#né ladeiras
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Salvé Maravilha - Banda do Casaco (1982)
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Né Ladeiras, Sonho azul I Essência, 1983
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as vezes eu paro e penso o quanto o harry,se tudo isso fosse vdd, seria uma red flag de homem né kkkkk além da família ser também,passaram 2 anos ai paparicando a cabeçuda e já tão aí passando a mão na cabeça de homem de +30 anos graças a deus nao gosto/beijo homens 💀🙏🏻
sim, sempre penso nisso
#os dois né kk podres#1 larga da namorada de anos pra no mês seguinte engravidar outra e depois cagar pra ela e começar a namorar OUTRA#e trata a mãe do filho como merda depois volta com a ex e continua tratando todo mundo como lixo pra depois terminar novamente e logo#em seguida ser visto com uma menina super nova#o harry misericórdia não sei nem por onde começar é só ladeira a baixo
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casos ilícitos
Matías Recalt x f!Reader
Cap 5
E eu seria esperta em ir embora, mas você é areia movediça. Essa ladeira é traiçoeira, esse caminho é imprudente, e eu, eu, eu gosto.
Estamos no ponto de visto da leitora outra vez. E já deixo um spoiler que o próximo será da perspectiva do Matias de novo. Espero que gostem, e quero avisar que eu to amando receber os comentários e perguntas de vocês 😊🩷. Boa leitura 🫶
Avisos: Angst, linguagem Imprópria
Palavras: 8,1 k (vocês pediram agora aguentem 🙈)
Você entra no carro, em um estado de frenesi, completamente desnorteada e sentindo como se estivesse fora do próprio corpo. Você ainda não consegue raciocinar o que está acontecendo, ou o que acabou de acontecer, só sabe que tem que sair do mesmo lugar que o garoto se encontra o mais rápido possível.
Colocando o cinto de segurança da maneira mais patética que existe, com as mãos trêmulas e errando o fecho várias vezes no processo, sendo bem-sucedida somente na terceira tentativa, você olha ao redor a procura do garoto ou sinal de alguém por perto, e reza para que seu cunhado termine rápido de colocar as poucas compras no porta-malas, para poderem sair logo daqui. Ajustando o espelho retrovisor interno do veículo, para que se alinhe com o seu rosto, você acha melhor conferir se está tudo certo, já que no banheiro só conseguiu dar uma olhadinha rápida, e arregalando os olhos, agradece por tê-lo feito. O seu cabelo até que está razoável, mas os seus lábios ainda estão inchados e vermelhos, porém nem se compara a vermelhidão que se encontra o seu colo e pescoço. O garoto poderia ser bagunceiro e criativo quando queria, e você o deixou te pintar como uma tela pessoal. No momento é apenas a coloração que está aparente, mas sabe que logo as marcas começaram a se formar, em vários tamanhos e cores. Um lembrete para te recordar de que ele esteve ali, e do que fizeram juntos. Você se apressa para cobrir aquilo antes que alguém veja, e sua única opção no momento é tentar ocultar a área com o cabelo, e colocar a expressão mais neutra no rosto, esperando que Wagner não faça nenhuma pergunta ao entrar no veículo e te encontrar.
Assim que ele chega e se acomoda no banco do motorista, não diz nada e dá partida, e rapidamente vocês saem dali. Mas assim que se afastam um pouco, ele direciona o olhar para você e não deixa passar em branco:
- Você está toda corada, tá tudo bem? – Aparentemente o seu teatrinho não foi muito longe, mas tentando contornar a situação, diz que ficou um pouco alterada, pois teve uma discussão acalorada com o garoto.
- Por que vocês brigaram? – Pergunta preocupado, mas então abrindo um sorriso de lado, ele se dá conta. - Ah entendi. Aquele moleque quem era o seu namorado. – Conclui, como se tivesse desvendado um enigma complexo.
- Eu já disse, ele não é, e nunca foi o meu namorado. – Afirma incomodada. Ele não era seu ex, não era seu namorado, e gostaria que seu cunhado parasse de se dirigir a ele assim. Não precisa dar mais significância para algo do que de fato foi. Você tem que continuar afirmando isso a si mesma e diminuir a situação, pois quanto menor ela for, menos motivos você tem para ficar machucada ou magoada.
Mas não adianta brigar por causa disso agora. O rótulo que tinha na relação de vocês dois, ou no caso a falta dele, não era o seu maior problema, e sim a falta de confiança, comunicação e honestidade. Dane-se a forma como o seu coração doía querendo chamá-lo de namorado, chamá-lo de seu, ou algum apelido idiota que os casais usam, ele nunca seria esse pilar para você, então não adiante ficar pensando nisso.
Wagner retira o sorriso do rosto ao continuar, parecendo arrependido ao se lembrar de algo:
- Foi mal, acho que a parte da camisinha não caiu bem né? – te olha de canto- Mas foi sua culpa. – Declara o mais velho.
- Minha culpa? – Você rebate, mesmo não estando brava.
- Sim, você quem me provocou primeiro, eu só devolvi na mesma moeda. – Explica.
Você finge um olhar triste, cabisbaixo, como se estivesse relembrando a reação do garoto, e em como Wagner só te colocou em problemas, mas quando ele te olha preocupado, você não aguenta, e cai no riso. Ele não entende nada a princípio, mas depois vendo que você não se importou, ele se entrega a uma gargalhada junto com você, quebrando a tensão.
- Fica de boa. – Você o tranquiliza, limpando as lágrimas que se formaram no canto dos seus olhos devido a risada intensa.
- Mas ele ficou bravo? – Questiona, só para ter certeza de que não te prejudicou com o rapaz. - Se quiser, sei lá, eu posso falar com ele e esclarecer tudo. Não quero passar a ideia errada de você para seus amigos. – Diz receoso.
Você sabe o que ele está insinuando, e entende agora a imagem distorcida que Matías e os outros devem ter tido sua. Com um cara mais velho, comprando bebidas, e preservativos, mas sinceramente, não liga nenhum pouco. Até onde todos os garotos sabiam, você estava solteira – o que tecnicamente era verdade mesmo – só nutrindo uma paixão platônica pelo rapaz, então poderia sair com quem quisesse sem dar satisfações, talvez tenham estranhado que isso tenha acontecido logo depois do aparecimento da ex do dito cujo, mas enfim. Sabia também que Fran, o único que sabia de tudo, não te julgaria, sendo verdade ou não. E Matías, ele que se fodesse pelo que pensa ou deixa de pensar, isso já não é mais problema seu.
Este não é o caso, mas você poderia estar muito bem sim, transando por aí e afogando suas mágoas no primeiro corpo quente que encontrasse pra aquecer sua cama, mas não quer, e mesmo se quisesse, isso não dizia respeito a ele.
- Obrigado por defender a minha honra, Senhor – Você diz fazendo graça, e até mesmo uma mini reverência improvisada e debochada – Mas não será necessário, eu não devo satisfações a ele, e se quiser pensar algo de mim, o problema é dele.
Você se mexe desconfortavelmente no acento do carro. O mero mencionar do garoto já faz com que seu íntimo estremeça e se feche em torno de nada, sentindo falta dele e de seu corpo. Mesmo não querendo admitir, você acha que uma boa parte do seu mau humor ultimamente, se deva também a falta de sexo, além do coração partido. Não queria se render tão rápido e com tanta facilidade aos encantos dele como fez. Mas foi muito prazeroso, e você também estava com saudades.
Mas não sabe ainda por que ele insistiu em falar com você, se não queria ter nada sério. Honestamente, só deve ter ido atrás, pois pensou que você estava com outra pessoa. O típico cara que só dá valor quando perde. E você o deixou acreditando nisso, porque uma parte sua gostou que ele estivesse machucado, que estivesse na sua posição do restaurante, só para ver a quão boa é a sensação. E você não gosta dessa parte de si mesma. Por mais que tenha dito que não liga para o que ele pensa, você não quer ser a escrota da história e machucar alguém a custo de nada. É errado, sujo, e totalmente mesquinho. Não tem para que ficar jogando esses joguinhos psicológicos se você quer por um final em tudo.
Mas foi tão bom. Matias sempre foi um bom amante na cama, mas quando estava com raiva, se transformava em algo a mais. Sentia uma fome e necessidade de te repreender e te pôr em seu lugar. Te mostrar quem estava no controle da situação, e como poderia te reduzir a uma bagunça de gemidos se quisesse. E com muita vergonha, você se pergunta, se está com mais raiva por ter cedido, e ter inflado o ego dele, ou por terem tão pouco tempo e não poderem ter continuado. É ridículo como você já sabe a resposta para isso.
Mas tentando deixar o assunto de lado por enquanto, você liga o rádio e deixa tocando uma música aleatória, só para preencher o ambiente. Você não quer ficar pensando no garoto que te dedou em um banheiro a minutos atrás, enquanto está do lado de seu cunhado. Ainda tensa se encolhendo no banco, e sendo cautelosa para que ele não veja através de você, e descubra algo, ou que note os hematomas roxos começando a aparecer.
__ __
O resto da sua tarde é bem tranquila e monótona, o que você aceita de bom grado depois da manhã movimentada. Como estava um dia quente, seria estranho colocar uma blusa de gola alta, então teve que pesar a mão na maquiagem, e esperar que ninguém suspeitasse. Assiste suas aulas, conversa com suas amigas, e depois vai para casa descansar. A vida parece tão cinza sem ele por perto. Era uma quietude que você pensou que gostaria depois de um tempo, mas não estava sendo o caso.
