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#nervosismo antes do casamento frio
dicasverdes · 2 years
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7 Dicas para Nervosismo pré-casamento - TPC
7 Dicas para Nervosismo pré-casamento – TPC
7 Dicas para Nervosismo pré-casamento – TPC. Dúvidas, ansiedade e estresse nas semanas que antecedem o casamento são comuns e um aspecto inevitável das celebrações matrimoniais, independentemente de você ser a noiva ou o noivo. É melhor resolver a situação por conta própria, mesmo que todos ao seu redor queiram dar conselhos sobre como manter a compostura e fazer pequenos ajustes no estilo de…
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meusogro · 4 days
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Eu não esperava isso de meu sogro
Vou contar pra vocês uma história que aconteceu ontem à noite comigo e ainda estou pasma!
Minhas pernas ainda estão bambas e eu custo a acreditar que foi verdade, porque mais parece que foi um sonho.
Eu tenho 21 anos, branca, 45 kg, bunda e peitinhos bem durinhos, bicos arrebitados.
Namoro há 3 anos com um rapaz e vamos nos casar sábado.
Estamos resolvendo as últimas pendências do casamento e ontem fui buscar o vestido.
Só que aqui em João Pessoa está chovendo muito e como meu noivo estava dando aula na faculdade, o pai dele foi me buscar na casa de noivas.
Estava frio, mas quando eu saí de casa de tarde estava calor, então eu estava com uma blusa bem decotada. Meus seios não são grandes, mas por serem redondos e durinhos chamam atenção numa blusa decotada e apertada. Ainda mais quando está frio e os bicos ficam durinhos, bem salientes.
Entrei no carro super animada, o vestido ficou perfeito.
Meu sogro perguntou como foi e fomos indo em direção à minha casa. De repente ele saiu do caminho e disse que precisava pegar minha sogra no hospital antes, pois o plantão dela havia acabado e ele levaria nós duas pra casa.
Eu não percebi que era armação dele. Quando menos espero ele passa a mão na minha perna e pergunta: “Tensa com o casamento Renatinha?”
Como ele sempre foi muito carinhoso comigo não dei importância ao carinho malicioso e disse que sim, que estava nervosa, mas segura.
Então ele pegou na minha mão e foi subindo pelo meu braço, aí quando chegou na altura do meu seio passou os dedos de leve por cima e disse: “Está com frio nora? Seus bicos estão bem durinhos. Se quiser posso desligar o ar condicionado”.
Aí sim eu gelei! Era o meu sogro ali, me alisando!! Fiquei calada, paralisada.
Ele é um homem delicioso. Tem 45 anos, casou muito cedo. Malha, é sarado, gostoso. Eu sempre o achei muito bonito (meu noivo tem a quem puxar) mas nunca me imaginei numa situação daquelas, até pq o casamento dele e da sua mulher parece perfeito!
Então ele me disse pra não ficar nervosa, deu seta e entrou num motel. Me falou que explicaria tudo lá dentro, que era mais calmo pra conversar.
Quando parou no quarto me disse pra trazer meu vestido de noiva. Entramos.
Ele disse que queria me ver vestida de noiva, que me deseja e que queria ser o primeiro a tirar aquele vestido, que demorou demais pra ter coragem de fazer isso, que me desejava desde a primeira vez que fui na casa dele e que daquele momento em diante não perderia oportunidades de ficar à sós comigo.
Eu disse que irei casar com o filho dele no sábado e perguntei porque ele queria fazer aquilo tão emcima do casamento.
Então ele disse “Você ainda não sabe o que é transar com um homem de verdade. Meu filho é muito novo, ainda tem muita coisa pra aprender. Você vai experimentar uma foda de verdade antes de entrar naquela igreja”.
Apesar do nervosismo aquelas palavras estavam começando a me excitar.
Então ele sentou do meu lado, passou a mão no meu cabelo, me beijou no pescoço e começou a tirar a minha roupa.
Era um misto de loucura e tesão e eu estava me entregando. Não conseguia, nem queria pedir pra ele parar.
Ele foi tirando e me beijando, me lambendo, me chupando. Ia dizendo o quanto eu sou gostosa e como estava arrependido de ter esperado tanto pra fazer isso.
Quando fiquei completamente nua na sua frente ele me deitou, abriu minhas pernas e começou a me chupar como se eu tivesse a última buceta do planeta.
Entre uma chupada, uma lambida e uma dedada ele me dizia como meu melzinho era gostoso e que sabia que eu já tava excitada e doida pra dar pra ele.
Quando eu já tava quase gozando ele me mandou ir vestir meu vestido de noiva “É agora que você vai entrar oficialmente na família, sua gostosa”.
Fui no banheiro, levei a caixa do vestido e me vesti.
Quando saí ele já estava nu, deitado na cama, com o pau muito duro. Eu nunca vi um pau tão grande e grosso na minha vida! Deu medo na hora. Fiquei pensando que ia me rasgar.
Então ele me chamou pra cama e disse pra eu ficar em pé emcima da cama, entrou embaixo do vestido e puxou minha calcinha branca, sempre lambendo minha buceta.
Eu já estava muito louca e já que estava ali, não tinha como voltar atrás, estava decidida a conhecer aquela transa de homem de verdade e mesmo que me machucasse eu iria até o final.
Então me pediu pra sentar no pau dele, com vestido e tudo. Fui me abaixando e ele foi entrando, doendo, mas foi entrando. Quando foi chegando no fim ele me agarrou pelo quadril e me puxou pra baixo que eu senti aquele pau enorme batendo lá no fundo da minha buceta. Eu gritei. Quanto mais eu gritava de dor mas ele metia.
Socou muito, até que parou e me mandou chupar o pau dele. Chupei gostoso. Nisso eu sei que sou muito boa. Chupei muito que ele quase gozou na minha boca, quando estava quase lá mandou que eu parasse e ficasse de quatro pra ele. Levantou meu vestido e meteu na buceta. Como doía!
Cada enfiada que ele dava eu gritava, só se ouvia meu grito e o barulho da minha bunda batendo no quadril dele. Ele meteu muito e de novo quando estava perto de gozar, parou.
Me beijava no pescoço e começou a tirar meu vestido, ia me chupando…
Chupou mais a minha buceta e dizia que faria isso todas as vezes que quisesse.
Então me disse pra ficar de quatro de novo e que comeria meu cu. Eu disse que não, que nunca tinha feito e que o pau dele era muito grande e ia me machucar.
Ele disse que sempre doía e que o meu cu era dele, que seria o primeiro a comer, que não daria esse prazer ao filho e que eu não deveria dar meu cu ao meu marido enquanto ele não deixasse, pq aquele seria o buraquinho exclusivo que só ele meteria.
Eu fiquei muito nervosa e comecei a reagir, tava com medo e não relaxava, então ele me disse que ou eu ficaria quieta e fazia por bem, ou ele seria obrigado a fazer á força.
Mas era involuntário e eu continuei reagindo. Acabei levando uma tapa na cara (que eu adorei!) e ele colocou o dedo na minha cara dizendo “Agora você é a minha puta norinha, vai fazer tudo o que eu quiser e eu vou foder vc pelo buraco que eu quiser, quando eu quiser, do jeito que eu quiser. Trate de ficar bem quietinha e gemer gostoso que eu adoro.”
Mas eu não conseguia relaxar, ele pegou uma camisa e me amarrou.
Pegou outra e amarrou minha boca, disse que queria que eu gemesse, não que eu gritasse e que se eu fosse boazinha e gemesse gostoso ele fodia devagar.
Então ele abriu minha bunda e foi enfiando. Cada milímetro ia me rasgando e eu mordia a camisa que ele me amordaçou.
Eu chorava e ele ia metendo, até que entrou todo. Então ele começou a socar, no começo doeu muito, mas depois eu comecei a gostar. Ele fodia com força, igual como fez com minha buceta, que ficou arregaçada com aquele pau.
Depois de tanta trepa ele não aguentou mais. Gozou no meu cu. Gritou alto enquanto gozava e deitou por cima de mim. Tirou a mordaça e perguntou se eu tinha gostado de foder com um homem de verdade, eu disse que sim.
Guardei meu vestido na caixa e ele me disse pra não vestir a calcinha, eu tava de saia.
Então foi me deixar em casa, entre uma marcha e outra metia a mão entre minhas pernas e enfiava os dedos na minha buceta.
Cheguei louca em casa, meu noivo ligou pra saber do vestido e eu disse que ficou lindo.
Agora serei a sobremesa do meu sogro em todos os almoços de domingo.
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sunrisenow · 4 years
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PARA CADA MOMENTO EM MINHA VIDA NORMALMENTE GUARDO UMA MÚSICA, AS VEZES VARIAS. NESTE CASO TENHO UMA MÚSICA ‘’TEMA’’ PARA ESSE MOMENTO, UMA MÚSICA NA QUAL JÁ ESCUTEI NO INICIO CHORANDO DE FELICIDADE E DEPOIS NO FIM, CHORANDO DE TRISTEZA.
MÚSICA: ELLIE GOULDING - LOVE ME LIKE YOU DO.
https://www.youtube.com/watch?v=cxj0ruQ0vIw
NÃO VOU CONTAR DO MOMENTO EXATO DE QUANDO NOS CONHECEMOS, ACHO QUE JÁ MEIO QUE ESCREVI A UM TEMPO ATRÁS SOBRE ESSE MOMENTO E DE UM LIVRO E MÚSICA NO CURSO DE INGLÊS.
VOU COMEÇAR COM UMA LEMBRANÇA QUE TENHO, ANTES MESMO DE TER DADO UM ‘’OI’’ A ELA. UM ANO ANTES NA ESCOLA ESTAVA TENDO ALGUM TIPO DE GINCANA QUE NÃO ME LEMBRO, EU ESTUDAVA DE MANHÃ E TIVE QUE FICA ATÉ A TARDE, NESSE EVENTO A MINHA SALA SE JUNTOU A UMA OUTRA SALA DA TARDE, E BEM, LÁ ESTAVA ELA, ME LEMBRO QUE ESTAVA TODO MUNDO SE ARRUMANDO, SE VESTINDO PRA ALGUMA COISA, E ENTÃO NESSA SALA EU ESCUTEI O SORRISO DELA E CLARO A PRIMEIRA COISA QUE OLHEI FOI OS SEUS LABIOS CARNUDOS COM UM BATOM BEM VERMELHO E ELA ESTAVA MAQUIANDO OUTRAS MENINAS E ENTÃO QUANDO EU AVISTEI PELA PRIMEIRA VEZ EU PARALISEI POR UM TEMPO E PENSEI ‘’NOSSA, PUTA QUE PARIO QUEM É ELA E O QUE ELA ACABOU DE FAZER COMIGO SEM TER FEITO NADA ?’’.  NÃO SEI COMO EXPLICAR, MAS EU SABIA QUE NAQUELE MOMENTO EU NÃO PRECISARIA IR ATÉ ELA OU TENTAR ALGUMA COISA, PARA TENTAR FALAR COM ELA, EU SABIA NO FUNDO DA MINHA ALMA QUE IRIA ACONTECER ALGO E ELA IRIA VIM ATÉ A MIM DE ALGUMA MANEIRA, NÃO SEI QUANDO, NÃO SEI COMO, SÓ NÃO SABIA QUE IRIA DEMORAR QUASE 1 ANO KKKK, ENTÃO NO PRÓXIMO ANO, ELA COMEÇOU A ESTUDAR DE MANHÃ, EU NÃO LIGUEI QUANDO AVISTEI. NA VERDADE EU SUPER LIGUEI, MAS EU QUERIA IGNORAR ISSO PORQUE EU TAVA COM MEDO DO QUE PODERIA VIM, EU ESTAVA CANSADO NA ÉPOCA DE ALGUMAS FRUTAÇÕES, EU ESTAVA PUTO DA VIDA, ESTAVA TENTANDO TACAR O FODA-SE PRA TUDO KKK, E ACIMA DE TUDO EU ESTAVA TRISTE, MAS EU ESTAVA MAIS AINDA COM ÓDIO DE TUDO.. COM ÓDIO DE MIM, ME LEMBRO QUE AS ÚNICAS COISAS QUE EU MAIS ZELAVA E CULTIVAVA ERAM ÁS MINHAS MÚSICAS, FILMES E MEUS JOGOS ONLINE PELO COMPUTADOR E WEBAMIZADES E O MEU SKATE, QUE NA VERDADE EU TINHA QUEBRADO DEPOIS DE TANTO USA-LO, O QUE ME DEIXOU MAIS PUTO.  A MINHA SORTE É QUE UM AMIGO MEU NA ÉPOCA TINHA UM SKATE E QUE ERA BEMMM MELHOR QUE O MEU ANTIGO, ENTÃO EU BASCIAMENTE TOMEI POSE DO SKATE DELE KKK, E NOS MOMENTOS DE INTERVALO EU IÁ EM UMA ÁREA BEM GRANDE DA ESCOLA E FICAVA ANDANDO E ESCUTANDO AS MINHAS MÚSICAS AO MAXIMO, NAQUELE ANO O GOVERNO IMPLANTOU UM SISTEMA NOVO NAS ESCOLAS, TINHA QUE FICAR NA ESCOLA QUASE O DIA TODO, POR CAUSA DO INTEGRAL ESCOLAR E TAMBÉM DO CURSO DE INGLÊS QUE EU HAVIA COMEÇADO DE FAZER.   POR SORTE OU GRANDE AZAR, ELA TAMBÉM ESTAVA NO CURSO DE INGLÊS, EU A ODIAVA, ELA ERA MUITA SIMPATICA, RISONHA, TINHA UM SORRISO EXTREMAMENTE ESCANDALOSO DE DAR INVEJA QUE EU A ODIAVA, ODIAVA O QUANTO AS PESSOAS ACHAVAM ELA BONITA E MEUS COLEGAS AO REDO O COMENTAVA, MAS LOGO EU PENSAVA ‘’ ELA É BONITA, FORA ISSO O QUE SERÁ QUE TEM DENTRO DE SUA ALMA E SUAS IDEIAS ? ‘’..  ELA PODERIA CHAMAR ATENÇÃO, MAS PARA MIM NEM TANTO, EU NEM HÁ CONHECIA MAS ODIAVA ELA POR ELA SER QUASE O OPOSTO QUE EU ERA, EU NÃO ERA NADA SIMPATICO, NADA RISONHO, NADA DE SAIR FICANDO. 
ATÉ QUE UM DIA, COMO EU JÁ SABIA, ELA VEIO ATÉ MIM E ENTÃO COMO JÁ CONTEI, NOS CONHECEMOS E AI EU PUDE  CONHECER A SUA BELEZA, A BELEZA DE SUA ALMA E SUAS IDEIAS, E FOI AI QUE PELA PRIMEIRA VEZ EU CONSEGUI SENTIR O AMOR, NÃO QUALQUER AMOR, MAS O AMOR!!  AQUELE QUE MEU DEU DO NADA UMA GASTURA NA MINHA BARRIGA, ME DEIXANDO SEM JEITO, COMEÇANDO A FICAR COM OS LABIOS RESSECADOS E SEM PALAVRAS.  
 TODA VEZ QUE ELA ESTAVA POR PERTO EU SENTIA SEU PERFUMO DE LONGE, E SÓ EM SENTIR O SEU PERFUME, EU SABIA QUE ELA ESTAVA POR PERTO E O MEU MALDITO CORAÇÃO PARECIA SAIR PELA BOCA, MAS EU ACHO QUE NUNCA CHEGUEI A DEMONSTRA MEU REAL E INTESO AMOR PARA ELA, ACHO QUE PELO FATO DELA NÃO TER DEMONSTRADO TANTO, É ALGO ME DEIXAVA COM UM PÉ ATRÁS, E EU ESTAVA CERTO.
UMA NOITE EU CHEGUEI EM CASA CANSADO DEPOIS DE TER FICADO O DIA INTERIO NA ESCOLA, EU CHEGAVA NO MEU QUARTO E FAZIA MINHA ROTINA DE SEMPRE AO CHEGAR, DE PRIMEIRA EU  LIGAVA O MEU COMPUTADOR, DEPOIS TIRAVA MINHA CAMISA E SHORT SÓ FICAVA DE CUECA BOX E SEMPRE IRIA DIRETO PARA COZINHA FAZER UM PRATÃO DE COMIDA E DEPOIS ME SENTAVA EM FRENTE AO COMPUTADOR E IRIA VER ALGUMA COISA  OU FALAR COM PESSOAS, E LOGO DEPOIS EU SEMPRE OLHAVA DE RELANCE O MEU CELULAR QUE EU DEIXAVA JOGADO EM CIMA DA CAMA, MAS NAQUELE DIA TEVE UMA MENSAGEM EM ESPECIAL EM MEU WHATSSAP, UMA MENSAGEM DE UMA PESSOA NOVA, NÃO TINHA FOTO, NEM NADA QUE EU PUDESSE IDENTIFICAR E LÁ HAVIA UMA MENSAGEM D UM SINGELO ‘’OIII’’, ENTÃO EU PERGUNTEI QUEM ERA E COMO HAVIA CONSEGUIDO O NÚMERO DO MEU CELULAR’’ E OBTIVE A RESPOSTA DIZENDO ‘’ EU PEDI O SEU NÚMERO AOS ANJOS, ENTÃO ELES ME DERAM’’. DE CARA EU SOUBE QUE ERA ELA, NO INSTATE EU DEI UM PULO DA CADEIRA E ME DEITEI NA CAMA, E ENTÃO… FOMOS CONVERSANDO… ACHO QUE FICAMOS CONVERSANDO ATÉ UMA 1L HORA DA MANHÃ.
NO DIA SEGUINTE, EU ACORDEI UMAS 4:53 DA MANHÃ, EU ACORDEI PELA PRIMEIRA VEZ DEPOIS DE MUITO TEMPO, TÃOO FELIZ E EMPOLGADO PARA IR A ESCOLA, NORMALMENTE EU SEMPRE ACORDAVA SUPER ATRASADO PARA IR A ESCOLA, EU SEMPRE QUANDO ACORDAVA DE MANHà EU IRIA NAS CARREIRAS COLOCANDO MINHA ROUPA, ESCOVANDO OS DENTES E CLARO, PEGANDO MEU CELULAR E FONES DE OUVIDOS PARA IR OUVINDO MÚSICAS NO CAMINHO, MAS NAQUELES DIA EU ACORDEI TÃO CEDO E ELETRICO QUE FIQUEI FOI VENDO UM FILMES PARA CHEGAR A HORA DE IR A ESCOLA. O DIA FOI NORMAL, QUANDO EU AVISTEI ELA FIQUEI SEM SABER COMO REAGIR, E ENTÃO ELA ME ABRAÇOU E ME DEU UM BEIJO SINGELO NO MEU ROSTO E DEU UM "BOM DIA", DEPOIS NÃO ME LEMBRO SE A GENTE SE VIU NO INTERVALO, CREIO QUE NÃO, NO FINAL DA AULA  POR VOLTA DAS 11:40 UM PROFESSOR HAVIA PASSADO UM TRABALHO EM GRUPO, NÃO ME LEMBRO MUITO BEM SOBRE O QUE ERA, MAS DAI EU HAVIA DITO AO PESSOAL DO MEU GRUPO QUE MORAVA PERTO E TINHA UM COMPUTADOR E QUE SERIA BEM FACIL A GENTE FAZER ESSE TRABALHO, NO FIM DA AULA ALGUMAS PESSOAS IRIAM PARA A MINHA CASA, E DO NADA, SURGIU ELA E FALOU COM ALGUMAS PESSOAS DE MINHA SALA, COMO ELA ERAM BEM SIMPATICA E CONHECIA A TODOS ELA JA TINHA AMIZADE ENTÃO ELA PERGUNTOU SE PODERIA IR TAMBÉM E CLARO EU RESPONDI COM SIM..
