
" Sim, cuceta"
" Takato, de onde caralhos você tirou a palavra 'cuceta'? "
Takato apenas sorriu, um sorriso que Ruki conhecia bem: uma resposta besta estava por vir.
"Do cu"
Ele segurava a risada, ela segurava a necessidade de o esganar.
"Se eu não te amasse eu te matava."
"Hehe~"
Ruki dá um peteleco em sua testa antes de levantar.
"Okay, então o que vamos fazer? Eu não vou gastar minhas férias jogadas no sofá."
" O que podemos fazer é a melhor pergunta, já que não temos praias nem hotéis, e com esse calor dos infernos shopping vai ser uma merda"
As possibilidades pareciam inexistentes, até que um onda de inspiração vem para Takato.
" Espera, eu tive uma ideia, mas pra isso eu vou precisar que você saia para comprar umas coisas enquanto eu vou em outro lugar comprar outras coisas"
Ele parecia bem animado com sua ideia, mas não pretendia compartilhar o que está planejado, esperando a surpreender.
"Okay..." Um pouco desconfiada " O que quer que eu compre?"
" Compra o que quiser de comidas e bebidas para nós dois"
" Tá, mas e você? "
" Surpresa, esquenta não, você vai gostar "
Ruki apenas aceitou que ele não iria abrir o jogo e seguiu em direção ao quarto para se arrumar, Takato aproveitou a oportunidade para provocar e paquerar um pouco seu amor.
Chegando calmamente por trás de sua amada, a envolvendo em seus braços e beijando de seu ombro até o pescoço, os leves e sutis gemidos de aprovação era tudo que precisa ouvir de sua amada.
" Okay, okay, vai se arrumar também se não vamos ficar aqui no quarto o dia todo de novo" Disse Ruki virando para seu amado e dando uma leve mordida em seu pescoço. "Ou pelo menos até a noite" sussurrou em seu ouvido e foi para o banheiro.
Os minutos se passaram e logo ambos estavam fora de casa, Ruki em direção a uma feira de frutas que sua amiga Juri recomendou, Takato por outro lado a esperou sair de vista para pegar o telefone e ligar para um amigo distante.
" Eae, sou eu, então... vou precisar de um favor seu..."
______________________________________________
Feira do Espírito do Verão é uma das maiores que acontecia em sua cidade, sempre tendo as frutas mais frescas da estação, barracas com doces e bebidas artesanais e caseiros, além de um pequeno show para atrair mais pessoas.
Ruki passava só olhando enquanto procurava sua amiga.
"Ooooooooiii Ruivinhaaaaaaaa, aquiiiii"
Juri acenava de uma mesa perto de uma barraquinha de smoothies, Henry já saboreava um com uma mistura de carambola e mamão.
'Não poderia ser mais barulhenta.' Antes que pudesse sentar para juntar na mesa, Juri se jogou em um abraço bem apertado.
" Saudades ruivinha, sentia falta de apoiar minha cabeça contra esses melões, parece que cresceram desde a última vez que nos vimos~" Juri se divertia provocando sua amiga. "Hummmm esse airbag aqui atras também tá bem durinho e redondo hehehe~" Quando sentiu Juri apertando sua bunda Ruki apenas deu um soco não letal em sua cabeça. "Ai~ até parece que você também não está com saudades"
"Não muito, estava tão pacifico e tranquilo antes" se soltando do grude de sua amiga. "Você precisa viajar mais vezes" sentou de frente para onde Juri estava antes.
"Ai, doeu." Juri fingiu ter seu coração quebrado mas até ela sabe que isso não ia funcionar em sua amiga ou com Henry, mas funcionaria com Takato.
Henry e Ruki apenas acenaram com a cabeça um para o outro, era algo relativamente comum para os dois, sua amizade quase tinha um ar profissional devido que os dois se respeitavam bastante tanto como colegas de trabalho no passado como amigos.
"Então, o que veio a procura hoje?" Juri estava mais que curiosa com os planos de sua amiga.
"Procurando umas frutas tropicais para uma coisinha que goggle-head esta aprontando para nós" Ruki tira uma listinha que fez no caminho de vir para a feira.
"Oooh~ Uma tarde romântica entre os dois?" Juri sorria vendo sua amiga virando o rosto lentamente para fora de seu olhar. "Conhecendo você, o romance vai vir depois de uma longa sessão de..." ao invés de terminar, apenas deu uma piscadinha para sua amiga que tinha um leve corado que estava tentando esconder. " Mas vamos lá! Tenho umas recomendações maravilhosas para você~"
Henry observou as duas sumirem na multidão, por mais que não demonstrasse, estava feliz de ver sua amada se divertindo com sua melhor amiga.
Após terminar mais um smoothie, sentiu seu celular vibrando no bolso, era seu amigo Takato ligando.
"Takato?" Por mais que soubesse que era seu amigo, achou estranho uma ligação espontânea dele;
"Heeenry, quanto tempo, como foi a viajem?"
"Desembucha, o que quer?"
Sendo amigos a anos, era fácil saber quando Takato estava realmente curioso sobre algo ou puxando o saco para pedir um favor.
"Caramba, eu sou tão obvio assim?"
"Sim"
"Ah"
"A Ruki saiu com a Juri se isso importa para o que vai pedir"
"Okay, ótimo, então..."
Ruki estava tão distraída com o tempo que estava passando com Juri, que quando se deu conta as horas haviam passado quando observou o céu banhado pelos lindos raios laranjas do sol do fim da tarde, assim que pegou suas coisas, se despediu dos dois e foi voltando pra casa, um pouco ansiosa e preocupada com a ideia de Takato.
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informações
Nome completo: Peter Kim
Data de nascimento: 01 de abril de 2001
Local de nascimento: Adelaide, Austrália
Entrou no complexo: 2024
Esporte: E-sports (League of Legends - ADC)
Pavilhão: Aereus
Prompt: Muse A
Perfil: @peterhdc
Faceclaim: Jake (Enhypen)
entrevista
Vamos começar pelo início. Conte-nos, brevemente, sobre sua família, sua infância e adolescência. Em que momento percebeu que queria ser atleta? Foi algo específico ou um desejo que cresceu em você?
É complicado, quer dizer, parte da minha família é complicada. Desde pequeno sempre fui muito incentivado a estudar por conta dos meus pais, eles queriam que eu fosse “algo na vida”, mas nunca tive nenhum talento acadêmico. Era sempre uma cobrança que eu não conseguia lidar. Fora que eles estavam sempre brigando, fosse por minha causa, ou por causa do meu irmão. Eles são separados, sabe? E brigaram até mesmo para ver com quem ficaria a guarda. Sempre que isso acontecia eu não sabia onde enfiar a cara e quando comecei com minhas lives na Twitch, um lugar que eu me sentia acolhido, percebi que era exatamente isso que eu queria fazer. Num surto momentâneo, meu irmão e eu decidimos ir para a Coreia do Sul morar com nosso avô e foi aí que as coisas começaram a melhorar.
Qual sua lembrança mais marcante, seja como espectador ou em sua carreira, relacionada ao seu esporte? E ainda sobre lembranças marcantes, existe alguém que te inspirou e inspira até hoje? Por quê?
No início da minha carreira, eu gostava muito de acompanhar lives, acredito que isso me incentivou muito a ser quem eu sou hoje. Lembro de um streamer que eu acompanhava (hoje em dia ele já não faz mais lives) e ele me chamou para jogar junto com ele. Olha, a live estourou a bolha, um monte de pessoal começou a assistir a gente, fizemos mais algumas juntos e hoje em dia se minha carreira se consolidou é por causa dele. Realmente minha inspiração.
Pode nos contar, brevemente, sobre sua trajetória no esporte até o momento? E como é o seu reconhecimento dentro do cenário esportivo?
Não faz muito tempo que comecei, ta ali meio que em 2020 quando entrei no Gangnam (e isso foi depois de já ter uma fanbase consolidada na Twitch). Então, decidi procurar alguém para realmente me ajudar a me especializar, eu queria jogar em times maiores e não só de forma amadora. Então, foi no Gangnam que me consolidei e olha, nós éramos muito bons, pegamos sempre o pódio, foram assim anos de ouro. Estar aqui na Hamdeok não é diferente, eu gosto de ser um dos Dragons, nós fomos muito bem nos últimos Nacionais, ainda mais levando em consideração que éramos uma equipe iniciante, já que nunca tínhamos jogado juntos antes.
Como atleta, quais as maiores dificuldades que você enfrenta no dia a dia? Como você lida com elas?
Com toda certeza a luz do computador e vez ou outra coluna doendo, mãos doloridas… Quem fala que ser jogador de LOL é fácil, é porque nunca esteve na nossa posição! Mas acho que os haters também são complicados, vez ou outra tenho que ficar apagando coisa do chat, porque é assim, num nível absurdo.
O que torna o Hamdeok Complex diferente para você em comparação aos outros Centros de Treinamento Olímpico?
Acho que não preciso comparar os dois complexos que estive, certo? Mas aqui no Hamdeok, temos a Kiyoon e eu adoro ela! Quando fiquei sabendo que ela assumiria o time de E-Sports aqui do complexo, não pensei duas vezes em me mudar para cá e olha, eu não estava errado não!
atributos
dedicação: 2
determinação: 1
equilíbrio: 1
sorte: 1
versatilidade: 3
qualificações
Jogos Nacionais de Verão (2020) - 1º Lugar (Gangnam Olympic Park)
Nacionais de E-Sports Individuais (2021) - 2º Lugar (Gangnam Olympic Park)
Jogos Nacionais de Inverno (2022) - 1º Lugar (Gangnam Olympic Park)
Mundial de E-Sports (2022) - 1º Lugar (Korean Team)
Nacionais de E-Sports Individuais (2023) - 2º Lugar (Gangnam Olympic Park)
Jogos Asiáticos (2023) - 3º Lugar (Korean Team)
Jogos Nacionais de Verão (2024) - 1º Lugar (Hamdeok Complex)
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Ai, que delícia o verão
Luísa chega na mansão de Marquinhos, que conta o que acontecera mais cedo.
[Marquinhos]- precisamos ter extremo cuidado, Lu. Não sabemos onde o Otávio está e o que pretende fazer.
[Luísa]- não podemos perder o Arthur de vista, ele ainda está na mansão?
[Marquinhos]- sim, mas pedi pra buscarem ele e a Jandira, a funcionária que estava nos ajudando. Temos que protegê-la também.
[Luísa]- com certeza. O tio Otávio fez muita coisa, Marquinhos. Parece que a cada minuto uma nova bomba é revelada e eu fico ainda mais assustada.
[Marquinhos]- ele é um maldito. Vamos ficar na torcida pra que a polícia tenha o encontrado.
Nesse momento, Arthur chega, sendo consolado por Jean.
[Marquinhos]- amigo!
[Luísa]- Arthur, como você tá?
[Arthur]- tô bem, gente. Muito assustado, mas bem.
[Jean]- vamos deixar ele descansar um pouco.
[Marquinhos]- e a Jandira, Jean? Veio junto?
[Jean]- ela não foi encontrada. Ninguém lá na mansão sabe dela.
[Marquinhos]- ai...espero que ela esteja bem.
Otávio consegue fugir e se esconde na entrada da cidade. Com ele, está Jandira.
[Otávio]- feliz por ter me reencontrado, querida Jandira?
[Jandira]- me deixa ir embora, senhor, por favor. Eu não fiz nada.
[Otávio]- ah, não? Estranho, né, quem será que me denunciou então?
Apavorada, Jandira chora.
[Otávio]- HEIN? FALA, QUEM ME DENUNCIOU?
[Jandira]- eu não sei, juro! Me deixa ir embora, eu tenho família, devem estar preocupados.
[Otávio]- me fala agora quem me denunciou se não quiser que eu te mande pro inferno logo!
Otávio aponta uma arma pra Jandira, que fecha os olhos de medo.
[Jandira]- foi o Marcos, amigo do Arthur. Ele pediu pra que eu vigiasse tudo que acontecia na mansão.
[Otávio]- sabia que o Arthur tinha acionado os imbecis dos amiguinhos dele.
[Jandira]- por favor, senhor, não faça nada.
[Otávio]- CALA A BOCA! Agora tenho que dar minha cartada final. Nada pode dar errado.
Enquanto isso, Sasha e Ivete enfim fazem o exame de DNA.
[Sasha]- tá nervosa?
[Ivete]- muito. Mas sabe que mesmo se der negativo, vou ficar muito feliz?
[Sasha]- eu também. Nós criamos uma conexão inexplicável. Valeu muito a pena ter te conhecido.
[Ivete]- agora eu não vou nem dormir até que saia o resultado. (risos)
[Sasha ri]- sim, nem eu. Tem tanta coisa acontecendo. Só quero que as coisas terminem bem.
[Ivete]- vão terminar sim, meu amor. A justiça pode tardar, mas nunca falha.