Já em sua cama, tarde da noite, você tenta miseravelmente cair no sono. Mas está sendo impossível. Se você estivesse sozinha em casa, provavelmente iria beber algo forte que pudesse te apagar rápido, mas não faria isso com a presença de sua irmã sob o mesmo teto. Ela iria surtar se descobrisse que você está se embebedando no meio da semana. E não queria arriscar chamar a atenção dela de maneira exagerada para você, foi um milagre que ela não tenha notado o seu pescoço quando chegou. Você não iria brincar com a sorte. Com um bufo irritado, você se vira no colchão e tenta encontrar uma posição mais confortável. Um sono balanceado nunca foi um problema para você, e quando era, Matías encontrava um jeito muito bom de te cansar, e te fazer dormir a noite toda. Mas agora, ele quem era o motivo de você não conseguir pregar os olhos. Os flashbacks dos dois naquele banheiro, te deixam excitada e frustrada. Não deixando que seu corpo relaxe o suficiente para sucumbir a um repouso merecido.
Decidindo que não consegue continuar assim, se levanta vai até a cozinha tomar um copo d’água, e tentar acalmar os ânimos. Mas não adianta muito. Sem outra escolha, começa a voltar para o quarto, silenciosamente, não querendo fazer barulho e acordar os outros.
Mas no meio do percurso, no corredor, escuta alguns sons abafados, e decide se aproximar para ver do que se tratava:
- Isso, continua – Vinha do quarto de sua irmã, e definitivamente era a voz dela – Isso, não para! – Exclama um pouco mais alto, e dessa vez o som é acompanhado com o ranger da cama, e a mesma batendo na parede.
Você dá um passo pra trás assustada ao perceber o que está acontecendo. Dá meia volta com nojo, e se esconde em seu quarto tentando esquecer o que acabou de ouvir. Pelo menos tiveram a decência de te esperarem dormir para começarem com suas atividades noturnas.
Mas isso só te traz ao seu problema inicial. O sexo nunca foi muito importante para você antes dele. Mas depois, se tornou algo essencial, contínuo, um desejo que precisava ser satisfeito a todo momento. Quando estava feliz, e queria comemorar, triste e queria esquecer, quando estava calma e queria algo mais preguiçoso, e quando estava com raiva. Principalmente com raiva. Querendo fazê-lo se submeter a você e vice-versa.
Recusava a tocar a si mesma, pois saberia quem iria vir a sua mente no momento, e não queria que ele fosse dono de mais essa parte de você. Então passa a noite quase em claro, adormecendo somente quando falta poucas horar para amanhecer.
-- --
No dia seguinte, quando está na faculdade, você e os outros estudantes são recebidos com a notícia de que o último período seria vago, o que foi muito bom para vocês, mas muito ruim para o professor que teve que se ausentar, pois não estava se sentindo muito bem, e não pode comparecer. Você manda uma mensagem avisando a sua irmã, para que ela não venha te buscar no horário combinado, pois iria embora mais cedo, o que ela é bem rápida em responder. Depois da noite passada, você mal falou com ela essa manhã, ainda envergonhada por ter flagrado um momento tão íntimo. E para o seu horror e surpresa, ela diz que está indo agora te pegar, pois tem planos para a tarde das duas.
- Já sei o que podemos fazer hoje. - Diz com as mãos no volante dirigindo para só Deus sabe onde.
- O que? – Você rebate interessada.
- Compras! – Responde com um gritinho animado e erguendo os ombros.
Você tenta fazer o seu melhor para demonstrar excitação com esse plano, mas não sabe exatamente se consegue. Vocês fizeram compras no dia seguinte em que ela tinha chegado, passando o domingo inteiro no shopping, comendo, vendo um filme romântico clichê em cartaz, comprando besteiras, e encerrando o dia com boliche e comida de fast food. Foi legal ter um dia das garotas, mas era isso, um, e pra você já era mais do que o suficiente. A ideia de ter que passar o resto do dia carregando sacolas, ou experimentando roupas, tendo que tirar, colocar, e depois tirar de novo, não te atrai em nada.
Ainda no estacionamento você a tenta fazer mudar de ideia. Considerar alguma outra alternativa ou atividade que ambas gostem.
- A gente não pode fazer outra coisa? – Diz ainda no carro.
Ela se vira para trás esticando o braço, tentando alcançar sua bolsa no banco de traseiro.
- Como o que? - Pergunta, finalmente agarrando o acessório e conferindo se tem tudo o que precisa dentro.
- Ir pra casa, ver um filme, e pedir alguma coisa. – Você descreve sua noite ideal, o que te rende um olhar incrédulo e julgador em sua direção. Ela sai do veículo e te espera do lado de fora, o que com um grunhido você obedece e faz. Ela retoma o assunto então:
- Primeiro, já é tarde demais porque já paguei o cartão de estacionamento – Explica, e você não consegue evitar revirar os olhos com essa desculpa – E segundo, tenho que ver a roupa do casamento. – Conclui, fechando e acionando o alarme do carro, se dirigindo a entrada do lugar enorme e lotado, sem esperar que você a siga.
- Como assim roupa do casamento? – Questiona incrédula - A cerimônia é daqui um mês e você ainda não tem o seu vestido? – Você sente como se pudesse arrancar os cabelos agora.
Ela te encara, e parece magoada ao rebater:
- O meu vestido está pronto a meses, você é uma das madrinhas, e deveria saber disso. – Diz duramente.
Então tudo volta em um borrão. As chamadas de vídeo no ateliê, fotos infinitas de modelos e tipos de tecido, por Deus, você até tinha opinado no tipo de corte que teria melhor caimento no corpo dela. Como pode esquecer?
- Me desculpa, acabei me confundindo. – Fala arrependida, e se encolhendo.
Ela começa a dar passos apressados, ficando muito a sua frente, e você a segue prontamente. Quando se aproxima, ela recomeça:
- É o meu casamento, como você esquece da droga de vestido que eu vou usar? – Ela diz exaltada, claramente magoada e sem olhar em sua direção, te ignorando. Mas se recompondo, para de caminhar, e se vira para você – Às vezes sinto que você anda dispersa e não liga para mais nada. – Te acusa.
- O que? É claro que eu ligo. – Você se defende imediatamente – Eu só me atrapalhei um pouco pra lembrar do vestido, mas é claro que eu me importo.
Ela te olha, e pela primeira vez, sente como se ela estivesse realmente brava contigo:
- Você não tem estado presente para opinar em nada em relação ao casamento, seja decoração, comida ou até a droga dos guardanapos de mesa. – Ela aponta friamente - Eu e a mamãe quem decidimos a maioria dos detalhes. Eu tive que escolher o meu buquê com uma outra amiga minha que vai ser madrinha, sendo que é você quem é a obcecada por flores, e nem nisso você se dispôs a me ajudar. – Nessa parte, a voz dela vacila, e você se sente afundando no lugar. Não tinha notado que tinha negligenciado sua irmã tanto assim. Para ser franca, você se lembrava bem brevemente de uma discussão a respeito dos arranjos de flores nas mesas e decoração, mas não prestou atenção o bastante para recordar com clareza.
- Me desculpa, não tinha percebido que estava tão ausente. – Ela ignora suas palavras e decide continuar com o sermão, o qual você merece é claro:
- E sabe o que mais? Você também não fez a sua parte em outras coisas. To te pedindo o nome de algum acompanhante a semanas. Preciso saber, se vai levar alguém para encaixar os lugares, tanto na festa quanto nas fotos em família.
E aí quem está o problema. Você tem evitado pensar na cerimônia, pois não sabia quem iria levar, mas sabia quem queria levar. O que são coisas bem diferentes. Como convidar alguém que não demonstra o mínimo de interesse em ter algo sério e concreto com você para um casamento? Onde estariam presentes toda a sua família, amigos, e pessoas que te conhecem desde sempre. É simples, você não convida.
Fica um silencio desconfortável entre as duas. Você, sem saber o que dizer, e ela, medindo as palavras para debaterem o assunto.
- E não foi para mim que eu vim ver roupa. – Declara um minuto depois.
- Então pra quem? – Agora você está mais confusa ainda.
- Pra você. – Ela se dirige a escada rolante, indo para o próximo andar, e você vai atrás, ficando um degrau abaixo. – Eu te passei a paleta de cores a meses atrás, para que você pudesse comprar ou alugar algo que te agradasse. Mas desde que eu cheguei na tua casa, não tem uma peça de roupa na cor que eu havia falado. Você esqueceu não foi? – Ela te fita, olhando para baixo por trás do ombro.
- Foi – Mesmo já esperando essa resposta, ela fica ainda mais desapontada.
- É uma data importante sabia? Você além de ser madrinha, vai estar em todas as fotos da nossa família, não pode deixar para ver esse tipo de coisa no dia. – Te relembra. Vocês saem da plataforma giratória e começam a percorrer o local, repleto de lojas e pessoas.
- Eu já disse que sinto muito. – Está começando a ficar irritante agora. Você sabe que errou, mas já pediu desculpas. O que mais ela quer?
- Então demonstre! Eu tentei ser legal, mas sendo bem sincera – Ela se aproxima e te encara desafiadoramente - A gente não vai sair daqui hoje, enquanto não achar a droga de um vestido marsala, estamos conversadas? – Aponta o dedo no seu peito. Você se sente uma criança de novo, levando bronca por alguma travessura, e se segura para não arranjar uma briga no meio de todos.
- Sim. – Engole em seco, fechando os punhos e desviando o olhar.
- Ótimo! – E continua andando, como se não tivesse te destruído a apenas alguns segundos atrás.
