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[dorothva]

Q : QUESTION. (thomas) ps: quero pedido kkk

Naquela noite, o céu púrpura de dezembro havia sido adornado com estrelas o suficiente para que estivesse quase tão claro quanto o dia; mas mesmo assim, foi possível observar a distância a explosão de fogos de artificio ao fim da tão estonteante comemoração que prestava a dizer adeus a mais uma turma. 

E foi com um sorriso tímido que Altumsolis subiu ao palco para receber as homenagens, e finalmente, poder dizer que era seu último dia em Fimbulvert. Ora, Heimdall sabe por quanto tempo não almejou por aquilo. Não era tolo para ficar alheio às opiniões negativas sobre si, nem que havia mais gente ali que desgostava dele do que que diziam ser seus amigos ––– e talvez Thomas tivesse um bom ponto por desejar zarpar de vez para a Terceira Corte. Contudo, agora que tudo realmente havia chegado ao seu ponto final, não contava com a falta que sentiria das coisas boas que cultivou na escola. Do cheiro piso de madeira da sala de música, quando era seu momento tão sagrado de meditação, onde só havia ele e as teclas marfim, e tudo mais desaparecia. A risadas dos seus amigos ao recebê-lo com um abraço caloroso todo primeiro dia de aula, e ele sequer hesitava em corresponder o ato com o mesmo carinho. Mas principalmente, da garota que, ao longo dos anos, ele aprendeu a amar. 

" ––– Você aguenta os próximos anos tranquilamente. Melhor do que eu aguentaria sem você, de fato." Foi o que disse, empurrando levemente o ombro da luminosa com o seu, e permitindo que o sorriso discreto estampasse os lábios. Gweyr podia ser mil vezes mais amigável do que ele, e querendo ou não, aquilo era uma excelente arma quando o assunto era lidar com o interpessoal. Caminhavam sem rumo, apesar de ambos conhecerem o castelo o suficiente para saber onde ficava cada cômodo ––– e quando, com alguma despretensão, viraram à esquerda, Tom soube que, se seguissem escadaria acima, dariam exatamente na torre de astronomia. " ––– Mas vai demorar menos do que pensamos, hun?" Afinal, desde o ataque dos elfos negros, os anos haviam passado na velocidade da luz. O ocorrido fora marcante o suficiente para parecer que aconteceu há anos e mais anos ––– contudo, não era daquele assunto que Tom queria falar. Não quando finalmente alcançaram o topo da torre, onde estavam mais perto das estrelas do que em qualquer momento. " ––– Mesmo assim, parte de mim deseja que, quando for a sua vez, não tenha esquecido de mim. Nem do que nos trouxe até aqui." Um noivado... Um que, por diversas razões, não havia ido para frente por escolha de uma Gweyr que se recusava a casar por qualquer outra razão que não fosse amor ––– e sinceramente, a parte mais sensível de Altumsolis não podia concordar mais. Mas apesar do fim do acordo, não havia sido o fim do relacionamento que eles construíram tijolo por tijolo, e com o máximo de cuidado, carinho e amor que puderam naqueles tempos. Da mesma forma que Gweyr queria se casar por amor, esse também era o desejo de Tom; e com a paciência, a maturidade e a resiliência de anos, ele agora tinha certeza que haviam conseguido. Era a realização de um sonho para ele, e agora, ele esperava que para ela também. Quando alcançaram a janela, a destra do loiro foi em direção ao bolso do terno, onde tirou uma caixinha de veludo dourado; e antes de abri-la para revelar o anel adornado com ouro branco e delicadas peças de diamantes, ajoelhou-se na frente da luminosa, deixando que o sorriso amoroso fizesse-se presente nos seus lábios e nos seus olhos. " ––– Heimdall sabe quanto é bom quando não é por negociações, nem politicagens; e o protagonismo é apenas do meu amor por você, e do seu por mim. Esse amor que nós batalhamos para construir; mas ao meu ver, valeu cada momento único com você que nenhum dinheiro do mundo poderia pagar. Gweyr, aceita ser minha esposa?"