#nem o realizador estava à espera
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anditwentlikethis · 5 months ago
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NÃO FOI O RONALDO A BATER O LIVRE
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voyeurdatela · 2 years ago
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Terroristas invadem o sul dos Estados Unidos, e apenas uma coisa os pode deter! E não… Não é o exército. Também não é a Guarda Nacional, nem mesmo a força aérea ou os escuteiros!
Essa coisa é Chuck Norris!
Lançado no ano anterior, “Missing in Action” ou “Desaparecido em Combate” de Joseph Zito e com Chuck Norris no papel principal, foi um sucesso absoluto para a Cannon. Por isso, a produtora estava ansiosa por reunir o realizador e a sua maior estrela para um filme de orçamento ainda maior.
Menahem Golan, certa noite, sonhou com um título bem porreiro chamado “American Ninja”, e imaginou que seria perfeito para Chuck Norris. Chuck, no entanto, não estava interessado em fazer outro filme de artes marciais, preocupado em ser rotulado como uma espécie de estrela do kung fu ocidental e na esperança de uma carreira no cinema de ação mais completa. Ele também não gostou muito da ideia de usar uma máscara a tapar-lhe a cara, o que seria relativamente necessário no género de filme ninja, o que não se entende! Com uma barba como a de Chuck Norris quem iria querer cobri-la?
Felizmente para Norris, Golan não tinha nada mais além de um título.
Foi apenas quando o amigo de Norris e argumentista de “Missing in Action” James Bruner, teve uma ideia para contornar os sonhos de Golan, que juntos, Bruner e Norris escreveram um argumento acerca de um agente da CIA chamado Matt Hunter, cujo nome de código seria “American Ninja”, mas que na realidade não seria ninja nenhum, só de nome.
Algumas ideias foram adaptadas de uma história anterior de Aaron Norris, irmão de Chuck, sobre uma célula adormecida de terroristas soviéticos que teriam passado duas décadas a esconder-se nos Estados Unidos à espera de uma palavra da Mãe Rússia para atacar.
Menahem Golan adorou a história que lhe foi apresentada, mas ele imediatamente apercebeu-se que não poderia estragar um título tão doce quanto “American Ninja” num filme que não continha ninjas reais. E assim, o filme recebeu sinal verde, mas com um novo título.
O filme seria batizado como “Invasion USA” a ser lançado em 1985, que apesar de uma premissa semelhante, este filme não tem nenhuma relação com o filme da invasão comunista de 1952 com o mesmo nome, e este oferece-nos uma visão quase pitoresca daquilo que era considerado “o terrorismo” dos anos 80.
Um pouco como os terroristas oriundos da Alemanha Oriental de “Die Hard”, os bandidos em “Invasion USA” são uma espécie de coligação aparentemente incompatível de russos, cubanos e militantes do Médio Oriente liderados por um soviético lunático chamado Rostov, interpretado por Richard Lynch, e cuja única razão para liderar uma invasão a solo americano parece ser para ficar nos anais da história como a primeira pessoa a tentar invadir os Estados Unidos em mais de 200 anos.
Em muitos filmes, os vilões recebem histórias de fundo para lhes dar um tom mais humano, quase como uma justificação de modo a que o público se sinta desconfortável quando estes inevitavelmente encontram a sua morte!
Bem… por aqui não existem merdas do género. Não há área cinzenta quando se trata de justificar as ações dos bandidos neste filme. A primeira vez que os vemos, eles estão disfarçados de membros da Guarda Costeira quando abordam um barco cheio de imigrantes cubanos ilegais enquanto flutuam algures na costa da Flórida. São famílias inteiras! Mulheres, crianças e idosos. Ao princípio, tememos que esses estrangeiros sejam deportados de volta para Cuba, mas o que acontece a seguir é muito pior. O líder dos vilões, Rostov, finge dar-lhes as boas-vindas aos Estados Unidos, e o barco explode em aplausos. Ele desce do seu barco, estende a mão para um velhinho e então ele saca da pistola e executa o velho, como um grande e malvado idiota. O resto dos bandidos abre fogo com as suas grandes e corajosas metralhadoras, aniquilando com requintes extremos de malvadez cada velhinho, homem, mulher e criança. Vai tudo! De seguida, eles arrombam uma portinhola no convés do barco e tiram uma carga de cocaína escondida no seu interior.
Esta cena do massacre foi filmada na costa da Flórida com a cooperação do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. A Guarda Costeira, obviamente, recusou-se a participar, e não seria de admirar, uma vez que os terroristas estão disfarçados de Guardas Costeiros enquanto abatem um barco cheio de famílias cubanas.
Por aqui já começamos a odiar de morte os terroristas e o seu líder, o que vem em ótima altura porque na cena seguinte encontramos o homem que vai passar uma boa parte do filme a massacrar aqueles idiotas em nome da boa e velha justiça norte-americana.
Finalmente somos apresentados ao nosso herói, Matt Hunter, Chuck Norris, enquanto ele atravessa os Everglades no seu fiel “airboat”. Ele veste um conjunto todo ele em ganga. O seu cabelo e a sua camisa desabotoada balançam ao sabor do vento com os seus pêlos ondulados expostos no peito a todos os que tencionam conspirar para fazer mal aos seus semelhantes, ou seja, aos americanos!
Matt Hunter não tem falas aqui, mas ele não precisa delas para nada, pois este senhoras e senhores, é o nosso justiceiro norte-americano.
Logo de seguida temos mais evidências que Rostov é um monte de merda de primeira categoria quando ele aparece no escritório de um traficante de armas e drogas de Miami, interpretado por Billy Drago, que leva com uma saraivada de balas no Malaquias e nos seus dois guarda-costas que é coisa que só de pensar causa calafrios na nuca! Logo a seguir enfia um canudo pelo nariz acima de uma sujeita que snifava leite em pó para imediatamente a enviar pela janela fora. Depois, ele foge após saber que as armas que ele tinha ido ali comprar já estariam seguras, junto com a cocaína que iria servir de pagamento, porque além de terrorista, Rostov também é gatuno!