Vocês visitam várias lojas, mas não encontram nada que agrade as duas de primeira. É muito estressante, e você começa a entender o nervosismo dela. Em um ateliê teriam que ver o aluguel ou comprar a roupa, o que sairia uma fortuna tão em cima da hora, isso considerando que tivesse algo disponível para alugar na mesma data e na cor exigida. O que seria difícil. Se fossem encomendar, teriam gastos semelhantes com mão de obra ou para fazer algum ajuste. A culpa começa a te corroer por dentro. Você quem deveria ajudá-la, não o contrário.
Eventualmente, acabam encontrando uma loja que chama a atenção das duas. É um espaço aconchegante e acolhedor. Bem iluminado e repleto de araras com vestidos de vários comprimentos, modelos e cores, adornando o ambiente. Assim que adentram, são recebidas por uma vendedora atenciosa e muito prestativa. Após alguns minutos de conversa, com sua irmã explicando, o que procuravam e queriam, a vendedora às guiam para uma sala de espera com o provador, e retorna depois com diversas opções para que você experimente.
- Eu estou me sentindo como um enfeite de Natal. – Diz com a primeira opção no corpo. Um vestido colado, cheio de brilho e decotado na frente.
Ela te avalia de cima a baixo:
- Um enfeite de Natal Sexy – Conclui.
Na segunda opção, é preciso que ela entre no provador, para te ajudar com a amarração nas costas. E você aproveita para se redimir:
- Me desculpa, eu não tenho sido eu mesma nos últimos meses. – Encontra o olhar dela através do espelho - Em vários aspectos. – Você diz, e ela sabe ao que se refere, ou a quem. - Mas vou ser mais presente agora, prometo! – Termina, esperando que ela acredite em suas palavras.
Ela suspira, e segurando firme em seus ombros, te aconselha:
- Eu sei que o primeiro amor pode ser animador e estimulante, mas não se perca por causa disso.
Suas bochechas queimam com essa afirmação. Como assim amor? Tudo bem, você admite que estava de cabeça para baixo pelo garoto, ficava encantada com a presença dele e admirava sua inteligência, humor ácido e em como ele te tratava na cama. Mas era só isso certo? Uma paixão boba, que iria passar eventualmente depois de algum tempo.
- Mas tudo bem, eu te desculpo – Te tira de seus pensamentos, te olhando afetuosamente – E que bom que você disse que seria mais presente – Surge um sorriso maléfico em seu rosto – Depois daqui iremos ver sapatos! – E com um pulinho animado ela começa a fastar as mãos, e se distanciar, mas no último segundo, com um olhar franzindo, ela volta com os dedos e os esfrega com força no seu pescoço, o que te arranca um chiado baixo. Você vê os dedos dela levemente mais claros por conta da maquiagem, e então entende o que aconteceu.
- Que merda é essa? – Diz com os dedos pintados e vendo o seu pescoço, que agora está mostrando um leve hematoma, o qual você tinha se empenhado tanto em cobrir. – Quer saber, você me conta depois, estamos com pressa agora – E se retira, te deixando confusa e com medo.
Ocasionalmente acabam escolhendo um vestido, que agrade as duas. É elegante, te caiu bem, não é tão chamativo, se adequa aos padrões e expectativas que a ocasião pede, e está em um valor acessível. Você agradece aos céus, quando a vendedora retorna com um par de saltos que combinam com a roupa escolhida, poupando tempo e esforço para você. Obviamente, ela fez isso pensando em sua comissão, mas ainda assim, te ajudou bastante.
Se despedem da moça, satisfeitas com a compra e com sorrisos no rosto. Seu alívio não dura muito, quando sua irmã se vira, e diz que precisam conversar. Se dirigem a uma praça de alimentação, e você começa a contar o que aconteceu. Em como devolveu as coisas dele, não mandou mensagem, e o encontrou na manhã passada enquanto estava com o noivo dela. Relata que o rapaz pediu para que conversassem e assim você o fez, não querendo causar uma comoção na hora, e que consequentemente, acabaram se beijando.
- Beijo? Você quer que eu acredite que está com chupão no pescoço por causa de um beijinho? – Diz debochada.
- Ok, a gente deu uns amassos no banheiro tá bom? Só isso – Afirma com o rosto queimando de vergonha, sabendo que é mentira – Não conta pro Wagner, não quero que ele saiba disso. – Pede meio embaraçada.
- Não contar o que? Que você foi dar uns pega no banheiro ou que voltou com o garoto?
Você ignora a provocação dela.
- Não é bem assim, e eu não voltei com ele, foi só um beijo. – Rebate.
- Não vou questionar o porquê não me disse, porque é obvio que você não queria ouvir sermão, mas é bom você estabelecer limites com ele, e logo – Observa - Não adianta devolver as coisas dele e o dar o que ele quer. - Acusa.
As palavras dela te machucam, com a insinuação que acabou de fazer. Você é amarga ao responder:
- E o que ele quer exatamente? Sexo? Uma rapidinha no banheiro? - Pergunta com desgosto.
- Não – Ela nega prontamente – Você. Isso é o que ele quer, você.
A afirmação dela em dizer que ele te queria, e não somente ao seu corpo, te conforta. Mas não tem como saber exatamente se é verdade, já que você e ele nunca exploraram mais do que isso um no outro.
- Bom, podemos ir embora se quiser, a menos que você queira comprar alguma coisa? – Ela diz, encerrando o assunto e pegando a bandeja, começando a descartar os restos de comida. Você se levanta também, e para a surpresa dela, concorda e diz que quer comprar sim algo.
- O que? - Ela questiona curiosa.
- Tampões de ouvido – Responde – Não quero mais ter que ouvir os gritos da noite passada vindo do seu quarto. – Explica ao descartar a comida também, e segue em direção a próxima loja. Agora, é ela quem fica envergonhada, e você dá um riso de satisfação com isso, enquanto caminham.
-- --
Já em casa, você começa a refletir sobre o que sua irmã disse, em estabelecer limites com o garoto. Você deveria ser a madura da história e tentar resolver a situação com ele, mas se recusava a dar o primeiro passo e ceder, e estava mais uma vez desapontada pela falta de tentativa de comunicação pelo lado dele. Como ele poderia em um instante te proporcionar um momento desenfreado de paixão, e no outro simplesmente não dizer nada? Você quem o deu as costas e o deixou lá, mas o que ele queria que você fizesse? Ficasse enrolando, enquanto ele dizia que sentia sua falta para te convencer a voltar a mesma situação de merda que se encontravam antes? Ou para dizer que tinha voltado com a ex e essa seria a última vez? Ou até pior, para dizer que queria que você fosse sua amante e continuassem se vendo em segredo? De qualquer forma, você sabia que o que quer que ele fosse falar, não iria te agradar, então fugiu, como o garoto sempre faz, não ligando para o que ele pensou ou vai pensar.
Também não parava de pensar na possibilidade de amar ele, e isso te assustava, pois se fosse verdade, você não saberia o que fazer com esse sentimento. Ele não era parecido em nada com o que você queria ou procurava em um namorado. Ele não era educado, gentil, galante ou culto, muito pelo contrário, ele era sarcástico, teimoso, com um humor ácido e as vezes difícil de lidar. E mesmo assim, você se encantou por ele, e foi o bastante para o sentimento florescer e crescer cada vez mais dentro de seu peito.
Isso era tão patético! Provavelmente ele estava nos braços dela, enquanto você estava aqui se martirizando. Você tinha que mostrar a ele que não iria voltar com um simples estalar de dedo, tinha que demonstrar convicção e certeza, mas sabia que se ele aparecesse na sua porta, agora, e te prometesse tudo o que você queria, falasse todas as palavras certas, você se deixaria levar e se entregaria com o maior prazer do mundo. Você se olha no espelho do seu quarto, passando a mão pelo pescoço e admirando as marcas deixadas, a única conexão que tem com o garoto no momento. Seus olhos viajam para o guarda-roupa, onde se encontra o vestido recém comprado e os pares de sapatos. Você o pega e o traz em frente ao corpo, dessa vez querendo realmente ver como fica sua aparência, não avaliando se era bom o bastante ou adequado para a ocasião, e não consegue deixar de se perguntar, o que ele acharia. Te acharia bonita? Sexy? Te ajudaria a tirar do corpo após o casamento? Em um universo alternativo, onde você o convida e ele aceita de bom grado, e conhece toda a sua família e os encanta, assim como fez com você.
Mas isso é uma ilusão idiota, você nem sabe o porquê se deu ao trabalho de concordar com sua irmã, quando ela perguntou se você iria querer reservar o lugar de alguém como acompanhante. Mas já estava saindo com o Matias, e pensou que até a data já teriam se oficializado e poderiam ir juntos, que ingenuidade a sua.
Com um suspiro cansado e de derrota, decide se preparar para dormir e começa a guardar as coisas, devolvendo a roupa para o cabide com cuidado para não amassar o tecido. Enquanto faz isso, é notificada com o som do telefone, alertando que chegou uma nova mensagem. Olha ao redor a procura do aparelho e o avista em cima da cômoda com a tela virada para baixo. O pega sem prestar muita atenção, e se dirige para a cama, provavelmente deve ser alguma das meninas mandando mensagem no grupo, ou algo relacionado a faculdade. Mas assim que desbloqueia a tela inicial, agradece por ter se deitado e assim não ter como cair devido a surpresa:
- Precisamos conversar – Diz a mensagem que Matias acabou de enviar.
Seu coração dá um pulo, e os pequenos pontos pulando na tela, indicam que ele ainda está escrevendo alguma coisa, e você espera, mordendo os lábios em sinal de ansiedade.
- Posso ir te ver? – Pergunta o garoto.