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Onde ela estava acontecia o verão. Pensa que soam passos na escada e prega as costas contra a parede. Prende a respiração: espera quatro golpes espaçados na porta ou uma rajada de tiros. Passam os segundos, tic-tac, tic-tac, tracatrac, enquanto sua camisa azul-claro se escurece nas axilas e as placas de plástico duro do cabo do Colt 45 vão imprimindo marcas, a pressão, contra a palma úmida de sua mão. Em seguida suspira, com alívio, e deixa-se cair em uma cadeira. Atira a pistola na mesa e se aproxima dela, lento, como quem se aproxima de um bicho: apalpa, acaricia, pega, confirma que a pistola pesa menos que um quilo e que as sete balas dormem, limpas e ordenadas, no pente. Não pensa na revolução, embora ache que deveria. Investiga as marcas do frio na pele eriçada. Não pensa no que será dele sem cigarros, esse pânico, nem pensa que tampouco sobrou comida para continuar esperando, nem no que fará. Se o cercassem, não poderia escapar pelos telhados nem por nenhum porão com longos túneis e corredores; está longe do último andar, e longe do andar térreo. Este é o último cigarro que sobrou. Fuma com uma pressa que seria inexplicável, tragada após tragada, se não fosse pela urgência que sente em inundar de fumaça morna o corpo inteiro, da cabeça aos dedos intumescidos dos pés. Queria lembrar-se do filho, mas o filho é uma mancha branca, sem feições, no fundo dos longos corredores da memória. O filho já tinha três anos quando viu o pai pela primeira vez. “Quem é este senhor?”, perguntou, e ele não se animou a dizer nada e os outros também não disseram nada, porque estar ausente – já se sabe – é estar morto. Está encurralado, agora, entre quatro paredes mofadas, e pela janela entreaberta só se vê um pedaço de outro muro com sua baba de umidade. O ar fede a fumaça e a comida fermentada. Há quantos dias não vê ninguém? Dá um abraço em seu próprio corpo, agora, envolvido no cobertor úmido, tremendo por culpa do frio e também, embora ache errado, por culpa do medo. Tinha aprendido, tempos atrás, a ser mais forte que coisas tão fortes como a necessidade de fumar e o medo de morrer. Olha para o paletó e a gravata, dependurados num prego na frente de seus olhos, e olha a parede, gasta pelos anos e pelo descuido, mas que ainda não foi triturada pelas balas. Olha a própria mão, ainda viva. Olha a esferográfica entre os dedos, a necessidade de escrever alguma coisa, o papel em branco, a impotência de escrever coisa nenhuma, a tampa da caneta mordida por alguém que se chamava Lúcia. (A chuva soava como um galope contínuo de cavalos que faziam o amor até serem recolhidos por uma colherona e depois sentiam dores nos ossos durante três dias. Lúcia esperava, apoiada no tronco de uma acácia, com meias marrons até os joelhos, meias de menina de colégio, e um colar de fios coloridos cheios de nós, para lembrar-se das coisas. Lúcia se afastava, correndo, na neblina. Lúcia se desculpava: “Eu não choro nunca. Porque sou desidratada. Nunca tomo água”.) O homem desliza a língua por trás dos dentes ressecados e pensa naquele estado de graça, com Lúcia, mais contagiosa que qualquer doença, e naquela maneira secreta de saber dos acontecimentos ainda não acontecidos: aquela capacidade que tinham para recordar de antemão as horas e os dias que iam chegar, quando estavam juntos e eram invencíveis.
Eduardo Galeano - Vagamundo
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Cinco minutos de conversa com Héctor e Mateo já se lembrava por que gostava tanto de tê-lo por perto. Ele sempre tinha uma palavra de motivação para oferecer, e parecia saber exatamente como levantar a moral daqueles à sua volta. Sempre que o Quintana se sentia desanimado, ou quando duvidava de si mesmo - o que acontecia mais vezes do que gostaria de admitir -, era ele quem o ajudava a recobrar o ânimo. "Eu agradeço, Héctor. Ter alguém confiando em mim já ajuda muito." E era verdade. Em um ambiente onde parecia estar sempre em alerta, onde confiança parecia ser mais raro e precioso do que as joias que eram exibidas em eventos como o que estavam agora, ter alguém como o Montoya ao seu lado era um consolo.
Flertar com ele era uma segunda natureza depois de tanto tempo, e a carícia discreta que Mateo agora fazia no pulso do outro homem era mais uma tortura para si mesmo do que uma provocação para ele. O toque era ínfimo, quase inocente, mas o Montoya o conhecia bem demais para acreditar nisso. E, céus, Quintana sentia falta daquilo. Durante todo o último ano, seus encontros se tornaram mais escassos devido à ameaça que pairava sobre suas cabeças, e diante da atual situação, Mateo não tinha mais a mesma segurança para procurar alívio nos braços de outros homens. Quando o fazia, a coisa toda parecia... insuficiente. Casos de uma noite não o conheciam como Héctor, não tinham com ele a mesma intimidade, a mesma familiaridade com o seu corpo. Com outros, nunca era tão bom. "Eu acho que sim, Montoya. Acho que você merece ter tudo o que desejar." As pontas dos seus dedos se apertaram levemente no pulso dele, uma promessa breve, porém contundente.
"Confesso que eu ainda queria saber, no fim das contas. Gostaria de saber o que fez com que ela tratasse alguém que ela considerava amigo da forma que tratou." Mateo sacudiu a cabeça brevemente, tentando afastar os pensamentos desagradáveis. Não queria pensar naquilo, não quando estava em boa companhia. "Talvez ela só fosse uma pessoa ruim. E, se esse for o caso, já foi tarde." Ele se virou para Héctor, o sorriso agradável e o olhar travesso de volta ao rosto. "Mas chega de falar dela. Estamos em Mallorca, e o verão está agradável. Prefiro muito mais falar de como podemos nos divertir juntos aqui. Quais são os seus planos?"
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💥 ━━━━━━━━━━━━ a irresponsabilidade não era sua única característica, muito embora fosse a sua tendência em se meter em encrenca que construíra toda a sua fama – seja boa ou ruim. era explosivo, guiado pelos impulsos, mas tinha dentro dele o instinto de incentivar seus amigos, de ser uma fonte de motivação. seu pai o tinha ensinado que aquela era uma qualidade invejável e desde então, o montoya fez tudo para conseguir aplicar à sua vida aquela lição valiosa; sabia que não seria ninguém se as pessoas ao redor estivessem desmotivadas. por isso, não sem razão, é que estava ali, dando ao quintana palavras de apoio sinceras. existia, claro, admiração, respeito e carinho envolvido em suas palavras, mas, acima de tudo, eram seus princípios. ❝ você terá. um dia.❞ garantiu, soando confiante em suas palavras. ❝ mas, até lá, se você quiser e precisar, saiba que eu deposito em você confiança o suficiente para nós dois. tá? ❞ héctor exercia aquele tipo de lealdade, afinal. era um homem de muitos colegas, amigos, amantes; e reconhecia que nem sempre garantia fidelidade, mas ali, enquanto concedia garantias atrás de garantias ao quintana, não havia existiam brechas. era real. mateo fazia parte do seu círculo secreto por quem brigaria nas trincheiras.
com a menção alheia à sua cara, o montoya se permitiu rir. por detrás de toda aquela cabeça-quente, existia alguém muito além das tendências de resolução de conflitos a partir de socos, no fim das contas. ❝ não me considero um homem exigente ❞ suas palavras não passavam de um murmúrio, apenas alto o suficiente para que o rapaz a sua frente escutasse. ❝ talvez eu devesse me tornar mais, não acha? ❞ indagou com um tom falseado de seriedade, encarando-o por um segundo antes de descer o seu olhar para os dedos em seu pulso. seu corpo ainda reconhecia o contato, mesmo que já tivessem algum tempo; ainda que durasse pouco, tão ínfimo que daqui algumas horas não saberia dizer se era real ou delírio.
e se todo o assunto anterior o deixava contente, mencionar a antiga colega de classe era o suficiente para nublar qualquer dia ensolarado. o último dia ainda fazia parte de seus pesadelos mais assustadores. não a odiava, mas certamente não era um fã; se a garota não fosse tão empenhada a provocá-lo, cutucando-o em assuntos que ele não estava preparado para lidar, talvez tivesse nutrido mais simpatia em relação à ela. ❝ é, acho que entendo o seu sentimento... ❞ concordou. ❝ ainda é difícil entender o que ela esperava conquistar com tantas ameaças veladas, mas acho que nunca teremos o prazer ou desprazer, sabe-se lá deus, de descobrir o que a motivava, não é? ❞
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• because of you •
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AVISO IMPORTANTE!! ESSA HISTÓRIA CONTÉM GATILHO DE ABUSO SEXUAL!! SE VOCÊ FOR SENSÍVEL FAVOR NÃO LER.
(obs: Jaehyun não é o vilão da história, fiquem tranquilos)
💌 muito trauma kink, daddy kink, diferença de idade grande mas dentro da lei, dumbification, praise kink, Jae¡softdom, oral masculino, sexo sem proteção, oral fixation, taboo?¿
💌 se quiserem ler ouvindo "because of you" da Lana eu recomendo bastante.
💌 boa leitura!
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O vento gelado entrava às pressas dentro do quarto que ficava em frente a praia quase abandonada. Era quase surpreendente ver alguém aproveitar o mar calmo por aqui, ainda mais no final do verão. Antes da estação chegar todos ainda achavam que marcas de pés apareceriam do nada na areia branca, mas só era visto nas manhãs frias os galhos secos se arrastando junto dos papéis de sorvete de alguma conveniência na estrada.
Eu era feito a praia e Jaehyun igual os papéis de sorvete.
Mesmo quando eu me sentia solitária e jurava que ninguém viria me visitar ou até mesmo me fazer companhia para um chá doce, ele aparecia. Assim, do nada. Com potes de sorvetes e um fardo de seis refrigerantes de cereja. Minha fruta favorita. Da última vez ele havia me trazido um livro de pintura e lápis de cores, só porque tinha comentado com ele a saudade de pintar como antes. Como quando mamãe me trazia folhas de papel e giz de cera para que eu desenhasse os pássaros do quintal de casa, enquanto ouvia seu choro e os gritos altos de meu pai contra ela. A pintura era a única coisa que não me fazia ter atenção em algo que eu não fazia ideia do porque acontecia e mesmo acontecido comigo depois, era uma sensação diferente.
Empurro meus pés para baixo forçando o chão para que o balanço vá mais rápido para frente e para trás, congelando meu corpo, que antes era quente. Fechei os olhos e respirei fundo levando o cheiro agradável de sal e água para as narinas. O cheiro que me lembrava ele. Jaehyun cheirava a mar e sabonete de lavanda. Os cabelos negros que as vezes ficavam duros pelo sal, corpo branquelo que de vez em nunca pegava um leve bronzeado.
Jeong e eu tínhamos um relacionamento complicado. Ele não era meu marido, não era meu namorado, não era meu ficante. Era o meu amante.
Havíamos nos conhecido quando eu tinha dezenove e ele trinta, em uma reunião de negócios. A mulher dele era secretária do meu pai, então Jaehyun só estava como acompanhante, mas conhecia meu pai há alguns tempos também. Não tinha filhos e pelo que me parece quando ouvi sua conversa com meu pai, nem queria tê-los. Disse que seria um péssimo pai porque não tinha tempo e talvez nem conseguiria dar o carinho certo para o filho. "Não consigo cuidar de algo sem ter cem por cento de certeza que cuidarei bem", havia dito.
A questão era que Jaehyun era um ótimo pai… Só não dos filhos que ele achou que iria ter.
Quando você nasce em uma família problemática onde seu pai abusa de você e da sua mãe, tudo vira cinzas. Ou você finge que nada aconteceu e segue em frente e luta pelo o que quer mesmo com a dor ou você se isola do mundo. Eu optei pela segunda. Meu peito ainda dói, meu interior ainda lateja com agonia como se ainda conseguisse lembrar de meu pai me machucando. Eu queria morrer, sumir e nunca mais ser encontrada por ninguém… Até conhecer Jaehyun. Era como se ele tivesse me adotado. Me dava presente, me levava a encontros e me enchia de carinho.
Era como se eu fosse a filha dele. A filha que ele tinha dito que não teria porque demandava tempo. Seria ótimo se eu também só pensasse que ele foi uma pessoa boa que me ajudou mas havia segundas intenções em mim. Eu queria mais que carinho e atenção, eu queria o toque malicioso e forte, a boca vermelha e o corpo que parecia uma montanha perto de mim, me apertando e me dando amor. Eu me sentia suja por querer isso de alguém que era um anjo comigo.
Mas eu era humana, também precisava suprir meus desejos e realizar minhas fantasias tenebrosas. Mesmo que essas fantasias tenham vindo do meu pior pesadelo.
"O que você tem vontade de fazer agora?"
Lembro dele me perguntando por mensagem.
"Sinceramente?" Indaguei.
"Espero que nossa conversa sempre tenha sido na base da sinceridade, querida."
"Procurar um pai."
Foi tão imediato quando meus dedos bateram nos teclados e enviaram aquilo. Porque… Era a verdade. A mais pura verdade. Eu queria um pai que me amasse, tivesse ido nas minhas apresentações da escola, tivesse me dado beijos e abraços na manhã de natal e um parabéns simples, mas caloroso… De coração.
"Eu posso ser seu pai."
Meus olhos foram inundados por lágrimas salgadas e eu sentia que não conseguia respirar. Ele queria ser meu pai.
"Posso te dar um beijo de boa noite e te colocar na cama." A voz dele era doce e calma, como se falasse dessa forma para não me assustar.
"Faria isso por mim?" Funguei, nervosa.
"Não é isso que pais fazem? Cuidam de suas filhas."