Com Richard Lynch e Billy Drago no elenco, os produtores esforçaram-se para conseguir dois dos melhores atores de personagens do género “slimeball” da era do vídeo. Embora Richard Lynch se prendesse principalmente a filmes baratuchos, ele trouxe uma intensidade selvagem até mesmo para os papéis mais parvos de vilões, por exemplo, o perverso rei bárbaro Kadar, do filme da Cannon de 1987 de sword and sorcery italiano “The Barbarians” de Ruggero Deodato. As cicatrizes visíveis no seu rosto tiveram origem num incidente em 1967 onde o ator, sob o efeito de drogas, encharcou-se em gasolina e ateou fogo em si próprio como forma de protesto contra a  guerra do Vietnam. Ele passou por muitos enxertos de pele e anos de reabilitação e, eventualmente, voltou a atuar. Lynch morreu em 2012 com a participação em mais de 150 filmes, incluindo “Scarecrow” de 1973, “The Sword and the Sorcerer” de 1982 e “Bad Dreams” de 1988. Ele também apareceu em “The Forbidden Dance” de 1990, com o tema da lambada em cima da mesa e feito pela 21st Century Film Corporation de Menahem Golan para competir com “Lambada” de 1990 da Cannon Films e lançado no mesmo dia.
Billy Drago teria mais tempo de tela em filmes da Cannon como “Hero and the Terror” de 1988 e “Delta Force 2” de 1990, ambos também protagonizados por Norris. Regularmente classificado como um vilão graças ao seu corpo esguio e sorriso sinistro, alguns anos depois deste filme, ele interpretou a personagem de Frank Nitti no aclamado filme de Brian De Palma, “The Untouchables” de 1987. Drago também fez aparições em “The Pale Rider” de 1985, “Vamp” de 1986, e em várias séries de TV, incluindo a série de culto “The X-Files”.
Mas voltando à trama do filme em questão! Enquanto os homens de Rostov apressam-se a esconder as armas roubadas ao traficante, tudo vai de vento em popa! Parece que cada parte do plano nefasto e vagamente definido pelo astuto líder terrorista está a andar bem, mas existe um pequeno grande problema que precisa de ser resolvido.
Acontece que Rostov apenas teme uma coisa à face da terra, e essa coisa é Chuck Norris ou Matt Hunter, o ex-agente da CIA que frustrou uma das suas conspirações nefastas no passado e que se arrepende amargamente de não ter despachado Rostov para o inferno quando teve a oportunidade para o fazer. Rostov tem tanto medo de Hunter que tem pesadelos recorrentes com ele!
Agora na aposentadoria e a viver com uma reforma de merda paga pelo Governo dos Estados Unidos, Hunter leva uma vida pacífica nos Everglades a ajudar o seu amigo nativo americano, John Eagle, a apanhar crocodilos e a andar naquele “airboat” altamente que vimos antes. Antes de lançar o seu plano, Rostov tenta extinguir o seu antigo inimigo ao lançar um ataque furtivo à pacífica cabana de Hunter no meio do pântano, mas só consegue matar o idoso amigo de Hunter. Mais um velhinho para a lista, mas com isso, apenas força o regresso de Hunter ao ativo.
“Invasion USA” contou com uma equipa de duplos com mais de oitenta pessoas, liderada pelo coordenador Aaron Norris, irmão de Chuck que, para evitar que qualquer um dos seus duplos fosse mordido por crocodilos ou por outra bicharada durante as cenas do pântano, atirava cargas de dinamite para explodir com qualquer criatura que estivesse à espreita nas proximidades. Outros tempos!
Tendo presumido erradamente que uma dúzia de homens com metralhadoras e lança rockets seriam suficientes para matar Matt Hunter, Rostov inicia a sua invasão. Alguns transportadores antigos da Segunda Guerra Mundial desembarcam numa praia de Miami pela calada da noite e descarregam algumas centenas de guerrilheiros armados até aos dentes e de várias etnias. Eles entram em camiões que os aguardavam e dispersam-se por várias cidades do país inteiro.
Chicago, Detroit, Las Vegas, Nova York, São Francisco são alguns exemplos, mas o filme apenas se preocupa em mostrar os ataques em Miami e Atlanta e caga para o resto.
O plano de Rostov é espalhar terror e devastação ao usar a própria liberdade da população contra ela e assim colocar a América de joelhos.
Um bando de motoqueiros locais foi escolhido para fazer do exército de terroristas invasores para esta cena, e segundo alguns relatos, a polícia queria invadir o ‘set’ de filmagens naquela noite, já que muitos dos figurantes tinham mandados de captura, mas a produção recusou-se a cooperar com a polícia e a entregar os bandidos.
Logo a seguir vemos o esquema covarde que Rostov coloca em ação da maneira mais maligna e gratuita possível. Ele e os seus capangas chegam a um subúrbio americano, onde famílias decoram árvores de Natal nos seus jardins, as crianças brincam e patinam na rua e os velhinhos levam os seus poodles a passear, para logo a seguir assistirmos horrorizados enquanto os bandidos puxam de lança rockets e destroem as casas ao redor.
Se formos a ver bem, esta cena é efetivamente aterrorizante, pois observamos da nossa poltrona o bastante literal Sonho Americano explodir mesmo à nossa frente.
E convém dizer que não eram fachadas que foram destruídas, mas sim casas verdadeiras!
Enquanto procuravam locais para a rodagem do filme, a produção deu de caras com um conjunto habitacional, que estava programado para ser demolido para expandir o aeroporto de Atlanta. O governo estatal comprou as casas e colocou-as em leilão para construtoras locais, que planeavam resgatar os materiais de construção. Acontece que a empresa vencedora não conseguiu fazer o pagamento a tempo, então a Cannon interveio e comprou as casas que destruíram no filme por cerca de 7 mil dólares cada. Além disso, conseguiram obter uma licença das autoridades locais para equipá-las com explosivos. Para um filme que foge a sete pés da realidade, esta cena devolveu-o com eficácia ao mundo real.
Infelizmente, parte do realismo de “Invasion USA” teve um custo. Ao filmar uma cena onde os terroristas deveriam derrubar a entrada de uma garagem com explosivos, as cargas explodiram a porta de aço, e atiraram estilhaços quentes para cima do duplo Max Maxwell, que estava sentado numa mesa a quase 20 metros de distância. O impacto fraturou o seu antebraço e causou várias lacerações na cara e membros. A cena em que Maxwell foi ferido pode ser vista no filme. Na Flórida, houve uma colisão de cinco carros quando o comboio de camiões dos terroristas colidiu enquanto saía do local de filmagens, no qual um motorista ficou ferido.
Toda a ação e destruição do filme são acompanhadas pelo banda sonora do compositor Jay Chattaway, que também compôs as bandas sonoras para a Cannon de “Missing in Action” e “Braddock: Missing in Action III”, bem como clássicos de culto não relacionados com a Cannon, como “Maniac” de 1980 e “Maniac Cop” de 1988.