NÃO! Você quer escrever em letras maiúsculas e mandar pra ele. Deve te achar muito idiota para acredita que você vai recebê-lo em sua casa tarde da noite, para “conversarem”.
- Não vou tentar nada. – Ele envia, parecendo ler os seus pensamentos.
E quando você pensa em dar ao garoto o benefício da dúvida, ele replica:
- A menos que você queira, é claro.
Arghh! Isso te faz entrar em uma nova onda de fúria. Como ele tem coragem de falar assim com você? Ficar brincando depois de tudo? Você não perde tempo em respondê-lo, e acabar com as expectativas dele:
- Você é ridículo, não quero nem olhar na tua cara.
Ele responde prontamente.
- Desculpa, vou parar. Mas precisamos conversar.
E realmente precisam. Você precisa de um fechamento para poder seguir em frente, e mesmo sabendo que talvez não goste da resposta, decide que você merece uma explicação pelo motivo dele ter agido como moleque em toda essa história. Se ele estiver disposto a ter uma conversa séria, ótimo, se não for o caso, pelo menos vai poder falar todas as coisas que ficaram entaladas na sua garganta todo esse tempo.
- Ok – Você responde, e antes que ele possa te enviar mais alguma coisa, você é mais rápida e envia antes – Amanhã de manhã, no café perto do Campus.
É claro que você não vai arriscar ter ele na sua casa ou ir à dele e acabarem na cama um do outro, então optou por um lugar público, mas se lembra envergonhada, que nem isso foi o suficiente para impedi-los da última vez.
- Combinado.
E com isso você acha que o assunto está encerrado. Mas se surpreende ao ver uma última mensagem.
- Boa noite.
E indo contra todos os seus desejos de ignorá-lo, ser rancorosa, e tratá-lo mal, você o responde:
- Boa noite.
-- --
Você esteve em um estado de espírito completamente inquieto e perturbador a manhã inteira desde que acordou, sem saber muito bem o que esperar dessa conversa que iriam ter, e em como iria reagir quando o visse de novo.
Quando você se aproxima do local, examina o ambiente e surpreendentemente, ele já está te esperando. Sentado em uma mesa para dois, parecendo nervoso, e para seu descontentamento, bonito como sempre. Você até fantasia por um momento, que isso poderia ser um encontro. Que você estava indo passear com o garoto para se conhecerem melhor. Mas não é o caso. Uma das possibilidades que passou por você, do motivo dele ter te chamado, foi para se desculpar e te dar um fora, para contar que voltou com a ex, mas que não queria ter pontas soltas contigo. Mas não valia a pena se perguntar o que ele iria te dizer, a dúvida estava te matando, então era melhor acabar com isso de vez.
Com esse pensamento, você se aproxima da mesa, e ele como o cavalheiro que nunca foi, puxa a cadeira para que você se sente.
Assim que você se acomoda, uma garçonete chega, depositando uma xícara de café preto para o rapaz, e um prato com um doce na sua frente, você está prestes a falar que é um engano, que não pediu nada, mas ao notar que é o seu favorito, e olhar para Matias, ele te entrega tudo com o olhar:
- Você lembrou. – É a primeira coisa que diz a ele, assim que a garota se afasta.
- Sim. – Concorda, te lançando um sorriso contido.
Lembranças passam por você de todas as vezes em que estiveram aqui. Não era um lugar especial, mas era perto do Campus, e tinha o seu doce favorito, nada muito requintado, apenas uma fatia de cheesecake, que te fazia contente sempre que comia, então vinham aqui com certa frequência, mas nunca era um encontro, claro.
- Ok, então vamos conversar. – Você fala mudando o seu semblante, ficando séria, e o encarando, esperando que ele comece a dizer algo.
- Oi, como você tá? Estou bem também, obrigado. – Retruca debochado.
- Caso não tenha dado pra notar, eu estou brava com você, não vim aqui pra jogar conversa fora, então ou você fala algo que valha a pena, ou vou embora. – Ameaça.
Ele parece considerar se você está falando sério, e algo em seu olhar o faz desistir e concordar com o que disse. Ele se endireita na cadeira, e limpando a garganta, recomeça:
- Eu quero me desculpar – Você não diz nada, em um sinal claro para que ele prossiga – A noite no restaurante, foi injusto com você, sinto muito.
- Por que você fez aquilo? – Interroga ele.
- Eu, eu estava confuso, eu e a Malena nós... – Ele dá uma pausa, sem saber como continuar, e você fica aflita com o que vem a seguir. – Nós namoramos por dois anos, e terminamos cerca de um ano atrás... – Ele recapitula os fatos.
- Por que terminaram? – O interrompe, com a dúvida que sempre passava por sua cabeça. Um casal não termina um relacionamento de tanto tempo por nada. Quando os dois se viram no restaurante, ela ainda parecia claramente interessada, e após o comportamento dele, não poderia dizer que o mesmo estava ileso a presença dela, então o que houve realmente para que rompessem?
- Ela tinha conseguido uma bolsa pra desenvolver a tese dela no exterior – Diz, e começa a mexer o café, o revirando com a pequena colher que se encontrava na mesa, claramente desconfortável com o assunto - Eu quis continuar com o relacionamento, mesmo que fosse à distância, mas...ela não.
Um sentimento de choque e tristeza, passam por você. Primeiro, o fato deles não terem terminado por conta de alguma briga, desentendimento, discussão, ou a falta de carinho um pelo outro, e sim por conta do distanciamento. Segundo lugar, o cara por quem você estava louca, e que era averso a compromisso, quis tentar uma relação à distância? Isso parecia uma ideia tão absurda dele considerar, mas talvez essa parte, essa fração dele, esteja reservada apenas para ela, não para olhares forasteiros como o seu.
- Então terminaram porque ela foi embora? – Pergunta para confirmar, e odeia como suas palavras saem baixas, assim como o seu olhar e seus ombros se encolhendo, conforme se afunda na cadeira, tentando sumir.
- Sim, até pensamos em ter um relacionamento aberto, mas não era minha praia, então tomamos essa decisão mútua. – Ele solta um suspiro, e procura o seu olhar ao continuar – Eu não quero te machucar, não precisamos falar sobre isso. – Cessa o assunto, preocupado com sua reação.
- Não, eu quero saber – Ele te fita, ainda indeciso se deve prosseguir – Não quero ficar no escuro sobre isso. – Você justifica.
- Tudo bem – Acena com a cabeça, ainda duvidoso - A gente ainda se gostava, sabíamos que só era um momento ruim, e não queríamos acabar com tudo por causa de alguns meses separados, então... meio que fizemos um acordo um com o outro. – Nessa última frase, ele desvia o olhar e coça a nuca, em sinal de embaraço.
- Que acordo? – Você acha que pode estar hiperventilando agora.
Matías não quer falar, isso é obvio, ele olha para os lados, e solta uma expiração, conformado que não tem mais como evitar esse assunto.
- Ela poderia ficar com quem quisesse, e eu também. Se quando ela voltasse, ambos estivessem solteiros, aí voltaríamos, se não, continuaríamos amigos. – Conta por fim.
Você não sabe como reagir a essa nova informação. Isso só prova que ele nunca teve a inten��ão de te levar a sério, era só um escape enquanto a pessoa certa estava ausente. O que ele faria quando ela voltasse? Iria te descartar sem mais nem menos? Te jogar fora como um brinquedo quebrado?
- F-foi por isso que você não quis assumir nada, n- não é? Porque se ela voltasse e você estivesse namorando alguém, aí teria quebrado o acordo. – Gagueja ao pronunciar as palavras.
Ele engole em seco antes de responder:
- Sim.
Você sabia. Sabia, e ainda assim te machuca saber que estava certa. Você era só um passatempo, uma distração de quem realmente importava. Se sente suja, e usada, percebendo que os seus esforços, e paciência com ele, nunca te levariam a nada, pois desde o começo já estava fadado ao fracasso.
- Bom, acho que deu tudo certo no final então – Com a costa da mão, você limpa uma lágrima teimosa, que insistiu em aparecer, - Agora você pode ter sua garota de volta. - Constata.
- Eu quero você, por isso to aqui. – O rapaz diz, mas você mal presta atenção, ainda brava por sua confissão anterior.
- Não, você acabou de dizer, você estava esperando por ela, por isso que não me assumiu, eu devia ser só um prêmio de consolação pra você – As lágrimas, começam a querer vir a todo custo, e você se inclina sobre a mesa, trazendo as mãos ao rosto, se cobrindo e tentando controlar um soluço.
- Não, é claro que não, você nunca foi um prêmio de consolação, ou uma segunda opção, eu gosto de você, por isso to aqui, pode não ter começado como algo sério, assim como qualquer outro relacionamento, mas eu certamente me importo e tenho sentimentos por você. – Ele tenta se explicar.
- Você disse que quando ela voltasse, dependendo da situação, iriam reatar. Foi no dia do restaurante que ela voltou? Que você a convidou? – Questiona, ignorando as palavras anteriores dele. O mesmo só solta uma lamentação e prossegue:
- Ela já havia voltado alguns dias antes, só estava terminando de se instalar. Não mantivemos contato durante o término, mas quando ela chegou na cidade me enviou mensagem, me chamou pra sair e eu disse que já tinha planos, juro que não chamei ela, mas ela apareceu mesmo assim. Aquele dia, foi a primeira vez em que a vi pessoalmente depois do término. - Conclui ele.
- Se ela tivesse te perguntado aquele dia, pedindo pra reatar, vocês teriam voltado, não é? – Interroga em um tom de acusação.
- Eu já disse, estava confuso. Não tem como responder isso, eu disse pra ela para conversarmos em outro momento, longe de todos. – Relata o garoto.