Meu coração martelou dentro do meu peito, um sorriso genuíno se formou no meu rosto mesmo que ele não consiga ver.
Dois anos se passaram e ele vem me ver sempre no final da noite. Fora que Jaehyun havia me dado essa casa na beira da praia para que ficasse longe do meu pai, enquanto mamãe saiu do país.
Jae tinha me dito que descobriu sobre sua esposa com meu pai e para que a notícia não viesse à tona na mídia, meu progenitor disse a ele que se espalhasse o boato, diria ao jornal que a filha havia sido estuprada pelo marido da secretária de trinta anos. Assim então, eu me mudei para cá longe de tudo e esperava Jaehyun chegar todas as noites. Prometemos um ao outro que daqui cinco meses íamos sair do país depois de guardar o dinheiro exato para isso. Eu acabei por fim dando aulas de francês para algumas crianças da parte nobre da cidade uma vez na semana, assim ajudando meu amor. Era pouco, mas era o que conseguia fazer.
A areia se espalhou entre meus dedos dos pés, escorrendo para o chão de novo. Era como um cafuné agressivo. Que mesmo querendo me machucar, ainda tinha sua delicadeza. Acho que posso dizer que Jaehyun também me lembrava a areia. Era um homem muito grande, com costas largas e mãos enormes, mas tinha delicadeza comigo… Ao me dar banho, comida, carinho e até mesmo quando fazíamos amor.
Era um amor bruto, na medida do possível, mas muito amoroso. Me sentia extremamente cheia e cansada depois que montava em Jae. Sempre com seus braços fortes me prendendo sobre ele, o pau indo e vindo dentro de mim, me fazendo delirar de prazer e delírio por ter aquele homem perto de mim. Mas era quase preguiçoso, como se soubesse que ir rápido me machucaria em certos momentos.
Já o sexo era avassalador. Era como se ele se transformasse em outra pessoa e soubesse que eu também havia. A outra eu que gostava de coisas erradas e que somente Jaehyun conseguiria realizar. E sempre foi só ele. Ser mais bruto e mais territorialista, gostar de me fazer dele e mais ninguém, gostar de ser meu papaizinho durante a noite.
Eu o amava e não via a hora que ele passasse pela porta com mais presentes e seus beijos acolhedores. Mas precisava esperar que o relógio marcasse vinte e três horas em ponto, para só então, o barulho da porta abrir e eu ir correr abraço-lo.
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As mãos deslizavam suavemente pelas minhas pernas como se eu fosse um instrumento delicado que tocava a música favorita do homem que me dava banho. O sabonete descia pela minha panturrilha e subiu entre meus joelhos, chegando até minha vulva, fazendo o movimento de vai e vem entre ela com os dedos magros. Me remexi sentindo uma leve paz pelas mãos que estão ali serem de Jaehyun.
— A água está muito quente? - perguntou ele.
Neguei com a cabeça e ergui mais o tronco para escorar no peito forte do mais velho. Minhas costas se arrepiaram só de sentir as bolhas de sabão pelo corpo dele estourando e deslizando como pingos de água - igual quando desenhos um coração no vidro do carro embaçado e gotículas transparentes se desvinculam por ali.
— Fique com saudade. - eu sorri, genuína, quando a voz grave se alastrou nos meus ouvidos. — Me perdoa a demora? - capturou meu queixo com a destra fazendo-me olhar para ele de cima.
Jaehyun era lindo. O maxilar marcado, a boca desenhada e vermelha, os cabelos sedosos e macios… Tudo naquele homem me deixava fraca e com mais vontade de conhecê-lo mais do que já conhecia. Era como um mapa que eu sabia de cor as rotas e os pontos principais.
— Está tudo bem! Eu sei que se dependesse de você, não atrasaria. Eu só…
— Você só… ? - Raspou os dedos numa carícia pelo meu lábio inferior, me incentivando a continuar.
— Me sinto sozinha sem você. - declarei, suspirando. — Eu sei que foi decisão minha vir para cá, afastada de tudo e todos, mas não é deles que eu sinto falta… - parei por breves segundos o olhando no fundo dos olhos e capturei seu dedão afundando ele entre meus lábios. Sugando o dedo delicadamente em um carinho malicioso e inocente, movi a língua de um lado para o outro como se estivesse chupando seu pau e na hora de tirar, um "Ploc" fora ouvido por nós. — É de você. - falei mansa e um leve beijinho feito com meus lábios foi dado na ponto do dedão de Jaehyun.
— Neném, não faz isso comigo. - era como se fosse uma súplica.
— Não fazer o que? - Perguntei, inocente. — Isso?
E novamente engoli o dedão magro, sugando dessa vez com força, num vai e vem gostoso. Minha cabeça chacoalha até mesmo junto do meu corpo fazendo a água da banheira balançar devagar.
— Hoje no trabalho - começou, mas não antes de movimentar o dedão pra fora da minha boca e adicionar o indicador e o do meio, novamente com os mesmo movimentos. — eu pensei em você. - Ele tinha na face quase como um sorriso sendo desenhado aos poucos, os dentes às vezes apertavam a boca, a língua demorava a ser trazida para dentro quando ele a passava lentamente no lábio inferior enquanto observava a cena erótica à sua frente. — Tava' lembrando da primeira vez que eu te dei banho. - relatou. — Você se lembra, não é?
— Uhum. - respondi de boca cheia e os olhos fechados como se eu estivesse aproveitando da sensação de ter o pau dele ali.
— Eu só querendo te dar um banho e você implorando pra me tocar. Tsc. - negou com a cabeça e forçou o dedo anelar para dentro — Você toda mocinha dando bola pra um cara de trinta anos. Não sente vergonha?
— E-eu já era maior de idade. - disse, engasgada.
— Não muda o fato de eu ter trinta anos. - podia sentir a baba vazar pelo meu queixo e pescoço. — Ah, meu deus, você fica tão linda assim, princesa. O mesmo rostinho e a mesma expressão de quando eu te comi bem gostoso e sujo da primeira vez… Do jeitinho que você gostava, porra.
Eu me sentia cada vez mais excitada pela forma imunda de Jaehyun falar comigo. A expressão em seu rosto estava de puro prazer e redenção, como se qualquer outro movimento explícito meu fosse enlouquecê-lo.
— Lembra quando você me chamou pela primeira vez de "papai", hm? Eu tava comendo essa sua buceta virgenzinha e toda inocente, intocada. - ele dizia cada palavra com os dentes cerrados.
O corpo grande então se levantou por trás me fazendo sentir uma formiga perto de um gigante, retirando a mão delicadamente da minha boca.
— Papai… - chamei, necessitada e o olhei como se um cachorro estivesse implorando por um osso.
— Vem cá no colinho do papai. - chamou e eu não esperei para me enroscar entre seus braços. — Tão cheirosa. - disse, afundando seu nariz entre meus cabelos que foram lavados por ele. — Sabia que eu amo eles? Me lembro até hoje de quando fomos jogar tênis e você estava com um penteado fofinho… Como se chamava mesmo?
— Eram Marias chiquinhas, papai. - expliquei.
— Isso, meu anjo, obrigada. - agradeceu indo em direção ao nosso quarto. Chegando lá, me colocou na cama e puxou para baixo o shorts de moletom que usava antes mesmo de entrar na banheira. Ele havia dito que não iria conseguir me dar banho se seu íntimo entrasse em contato com a minha pele. O pau teso e duro pulou para fora me assustando. A pontinha mesmo molhada pela água brilhava pela lubrificação do pré gozo, as veias roxas saltavam para fora igualmente as do braço. — Olha só como você me deixou… - começou a punhetar seu pênis lentamente ao mesmo tempo que estendia sua outra mão para acariciar meu rosto. — Tão linda, tão minha, tão… Porra, pequena.
Eu estava começando a ficar assustada pela velocidade da sua mão em seu pau ter aumentado rapidamente. Ele fazia isso como se estivesse com raiva, como se estivesse se punindo.
— Você vai me fazer ir para o inferno. - falou, negando com a cabeça e apertando minhas bochechas me deixando com um bico nos lábios. — Você é tão jovem e eu sou tão velho, hein?
— Não… - neguei. — Você não é velho.
— Sou, minha linda, o papai é muito velho para você. - refutou e mesmo assim não parou com a agressividade contra o íntimo. — Porque caralhos eu não me apaixonei em alguém da minha idade? - Questionou-se me deixando com ciúmes.
— Porque era por mim que você tinha que se apaixonar. - cansada de vê-lo naquele estado de culpa me movi de joelhos e parei com minhas próprias mãos seus movimentos. — Você nunca me viu com outros olhos… - minha destra dessa vez subiu e desceu pelo seu pau delicadamente, numa carícia boa. — Sempre quis cuidar de mim e me dar o carinho que eu nunca pude ter. Fui eu quem te tocou pela primeira vez, colocou a boca em você mesmo você dizendo que era errado. Mas sabe o que? Não era errado. - Abaixei minha cabeça até seu íntimo e selei a cabecinha com um beijo casto. — Eu já era esperta demais, já sabia de tudo que você e outras pessoas mais velhas viam e faziam. Eu era maior de idade e gostava de te imaginar sendo meu primeiro.
Ele me olhava de cima com os olhos quase fechados, lacrimejando. A boca se abria para soltar arfares pesados e quase sempre jogava a cabeça para trás e a pélvis para frente, me ajudando a masturba-lo.
— Você gosta do que eu faço, gosta de como eu te toco, de como eu te chupo.
Levei seu pau até o fundo da minha garganta engolindo a base por completo. A mão de Jaehyun foi para trás da minha cabeça forçando ainda mais meus movimentos de vai e vem, fazendo-me perder o fôlego. Fiquei ali sendo empurrada por cinco segundos, e sem mais forças para continuar, arranhei suas coxas enquanto ouvia seus gemidos roucos de quem estava prestes a se desfazer entre meus lábios.
Comecei a limpar o sêmen e a baba presente do meu rosto, mas Jaehyun me parou segundos depois. — Não, não, não… Te ver assim dá a impressão de que você é mais…
— Velha? - Indaguei.
— Desculpa, meu anjo. - pediu se sentando ao meu lado. Levou as mãos a cabeça e puxou os fios de cabelo. — Eu me sinto um velho tarado. Você é tão nova, tem tanta coisa pra viver ainda e eu já cansei de repetir as que eu vivi. - ele dizia como se estivesse cansado. — Mas não consigo me afastar de você. Você é tudo que eu quis e quero, não vejo minha vida sem você, neném.
Ele dizia tudo isso olhando para a parede em nossa frente, como se tivesse medo de me enfrentar. Como se tivesse cometido o pior dos pecados.
— Jae - fui em direção a ele, subindo em seu colo, fazendo-o olhar para mim e sorrindo com ternura, disse — Você me salvou, entende isso? Me salvou daquele mostro e me mostrou que sexo pode ser sim prazeroso. Sei que para você é mais difícil aceitar que eu realmente te amo mesmo sendo muito mais velho que eu. E quer saber? Eu te amo ainda mais por isso. Adoro quando cuida de mim, me dá banho, brinca comigo, me faz gozar tanto que eu sinto que nunca conseguiria retribuir. - ambos rimos e ele me olha, segurando meu rosto com as mãos.
— Às vezes sinto que sou todo errado. - sua voz era calma, como se quisesse que eu entendesse cada palavra sussurrada. — Errado por querer você desde que tinha só dezenove anos. Eu nunca consegui manter meus relacionamentos, mas por algum motivo, com você deu certo. Porque dessa vez eu me entreguei de corpo e alma, disse e fiz tudo que tive vontade de fazer e você sempre ficou do meu lado. - uni nossas testas e abracei seu pescoço. — Eu te sujei de alguma forma, meu amor?
— O que? - questionei, nervosa. — É lógico que não, Jae! Pra falar a verdade as vezes sinto que quem te sujou foi eu. - ri novamente, mas não ouvi o mesmo vindo dele. — Olha, por favor, eu sei que é complicado e que você ache errado, mas eu sou e sempre fui maior de idade desde o nosso primeiro toque. Eu queria e ainda quero isso tudo, preciso de você mais que qualquer coisa e sinto que morreria sem você. Eu te amo como namorado, amante, noivo e até mesmo como pai…
— Eu adoro que você sinta isso, linda… Adoro mesmo. Gosto que você sinta ter algo que foi tirado tão dolorosamente de você, mas sei que foi por um bem maior. Se aquele merda tocasse em você de novo eu juro por deus que o mataria sem nem pensar. - sua voz era forte e raivosa agora. — Mas, bem, me desculpe por qualquer coisa que eu fiz ou disse, tudo bem? Eu te amo mais que tudo.
— Você nunca nem me magoou, seu bobo.
Ele ri e finalmente me beija. É um beijo desajeitado como se fosse desesperado. Nossas línguas unidas e embaraçados entre si, as salivas se unindo e nossos corpos em um embrame gostoso. Senti suas mãos entres minhas bandas as abrindo e apertando a carne. Seu dedo fez pressão no meu buraquinho menor e eu gemi dolorosa.
— Deus me ajude… - ouvi sua voz e não deixei de sorrir. Ele se odiava em me amar e me fazer delirar entre os lençóis quando lembra que eu ainda sou tão nova e ele bem… tão experiente sobre a vida. Jaehyun precisava entender que eu não ligo para o que os outros e nem ele pensam sobre minha idade, eu o queria e sabia o que estava fazendo. Era somente ele e eu. — Posso comer esse seu buraquinho virgem hoje? Já me sinto sujo demais pra não acabar com seu corpo logo de uma vez.