RESUMO, ELA CONHECEU MINHA CASA E CONHECEU O MEU CASTELO/MUNDO/PORTO SEGURO QUE CHAMO DE ‘’QUARTO’’, ELA ERA BEM OBSERVADORA, LEMBRO QUE ELA TINHA VISTO ALGUMAS ESTATUAIS PEQUENAS DA TORRE EIFFEL E ELA DISSE QUE ERA LOUCA PARA CONHECER, EU FIQUEI SURPRESO PORQUE ERA UM DOS MEUS LUGARES FAVORITO QUE QUERIA CONHECER, BASICAMENTE AS OUTRAS PESSOAS FICARAM CONVERSANDO E OUTRAS FICARAM NO COMPUTADOR FAZENDO  O TRABALHO E EU ELA SE SENTAMOS NA MINHA CAMA DE CASAL E COMEÇAMOS A FALAR DE MÚSICA, ENTÃO EU PERGUNTEI QUAL ERA A MÚSICA FAVORITA DELA, ELA RESPONDEU ‘’ SÓ MOSTRO SE ME MOSTRAR A SUA PRIMEIRO’’. E EU LOGO PEGUEI MEU CELULAR CONECTEI OS FONES DE OUVIDO E DEI UM FONE PARA ELA MOSTREI ‘’COLDPLAY - CHARLIE BROWN’’  ELA OUVIU BEM ATENTAMENTE E MOSTREI A TRADUÇÃO DA MÚSICA A ELA, ENTÃO LOGO DEPOIS, ELA DESCONECTOU O FONE DO MEU CELULAR E CONECTOU NO IPHONE S4 DELA, E COLOCOU A MÚSICA ‘’ JONH MAYER - YOUR BODY IS WONDERLAND". E NAQUELE INSTATE ENQUANTO OUVIA A MÚSICA JUNTO A ELA, EU SABIA QUE AQUELE MOMENTO EU NUNCA IRIA MAIS PUDER ESQUEÇER.
AS VEZES EU LEVAVA O VIOLÃO NA ESCOLA PRA TOCAR UMAS MÚSICAS PARA AS PESSOAS, ME LEMBRO QUE ELA UMA VEZ CHEGOU ATÉ MIM E ME PEDIU PRA TOCAR UMA MÚSICA EXCLUSIVAMENTE PARA, EU CLARO NÃO PUDE RECURSA, COM AQUELES OLHOS GRANDE E BRILHANTE E UM SORRISO LINDO MAIS TÃO LINDO, QUE EU NEM SEI COMO UM DIA EU PUDE ODIA-LO.   
ENFIM UM DIA, AO SAIR DA ESCOLA CHAMEI ELA PARA FICAR UM CANTO DO PORTÃO QUE NÃO IRIA TER MUITA GENTE E FUI TENTAR TOCAR UMA MÚSICA DE CAETANO VELOSO - SOZINHO, EU JÁ HAVIA TOCADO VARIAS VEZES, EU AMAVA AQUELA MÚSICA E IRIA ENTREGAR PRA ELA, MAS DAI VEIO O QUE EU NÃO ESPARAVA, O MALDITO AMOR, E ENTÃO O NERVOSISMO, FRIO NA BARRIGA, MEU DESDO COMEÇARAM A TREMER, MINHAS VOZ COMEÇOU A ENGASGAR, E EU CLARO TENTEI FINGIR, TENTEI MENTIR ATÉ PARA MIM MESMO QUE ESTAVA TUDO SOBRE O CONTROLE, MAS ENFIM, MEUS DEDOS TREMENDO, O CHEIRO DO PERFUME DELA BEM PERTO SENTINDO, ACABEI NEM CONSEGUINDO TOCAR DIREITO PARA ELA, ERREI VARIOS ACORDES E ALGUMA PARTE DA LETRA, MAS ACHO QUE ELA NÃO TINHA REPARADO OU SE REPAROU IGNOROU, ELA PARECIA ENCATADA, EU DIRIA QUE ELA PARECIA EM PAZ, COMO SE SUA ALMA ESTIVESSE PELA PRIMEIRA VEZ DESFRUTANDO O VERDADEIRO AMOR. BEM, DAI ENTÃO FOMOS INTERROMPIDOS POR VARIOAS AMIGOS AO NOSSO REDOR E EU QUERIA MUITO BEIJA-LA MAS EU NÃO TINHA MUITA ATITUDE, NO FINAL GUARDEI MEU VIOLÃO, E ELA TINHA QUE IR PARA CASA, E ME LEMBRO QUE A GENTE SE DESPEDIU VARIAS VEZES, DEMOS UM ABRAÇO E DAI ENTÃO, ELA VOLTAVA, E EU DAVA OUTRO, E ELA SAIA E DEPOIS VOLTAVA E EU BEIJAVA SUAS BUCHECHAS, MAS DAI ENTÃO TEVE UMA HORA QUE, ELA ESTAVA INDO MESMO, MAIS VOLTO E VEIO PRA CIMA DE MIM COM TUDO, EU SINCERAMENTE NÃO ESPARAVA, E ELA ME BEIJO, EU NÃO ESPARAVA PORQUE FOI NA FRENTE DE TODO MUNDO E NÃO SABIA SE ELA IRIA QUERER ISSO, MAS EU ME LEMBRO QUE FOI UM BEIJO INCRÍVEL, BEM LENTO E SABOROSO E PRA MELHORAR NO FINALZINHO ELA DEU UMA MORDIDADE EM MEUS LABIOS BEM DE LEVE, E AI ELA SE DESPEDIU, FOI A MELHOR DESPEDIDA DO MUNDOO, ME LEMBRO QUE FUI PRA CASA COM UM SORRISO DE ORELHA A ORELHA, O MUNDO TAVA TÃOO MAIS FELIZ E EXCITANTE E GRITANTE E MEU JESUS, EU QUERIA GRITA DE FELICIDADE.
APARTI DESSE MOMENTO PRA FRENTE, OCORREU SO MOMENTOS FELIZ, MÚSICAS, BEIJOS, E VARIAS COISAS, ENTÃO MEU ANIVERSARIO ESTAVA A SURGI NO DIA 29 DE ABRIL E EU UM ‘’GÊNIOOO’’ KKK, PENSEI ‘’PORQUE NÃO PEDI ELA EM NAMORO NO DIA DO MEU ANIVÉRSARIO, SERÁ O MEU PRESENTE’’.  NO DIA 29 DE ABRIL A TARDE, ESTAVA ELA EM UMA SALA COM UMAS AMIGAS, NÃO HAVIA QUASE NINGUÉM MAIS NA ESCOLA, ELA ESTAVA DANDO ESCOVA NO CABELO DE UMA DAS MENINAS, EU ESTAVA NERVOSO DE VERDADE PORQUE QUERIA PEDIR ELA EM NAMORO OFICIALMENTE, MAS QUERIA FAZER ISSO SOZINHO, EU ESTAVA TÃO NERVOSO COMO SE FOSSE PEDI ELA EM CASAMENTO KKK, POR FIM DEPOIS DE UM TEMPO, AS MENINAS FORAM EMBORA E EU FUI PEDI ELA EM NAMORO, EU ESTAVA SUPER TRAVADO, MAS EU PEDI, E ELA OLHOU PRA MIM E DISSE ‘’ NÃO, NÃO QUERO NAMORAR’’.  EU FIQUEI NA HORA PASMO E TRAVADO, E ENTÃO ELA RIU E DISSE ‘’TÔ BRINCANDO, ÔHH MEU DEUS VOCÊ TINHA QUE VER A SUA CARINHA, É CLARO QUE QUERO NAMORAR COM VOCÊ’’.. 
AQUELA FOI UMA DAS PIORES BRINCADEIRAS QUE ME CUSTOU UM INFARTE, NÃO SE ELA COMPREENDIA O QUÃO IMPORTANTE ERA AQUILO PRA MIM, MAS DE TODA MANEIRA ELA DISSE ‘’SIM’’.
COMEÇAMOS A NAMORAR, MUITAS COISAS ACONTECEU, QUE NEM SEI POR ONDE CONTAR, MAS EM RESUMO HOUVE VARIAS DISCUÇÕES, A PIOR DE TODAS FOI EM UM DIA QUE ERA FINAL DE SEMANA, ELA DISSE QUE IRIA EM UM ANIVERSARIO SIMPLES DE UMA AMIGA SUA, ENTÃO ELA FOI, E EU FUI DORMI NA CASA DE UM AMIGO, PASSEI A NOITE JOGANDO COM ELE E CONVERSANDO, NO MEIO DA NOITE RECEBI UM VÍDEO, O PIOR VÍDEO QUE EU JÁ RECEBI, LÁ ESTAVA LETHICIA, APARAMENTE BEBADA, DANÇANDO MEIA LOUCA, COM UMA MÚSICA ALTO COM VARIAS GENTE AO REDO, SINCERAMENTE NÃO DEU PRA VER MUITO, A FILMAGEM ESTAVA MUITO RUIM E DISTANCE E ERA DE UM NUMERO PRIVADO QUE LOGO APOS ISSO BLOQUEOU MEU TELEFONE PARA QUE EU NÃO FIZESSE PERGUNTA E NEM SOUBESSE QUEM ERA.
ERA UM VÍDEO CURTO E SINCERAMENTE NEM SEI ATÉ HOJE SE ELA ME TRAIU KKK, MAS DE TODA FORMA, NAQUELE MOMENTO QUANDO AVISTEI O VÍDEO, O MEU AMIGO FOI DORMI, EU FIQUEI EM UM SOFÁ NA CASA DELE PARALISADO DIZENDO ‘’ISSO NÃO É ELA, ELA NEM BEBE..’’ MAS CLARO QUE ELA BEBIA.. CLARO QUE ERA ELA, APENAS ELA OMITIA, NO MESMO MOMENTO DEU UMA ÂNSIA DE VOMITO. E PRA PIORAR MOMENTOS DEPOIS, ELA LIGOU PARA MIM, FALANDO COISA COM COISA, ESTAVA COMPLETAMENTE BEBADA, E EU SENDO INGENUO PERGUNTANDO SE ELA ESTAVA BEBADA E SE HAVIA BEBIDO, EU PERCEBIA QUE ELA ESTAVA TENTANDO FALAR SEM PARECE BEBADA, E ELA NEGAVA DIZENDO QUE NÃO BEBEU.     O PROBLEMA NÃO ERA ELA BEBER, O PROBLEMA ELA ERA MENTIR, PASSAR DOS LIMITES E CLARO TER ME TRAÍDO, NO DIA SEGUINTE, ERA DIA DE ESCOLA, FUI E FALEI COM ELA NORMALMENTE COMO SE NADA TIVESSE ACONTECIDO, PASSEI O DIA TODO ESPERANDO QUE ELA FALASSE COMIGO E ME CONTESSE O QUE HOUVE OU QUALQUER COISA E CLARO, ELA IGNOROU E FINGIU NÃO TER ACONTECIDO NADA, ELA ESTAVA ESCONDENDO. 
ATÉ QUE NA TARDE CHAMEI ELA PARA UMA SALA VAZIA, EU PERGUNTEI SOBRE SE ELA TINHA FEITO ALGO NA FESTA, ELA NEGOU, DISSE QUE NÃO FEZ NADA, E PERGUNTEI NOVAMENTE ‘’ NEM BEBEU ALCOOL ?’’, E ELA NOVAMENTE NEGOU E DISSE QUE NÃO BEBIA, E ERA OBVIU QUE ELA ESTAVA MENTINDO EU FIQUEI PUTO DA VIDA, ENTÃO PEGUEI ELA APROXIMEI O MEU OLHOR BEM NO FUNDO DOS OLHOS DELA E PERGUNTEI ‘’ LETHICIA, OLHA NO FUNDO DOS MEUS OLHOS E ME DIZ QUE VOCÊ NÃO BEBEU’’. E ENTÃO ELA MENTIU, OLHANDO BEM NO FUNDO DOS MEUS OLHOS, NA HORA QUE ELA DISSE QUE NÃO BEBEU, SENTIR COMO SE DUAS FACAS ENTRASSEM PELAS MINHAS COSTAS, DAI QUE TEM AQUELA FRASE ‘’ APUNHALAR PELAS COSTAS’’. PELA PRIMEIRA VEZ EU PERCEBI QUE O MUNDO É CRUEL, PELA PRIMEIRA VEZ EU FUI APUNHALADO, ELA TEVE A CAPACIDADE DE NEGAR TUDO OLHANDO BEM NO FUNDO DOS MEUS OLHOS. ENTÃO NÃO AGUENTEI E FALEI QUE JÁ SABIA DE TODA A VERDADE E QUE TINHA VIDEOS E ETC, E PERGUNTEI ‘’ E SEUS PAIS SABE DE ALGUMA COISA ? ‘’ ELA LOGO RESPONDEU BALANÇANDO A CABEÇA QUE NÃO E TENTO DIZER ‘’ MAS FOI PORQUE COLOCARAM VODKA EM MINHA COCA-COLA EU NEM SABIA’’. E EU ENTÃO RESPONDI ‘’ ATÁ, VOCÊ BEBEU VODKA QUE NEM SENTIU O GOSTO SUPER ARMAGO QUE ELA TEM ? QUE COITADINHA’’.   FOI AI AONDE O MEU AMOR POR ELA, SE TRANSFORMOU EM NOJO, NOJO DE VERDADE, EU QUERIA VOMITAR..  SAIR DA SALA E NÃO TIVE CORAGEM DE OLHAR PARA ELA, TODA VEZ QUE EU HAVIA EU QUERIA VOMITAR, EU SENTIA UMA ANGUSTIA TÃO PROFUNDA, EU TINHA DADO MINHA ALMA PARA ELA COMO NUNCA DEI A NINGUÉM, E ELA PEGOU UMA FACA E FOI CORTANDO BEM DERVAGARINHO TODA MINHA ALMA, E EU INGNUÔ COMO SEMPRE ME PERGUTAVA ‘’COMO ALGUÉM PODERIA FAZER ISSO ? ‘’ E FOI AI QUE PERCEBI QUE HISTORIAS DE TRAIÇÕES E MENTIRAS NÃO ERAM APENAS CONTOS SOBRE OUTRAS PESSOAS, ERA A REALIDADE, VOCÊ NÃO OBSERVA DE FATO QUE AQUILO É REAL, ATÉ ACONTECER COM VOCÊ….
NO FIM ACONTECEU AINDA VARIAS COISAS, TENTAMOS VOLTAR MAS NÃO DEU CERTO, ELA ERROU COMIGO E EU ERREI COM ELA, ERAMOS IMATUROS E JOVENS, A DIFERENÇA É QUE EU NUNCA MENTI PARA ELA E PROVALVELMENTE NUNCA MENTIRIA, E PERCEBI QUE ELA NÃO ME MERECIA, MESMO DEPOIS DE TERMOS REATADOS DEPOIS DE UM PEDIDO LINDO DE DESCULPAS DELA COM CARTAZES E ETC  QUE FEZ DE SURPRESA EM MEU QUARTO, PERCEBI QUE NÃO A CONFIAVA MAIS NELA, E QUE AQUELA GAROTA QUE EU UM DIA AMEI, FOI EMBORA.
SEMPRE FUI MUITO CAUTELOSO EM TOMAR ALGUMAS DECISÕES, MAS EU SABIA O QUE DEVERIA FAZER, E FIZ, EU TERMINEI COM ELA, TERMINEI COM ELA PORQUE EU NÃO CONFIAVA MAIS, EU ESTAVA A TODO TEMPO SEMPRE DESCONFIADO DELA, SEMPRE ME PREOCUPANDO, SEMPRE ANGUSTIADO QUE ELA PUDESSE FAZER ALGO, EU ESTAVA ME MATANDO E EU SABIA QUE AQUILO IRIA SÓ PIORAR, POR ESSE E VARIOS MOTIVOS EU SABIA QUE ELA NÃO ME MERECIA, QUE ELA NÃO ME VALORIZAVA, EU PODERIA TER O MAIOR AMOR DO MUNDO, MAS SEM RECIPROCIDADE EU NUNCOU DOU MAIS DO QUE ELA ME DAVA, EU TERMINEI PORQUE EU TIVE QUE TOMAR CORAGEM NAQUELE MOMENTO, PORQUE SÓ DEUS SABE COMO EU IRIA FICAR NO FUTURO, TERMINEI NÃO PORQUE NÃO HÁ AMAVA MAIS, MAS SIM PORQUE A LETHICA QUE EU AMAVA NÃO ME MERECIA E EU NÃO A CONFIAVA.
DEPOIS DE QUASE UM ANO SEM SE FALARMOS, E SE VENDO NA ESCOLA TODOS OS DIAS, DEPOIS DE VARIOS ACONTECIMENTO, REATAMOS A NOSSA AMIZADE, NÃO FIQUEI COM ÓDIO, NEM NADA, FICAMOS BEM NO FINAL, CLARO QUE NUNCA CHEGAMOS A CONVERSA PROFUNDO COMO ANTES.. 2015 FOI UM ANO MAIS INTENSO E TRISTE DA MINHA VIDA, APRENDI MUITO, SOFRI MUITO MAIS DO QUE EU ACHAVA QUE PODERIA AGUENTAR.. DEPOIS DE UM TEMPO DESCOBRI QUE ELA SE CASOU E TEVE UM FILHO, E CONHECEU ATÉ A TORRE EIFFEL, FIQUEI FELIZ POR ELA, MAS UMA CERTA MANEIRA EU NAO SUPORTAVA VER MAIS NADA SOBRE ELA, ENTÃO EU A EXCLUI DE TUDO E FUI SEGUIR A MINHA VIDA.. SINTO UMA PENA POR NUNCA TERMOS  NOS DESPEDIDOS, NUNCA TER DADO O ÚLTIMO ABRAÇO DE VERDADE NO FUNDO DO MEU CORAÇÃO, NA ÉPOCA SEMPRE TIVE UM PINGO DE ESPERANÇA SOBRE A GENTE, MAS EU SABIA TAMBÉM QUE TINHAMOS MUITO O QUE APRENDE, SE QUISSEMOS FICAR JUNTOS (NÃO FICAMOS) ELA ERA IGUAL A MIM E AO MESMO TEMPO COMPLETAMENTE DIFERENTE.
ELA MARCOU A MINHA VIDA COMO JAMAIS EU ESPERARIA.
ELA FOI A MINHA CURA, ELA FOI A MINHA DOR.
ELA FOI, O MEU PRIMEIRO ETERNO AMOR.
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ladysasha · 4 years
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bᥲd sᥙrρrιsᥱ ; ρov; tᥲsk#1
O primeiro dia em Mitras foi diferente de tudo o que imaginou que iria experimentar ali no local. Conhecer a moça que seria sua esposa foi uma experiência incomum, surpreendente até. Seu nervosismo mostrou-se tão alto que ainda sentia o corpo trêmulo. Estava sem jeito diante da nova conhecida, Aileen, mas esperava que isso mudasse nos dias que se seguissem.
O toque de recolher lhe fez se apressar para voltar para casa, ter uma casa de verdade era uma tremenda novidade; o fato de ter tido o dia tranquilo, sem ninguém para servir, sem clientes… exatamente assim que imaginava ter uma vida normal. Não que conhecesse o normal, trabalhava no prostíbulo da madame Antonieta desde os quinze anos, tinha se acostumado com o péssimo tratamento que recebia. Os gritos, os machucados, tudo isso era sua vida. Bem, não mais.
Possuía um lar. Lutaria por aquele lugar.