Enquanto isso, no filme, Matt Hunter faz algumas diligências à vida local para ver se localiza o esconderijo do líder terrorista. Ele segue o rasto de um dos tenentes de Rostov na sala dos fundos de um clube de strip decadente, e espeta uma faca na mão do malandro para dolorosamente sacar algumas informações dele. Quando um dos corpulentos seguranças do clube aparece para acabar com aquela algazarra toda, Hunter brinda-nos com uma das frases mais Chuck Norris do que o próprio Chuck Norris já escutadas em cinema, e umas das melhores one-liners de todo o sempre. Ele vira-se para o segurança e diz: “Vou-te bater tanto com a minha direita, que vais implorar por uma esquerda.” Norris criou esta frase sozinho e ficou tão orgulhoso da sua criação, que pisca o olho sorrateiramente às suas tendências políticas, que os cineastas deixaram-no usá-la. É azeiteira, claro! Mas também é um ajuste perfeito para ele e uma lembrança de que ninguém além de Chuck Norris poderia fazer isso como ele faz.
Quando se vê incapaz de arrancar mais alguma informação útil, Hunter deixa o tenente terrorista com uma mão presa a uma mesa com uma faca e a outra a segurar uma granada, que eventualmente e apenas depois de Hunter estar em segurança, explode.
Noutro lugar, o reinado do terror continua. Num momento, dois polícias falsos disparam contra um grupo de pessoas numa festa de dança latina. Um deles é interpretado pelo ator nipo-americano James Pax, que faz aqui a sua estreia em Hollywood. Ele depois apareceu como um dos três tempestades em “Big Trouble in Little China” de 1986 de John Carpenter, e no menos famoso “Kinjite” de J. Lee Thompson para a Cannon de 1989, no qual contracena com Charles Bronson.
Outro grupo de bandidos tenta explodir um shopping apinhado de gente na época de Natal, apenas para ter os seus planos frustrados pelo nosso super-herói que não usa capa, mas veste-se de ganga da cabeça aos pés, Matt Hunter. O que se segue é a exibição mais extravagante de destruição de shoppings deste “The Blues Brothers” de 1980.
Enquanto os terroristas abrem fogo contra pessoas inocentes, Matt Hunter dirige a sua pick-up que gasta 50 litros aos 100 pela parede adentro do prédio. Pareçe que o nosso super-herói, apesar de não usar capa, possui uma visão raio-x! Como é que ele sabia que os bandidos estavam ali? Como é que ele conseguiu não atropelar nenhum civil? Vamos atribuir isso a Magic Chuck, ou Super-Chuck, como preferirem!
Após atropelar alguns dos gandins fortemente armados, Matt Hunter salta da sua pick-up para eliminar mais alguns com um par de Micro-Uzis que carrega consigo. Enquanto isso, o bandido encarregado da operação consegue fazer uma ligação direta numa outra pick-up que estava em exibição e tenta atropelar Hunter, mas o nosso herói salta para o lado e consegue agarrar-se à porta, e dá uns murros valentes no bandido enquanto seguem um caminho de destruição pelo shopping fora. Não escapa quase nada à onda de devastação provocada por uma pick-up desgovernada.
 À semelhança do que aconteceu com o subúrbio, que foi destruído algumas cenas antes, os produtores conseguiram encontrar um shopping relativamente perto dos locais de filmagem, o Avondale Mall, que estava parcialmente fechado para obras. Como os donos do shopping planeavam destruir e redesenhar toda aquela ala de qualquer maneira, a produção pediu permissão para destruir a entrada principal e um monte de lojas, incluindo uma loja das Sears fechada. 
Como o shopping já estava vazio, a equipa teve que redecorar o local. Eles encheram as lojas vazias com merdiçes e montaram as gigantescas ‘vitrines’ natalícias.
A Cannon inicialmente opôs-se ao fato de o filme ser ambientado na época do Natal, já que o custo e o tempo adicional necessário para a montagem do cenário com as luzes, as árvores de Natal e assim por diante, aumentaria consideravelmente, uma vez que o filme foi rodado durante os meses de verão. A equipa de produção acabou por levar a melhor, e as decorações de Natal tornam as ações dos vilões ainda mais sinistras.
Os terroristas em fuga conseguem sacudir o nosso herói da pick-up no estacionamento do shopping, mas Matt Hunter rapidamente toma as rédeas de um Ford Mustang propriedade de uma jornalista freelancer interpretada por Melissa Prophet, uma ex-Miss Califórnia que por acaso está onde quer que haja algo de terrorista.
Quando o tenente de Rostov o informa que Matt Hunter ainda está vivo, o senhor terrorista executa o seu movimento característico e atira na zona reprodutora do pobre lacaio. Os seus homens seguem com as suas ordens de espalhar o caos por todo o país com medo de levarem eles também com um tiro na pila!
Infelizmente para eles, mas felizmente para a América, Chuck Norris. . . Matt Hunter … está de alguma forma vários passos à frente deles, e aparece onde quer que estejam, bem a tempo de impedir qualquer judiaria maligna e mortal planeada. Quando eles tentam explodir uma igreja, Matt Hunter aparece para religar a bomba e devolvê-la aos terroristas.
Ele diz uma frase previsivelmente pastelona antes de lhes atirar a mala explosiva… “Não funcionou? Agora vai funcionar.” BOOM!
Quando eles colocam uma bomba num autocarro da escola cheio de crianças, Matt Hunter está lá para retirá-la e recolocá-la no veículo dos bandidos… “Perderam isto?” BOOM!
Quando eles atacam uma multidão reunida do lado de fora de uma mercearia, acontece que Matt Hunter está perto o suficiente para encostar e acabar com os homens armados e aqui temos de presumir que Hunter voltou ao shopping destruído para recuperar a sua pick-up, porque ele anda com ela durante o resto do filme.
Matt Hunter é a equipa de um homem só a destruir terroristas. Por mais terríveis que sejam as suas ações, quase começamos a sentir um pouco de pena destes malfeitores de merda, pois eles não conseguem realizar nem um bocadinho de terrorismo sem que Chuck Norris apareça instantaneamente para lhes mijar em cima e nos seus planos terroristas.