Sem nem responder e com uma vontade absurda, me encolhi para mais perto do seu peitoral e me levantei pelos joelhos, encaixando a ponta do seu pau na minha entrada.
— Calminha, calminha - podia sentir seu tom zombeteiro pela minha pressa. Ele levou a mão até o pau deslizando-o pela minha buceta molhada e levando novamente para minha segunda entrada, a magoando e deixando mais molhada. — Senta devagar para não se machucar, tudo bem? Papai não quer te ver chorando, não hoje.
Ele dizia tudo enquanto me olhava nos olhos e assenti manhosa, não aguentando mais esperar. Senti a cabeça grossa entrar primeiro, me retraindo um pouco pela dor. Seus braços me ajudavam para que eu não caísse.
— Se acalma, meu anjo, vai devagarinho - alertou, beijando meu pescoço. — Papai vai cuidar dessa bucetinha também, o que você acha?
Usou o dedão que eu havia chupado minutos atrás para acariciar minha clitóris dolorido e enfio sem aviso algum um dedo dentro de mim, enquanto seu pau adentrava mais entre minha bunda. Respirei fundo e senti meu corpo tremer de dor e prazer ao mesmo tempo. Seus movimentos no meu pontinho me deixavam mais relaxada e manhosa, enquanto seu trabalho por trás me deixava nervosa e ansiosa, querendo saber a sensação do pau todo dele enfiado em mim.
— Ah, que delícia, porra. - gemeu, com os dentes cerrados. — Você é uma delícia, eu adoro te arruinar.
— Papai - falei ao mesmo tempo que rebolava em seu colo, aumentando a pressão de seus dedos indo mais fundo na minha bucetinha. — Mais, mais, eu quero mais forte.
Senti seus movimentos mais rápidos e por fim seu pau todo dentro de mim, me preenchendo toda.
— Ah, porra, porra, que gostosa, meu anjo. - arrastei ainda mais meus quadril para seus dedos. — Sua bucetinha tá me apertando tanto, e caralho, essa sua bunda gulosa.
Sem nem perceber meus peitos começaram a balançar junto de meus movimentos e Jaehyun os capturou com a boca me deixando no limite. Ele sabia que eu gozaria assim facilmente quando ele tocasse no meu ponto mais sensível.
— E-eu vou, papai, eu…
— Vai, goza, goza pro papai. - gemeu alto e rosnou cada vez mais, perdendo o controle de tudo. Suas mãos apertavam minha bunda muito forte, a boca deixava mordida entre o vale dos meus seios e seus beijos acabavam cheirando a sangue depois de ter mordido meu lábio muito forte. — Mostra pra ele que você é uma boa garota e sabe obedecer… Sabe que você é o orgulho dele e sempre faz tudo certo, não faz? Sim, sim, você faz. Você é minha vida, amor, meu bem mais preciso e eu nunca vou perder você pra ninguém. Você é minha e se alguém ousar te tirar de mim ele já pode se considerar um homem morto.
Me deixando levar, joguei minha cabeça para trás e abri a boca num grito e choro, unindo ambos enquanto gozava nos dedos de Jaehyun e seu pau me lotava de porra por trás. Se sentia quente e tremendo, minha mãos apertavam meus seios e a suas foram direito para o meu pescoço me deixando sem ar algum.
— Sua, sua, sua… - minha voz falhava a cada palavras mas mesmo assim disse o que ele queria ouvir. — Eu sou do papai, só dele.
Aos poucos nossas respirações foram voltando ao normal e minha consciência também. O teto ainda era meio preto pelo orgasmo fortíssimo, mas Jaehyun ainda era o mesmo. Lindo, forte, másculo e pai, o melhor pai de todos.
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@chefangelus
Poderia não ser a primeira vez que Aline se encontrava em algum ponto aleatório do mundo, mas era a primeira vez que tinha uma companhia incomum: um bebê, que parecia prestes a sair do seu útero a qualquer momento. Todos os seus movimentos eram mais lerdos que o normal, fora a respiração que parecia o tempo todo estagnada. Alguns pontos do que costumava ser irritante no que condizia sua vida atual, especialmente por não ser possível aparatar — e, nas vezes que tentou, vomitara em seguida. Poderia ser pior, claro, como uma temporada lidando com o verão brasileiro e escapara assim que as estações entre hemisférios transitaram. Mas o pior podia piorar mais e tinha plena consciência de que sua crise pessoal não era sobre temperatura, mas sim escapar do seu pai, Henrique, para ter um fim de gravidez na santa paz — além da busca de um espaço neutro pra encontrá-lo, contar porque andava "tão sumida" e dar continuidade ao processo de adoção. Tudo acabara sendo elaborado por um salto da sorte, pois, com o retorno da sua tia, Alice, se dera a viagem que a colocara naquele país. E o Dia de Ação de Graças se tornou tudo o que imaginara. Ainda não sabia ao certo como se sentia, muito embora a quantidade de Donuts consumidos quase que diariamente era prova de que tentava mastigar as falas de Henrique que pareciam fantasmas no fundo da sua mente. E também por se sentir perdida e sozinha na mescla entre mundos, embora conhecesse e não estivesse de fato só. A criança, que parecia irrequieta, como a si mesma naquele instante, ocupava, literalmente, todos os espaços. Mas, intimamente, sabia que era o caso do chocada, mas não surpresa. Porém, sempre havia um lado que esperava que fosse o oposto e, obviamente, não fora aquele o caso. Logo, embarcara na sua revelação para encerrar aquela pendência e sabia que só o teria feito por ter um sistema de suporte formado por sua irmã, Jessica e, claro, Alice. E agora estava ali, batendo perna na friorenta Hogsmeade, depois de gastar um tempo na biblioteca da universidade. Nem sequer notara onde havia entrado, mas a quantidade de doces disponíveis no balcão encheram seus olhos de imediato desejo. Avançou, segurando seus livros de Tradução e Interpretação bravamente entre os braços fechados, como se pudesse esconder a barriga saliente — pois não se acostumara aos olhares tortos por ser o clichê de jovem grávida sem um marido a tiracolo. Aguardou ser atendida e sua expressão franziu em singelo reconhecimento diante de uma figura masculina que só vira em fotografia por causa dos chats que acabara inclusa. Foi quase automático os episódios da sua vida aborrecida se dissiparem da mente e, automaticamente, suavizarem sua expressão. Era o que sempre acontecia quando se via desfocada em resolver os problemas com o mesmo esforço de acertar um cubo mágico. - Você estava esperando ou não a minha visita? - ela perguntou, seu cérebro sendo eficaz em resgatar a curta conversa que tiveram devido a uma troca do seu avatar. Sorriu com certa empolgação, relaxando um pouco a postura que deixava sua barriga de grávida como protagonista (porque sempre chegava primeiro que ela nos lugares). - Porque pode ser que eu tenha me esquecido graças à quantidade de açúcar no meu organismo que consumi no dia que você não confirmou se trabalhava ou não aqui. - emendou, sendo pega de súbito pela falta de lembrança sobre o nome do rapaz. A não ser que começava como o seu, com a letra A. - Oie! Digo, oi! Mania de falar português. Sou a Aline, caso não se lembre ou nunca tenha escutado falar sobre essa grande lenda.
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Um dia frio de verão
O dia mais especial da minha vida, não foi um dia inteiramente feliz. Pelo menos não a maior parte dele. Mas foi um dia que mudou todos os outros.
Estava no fim da segunda série. Era inverno e o vento gelado corria tão forte pela cidade que era fácil pensar que levaria até os prédios embora. Eu vestia duas blusas e uma touca de lã, mas o frio que sentia vinha de dentro e não de fora. Ardente e impossível de conter. Tinha congelado primeiro o peito e depois feito um buraco no meu estomago, onde havia crescido uma ansiedade latejante que me acompanhava em todos momentos e pensamentos.
Naquela manhã tinha ouvido - enquanto passava desatentamente na frente da TV - que um iceberg gigantesco havia se desprendido duma geleira. Alguma coisa relacionada com o aquecimento global. Tanto faz. O que importa é que essa imagem ficou na minha cabeça: um pedaço de gelo, solitário, navegando sem destino ou controle pelo oceano ártico. Era assim que eu me sentia. Exceto que meu iceberg não era gigante. Era minúsculo - do tamanho de um quarto 3x2, sem janela e com paredes desbotadas.
Um professor fala sobre alguma guerra, outro sobre alguns números. Data de prova, conversa no fundo. Alguém pede um lápis emprestado. Aula, aula, intervalo, aula. O dia chegou ao fim num piscar de olhos.
Seis horas. De alguma forma, o fim tarde tava mais frio do que o começo da manhã. No portão tinha aquela muvuca de alunos saindo e entrando. Meus olhos vagavam de um para outro enquanto caminhava.
Até que pousaram nela. Ela estava com sua velha bicicleta branca de cesta e garupa, esperando na calçada, encostada no muro pichado. Minhas pálpebras abriram um pouquinho mais.
Quando ela me viu entre a multidão, sorriu. E seu sorriso - seus olhos gentis rindo, as dobrinhas nas bochechas, a boca levemente curvada -, aquilo era a coisa mais linda do mundo. Não em um sentido romântico ou estético, era algo no sentido espiritual. E ela sorria o tempo todo; a pessoa mais sorridente que eu já encontrei.
Todo dia ela me esperava ali, para me dar uma carona até a estação de trem. Os cinco minutos que passávamos juntas, eram a melhor parte do dia. De certa forma, o tempo que passava ao seu lado era a única parte do dia.
Ela nunca coube nas palavras “melhor amiga”. Não porque ela fosse menos que isso, mas porque essas palavras eram pequenas e claustrofóbicas demais para descrevê-la. Nessas pequenas letras não dava pra enfiar todos os solitários e profundos momentos que passamos juntas, os segredos que eram só nossos, as verdades que somente duas cabeças entendiam.
Enquanto o vento esvoaçava nossos cabelos na bicicleta, conversamos sobre assuntos breves e banais. Ela era cheia de piadas e eu fingia ser também. Ela narrava o que acontecia em seu dia como fosse uma aventura fantástica e por alguns momentos eu realmente acreditava que os dias podiam ser assim. E quando percebia que meus dias eram todos nublados e monótonos - que às vezes nem lembrava o que tinha acontecido - eu notava o quanto eu queria ser como ela.
Ela parou na frente da estação de trem. Todos os dias me deixava ali; eu pegava o trem e ela continuava pedalando até seu apartamento.
Naquele dia nós nos despedimos, como sempre, e eu caminhei sozinha até a catraca da estação - cada passo que me distanciava dela, me fazia sentir mais frio.
Mas não atravessei a catraca. Fiquei ali, parada de frente pra barra metálica e enferrujada, os olhos fixos no nada.
Não sei o que havia de diferente naquele dia. Se era porque estava mais frio que o usual, se foi algo que ela me disse que não prestei atenção ou, sei lá, só foi o destino. Mas meus pés se recusaram a continuar. Meu corpo não queria atravessar a catraca, entrar no trem e partir pro próximo dia que seria idêntico ao anterior. Não queria ir pra casa. Não queria ouvir quem eu deveria ser, ou o que deveria fazer, não queria ficar presa no meu pequeno iceberg no meio do oceano. Tava cansada de obedecer essas regras que havia imposto a mim mesma sobre como deveria viver.
Não sabia o que ia fazer da vida, como ia conseguir atingir o que meus pais queriam, como ia viver a vida dos sonhos. Mas que se dane. Eu não queria nada daquilo naquele momento. Só queria continuar ao lado daquela garota que me dava carona todos os dias e prolongar aqueles 5 minutos nos quais ainda estava viva.
Não tenho certeza quanto tempo fiquei parada ali, mas quando voltei a realidade, as pessoas atrás de mim estavam xingando e dizendo pra não atrapalhar a fila.
Dei meia volta, com uma lágrima na bochecha, e sai correndo. Esbarrei em todo mundo atrás de mim e me xingaram mais ainda. Mas que se dane. Corri pela estação, corri pela calçada, corria pela rua; as pessoas olhavam pra mim com estranheza. Mas que se dane. Corri o mais rápido que já corri na vida. Não havia nenhum outro sentido além de correr. Corri até alcançar ela, em cima da bicicleta branca, esperando o sinal verde em um cruzamento.
E enquanto uma avalanche de lágrimas molhava a gola do meu casaco, eu gritei seu nome.
Gritei tão alto, que até as nuvens cinzentas ouviram.
Ela virou a cabeça, confusa, paralisada. Eu contornei um carro e uma moto no meio da rua, e a alcancei. Pensei que ela ia perguntar o que havia acontecido, porque estava chorando - qualquer pessoas faria isso.
Mas não. Porque ela me conhecia. A garota levantou da bicicleta, sorriu e me abraçou. Tão forte, tão forte, que não consegui respirar. Tão forte que pela primeira vez em muito tempo, senti um calor gostoso derretendo o gelo dentro de mim.
E ainda em silêncio, ela me convidou pra sentar na garupa novamente.