Tinha se acomodado no quarto com um livro para ler antes de dormir mas seu nome sendo chamado pela noiva logo após ouvir um barulho na porta, atraiu sua atenção. Sasha dirigiu-se para a sala, os pés descalços no chão frio, trajava uma camisa grande e folgada demais que ia até suas coxas, tinha se aprontado para dormir e não esperava interrupções, muito menos visitas. As sobrancelhas estavam franzidas pois a explicação do guarda não fazia sentido para si. Não tinha família, não tinha amigos — tirando algumas garotas do bordel, Eris Krishna, mas eles tinham entrado no Projeto também, não tinha motivos para enviarem cartas, os veria no dia seguinte.
Ao aceitar o envelope, agradeceu e sentou-se no sofá. Mesmo que soubesse que era impossível que os Conrad tenham escrito algo — já que havia entrado ali como Sasha, não como Oliver — nutria uma tremenda curiosidade quando rasgava o papel para ler o conteúdo da carta. Mas não precisou nem passar da primeira linha, as primeiras palavras já indicavam quem havia enviado aquilo.
Querida Sasha,
Espero que saiba que, quando tudo der errado, minha casa estará aberta aos seu eu arrependido. Espero que só menos sua noiva consiga aturar sua presença por um ano, é o tempo mínimo do casório, não? Enfim, espero que não acabe indo para o exército, se ela lhe largar antes. Ah! O que eu não daria para ser uma mosquinha e ver a pobre garota descobrindo que recebeu uma prostituta como noivo!
Deve torcer para seus clientes não arranjarem uma garota favorita em sua ausência, querida. Se ficar sem nenhum, não poderei acolhê-la. E saiba que, quando fracassar e retornar para sua verdadeira casa, vai aprender que não deveria ter saído. Sua pequena merda, deixar-me aqui sem avisos prévios?! Eu deveria deixar-lhe no olho da rua quando aparecer daqui um ano! Mas, como sou tremendamente solidária, seu emprego estará de pé. Só não espere ganhar algo durante o próximo ano. Terá que compensar o que eu perdi nesse que está por vir. Espero que…
As palavras ácidas não seria mais lida, ainda estava na metade da carta mas resolveu apenas rasgar os papéis. A postura tensa revelava que o conteúdo não foi de agrado algum, mas era apenas isso. Sasha levantou-se rapidamente e seguiu com pressa para o quarto. A respiração ofegante e o coração acelerado foram reações que não conseguiu conter; isso e as lágrimas. Bastou se trancar no quarto para as lágrimas caírem. O papel amassado foi jogado no lixo perto da cama e seu corpo despencou no colchão. O peito doía. Nem mesmo ali teria paz? Aquele casamento não podia ruir como madame Antonieta previa na carta, não sabia o que faria, mas tinha que dar um jeito.
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ohfaheera · 4 years
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Início de fevereiro. 
Parte II.
@gg-pontos​
Parte I. 
Devido ao nervosismo, passou o resto dia se preparando para encontrar a mãe e optou por chegar alguns minutos antes no local combinado. Um pequeno restaurante dentro do hotel, elegante e com a presença de muitos estrangeiros, atraídos por Cannes. O coração de Faheera batia forte enquanto se acomodava na mesa, preocupando-se com sua postura e suas vestes. Tinha escolhido uma cor mais sóbria e um lenço leve cobrindo parte dos cabelos, afinal sabia da desaprovação da mãe por suas escolhas com relação a roupa. O atletismo, a forma de se vestir… Aos poucos Faheera conseguia pensar em pequenos atos de rebeldia que havia tido contra a família ao longos dos anos, os quais nunca fora capaz de perceber. Talvez nunca fora tão submissa, afinal. A verdadeira cerne por muito tempo havia lutado para eclodir enquanto a iraniana a sufocava de modo a obedecer a regra dos pais. Suspirou. Perceber era doloroso, ainda mais quando via-se em uma posição na qual ainda queria a atenção dos familiares. 
Seu corpo todo estremeceu ao sentir um toque suave em seu ombro, porque não precisava ver ou ouví-la para saber quem era. Apenas uma pessoa tinha aquela leve nas mãos ao torcar-lhe, quase como hesitante. 
“Faheera.” Proferiu Zairah ao sentar-se na frente da garota. Estava exatamente como se lembrava, os olhos que pareciam se mover rápido demais, um pequeno sorriso cravado nos lábios. Não parecia tão brava como a iraniana esperava. Ou chateada. Parecia normal, como em todas as outras vezes que Faheera havia visto-a, portando sabia que era boa em esconder suas emoções. Não havia chorando nem mesmo no funeral de seus filhos. Para Faheera, que constantemente deixava-se levar pela intensidade de seus sentimentos, era assustador e admirável ao mesmo tempo. 
Observou enquanto ela pedia algo rapidamente ao garçom, lançando um olhar para a filha. “Você quer um chá? Uma fatia de bolo?” Indagou, a voz repleta de doçura. Assim era Zairah. Séria, porém doce, irradiava uma sutil aura de autoridade. 
“Apenas chá.” Respondeu, sentindo como se tivesse algo entalado na garganta. As mãos suavam e alguma coisa parecia lhe impossibilitar de respirar, de modo que sentia engasgar… Mas não havia nada, apenas o peso de seu nervosismo que dominava seu ser. Nunca fora fácil estar de frente a mulher que sempre tentou conquistar com tanto afinco. Uma parte de si ainda esperava que algum dia pudessem se dar bem de verdade, embora soubesse que suas últimas atitudes possivelmente haviam arruinado todas as possibilidades.
Assim que o garçom se afastou, Zairah voltou sua atenção total à novamente. “Eu não gosto de rodopios, Faheera. Sei que está bem. Passou as férias em muitos países estrangeiros. Houve aquele pequeno incidente no mês passado, mas consegui resolver.” Falou ao se referir sobre o antigo diretor de Notre Dame. A mulher cruzou os braços sobre a mesa e Faheera engoliu em seco, aguardando as próximas palavras. Sentia-se como uma pequena presa prestes a ser devorada. O olhar de Zairah tinha o poder de apavorar. Mesmo assim mantinha seus ombros erguidos, a postura ereta enquanto sustentava com orgulho o olhar da mãe, onde havia presente uma pequena tonalidade de repreensão. Faheera, no entanto, não estava arrependida de nenhuma de suas atitudes, portanto permaneceu em silêncio.
“Sei o que tem feito. Todo mundo sabe, na verdade. E você sabe que todo mundo sabe. Foi uma jogada esperta, mas eu não esperava. Não sabia que você não queria o casamento, porque nunca disse?” Questionou enquanto recebia sua xícara de chá e bebericava um gole. A pergunta deixou Faheera sem palavras por alguns segundos, o que era bastante raro. Imaginava tudo, menos aquilo.
“Vocês teriam me escutado?” Replicou, afinal os pais nunca tinham lhe escutado.
“Poderia ter tentado.”
“Vocês nunca me ouviram. Nunca quiseram lidar comigo.” Soltou mais do que pretendia, mas velhas mágoas ainda a incomodava. Nunca tivera a chance de dizer tudo o que queria para a mãe.
“Isso não é verdade. Seu pai sempre a adorou, um grande bobo. Faheera, a ideia de te adotar partiu dele.” Pensava que falariam como sobre o namoro falso havia arruinado tudo, mas ao invés disso ali estavam revirando assuntos do passado. Faheera sequer se importou, pois era um assunto o qual nunca tinha conversado com a mãe e sentia-se ávida.
“Eu sei. Mas então perceberam que eu não era uma boneca e me mandaram para longe.”
“É mais complicado que parece. Envolve coisas que você não entende. A adoção não é tão simples no mundo islâmico, Faheera.”
“Eu sei.”
“Então porque questiona?”
Novamente alguns segundos sem palavras, sem saber o que dizer. Sempre imaginou-se dizendo tanto a mãe, gritando verdades e feridas, mas agora que tinha a oportunidade de falar, sentia que não possuía as palavras necessárias, tampouco a coragem.
“Por que eu não pedi para ser adotada. Não pedi para viver essa vida.” Os olhos por fim se abaixaram, mirando nas pulseiras. Se sentia como uma impostora, que não deveria estar ali. 
“Mas está vivendo. Você carrega um nome poderoso e uma fortuna maior ainda. Vai me dizer que não gosta disso? Dos privilégios? Do poder?” Zairah parecia saber em qual ponto pegar, de modo que sempre fazia Faheera aguardar alguns segundos antes de falar. Sentia como se estivesse em uma partida de xadrez, onde cada movimento errado, cada pronúncia errônea poderia ser seu fim. 
“Eu gosto.” Confessou. “Cuidar de mim é uma obrigação de vocês. Não podem se vangloriar por isso.”
“Você está certa. Sempre foi muito inteligente.” Ela suspirou e tomou mais um gole de seu chá, fazendo um rápido movimento de desdém com as mãos. “Não estou aqui para falar sobre isso, mas você me deu uma nova ideia.”
Faheera não gostou do tom utilizado, do tipo que fazia um frio correr por seus membros, ainda assim estava curiosa. “Qual ideia?”
“Você não quer se casar. Humilhou nossa família mundialmente. Por sorte consegui contornar a situação e seu noivo não desistiu. Faheera, posso te dar duas opções: você pode terminar esse namoro ridículo, se comportar e casar-se assim que acabar a escola… “ Zairah se mexeu levemente na cadeira, passando a mão de forma delicada pelo mongo da mesa, distraída antes de voltar as obres escuras para Faheera.
Fuzilada.
Era assim que se sentia.
“Ou você pode calar-se. Terminar a escola em silêncio e então desaparecer. Vá para algum lugar isolado, adote seu sobrenome biológico e viva uma nova vida sem nós.”
Não conseguia acreditar no que ouvia. Ela estava mesmo falando para que abandonasse a família por completo? Parecia quase uma expulsão! A garota piscou algumas vezes, sem ter certeza do que responder. Estava em choque, desejava ter ouvido errado. 
“Não.” Respondeu por fim. Zairah não demonstrou nenhuma reação adversa pela negativa da filha, como se já esperasse.
“Continue brincando. Você tem até o fim do semestre para isso. Não vamos te deixar faltar nada, como sempre fizemos. Mas estaremos observando seus passos.”
‘Estamos observando seus passos.’
Parecia mais uma ameaça do que um aviso e depois das palavras sobre deixar a família, Faheera não duvidava de mais nada. Ainda sentia-se surpresa e intrigada pelo rumo que a conversa tinha levado. Então, repentinamente, Zairah se levantou. “O avião está me esperando. Até o próximo contato, Faheera.” E a mais velha saiu, deixando a filha ainda em choque devido a conversa trocada. Havia muito o que pensar, o que fazer.
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emcontoscom · 4 years
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Para essa estreia, ao qual escreverei alguns contos aqui no Blog pra vocês, quero deixar um trecho do meu próximo Romance, que será lançado em breve, e mostrar um pouco do que gosto de escrever entre romances e eróticos, espero que gostem.       Hoje é o grande dia. Chegou minha hora finalmente. Estou parada à frente da Catedral onde será meu casamento, a imensa porta de madeira rústica encontra-se fechada e os convidados estão no aguardo da chegada da noiva.
Observo o movimento do lado de fora da limusine, Glenda a cerimonialista, grita ordens e agita as mãos pedindo que todos fiquem a postos, avisando que a noiva já está pronta pra sua entrada. Meu pai está impecável em seu terno preto e gravata prateada que combina com a de todos os padrinhos. Ele passa a mão por seus cabelos grisalhos em sinal de nervosismo.
Eu quem deveria estar uma pilha, mais por incrível que possa parecer até pra mim essa tranquilidade era estranha, esperava tanto por esse dia, ele foi planejado por um ano, dos cinco em que Blake e eu estamos juntos, sonhei com meu casamento, esses últimos seis meses, foi um caos organizar tudo em tão pouco tempo, mas graças a minha melhor amiga Grace, consegui não surtar com todos os preparativos.
E aqui estou pronta para dar o passo mais importante da minha vida, meu noivo esteve bastante nervoso e disperso na última semana, acho que os preparativos também o deixaram cansado, passamos as últimas 24 horas de solteiros separados, cada um em um hotel, eu com as madrinhas e ele com os padrinhos, só nos veremos quando eu entrar e caminhar até ele, para ser sua esposa.
Inalo uma boa quantidade de ar para os pulmões, a saudade e ansiedade querendo me consumir. Vejo Glenda vir até a porta da limusine e abrir.
 — Emily, sua vez. Você está linda querida — me dá um sorriso acolhedor e retribuo.
— Obrigada Glenda, por tudo. — digo já com os olhos marejados.
— Nada de choro, este é o meu trabalho, e vamos logo, uma noiva atrasada é aceitável, agora muito atrasada é um trabalho incompetente. — estende a mão para que eu saia e não consigo não rir do seu comentário.
Caminho até a porta da igreja, meu pai vem até mim, ele está emocionado e me olha de cima a baixo, depois beija minha testa.
— Filha você está lindíssima.
— Obrigada, pai. — tento controlar as lágrimas mais sem sucesso desta vez.
— Não chore minha princesa, vai estragar a maquiagem. — pisca pra mim e então se posiciona ao meu lado, para aguardamos a nossa vez de entrar. Glenda fala alto, e puxa o microfone com tanta força que quase arranca sua roupa, mas o que me chama atenção é seu semblante e sinto um calafrio, será que aconteceu alguma coisa?
— Como assim ainda não chegou? — a ouço dizer
— Ligue pra ele, seu carro já saiu do hotel há muito tempo. — me desvencilho do meu pai e vou até ela, parada tentando disfarçar seu desconforto na lateral da igreja.
— O que aconteceu? Algum padrinho se atrasou? O carro de quem não chegou ainda? — falo tão rápido e sinto um nó em minha garganta, meu pai já está ao meu lado pedindo calma. — Fala de uma vez Glenda, o que está acontecendo? — a encaro esperando por algum mal entendido.
— É que… Deus está quente aqui. — a filha da mãe quer me enrolar é isso?
— Fala de uma vez, ou eu não respondo por mim. — dou um passo em sua direção e ela recua, meu pai segura meu braço.
— Emily, filha, calma, deixe a moça falar. — pede em um tom mais contido.
— Vou falar. É que... — ela faz uma pausa irritante, estou a ponto de voar no pescoço dessa mulher. — O Blake não chegou ainda e não estamos conseguindo contato com ele ou com Josh, que está no carro com ele.
Minhas pernas perdem a força, começo a suar frio e sinto que vou desmaiar a qualquer momento, meu pai me segura, passa a mão em meu braço numa tentativa de me acalmar.
— Filha calma, deve ter acontecido algo. — meu sexto sentido me diz que algo muito mais que grave esta acontecendo, ele não sumiria desta maneira sem aviso. Começo a ficar apavorada.
— Só pode ter acontecido algo grave, o Blake não sumiria assim papai, será que sofreram algum acidente? — agarro os braços de papai, vendo meu desespero, ele grita com a cerimonialista e de repente estou sentada em uma cadeira, na porta da igreja, com todos os convidados aguardando lá dentro e eu a espera de notícias do meu noivo sumido.
É neste momento que avistamos a limusine que ele está, levanto com pressa e corro até ele, mas quem sai do carro é Josh, seu semblante está sério, está sem o paletó e com os olhos vermelhos, parece ter chorado.
Paro à sua frente e o encaro, mas ele não consegue sustentar o olhar e o abaixa vindo em minha direção. Meu coração para uma batida, não consigo me mexer. Espero até que chegue a mim. Ele tem uma explicação para estar ali sozinho, sem meu noivo. Josh para na minha frente e então levanta o olhar, ele não consegue me olhar nos olhos.
— O que aconteceu? Cadê o Blake? Josh onde está o meu noivo? Vocês já deveriam estar lá dentro. — eu desato a falar e ele espera pela enxurrada de perguntas sem emitir um som, mas quando o faz...
— Emy, ele não virá. — suspira, suas mãos estão dentro dos bolsos e sua agitação e perceptível. — Eu juro que tentei de tudo, mas ele foi irredutível, eu sinto muito.
— Como assim não virá? Você está louco?! É o nosso casamento!! Ele jamais faria isso comigo, vocês estão me pregando uma peça é isso? Onde ele está Josh? — eu não consigo mais conter as lágrimas.
— Ele não vem, e pediu pra te entregar isso. — diz ele estendendo um envelope branco com meu nome na frente. Eu o pego. As lágrimas banham o meu rosto e já não consigo mais ficar em pé, sento-me na escada da igreja, no envelope há uma carta, eu reconheceria aquela letra em qualquer lugar, é dele.
Emy, Me perdoe, não posso fazer isso, eu não consigo. Sei que é o seu sonho, e neste momento me sinto a pior pessoa deste mundo, mas não posso dar este passo, não é o que desejo, e sei que deveria ter te dito antes não ter esperado este momento, eu tentei com todas as minhas forças chegar até aí, mas eu não consigo.Espero que um dia me perdoe!
Blake
Eu só poderia estar em um sonho ruim, eu precisava que alguém me beliscasse. Isso não podia estar acontecendo, o homem com quem eu sonhei passar o resto da minha vida, não me deixaria aqui sozinha, com todos os nossos amigos e parentes aguardando dentro daquela igreja.
Eu olho meu pai e Glenda e não consigo acreditar nas palavras escritas nesta carta, ele não pode fazer isso comigo.
— Deve ser alguma brincadeira do Blake, só pode ser isso. — levanto de onde estou segurando o braço do meu pai que chora bem mais contido, para que eu não possa ver. Eu ainda esperava que fosse uma brincadeira muito sem graça, e por isso resolvo entrar e ver com meus próprios olhos, meu noivo me aguardando no altar.
— Vamos entrar logo Glenda, abram essa porta, meu noivo está me aguardando no altar. — caminho até a porta da igreja pronta para entrar de qualquer jeito, meu pai tenta me impedir.
— Filha, ele não está lá. Entre no carro e vá para casa, eu resolvo tudo aqui. — ele olha pra Glenda pedindo auxílio, mas ela está mais estupefata e branca do que eu. 
— Sim. Hum… venha comigo, entre no carro o motorista a levará embora, nós resolvemos tudo aqui.
— Vocês não entenderam meu noivo está esperando dentro daquela igreja, meus amigos aguardam nosso casamento, e eu vou entrar. — corro segurando a barra do vestido e quando chego empurro a porta com tanta força, que o tombo é inevitável, neste momento a ficha cai, olho para todos, o burburinho cessa, os olhares de pena me atingem em cheio, olho para o altar e ele não estava lá, minha mãe chora nós braços do meu irmão, a mãe de Blake está amparada por seu pai, e Grace minha melhor amiga vem até mim e se ajoelha para me abraçar, tentando me levantar, todos eles já sabem.
— Nãoooooooo! — o desespero toma conta de mim, realmente ele tinha feito a pior das traições, me abandonar no dia do nosso casamento, me deixar aqui para virar chacota de todos os nossos amigos e parentes, ele foi embora deixando apenas uma carta. Grace segura meu rosto, e olhando dentro daquelas íris verdes, consegue enxergar a minha dor.
— Eu sinto muito Emy. — ela me abraça mais uma vez e eu sinto suas lágrimas.
— Eu quero morrer. — tento levantar para correr o mais longe que posso daquela igreja, pra longe dos olhares de pena, mas só consigo dar dois passos e caio novamente, tudo fica escuro. 
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brilhabriana · 5 years
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                     ❛ ——  * ˙˖✶  “ BRIANA BRUNELLESCHI;  TASK!’
                                          The rings on my hand are handed down                               But I’m gonna find the one that needs me, see’s me                                             And treats me like I’m already royalty                                           There ain’t nothing priceless on my wrist                             I might not fly private, but that don’t mean I ain’t a queen.