Não importa o quão indiscriminada ou absurda seja a ação, Hunter de alguma forma sabe exatamente onde os bandidos estão quando lançam os seus ataques. Como raios faz ele isso? Magic Chuck mais uma vez…
No entanto, um super exército de um homem só não é suficiente para parar centenas de terroristas espalhados por toda a nação, e Hunter reconhece perfeitamente isso, e, nessa altura ele planeia o passo seguinte.
Mais tarde naquela noite, enquanto está deitado na cama de um quarto de hotel rasca, a mascar chiclas e a assistir à transmissão de “The Earth vs. The Flying Saucers”, o FBI arromba a porta para prendê-lo. Rostov recebe as boas novas pela televisão sobre a prisão de Hunter, que curiosamente inclui o local exato onde as autoridades o mantêm preso.
Num ato irresponsável provocado pela forte ereção que teve ao ver a notícia, Rostov desvia todo o seu exército para eliminar Hunter de uma vez por todas!
O filme termina no centro de Atlanta, onde a produção encenou o que foi, até à altura, a maior cena de batalha jamais filmada numa cidade americana. A cena foi filmada com a total cooperação da Guarda Nacional, que emprestou seis tanques, seis veículos blindados, dez camiões de duas toneladas e meia e dezasseis jipes para as filmagens. Eles também emprestaram armas automáticas reais para equipar os extras, que foram obrigados a entregar as suas cartas de condução em troca das perigosas armas de fogo.
O súbito aparecimento noturno de veículos blindados e centenas de soldados armados no centro de Atlanta, compreensivelmente afligiu alguns dos hóspedes internacionais hospedados no hotel Ritz-Carlton mesmo ali ao lado, que não foram informados sobre as filmagens e pensaram estar a testemunhar um golpe militar.
Na cena, as tropas reúnem-se enquanto os helicópteros lançam panfletos sobre a cidade, a pedir aos cidadãos que fiquem dentro das suas casas e permaneçam seguros. Geralmente, a produção teria imprimido panfletos com uma mensagem do tipo “A Cannon Films agradece por nos deixar filmar na sua bela cidade”, ou simplesmente deixar os papéis em branco, mas alguém no departamento de adereços achou boa ideia imprimir os panfletos com a mensagem de aparência oficial que vemos no filme, afirmando que “um toque de recolher do anoitecer ao amanhecer entra em vigor imediatamente e durante o atual estado de emergência”.
Milhares deles foram espalhados pelo centro de Atlanta, com um efeito previsivelmente desastroso. Tiveram que ser feitos anúncios na televisão e na rádio a esclarecer que os panfletos não eram reais e faziam apenas parte da rodagem de um filme.
O próprio Norris ficou pessoalmente chateado ao saber que duas velhinhas se esconderam dos invasores fictícios num porão por vários dias após encontrarem um dos panfletos.
Mas voltando ao clímax do filme! Camiões cheios de terroristas invadem o complexo no centro de Atlanta, onde Rostov acredita que Hunter está detido, apenas para encontrá-lo vazio e perceber que foram enganados. Em vez de Matt Hunter, os bandidos vêem-se cercados e encurralados pela Guarda Nacional. Logo Matt Hunter, tão livre quanto uma gaivota, enfrenta uma pequena equipa de vilões de elite, liderada pelo próprio Rostov. Toda essa sequência de ação, dentro e fora do prédio, é tiroteio e pirotecnia ininterruptos.
Para os fãs de ação, é inegavelmente satisfatório. A coisa toda termina com Hunter e Rostov a enfrentar-se, mano a mano, com lança rockets M72 LAW. Hunter vence, naturalmente, estoirando as entranhas e partes do corpo de Rostov pela janela de um escritório… “Está na hora.” BOOM! e os créditos rolam!
“Invasion USA” estreou em primeiro lugar nas bilheteiras dos Estados Unidos no último fim de semana de setembro de 1985, ultrapassando “Back to the Future” na sua permanência de nove semanas consecutivas no topo dos filmes mais vistos e foi ainda mais bem-sucedido no circuito de home video tornando-se, por uns tempos, o segundo filme mais popular na MGM depois de “Gone With The Wind”.
O filme, arbitrariamente patriótico e pró-norte-americano, até se saiu muito bem nos mercados internacionais. Tudo isso, apesar do fato de os críticos contemporâneos odiarem o filme.
Houve críticos que disseram que se tratava de “um thriller idiota com danos cerebrais, que nem sequer era mau o suficiente para ser ridículo”. Outros criticaram o desempenho de Norris ao afirmar que “embora a maioria do seu rosto estivesse obscurecido pela barba, ainda seria possível detetar uma completa falta de expressão”, acrescentando estranhamente que “até os seus olhos pareciam vazios e vidrados, como os botões do rosto de um ursinho de peluche”.
Outros ainda o criticaram por ser simplesmente uma desculpa para violência ininterrupta e gratuita. Alguém disse que “haviam tantas explosões no filme que alguém conseguiria ler um livro num cinema às escuras”, tendo acrescentado um pontapé nos tomates dos devotos fãs da popular estrela de ação com um “não que os fãs de Chuck Norris estejam interessados em leitura”.
 Mas no que diz respeito à Cannon, “Invasion USA” foi outro grande sucesso da sua estrela de ação mais famosa. Os fãs da Cannon também não se devem importar com essas críticas.
“Invasion USA” tenta ser um “Red Dawn” ainda maior, mais violento e mais divertido, sem todo o drama desnecessário e a angústia adolescente. Os cineastas criaram habilmente um filme que se adapta perfeitamente a todos os pontos fortes e limitações de Norris. Eles sabiam perfeitamente que o público apenas via filmes de Chuck Norris para vê-lo dar porrada e não para vê-lo lamentar-se da morte de um parceiro de maneira pouco convincente ou namorar rigidamente uma atriz mais jovem.
Norris também percebeu isso e afirmou na altura que costumava ir ver os seus filmes ao cinema para ter uma ideia do que o público gostava e não gostava, e apercebeu-se desde muito cedo que não gostam de o ver em cenas de amor! Preferiam vê-lo como um espírito livre e rebelde, um solitário, um gajo que lida com todas as adversidades que encontra ao despachar os vilões da maneira mais criativa possível.
”Invasion USA” pula de uma emocionante cena de ação para a próxima como se não houvesse amanhã enquanto encontra maneiras, umas após as outras, para se livrar dos bandidos com imaginação.