E de repente, o inverno tinha ido embora. De repente, percebi que era verão. De repente, senti meu coração. De repente, subitamente, não mais que de repente, enquanto ela pedalava, eu percebi que o céu estava azul e estava claro. Percebi as flores nas praças, percebi as crianças brincando nos parques. Arranquei a touca e deixei o vento lavar meus cabelos e levar minhas lágrimas.
Foi naquele dia que percebi que não precisava de mais nada. Que tudo que eu queria era estar ali na sua garupa pra sempre.
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀[ flashback ⸻ verão de 2022 ]
se alguém lhe dissesse há 3 meses que estaria experimentando aqueles sentimentos novamente, antonia teria rido na cara da pessoa. mas anastasia tinha um dom, que tornava qualquer momento ao lado dela mais divertido e até mesmo único. não era a primeira vez que tomava banho de chuva, mas era a primeira vez que parava sob o toldo antes de seguir seu caminho e acabava tão próxima de alguém. o céu, agora escuro, contrastava com um brilho que parecia naturalmente produzido pela filha de afrodite. era assim que eles se pareciam e só ela nunca havia tido a oportunidade de reparar? o som da chuva era como uma melodia para o que acontecia ali e antonia deixava-se facilmente se levar pelo momento, algo quase que raramente acontecia. sua cabeça pendeu para o lado, com alguns fios do cabelo descolando do rosto e não conteve o sorriso. ⠀⠀"⠀⠀você está me dizendo que pareço com a chuva? e qual sou, essa de verão ou aquelas tempestades?⠀⠀"⠀⠀seu tom era divertido, beirando a zombaria. mas não estava tirando sarro do que ela acabara de dizer, pelo contrário, era divertida a ideia de ser comparada a um fenômeno natural. tudo o que poderia bagunçar sua mente, como ministrar as instruções ou os treinos que havia perdido aquela semana porque achou que passar tempo com anastasia seria melhor, simplesmente havia desaparecido de sua mente no instante em que ela se aproximou. permitiu que seus olhos deslizassem por toda feição dela e, pelos deuses, fazia jus a sua mãe. ali era outra antonia, totalmente irreconhecível até mesmo para a figura de mais convivência consigo. tinha se permitido criar essa persona mais leve durante o tempo que compartilhavam juntas.⠀⠀"⠀⠀eu não gostaria de estar em nenhum outro lugar, para ser honesta.⠀⠀"⠀⠀deu uma risada, assentindo. sua mente pareceu compreender onde ela queria chegar, mas queria também lhe dar a oportunidade para que a fizesse, sem que tomasse a frente e tomasse as rédeas daquela brincadeira.⠀⠀"⠀⠀e qual é a sua ideia de diversão para esse momento?⠀⠀"
FLASHBACK : verão de 2022 . Sorriu com a visão alheia. A chuva caía ao redor delas, pingando suavemente do toldo acima, mas o mundo parecia ter se contraído a esse pequeno espaço onde apenas as duas existiam. Os olhos dela, profundos e intensos, refletiam as gotas de chuva que caíam, e você podia sentir o ar mudar, como se a temperatura ao seu redor aumentasse apenas por causa da proximidade de Antonia. "É engraçado..." Começou, a voz baixa semelhante a um sussurro, como se fosse uma confidência apenas para ela. "A chuva tem um jeito de nos fazer parar e prestar atenção nas pequenas coisas." Ela deslizou o olhar lentamente pelo seu rosto, uma análise cuidadosa que parecia tocar cada ponto que ela observava. "Como o som que ela faz ao cair, ou… Como alguém parece." Um sorriso brincou nos lábios dela, um toque de diversão se misturando ao tom sério. Anastasia estava perto o suficiente para que pudesse sentir o calor de pele alheia, apesar da umidade que as cercava. Inclinou a cabeça de leve, deixando os fios molhados caírem para o lado. O tempo parecia desacelerar ainda mais. A forma como ela olhava para Antonia — uma mistura de curiosidade, brincadeira e algo mais profundo — fazia com que a chuva ao redor fosse apenas um detalhe. Aproximou-se um pouco mais da semideusa, os olhos brilhando com a visão que tinha. Permitiu que os olhos passeassem pelo corpo alheio sem nenhuma vergonha, demorando-se em cada detalhe como se quisesse capturar com precisão. “Eu não me importaria de esperar… se você também não se importar.” Anastasia desviou o olhar por um momento, como se estivesse ponderando, antes de retornar com um brilho no olhar, uma espécie de desafio silencioso que só ela poderia oferecer. "Afinal, o que é um pouco de chuva quando podemos nos divertir mesmo assim?" Havia algo naquele momento que parecia sagrado, como se fosse uma pequena bolha de tempo roubada de tudo o mais — e Anastasia, com todo o charme e mistério que ela carregava, parecia perfeitamente ciente disso. Ela deixou o silêncio pairar, os pingos de chuva a única trilha sonora.
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“ i will love you if i never see you again, and i will love you if i see you every day. “ // stephen & coralie
𝑓𝑙𝑎𝑠ℎ𝑏𝑎𝑐𝑘.
a temporada social era sempre uma época onde coralie tinha um pouco mais de folga para respirar. com a madrasta ficando ocupada demais com suas filhas para manter a rotina que tinha de infernizar o quanto podia a vida da enteada, como acontecia normalmente, ela finalmente conseguia viver os dias mais tranquilamente e aproveitar como conseguia. ou melhor, com quem conseguia. stephen era sempre sua maior prioridade tanto naqueles como em outros momentos, e mesmo que em sua rotina habitual seguisse tentando encontrar uma maneira de seguir seus encontros às escondidas com o rapaz, era mais fácil fazer isso quando podia contar com o fato de que o resto de sua família estaria ocupada com algum evento da temporada para sequer se lembrar de cora ou do que ela poderia estar fazendo. as noites de bailes eram as favoritas da garota, porque isso significava que as outras mulheres da casa iam passar longas horas longe, o que dava a ela longas horas para gastar com o armitage. também era quando a cidade ficava um pouco mais vazia, com todos se concentrando em uma única residência para aquelas ocasiões, e assim, eles tinham mais liberdade para irem a lugares sem que o fato de serem a única companhia um do outro noite a dentro se transformasse em uma fofoca que correria solta por entre as pessoas. de certa forma, havia algumas vantagens em levar a vida que levava, à margem de tudo aquilo por mais que fosse uma realidade sua por direito: daquela forma, ninguém parecia notar que coralie sequer existia. se era um benefício ter uma liberdade que outras damas não tinham, também era complicado, pois isso só fazia o peso dos segredos que guardava de stephen serem maiores sobre seus ombros.
ela nunca pensou que fosse alguém que fazia questão dos milhares de clichês que eram esperados das mulheres, porém, desde que ele chegara, todas as suas certezas acerca daquilo ficaram um pouco balançadas. por mais que sempre tivesse gostado dos livros de romances e de algumas histórias que ouvia sobre os amores vividos por alguns nomes conhecidos da cidade, nunca imaginou a si mesma encaixando-se naquela situação. mas desde que seus caminhos cruzaram-se com os do armitage, ela sentia-se construindo uma história de amor. não podia ser outra coisa, podia? não quando eles se olhavam da forma como olhavam, não quando seus corações sempre encontravam a mesma batida frenética para bater quando estavam próximos o suficiente para se tornarem cientes daquele som, não quando eles sempre compartilhavam risadas furtivas enquanto afastavam-se do centro de londres juntos para dedicarem completamente o tempo que tinham um com o outro. eram cenas poéticas demais para que pudessem pertencer a construção de um conto de qualquer outro gênero, de qualquer outro sentimento, que não fosse o amor em sua forma mais pura e simples. era isso que sentia naquela noite também, quando haviam pegado os cavalos da família e, munidos apenas de duas lamparinas para enxergarem o mínimo que podiam do caminho percorrido, correram até estarem próximos do limite da cidade e, consequentemente, localizados em uma bela campina aberta que separava o fim da estrada da floresta mais a frente. ali fizeram seu pequeno abrigo, que consistia apenas em uma pequena manta forrada ao chão para que pudessem se deitar ali e aproveitar a noite do verão londrino, que era sempre breve, mas possibilitava programas como aquele, onde podiam observar o céu noturno e estrelado.
devia ser fisicamente impossível de alguma forma ficar longe dele, pois a walsh realmente não conseguia o fazer. a certeza de que em breve precisariam se separar estava sempre à espreita, e o fato de nunca saber ao certo quando poderia encontrá-lo de novo fazia com que a garota perpetuasse a proximidade entre os dois o tanto quanto podia. entre um diálogo e outro, avançava sobre ele para envolvê-lo em seus beijos, roubando algumas palavras da conclusão de suas frases para poder juntar os lábios aos de stephen e descontar ali toda a saudade dos dias que ficavam sem se encontrar. ainda que sozinhos, ainda que sem nada próximo para que o silêncio da noite os abraçasse de forma gutural e garantisse a privacidade que almejavam, ainda conversavam aos sussurros, porque não precisavam que ninguém mais os ouvisse. era assim que eles funcionavam: tudo o que dividiam era deles, e apenas deles. era só deles que precisava ser. conforme as horas corriam e eles se aproximavam mais do fim da noite, era sempre o momento onde a dor da despedida eminente começava a se fazer presente, e naqueles momentos, as conversas deixavam de ser tão leves e passavam a carregar o mesmo peso que cora sentia no peito pelo momento da despedida estar chegando. pareciam sempre se revezar de forma silenciosa para tomarem a frente naquelas horas, e ali, fora stephen quem tomou coragem de começar, lhe soprando palavras que, ao mesmo tempo em que lhe preenchiam de reciprocidade por traduzirem as coisas que ela sentia também, faziam o peito se apertar por trazerem para a superfície as incertezas que coralie sabia que existiam, mas ela sempre tentava afogá-la fundo em seu interior.
virou de forma que parte de seu corpo ficasse sobre o dele, o rosto acima do mais velho enquanto uma das mãos transferiu um afago rápido sobre a lateral da face de stephen. “eu sei que vai, porque é o que eu sinto também.” murmurou de volta, exibindo um sorriso de canto para o outro antes de baixar o rosto delicadamente, para pregar um beijo brando contra os lábios dele, em um selar que durou apenas um segundo. manteve a proximidade depois, escorregando levemente a ponta do nariz contra o do outro algumas vezes apenas para aproveitar a sensação. “mas não há qualquer possibilidade de você não me ver de novo.” emendou, permitindo-se abrir mais o sorriso enquanto afastava-se mais alguns centímetros para olhá-lo nos olhos. “não vai se livrar de mim, stephen armitage. eu não vou deixar.” soltou uma risadinha baixa, que se fez presente apenas por um segundo antes dela voltar a adotar a expressão terna, movendo novamente os dedos contra o rosto dele em um carinho afetuoso enquanto apoiava a lateral do rosto contra o peito alheio. “vai ter que ficar comigo para sempre.”
#tentativa 49075466509 de escrever pouco em uma ask#resultado: falhei#⁽ ⠀ ♡ ⠀ ⁾ ⠀falling isn't really that bad if it's for you⠀﹕⠀𝑐𝑜𝑟𝑎𝑙𝑖𝑒 & 𝑠𝑡𝑒𝑝ℎ𝑒𝑛.#⁽ ⠀ ♡ ⠀ ⁾ ⠀ 𝑟𝑜𝑙𝑒𝑝𝑙𝑎𝑦⠀ ﹕⠀ ask memes / answered.
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Reaction - Você tendo TDI (Transtorno Dissociativo de Identidade)
OBS: O Transtorno Dissociativo de Identidade é causado por um grande trauma sofrido pela pessoa ainda na infância. Em muitos casos, esses eventos traumáticos são fruto de abusos sexuais, físicos ou psíquicos. Ao passar por essas situações, as crianças começam a desenvolver outras personalidades com o intuito de se defender dessa exposição prejudicial. Esses personagens atuam como objetos de autodefesa para suportar momentos de dor e angústia.
N/A: Esse assunto pode ser um pouco delicado para algumas pessoas, especialmente nas partes do Yoongi e do Jimin (elas trabalham um pouco com traumas de infância/assédio sexual) então se for um tópico sensível para você, não leia! Também queria avisar, como sempre, que eu não conheço sobre o assunto tão a fundo assim! Claro que li e pesquisei sobre, além de ouvir pessoas que têm a síndrome explicando algumas coisas, mas ainda assim posso ter escrito algo errado ou até mesmo ofensivo, então caso percebam algo do gênero, por favor me avisem! E para quem não tem muito conhecimento do transtorno, ele meio que faz com que tenham várias pessoas “vivendo” na cabeça de alguém, e essas personalidades aparecem quando são expostas a certos gatilhos, então verão que na maioria das situações que escrevi, S/N não é bem S/N, e sim uma das personalidades (que eu dei nomes aleatórios para).
SEOKJIN
O Jin olhou orgulhoso para a mesa da cozinha, contente por ter conseguido fazer os seus pratos favoritos para que pudessem jantar juntos. Ele soltou um suspiro cansado e aliviado e se sentou na mesa, terminando de organizar os pratos e talheres para vocês dois.
“S/N!” Te chamou, esticando os braços para se espreguiçar. “A comida está pronta!”
Você apareceu na porta da cozinha e assim que viu o que tinha na mesa, torceu o nariz instantaneamente. O Jin te olhou com a testa franzida por alguns segundos antes de revirar os olhos, entendendo o que era.
“Mark?” Ele disse, se referindo à uma de suas personalidades.