Estava muito enganado quem pensava que a vida de um nobre era fácil. Oh, se a vida fosse tão simples quanto a italiana gostaria!! Aquela altura, por exemplo, estaria deitada no conforto de sua cama com os amores de sua vida, contando a Cassiopéia uma história complexa demais para a compreensão de uma simples bebê, mas que seria primordial quando ela decidisse compreende os mistérios do buracos negros. Em vez disso, a princesa estava sentada ao lado de um apresentador que sequer conhecia  pelo simples fato de não assistir televisão  enquanto tentava parecer o mais centrada possível. Ainda assim, as pernas unidas não eram capazes de esconder o balançar agitado do seu pé esquerdo enquanto a mão esquerda, recém-adornada com uma aliança discreta de diamantes, deslizava pela milésima vez ao decorrer extensão dos fios morenos enquanto o seu olhar apreensivo se fixava sobre o semblante do senhor com os fios grisalhos. Os traços do senhor ao seu lado eram bonitos o suficiente para que ele fosse considerado charmoso para alguém da sua idade, mas, certamente, não era isso que chamava a atenção da Brunelleschi. Aquilo que chamava a sua atenção e, principalmente, o que era capaz de fazê-la sentir o estômago revirar, era o maldito sorriso ladino que não deixava os lábios do homem desde que ele havia começado a apresentação a herdeira italiana;; indicando que a entrevista havia começado. Para Briana era fácil lidar com palcos onde recitava discursos feitos ou falava sobre seus descobertas acadêmicas, porém nada se comparava a estar em um local onde seria obrigada a compartilhar fatos sobre a sua vida pessoal.
❛ —— Vossa Alteza Real, as coisas mudaram bastante desde que estivemos por aqui da última vez. ❜ o entrevistador começou a falar consigo diretamente, utilizando um tom malicioso que deixa a entender muito bem o que ele queria dizer com aquilo. No entanto, não era como se a princesa estivesse disposta a facilitar a sua vida, ele teria que ser muito mais direto se quisesse arrancar alguma informação íntima da garota. ❛ —— Sì, è vero, Hector. As coisas estiveram bem movimentadas no ano passado, mas o importante é que tudo vem dando muito certo, uh? ❜ era uma resposta neutra o suficiente para chegar a ser sem-graça, porém a Brunelleschi não fazia o tipo que renderia boas manchetes por seu desempenho desinibido. Hector, o apresentador, pareceu não se dar nenhum pouco por vencido e a sua postura inquisidora não desapareceu em instante algum quando a sua cabeça se maneou na direção da garota em um gesto sugestivo. ❛ —— Um casamento de surpresa e uma herdeira em tão pouco tempo. Você não tinha planos de construir uma família tão cedo, pelo que conversamos da última vez. O que fez  o seu planejamento de vida mudar tão rápido? ❜ Certo, aquela pergunta fora capaz de provocar um frio em sua barriga, mas a sua postura pareceu não vacilar -- havia sido avisada que aquela seria uma das perguntas inevitáveis naquela entrevista, no fim das contas. Então, ao invés de ceder ao nervosismo, a sua coluna se tornou mais ereta e o seu peitoral se estufou conforme uma afirmação era realizada com um movimento discreto de sua cabeça. As instruções de Lorenzo, o príncipe regente da Itália, pareciam cair como uma luva para a situação e a lembrança provocou um sorriso da parte da princesa;; chegava a ser inacreditável como o homem parecia ser mais esperto que a própria filha.
❛ —— In effetti, nada disso fazia parte do meu planejamento de vida, porém as coisas mudaram como o decorrer do meu relacionamento com o príncipe Kaharalios. Não é segredo que nos relacionamos há quase dois anos e, apesar do pouco tempo, sempre pareceu muito claro que meu sentimento por ele não é uma coisa banal. É amor aquilo que sentimos um pelo outro e, juntos, nós decidimos que não havia porquê esperar para tornar as coisas mais sérias entre nós. Estava na hora de caminharmos juntos na nossa jornada. Então, a nossa união aconteceu. ❜ Aquela deveria ser a primeira vez que Briana Brunelleschi se abria sobre seus sentimentos em uma entrevista, porém aquela era história que todos precisavam ouvir. Uma mentira descarada que não dava brecha para que ninguém contestasse a gravidez antes do casamento. ❛ —— A princesa Cassiopéia não era esperada tão cedo, mas a gravidez aconteceu. E eu me sinto feliz que nosso amor tenha gerado uma criança tão linda e saudável. ❜ Certo, aquela não era exatamente uma mentira. A gravidez tinha realmente sido uma surpresa, mas isso não diminuía o quanto Cassie era amada por sua família. A resposta, no entanto, pareceu ser um gancho para falar sobre maternidade e a pergunta posterior fora capaz de fazer com que a princesa soltasse um suspiro pesado antes que sua boca se comprimisse em um bico.  ❛ —— E como tem sido os desafios maternos?! Tem sido difícil lidar com um bebê tão novo? ❜  Ah, não, Briana se recusava a falar sobre ser mãe quando existiam coisas mais relevantes para serem discutidas em uma ambiente como aquele! Era pedir demais da sua paciência. ❛ —— Acredito que eu não seja a pessoa mais apropriada para mencionar os desafios da maternidade. Estou em uma posição onde recebo ajuda o suficiente para não reclamar de absolutamente nada relacionado a minha filha. Talvez, você devesse ceder o lugar de fala para outras mulheres fortes que lidam com esse desafio sem nenhuma ajuda. ❜ suas palavras soavam calmas, mas seriam certeiras o suficiente para fazer com que o apresentador desistisse de continuar com aquele assunto.
Hector, se mexeu em sua cadeira de uma maneira um tanto inquieta e dedicou alguns rápidos segundos para conferir alguma informação na ficha que carregava, dando a princesa uma pausa satisfatória para que ela pudesse respirar. ❛ —— Mas, então, a Vossa Alteza pretende participar das demonstrações de poderes esse ano ou deixará as competições para seu marido? Pois, pelo que soube, existe um novo bebê a caminho.❜ a julgar pelo tom de voz empregado pelo homem, era como se daquela vez existisse um certo receio da sua parte em adentrar em um assunto tão íntimo, mas os rumores acerca de uma nova gravidez eram fortes o suficiente para que pudessem ser ignorados. Novamente, a Brunelleschi havia sido preparada para enfrentar a situação e, como seu pai havia instruído-lhe, ela deveria utilizar da oportunidade para anunciar por conta própria a gravidez. No entanto, um ponto importante que deveria ser esclarecido de primeira. Ambas as suas sobrancelhas se ergueram por alguns instantes e suas mãos se uniram em frente ao seu corpo, seus dedos sendo entrelaçados antes que fossem apoiados em seus joelhos. ❛ —— Primeiramente, eu acho importante deixar claro que meu marido não assumirá as minhas responsabilidades agora que estamos juntos. Então, assim que for possível, eu voltarei as arenas de demonstrações de poderes. Mas sim…  ❜ uma pausa aconteceu sugestiva aconteceu e a princesa soltou ambas as suas mãos para que pudesse colocar uma delas sobre o seu ventre. ❛ —— Existe um novo bebê à caminho. Foi inesperado, mas nós não poderíamos estar mais felizes com a notícia. ❜ desde o início da entrevista, o primeiro sorriso sincero por parte da italiana aconteceu da sua parte, mas esse pareceu desaparecer no momento em que ela notara a reação um tanto quanto exagerada do apresentador. O homem batia palmas enquanto ria e pareceu praticamente avançar sobre ela quando se inclinou na direção da garota, pronto para arrancar novas informações sobre o próximo herdeiro italiano. ❛ —— Wow! Quando eu fiquei sabendo desse rumor já sabia que existiam 50% de chances desses serem rumores verdadeiros! E eu até gosto desse números porque é sempre um prazer saber que a família real está expandindo. ❜
E, ok, a princesa poderia ter acabado de soltar uma bomba em rede nacional, mas isso não significava que poderia deixar uma estupidez como aquela passar. Ambas as mãos de Briana se apoiaram no sofá e, discretamente, ela afastou o corpo do dele enquanto seu cenho era franzido. ❛ ——  Eu não quero parecer rude, mas você acaba de confundir probabilidade com possibilidade. De acordo com a sua lógica, qualquer rumor a meu respeito tem 50% de chances de ser verdadeiro e isso não é verdade. Mas eu fico feliz em saber que está contente com a notícia. ❜ ela explicou com calma, gesticulando brevemente em meio aos seus dizeres, antes que pudesse dar de ombros. Lorenzo já havia dito-lhe para não corrigir nenhum entrevistador ao vivo, porém parecia ser inevitável para a garota. ❛ ——  De qualquer forma, gravidez continua sendo gravidez para todas as mulheres, e já que entramos em matemática… Seria satisfatório te contar sobre os planos de pesquisa que tenho para esse ano porque, eu posso ter uma família agora, mas quero que fique bem claro que eu não me resumo a maternidade, ok? ❜ E fora exatamente nesse instante que as coisas pareceram virar para o rumo que Briana queria. Era esse o recado que gostaria de deixar para seus súditos e todos que aqueles que a cercavam. As coisas poderiam ter mudado, porém não havia existido nenhuma mudança no sentido em que sua vida tomaria.
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1dnossavida · 6 years
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Imagine Zayn Malik
•Pedido
• 12loves : Oii. Faz um com o Zayn, que ele é mafioso e eles são casados. E ele é muito frio com ela. E ela é triste por isso. E aos poucos vai sendo carinhoso com ela. Continua sendo mafioso. Mas melhora com ela. Ela pode ficar grávida 😊😊😘
-Eu não quero saber Clarence, se minha carga não chegar até amanhã de manhã considere-se um homem morto!- Zayn olhava para Clarence seu capanga de maneira ameaçadora.
-Sim senhor, com licença.- e assim o homem saiu da sala.
Zayn era chefe de máfia, sua família sempre comandou uma das mais famosas máfias da Itália, Zayn era casado com (S/N) mas para ele sua esposa servia somente como um troféu, algo bonito que muitos almejavam ter mas somente ele conseguiu, diferente de Zayn, (S/N) era uma mulher meiga, de coração bom, apesar que isso não transparecia ao falar dela, esposa do Malik.
A máfia de Zayn traficava drogas, se infiltrava em meio a ações sociais, e comandava prostitutas, mulheres escolhidas a dedo por Malik, isso sempre incomodou (S/N) ter mulheres sexys andando de um lado para outro dentro de sua casa, as vezes até querendo mandar como se fossem a própria esposa, mas ela sempre soube que não poderia dizer nada, a não ser que quisesse ser expulsa de casa ou até mesmo levar um tiro no meio da testa, ninguém podia afrontar Zayn Malik.
Zayn era um homem frio, sem sentimentos, totalmente o oposto da mulher, e (S/N) sempre acreditou estar com ele pois os opostos se atraem, não é mesmo. Carinho. Está aí uma palavra que (S/N) desconhece, pelo menos da parte do marido, nem ao menos um “eu te amo” era usado por Zayn no casamento deles, mesmo sem querer transparecer isso afeta (S/N) de uma forma que somente a moça consegue saber.
-Zayn?- (S/N) chamou baixo o nome do marido ao ver que uma das prostitutas estava sentada ao lado de Zayn, compartilhando com o mesmo um cigarro.
-Diga.- Zayn disse sem ao menos a olhar.
-Preciso falar com você.
-Então diga logo o que quer!- Zayn se levantou fazendo com que (S/N) se encolhesse ao lado da porta.
-É particular Zayn... por favor...
-Saia Kate!- ele disse duro com a mulher que se levantou e saiu do escritório.
-Agora pare de enrolação e diga logo o que quer.- Zayn se sentou em sua cadeira apagando o cigarro em um cinzeiro.
-Olha Zayn, eu sei que nunca falamos sobre isso, que talvez não estivesse nos seus planos, mas aconteceu...- as mãos de (S/N) suavam demostrando seu nervosismo ao falar com seu próprio marido.
-Desembucha logo (S/N), não tenho todo tempo do mundo pra você!
-Quer saber de uma coisa, vai se fuder Zayn!- Zayn arregalou os olhos ao ouvir o que sua esposa havia dito, ninguém nunca havia o afrontado.
-O que você disse?- ele se levantou ficando de frente a menor.- Não tem medo de morrer?
-Eu disse isso mesmo que você ouviu, eu não sou obrigada a ficar aguentando suas grosserias, seu jeito rude, eu sou sua esposa Zayn, não um objeto que você somente usa.- seus olhos transpareciam raiva.
-Você sabe muito bem que eu poderia te matar por me afrontar não é mesmo?!- Zayn disse passando a mão pela arma presa em sua cintura.
-Me mata Zayn, me mata! Só quero que você saiba que me matando você também matará seu filho!- ao ouvir a palavra filho Zayn automaticamente mudou sua postura para surpreso.- Me mata logo assim, você fica somente com suas prostitutas!
-(S/N) você está grávida?
-Foi isso mesmo que eu disse Zayn.- e assim (S/N) saiu pela porta rumo ao quarto se sentindo aliviada e ao mesmo tempo triste pela ameaça do marido.
Zayn se sentou novamente em sua poltrona digerindo o que (S/N) havia o falado, ela estava grávida de um filho dele, isso nunca havia passado por sua cabeça, um filho não era um plano presente para Zayn, talvez no futuro em um futuro bem distante, mas agora era real, ele seria pai e não havia como evitar tal coisa.
-Um filho...- Zayn sussurrou.
-Voltei chefinho! Ela já saiu?- Kate havia voltado ao escritório.
-Sim...- Zayn ainda estava pensativo.
-O que houve Zaz? Quer um carinho?- Kate caminhou até ele.
-Não.- Zayn respondeu de forma dura.
-Por que chefinho? O senhor nunca recusou um carinho me...
-JÁ DISSE QUE NÃO PORRA! SAI DAQUI E ME DEIXA EM PAZ!- Zayn gritou assustando a moça que saiu tão rápido quanto o vento.
Zayn sabia que não era e estava longe de ser o melhor homem do mundo, ele sabia que não merecia uma mulher como (S/N), mas ele nunca a deixaria ir, ela era sua somente sua, e agora que ela carrega um filho dele seus laços jamais seriam quebrados independente de qualquer circunstância, mesmo relutante Zayn caminhou até seu quarto onde ele sabia que (S/N) estava, chegando até a porta ele pode notar que ela falava com alguém.
-Meu amor,a mamãe vai cuidar muito bem de você, pode ter certeza, eu nunca te deixarei só, te protegerei de tudo e de todos mesmo que isso possa custar minha própria vida, mesmo não te vendo ainda eu já te amo filho, você é e sempre será a coisa mais importante da vida da mamãe, nosso futuro ainda é incerto, talvez voltemos para a casa da vovó, a mamãe ainda não sabe ao certo, mas pode ter certeza que vai ser tudo perfeito meu amor!- as mãos de Zayn suavam ao pensar na possibilidade de (S/N) ir embora com seu filho.
-Podemos conversar?- Zayn disse abrindo a porta devagar.
-Entra.- (S/N) disse sem expressão alguma, Zayn se sentou na ponta da cama dos dois.
-Olha primeiramente eu queria me... me desculpar por ter te ameaçado.- (S/N) havia ficado surpresa, ela nunca havia visto Zayn pedir desculpas a ninguém.
-Prossiga.- ela tentava se manter forte, mesmo que a vontade de chorar fosse maior.
-Eu nunca deveria ter feito isso com você, você é minha esposa, e mãe do meu filho, cara nós vamos ter um filho.- um sorriso involuntário se formou no rosto de zayn.- Mesmo que nós nunca tivéssemos planejado uma criança, quero que você saiba que eu vou te apoiar, cuidar dela, e eu não quero que você vá embora, não quero que você me deixe, mesmo que eu não demonstre (S/N) eu te amo.- uma lágrima escorreu pelo rosto da mulher.
-Não precisa dizer isso Zayn, eu sei que não é real, não tente dizer isso apenas para me fazer ficar, eu sei que pra você eu sou apenas um troféu, algo para você exibir.- (S/N) sabia que era para isso que ela servia.
-Não, claro que não, eu sei que eu rude, estúpido, idiota, um verdadeiro filho da puta, e todos os adjetivos que você quiser se referir a mim, eu sei, eu mereço, mas eu te amo de verdade (S/N), pode não ser uma palavra presente no nosso dia a dia, mas eu te amo, se você não significasse nada para mim eu já teria de deixado, mas não, eu te quero comigo, sempre e pra sempre.- suas mãos foram de encontro com as de (S/N).
-Sabe Zayn, você não sabe como é difícil pra mim conviver com tudo isso, aguentar suas grosserias, ver você se esfregando um aquelas prostitutas e não poder fazer nada, eu não aguento mais Zayn, se coloque no meu lugar, você acha que eu realmente queria estar carregando um filho seu? Você acha? Não Zayn, eu não queria, mas eu já amo essa criança incondicionalmente, mas é por isso e por suas palavras bonitas que vão me fazer ficar, palavras que amanhã você esquecerá e voltará a ser como antes, eu cansei de ser seu copinho descartável reutilizável Zayn, eu cansei!- (S/N) chorava colocando toda sua dor e tristeza para fora.
-Eu sei que eu errei, mas eu vou melhorar, eu te prometo que vou melhorar (S/N)!
-Eu não sei se consigo acreditar Zayn, eu vou dar um tempo na casa da minha mãe, tentar conciliar tudo que eu estou vivendo, não está sendo fácil pra mim Zayn, e eu acredito que eu estarei melhor nessa fase ao lado das pessoas que realmente me amam.- o coração de Zayn doía, mas ele sabia que no momento aquilo seria o melhor para ela.
-Se você acha que assim é melhor, eu vou te deixar ir, mas quero que você saiba que eu não vou desistir de você e do nosso filho, eu te prometo que vou te reconquistar a cada dia.- e assim Zayn deixou um beijo na barriga e outro na testa de sua mulher saindo do quarto deixando que ela fizesse suas malas.
~~
Oito meses haviam se passado desde que (S/N) havia saído de casa, os dias não poderiam estar mais difíceis para Zayn, agora sim ele sabe o real valor de se ter alguém que te ama ao seu lado, para (S/N) não estava diferente, ela sentia falta do marido, mas também sabia que seria melhor para ela, Zayn sempre vinha a visitar, trazia flores, chocolate e alguns mimos para o bebê, o que a fazia ter certeza que Zayn estava mudando, ele estava presente no parto, a fazendo se sentir mais segura e confiante, Zayn havia sido o primeiro a segurar o pequeno Nick no colo, e em um momento tão importante como esse Zayn havia se permitido chorar pela primeira vez.
-Ele é tão lindo, tão perfeito!- (S/N) dizia assim que deitou o filho em sua cama logo depois de terem voltado do hospital.
-Ele é sim, perfeito como a mãe dele!- Zayn disse fazendo (S/N) corar.
-Eu estou tão feliz de ter ele comigo, nunca pensei que eu fosse sentir tamanho amor por um ser tão pequenino e tão frágil, eu amo tanto nosso filho Zayn!- o homem sorriu ao ver tamanho afeto da mãe para com o filho.
-Eu sei muito bem como é isso, sinto o mesmo, eu acho que só falta uma coisa para tudo ficar realmente perfeito, volta pra casa (S/N), vamos criar nosso filho juntos, eu te prometo que vai ser tudo diferente, aquelas mulheres não tem mais acesso a nossa casa desde que você saiu, eu te prometo que será só nós três, nossa família, me dá uma nova chance de fazer tudo dar certo.- Zayn segurava as mãos de (S/N).