- E longe de mim também, certo? – Sua voz é carregada de rancor.
- Sim, mas não como você está pensando. Eu não sabia o que fazer, estava desconcertado, tinha que falar com ela também e apaziguar a situação. - O mesmo argumenta.
- Tadinho de você, tendo que escolher qual garota levar pra cama dia sim, ou dia não. – Retruca com raiva e deboche.
Ele morde as bochechas, tentando se conter, e não dizer a coisa errada.
- Olha, eu admito que fiquei na dúvida, ok? Eu tenho um passado e história com ela, então fiquei balançado quando a vi depois de tanto tempo, mas eu to com você agora, eu quero você, sei que não acredita em mim, mas quero uma chance pra te mostrar que melhorei- Fala em um tom sério e decidido.
Você não sabe o que responder, mas não precisa, pois a conversa é interrompida, por um pequeno zumbido de notificação em seu celular, o qual você verifica imediatamente, querendo fugir da situação, e tem vontade de revirar os olhos ao ver que é apenas sua irmã te perguntando se poderia pegar uma bota emprestada.
- É aquele cara? Seu namorado? – Erguendo os olhos da tela, você nota como o garoto está com o semblante fechado, carrancudo e parecendo uma criança com birra. Mas ignora e responde sua irmã, dizendo que sim, e para ter cuidado.
- Ele não é meu namorado. – Diz irritada, já sabendo a quem ele está se referindo, e guardando o celular na bolsa, para não serem mais interrompidos.
- Um ficante então? – Questiona cruzando os braços e tensionando a mandíbula.
- Não que eu te deva satisfações, é claro – Você o encara, com a melhor feição de desgosto que consegue fazer e responde – Mas não, ele não é meu ficante, namorado, ou algo assim, ele é meu cunhado. – Explica por fim.
Ele parece confuso, franzindo o olhar, como se estivesse tentando se lembrar de algo.
- Eu não sabia que você tinha irmã – Ele diz.
- Eu sei, você nunca perguntou da minha família lembra? Isso não fazia parte da nossa “relação” – Você acusa. Sabe que é injusto trazer isso à tona agora, mas quer fazer com que ele reconheça que te tratou mal, e que você não merecia isso.
- Você está certa, me desculpe. – Diz com a cabeça abaixada em arrependimento.
Mas de repente, ele parece tentar conter um sorriso de surgir, aliviado ao saber que você não estava ficando com ninguém, mas isso rapidamente muda para nervosismo, remorso e até mesmo, pânico? talvez? Você realmente não o entende as vezes.
Depois de um momento de silencio, você quem decide o questionar:
- E você? Voltou com ela, ou ficou com alguém? – O receio e medo da resposta é bem perceptível em seu tom, e ele nota isso.
O rapaz paralisa, ficando com a cara pálida e baixando o olhar, parecendo culpado. E quando você está prestes a falar que vai ir embora, e pra ele não te procurar mais, ele se recompõe e diz com a maior convicção que você já viu:
- Não. – Sua voz não treme, ele não gagueja, e não dá nenhum sinal de que possa estar mentindo. Ainda assim, você não sabe o porquê, mas não se convence totalmente com a resposta dele. Mas se obriga a acreditar, pois o mero pensamento dele com ela, ou com outra pessoa, depois de como as coisas ficaram entre vocês, te machuca profundamente. Então empurra esse sentimento para o fundo do seu âmago e ignora os seus instintos. Ele percebendo sua relutância, continua:
- Por favor, a gente pode recomeçar, e eu vou fazer certo dessa vez. Vamos ter encontros, andar de mãos dadas, fazer o que você quiser, até flores se for a sua vontade, só me dá uma chance. – Os olhos dele são suplicantes agora.
- Eu não sei. Isso é muita informação Matías, você acabou de me dizer que não ficamos sérios por meses, porque estava se “guardando” pra ela, e do nada, depois de dias sem nos falarmos, você quer voltar? É meio difícil entender o seu raciocínio aqui. – Explica, para que ele entenda o seu ponto de vista.
Ele procura sua mão em cima da mesa, hesitante em segurá-la, mas você não se afasta e deixa com que ele entrelace seus dedos junto com os dele, unindo os dois. Ele te fita e continua:
- Eu sei que errei, mas quero consertar isso – Aperta sua mão suavemente, e acaricia sua palma com os dedos, te trazendo uma sensação gostosa com o calor emanando dele - Quero me comprometer e ser melhor pra você, só com você. Por favor. – Ele termina a frase, e indo contra tudo o que você espera, ele traz a sua mão até os lábios, deixando um beijo casto ali.
Que merda era essa? Ele nunca demonstrou afeto em público, e de repente, além de segurar em sua mão, ainda a beija? No meio de várias pessoas? Ele com certeza sabe como te fazer derreter, você fica sem palavras e corada com o gesto, estupefata e ao mesmo tempo se odiando por ser tão afetada por ele. Mas não era isso o que você queria o tempo todo? Que ele se desculpasse, e te prometesse o mundo? Então por que está sendo tão relutante em aceitar?
- Eu vou pensar sobre isso. Mas tenho condições. – Começa, se sentindo uma vitoriosa por sua voz não sair falha, e tentando controlar o rubor em sua face.
- Ok. – Ele diz, dando um último beijo em sua mão, e a largando. Você imediatamente sente falta do contato.
- Primeiro, e se você não concordar, já finalizamos por aqui. – Lança um olhar sério - Não quero que você mantenha contato com a Malena, você vai ficar comigo e somente comigo, não ligo pro acordo que vocês fizeram de continuarem a amizade. Não me importa se é sua ex, se tem uma história, ou o que for, ela acabou pra você entendeu? – Termina, cruzando os braços e arqueando a sobrancelha, e dane-se que você parece uma psicopata obsessiva.
- Tudo bem, eu concordo. – Responde prontamente.
Isso é estranho, ele está aceitando tudo muito fácil, você esperava um pouco mais de resistência da parte dele, não que você esteja reclamando, óbvio.
- E segundo, se me quiser de volta, vai ter que lutar por isso – Declara convicta, apontando um dedo em sua direção - Vamos no ritmo que eu quiser, ou seja, com calma, e vamos fazer certo desta vez. – Ele não parece entender o que você implicou, só inclinando a cabeça para o lado em confusão. Você revira os olhos e diz:
- Eu to querendo dizer: sem beijo, toque ou sexo. Você tem que me cortejar antes, se quiser chegar nisso.
A expressão dele cai, com certeza não esperando por essa exigência sua, e considerando a vida sexual dos dois antes do término, sabia que não seria fácil pra ele. Mas precisava disso, se ele te quisesse de verdade, e não somente o seu corpo, teria que te provar. Ele arruma o rosto e responde:
- Tudo bem – Diz convencido – Eu te conquistei uma vez, posso fazer de novo.
- Veremos. – Retruca em tom de desafio.
E com isso, um silencio se instala na mesa. De repente você se sente extremamente tímida, e sem saber como devem prosseguir a diante. Tem tantas coisas que ainda precisam ser ditas, esclarecidas, mas vocês vão se acertando pouco a pouco, ao menos é o que você espera.
- Você tá bonita. – Ele quebra o silêncio.
- Me bajular não vai te levar a lugar nenhum – Diz o alertando.
- Eu sei, mas ainda assim vou dizer. – Retruca, teimoso como sempre.
- Obrigado. – Agradece a contragosto.
- Me conta mais sobre sua irmã – Ele começa a se servir com mais café – Ela é mais velha?
Você é pega de surpresa com isso. Não acostumada com a demonstração de interesse dele em relação a sua vida pessoal, só quando envolvia estar entre suas pernas.
- Sim, ela é. – Confirma.
E antes que você se de conta, a situação não está mais tensa, com os dois tentando não pisar em ovos. Estão rindo, e conversando. Você pega o telefone e o mostra fotos de sua irmã, dela com seu cunhado, e dos três juntos. Até comenta do casamento, e ele se mostra realmente contente com os detalhes, provavelmente ainda aliviado de o homem não ser próximo de você, pelo menos não da maneira em que ele imaginava.
Você pergunta sobre os garotos, como eles est��o, e pede para que o mesmo envie um abraço seu a todos, e se desculpe em seu nome por não terem conversado ultimamente. Você fica receosa em saber se eles estão chateados, ou ressentidos do seu comportamento, o que ele é rápido em negar, te tranquilizando, dizendo que eles entenderam a situação, e que apenas estão com saudades. Relata que contou ao grupo do envolvimento entre vocês, e que eles compreenderam. Mais uma vez te surpreendendo, em como ele está sendo transparente agora.
Ele é atencioso, e antes de irem embora, insiste para que você coma mais alguma coisa, sabendo como você é apaixonada pelas sobremesas de lá. Ele ri em como você abre um sorriso, e aponta animada para o doce, para que a garçonete o pegue. E em meio a isso, você não consegue parar de pensar, que se ele continuasse se comportando assim, você vai amar ele mesmo, e não vai se importar nenhum pouco com isso. Mas se está tudo tão bem, por que você ainda sente que tem algo errado?
