#olharesdocotidiano

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Não estamos sozinhos.

Temos uma legião de Amizades lutadoras Amores sonhadores Amigos humanos.

Essa é a nossa família.

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Um outro alguém

Eu só cansei de ser eu mesmo, de saber das mesmas coisas, de ver as mesmas coisas, de ouvir as mesmas coisas... De sentir as mesmas coisas. Seria tão bom ser outra pessoa. Só por um dia ser diferente, ver o diferente, sentir o diferente, entender o diferente. Poder enxergar através de um outro alguém.

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O grito do desespero

Não aguentava mais. Não aguentava mais. Eu não aguento mais.

Corro. Meu instinto me leva para meu lugar seguro, aquele onde posso ser quem quiser, ir para onde quiser, viver a vida perfeita.

Ignoro aqueles no meu caminho e quando finalmente chego, subo as escadas e vou até o fundo onde não há ninguém. Sento. Me encosto no metal frio da estante. Abraço minhas pernas como uma criança com medo das sombras.

Seguro as lágrimas o máximo que consigo, mas são fortes demais. E após muito tempo me permito chorar, por tudo, por todos aqueles problemas que silenciosamente guardei. Tantas palavras. Tantas pessoas. Tantas ações. Tantas lágrimas.

Precisava de um abraço, mas não daqueles que damos e recebemos todos os dias. Um que me aquecesse, que me fizesse sentir seguro, como aqueles que nossos pais davam quando tínhamos pesadelos. Mas é claro que não havia ninguém.

Queria ficar ali para sempre, sentado, chorando.

Após segundos que pareceram horas, ou horas que pareceram segundos, já não sei, me obriguei a ficar de pé. Minhas pernas doíam, e a cada passo, pareciam ficar mais pesadas, como se alguém as puxasse cada vez mais.

Sequei as lágrimas, e fui até a saída. Com a força que me restava, abria porta. E assim que dei o primeiro passo, eu parei e sem emitir nem um som, minha alma gritou. O grito mais forte que qualquer um um dia já dado.

          O grito do desespero.