-Eu... Eu aceito Zayn, mas esse será sua última chance, não a jogue fora.- Zayn sorriu e beijou a mulher carinhosamente, transmitindo todo seu amor.
-Eu prometo meu amor, vai ser tudo diferente, eu te amo!
Fim
Yasmim:)
Espero que vocês tenham gostado, voltem aqui para me dizer o que acharam! Um beijo!
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prettyaish4 · 6 years
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Hi Mom! I'm married. || POV
A relação de Aisha e Serena não era algo fácil de ser explicado. Mãe e filha sempre foram muito unidas, mas, ao mesmo tempo, eram iguais demais para que não existisse qualquer tipo de conflito quando estavam juntas. Nada realmente grave, não era como se odiassem ou não pudessem se ver, contudo, as constantes mudanças de humor dentro da casa e a grande falta que sentia do pai fizeram com que Aisha quisesse sair do México e correr para os braços do pai no Líbano. Tinha quatorze quando chegou no país árabe, no começo havia sido um pouco difícil já que seu árabe estava completamente enferrujado e a total falta de noção do próprio pai em cuidar de uma garota adolescente, mas apesar dos pesares, os dois se davam muito bem e toda adaptação fora mais fácil com a ajuda de Samir. 
Aisha falava com a mãe pelo menos uma ou duas vezes na semana, as vezes passavam horas no telefone, o que deixava seu pai levemente irritado por conta das tarifas internacionais, mas nada que Aisha não conseguisse amansar a fera depois, alias, a garota sempre conseguia colocar o pai no bolso e Samir não conseguia e provavelmente não gostaria de ter pulso firme com a filha. Sentia falta da garota mais do que conseguia imaginar sentir quando se divorciou de Serena, logo, tê-la novamente era mais do que qualquer tipo de regra inquebrável ou gastos a mais por causa do telefone no fim do mês. Aisha foi a primeira a concordar em se mudar para o Egito quando o Líbano não estava rendendo muitos frutos, tinha ideia de como teria que ser mais cuidadosa em relação ao seu comportamento já que o país ainda era um pouco parado no tempo em relação a religiosidade, mas tinha esperança de ver seu pai mais feliz visto que nos últimos meses em Beirute a face do homem estava sempre franzida como se exalasse preocupação a todo segundo. E ela não estava errada, não poderia ter feito melhor escolha, afinal, se o destino não existisse ela corria o risco de nunca ter conhecido o amor da sua vida na terra dos faraós. 
Depois de começar a namorar Hassan, Aisha continuava a falar com a mãe, mas não havia contado que iria se casar. A garota sabia que ela não conseguiria ir até o casamento por tantos fatores que era até difícil admitir e, por isso, não queria magoar a mãe por se casar sem a mesma. Mas, a morena não queria passar mais um dia sem ser casada com Hassan, além de Samir e Dalila que insistiram até demais pra isso acontecer antes que os dois não segurassem mais os hormônios dentro das caixinhas, assim, acabou omitindo essa parte à mexicana e talvez fora uma das coisas mais dolorosas que fez até ali. 
Agora, Serena estava esperando no aeroporto de Liverpool. Quase sete anos após terem se visto pela última vez. Aisha não conseguia segurar o imenso frio que sentia na espinha. Tanta coisa havia mudado, muito mais que o casamento, era tudo diferente no momento e a mais nova tinha certo receio do que sua mãe pensaria, se gostaria ou qualquer coisa do tipo, afinal, tinha criado certa expectativa na visita da mãe e temia que tudo fosse por água abaixo por uma inconsequência sua anos antes. Estava parada ao lado do carro que havia ganhado de Hassan, nada popular para dizer a verdade e era mais um dos motivos por Aisha estar ansiosa demais já que não sabia o que Serena pensaria que ela estava fazendo pra se manter daquela forma. Os olhos passavam para a tela do celular a todo minuto, hora olhando as horas, hora procurando alguma mensagem ou chamada da mais velha. Até que finalmente a notou saindo pelas portas com algumas muitas malas nas mãos. 
Serena sempre fora uma mulher bonita, daquelas que irradiava confiança e qualquer outro tipo de sentimento que poderia ser confundido com arrogância. Era fácil notar porque Samir havia se apaixonado, até parecia andar em câmera lenta a medida que se aproximava de Aisha, esta que jazia com as sobrancelhas franzidas tentando segurar o nervosismo. “Achei que não ia chegar nunca mais, parecia que tinha entrado em um buraco negro.” Serena tagarelava enquanto deixava as malas no chão. Foi então que Aisha não segurou o choro preso na garganta quando a abraçou com certa urgência. Serena não havia mudado nada e ela não sabia que sentia tanta falta da mãe até aquele momento. “Talvez mais pra frente eles inventem o teleporte, não vai ter mais esse problema.” Aisha disse rindo depois de se afastar da mãe, ainda limpando as lágrimas do rosto. “Dios mio, Aisha, olha como você está!” Serena segurava o rosto da filha com as duas mãos como se estivesse apreciando o rosto de uma criança muito fofa. “Eu não sei se fico feliz por isso ou triste por notar a minha idade chegando.” brincou a mais velha. “Deveria estar feliz, não viu o tanto de olhos viraram pra você quando saiu daquela porta.” Aisha sorriu com o canto dos lábios. “Quem sabe não me caso de novo com um estrangeiro, não é mesmo? Nunca se sabe.” Serena ergueu os ombros divertida enquanto Aisha apenas franziu os lábios sem saber muito bem o que falar.
A filha ajudou a mãe a colocar as malas no porta malas gigantesco do carro antes de entrarem no veículo para, finalmente, sair do aeroporto indo em direção a casa de Aisha. Ela não havia comunicado a mãe seu casamento e muito menos quem era o marido, apenas disse que sua vida tinha mudado depois de chegar na Inglaterra e que iria explicar melhor quando as duas se vissem pessoalmente. Por todo o caminho, Serena tagarelava sobre o voo, sobre os últimos anos no México e qualquer coisa que viesse na mente. Aisha retribuía a conversa quando conseguia falar, mas não conseguia deixar de transparecer o nervosismo ao saber que a hora de contar a mãe que já era uma mulher casada e com um jogador de futebol. Serena parecia ter notado toda a tensão, mas não queria deixar Aisha ainda mais desorientada do que já aparentava estar e por mais que a curiosidade parecia transbordar em sua cabeça. Não demorou muito mais até chegarem em casa, a mulher estacionou o carro na frente da garagem da casa, saindo do carro em seguida para tirar rapidamente as malas da mãe do porta-malas do carro. Já a mãe estava um pouco encantada demais com a casa que via no momento, com certeza não era a maior que já havia visto, mas nem de longe imaginou que a filha morasse numa casa como aquela e foi nesse momento que Serena finalmente tocou no assunto da vida nova da filha. “Hum... o carro eu até entendo que poderia ser alugado, mas essa casa? Aisha, o que aconteceu com você?” se aproximou da mais nova, mais uma vez segurando o rosto alheio entre as mãos. “Eu não vou te julgar, minha filha, pode contar tudo pra mim.” o cenho da mais velha estava franzido quase como se quisesse ler a mente da da filha, não tirando os olhos dela. “Mãe, eu não sou prostituta. Nem traficante. Calma.” disse antes de qualquer coisa, Aisha conhecia a mãe bem demais pra ter certeza que ela estava pensando naquilo. “Eu não...” protestou. “Okay, eu pensei nisso sim. Mas se não é isso, como conseguiu? Não estou te desmerecendo, mas eu tenho certeza que seu pai não tinha nenhum tesouro guardado enterrado em alguma tumba daquele lugar.” Aisha riu com as palavras de Serena. “Não, meu pai não era um faraó que escondia um tesouro. Vem, mãe, a gente tem muita coisa pra conversar.” disse, entrando na casa. 
Hassan não estava em casa aquela hora, ainda estava no Melwood e só chegaria perto do fim do dia, então a casa estava sozinha para as duas conversarem como bem entendesse, o que se dependesse de Aisha, duraria horas a fio. Os olhos de Serena pareciam atentos a tudo ali dentro, como a própria Aisha havia feito quando chegaram na casa nova, e notava que a mãe estava realmente impressionada com aquilo tudo. Contudo, a filha queria mesmo conversar com a mãe antes de perder a coragem, assim, teve que tirar a mais velha do transe antes de começarem a conversar. Assim, ela levou Serena até o sofá mais próximo, sentando-se ao lado dela para dar um tempo antes de começar a falar. “Mãe, antes de qualquer coisa, eu quero que não me odeie pelo que eu fiz.” talvez não fosse a melhor forma de começar uma conversa séria já que Serena parecia ter visto um fantasma, ao mesmo tempo, preferiu seguir calada dando espaço para que sua filha voltasse a falar. “Depois que fomos para o Egito eu te contei que tinha conhecido um certo rapaz, e aí começamos a namorar por um tempo, papai queria matar ele, mas seguimos firmes, ou quase isso.” engoliu em seco, mantendo os olhos na mãe, que a olhava de volta com uma enorme interrogação em cima da cabeça. “E depois do namoro teve o noivado e...” Aisha fez uma pausa quando Serena a interrompeu. “Você é noiva? E você não me contou?” nesta hora, Aisha parecia que iria desmaiar. “Não só um noivado... Eu quero que saiba que eu queria mais do que tudo que você estivesse junto comigo e eu queria muito contar, mas eu fiquei com medo do que você fosse dizer, ao mesmo tempo que tinha meu pai de um lado insistindo muito nisso sem falar que eu queria realmente agarrar o Hassan de uma vez por todas.” fechou os olhos e parou um segundo pra recuperar o fôlego depois das palavras terem saído como tiros de uma metralhadora. “E então eu casei. Faz três anos.” abriu os olhos devagar, tendo a visão aos poucos de sua mãe completamente paralisada. “Antes que fale qualquer coisa eu te amo e aqui a pena pra homicídio é perpetua.” deu um sorriso amarelo. 
“Por que você não me contou? O que eu faria com você? Te enforcaria pelo telefone?” Serena tinha a voz baixa, era visível a mágoa em sua voz e por mais que Aisha tentasse contornar a situação, ela sabia que havia magoado muito sua mãe e sabia que dali para frente iria fazer qualquer coisa pra não chateá-la mais. “Mãe... eu não sei o que eu tinha na cabeça, eu fui morar no Líbano, você acha que eu tenho algum tipo de juízo?” suspirou pesadamente. “Realmente, juízo nenhum. Mas você tá me devendo muita coisa a partir de agora.” a mãe sorriu com o canto do lábio, abraçando a filha e a trazendo junto a si. “E eu queria ter te visto de noiva, você deve ter ficado tão linda.”  Aisha sentou-se ereta novamente. “Nem tanto, mas eu tenho o álbum aqui, a gente pode ver.” lembrou. “Eu vou adorar ver enquanto você me fala o que tem de tão maravilhoso nesse Hassan.” Serena riu erguendo uma das sobrancelhas na direção da filha. “Mãe, Hassan é a melhor pessoa no universo. E ele tem um caráter enorme.” a moça riu. “Eu prefiro saber dos atributos abstratos mesmo, garota.” Serena gargalhou, escondendo o rosto nas mãos. “Eu não disse nada, você que não tem limites.” Aisha disse se afastando para pegar o álbum mencionado. O dia só havia começado e ela sabia que com certeza seria um dos melhores dias da sua vida quando a mãe finalmente conhecesse seu marido ‘misterioso’. 
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comigomedesavim · 3 years
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Xuxu e eu
Aparentemente, na vida real não podemos contar com “e foram felizes para sempre…” então aqui estou novamente, reabrindo um antigo canal de comunicação. Penso sempre na intensidade das palavras que usávamos por aqui, aquelas revelações tão profundas, confissões, propostas, términos e voltas e aquele frio na barriga quando tinha uma mensagem nova.
Por vezes pensei em escrever de novo, falar de coisas boas, de como estamos juntos agora e as coisas são maravilhosas… outras vezes pensei em expressar por aqui alguma insatisfação, propor novas atitudes, explicar melhor alguma coisa engasgada, mas as palavras não vinham. Nossos e-mails servem apenas para casos extremos, de emoções desencontradas… Agora mesmo nem sei o que vou escrever…
Embora sejam quase 3h, tem um passarinho desavisado cantando lá fora, acho que está sem sono também, ou, como eu, pensando em algo que não o deixa dormir. Não sei dizer o que estou sentindo nesse momento, nem alegria, nem tristeza, meio que uma anestesia ou uma vontade de não encarar nenhum problema, só pensar “tudo vai ficar bem”. Acho que não cheguei a acreditar que poderíamos realmente terminar hoje, assim, com uma briga explosiva, mesmo sendo “mais uma briga explosiva”. Estou um pouco ansiosa com tudo que está acontecendo agora, essa prova, o projeto, as férias, os eventos pra ir… você sabe que não lido bem com pressão, então… O fato é que fico pensando… como será o amanhã? como será o amanhã? E não vejo nada.
O dia em que fomos na faculdade senti um nervosismo quando andávamos por aqueles corredores, olhando aquele mundo, aquela atmosfera de órgão público sucateado, mas ao mesmo tempo tão sedutor. Senti que queria muito pertencer a aquele lugar, mas, ao mesmo tempo, senti que nunca, em toda a minha vida eu pertenci menos do que naquele momento. Acho que foi isso que me deixou tão descontrolada e trouxe aquelas lágrimas. Quando vejo a minha vida vejo as minhas escolhas. Tudo que está acontecendo agora tem uma raiz lá no meu passado e para absolutamente tudo de bom e tudo de ruim que estou passando agora existe uma escolha feita. Sair da casa dos pais = aluguel = não ter muito dinheiro sobrando… e assim vai… Fico pensando se eu tivesse feito isso antes, se eu não tivesse me envolvido com as pessoas que eu me envolvi, se eu tivesse voltado pra casa… A vida aqui em SP é meio dura pra mim, mas escolhas são escolhas.
Nós fomos uma escolha também. Não fosse um sábado, do qual me lembro até hoje, nossas vidas seriam muito diferentes nesse momento. Às vezes, quando penso nesse dia, me passa pela cabeça “o que eu fiz?” Quando me lembro de tudo que aconteceu, todo choro, angústia, incerteza fico pensando como tive coragem. Arrumar as minhas coisas, ligar pra uma amiga pedindo ajuda pra mudança, sair na surdina deixando pra trás um monte de coisas minhas, dinheiro, objetos, uma família inteira, um grupo de amigos inteiro. Precisou de muita coragem. E isso pra que? Para enfrentar uma nova família e junto com ela uma tonelada de outros conceitos , preconceitos, ciúmes e risco.
Foi alguma coisa que você colocou no meu pastel no dia em que almoçamos naquela pastelaria suja. Você estava conversando com uma menina e eu senti ciúme, fui atrás de ficar perto de você, puxar um papo… Meses depois, quando ainda tentava ser amiga da outra morfética, falávamos dos rapazes bonitinhos e tal e eu deixei ela chocada quando disse que “você não”, você já era meu, a gente tinha um lance, ela ficou de boca aberta! Doida… Tudo isso só fazia brilhar o letreiro na minha cabeça. Eu estava apaixonada por você. Se não, que sentido teria ficar trocando olhares pelo vidro? Ficar toda vermelha só de chegar perto da sua mesa ou mandar um SMS sem nenhum texto e você entender perfeitamente o que eu queria dizer. Eu estava perdidamente, loucamente apaixonada por você.
Rompemos todos os limites do razoável. Fomos longe demais. Pouquíssimo tempo e tantos acontecimentos.
Aí é que foi. Eu pensei que era uma novela da Globo, e que aí viria nosso happy end. Depois das dificuldades a gente se ama loucamente e casa no último capítulo, com direito a todo mundo sorrindo e se abraçando. Eu pensei que a gente fosse grudar feito cola e que rapidamente (muito rapidamente) a gente decidiria que não ia dar pra desgrudar mais e o casamento seria inevitável. E seria uma história que as pessoas iam contar assim: “então, vocês não acreditam, eles se conheceram no trabalho, não é que os dois largaram tudo, casaram e estão juntos até hoje?! Os filhos são lindos…” Era isso que eu pensava… mas depois veio conhecer a realidade, as perguntas sobre o passado, a insegurança, as brigas, a rotina, o dinheiro, os planos… Uma viagem, uma depressão e tudo se perdeu.
É um impasse, é cruel, parece que não tem saída. Você se esforça pra me agradar sem desapontar seus pais e eu me esforço pra te agradar e não demonstrar meu desapontamento e nenhum dos dois está plenamente bem. Um esbarra na insegurança do outro e ninguém dá um passo. É um passo tão definitivo, por onde começar?
O fato (II) é que a nossa história é daquelas que não funcionam do jeito normal. “Nós dois”, nunca teve nada a ver, não era pra ser. Já nasceu de um jeito propício pra dar tudo errado, todo mundo disse que não ia dar certo, inclusive nós mesmos tivemos consciência de verdadeiras “burradas” que fizemos, coisas que poderiam ter magoado muito outras pessoas e nós fizemos mesmo assim. E hoje é isso que eu questiono, onde está esse amor que é mais forte? Hoje está mais fraco que as convenções sociais, está mais fraco que o medo, foi colocado dentro do vidro em cima da prateleira, pra todo mundo ver que a gente namora, vai se planejar, vai noivar e vai casar tudo do jeito certinho no tempo certo. Eu não fui feita certa.
Estou pensando agora nos seus olhos refletindo no vidro e em como mesmo sem saber um pensou no outro e desobedeceu cada acordo que fizemos. Eu tenho que te contar um segredo. Eu ainda sou apaixonada por você.
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gridpudim · 7 years
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Duas Vilas - Capítulo 10 - Os Brindes
 No caminho para a vila que tinha as águas termais, Shikamaru tentou puxar assunto comigo algumas vezes, mas eu estava com o coração na boca de tão nervosa. Eu não o respondia direito, não conseguia continuar os assuntos, eu nunca tinha ficado desse jeito. Ele parecia diferente também, mas mesmo assim me perguntou:
- B-Bom... já que viemos, você quer passar em alguns lugares?
- A-Ah, claro... – Porque eu rejeitaria também. Já estávamos por ali mesmo, e eu nunca vim nesta vila de águas termais.
 Vimos, mais a frente, uma tenda escrita “Acerte o Alvo”, então ele sugeriu:
- Que tal aqui?
- Tudo bem! – Respondi, mas não conseguia olhá-lo.
 O dono da tenda nos deu algumas kunais, mas era kunais diferentes das que usávamos, elas pareciam mais leves. Eu comecei, e tentei lançar uma para o alvo. Mas errei, foi ridículo, fiquei enfurecida. E Shikamaru disse:
- É raro você errar. – Ele parou de falar e começou a mirar no alvo para atirar a kunai também, a dele bateu no alvo e caiu no chão. – O que?!
 Eu comecei a rir muito da cara que ele fez, indignado por não ter conseguido nem fincar a kunai no alvo, então ele pediu mais kunais para nós. No final, ele conseguiu alguns brindes, mas nenhum deles eram o prêmio máximo. Então falou:
- Desculpe. Só consegui isso de prêmio. – Ele me mostrou a sacola de prêmios como se fossem para mim. Eu fiquei feliz que ele quis dar os prêmios para mim, eu não imaginava o Shikamaru me dando presentes, fiquei com vergonha então só balancei a cabeça afirmando.
 Passamos em uma outra tenda onde vendiam dangos, paramos la e pedimos alguns, tinham algumas mesas e cadeiras por perto, então ficamos lá comendo e eu acabei perguntando a ele:
- É... Você está de folga? Não o vi no prédio do Hokage hoje.