É episódico? Claro, um pouco! Sempre que Chuck leva a sua pick-up para algum lugar, ele mata todos os terroristas e segue para outra matança. Para quê estar a perder tempo a tentar explicar e justificar demasiado as coisas? Sabemos que os bandidos do filme são realmente bandidos da pior espécie desde o momento em que disparam sobre um barco cheio de famílias de imigrantes, e esses sentimentos são reforçados todas as vezes que matam mais pessoas inocentes. Tudo o que o público realmente quer é vê-los morrer das maneiras mais retorcidas e cruéis às mãos vingativas de Matt Hunter, seja pelos seus pés, pelas suas Uzis, granadas, lança rockets, etc.
O escritor James Bruner explicou que cerca de meia hora do filme foi cortada, incluindo histórias de fundo para os vilões e cenas onde a personagem de Melissa Prophet essencialmente narrava o ataques terroristas para assim conectar as muitas sequências de ação do filme.
Whoopi Goldberg foi a escolha pessoal de Norris para interpretar a repórter, e ele sugeriu-a para o papel após vê-la quando ainda era uma atriz desconhecida numa peça a solo. Zito e a Cannon acabaram por escolher Prophet e Goldberg acabou por ir para ”The Color Purple” de 1985, com uma atuação que lhe valeu uma nomeação para o Oscar de Melhor Atriz.
Embora a inclusão dessas cenas perdidas pudessem muito bem ter tornado o enredo de “Invasion USA" mais coeso, a sua exclusão torna o filme mais Chuck Norris.
Conforme lançado, o filme tem à volta de 110 minutos, vinte minutos a mais do que o filme padrão de Cannon, mas sem um momento lento durante o filme todo. É fácil ignorar os “plot holes” quando a ação é tão exagerada, bombástica e ininterrupta. Na sua essência, “Invasion USA” é o protótipo do veículo de ação de Chuck Norris, mas este foi feito numa escala muito maior do que qualquer um dos seus restantes filmes, com exceção de “The Delta Force” de 1986.
Os efeitos práticos e pirotécnicos continuam fantásticos, mesmo para os padrões atuais. O filme foi filmado com 12 milhões de dólares, um orçamento considerável para uma produção da Cannon. Sabemos que um milhão foi para a estrela barbuda de 45 anos do filme e pelo que parece, pelo menos outro milhão de dólares foi provavelmente gasto em explosivos e traquitanas extra. A equipa foi ainda capaz de ampliar ainda mais o valor da sua produção por meio de pesquisa de localizações ao encontrar prédios reais que poderiam destruir e explodir à vontade. Isso deu ao filme uma aparência mais real que simplesmente nunca iriam conseguir captar se apenas os construissem de raiz, o que era impossível dado o orçamento.
A equipa de efeitos especiais veio para “Invasion USA” diretinha de “Day of the Dead” de George Romero a pedido do realizador Joseph Zito, com quem Tom Savini já havia trabalhado em “Sexta-Feira 13 : O Capítulo Final de 1984”. A sua equipa incluiu o futuro vencedor do Óscar Howard Berger, que trouxe para casa a estatueta dourada pelo seu trabalho em “The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe” de 2005 e trabalhou em títulos tão variados como “Army of Darkness” de 1992, “The Green Mile” de 1999 e “Inglorious Basterds” de 2009. Greg Nicotero também andou por lá, e ficou mais conhecido pelo seu trabalho na série de TV “The Walking Dead” e derivados.
Savini, é claro, já havia conquistado o seu status de lenda do terror em filmes como “Dawn of the Dead” de 1978, “Friday the 13th” de 1980, “Maniac” também de 1980 e “Creepshow” de 1982. Ele também trabalhou em “Maria's Lovers” de 1985 e “Texas Chainsaw Massacre 2” de 1986 para a Cannon, e realizou o remake de 1990 de “Night of the Living Dead” para a 21st Century Film Corporation de Menahem Golan.
O coordenador de duplos Aaron Norris continuou a subir na hierarquia e realizou três filmes para a  Cannon interpretados pelo seu irmão Chuck, “Braddock: Missing in Action III” de 1988, “Delta Force 2” de 1990 e “The Hitman” de 1991, bem como “Platoon Leader” de 1988 com Michael Dudikoff.
Uma sequela foi escrita para a Cannon pelo argumentista James Booth, mas Norris não se mostrou interessado em regressar à personagem quando o leu. Esse argumento foi filmado por Sam Firstenberg como “Avenging Force” em 1986 com Michael Dudikoff no papel de Matt Hunter, mas fora o nome do seu herói, os dois filmes não tinham nenhum tipo de relação entre si. 
Enquanto isso, Joseph Zito foi recompensado pelo seu sucesso com “Invasion USA” ao ser designado para o malfadado, mas fortemente promovido filme do Homem-Aranha da Cannon, um filme no qual ele trabalhou cerca de um ano antes de desistir e que acabou por nunca ver a luz do dia. 
“Invasion USA” é Chuck Norris no seu melhor.
Obrigado por terem visto e bons filmes para todos.
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momo-de-avis · 3 years ago
Note
uma das coisas mais frustrantes para mim com o la la land nem é o facto de ser um mau filme, há filmes péssimos a serem feitos todos os dias. o pior é ter sido tão aclamado e tanta gente ter adorado apesar de ter sido objetivamente tão mau lol tipo o que é que tanta gente vê neste filme que eu não vejo. a segunda coisa mais frustrante é que poderia ter tão facilmente sido um filme decente se os atores principais não fossem aqueles dois, bastava isso para tornar tudo muito mais tolerável, mas enfim
SIM, é ISSO que me tira do sério. Tratam aquela MERDA como se fosse uma obra de arte quando objectivamente tem um guião genuinamente de principiante. Tipo, o guião é tão mas tão básico, tão insípido e sensabor mas as pessoas, eu não sei se a malta em hollywood anda a enfiar Marvel pela guela abaixo há anos a mais e já está a ficar completamente dormente, mas foram todas enganadas com o final de "afinal, os protagonistas não ficam juntos" e tomaram isso como um plot twist que supostamente deveria estar entrelaçado na temática toda do filme PORQUE ESTÁS A VER, É SOBRE PESSOAS A SÉRIO
Eu estimo que as PeSsOaS A sÉrIo se fodam porque aquele filme é mais inconsistente que as merdas que escrevia nas margens dos meus manuais de Físico Química com 12 anos.