“Eu.” Respondeu, indo se sentar do outro lado da mesa. “Não tô afim de comer isso não.” Apontou para os pratos.
“Claro que não.” Seu namorado murmurou. “Você é o único que não gosta da minha comida, mas sempre dá um jeito de aparecer quando eu cozinho!” Resmungou.
“E acha que eu gosto disso?” Respondeu, no mesmo tom reclamão. “Mas não posso sair quando eu quero, ainda não sei fazer isso, não!”
“Tá, que seja.” Seu namorado disse emburrado, se levantando. “Vou fazer um lámen pra você comer, espera um pouco.”
“Sério?” Perguntou empolgado, e o seu namorado concordou com a cabeça. “Agora sei porque S/N diz que gosta tanto de você, faz tudo por elu.” Disse, em um tom provocativo, recebendo apenas um olhar com os olhos cerrados em resposta. “Brincadeira, brincadeira, você até que é legalzinho.”
“Eu sou mais do que legalzinho.” O Jin respondeu, terminando de preparar o lámen e colocando na mesa. “Aqui.” Entregou os hachis. “Só não se entope muito, ainda quero que S/N coma o que eu fiz quando voltar.”
“Sim senhor.” Respondeu, atacando a comida.
O Jin voltou a se sentar, soltando um suspiro enquanto observava você (ou melhor, o Mark) comerem, não resistindo a dar um leve sorriso com a cena, decidindo começar a comer também.
YOONGI
“Yoongi?” Seu namorado se virou para a porta do quarto quando ouviu sua voz, sorrindo em sua direção.
“Sim?” Disse, se ajeitando na cama para que pudesse se sentar do lado dele, o que fez.
“É a Rosa, aliás.” Disse, e ele concordou com a cabeça, um pouco confuso por estar falando com ele, já que era a personalidade que menos se introsava e a que ele menos conhecia. “Eu queria falar com você.” Falou, calma.
“Claro.” Ele colocou o computador, que estava no colo dele, de lado. “Aconteceu alguma coisa?”
“Não.” Negou, pensando por alguns segundos antes de falar de novo. “Na verdade, sim, mas não foi agora.” Ele franziu a testa, em completa confusão. “Eu queria te contar sobre o trauma de S/N.”
O Yoongi ficou surpreso, para dizer o mínimo. Por mais que não conhecesse muito a Rosa, ele sabia que ela era a que tinha tomado os seus traumas para si. Você não se lembrava do que tinha acontecido quando era mais nove, apenas que tinha sido ruim o suficiente para fazer com que você desenvolvesse o transtorno.
Ele ouviu a história em completo silêncio. Ela o disse que quando era pequene, um dos seus tios costumava te tratar muito mal. Ele estava sempre na sua casa para falar com o seu pai, e não podia ficar sozinho com você que te batia e xingava, além de te tratar como se fosse um animal.
Levaram meses para os seus pais descobrirem, mas quando perceberam os hematomas e descobriram de onde estavam vindo, já era tarde demais. A Rosa já tinha aparecido para te proteger, tomando o comando sempre que o homem estava por perto para fazer com que pelo menos não se lembrasse do que acontecia.
“Por isso eu sou tão protetora com elu.” Disse, enquanto o Yoon olhava para os punhos cerrados dele, tentando absorver as informações que tinha ouvido. “Não tem ninguém além dos pais delu que sabem disso, mas eu confio em você, Yoongi.” Ele levantou o olhar. “Sei que também quer ver elu bem, e acho que saber do nosso passado pode te ajudar a entender melhor tudo o que acontece.”
“Obrigado.” Ele disse. “De verdade.”
“Imagina.” Deu um leve sorriso. “Mas não conte a história pra S/N, a gente não quer que elu se lembre.”
“Pode deixar.” Ele concordou com a cabeça. “Vou tomar cuidado.” Você concordou e se levantou, pronte para sair de lá. “Ei, Rosa.” Se virou, da porta. “Não se preocupe que quando não estiver por aqui eu cuido delu tão bem quanto você.”
“Sei que vai.” Sorriu, concordando com a cabeça e saindo de lá.
HOSEOK
Você acordou e se espreguiçou na cama, virando para o lado e vendo que o Hobi já tinha se levantado. Você colocou o pé no chão e soltou um murmúrio pelo frio, mas se levantou de qualquer maneira. Ouviu a televisão na sala e foi até lá, já sabendo que seu namorado estava assistindo alguma coisa.
“Bom dia.” Disse quando viu ele, se jogando no sofá e se aninhando no peito dele.
“Bom dia.” Ele sorriu, dando um beijo no topo da sua cabeça. “Dormiu bem?”
“Uhum.” Levantou a cabeça para olhar para ele. “Eu não lembro de nada de ontem a noite.”
“É, você me abandonou.” Ele fez um biquinho, e você riu. “Foi uma noite agitada.” Você o olhou confuse. “Não sei o que aconteceu, mas o Hugo e a Léia ficaram praticamente revezando pra ficar no comando.”
“Sério?” Perguntou rindo, já imaginando como tinha sido a noite.
O Hugo e a Léia são as suas personalidades mais agitadas. Ambos costumam se comportar como adolescentes, e não param quietos por nada. Mas eles são extremamente diferentes mesmo assim. Enquanto o Hugo é simpático e adora conversar com todo mundo (especialmente com o Hobi, ele ama o Hobi), a Léia adora irritar todos que estão por perto (e de novo, especialmente o Hobi, ela ama irritar o Hobi).
“Para de rir.” Ele disse, depois de te contar que a Léia tinha comido mais de metade da pizza que ele tinha pedido, para no final dizer que não tinha gostado. “Depois eu ainda tive que ir buscar sorvete pro Hugo porque eu sempre faço o que ele quer.”
“Você faz tudo o que ele quer só porque sabe que ele te ama.” Disse, e ele fingiu pensar um pouco, rindo logo em seguida.
“A culpa não é minha.” Ele te abraçou firme, dando outro beijo na sua cabeça. “Mas eu ainda prefiro fazer as coisas pra você.”
“Ah é?” Sorriu, olhando para ele.
“Óbvio.” Sorriu também. “Foi legal ontem mas se você tivesse aparecido ia ser melhor ainda.”
“É, uma pizza e sorvete ia ser bem interessante.” Disse com um biquinho.
“Ei, eu também seria bem interessante!” Ele falou, fingindo estar ofendido.
“Sim, você também seria bem interessante.” Riu, dando um beijo na bochecha dele e se aninhando no peito dele de novo.
NAMJOON
O Namjoon chegou da empresa e tirou o casaco, agradecendo mentalmente por finalmente estar em casa. Ele chamou pelo seu nome e estranhou por não ter respondido, indo até a sala do apartamento de vocês. Ele te vou sentado, concentrade em um livro, e entrou quieto.
Você levantou o olhar para ele com um certo receio, e só então ele prestou atenção no livro que estava na sua mão. Era um que falava sobre política, e na mesma hora ele soube que não era você que estava lá.
“É a Meg, né?” Ele perguntou, se sentando no sofá, e recebendo uma confirmação com a cabeça.
A Meg era uma das suas personalidades mais reclusas que tinha, além de ser a que menos aparecia e também a mais nova. O Namjoon só tinha convivido com ela duas vezes antes disso, e em ambas eles não tinham trocado mais do que meia duzia de palavras.
“Você gosta desse tipo de assunto?” Ele disse, apontando com a cabeça para o livro.
“Sim.” Respondeu, ainda envergonhada. “Gosto bastante de estudar sobre as pessoas e o que elas fazem.”
“Eu também!” Ele disse, um tanto quanto empolgado. “S/N não é muito chegade nesses assuntos, não sabia que um de vocês gostava.”
“É até onde eu seu sei sou a única.” Respondeu, também ficando um pouco mais empolgada. “S/N comentou comigo que também se interessava, disse que a gente deveria conversar.”
“É, é legal a gente falar sobre o que gosta com quem tem os mesmo interesses.” Ele disse.
“Sim!” Sorriu.
Depois disso, os dois entraram em uma conversa extremamente animada sobre aquele livro que estava lendo (que já tinha sido lido pelo Namjoon), e também sobre alguns outros de que gostavam.
Cerca de uma hora depois, ambos estavam conversando como se já se conhecessem há anos, o que fez com que o Namjoon se sentisse feliz e até mesmo um pouquinho orgulhoso. Pelo o que você dizia, a Meg não era de socializar nem mesmo com as outras personalidades dentro do headspace, então ele saber que ele fez ela se sentir confortável perto dele foi algo muito bom.
Quando começou a ficar tarde, ele disse que iria tomar um banho então que eles se viam depois. Nesse tempo, você voltou a ficar no controle. Já tinha percebido o que tinha acontecido, por mais que não se lembrasse de nada da interação dos dois. Por isso, quando o Namjoon saiu do banho e te viu na cama, você deu um sorriso doce para ele, que logo percebeu que você estava de volta.
“A Meg parece ter gostado muito de você.” Disse.
“Eu também gostei muito dela.” Ele respondeu, se sentando do seu lado enquanto secava o cabelo com a toalha. “Ela é bem legal.”
“Ela é um amor, apesar de não falar muito com a gente.” Disse. “Mas fico feliz que tenha encontrado alguém com quem se sinta confortável.” Sorriu, se inclinando e dando um selinho nele, que correspondeu e sorriu também, aprofundando um pouco o beijo logo em seguida e fazendo você rir contra os lábios dele.
JIMIN
O Jimin soltou um suspiro cansado enquanto dava pequenas batidinhas na porta do quarto de vocês, não demorando mais do que alguns poucos segundo para ele ver a sua figura a abrindo.
“O que quer?” Perguntou, o olhando com a expressão séria.
“Eu quero conversar com você, Anne.” Ele disse, vendo a sua sobrancelha dar uma leve levantada ao citar o nome da personalidade que estava no comando.
Apesar da relutância, a porta foi aberta e deu espaço para ele entrar no quarto.
“Sei que não gosta de mim.” Ele começou, encostando na parede e mantendo uma certa distância entre os dois. “E sei muito bem o porquê, mas eu quero que saiba que você está errada.”
A verdade era que o seu maior trauma, aquele que fez com que a Anne, sua única outra personalidade, aparecesse, foi algo que fez com que ela não confiasse em nenhum homem mais.
Quando era mais nove, antes mesmo de entrar oficialmente na adolescência, você acabou passando por uma das situações mais tristes que se pode acontecer com uma criança. Uma pessoa que considerava ser segura, um amigo que era alguns anos mais velho, te forçou a fazer coisas que acabaram completamente com você, por dentro e por fora.
Passar por algo que te fez ter nojo de si mesme causou um caos na sua cabeça, que um tempo depois deu espaço para a Anne, que tomou as lembranças dessa situação repugnante para ti, e começou a tentar te impedir de se aproximar de qualquer outro homem por medo do mesmo acontecer.
“Eu sei pelo o que S/N passou, e para ser sincero, eu acho que agiria da mesma forma que você.” Suspirou. “Mas eu amo elu mais do que tudo nesse mundo, e nunca me perdoaria se algo acontecesse de novo.” Andou um pouco, se sentando na cama, estando sob os olhos atentos da Anne. “Eu quero proteger elu, quero que elu confie em mim para ficar do lado, mas não posso conseguir isso se você ficar colocando na cabeça delu que eu vou fazer o mesmo.” Se inclinou. “Quero que confie em mim, eu estou te dando a minha palavra de que não vou fazer mal algum para S/N, porque elu é a coisa mais preciosa que eu tenho na vida.” Colocou a mão no peito. “Então por favor, Anne, não precisa gostar de mim, só me ajuda a fazer S/N feliz de novo.”
Você ficou em silêncio por alguns segundos, apenas o encarando de uma maneira séria. Praticamente não se mexeu durante esse tempo, parecendo estar em um conflito interno. Quando você voltou a reagir, o Jimin logo percebeu uma mudança no brilho dos seus olhos.
“Ela disse que confia em você.” Você falou, franzindo a testa.
“S/N?” Ele perguntou.
“Sou eu.” Sorriu fraco, se ajeitando na cama para se aproximar dele. “Não sei o que disse para a Anne, mas deu certo.”
“Sério?” Ele ficou surpreso.
“Uhum.” Concordou, sorrindo ao ver a cara de feliz dele. “Acho que ela aprova nosso namoro, agora.”
“Finalmente!” Ele comemorou, mexendo os punhos no ar e te fazendo rir, se juntado a você antes de te puxar para um abraço apertado. “Ela fez uma boa escolha, eu vou ajudar a te proteger de todo o mal deste mundo.”
“Eu sei que vai.” Levantou a cabeça para ele, se inclinando e o dando um selinho leve, mas cheio de amor e de carinho.
TAEHYUNG
Você e o Tae tinham se deitado para dormirem há alguns minutos já. Ele estava mexendo no celular e você já estava de olhos fechados, apesar de não parar de se mexer e estar claramente nervose com alguma coisa. O seu namorado observou você virar de um lado para o outro com a testa franzida, e decidiu conferir o que tinha acontecido.
“Está tudo bem?” Ele disse calmo.
“Eles estão brigando.” Você murmurou, ainda com os olhos fechados, e apontando para a sua cabeça. “Não sei que merda que o Lucca disse, mas a Ami está brigando com ele há uma meia hora e não me deixam dormir.”
