#oberyn e vhaeryn unidos pela força do ódio
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obccryn · 24 days ago
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TASK III — o despertar dos poderes.
Oberyn sentia os nós de seus dedos pulsarem, a pele já avermelhada e marcada pela força dos golpes. O treinamento havia começado como qualquer outro, uma forma de despejar a raiva que parecia sempre borbulhar dentro dele, mas logo se tornou algo diferente. Algo mais intenso. Mais destrutivo. O campo de treinamento estava repleto de sons — o tilintar metálico das armas, os grunhidos abafados de esforço, as ordens dos instrutores ecoando contra as muralhas de pedra. Mas tudo isso começou a se dissolver para Oberyn conforme sua visão se tornava estreita, focada exclusivamente no adversário diante dele. O erro do outro foi simples — um golpe descuidado, mal calculado, que lhe acertou o queixo. O impacto não foi forte o suficiente para derrubá-lo, mas acendeu algo dentro de si.
E então veio a raiva. Aquele tipo de raiva que não cedia, que queimava mais quente do que qualquer chama, que fazia o sangue ferver e o corpo tremer. Mas não era apenas sua. Era dela.
Vhaeryn.
O vínculo entre eles sempre fora feroz, como se seus corações estivessem entrelaçados pela ira e pelo fogo. E agora, Oberyn conseguia senti-la — a indignação, a fúria acumulada, a fome pelo embate. Vhaeryn rugia em sua mente, como se estivesse ali, ao seu lado, incitando-o a não parar. E ele não parou. Os socos vinham sem trégua. Um após o outro. O adversário já não revidava mais, mas Oberyn continuava, sentindo a adrenalina alimentar cada golpe. As vozes ao redor se tornaram distantes, alarmadas, gritando para que ele parasse, mas ele não ouvia. As mãos estavam dormentes, os músculos tensos, e tudo ao seu redor parecia secundário.
Foi quando alguém o segurou pelo ombro. O toque deveria tê-lo trazido de volta à realidade, deveria ter sido um freio. Mas, ao contrário, foi como um gatilho. Um calor insuportável explodiu de dentro dele, e em um segundo, labaredas irromperam de suas mãos. O fogo nasceu com violência, cuspindo-se para fora da pele como se sempre tivesse estado ali, esperando para ser libertado. Chamas alaranjadas e rubras se ergueram, crepitando em volta de seus dedos. Oberyn arregalou os olhos, mas não houve dor. Nenhuma queimadura, nenhum desconforto — apenas calor e poder, puro e absoluto, preenchendo cada centímetro de seu corpo.
As pessoas ao seu redor recuaram. Os olhos arregalados, alguns sacando as armas por reflexo. Ele via o medo estampado em seus rostos, mas tudo que sentia era… satisfação. O fogo o consumia, e ele o deixava crescer. Como se cada pensamento reprimido, cada ressentimento engolido ao longo dos anos, tivesse encontrado uma válvula de escape. Sua própria raiva, sua frustração, agora era algo tangível, algo que podia tocar. Algo que os outros podiam ver.
Oberyn ergueu as mãos, observando as chamas dançando ao redor de seus dedos. A sensação era viciante. O calor escaldante em sua pele não era um castigo, mas sim uma revelação. Pela primeira vez em sua vida, ele não precisava conter-se. Pela primeira vez, ele nã Oberyn sentia os nós de seus dedos pulsarem, a pele já avermelhada e marcada pela força dos golpes. O treinamento havia começado como qualquer outro, uma forma de despejar a raiva que parecia sempre borbulhar dentro dele, mas logo se tornou algo diferente. Algo mais intenso. Mais destrutivo. O fogo rugia ao seu redor, crescendo a cada segundo, alimentado por sua própria emoção, por sua própria fúria. Ele não sabia como pará-lo. Não queria pará-lo.
Mas alguém decidiu por ele.
O impacto repentino da água contra seu corpo o arrancou daquele êxtase. As chamas se extinguiram no mesmo instante, evaporando-se com um chiado violento enquanto a água escorria por seus ombros e cabelos. O vapor subiu ao redor dele, envolvendo-o como uma neblina fantasmagórica, e, por um momento, tudo ficou em silêncio.
Oberyn arfou, ainda sentindo o calor residual na pele, os olhos se voltando para as expressões atônitas ao seu redor. As palavras ficaram presas em sua garganta — o que diabos acabara de acontecer? Ele sentia a presença de Vhaeryn latejando na conexão entre eles, orgulhosa.Ele fechou as mãos em punho. Ele não fazia ideia do que havia acabado de acontecer mas ele queria mais. O que quer que aquilo tinha sido ele precisava de mais.
— O PODER; pirocinese
Pirocinese é a habilidade de gerar, manipular e controlar o fogo. No caso de Oberyn, suas chamas são uma extensão de suas emoções, especialmente sua ira. Quanto mais intenso seu estado emocional, mais forte e incontrolável o fogo se torna. Ele pode criar labaredas saindo de suas mãos, lançar rajadas de fogo e, com treino, talvez até moldar as chamas conforme sua vontade.
Oberyn desenvolveu essa habilidade porque seu dragão, Vhaeryn, pertence à espécie dos Flamion, os dragões de fogo. O vínculo entre eles é extremamente forte, alimentado por sentimentos intensos e indomáveis. Vhaeryn é um reflexo de Oberyn—agressiva, impulsiva e poderosa—e, ao dividir parte de sua essência com seu montador, garantiu que ele tivesse uma forma de se defender e atacar à altura de sua personalidade ardente. O maior desafio de Oberyn com a Pirocinese não é apenas controlá-la fisicamente, mas também emocionalmente. Seu temperamento explosivo pode tornar seu próprio poder perigoso, tanto para ele quanto para aqueles ao seu redor. Quanto mais forte sua raiva, mais difícil é apagar as chamas.
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