Uma das cenas mais inconsistentes do filme é a narrativa toda -- que é sensivelmente 70% do filme e deveria ser tipo MUITO menos -- de quando a Mia e o Sebastião se juntam e se dá o super previsível conflito de Actriz Falhada Tem de Lidar com o Sucesso do Marido. É tão inconsistente que o Chazelle criou cenas de uma mulher em casa, à espera que o namorado regressasse das suas tournés de sucesso ao lado do John Legend, mas tão entrusada naquela ideologia visual dos anos 50 que o Chazelle esgalhou o pessegueiro pra criar, que sem querer criou uma merda carregada de sexismo subreptício.
Temos a nossa Mia de sainha rodada e sapatinho de fivela a dança com tipo um aspirador??? Toda chateada porque o namorado não lhe liga nenhuma? E o que é mais gritante e frustrante é que normalmente, neste tipo de histórias (caralho, basta ver qualquer biografia de qualquer vedeta de Hollywood) há sempre um contraposto entre o talento da actriz e os papéis que ela desempenha (aquela prova de "não existem pequenos papéis, só pequenos actores") mas o filme genuinamente não te mostra UM EXEMPLO de que esta gaja vale um chavo. Esta banana anda por aí a fazer peças pseudo-intelectuais de MERDA onde vão três macacos pingados comer cheetos e cagar o chão. E MAIS NADA. O filme está tão focado em querer DIZER mas não MOSTRAR que o Sebastião é o Jimi Hendrix dos tecados de Jazz (LOL) que é só pussy a alinhar-se à porta dos concertos do méne... e a pobre da Mia, em casa, nas suas roupinhas de há cinquenta anos, a chorar o seu falhanço de carreira
e do NADA a gaja saca de uma carreira em Hollywood????? Ao lado de um gajo todo grosso, estrela de cartaz, mega famoso???
Literalmente este gajo quer-me contar a história de "amiga, acredita nos teus sonhos" e em vez disso contou-me a história de "chupa a pila certa que chegas ao topo" epa Chazelle come-me o cu
É tão óbvio que o gajo se projectou no Sebastião (dois filmes sobre Jazz até àquele momento, ambos focados numa temática de homem branco salva jazz... mano desiste, vá lá crl, é um insulto da piça porque a história do Jazz é TÃO rica, foda-se, e tem a opnta da gaita a ver com LA, o jazz nasceu em Nova Orleães crl), não me admirava nada que a Mia fosse uma projecção de uma chama perdida qualquer
aquele gajo precisa de terapia foda-se
Como é que trataram este filme como se fosse uma obra de arte, zé? Genuinamente, eu andei numa escola profissional onde tive de aprender tanta merda técnica sobre guionismo e fazer cinema, e aquele filme tem coisas que se eu apresentasse aos meus formadores, não é que me dissessem que estava mal, mas tinham-me dito imediatamente que era... básico. É textbook. É seguro. Todo o La La Land é uma criação de um miudo acado de se graduar na NYU que leu um manual qualquer americano sobre fazer filmes (daqueles mesmo de MERDA que ninguém aconselha) e que fez todas as jogadas seguras sobre como fazer um musical.
Por outro lado o louvour que aquele monte de esterco recebeu é uma lição sobre privilégio porque o Moonlight estava MESMO ALI e é um filme com tipo metade do orçamento, lindíssimo e como eu disse no outro ask, daqueles filmes onde se vê em TODOS OS PLANOS o amor que o realizador meteu nele. Que foi feito com tanta dedicação, carinho e amor à camisola. E o La La Land é... a aposta segura, basicamente. É tipo um bife sem tempero.
QUE PIÇAS é que o Chazelle mamou pra conseguir o que conseguiu
ao menos nunca vão conseguir eliminar do meu coração o momento em que o produtor do filme berrou nos óscars "PESSOAL ENGANÁMO-NOS O OSCAR DE MELHOR FILME É PRO MOONLIGHT" e o olhar sorumbático do Chazelle lá atrás..... zé....
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luvstogui · 4 years ago
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inicio ?
Qual seria a graça da minha vida? Qual seria, então, o motivo que levaria alguém a se interessar a abrir uma página seja no tumblr no twitter ou em qualquer outro canto da internet que serviria de plataforma para que eu pudesse publicar regularmente séries de citações, textos dentro ou fora de contextos, pequenos ou extensos, com a gramática correta ou que faria uma professora chorar, mas que ainda assim atraísse olhares, ou melhor dizendo, engajamentos no meu perfil?
Comentários de pessoas dispostas a pensar comigo, ou curtidas de quem apenas talvez se identificou ou achou interessante alguma frase ou trecho escrito por um garoto de 16 (quase 17, se isso importa) anos que espera encontrar acolhimento e quem sabe talvez alguma amizade, mas principalmente, um pequeno ‘’quarto’’ onde o mesmo possa descarregar a imensa bagagem de várias e várias reflexões, ou quem sabe inseguranças, entre outras coisas que circulam 24 horas por sua mente. 
O ponto é, se é que ele existe o que é mais que improvável, pois com 16 (/17) anos normalmente não se há muitas concretizações relevantes o suficiente pra servirem de base para o seu sucesso, seja ele profissional ou social ou até auto realizador. A não ser que você queira que a conquista da sua vida seja baseada em coisas como ser bom em montar packs, lettering, tocar algum instrumento ou ser especialista em filmes cult. Ou ter um perfil de desabafo no tumblr. Não querendo dizer que você possa viver ou criar somente uma coisa legal na sua vida, e não que esses exemplos citados sejam inferiores a qualquer outro tipo de realização mas, considerando a ideia de que se estivéssemos a todo momento de vivência inconscientemente escrevendo nossa auto biografia, aos 17 anos você provavelmente não terá muitas opções de feitos além destes e, talvez sem saber decidir ‘’corretamente’’ qual deles você realmente acha interessante de se ter nas páginas do livrinho de bolso da sua vida, não seria muito legal olhar pra trás e sentir uma profunda vontade de esconder o rosto lembrando das coisas que você uma vez disse ou fez quando ainda era um adolescente desocupado e ansioso. Mas é o que normalmente acontece, certo? Então talvez tudo bem. 
Mas o ponto mesmo é que, eu acho, eu lia muito quando era criança. O bullying e a superproteção da mãe solteira, além de vários outros fatores ainda inexplorados nas sessões de terapia, serviram de impulso para que eu me afundasse nos livros. Era realmente habilidoso em saber onde se encontravam os livros da biblioteca, e quando pensava em ler algum gênero ou autor, sabia exatamente em que sessão e prateleiras ir. Hoje em dia eu procuro ter mais contato pessoal com outras pessoas. Descobri que me sinto bem dentro de conversas, sejam elas reflexivas sobre a vida ou fofocas de colegas, mesmo que eu mesmo não fale muito. Certo, pelo menos nos últimos 2 anos talvez tenha sido assim, e até continue sendo quando chegar o dia que as coisas voltem ao normal. 