“Quer que eu fale com eles?” O Tae disse, e você o olhou confuse, fazendo ele dar um leve sorriso e se aproximar de você, deixando os lábios colados aos seus ouvidos e passando a falar baixinho. “Ei, será que vocês podem por favor se acalmar um pouquinho?” Disse em um sussurro. “S/N precisa dormir, e sei que querem que elu fique bem, então deixem para brigar amanhã.”
Você soltou uma leve risada e se ajeitou na cama, olhando para ele com um leve sorriso nos lábios, se inclinando e o dando um rápido selinho.
“Eu ainda consigo ouvir eles te chamando de intrometido, mas agora estão sussurrando.” Você falou, fazendo o Tae soltar uma risada fraca.
“O importante é que deu certo.” Ele disse, dando de ombros. “Eles já sempre me ofendem mesmo, não faz diferença.”
“Eles te ofendem, é?” Você levantou uma sobrancelha.
“Sim, só recebo amor de você nessa casa, o resto me trata mal.” Ele fez um bico, que você mais uma vez se inclinou para dar um selinho.
“Vou ter uma conversinha com os dois depois, então.” Disse. “Mas não agora porque já foi difícil o suficiente fazer eles pararem de brigar um pouco.” Voltou a fechar os olhos.
“Se eles voltarem a fazer bagunça me avisa.” Ele sussurrou, se aproximando dos seus lábios e os selando com um beijo leve, enquanto você concordou com a cabeça e sorriu contra a boca do seu namorado.
JUNGKOOK
Você franziu a testa quando ligou o seu computador para terminar um trabalho e viu que ele estava aberto em um jogo que nem mesmo sabia que tinha instalado. Tentou se lembrar da última vez que o tinha usado, que tinha sido no dia anterior, e percebeu que, realmente, o jogo não estava lá antes.
Pensou que talvez pudesse ter sido trabalho de uma das personalidades, e se levantou da cadeira da escrivaninha, indo atrás do seu namorado.
“Jungkook?” O chamou, o encontrando anotando alguma coisa em um papel. “Você sabe por que meu computador tá aberto em um jogo?”
Ele levantou o rosto para você e sorriu, e você soube que ele tinha aprontando alguma coisa.
“Jungkook…” Disse de modo ameaçador, se aproximando dele.
“Não é nada demais.” Ele disse, rindo da sua cara. “Mas ontem à noite eu descobri que Andy é muito bom em jogos.”
“Elu é?” Você franziu a testa, e o seu namorado concordou com a cabeça, animado. “Sério?” Ficou indignade.
“Sério.” Ele respondeu rindo. “Elu me viu jogar e perguntou se podia tentar também, e acabou que se saiu melhor que eu.”
“Sério?” Disse de novo, ainda surprese.
“É.” Riu de novo. “Aí eu instalei o jogo no seu computador pra gente poder jogar juntos.” Te olhou. “Tem problema?”
“Não.” Riu também, se sentando no sofá, do lado dele. “Só não sabia que alguém que tem literalmente o mesmo cérebro que eu é bom em algo que eu estou tentando aprender há meses e ainda sou uma negação.” Disse com um biquinho.
“Vai ver todo o conhecimento do seu treinamento tá indo pra elu.” Ele disse, em um tom sério.
“Olha.” Você respondeu, tentando segurar a risada. “Eu não sei se é assim que as coisas funcionam, não.”
“Talvez seja.” Ele disse, de uma maneira um tanto quanto exagerada. “Nunca se sabe, vai que.”
“Tá bom, Kook.” Você se rendeu, rindo. “Vou pedir pra elu começar a estudar minhas matérias da faculdade, então, vai que assim eu aprendo.” Falou, fazendo seu namorado rir de novo.
“A esperança é a última que morre.” Ele falou, te puxando para um abraço e dando um beijo na base do seu pescoço, fazendo você sorrir de maneira boba e olhar para ele, o dando um selinho rápido antes de se levantar e votar para o computador para fazer o que precisava.
Oi!! Como vocês estão?? Tá tudo bem?
Como sempre, me desculpem pela demora, mas eu espero que tenham gostado, e desculpe por qualquer erro, também!
Até mais!
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@hawkjames
James se apoiou no carro com uma mão e franziu o nariz, pesando as alternativas. Estava voltando para casa mais cedo da sorveteria onde estava a família, com a desculpa de uma dor de cabeça quando, na verdade, estava só chateado esperando Betty ligar. O que não acontecia. O verão na Europa estava valendo muito mais que o namoro, aparentemente. Ele encarou o rosto ligeiramente avermelhado pelo calor de Augustine e enfiou o celular no bolso da bermuda. "Sure, why not?" Entrando no carro, James puxou a porta com um pouco mais de força que o necessário. "Uh, sorry 'bout that."
Como esperava, James aceitou rapidamente. Oh, Inez morreria quando ficasse sabendo que ela deu carona para James Hawk. Quer dizer, amiga mal acreditou quando lhe contou sobre o baile, certamente pensaria que aquilo seria uma mentira das grandes. O rapaz entrou no carro com um alto baque da porta sendo batida. "Eaaasy there, cowboy. O que quer que pense que a porta fez pra você, ela é inocente." Brincou com uma risadinha e então desfez um pouco o sorriso ao observá-lo melhor. "Are you okay?"
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Foi aqui que eu peguei ódio pela minha escrita, acho tão vergonhosa a forma que escrevo, tão sem emoção e vida. Mas meu maior ódio é pelos desenvolvimentos e acontecimentos, tão cringe 😩
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As portas do aposento foram escancaradas de forma violenta por um homem loiro que estava ofegante. A leve brisa que adrentava pela sacada agitava as finas cortinas refrescando o quarto, em meio aos brancos lençóis desalinhados os respingos de tom carmesim e as pétalas douradas se sobressaiam, tudo estava calmo no cômodo que agora se encontrava vazio. Deu alguns passos pelo quarto, confuso, ainda tentando entender tudo o que se passava, se forçava a lembrar de alguma coisa que tenha acontecido para levar até aquilo, mas não se recordava de nada. Para ele era tudo tão repentino, mas não é exatamente assim que o seu irmão é? Alguém inconstante de ações imprevisíveis, Thor sempre o viu como uma tempestade de verão que chega de súbito, muda tudo rapidamente e some da mesma forma em que chegou. Mas nesses poucos dias Thor aprendeu que esse tipo de visão era equivocada, as tempestades podem até serem rapidas, mas é possível vê-las e formando no horizonte. E é justamente por isso que Thor tão avidamente buscava em suas memórias, os sinais estavam lá, ele só não os enchergava.
Ao ir para a varanda foi recebido pela suave brisa e o belo céu estrelado, era uma noite calma e agradável.
Vazio. Novamente estava tudo vazio, não importava onde procurasse ele não estaria lá, isso o frustrava e deixava seu coração cada vez mais pesado.
Sobre o resguardo da sacada repousava um livro acompanhando de muito mais pétalas ensanguentadas do que havia na cama, na capa o desenho de yggdrasil estava manchado de sangue, aquele era um livro do qual Thor se lembrava bem pois Loki sempre estava com ele durante sua infância.
Apertando o livro em suas mãos o loiro olhava para a cidade logo abaixo com um olhar inquieto, em seu pensamentos só se fazia uma pergunta: Para onde ele foi?
Deixou o livro no resguardo, respirou profundamente para se livrar dos pensamentos e voltar a procurá-lo, estava pronto pra chamar o martelo e voar sobre a cidade até que ouviu uma respiração ofegante que acabara de chegar ao cômodo, assim que se virou pode ver Sigyn apoiada na porta do quarto com um semblante tão preocupado quanto o seu. Antes que as palavras saíssem de sua boca ela o respondeu com um sinal negativo.
A resposta era amarga e o deixava cada vez mais inquieto, de seus punhos cerrados pequenas faíscas brilhavam.
— Sigyn você passou todos esses dias ao lado dele, deve saber de algum lugar em que Loki possa ter ido.
— Eu sei de alguns poucos, mas não tenho certeza se ele iria para qualquer um deles.
— Continue procurando nesses locais. Irei para a bifrost, em um estado tão fraco ele só conseguirá sair de Asgard se usá-la.
Thor não esperou por uma resposta, chamou Mjolnir e saiu sobrevoando a cidade de Asgad deixando para trás Sigyn no quarto vazio.
≈§≈
A luz da lua era a única ajuda que Sigyn tinha para iluminar seu caminho em meio a floresta, a tempos havia deixado o palácio montada em um cavalo para procurar Loki. A velha cabana era o único lugar que conseguia pensar onde ele estaria.
Quando passou por uma familiar árvore morta acelerou ainda mais o galope da montaria, em poucos minutos pode adentrar o pequeno descampado em meio a mata. Ao chegar na cabana desceu do cavalo e o deixou pastando ali.
Adentrou no casebre abandonado onde mais uma vez apenas o vazio a esperava. Ainda não se dando por vencida andou pela casa até chegar a porta dos fundos, assim que a abriu pode ver.
No meio do jardim, um homem de madeixas pretas como as penas de um corvo estava rodeado por lindos girassóis enquanto as pétalas soltas voavam no ar sendo carregadas pelo vento.
— Loki
A voz de Sigyn saiu abafada quase como um sussurro.
No momento que ouviu o seu nome o homem se virou para a mulher que o chamou. O coração de Sigyn acelerou, sempre que o via isso acontecia.
— Por que você se foi? Você sumiu do banquete, te procuramos em todos os lugares.
Nenhuma resposta veio dos lábios do homem.
— Loki vamos volt-
— Não Sigyn... eu decidi que não voltarei mais.
Demorou para que Sigyn o respondesse, pois o nó em sua garganta não permitia, o que criou esse nó não foram as palavras de Loki, mas sim a sua expressão. Ele parecia tão triste, solitário e ferido, doía vê-lo assim.
— Não posso mais permanecer aqui.
— Por que não pode? Você e Sif estão se dando bem, é só questão de tempo até... que os ramos... comecem a morrer...
Sigyn se interrompeu quando se deu conta de algo
— Loki, não é ela... quem você realmente ama?
Loki fechou os olhos e respirou fundo, só então ele os abriu, com um brilho triste no olhar ele fitava diretamente a mulher.
— Há muitos séculos atrás uma pessoa me trouxe a esse jardim, ela queria que eu também visse as flores, pois essas se tornaram as suas favorita. Vi-
Loki colocou uma mão no peito enquanto o seu rosto se contorcia de dor, logo em seguida tossiu pétalas como as das flores que o rodeava. Mesmo com a dor aguda ele continuou a falar.
— Visitamos muitas outras vezes esse lugar, mas com o passar do tempo as visitas se tornaram menos recorrentes, até que ela se esqueceu daqui. Porém eu não esqueci, não consegui, eu continuei voltando.
Após terminar de falar o homem caiu de joelhos abraçando o próprio corpo, mais lágrimas escorriam pelo seu rosto pálido à medida que vomitava as pétalas douradas. Vê-lo sofrer a machucava, ela simplesmente não conseguia deixá-lo.
— Loki por favor me deixe te ajudar, eu posso tirar as flores, você vai ficar bem. Eu prometo.
A voz dela saia em um tom triste e trêmulo, suas mãos suavam e o seu coração batia inconsolável. Ela sabia que a doença dele estava a um passo do terceiro estágio.
O moreno levantou a cabeça para a olhar nos olhos.
— E isso a qual custo? Ao custo das poucas memórias ao qual dou valor? Ao custo do único amor que já tive?
De olhos cerrados e com seu corpo já quase sem forças, ele a deu um sorriso amargo para ela.
— Sigyn, desista. Desista de mim como todos os outros, até eu mesmo já desisti. Não se importe comigo.
Seus olhos se fecharam por completo, seu corpo caiu pra frente, apenas para ser segurado pela mulher antes que atingisse o solo.
Com ele desacordado em seus braços ela deixou as lágrimas escorrerem pelo rosto. Chorou como não fazia a anos, um choro cheio de dor e melancolia.
Ela o deitou na grama do jardim. Assim pode admirar o rosto do homem enquanto passava os dedos pelas negras mexas.
— Não posso te deixar, por mais que tentasse nunca conseguiria.
Suas lágrimas molharam o rosto dele quando ela lhe deixou um beijo casto em seus lábios.
— Por favor me perdoe Loki.
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Pedido: Meu pedido é para a Ju do Imagines-1directioner, é um pouco explícito. Eu queria um do Harry que eles estão em um momento íntimo, pode ser deitados na cama, conversando sobre sexo, uma conversa tranquila, sem vergonha, entende? Conversando sobre a primeira vez deles com outras pessoas e deles juntos, mas relacionado a experiência, sobre orgasmos, pq dizem que não é qualquer homem que consegue fazer a mulher gozar, eu queria um imagine relacionado a isso, e se tiver um tempo para um hot. Ansiosa
Prontinho, meu bem. Adorei seu pedido, viu? Espero que vocês gostem!
Boa leitura ♥️
- Esses filmes românticos que têm cena de sexo são tão clichês e fictícios. - falei rindo, a ponto de Harry direcionar sua atenção a mim com as sobrancelhas arqueadas, esquecendo o longa que passava na televisão.
- Como assim?