__ __
Espero que tenham gostado do capítulo, até o próximo 😚🩵
#matias recalt x reader#matias recalt#lsdln x reader#esteban kukuriczka x reader#enzo vogrincic x reader
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omg hiiii arte from capistas brasileiros tumblr !!!!! 🦋✨️
(Sempre uma grande felicidade reencontrar o seu blog, hehe 💝)
Eu me fiz a mesma pergunta, esses tempos, e achei um exercício de pensamento bem interessante, então: nos próximos cinco anos, quais seriam as dez metas que você tem pro seu hobbie de escrever fanfics? ☝️🧐
Não precisa ser dez metas que você realmente tenha pros próximos cinco anos, mas se você tivesse que listar dez metas (talvez hipotéticas), quais seriam?
omg hiiiiii mira!!! sempre um prazer te ver por aqui, volte mais vezes
interessantíssimo você me perguntar isso, Mira, pq eu parei de escrevinhar por enquanto 🙃 massss como a sua proposta é muito boa e me fez refletir, aqui vão:
Voltar a escrever, obviamente 🫠
Concluir as minhas fics já iniciadas, pois 1) sou muito sem vergonha e 2) alguém aí que não direi o nome já mandou caçar minha cabeça por causa do OAN e ver as pessoas favorita do TKD dói meu kokoro, então é, eu preciso terminar
Escrever com o Hoshina. Amigos, o Chaos todo está rendido por ele (e por Kaiju inteiro né, mas deixa baixo), mas minha obsessão está tão tão---que eu tive que mudar meu user por um tempo (e agora ele tá salvo lá na secundária) por causa desse rapaz. Ele é um dos meus irmões entp preferidos de todos os tempos, então preciso dar um jeito de sair com uma fanfic dele.
Fazer e TERMINAR uma long-fic com mais de 30 capítulos. Meu sonho de consumo ter uma long-fic grande assim terminada, pra mim perfil que tem é elite viu?
Tentar novos fandoms. A maior parte das coisas que eu gosto tem só 3 pessoas que lêem/conhecem? Sim! Masss morro de vontade de explorar e escrever histórias com outros fandons de que gosto.
Postar uma fanfic que eu tenha feito tudo. Sim, pois ando muito preguiçosa e só não terceirizo o corpo do capítulo, de resto é eu enchendo o saco da Raiy, da Juh e da Harae até pra saber qual título eu vou botar sem nem ter uma sinopse (baseado em fatos reais).
Escrever uma crackfic. Todo mundo sabe que eu sou uma tiozona do pavê, então eu realmente queria tentar escrever uma fic só besteirol bem duvidosa pra ver o que vai sair. Só ladeira a baixo, provavelmente.
Tentar gêneros novos. Nas fics, eu fiquei até agora no romance, comédia e, no máximo do máximo, uma pitadinha de ação e aventura. Então queria tentar algum gênero diferente em algum momento no futuro.
Ler e comentar em mais fanfics. Faz tempo que eu não faço uma maratona digna de leitura e surtos nos comentários, e não é por falta de história boa, pq minha biblioteca tá cheissima! Preciso só de tempo e vergonha na cara pra, quando ele surgir, não procrastinar, mas essa definitivamente é uma meta.
Fazer uma collab. Já enchi muito o saco das pessoas, mas depois eu dou pra trás ✊😔 tô no erro, tô no erro. Mas realmente quero fazer uma fic com alguém.
É issooo!! façam vcs tbm que leram pq agora fiquei curiosa pra saber! valeu por lembrar de mim, Mira, responda minha encheção de saco que deixarei na sua ask tbm assim que terminar de escrever isso aqui hehe bjooo
(P. S.: 11. minha última meta é ver a Mira escrevendo com um fandom que eu conheço pra eu poder ler, capar e surtar no pv dela.)
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A gente tinha um atalho e um sonho 🎾
Agora são 22h44 e eu ousei pensar na vida. Não deveria.
Antes de uma crise existencial aparecer, resolvi de uma vez abrir a aba de postagens do Tumblr pra comentar sobre um rolê aleatório com minha amiga Rafa na segunda-feira, antes da aula de tênis.
Toda segunda-feira (que não chove), eu e a Rafa temos aula de tênis em dupla às 14h. Ela vem até a minha casa às 13h30, e então vamos andando até as quadras numa boa, o que leva uns 10 minutos. A gente sempre para pra sentar no murinho do colégio onde estudávamos a vida toda pra conversar e matar o tempo até dar o horário do treino, já que a escola é beeem próxima das quadras.
Depois de umas duas semanas sem aula de tênis, certamente estávamos animadas pra finalmente voltar a treinar! Fomos andando numa boa, até passarmos pelo colégio. Estão construindo mais um prédio lá, para o ensino médio, se não me engano (é claro que esperaram a gente se formar pra fazer reforma kkskkssksk), e como nós duas somos velhas fofoqueiras, era nossa obrigação dar uma espiadinha na obra.
Por causa dos tapumes, não deu pra ver absolutamente, mas tudo bem.
O colégio tem praticamente uma quadra inteira de extensão, e onde jogamos tênis fica bem perto da "guarita de cima", e nós estávamos pertinho da de baixo. E então, eu tive a brilhante ideia de:
Eu: Bora fazer a volta na quadra? Dá pra acessar o tênis pelo outro lado. Rafa: Bora
Primeiro foi demais; ir passando pela guarita de baixo e comentar sobre a época em que brincávamos no finado estacionamento, que deu espaço para um ginásio, a horta, para refazer a selfie com o espantalho que fizemos em 2021....
Mas então a ladeira surgiu. E a gente foi andando. E a ladeira aumentando.
Foi um dia relativamente frio, mas naquela hora nos sentimos no verão, de taaaanto calor e cansaço. Sério, AQUELA LADEIRA NÃO TERMINAVA.
Mas, tudo bem, afinal, depois é só descer a ladeira do outro lado da quadra para acessar o tênis... né? Enfim, chegamos no topo da ladeira, aliviadas, já que na descida todo santo ajuda.
Estava tudo bem até vermos um portão. Sim, um portão. Tipo um portãozão de garagem, de condôminio, etc - Resumindo, UM PORTÃO. O fato é que esse portão bloqueava a passagem da ladeira até a quadra de tênis, e não tinha como passar.
Na real, até tinha. Mas teríamos que dar a volta e passar por uns terrenões, sem contar que tinha um guardinha lá por perto, que já estava meio de olho na gente.
Simplesmente spawnou um portão lá???
Eu: Cara, quando a gente subiu essa ladeira há 15 anos atrás na educação física pra ver o Botucaraí não tinha esse portão Rafa: Não tinha
E então, tivemos que fazer TODO O PERCURSO DE NOVO. Tipo, voltar tudo que tínhamos subido, sendo que a quadra de tênis era em alguns metros de onde estávamos (porém separados pelo portão).
Resumindo: essa brincadeira nos rendeu 10 minutos de atraso para o treino e um trauma imenso de atalhos alternativos...
@shakespereansonnet sim amiga falei da nossa humilhação em forma de crônica
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o mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você
A gente viu uns mil filmes esse ano né?
uns mil episódios de séries,
a gente riu pra caramba umas mil vezes também,
choramos umas cem, mas tudo bem, porque agora sei que tenho você e você sabe que tem a mim.
Tive menos crises existenciais, porque você sempre tava ali pra afirmar como minha existência é digna e importante e que pra você o mundo não seria o mesmo sem ela e sinto o mesmo pela sua, linda e perfeita, existência.
Esse ano teria sido umas mil vezes mais terrível se não soubesse que, apesar de eu não alcançar os meus sonhos ainda, de a vida ter me empurrado mais um pouco ladeira à baixo, apesar de tudo e qualquer coisa você me ama e eu te amo desse jeito único, perfeito e iluminado, de forma que apenas a existência um do outro se torna farol, vívida esperança em meio a incertezas do dia a dia.
Esse ano, a cada dia, te amo mil vezes mais do que achei ser capaz amar alguém e sou infinitamente grata por você existir.
O ano pode tá acabando, penso que até o mundo, eu não ligo, se eu estiver com você, tá tudo bem.
#amor#agridoce#pequenosescritores#meusescritos#mentesexpostas#ecospoeticos#serendipity#mardeescritos#liberdadeliteraria#clubepoetico#espalhepoesias#carteldapoesia#liberdadepoetica#poecitas#lardepoetas#arquivopoetico#projetoalmaflorida#projetovelhopoema#autorais#amorando
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Aconchegue-se
Deito na cama bagunçada sentindo-me perturbada com as lembranças dolorosas que passam como um filme em meus pensamentos. Fecho os olhos com força, rolando de um lado pro outro. Uma tentativa falha de aliviar a dor agonizante que consome meu peito, que tira meu ar e me afoga no desespero que é recordar dele.
Hoje, não. Agora, não.
Seco as lágrimas, rastejando até chão. Fecho a porta do quarto e ignoro os questionamentos de mamãe sobre meu "comportamento estranho". Assim que me recompor, pensarei em algo para contar à ela. O real motivo do meu sofrimento jamais será do conhecimento de meus familiares. Não suportarei mais julgamentos. Não sou forte o bastante para lidar com isso sozinha enquanto sou atacada por todos os lados.
Respirando fundo, luto para puxar ar pelo nariz entupido pelo choro de segundos atrás, pego meus fones de ouvido e coloco minha música favorita para tocar no máximo. Permito-me ser preenchida pela letra suave e esperançosa. As lembranças rivalizam com a melodia que ressoa em meus ouvidos. Em breve restará somente um quarto arrumado, músicas agradáveis e pensamentos tranquilos. Nada que machuque. Nada que proporcione dor.
Deslizo pelo cômodo numa dança desajeitada onde meu par é o cabo de vassoura. Tento recriar a cena do baile da Cinderela, até procuro no YouTube a música para combinar, mas não tive sucesso. Meu príncipe cabo-de-vassoura é literalmente um perna de pau. Não sabe dançar. Com o humor levemente renovado, parto para dentro do banheiro. Tomo um banho merecido, um bem demorado. Brinco com o shampoo, fazendo penteados engraçados na frente do espelho. Quase cai algumas vezes por causa do piso molhado e deslizante. De qualquer maneira, foi divertido. Faz um tempo que não me divirto assim, sozinha, curtindo a minha própria companhia.