- Estou em missão. – Shikamaru respondeu levantando para pegar outros dangos.
 Quando voltou, ele me serviu de alguns dangos e continuou comendo, parecia preocupado. Então continuei a falar:
- Eu gostei dos prêmios, obrigada.
- Você volta quando para Suna? – Shikamaru me perguntou com a mão coçando a nuca e olhando para o lado.
- Essa noite vou dormir em Konoha, Kakashi já providenciou o hotel. Então irei amanhã cedo. – Respondi ainda corada e pensava o porquê dessa pergunta dele.
 Shikamaru levantou e eu me levantei também. Ele sorriu para mim e eu fiquei corada de novo, ele virou e começou a andar e fui atrás dele. Chegamos próximo a um hotel grande e bonito, então ele falou:
- Aquele hotel parece legal.
- Hã?! – Não entendi porque ele falou sobre o hotel.
- Certo, vamos entrar. – Shikamaru afirmou.
- Hã?! – Porque eu tinha que entrar? Oque ele tava querendo?
- Qual é o problema? – Ele me perguntou, olhando por cima de seus ombros.
- Nós não íamos só... dar uma olhada? – Eu estava muito corada, sentia meu rosto esquentar cada vez mais. Comecei a me retrair e estava com um frio na barriga.
- Sim, mas nós temos que entrar, senão não dá para decidir. – Ele me respondeu.
- Não, mas... Não estou preparada mentalmente... – Ele parecia achar aquilo tudo muito normal, mas eu estava em choque.
- Está tudo bem. – Shikamaru disse estendendo uma mão até mim, como se fosse me confortar. – Temari, vamos entrar para decidirmos.
- É muito tarde quando entrarmos. Eu posso entrar no clima... – Respondi a ele.
- Ei, você não... – Ele colocou a mão em minha testa e eu fiquei três vezes mais corada. – Está com febre, né?
- E-Eu vou para casa... – Dei meia volta e sai correndo para Suna, eu estava desesperada com tudo aquilo.
- E-Ei, espere! Já vai escurecer! – Shikamaru veio atrás de mim e eu apertei o passo, mas ele era rápido. – Se não está se sentindo bem, realmente precisamos nos hospedar e descansar. – Shikamaru me alcançou, pegou no meu braço, e continuou. – Por favor, espere! Eu realmente... preciso de você!
 Assim que ele falou, eu me virei e já sem acreditar em tudo aquilo que estava acontecendo, eu perguntei:
- Você tem certeza... que sou a pessoa certa?
- Sim, você é a única! – Me respondeu olhando dentro dos meus olhos. Eu suspirei fundo, fiquei impressionada demais com o que ele estava falando, e então ele continuou. – Além disso, não posso entrar no banheiro feminino!
- O que?! – Eu perguntei, agora não estava entendendo mais nada mesmo.
- Temari, preciso que você vá ao banheiro feminino e me conte todos os detalhes. – Depois de dizer isso, colocou as mãos em meus ombros, e continuou. – Só isso. Fácil né?
- Então... para que foi tudo isso? – Eu estava enfurecida, ele me trouxe até aqui para ver banheiros de hotel?
- Para quê? Eu vou dar para o Naruto e Hinata uma lua de mel de presente de casamento, e preciso escolher o hotel. – Shikamaru respondeu com as mãos em meu ombro.
- Ah, então é isso. – Afastei as mãos dele de mim.
- Hã? Eu não te falei? – Shikamaru estava até suando frio agora, e eu já estava com o meu leque em mãos.
- Só ouvi sobre isso agora!! – Gritei com ele nessa hora, abri meu leque e fiz meu Jutsu Foice de Vento, que o pegou em cheio.
 Shikamaru foi parar no meio da floresta que era entre a vila das águas termais e a vila secreta da folha. Eu estava muito brava, mas não conseguiria ir para casa agora. Teria que voltar para pegar os relatórios que estão com o Hokage, fora a reserva que eu tinha no hotel. Então fui correndo para Konoha. Pensei em fazer um caminho diferente para voltar, mas eu só conhecia um, só esperava não encontrar com ele.
 Mas, acabei encontrando, eu não queria olhar para a cara dele, mas fiquei com dó e resolvi ajuda-lo. Ele estava desacordado preso pela camiseta, em alguns galhos de uma árvore grande. A sacola com os brindes estava em alguns galhos próximos, mas tudo intacto. Peguei ele e a sacola, e os levei para Konoha.
 Ele acordou bem próximo a vila e eu o coloquei no chão, quando eu estava prestes a correr na frente, ele me pegou pelo braço e disse:
- Desculpa, eu... jurava que tinha lhe falado. – Ele me falava coçando a nuca. – Eu não queria te deixar nervosa... me desculpe, por favor.
- Vamos embora, você consegue ir sozinho? – Perguntei ríspida.
- Sim! Está tudo bem. – Shikamaru falou e fez uma careta, não parecia que estava tudo bem.
 Fui correndo na frente, quando chegamos nos portões de Konoha, eu fiquei esperando por ele que estava um pouco mais a frente. Quando ele finalmente chegou, disse:
- Obrigado.
 Eu só o olhei, mas não respondi. Fui diretamente para o hotel e não sei se ele viu onde eu estava hospedada, mas provavelmente ele sabia. Cheguei em meu quarto, tomei um banho demorado e coloquei roupas limpas para dormir. Era o melhor que eu poderia fazer hoje.
 Fiquei olhando para a sacola com os brindes que Shikamaru me deu, eu queria era quebrar aquelas coisas na cabeça dele, mas eram tão fofos. Peguei-os e fiquei encarando-os por um tempo. Eu olhava para os brindes esperando que eles me respondessem o que era aquilo que eu estava sentindo e porque eu estava sentindo. Queria entender porque eu acreditei que ele estaria mesmo afim de sair comigo. Como eu fui idiota! Então, resolvi dormir.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
 Antes do sol nascer, me arrumei, peguei todas as minhas coisas e fui tomar café-da-manhã no próprio hotel. Terminei e já iria para o prédio do Hokage buscar as papeladas para levar a Suna. Assim que coloquei meus pés fora do hotel, ouvi uma voz familiar:
- Você não perde essa mania chata de acordar cedo, não é? Problemática. – Só uma pessoa me chamava assim, Shikamaru.
 Eu não o respondi e nem me virei para ver quem era, simplesmente continuei andando. E então, ele conseguiu me pegar no seu Justu Possessão da Sombra, paralisei na hora, eu já estava morrendo de raiva, como pude deixar minha guarda tão baixa assim.
-  Vamos, por favor, fale comigo.
- Me deixe ir, Shikamaru. – Respondi tentando controlar meu nervosismo.
 Nara começou a me dominar com a sombra, no final, estávamos um de frente para o outro. E eu não pude escapar dele agora.
- Eu deixo você ir, só deixe-me explicar. – Ele coçou sua nuca, como eu ainda estava presa em seu jutsu, fiz os mesmos movimentos, mas não respondi a ele, e então, ele prosseguiu. – O casamento de Naruto é próximo e eu não sabia o que dar a ele, acabei tento a ideia de dar uma lua de mel para ele e Hinata, por acaso... Eu precisava de uma ajuda feminina para opiniões e você apareceu. Resumidamente é isso. Me perdoa por não ter dito antes...
- Você é mesmo o gênio de Konoha? Pois não é possível que não tenha entendido ainda. – Respondi já de saco cheio. – Eu fiquei brava porque pensei que você queria mesmo estar ali comigo, eu fiquei envergonhada, fiquei com medo, mas fui porque você parecia fazer questão que fosse eu ali, para ficarmos juntos, só nós, como me disse da outra vez, no pais do silêncio, como me disse na carta... – Suspirei fundo, eu juro que não queria ter falado tudo isso, mas saiu. – Agora me solte, ou terá que fazer mais curativos nessa sua cara.
 Ele ficou mudo, e me soltou do jutsu. Parecia que eu tinha deixado o gênio de Konoha sem movimentos em um jogo de shogui. Ele me encarava, olhou para a sacola com os brindes na minha mão, voltou a olhar para mim, mas não falava nada. Então eu o deixei lá com seus pensamentos e fui para o prédio do Hokage. Shikamaru não veio atrás.
 Entrei na sala de Kakashi, peguei os papeis, me despedi e fui embora. Tinha 3dias de viagem ainda pela frente. Então, segui em direção a Suna.
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jkappameme · 7 years
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Jean-Michel Basquiat (One-shot)
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Park Jimin Autora: Agness Saints Gênero: Romance Sinopse: As coisas estão sob controle em uma das revistas de moda mais renomadas do mundo. Não poderia ser diferente quando a editora-chefe é você. Entretanto, há oito meses, nunca passou pela sua cabeça que sua vida pessoal agora estivesse bem mais bagunçada do que jamais esteve. Quem poderia acreditar, afinal, que você, a poderosa, inteligentíssima e bela Sra. Yoo, se envolveria com o novo assistente – treze anos mais novo – da editora-executiva? Contagem de palavras: 4.519 Avisos: +16. Seu sobrenome é Yoo.
We wrote a story in the fog on the windows that night but the ending is the same every damn time
– Eu sei que eu não deveria estar me metendo, mas… – Eu acabo de erguer a mão para interromper Anna, minha assistente. Ela tem os cabelos ruivos presos no topo da cabeça em um coque donut perfeito, e, ressaltando em suas mãos pálidas como porcelana, unhas pretas perfeitamente lixadas.
Seu caderno de anotações está apoiado em um dos braços, enquanto eu consigo ouvir o barulho chato que seus saltos fazem quando ela vira seus pés para fora em uma mania irritante. Mania essa que só parece existir quando Anna está verdadeiramente preocupada com algo. A pilha de papéis que ela me trouxe pela manhã ainda repousa sobre o canto da minha mesa, exatamente onde ela deixou. Assim como a xícara de chá e meu almoço. Eu não tive tempo para absolutamente nada hoje, nem mesmo para reparar no sol raro que adentra pelas persianas de minha sala e caem sobre o piso de porcelanato claro. A luz que tanto gosto de apreciar é alaranjada, rosada, um misto de cores incríveis que me fazem rodar a cadeira para conseguir enxergá-la encostando a neve branca que cobre a calçada lá embaixo.
Somente quando Anna solta seu famoso pigarreio envergonhado é que rodo a cadeira mais uma vez para frente da minha mesa. Como em um passe de mágica, meus pensamentos são tomados por dezenas de coisas para fazer, todas embaralhadas que no fim só me deixam passar os olhos pelo calendário e depois para meu computador, sem conseguir raciocinar. Eles ficam lá por alguns instantes, medindo a janela do Skype piscando e as dezenas de listas fixadas na área de trabalho. E então eu percebo que, de súbito, eu esqueci completamente onde eu e Anna paramos. Respiro fundo, desgostosa.
– Eu estava dizendo que não deveria me meter quando você me interrompeu. – Ela adivinha quando percebe toda a minha inquietude.
Meus olhos se erguem abruptamente para os dela e eu sinto toda a sua hesitação daqui. É verdade que quando se é editora-chefe de uma das mais renomadas revistas de moda do mundo, você não precisa se esforçar muito para fazer com que os outros sintam medo de você.
– E eu ia dizer que se você sabe que não deveria se meter, - cruzo meus braços e relaxo na cadeira - porque você continua se metendo?
Anna parece querer se esconder entre os ombros, mas eu também sei que ela não vai desistir de falar. Ela passa os olhos rapidamente em sua volta, mirando a correria da redação do outro lado das paredes de vidro e depois retorna para mim. Ela respira fundo e abre espaço entre as cadeiras em frente à minha mesa para se inclinar misteriosamente.
– É sobre aquele garoto, Sra. Yoo. – Giro os olhos e penso em me erguer, mas suas mãos se espalmam em minha frente em um sinal claro de nervosismo. É como uma súplica misteriosa para continuar falando. – Eu sei que você não quer ouvir sobre isso, mas as pessoas estão comentando. E hoje com a festa de Natal, acham que você…
– Antes de tudo, chame-o pelo nome. E outra, eu não me importo com isso. – Interrompo-a novamente, erguendo-me da cadeira e ignorando suas mãos espalmadas em minha frente outra vez. – Tenho milhares de coisas para resolver e rumor idiota em uma redação não é um deles.
Pego alguns croquis em minha estante e caminho até os sofás do outro lado da sala, mas Anna bloqueia meu caminho com todo seu ar desesperado.
– Sra. Yoo, isso é muito sério. – Sua voz é um fiapo angustiante. – As pessoas estão dizendo que você é louca de se envolver com ele, que você mal o conhece.
– Isso não é verdade. E louca? – Sinto-me confusa. – Por quê? Você já olhou para ele? – Rio, contornando-a e sentando finalmente em um dos sofás de veludo. – Ele é um belo pedaço de mal caminho, Anna, por favor.
Ela aperta os lábios, aflita, se mantendo em minha frente, virando os pés para fora e me medindo com um olhar preocupado. Eu sei que ela se sente pressionada por ser a única que realmente sabe sobre meu caso com Jimin o assistente de Ashlie Ford, a editora executiva. E eu fico grata - mesmo que nunca tenha dito ou expressado - com toda a sua preocupação com os rumores que surgiram quando o viram saindo de meu carro no início do mês. Como também fico realmente agradecida por ela sempre me alertar sobre tudo, mesmo eu não pedindo.
– Estão apostando que hoje à noite vocês serão pegos no flagra. – Sua voz sai em um sussurro e eu vejo o quanto dizer aquilo a torna corajosa. – Eu ouvi essa conversa vindo da redação, Sra. Yoo, achei que deveria saber. Eles estão esperando por um descuido seu, esperando que você o chame pelo nome.
Ergo as sobrancelhas, um tanto surpresa pela petulância de um grupo de jornalistas metido à besta. Por fim, passo a ponta de meus dedos sobre minha testa, coçando suave e cuidadosamente minha sobrancelha esquerda para que nenhuma maquiagem saia dali; depois olho para Anna outra vez.
– Eu não me importo. Eles podem esperar o que quiserem, não vão ter nada de mim. Estamos nisso há meses, Anna, não será agora que irão descobrir. – Falo, cruzando as pernas e apoiando os croquis da nova coleção de Tory Burch nas coxas, prestes a começar a folhá-los. – E outra, eu nem sei porque você se dá ao trabalho de se importar com esses rumores, lembra da vez em que diziam que eu sumi aquelas semanas todas porque estava em um centro de reabilitação?
– Aquela vez que você estava em uma convenção secreta da Chanel? – Pergunta e eu assinto. – Lembro.
– Pois então, esse rumor vai morrer logo como esse das drogas. – Dou de ombros, voltando minha atenção para os desenhos sobre meu colo, concluindo a seguir: – Até porque ninguém acredita realmente que eu me envolveria com um garoto treze anos mais novo.
Quase sinto vontade de rir por lembrar desse detalhe, mas consigo me conter e apenas sacudir os ombros com indiferença. Começo a analisar, então, os desenhos da coleção limitada de sportswear americano clássico de Burch. A saia plissada rosa forrada com manta me toma a atenção por um instante, mas não o bastante para eu perceber que Anna permanece exatamente no mesmo lugar. Percebo um anorak de seda na outra folha, mas não consigo voltar minha atenção para ele, não quando o som dos saltos de minha assistente volta a me incomodar.
– O que foi? – Pergunto, já impaciente, olhando-a com todo o mau humor que começo a juntar. Seus olhos apenas me medem por alguns instantes, assustados. – Desembucha logo, não tenho tempo, Anna.
Ela puxa o ar com força e fecha os olhos, apertando-os tanto que por um instante penso que sua cabeça irá explodir.
– Tem mais uma coisa. – Diz o óbvio e eu suspiro sem paciência. – Eu sei, eu sei que não é de minha conta, _____, mas… Digo, Sra. Yoo, – ela se corrige rapidamente – mas Jimin pediu para eu adicionar o nome de uma garota como sua acompanhante.
– Minha acompanhante?
– Não. – Responde nervosa. – Acompanhante dele. Jimin veio conversar comigo hoje e pediu para que eu incluísse a moça na lista, o nome é Pippa Twyla. – Fala e eu percebo que ela o anotou em sua agenda. – Eu pesquisei, ela participou de uma sessão de fotos para a revista na semana retrasada.
Sem eu pedir, ela desliza uma foto da garota sobre os croquis apoiados em minha coxa. Meus olhos captam rapidamente a sueca vestindo Burberry perto de algumas árvores, os cabelos brancos quase tão longos quanto suas pernas. Engulo a seco, não conseguindo desviar dos meus sentimentos despedaçados que acabaram de cair no meio da sala.
– Eu não contei antes, porque eu não sabia como.
Passo a língua pelos lábios, lentamente, depois assinto, absorvendo cada detalhe dessa última informação passada.
– Bem, – ergo o rosto, tomando o ar necessário para que eu consiga prosseguir e entregar a fotografia para ela – pelo menos agora você não vai precisar se preocupar de nos verem juntos.
– Eu sinto mui…
– Nem termine essa frase. – Rio sem humor, quase a medindo ofendida. – Se você pensa que eu me envolveria emocionalmente com um garoto como ele, você não merece ser minha assistente.
Os ombros de Anna travam e ela fica pouco mais de cinco segundos em um choque real. Depois assente, elétrica, juntando suas coisas de minha sala e pedindo licença para, finalmente, me deixar sozinha.
Enquanto o caos se faz presente na redação do outro lado das minhas paredes de vidro, ouço o tique-taque do Rolex feito exclusivamente para minha sala. E, com isso, fico algum tempo com os dois braços repousados ao lado do corpo, sentindo o tecido aveludado do sofá acariciar minha pele com delicadeza. Todos os pensamentos mais variados passam por minha cabeça como um caminhão desgovernado. Quando eu finalmente consigo posicioná-los, remexo minha boca em um mudo “filho da puta” carregado de tristeza e frustração.
A grande verdade é que, sim, eu me envolvi emocionalmente com um garoto treze anos mais novo que eu. Como não poderia? É inevitável não se apaixonar por Jimin. É inevitável não se envolver seriamente com seus beijos tão invasivos que parecem acolher sua alma em um leito doce de ilusões. E eu preciso admitir, foi vergonhoso; eu, Yoo _____, me apaixonei no minuto que o vi. Estava lá, entregue, no meio de um estacionamento mal iluminado de um evento que nem sequer me lembro. Os arbustos que separavam os pedregulhos do jardim me protegiam do frio, enquanto o meu objetivo era só me manter escondida tempo o bastante para terminar meu cigarro. Eu estava aos frangalhos com meu recente divórcio de um casamento lixo que durou seis anos, quando ele apareceu; completamente alheio a quem eu era. Tinha as mãos nos bolsos da calça e um sorriso travesso de canto. Jimin me ganhou ali, malicioso, com sua cartela gentil de palavras que me pegou desprevenida.
A pele acariciada pelo sol, os lábios em uma linha misteriosa e os olhos de um castanho tão intenso que me levavam a sensação de me afundar em sua essência. Ele impregnou meus pensamentos, infestou minha vida. Eu me vi enlouquecida por àquele garoto no mesmo instante em que o olhei. Sua delicadeza ao encostar em mim não era como o medo que todos os outros sentiam, ele era - e é - puro e simplesmente único. Seu cuidado ao me guiar pelos pedregulhos me fez perceber que eu queria mais, muito mais. O beijo singelo de despedida que ele depositou nos meus lábios sem aviso prévio não me era o suficiente. Eu o queria todo. Queria o devorar, ler cada parte dele com todo cuidado, bebendo todas as informações daquele garoto como veneno.
Era quase como uma obsessão adolescente.