- Vai me dizer que você já gozou junto com a garota, como os personagens dali. - respondi debochada, apontando com a mão para a televisão presa na parade, e Harry fez que sim com a cabeça, concordando com o que eu disse anteriormente. - Cala a boca. - a forma como me expressei não sou ofensiva, já que o riso suavizou a frase. No entanto, minhas ações não permitiram a feição confusa aparece no rosto de Styles, acompanhada de um sorriso engraçado. - Você tá falando sério?
- Claro.
- E quem foi a sortuda? - questionei curiosa.
- Anna Summerfield. Uma ex-namorada mais velha que eu mas nos dávamos super bem. Ela me ensinou bastante coisa relacionado à sexo. E se hoje eu te faço delirar na cama, o mérito é todo dela. - Harry riu após concluir sua frase e eu o acompanhei, concordando com o final do comentário. Ele realmente me fazia delirar, e não era apenas na cama. - Mas não entendi o motivo da sua reclamação. Nós já gozamos juntos.
- E agradeço por isso ter acontecido. - Não aguentava mais liberar meu tão esperado orgasmo me masturbando. - revirei os olhos, razão pela qual o moreno ao meu lado soltou uma risadinha. - Você foi o segundo que conseguiu me fazer gozar, sabia?
- Sério? - perguntou-me surpreso e eu assenti. - Posso considerar isso como um elogio?
- O melhor que eu poderia te dar. - rio fraco, assim como Harry, que me puxou para perto dele fazendo com que deitasse em seu peito.
- Mas espera aí, se eu fui o segundo, quem foi o primeiro?
- Jake Crew. Meu último namorado e o primeiro homem que me causou sensações que nunca imaginei sentir. Ele sabia exatamente o que fazer e me deixou super confortável quando contei a ele que nunca havia tido um orgasmo.
- Isso é tão chato, não é?
- O quê? - perguntei virando meu corpo para que eu conseguisse ver seu rosto.
- Ser tão difícil para algumas mulheres sentir prazer. - explicou. - É uma coisa tão simples mas ao mesmo tempo se torna muito complexa e até frustrante, você não acha?
- Com certeza. Eu mesma fiquei muito tempo sem saber o que era gozar. Era desanimador quando acabava o sexo e nada acontecia.
- Mas hoje essa realidade mudou, certo?
- Certíssimo! - sorri animada e lhe beijei de repente, de forma rápida. - Amor, acho que nunca te perguntei isso mas, como foi a sua primeira vez?
- Horrível. - Harry respondeu sem pensar e rimos no mesmo instante em que ele disse. - Eu tinha 16 anos e me arrependo profundamente de ter adiado esse momento só porque eu era o único do grupo de amigos que não tinha transado. Odeio essa pressão que fazem sobre nós em relação ao sexo, principalmente com os meninos.
- Sim! É tão ridículo e não tem motivo algum que explique o porquê dessa “competição”.
- Você me entende como ninguém. Isso é tão lindo. - meu noivo deu um sorriso fofo e me selou logo em seguida, perdendo totalmente seu foco ao me escutar.
- Continua, amor. - falei rindo, fazendo ele dar continuidade a história.
- Bom, minha primeira vez foi no acampamento de verão com uma garota que por coincidência morava na minha rua e eu tinha uma quedinha por ela. Eu estava tão nervoso que não sabia nem por onde começar. - comentou rindo de um jeito tímido. - Nós ficamos uns dez minutos no quarto e quando eu finalmente estava sentindo alguma coisa, uma das monitoras abriu a porta e nos viu naquela cena deplorável. Eu acho que nem gozei. - Harry fez um biquinho triste depois que terminou a história e eu gargalhei ao escuta-la.
- Meu Deus! Por que você nunca me contou isso? - questionei, me acalmando das risadas.
- Porque é humilhante! A menina nunca mais falou comigo e ainda fui zoado por anos. Não foi nada legal.
- No meu caso, foi bem diferente.
- Sua primeira vez foi boa?
- Super boa!
- Como? - perguntou perplexo e eu soltei uma risada pela sua entonação e a expressão surpresa.
- Foi com meu primeiro namorado. Nós estávamos juntos há alguns meses e conversamos muito antes de transarmos. Tenho certeza que essa foi a razão para que fosse perfeito. Ele foi super carinhoso, cuidadoso e respeitoso. Isso fez com que meu nervosismo ficasse bem menor e eu consegui aproveitar o momento.
- E mesmo sendo tão bom você não gozou?
- Não. Acho que eu estava muito ansiosa e isso pode ter tido um efeito maior sobre mim. Mas senti sensações muito boas, confesso.
- E comigo? Essas sensações acontecem? - Harry levou sua mão até minha bunda e a apertou de leve, fazendo com que um sorriso safado surgisse em meus lábios.
- Não tô lembrada. - meu olhar dizia tudo o que eu queria naquele momento e com certeza ele havia entendido.
- Não seja por isso, babe.. - Harry me deitou na cama, ficando por cima de mim e segurou meus pulsos, lançando aquele sorriso sexy que me deixava mole. - Vou fazer você lembrar cada uma delas.. - a voz sexy me causou arrepios na espinha e sem demora ele me beijou de maneira selvagem mas não deixou-me tocar em seu corpo, ainda coberto pela camiseta cinza e a cueca preta.
Quando o clima esquentou, Harry levou seus lábios ao meu pescoço e suas mãos foram até a barra da minha camiseta, levantando-a para ser retirada.
- Você está sem sutiã.. - seus olhos foram até meus seios desnudos quando a camiseta foi parar no chão e eu sorri sapeca.
- Tive um pressentimento que acabaríamos transando hoje. - após sorrir, Harry fez um caminho de beijos, começando pelo colo, passando pela barriga e chegando até a única peça que cobria meu corpo e consequentemente minha intimidade.
- Eu percebi que você estava um pouquinho agitada. - devagar, senti minha calcinha sendo levada para baixo pelos dedos que me causavam arrepios bons demais para serem se quer compreendidos por mim.
- Estou com saudade de você, meu amor.. - minha voz saiu falha e meus olhos fecharam quando fiquei nua e Harry passou a mão sobre minha intimidade um pouco molhada.
- Não se preocupe, vou acabar com ela agora. - após meu suspiro, ele penetrou um dedo e eu ergui meu corpo ao sentir a primeira sensação boa daquela noite.
Harry subiu novamente até meus lábios e um beijo rápido e gostoso, com os dedos dentro de mim, proporcionando-me gemidos baixos a cada movimento.
Apesar de todas as experiências de sexo que vive durante os últimos anos, Harry conseguia superar todas elas e ser bem mais incrível que qualquer cara que fiquei. Ele era especial. Ele era meu.
- Pode gemer mais alto, amor.. Eu não vou morder.. A não ser que você queira.. - sussurrou no meu ouvido.
- Faça o que você quiser comigo. Estou em suas mãos.
- Incrível como você consegue me deixar duro apenas com essa vozinha. - Harry mordeu o nódulo da minha orelha e beijou a lateral do meu pescoço, levantando os pelos do meu corpo. E ali, sentindo seus dedos mágicos mergulhados na minha intimidade, seus lábios passeando pelo meu corpo delicadamente e a sua pegada gostosa, o rapaz me levou a ter o primeiro orgasmo da noite. - Lembrou da sensação? - mesmo com os olhos fechados, sabia que ele estava sorrindo, satisfeito por ter me feito gozar apenas com as preliminares.
- Acho que falta a melhor delas.. - respondi ao abrir os olhos.
- E qual é?
- Eu em cima de você. - tirei a camiseta de Harry rapidamente e logo depois o ajudei a se livrar da cueca, liberando seu membro totalmente duro.
- Viu o que você faz comigo, garota? - argumentou com um sorriso sacana no rosto.
- Não brinco em serviço, babe. - empurrei-o para deitar-se na cama e subi em cima de Harry, encaixando finalmente seu membro dentro de mim. Nós dois gememos alto ao sentir o prazer se iniciando, fazendo com que a onda de êxtase percorresse nosso corpo. Comecei com movimentos lentos enquanto as mãos dele me auxiliavam, segurando minha cintura com força. A medida que sentia meu corpo esquentar, eu acelerava aos movimentos. Nossos gemidos aumentaram quando me inclinei para frente e pude ver a cena que me desestruturou por completo. Harry Styles, de olhos fechados, com a cabeça para trás e gemendo baixinho. Aquilo era demais para mim.
A sensação do sexo era ótima, mas vê-lo nesse estado, completamente entregue ao ato, comigo no controle, era impagável. E assim, com os meus últimos movimentos, sinto meu segundo orgasmo chegando, e ao mesmo tempo Harry libera o seu. Me desmanchei em cima dele com a respiração descompassada mas muito, muito realizada por ter conseguido reproduzir os clichês dos filmes românticos que assistíamos antes de tudo acontecer.
Escrito por: @imagines-1directioner
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A Maldição de Mnemosine
Havia na capital de Melody uma família bem abastada, composta unicamente por fadas da mente, fruto de gerações de casamentos arranjados entre seu próprio sangue, um costume que (embora não houvesse qualquer comprovação de eficácia) visava manter a pureza de sua linhagem e impedir que sua árvore fosse maculada por qualquer manifestação de poderes que não fossem puramente psíquicos. E embora a loucura tenha se instaurado e a insanidade fosse tão presente quanto a ganância, a beleza também era uma de suas características mais marcantes.
Não havia um único Petalouda que não chamasse atenção por seus dotes físicos, e ainda assim nenhum deles jamais se comparou a Mnemosine, com seus cabelos de ébano e olhos que pareciam feitos de âmbar. Seus irmãos eram, sem dúvidas, seres primorosos, mas ela… Ela era divina. Todavia, infelizmente para Mnemosine, até mesmo deuses poderiam cair, e a queda dela teve início com um jogral que certa vez se apresentara na casa de veraneio dos Petalouda, no litoral do reino. E embora os boatos fossem de que a jovem dama era incapaz de amar algo além do próprio reflexo, não havia força em Magix que pudesse salvá-la do par de olhos azuis cristalinos que a seguiram pelo salão durante toda a noite.
O grupo que se apresentou naquele primeiro dia permaneceu na propriedade pelo restante da temporada, servindo de atração nas muitas festas oferecidas por Lyssa, e não demorou para que Mnemosine tivesse o rapaz a seus pés, ou ao menos pensasse que era isso que acontecia. Ela estava apaixonada, possivelmente pela primeira vez em sua curta vida, mas isso não impediu que o jogral partisse com o fim da temporada, a deixando sozinha com seu coração despedaçado e uma criança em seu ventre. Uma criança indesejada que condenou a mãe a uma existência solitária naquela mesma propriedade, cercada pelas lembranças do que poderia ter sido seu melhor verão, mas se tornou apenas um vislumbre de uma vida que não desejava viver.
Ela tinha apenas dezessete anos e estava desgraçada, jamais poderia voltar à capital naquele estado, sua mãe deixara claro que não a aceitaria de volta se isso incluísse o bastardo que carregava, e ainda assim… Ainda assim ela não conseguiu se desfazer daquele pequeno fardo. Não se engane, ela tentou de diversas maneiras se livrar do pequeno bastardo, mas o destino parecia rir e cuspir em sua face a cada vez, permitindo que sua maldição continuasse a se desenvolver de forma plena, sugando suas forças, causando-lhe enjoos e inchando seus pés, isso sem contar a imensa barriga que fazia com que parecesse uma maldita morsa, gorda e muito desesperada para o próprio bem.
Ao longo dos meses ela havia implorado para que os pais a aceitassem de volta, e recebera tantas recusas que, eventualmente, desistira de suplicar, prometendo para si mesma que tudo se resolveria quando desse a luz. Entregaria a criança a qualquer um que a quisesse e voltaria para sua vida na capital, para todas as regalias que seu berço de ouro lhe proporcionaram - e que nunca alcançariam o bebê que aquela altura já estava para nascer. Mnemosine havia odiado aquela criança desde que ela era apenas uma possibilidade, e os meses frustrantes que passara trancada sozinha não foram nem um pouco eficientes em mudar isso.
Mas, para sua infelicidade, se pensava (mesmo que erroneamente) que seu corpo estava se deteriorando, nada se comparava ao que a raiva e a frustração fizeram com sua mente. O pouco de sanidade que habitava ali a deixou por completo naquele tempo, e quando deu a luz a criança de olhos azuis, já não havia nada nela que pudesse ser salvo. Ela viu na criança, sua filha, um pedaço do homem que havia amado tão intensamente, mesmo que por um breve período, e talvez tenha sido isso, ou o fato de que a mente dela parecia tão silenciosa, diferente de sua genitora, mas ela se encantou pelo pequeno ser e o acolheu, aninhando-o próximo ao coração e prometendo em voz baixa que cuidaria das duas. Uma promessa quebrada desde o primeiro instante que amaldiçoou a ambas, mãe e filha, condenando-as a uma existência imersa no caos criado pela mente da mais velha.
Talvez Mnemisone tivesse amado a filha, de seu jeito torto e insano, ou talvez apenas tivesse encontrado nela uma forma de punir o verdadeiro detentor de seu coração, mas no fim, a resposta para esses questionamentos não importava, porque quando saiu pela porta, alguns anos depois, levou consigo todas as promessas de uma vida feliz, deixando para trás apenas seus pecados, que finalmente encontraram seu lugar onde antes havia apenas o silêncio e a inocência, na mente da criança amaldiçoada, condenada desde o nascimento a punição eterna por erros que jamais foram seus.
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