Veja bem, é outubro de 2020 e ainda estou preso dentro de casa. Acabei me afastando muito das pessoas mas, parando pra pensar, isso começou ainda antes da quarentena (uma das palavras de não aguento mais ouvir nem falar). Talvez antes mesmo de eu ter reprovado o ano, e ainda antes de ter começado a namorar e dedicar 90% do meu tempo e disposição unicamente e exclusivamente ao meu namorado. 
Na verdade, acho que a vontade e a coragem de interagir com os outros e o sentimento de me encontrar à parte de todo o resto do mundo aconteciam simultaneamente. Me lembro claramente de vezes que automaticamente meus pés me dirigiram até o banheiro da escola (limpo. Posso criar todo um cenário de fundo para meus momentos de crise e solidão ao mesmo tempo em que me preocupo em não pegar alguma doença. Afinal, para mim preocupação comigo mesma, seja relacionado aos meus defeitos ou meu próprio bem estar em certos aspectos físicos, nunca é preocupação demais) onde eu ficava por alguns minutos sentindo o chão gelado (novamente, limpo) e ouvindo os passos de quem chegava enquanto procurava por um momento tentar talvez me acalmar, reorganizar meus pensamentos e sensações e dizer pra mim mesmo ‘’isso é real. isso está acontecendo’’ ou então ‘’tá tudo bem. você tá legal’’ ou mesmo só aproveitar o silencio e a calmaria de não ter que pensar tanto no que dizer ou em como agir para transmitir aos outros meu sincero desejo de me tornar amigo, enquanto mostro como posso realmente ser uma pessoa legal, seja lá o que isso signifique.
E então, logo depois esse pequeno momento meu, e só meu, voltava a meus diálogos e e interações normalmente, como se a pouco tempo eu não tivesse precisado me retirar do ambiente tão agitado por um momento pra talvez recuperar minhas forças e continuar a viver como alguém socialmente aceitável nas rodinhas de amizade. 
Acho que tudo bem em viver assim, pois tanto vale a pena lembrar de mim mesmo naquela pequena cabine quanto é uma boa sensação ver abrirem um espaço para mim quando eu volto bem ou nem tão disposto assim, mas na companhia de quem me deixa um pouco mais tranquilo quanto as tantas inseguranças. 
A questão é que eu parei de ler tanto quanto antes. Ainda visito a biblioteca mas não passo tanto tempo lá. Primeiro porque o frio do ar condicionado passou a me incomodar (descobri também que eu prefiro o calor e o ar livre). Segundo que eu procuro ler os livros emprestados no espaço de tempo que tenho entre as aulas e os momentos em que não estou acompanhando uma conversa, que não são muito frequentes, mas acontecem quando estou no ônibus por exemplo, mas acaba que demoro bem mais a terminar um livro do que antes, se é que consigo terminar. 
De qualquer forma, conhecendo novas palavras através de diálogos e pesquisa e juntando isso com todas as redações do fundamental que, quando eu estava inspirado, passava o limite de linhas da folha, atualmente eu posso considerar talvez que eu saiba como escrever bem. Ou pelo menos de forma aceitável. E essa acaba sendo a melhor ou talvez única forma que eu encontrei de falar sobre tanta coisa que sinto vontade de dizer e não consigo evitar, de um jeito que eu não lote a caixa de mensagens de alguém e diminua as chances de perder uma amizade simplesmente por pensar demais. 
Mas então, finalmente, a pergunta chave que vai encerrar este post e cortar por talvez alguns dias (ou horas) essa enxurrada de pensamentos, além de mais importante: acabar com minha dor nas costas de tanto tempo ficar sentado na frente do computador.
Por que você leu tudo isso até aqui? 
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official-portugal · 6 years ago
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@shadowpiranha: Eu não quero de todo dizer mal de produções nacionais. Ainda bem que se fazem.
MAS
a) Quando ELE apareceu com aquela caracterização eu ia morrendo e o meu namorado engasgou-se no meio da sala de cinema
b) Acham que ele plagiarizou isto também? (I’m not bitter)
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what the fUCK
1. não tenho respeito absolutamente NENHUM por realizadores ou actores ou o caralho que arranjam um elenco 100% português e os obrigam a falar inglês porque ‘ah é pra vender!!!!’ não, fode-te. Se é bm, chega lá fora. Preocupa-te com a qualidade, isto é só lamber cu a hollywood a ver se pega. Metam legendas, dobrem, o que quiserem. Mas obrigar os actores a falaram um inglês manhoso como aquele (que tem aquele travo a português que se nota a MILHAS) e depois meterem legendas manhosas (”what do you want” = “o que procuras” ??????????) só para ver se o Spielberg sai da gruta e vem cá ver esta merda é só mesmo lamber cu a hollywood (lembram-se quando o Leonel Vieira fazia isto??). Isto é tipo pessoal que se recusa a cantar música na eurovisão noutra lingua sem ser ingles com medo que nao se perceba ou nao tenha sucesso, FODA-SE eles que traduzam.
2. Se vais fazer um filme de survival numa ilha, e como português que és, vais aos açores, por amor de deus, ESCOLHE outro sítimo menos intagramável que a ilha do pico e a lagoa das sete cidades. Opa “YOU ARE BEING DROPPED ON THIS ISLAND” [establishing shot do pico] ??? Nem sequer é por ser reconhecível, é por ser filmado da mesma maneira 700 vezes. Os açores têm nove ilhas e vão sempre à mesma
3. NÃO É NADA A ESTÉTICA DO HUNGER GAMES, NOPE.
4. Quando falaste na caracterização, nÃO ESTAVA À ESPERA DESTA MERDA KJEHFSKDFJG
5. 