Um bom tempo mesmo.
Eu deveria começar a cuidar mais de mim. Parar de perder tempo de qualidade com coisas inúteis e focar em fazer algo produtivo. Alguma coisa que me faça feliz ao invés sofrer por alguém que nunca valorizou a mulher incrível que sou.
Sim, é isso...
Vou fazer isso...
Quantas noites, dias, meses e anos perdi a troco de nada, quantas vezes vi meus esforços serem jogados no lixo, quantas mentiras e desculpinhas fui obrigada engolir pelo bem do meu relacionamento? Tantas que é impossível contar. Eu mereço um descanso. Mereço dar pausa nos problemas e aproveitar a vida. Eu mereço ser feliz depois de passar por tanto tormento.
Pensando assim, deixo o quarto rumo à cozinha que, por algum milagre, está vazia. Encho uma caneca com café fumegante do jeitinho que eu gosto. Só o cheirinho me traz uma sensação de conforto e aconchego que só falto ligar a TV em alguma novela que esteja passando neste horário, buscar um cobertor e me jogar no sofá, afinal, isso é perfeito para o clima frio de hoje. Fuçando aqui e ali, encontro uma cestinha cheia de pães de queijo, não demoro pra pôr um na boca e dar uma bela de uma mordida. Delicioso. Quentinho e macio. E com o cafezinho tudo fica ainda melhor. Estou satisfeita desfrutando dessa comodidade, do quão prazeroso é estar aqui e como me sinto leve, como se nada pudesse abalar meu bom humor. Realmente revigorante.
"Engraçado, né? Café com pão de queijo é o título do meu blog e exatamente por isso que significa tanto pra mim..." falo em voz alta para o nada, totalmente entretida com a calmaria do momento. "por me trazer conforto, por me dar a sensação de aconchego e paz que não sinto no dia a dia. Café com pão de queijo é a melhor coisa que já comi." Sorrio após chegar nesta conclusão, observando o pedaço de pão de queijo que tenho em mãos. Dou um gole no café e me sento na bancada.
Comer é uma atividade produtiva.
Vou comer até ficar do tamanho de uma bola, aí vou descer as ladeiras rolando.
Brincadeirinha!
Oi, e aí? Espero que tenham gostado. Foi realmente divertido escrever isso. Procurei não pensar em nada além das coisas que me fazem feliz e gostei do resultado. Agradeço a @cartasnoabismo por me dar a ideia. Se eu não tivesse lido um dos posts dele, não conseguiria escrever nada hoje.
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𝐜𝐨𝐧𝐞𝐱𝐢𝐨𝐧𝐞𝐬 — clicando no read more, você vai ter acesso a uma lista de conexões que escrevi para a minha queridinha, lola. mesmo que os nossos personagens já tenham conexões pré-estabelecidas graças aos skeletons, convido vocês a escolher alguma coisinha pra incrementarmos no plot! se curtir alguma(s), é só dar like no post que eu chamo no chat ou discord.
˛ ⠀ * ⠀ ଓ bora, vai ser tipo o plot de f.r.i.e.n.d.s! — lola comentou com muse a e muse b que pretende sair da casa dos pais esse ano e eles começaram a brincar que iam morar todos juntos. o que era apenas brincadeira virou em um grupo de mensagens, onde eles enviam links de possíveis apartamentos e pins do pinterest de decoração. — aberto (0/2)
˛ ⠀ * ⠀ ଓ menines superpoderosas com parent issues — cassandra e muse d são xs melhores amigxs da lola. ela não se lembra de um momento onde ela não estava com pelo menos um deles por aí. xs muses são as únicas pessoas com que lola deixa o seu lado fofinha melosa aparecer. — aberto (1/2)
˛ ⠀ * ⠀ ଓ dora aventureira e seu fiel escudeiro, o mapa — muse e foi mordido pelo mesmo mosquitinho viajante que lola, e muitas vezes quando a loira resolve meter o pé de mallorca, muse vai com ela. eles já foram para vários lugares e aprontaram poucas e boas juntas, algumas coisas que juraram não contar para o resto do grupinho. — aberto (0/1)
˛ ⠀ * ⠀ ଓ ⠀dois cocos na ladeira, rola ou não rola? — nem lola e nem héctor sabe dizer exatamente quem flertou primeiro, ou quando tudo começou. mas a linha foi cruzada e eles continuam cruzando-a sempre que possível. no entanto, nenhum deles dá mais um passo na direção não tão platônica, pois ambos estão com medo de arruinar a amizade que construíram ao longo dos anos. — fechado (@fckmontoya)
˛ ⠀ * ⠀ ଓ não vai dar em nada não... né? — lola e muse g são bons amigos que não possuem qualquer tipo de relacionamento romântico, porém quando estão estressados ou simplesmente sentem vontade, um liga para o outro e eles acabam se encontrando para saciar seus desejos. — aberto (0/1)
˛ ⠀ * ⠀ ଓ quem é você na fila do pão?? — não adianta; lola e muse h não se bicam. ninguém realmente sabe dizer como começou essa animosidade entre eles, mas todo mundo sabe que ela existe, mesmo que eles finjam o contrário. respostas atravessadas e olhares de desdém é como eles costumam se comunicar; é isso, ou se ignoram completamente. — aberto (0/1)
conexões pré-estabelecidas.
˛ ⠀ * ⠀ ଓ linnet — elas já foram próximas quando mais novas, mas DE LA VEGA se entediou fácil das manias e vontades de LINNET. tinha certo ressentimento da postura arrogante e superior dela também, enquanto a outra ficou sentida – como ela pode me ignorar? quem ela acha que é. há uma inimi-amizade. DE LA VEGA usava LINNET por informações e status. tudo piorou quando LINNET flagrou ela roubando algo da casa dos DE BORBÓN e acabou levando essa vantagem para forçar o laço entre as duas a voltar ao que era antes.
˛ ⠀ * ⠀ ଓ cervantes — tudo começou na escola, quando DE LA VEGA descobriu as habilidades de falsificação de CERVANTES e como ele era valioso na hora de mentir. eles se tornaram cúmplices rapidamente. agora, a garota recrutou CERVANTES para ajudá-la em alguns esquemas ilegais relacionados a falsificações e subornos, a fim de se esgueirar nesse submundo do mercado negro da arte dos DE BELLEFORT. eles formam uma equipe eficaz, com DE LA VEGA sendo a mente impulsiva que pensa grande e CERVANTES sendo o executor que garante que os detalhes vão ser cuidados. eles confiam um no outro para não serem pegos, mas ambos sabem que, se algo der errado, cada um está por conta própria.
˛ ⠀ * ⠀ ଓ valencia — como todos, são amigas desde a infância. diferente das outras, porém, o laço manteve por causa de afinidade pessoal, não por convivência ou conveniência, elas se entendem em seus hobbies, visões e ideias, são como a dupla too-cool-for-school, descoladas demais para se encaixar com os populares, populares demais para se encaixar com os renegados. elas criam as próprias regras.
˛ ⠀ * ⠀ ଓ hayek — o que é que elas tem? uma inimizade com química? sim. uma amizade com implicação? também. há um mistério que ronda o laço dessas duas, e ninguém sabe qual é a verdade, só elas duas.
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DESAFIO LITERÁRIO • 2023 | LEITURAS DE OUTUBRO - NOVEMBRO
★ 𝐎𝐔𝐓𝐔𝐁𝐑𝐎
Um livro fora da sua zona de conforto
Girls - The Luna Brothers
A escolha dessa leitura foi bem no "mamãe mandou eu escolher..." ao abrir meu kindle e não poderia ter acertado mais no desafio do mês.
O sci-fi é um gênero que não sou muito fã mas, admito, é bastante surpreendente, e a história aqui entregou essa surpresa, apesar d'eu achar tudo bem bizarro. Até a parte de aparecer uma moça estranha no meio da noite de forma misteriosa, eu estava ok, mas depois desse ponto, foi só ladeira abaixo, e eu só aceitei o caos. Por conta do absurdo, confesso que dei algumas risadas, principalmente quando a galera descobria como a espécie se reproduzia - homens, né -, mas o nervoso também chegou com os homens não tendo autocontrole algum e culpando as mulheres por isso - a mulherada passando um sufoco da poxa e ainda tendo que lidar com o drama dos caras é pra acabar! A união faz a força, mas foi penoso. Quem quiser arriscar numa bizarrice, essa leitura é um bom passatempo, mas não terminei fã da história e acredito que não lerei mais nada dos autores.
Um livro de um ganhador do premio nobel
Neve - Orhan Pamuk
Essa escolha foi mais pensada. Fui na wikipédia pegar a lista dos vencedores do prêmio e passei um bom tempo conferindo as obras mais relevantes de cada um para poder seguir com o desafio, e decidi por "Neve" pelo tema das garotas acabando com a própria vida. A história é ficcional e trata de singularidades de um país com um desenvolvimento totalmente diferente do nosso; outro país; outra política; outra cultura; outra religião; outro povo. Ainda assim, a identificação vem. A mistura/embate entre estado x religião, a falta de práticas que lidem com mulheres além de enxergarem elas como extensão dos homens, a discussão a respeito do senso de pertencimento de um lugar x a entrada de "outros"… todos assuntos universais e, apesar de muita discussão a respeito dos erros e acertos em lidar com cada um desses temas, ainda assim, não aprendemos.