As reuniões não faziam o menor sentido na semana seguinte e eu me vi irritada por ter sido fisgada tão vergonhosamente por um desconhecido. Ter sido fisgada por gestos que há tempos não eram direcionados a mim. Eu me vi a beira do precipício da loucura, sem saída. Mas quando tudo pareceu fugir completamente de meu controle, foi que eu o encontrei. Suas roupas eram bem mais despojadas do que as sociais que o vi usar na primeira vez, mas isso só fez aumentar a minha vontade de tê-lo. Jimin corria apressado pelo corredor, carregando pastas e mais pastas de croquis quando parou em frente à minha porta. Ele me olhou por alguns instantes, verdadeiramente surpreso e a abriu.
– Essas pastas são para… – Ele disse, franzindo o cenho consideravelmente. – Yoo _____?
– Oi. – Sorri, vendo-o caminhar até a frente de minha mesa e parar.
Jimin soltou um riso e eu percebi estar tão confusa quanto ele.
– Eu pensava que você era bem diferente, – confessou e eu poderia jurar que seus olhos tinham um quê de vergonha, mas isso logo desapareceu quando ele os correu para minhas pernas descobertas e se sentiu à vontade em deixá-los por lá – Sra. Yoo.
Ergui as sobrancelhas, verdadeiramente curiosa e verdadeiramente doida por ele. Naquele curto período de tempo, eu repassei nos pensamentos meu sobrenome saindo de seus lábios quase como uma sinfonia pornográfica.
– E como você pensava?
– Bem, – ele começou, um riso baixo – eu definitivamente não imaginava que você costuma beijar desconhecidos em estacionamentos.
Ele nem sequer titubeou, corou ou se arrependeu. Jimin disparou sem vergonha, assim como suas mãos arrancando meu vestido àquela noite em minha casa. Nós nos devoramos entre lençóis egípcios até amanhecer, incansáveis.
No início era só carnal, eu não posso negar. Mas todo o seu tato e o jeito como meu apelido tão pessoal e incomum era pronunciado por ele, me fez ver que era inevitável. Como não se apaixonar?
Os dias com Jimin sempre foram mágicos. E eu sempre me senti viva perto dele. Nós costumávamos nos encontrar à noite e aos fins de semana, sempre escondidos. Lembro a primeira vez que entrei em sua quitinete minúscula em Hongdae, um apartamento 6mx4m. A cozinha ficava há dois passos da cama e a cama há dois passos do banheiro. Mas, por mais que Anna sempre me alertasse, eu nunca consegui vê-lo com olhos preconceituosos. Para mim, aquele apartamento era realmente pequeno, mas não para se viver, mas para abrigar o coração enorme que eu sempre soube que Jimin tinha.
Eu o testei de várias formas, a maioria delas foi muito injusta. Até porque, no fim, eu sempre tive a mesma resposta: ele não estava aqui por outra coisa a não ser por mim. E eu gostava - e gosto - de lembrar sempre que posso desse detalhe. Como também gosto, apesar de doer, de lembrar que estamos em páginas diferentes, bem diferentes, e que Jimin precisa viver tudo aquilo que eu não faço mais questão alguma de passar.
Meço meu rosto no espelho amplo do outro lado de meu closet. Eu tento não comparar meus cabelos recém tingidos com os de Pippa Twyla, como tento não comparar minhas pernas e olhos. Como eu também tento não me afundar em lamúrias e em suposições dolorosas. Eu deveria prever que isso um dia iria acontecer. O que eu estava pensando, afinal? Eu tenho 35 anos, sou consideravelmente nova para assumir o posto de editora-chefe de uma revista tão renomada. Mas para um garoto de 22? Eu sei que não.
Coloco meus brincos e meu colar da Cartier, separados anteriormente sobre a penteadeira recém limpa pelo meu maquiador. Eu estou pronta, vestindo um conjunto branco de saia longa e top cropped feito exclusivamente para mim por Roberto Cavalli. Enquanto atiro meus cabelos para trás, penso que, de fato, me sinto bonita, me sinto viva e perfeitamente pronta para arcar com todas as consequências que preciso sofrer.
Eu preciso fazer isso tanto por mim, quanto por Jimin.
Pego a taça de champanhe em cima da bancada de perfume e a bebo em um gole desesperado. Lembrando sutilmente da vez em eu e ele passamos uma semana em Veneza. A imagem de seu corpo coberto de preto dos pés à cabeça na ponta de uma das gôndolas, me olhando e sorrindo, iluminam meus dias mais sombrios. Eu lembro que ele tinha argolas prateadas nas orelhas e o cabelo preto completamente bagunçado. Foi esse mesmo dia que soube que ele fazia parte de uma banda de garagem e soube também que, a partir dali, eu havia ganhado um companheiro para ouvir Lynyrd Skynyrd deitado no chão de meu quarto.
A festa de Natal da revista é feita todos os anos no dia 24 de dezembro e essa não poderia ser diferente. Ela é organizada sempre, desde que assumi, em minha casa, pegando boa parte do salão de festas e se estendendo por todo o jardim. Os lustres esse ano são tomados por rosas vermelhas que aparecem em cada mínimo detalhe da decoração, combinando com o tapete rubro e o dourado que ganha espaço em arranjos de mesa e talheres. Há convidados espalhados por todos os cantos; estilistas, modelos, atores, cantores, socialites. E, por um instante, penso como Anna foi ingênua ao pensar que alguém estaria prestando atenção em Jimin e eu.
Caminho pelo salão cumprimentando pessoas e agradecendo presenças importantes, quando encontro minha assistente. Os cabelos estão exatamente iguais como da última vez que a vi em minha sala hoje à tarde, amarrados em um coque donut perfeito. Entretanto, o vestido que julgo ser Valentino - e de uma das araras da edição de moda da revista - cai muito melhor que seu típico terninho sem graça.
– Preciso só que você cumprimente Hedi Slimane, – ela avisa, carregando sua agenda de sempre nos braços – depois você estará livre.
E com isso eu a sigo, caminhando levemente, tentando driblar minha vontade insaciável de procurar por ele, de perguntar por ele. A música, que começa a ganhar um volume consideravelmente alto, é pop. Ela se alastra por entre as pessoas, fazendo-as dançar, cantar, sorrir. E me faz precisar desviar de movimentos bruscos demais. Converso por pouco mais de cinco minutos com o novo talento por detrás da Saint Laurent, para saber então, por um desvio de olhar descuidado que, sim, Jimin definitivamente trouxe Pippa Twyla para a festa. Vestida em verde, Calvin Klein, ao lado dele tomado pela elegância de Hugo Boss. Já eu sinto-me tomada pela infelicidade do destino. Logo me permito deslizar, traiçoeiramente, para a sala da lareira quando encerro minha conversa com Slimane e encaro Jimin significativamente até ter seu olhar em mim.
O cômodo fica no segundo andar, escondido em um dos corredores de difícil acesso da casa. Ele é amplo e claro, com cortinas de seda e um conjunto de sofás brancos postos no meio da sala. Daqui consigo ter uma visão aberta da outra parte do jardim, tomada por neve, e no limite do terreno, mais além, vejo a calmaria de Yongsan. As luzes natalinas tomam a fachada das casas com sutileza e sofisticação, não existe estátuas enormes do Papai Noel por aí, como eu costumava encontrar em Osan quando criança. Nem mesmo árvores coloridas no jardim. Tudo aqui é feito com elegância e maestria.
– Sabia que tinha sido você. – Ouço Jimin soar atrás de mim. Quando viro-me, o encontro perto da porta fechada, mirando meu mais novo quadro de Jean-Michel Basquiat na parede contrária a lareira. – Trinta milhões de dólares e o comprador era de Seul, quem mais poderia ser?
Ele abre um sorriso e me olha.
– Você estava acompanhando o leilão pela TV? – Pergunto, interessada. – Pensava que odiava isso.
– Passei a gostar por causa de você. – Ele remexe as mãos nos bolsos da calça. – Muitas coisas eu comecei a gostar por causa de você.
– Meu ex-marido também era assim.
– Eu odeio quando você fala dele. – Diz, fechando o sorriso abruptamente. – E eu queria que fosse só por ciúmes, mas eu o odeio por todas as coisas que ele já fez com você.
Ergo as sobrancelhas e assinto, dando-lhe as costas para mirar por mais algum tempo a paisagem vazia de meu jardim. Sinto-o se aproximar de mim, parando seu corpo centímetros do meu. Observo com atenção sua mão ir de encontro a janela embaçada e escrever ali “Feliz Natal”. Rio de leve, os olhos correndo para o relógio mais próximo e percebendo que, de fato, já se passa da meia noite.
Para você também, respondo, escrevendo logo abaixo de suas palavras. Por alguns instantes penso em tudo o que a data significa para mim. A bondade, a felicidade, o amor. E, ironicamente, Jimin também significa isso.
Eu te amo.
São as palavras seguintes que Jimin grava no vidro embaçado. Miro-as por certo tempo, talvez mais tempo do que o necessário para as entender. Ainda sinto seu corpo próximo do meu, dessa vez exalando um sentimento único que antes eu não sentia quando o tinha perto e que talvez, agora, me faça perceber que eu também, que eu também o amo.
Respiro fundo e me viro para ele, encarando seu rosto sereno tão perto do meu. Eu não me vejo mais tão preparada quanto antes, não me vejo mais certa do que preciso fazer. Entretanto, o faço.
– Você não pode dizer isso. – Digo, o coração apertando quando o vejo franzir o cenho. – Você não pode se prender a mim. Você precisa procurar garotas da sua idade, terminar a faculdade, viajar o mundo. Jimin, você tem uma vida inteira pela frente.
– E você também! – Rebate, confuso. – Nós dois temos, _____.
– O que você espera disso? – Pergunto, apontando para nós. – Você sempre soube que não daríamos certo.
– Não faça isso. – Jimin pede, fechando os olhos. – Por favor, noona, não faça isso.
– Isso um dia teria que acontecer.
– Você sempre faz isso, sempre termina assim. – Ele me olha, a voz forte. – Não me dispense desse jeito. Você sabe que isso pode dar certo.
Tento me afastar, mas ele me segura pela cintura e me arrasta até a parede. Seu rosto se enterra em meus cabelos e eu suspiro com o caminho que suas mãos fazem por mim.
– Você combina com Pippa. – Digo, fazendo-o me olhar. – Vocês são bonitos juntos, Jimin, e é assim que tem que ser. Eu fiquei com raiva de você no início, mas eu percebi que é isso que você merece.
– Não! Eu não quero ela. – Ele segura meu rosto, acariciando minha bochecha com cuidado. – Eu só a trouxe porque pensei que pudesse desviar dos rumores idiotas que estão surgindo, _____. Ela é minha amiga. – Seus dedos escorregam até meus cabelos, agarrando-os com firmeza para que eu o olhe. – Eu quero você. Eu não consigo pensar ou querer outra pessoa, porque é só você.
– Não diz isso.
– Eu digo. – Jimin rebate. – Eu digo quantas vezes forem necessárias para você acreditar.
– Ela é mais bonita que eu, todo mundo sabe disso.
– Cala a boca. – Diz, respirando fundo e encostando sua testa na minha. – Você é a única que não enxerga que eu só consigo ver você. – Então ele me olha com a escuridão castanha que me faz afundar em sua alma. – Se não for você, eu não quero mais ninguém.
– Eu não quero que isso acabe como meu casamen…
– Não vai. – Sua voz é desespero claro, é como se fosse a única chance dele de provar isso. – Noona, deixa eu cuidar de você. Deixa eu te tratar como você deve ser tratada.
Seus dedos contornam os traços de minha boca com sutileza, enquanto seus olhos me devoram com adoração. Engulo a seco. E então eu me vejo vergonhosamente entregue a ele mais uma vez.
– Seu presente de Natal está em meu escritório. – Digo, débil, sem saber como raciocinar com seus lábios agora roçando nos meus. – É um reló…
– Dane-se, eu não preciso disso. – Jimin me interrompe. – Eu tenho meu presente bem aqui.
Ele ergue a saia de tecido leve pelas minhas pernas e agarra minhas coxas com força, erguendo-me e fazendo com que eu as aperte em volta de sua cintura. E eu, sem pensar, o tomo em um beijo desesperado, envolvendo-o com meus braços e meu amor. Seus músculos saltam por baixo do tecido grosso do blazer, que arranco dele poucos instantes depois de eu me ver afogada em uma sensação de inércia prazerosa quando caímos em um dos sofás. Seu quadril pressiona o meu e ele o agarra com força.
– Isso é uma proposta para tornarmos tudo algo mais sério? – Eu me afasto em um momento raro de lucidez, o segurando pelo rosto.
– Sempre foi pra mim.
– Você tem certeza disso? Tem certeza que quer viver isso comigo?
– Tenho.
– Eu sou treze anos mais velha que você. – Relembro. O que antes me fez quase rir, faz meu peito pesar.
– Pensava que nós já havíamos discutido sobre isso há oito meses, _____. – Ergue as sobrancelhas, lembrando de um dos testes. – Pensava que você já tivesse certeza que eu não me importo.
– Nós vamos viver escondidos, ouvindo rumores absurdos o tempo inteiro. – Digo, certificando-me que ele sabe todos os riscos que corre. – Ouvindo rumores de que transamos nos banheiros da revista na hora do intervalo.
– Nós já vivemos ouvindo eles. Mas podemos tornar esse do banheiro em verdade, caso incomode o fato dele ser apenas um rumor para você. – Diz, sacana, puxando meus lábios com seus dentes. Para, assim, finalmente me responder em um riso: – Eu tenho certeza, noona.
– Eles pensam que eu me drogo, Jimin.
– Bem, – seu rosto para perto de meu pescoço e volta para que seus olhos encontrem os meus – eu posso ir atrás de algo desse porte, caso você queira tornar esse rumor verdade também.
Rio alto, lhe dando um tapa no braço.
– Isso não é para ser engraçado. – Falo, mordendo meu lábio, tentando não continuar rindo, enquanto vejo seu sorriso largo no rosto. – Nós vamos viver escondidos, Jimin, você consegue lidar com isso?
Seu cenho se franze consideravelmente com meu questionamento e o garoto parece ponderar por alguns instantes, estudando meu rosto com delicadeza. Seus dedos acariciam minhas bochechas e eu me sinto tomada pelo espírito natalino. Eu quase esqueço, por alguns instantes, que é Natal. Mas, por tê-lo aqui e ser possível sentir todas as coisas boas que sinto, eu quase me convenço de que isso se deve ao velho do Polo Norte.
– Você acha que eu posso contar para alguém? Depois de todo esse tempo?
– Não. – Defendo-me. – Não é isso. É só que… Nossa relação vai continuar sendo um segredo até eu conseguir saber como torná-la pública.
– Nossa relação é um segredo? – Ele pergunta e eu assinto. – Eu sempre soube e eu não me importo.
Remexo-me por debaixo dele, ainda presa por seu quadril no meio de minhas pernas.
– Você tem certeza?
– Tenho.
– Como pode saber que está preparado?
Seu olhar passa por mim outra vez, seus lábios roçam nos meus com leveza e, enfim, seu sorriso se abre de novo, cheio de certeza.
– Porque você é meu segredo, noona, – revela, seu corpo crescendo em cima do meu com segurança – e essa é a beleza de se ter um segredo, você sabe que precisa guardá-lo com todo o amor que tem.
Eu não percebo quando sorrio, mas percebo quando seus lábios tocam os meus com carinho. E então, nesse momento exato, eu entendo que não existem diferenças entre nós; que não importa meu cargo e muito menos o dele. Não importa que dirijo uma Mercedez e ele um carro velho amarelo que não faço ideia a marca. Não importa sua quitinete mal planejada e nem minha chatice com organização. Não importa a idade e não importa os rumores.
O que importa é a gente e tudo o que tornamos real.
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junewrites · 6 years
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Conheça  Kaien Jackson Park, tem 16 anos  anos e estuda na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, pertencendo à casa  Grifinória; o seu status sanguíneo é  mestiço  e está no  sexto  ano. Muitas pessoas dizem que é extremamente parecido com um trouxa chamado Park Jimin , mas pode ser apenas poção polissuco. Infelizmente, encontra-se indisponível.
❝Nothing holds you back more than your own insecurities ❞
Extracurriculares e clubes:Clube de Artes, Clube de Música, Aparatação e Jornal da escola  
Data de nascimento: 27/08/2006
Pais: Coreia do Sul
Animal de Estimação: Coruja (espécie: Megascops asio) chamada Rory
Varinha: cerejeira e  núcleo da fruta da mesma árvore
Patrono: Águia
Espelho de Ojesed: Ele se vê dançando com a irmã.
Player: June
✦HEADCANONS✦
A arte sempre se fez presente na vida do pequeno, até mesmo antes dele ter nascido. Seu pai e sua mãe se conheceram em Moscou, em uma festa de Gala a qual tinha o intuito de reunir vários tipos de artistas em um mesmo local para uma interação amigável, e talvez surgisse uma parceria inusitada . Sua mãe, Marie Dietze, uma sublime cantora e compositora Britânico-americana e seu pai, Park Kwan, um respeitado dançarino sul-coreano se encantaram quase que instantaneamente um pelo outro, mesmo com a grande dificuldade que ambos tinham para se comunicar. Depois deste primeiro encontro entre os dois se passou um grande tempo até que ambos tivessem novamente a chance de se encontrarem pessoalmente, porém durante esse tempo eles ainda mantiveram contato um com o outro e assim foram melhorando, ele seu inglês que antes era mínimo e ela aprendeu aos poucos o coreano. O relacionamento aconteceu de forma tão natural que alguns amigos próximos do casal diriam que os dois estavam juntos muito antes de ser feito o pedido de namoro, que ocorreu por parte de Kwan e depois disso não demorou muito para a divulgação do dia do casamento.
A primeira filha do casal veio como uma benção já no primeiro ano de casamento, Sook Zoe Park, foi uma filha mais que aguardada e amada. Sook, nasceu na Inglaterra por vontade de Marie que queria que sua filha fosse Inglesa assim como seus pais, porém algo que só foi aceito por Kwan com o pretexto de que se tivessem um outro filho este nasceria na Coreia, assim como ele e seus pais o que acabou acontecendo 3 anos mais tarde com a chegada de Kaien na família.
Por conta do trabalho dos pais que exigia que ambos estivessem viajando constantemente Kaien e Sook praticamente cresceram na estrada, a casa deles o mundo. Os irmãos em muitas características eram como água e vinho, totalmente diferentes um do outro, enquanto um gostava de levar uma vida mais agitada a outra preferia a tranquilidade, enquanto um era extrovertido a outra era mais introvertida, um amava doces a outra salgados, ele adorava o sol do verão e a outra o frio do inverno, praticamente lados diferentes da mesma moeda, seriam completos opostos se não fossem unidos pelo amor incondicional que um sentia pelo outro e pelo amor a arte, todo e qualquer tipo de arte. Um era o parceiro do outro, cuidando, ensaiando, cobrando, tudo juntos como uma equipe, até mesmo quando Sook foi para Hogwarts e os dois ficavam muito tempo sem se ver, eles trocavam cartas quase todos os dias, sobre os mais diversos temas e de certo modo eles sempre davam um jeitinho de fazerem algo juntos, apesar da distância.