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what the fuck is this
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bloglopesca · 2 years ago
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CINEMA Eu Sou a Lenda Eu Sou a Lenda (I Am Legend) Realizador: Francis Lawrence Actores: Will Smith, Alice Braga, Charlie Tahan, Willow Smith Ano: 2007 Idade: M/12 Género: Acção / Drama / Fantasia / Ficção Científica / Thriller Distribuidora: CTW País de Origem: EUA SINOPSE Chamo-me Robert Neville. Sou um sobrevivente que mora em Nova Iorque. Se estiver gente por aí... seja quem for. Por favor. Não estão sozinhos. Robert Neville (Will Smith) é um brilhante cientista, mas nem mesmo ele foi capaz de conter o terrível vírus que era imparável, incurável e criado pelo homem. Por algum motivo imune ao vírus, Neville é agora o último ser humano sobrevivente do que resta da cidade de Nova Iorque e, talvez, do mundo. Durante três anos, Neville enviou incessantemente mensagens diárias via rádio, desesperadamente à procura de outros sobreviventes que pudessem ter resistido. Mas ele não está sozinho. Mutantes vítimas da praga – Os Infectados – espreitam na sombra... observando cada movimento de Neville, à espera que ele cometa um erro fatal. Sendo talvez a derradeira e melhor esperança da humanidade, Neville é apenas impelido por uma derradeira missão: descobrir um modo de inverter os efeitos do vírus, utilizando o seu próprio sangue imune. Mas ele sabe que está em inferioridade numérica... e o seu tempo está rapidamente a esgotar-se. 7arte / Imdb / Os piores Críticos do Mundo - Eu sou a lenda OPINIÃO 2008-01-02 Fui ver, não é para corações fracos pois é Super violento. Assustei-me imenso mas pelo menos fiquei quentinha :) Achei muito boa a representação do Will Smith, achei a ideia interessante e gostei dos cenários mas... Há sempre um mas...Não gostei dos seres raivosos pouco convincentes. Os do 28 dias estava melhor caracterizados. Além de serem raivosos eram Hiper fortes :( #LopesCa #LopesCaOpiniaoFilme #Entretenimento #Filme #Cinema #Opinião #Diário http://lopesca.blogspot.com/2008/01/cinema-eu-sou-lenda.html ►Like/Gosta◄ https://www.facebook.com/photo.php?fbid=443158681156167&set=a.143408627797842&type=3
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cinebeatriz · 4 years ago
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Herman J. Mankiewicz
Enquanto fã incontornável do filme de Orson Wells, CITIZEN KANE (1941), ainda mal se falava de Mank (2020), a cargo de David Fincher, e as minhas expectativas já eram para lá de elevadas. Porém, depois de o ver, eis que chegou a desilusão. Aliás, este ano, Mank não é o primeiro filme que me leva a esse estado de espirito, mas já lá chegaremos. 
Talvez por crise geral de ideias, ou simplesmente porque sim, tem sido prática recorrente pegar em grandes obras do cinema e explora-las sob outros pontos de vista, ao nível do backstage ou da criação, numa espécie de documentário. Esse é o mote de Mank, e também o do filme que, ainda não começou a sua produção, sobre o The Godfather (outro GRANDE filme). 
Mas, retomemos Mank. 
O intuito de Mank é contar a história do processo criativo de um dos argumentos mais eletrizantes e bem construídos (atrevo-me a dizer, de sempre) pelo seu verdadeiro autor, Herman J. Mankiewicz. 
Confuso? ok. Então, retomemos Citizen Kane. 
CITIZEN KANE, considerado por muitos o melhor filme de sempre, talvez ali taco a taco com 2001:Odisseia no espaço (1968) de Kubrick, segue a cobertura mediática da morte do magnata dos jornais, Charles Foster Kane que aquando da sua morte, profere uma única palavra: Rosebud. Muito se especula sobre o significado da palavra, se se trata de uma amante, de um local, de um amigo ou familiar e que no fim se descobre (Spoiler alert), se tratar de um trenó associado a uma memória feliz de infância, onde já Fernando Pessoa dizia, ser o estado puro e inocente do nosso Ser. Portanto, está-se perante um guião simples, plenamente construído sob a alçada de uma realização de mestre, interpretações brilhantes, uma fotografia excecional e enfim, um filme magnifico alvo de estudo e exemplo por cinéfilos. 
E embora Orsen Wells tenha os créditos de ator, realizador e argumentista, neste cargo em parceria com Mank, na realidade, ele não foi responsável pelo guião. O que aconteceu é que foi encomendado um guião a Mank (argumentista conhecido de Hollywood na altura), no qual este concordou não assinar o projeto. Porém, com o passar do tempo, começou a gostar tanto daquilo que escreveu que decidiu obrigar Orsen Wells a incluir o seu nome nos créditos. Mank, conta essa história, todo o processo criativo de um guião fascinante, bem como todas as reviravoltas e vida de excessos do seu verdadeiro autor. 
O filme, a cargo de um realizador versátil repleto de sucessos como Seven, Gone Girl ou  The Social Network, traz para a Netflix, este seu novo filme a preto e branco e com um elenco de luxo, Mank. 
Gary Oldman é Mank, e embora tenha feito um papel interessante, não é o mais marcante da sua carreira bem estruturada. Aliás, estava à espera de mais relativamente ao seu desempenho, e dececionei-me, nem sei muito bem explicar o motivo. 
Em contrapartida, Amanda Seyfried, num papel secundário, desempenha o papel da icónica Marion Davis e tem “O” desempenho do filme, sendo mesmo a personagem mais interessante não só do filme, mas também da carreira da atriz. A essência estava lá toda, no olhar e na expressão corporal, numa frescura que me surpreendeu verdadeiramente. Por vezes, acabam por ser os atores secundários a serem indissociáveis do filme. Lembro-me em Once Upon a Time in Hollywood, o ator Brad Pitt ter desempenhado a personagem perfeita do filme, em semelhantes circunstâncias, o mesmo se passa em relação à Amanda em Mank. 
De resto, há boas interpretações, mas o maior destaque do filme, está no aparato técnico. Visualmente é um filme lindo, onde o preto e branco foi muito bem trabalhado, onde o guarda roupa está irrepreensível e onde a fotografia e a realização se consagram os verdadeiros vencedores. 
Pecou por uma história longa sem grande ritmo, na qual pela primeira vez, em muito tempo, senti a necessidade de ver quanto faltava para terminar. Ainda assim, é uma boa oportunidade para conhecer uma história paralela onde para os fãs de Citizen Kane, não faltam, inevitavelmente, referências e curiosidades. 
Sem dúvida não será o melhor filme do ano ou daqueles que ficarão na história, porém dentro daquela que é a oferta num ano peculiar, não só tem recebido algumas distinções como ainda poderá ganhar alguns Oscar. 
Para já, o filme conta com 6 nomeações nas principais categorias dos Golden Globes 2021. 
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