A vida do coreano nunca foi somente um conto de fadas, porém nunca teve algo tão marcante em toda a sua vida da qual fosse algo que o fizesse se corroer por dentro , algo da qual ele não conseguisse lidar e nem cogitara que algo assim aconteceria com ele, até que um dia aconteceu. Foi logo após sua irmã sair de Hogwarts e ir morar com seu noivo em Londres, onde podiam ficar perto dos pais de ambos, talvez uma ou outra viagem para a Coreia para visitar seus pais paternos. Os dois estavam prontos para formar um lar, ela acima de tudo estava empolgada com a ideia de ter uma casa, um emprego e uma rotina, ela seria professora de balé em uma escolinha perto de sua casa, um emprego normal da qual ela gostava, juntava arte com ajudar ao outro, um sonho interrompido antes mesmo de acontecer. Por conta de um acidente no dia do seu primeiro dia de aula Sook não pode mais andar e  nem dançar, ela havia sofrido um acidente de trânsito junto com seu até então noivo que acabou falecendo na hora enquanto ela perdeu ambas as pernas, ficando viva apenas pelo que os médicos chamavam de milagre, algo da qual Kaien nunca concordou, mesmo estando feliz por sua querida irmã ter sobrevivido ele sentia sua dor e tomava parte dela para ele, assim como tudo na vida dos dois, a alegria dela era sua, igualmente seu nervosismo e tristeza.
Sua escolha inicial de escola foi o Castelo Mahoutokoro, no Japão, porém diferente dos demais estudantes da escola ele somente adentrou a esta  quando tinha já completado seus 11 anos e ficou frequentando a mesma até os 14 anos que foi quando ele decidiu mudar de escola e ficar mais perto de sua irmã. A transição de uma escola para a outra foi algo normal para ele já que durante toda a sua vida ele teve que lidar com mudanças, além de ele saber que ele não estava de fato dando um adeus aos seus colegas de escola e sim um até breve. Aquela mudança era apenas mais uma fase em sua vida, uma nova etapa a ser explorada e vencida, ele não tinha problema com novos desafios, na verdade ele adorava se jogar no desconhecido, pois somente assim ele se tornaria conhecido. Uma das muitas características que ele puxou dos pais, espírito aventureiro e destemido, capaz de transformar o ambiente ao seu redor em seu lar, pois o mesmo acreditava que ele podia fazer de qualquer lugar o seu lar.
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kurtcraigno · 7 years
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Capítulo I “And you better stay clever if you wanna survive”
As vozes ensurdeciam meu ouvido. Elas chamavam pelo meu nome tantas e tantas vezes que eu não conseguia organizar meus pensamentos direito.
Eu me sentia como Robin Wood, sendo sentenciado por ter roubado dinheiro dos mais ricos para dar aos mais necessitados. Só que no meu caso a situação era um pouquinho diferente, digamos que eu estava sendo acusado de ter roubado a alma mais afortunada, para satisfazer a alma mais suja, podre e carente que era a minha. Não entendia muito bem o porquê de toda aquela gente ali, com tochas, armas de fogo e as famosas sete pedras na mão apontando para mim, já que... Eu não era o perigo. Nunca fui, e nem pretendo ser. O engraçado é assistir o ódio estampado no rosto de cada um, ouvi-los me xingar e me mandarem para o ‘lugar de onde você nunca deveria ter saído’, o inferno. Como se ser acusado de matar o próprio pai não fosse normal entre os mundanos de hoje.
Ok, ok. Eu aposto que você está louco para fechar este arquivo e contar para todos os seus amigos que acabou de descobrir um maníaco que escrevia cartas para o próprio destino, contando como foi legal ser encontrado deitado no chão da cozinha com uma faca nas mãos banhadas á sangue do único homem que mais amou em toda  a vida dele. Mas não. Não se preocupe. Eu sei que a frase típica de um estuprador é dizer que não cometeu tal ato, ou que um assaltante nega até a morte que assaltou tal banco, mas o que eu tenho para lhe dizer é que, sou de fato doente. Definitivamente.
Não um maníaco por esfaquear pessoas na própria cozinha, ou algum psicopata viciado em colecionar corpos pendurados em porões ou qualquer coisa do tipo. A doença que me afeta não é por um acidente, ou nem por um leve descuido na hora de usar o senhor preservativo. O que corre nas minhas veias não é um tipo desconhecido de nenhum vírus, ou uma poderosa bactéria já descoberta pelos melhores cientistas do mundo. Minha doença é o amor.
Não aquele amor em que os filmes românticos mostram nos aspectos mais estereótipos possíveis, em que a mocinha deixa cair o lindo lencinho branco e o cavaleiro atraente o junta, e no encontro dos olhares eles vivem aquela história linda e maravilhosa que termina com uma casa entupida de filhos, a esposa sujando a barriga no fogão e o cavalheiro (não mais tão atraente, porque vamos combinar, casamentos destroem qualquer físico 'perfeitinho') sentado lendo seu jornal á beirada da varanda, com aquele 'matinho' entre os dentes para não negar as origens. Certamente, essa não foi a minha maneira de adquirir a doença. Acredite, enquanto todos acreditam no amor com mil bandeiras brancas mostrando a paz estampada, eu aprendi na marra usar o verbo amar em meio a uma escuridão que só minha própria história possa lhe contar.... Pois bem, comecemos por onde? (Eu sei que você pensou em "pelo começo,otário!")  Mas são tantos começos... Meios... E fins....                                                                        
                                                       • • • 
-Kurt! - a voz invadia meus ouvidos cada vez mais forte, eu tentava mexer meus lábios e dizer que eu já estava consciente, mas, o que há de errado comigo? Eu não consigo mover nem meus olhos - Kurt! Pelo amor de deus! Acorde!  As chacoalhadas começaram a aumentar o ritmo, até que meus ossos adormecidos resolveram ganhar vida e me ajudarem a se mexer. A claridade invadia meu olho de uma maneira tão incômoda que eu podia jurar que estavam queimando minhas pupilas em cima da superfície do sol. Levou algum tempo para eu me acostumar e conseguir distinguir a figura de minha mãe por cima de mim, com os olhos inchados e vermelhos de tanto chorar. Sua feição já com algumas leves rugas de idade se encontravam tão salientes que eu jurava que nunca as tinha notado tanto quanto hoje. Quando tento me levantar lentamente, minha cabeça explode de dor e a tontura invade meus sentidos, seguro-me nos braços de minha mãe e me recosto ao balcão do que me parece ser o da... Cozinha?!?  O que eu estava fazendo na cozinha? Eu nem lembro na real onde eu estava, ou o que eu fiz antes de me encontrarem deitado naquele chão, mas ao olhar minhas mãos banhadas a tinta vermelho-sangue eu provavelmente fui mexer em coisa que não devia e acabei derrubando a lata de tinta em minha cabeça, aposto.  -Kurt, o que você fez? - soluça minha mãe. Ela decaía em lágrimas de novo, e eu a observava com os olhos assustados, preocupados e completamente confusos por não saber exatamente nada do que estava acontecendo.  -Mãe? - ela afasta suas mãos do rosto e atende ao meu chamado - Eu... Não... to entendendo. O que aconteceu? Minha cabeça ta doendo, minhas mãos estão manchadas de tinta, e.... - meu coração para. Paraliso completamente todos os órgãos do meu corpo e avisto logo á alguns metros de mim, deitado sobre o tapete da sala de estar que se conectava direto com a cozinha, o corpo de um homem. O assustador era que seu corpo estava debruçado ao chão, e.... Uma faca estava literalmente enterrada em seu peito. A cena era tão horrível, que eu não conseguia mais associar nenhuma informação possível. Quem era aquele homem? O que ele estava fazendo em minha casa? Quem teve o sangue frio o bastante para enterrar uma faca em seu peito e sair como se nada tivesse acontecido?  - Mãe... Quem é... E-sse ho-mem? - gaguejo, o nervosismo estava começando a correr pelas minhas veias e escorrer pelo suor frio e gelado que descia pelo meu rosto. Mamãe olhou em meu rosto tão profundamente que eu podia jurar que ela estava entrando praticamente para dentro de mim, sua expressão era vazia, suas lágrimas escorriam de um lado por uma tristeza inofensiva e pelo outro o que me parecia um ódio latejante e cortante jamais visto.
Bem, sem contar que ela é a única mãe que conheço no mundo que não ama o próprio filho, pelo menos um deles não. Nesse caso, esse filho era eu. Mas o ódio que escorria em seus olhos não era nem comparado ao que ela me observava e me desprezava todos os dias. Esse ódio era assustador, era acusador, era aquele tipo de ódio em que surge de uma hora pra outra mas que é difícil de sumir.  Eu definitivamente nunca entendi a sanidade dessa mulher.  - Kurt. Este homem... - meus olhos fixam no movimento da sua boca - é seu pai! – Não, absolutamente não - e a tinta... Que pinta as suas mãos neste minuto. Não é tinta. - minha boca se abria espontaneamente a cada palavra - é sangue!  Ok. Agora eu realmente estava assustado.  - Sangue do seu pai! Você o matou, Kurt. - coloco minhas mãos no rosto sem pensar na mancha que ficará em meu rosto, tento digerir o que ela acabou de me dizer, e simplesmente não consigo. As palavras não são interpretadas da maneira certa. A situação não me parecia nada certa. - Você é um assassino!  
Assassino? Eu? Aquela mulher realmente não batia bem da cabeça á um bom tempo, disso eu sempre soube, mas... Inventar que enfiei a porra de uma faca no peito do meu próprio pai? O homem que me amou mais do que tudo e todos? Claro que não. Eu não conseguia me lembrar o que havia acontecido nas últimas duas horas, mas eu tenho certeza absoluta que nada neste mundo, por motivo nenhum eu teria argumentos suficientes para matar alguém, ou matar até mesmo alguém da minha família. Mesmo minha mãe me odiando, eu jamais faria isso com ela. Porque em meio a vinte pessoas em uma guerra, eu preferiria morrer do que matar todas elas, e acho que a falta de presença e compreensão de minha parte fez com que minha mãe nunca enxergasse esse meu lado. O lado frágil e sensível. Aquele que em muitas vezes eu não consegui controlar e esconder para manter aquela famosa pose de ‘meninos não choram’. Choram sim.
Talvez eu tivesse um estoque de água um pouquinho maior em meu corpo do que o normal, mas pode acreditar meninas, que aquele garoto da qual você se pegou completamente apaixonada e que após anos de relacionamento vocês acabaram terminando e ele nem sequer aparentou se importar com vocês chorando e sofrendo por eles, na real só mantém a pose de ‘durão’ porque têm medo de amarem tanto alguém e acabarem não suportando o estrago que a falta do mesmo pode causar. É fato. Mal eles sabem o que é ser odiado pela mãe, ser desprezado e trocado pelo irmão em todos os aspectos, e ser abandonado pela única pessoa que acreditava e realmente lhe amava.
O problema é que essa pessoa se foi. E...
E eu nem sei como começar a lidar com a palavra ‘saudade’.   
Os meninos que vocês se apaixonam e que preferem exibir a pose do que os sentimentos geralmente riem e fazem piadinhas daqueles que choram. Eu realmente não me importo. Gosto que eles riam de mim, riam bastante até a barriga doer e os olhos ficarem encharcados de lágrimas, mas que diferentes das minhas as façam felizes. Felizes o bastante para não terem uma audiência á enfrentar e uma mãe rezando pela sua própria morte lhe esperando em casa.
Após a ficha ter caído junto aos soluços e gritos que eu dei, minha mãe, Elizabeth Craigno, não olhava mais em meus olhos. Eu não a culpava, mas mesmo assim não entendia o que estava acontecendo, ela milhares e milhares de vezes contava tentando me convencer de que tudo aquilo era real, de que o sangue que cobria a pele dos meus dedos era de meu pai, e que eu o havia matado durante uma discussão. Mas eu não havia discutido com ele, eu jamais consegui levantar sequer a voz para ele, o que ela estava me dizendo não fazia sentido, simplesmente não era real... Não podia ser. Eu chorei tanto que jurava que conseguia sentir um vácuo bem grande dentro do meu coração a  cada soluço que eu dava, chorei até cada músculo dele não se agüentar mais e fazer com que minha mente mandasse meus olhos secarem. Mas mesmo que quisesse, eu não conseguia fazê-los parar, eu não queria que eles se secassem, queria que cada soluço e cada grito que eu soltava fizesse com o que o corpo de meu pai se levantasse e me dissesse que tudo aquilo não passava de uma piada. Eu só pedia a deus ou qualquer criatura existente ou inexistente, credora ou não credora que o trouxesse de volta.
Trouxesse de volta a única pessoa que me fazia lutar pela vida, a única pessoa que brigou para que eu sobrevivesse sem mesmo nem me conhecer. O único personagem de minha história que já começou a ser escrito pelo próprio fim, mas que escreveu o meu começo, escreveu a minha chegada e cada passo da qual eu considero vida.
Escrever seu fim aqui neste papel é muito mais amargurante do que de fato ter vivenciado a cena. Porque eu sinto que a cada palavra que eu o descrevo, acaba com uma parte de mim. Acaba com um sonho, acaba com um futuro, acaba com um destino, acaba com qualquer chance neste mundo de eu me tornar quem eu almejava ser. Porque se inspirar em alguém que você realmente considera brilhante é uma coisa, mas tentar se reerguer com os resquícios do que agora se torna uma lembrança é completamente outra.
Há apenas umas coisa boa em se partir dessa dimensão. Você deixa de ser apenas alguém para se tornar uma memória, uma lembrança, um sonho, você acaba se tornando uma pessoa memorável , alguém da qual mesmo sem presença de corpo acaba se tornando uma eternidade na mente daqueles que realmente querem lembrar de você. Eu não só queria lembrar de Ralph William Craigno como meu pai, mas sim como o homem que mudou a minha vida enquanto se encontrava ainda vivo, e me mudou quando se tornou o dono das minhas memórias.
Mas vamos por partes, não quero que você se confunda antes de entender porque esse homem foi tão importante pra mim não só pelo fato de ter sido meu pai.
A polícia bateu em minha porta meia hora depois de eu ter descoberto que havia cometido um assassinato que nem mesmo eu poderia lembrar de ter realizado a ação. Quando cobriram o corpo de meu pai com aquele toldo preto, eu poderia jurar que a expressão do rosto de meu pai dizia que me amava e que nada mudou entre nós mesmo sem explicações convictas de que seu filho o havia apunhalado no peito, mas eu sabia pela expressão de seu rosto que a faca que perfurava seu peito não fora posta por mim, e que o sangue que manchava sua roupa uma hora ou outra mancharia a ficha criminal de alguém, esse verdadeiro alguém que pagaria tão caro pelo preço de retirar uma vida tão á sangue frio onde eu poderia jurar que conseguia assistir através dos meus olhos apodrecendo em uma cela infestada de ratazanas e insetos.
Bem o final deste episódio fatídico você pode até imaginar o que aconteceu. Minha querida e doce mãe confessou a “cena do crime”, e contou-lhes em meio á mentiras e mais falsas lágrimas que ‘eu não acredito que meu próprio filho foi capaz de fazer isso’. E ao fim, por eu ser menor de idade fui convocado á uma maldita audiência onde tive que tirar dinheiro das minhas últimas economias para pagar um homem barbado, gordo e engravatado falando por mim em um tribunal.
Quando entrei naquele lugar, tudo me dava medo. Desde as pessoas que assistiam o processo até o grande e tão esperado cara do martelinho, onde neste caso quando aquele martelo batesse pela última vez, meu destino seria traçado. E para falar a verdade eu de fato já esperava antes mesmo de entrar naquela sala que ele não seria nada bom.
Resumindo basicamente tudo, dei á eles a palavra de meu defensor, que fez um breve e completo discurso expondo minha situação, até alegando que o assassinato pode ter sido planejado e para me usar como estratégia, apagaram-me e me usaram como isca do tal crime, porque ao final, todas as perguntas que me faziam sobre o dia em que ocorreu eu não havia respostas, eu simplesmente respondia com pequenos flashes da qual eu lembrava de chegar em casa, dizer boa noite ao meu pai, assistir televisão ao seu lado e subir até meu quarto, e... e...
-Houve uma discussão! – apresso-me em falar antes que eu possa me esquecer da rápida lembrança de ouvir gritos na sala de estar – Eu lembro de ouvir gritos entre minha mãe e meu pai.
Jurava que a expressão de minha mãe empalideceu ainda mais, vi seus olhos afundarem nos meus mais uma vez e uma de suas sobrancelhas erguia-se perfeitamente contornando seus olhos negros e frios, que estavam obcecados pela idéia de me verem com um uniforme laranja atrás das grades mais imundas possíveis.
- Sra. Craigno, a senhora  concorda ter ocorrido uma discussão com a vítima horas antes do assassinato?
-Não. – meus punhos se fecham por debaixo da mesa, as unhas perfuram a carne de minha mão com tanta força, que tenho medo de como posso reagir ao sair daqui – o que Kurt ouviu foram vozes... Eu apresentei as devidas provas de que ele possui transtornos mentais. Eu não me encontrava no local da morte horas antes, tenho provas e testemunhas para comprovar isso;
-Transtornos? – levanto-me de onde estava sentado e apoio as palmas da mão sob a mesa, mais nervoso e ansioso do que nunca, eu não podia acreditar nas mentiras que ela estava contando. Eu não sou nenhum retardado que sai por aí escutando vozes e conversando com elas sozinho. – a única pessoa que possui algum tipo de doença mental aqui é você!
- Sr. Craigno, eu peço para que o senhor retorne ao seu lugar e dê espaço para devidas acusações. – em outras palavras, ele estava mandando eu calar a boca e escutar todas as baboseiras que minha mãe iria lançar naquele tribunal, aquilo era muito pra mim, aquela mulher iria acabar com qualquer parte inocente que eu havia neste caso, tenho certeza.
- Eu... – mais lágrimas descem pelo seus olhos – eu.. não agüento ver meu filho dessa maneira, Meritíssimo. Eu o ouvia conversar com pessoas que nem sequer existiam, tive que segura-lo enquanto se debatia e gritava alegando que estava sendo agredido por várias invenções monstruosas de sua mente... mas eu não o culpo, eu... só queria que ele fosse curado...- ela passa os dedos por debaixo dos olhos – Kurt acreditava que seu pai era o grande monstro que o agredia, e que ele via-se com o dever de fugir e derrotar o tal... Esses transtornos, estão acabando com meu menino... eu não posso agüentar.
Meu menino? Ela mal olhava na minha cara, me rejeitou a vida inteira, e se não fosse meu pai eu só seria um pedaço de feto em cima de uma bandeja em alguma clinicazinha qualquer. Mas eu estava entendendo o jogo dela, ela queria se livrar de mim, me colocar atrás das grades mesmo sabendo que eu não teria sido capaz de matar meu pai. Ela só queria realizar o desejo que ela sempre pediu aos deuses, parar de ser minha mãe.
Vejo seu advogado estender um lenço em sua direção, e ela o aceita limpando os olhos de uma maneira extremamente dramática, para que todos percebam que o vilão da história sempre foi eu. Olho para o juiz que se encontrava com a cabeça baixa lendo uma pasta que o haviam entregado segundos antes  de eu me levantar e dizer:
-Eu não sou problemático! A única pessoa que deveria ser tratada aqui dentro dessa sala é você! Você que nunca me quis, sempre me desprezou e me trocou pelo meu próprio irmão. Você já cuspiu no meu rosto alegando que me odeia! – ela coloca a mão sobre o rosto e baixa á chorar novamente, dessa vez soluçando cada vez mais alto para que as pessoas continuassem percebendo que eu é que causava mal aquela mulher.
Meu corpo tremia de raiva, não conseguia entender como aquilo tudo estava acontecendo. Eu não era culpado por tal crime, mas não conseguia me lembrar o que havia realmente acontecido naquele dia. Uma mulher que me odiou a vida inteira estava me acusando junto com metade daquela sala que eu havia matado a pessoa mais importante pra mim.
E se... e se eu realmente fosse o assassino? E se o sangue que manchou minhas roupas e minhas mãos á alguns dias atrás tivesse sido provocado por mim?
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