É uma leitura política, como o autor fez questão de deixar claro, e pode ser bem densa para alguns, mas não achei difícil a compreensão e me surpreendi com a rapidez com que me apeguei a história e quis saber o próximo passo de cada personagem. A tensão criada para o grande evento da cidade, foi muito bem criada e me deixou cheia de reflexões a respeito dos temas citados acima. Foi o primeiro livro do Ohran Pamuk que leio, e espero que não seja o último. Recomendo!
★ 𝐍𝐎𝐕𝐄𝐌𝐁𝐑𝐎
Um livro que será adaptado para cinema ou tv em 2023
A Cor Púrpura - Alice Walker
Desde que foi lançado o trailer do filme musical que será lançado em dezembro/23, fiquei me coçando para ler o livro que estava na minha mente desde a vez que assisti a adaptação de 1985, apesar de fugir por saber a pancada que me esperava - e que pancada boa! Meu maior erro foi pensar que o filme teria me preparado para as emoções que eu tive durante a leitura, porque não foi nada fácil. A história de A Cor Púrpura é incrível porque resgata ancestralidade, denuncia o racismo e machismo na sociedade e na fé, trata de descobertas essenciais para a existência de um indivíduo através da sexualidade, e renova a crença num divino libertador que surge dentro de cada um.
A celie é simplesmente incrível! Mesmo enquanto sobrevivia, encontrando um pouco de consolo na esperança de reencontrar a irmã e ter um espaço no céu cristão, encarava as coisas com uma pureza tão grande que a emoção da leitura não vinha só em lamentar o que ela estava passando, mas por ver que ela acreditava ser capaz de suportar tudo que viesse, e quando veio o amor, o cuidado, e o reconhecimento de que ela podia pensar sobre si mesma, além de desejar e sentir como queria, ela aceitou, e foi lindo demais.
É uma história sobre amor, reconexão e recomeços, e vão faltar caracteres para falar sobre as várias camadas, então apenas deixo aqui a minha super recomendação para que leiam.
Um livro que faça parte de um clube de leitura
The Fury Queen's Harem - Meg Xuemei X
Esse livro foi escolhido num dos clubes que participo porque queríamos uma farofa bizarra pra passar o tempo, mas não nos preparamos pra tanta ruindade. Não tem uma parte coerente nessa história! Foi tanto ser místico/alien/mágico colocado num mundo de reinos mágicos e galáxia distantes que não sei como a autora pensou que daria certo. A protagonista afirma ser o ser mais poderoso do pandemonium - é até rainha de lá - mas hora ou outra deixa escapar que não faz a mínima ideia de como dominar tudo, e toda hora descobre um poder novo - também, metade dragão, metade fae, metade mais sei lá que ser poderoso pode ter ali, fica fácil.
O romance foi outro desastre! A paixão acontece super rápido mas ela se limita a ter um contato maior com eles só na forma de fae, o que acontecia apenas 1h por dia - sério, 900 séculos de seca e a bicha fazendo um negócio desse é completamente sem noção.
Se tu espera que eu fale um pouco mais sobre os coadjuvantes, nem tem espaço aqui. Tem monstros mutantes, príncipes dragões, bestas da floresta, demônios, bruxas, arcanjos, vampiros… Não dá pra falar de cada um. Mas saibam que estão lá por essa rainha invencível que ainda se encontra presa nesse espaço por uma razão bem fraca.
Pelo menos a leitura foi rápida - consegui ler em um dia; culpa da escrita repetitiva.
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Sexta-feira, 04 de agosto de 2023
Tenho uma hora e meia para me arrumar, vou sair com meu amigo e a amiga dele para a mesma festa techno estranha com gente esquisita que fui algumas semanas atrás. Vou escrever correndo e provavelmente me atrasar no processo. Dessa vez vou tentar ser menos EU e ir de acordo com o dress code local: de preto, sem muita frescura. Jovem é assim mesmo aparentemente. Também não posso me apegar tanto assim a estética dark porque logo em seguida irei para oooutra festa, de temática indie com outros tipos de jovens esquisitos. Prefiro os segundos, são pouco menos pretensiosos (mas ainda são).
Tô comendo de janta um sanduíche reforçado e um copo de café. Não quero ficar muito bêbada hoje, já basta ontem. Ontem né, vou ver se consigo falar rapidão sobre isso, primeiro vou tomar um banho.
Saí do banho. Passei hidratante, coloquei calcinha, uma camiseta preta solta e curtinha que achei por aqui, acho que vou com um short beira-cu (apesar de não estar tão quente assim) com uma meia-calça. Ou coloco uma saia? All Star ou coturno? Acho que coturno. Sequei o cabelo e fiz chapinha na franja tal qual a Marina de 2009. Vou com meu casaco motoqueira de couro dourado, faz mais sentido na festa indie que na techno mas é o que a casa oferece no momento.
Tá. Preciso ser rápida que daqui a pouco vou para a casa do meu amigo fazer o #esquenta. Ontem tive um encontro com o menino que avistei de bicicleta no outro dia. Ele me chamou para ir no Theatro, com 'th', chique demais, para ver um show de um nepobaby em que um dos caras da banda é colega de quarto e amigo desse menino. Tudo certo, foi legal. Usei meu blazer belíssimo e eu adoro qualquer desculpa para usar blazer. Depois dei a dica da gente ir num pub que eu gosto e fomos. Tudo certo ainda. Depois foi meio ladeira abaixo então vou tentar despistar o moleque que aparentemente gostou muito de mim. Não quero descrever detalhes das coisas que prefiro esquecer mas preciso deixar registrado que se eu tenho que dizer 'não' mais de uma vez para me fazer de entendida então é tchau para nunca mais. Não chegou a ser realmente escroto mas o potencial estava lá de forma palpável, num futuro com certeza seria.
Enfim. Me inscrevi na academia pela primeira vez na vida. Segunda-feira serei uma nova mulher.
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De repente sinto que essa cidade está pequena para mim
14/06/23
Sei que minha vida não é só aqui, depois de muitos sentimentos criados nessa cidade, existe uma vontade enorme dentro de mim de crescer, de expandir, de estar em lugares que nunca fui, de conhecer pessoas que ainda não conheci, de alguma forma, me transformar por completo na minha verdadeira eu. Porém, sempre há um porém né, para isso existe a famosa frase: "corra atrás", no entanto eu sou a pessoa mais preguiçosa do planeta Terra, não corro atrás de nada, sempre tive medo de correr atrás e quebrar a cara. Tudo por causa de algo que não deu certo em 2014 e eu queria muito, depois disso foi só ladeira abaixo. Para evitar de me decepcionar depois, fui fazendo escolhas que não me exigiam dedicação nem empenho na vida. Só que cheguei nesse momento da minha vida, que é uma espécie de fundo de poço, mas não tão fundo, porque sempre tem como as coisas piorarem, sempre existe algo pior ou ruim para acontecer. Mas a probabilidade de acontecer coisas muito boas são as mesmas. É com todo medo e receio que a gente vai vivendo, lidar com esses medos é difícil no começo, deve ser por isso que já estou procrastinando há muito tempo e não comecei a viver como eu realmente quero, a cada ano que passa, cresce a minha vontade de me tornar independente dos meus pais, de eu ser livre e poder fazer qualquer coisa sem depender de nada deles, mas é impossível eu querer ser livre e manter a mesma qualidade de vida que tenho aqui dependendo deles. Mudando super de assunto, há algo de errado, sinto que alguma coisa está estranha, MC e o melhor amigo dele me deram unfollow por motivos que desconheço, aconteceu alguma coisa. Por que eles resolveram me dar unfollow? Minha intuição está me dizendo que é algo ruim. Eu havia percebido que o MC tinha me tirado dos melhores amigos, mas agora ele me deu unfollow. Tá rolando algo que é fora do meu alcance, mas que vai me atingir de alguma forma no futuro e não vai ser bom. Esse é o pressentimento que estou sentindo. Mas como eu não sou o centro das atenções, vou acreditar que eles só cansaram de ver minhas publicações e me deram unfollow, tirei o MC dos meus melhores amigos, agora é oficial, ele não significa nada mais para mim, eu já venho há tempos dizendo que agora é oficial, que agora é oficial, não gosto mais dele, mas agora eu sinto uma distância ganhando forma, não vamos nos reaproximar mais, não terá mais nenhum revival, algo me diz, que sou página virada na vida dele também. Eu queria tanto perguntar qual o motivo, mas apenas deixarei partir. Pessoas vem e vão, eu pensei que isso não acontecia, para mim, elas apenas entravam na minha vida, mas mesmo distantes não saiam, pelo visto, elas saem e não querem saber de você. Eu serei alguém que nunca existiu. Mais uma desconhecida que se esbarra na Edgar Vieira. Eu fiquei praticamente 1 semana ou 2 semana tentando adivinhar quem foi o bendito que me deu unfollow desequilibrando o meu 149 seguidores e 149 seguindo, deixando apenas 148 e 149, todo mundo que me dá unfollow deveria tirar o meu seguir também, eu odeio seguir pessoas que não me seguem, e depois preciso ficar descobrindo quem foi o bendito que me deu unfollow. Estranho que foi o melhor amigo do MC e em seguida o MC. Isso me deixou encucada. Por que eles fizeram isso? Algo me diz que isso não é bom, mas também não posso fazer nada. Hoje além de tudo isso que aconteceu (nada demais), me descobri uma grande stalker, com poucas informações, descobri sobre a vida de uma pessoa querida, vi as fotos que ela postou e enxerguei a vida dela pela sua forma de ver. Romantizei. Dei cara ao rosto de uma imaginação. Fiquei empolgada com essa habilidade, já posso ser uma detetive particular. Brincadeira, não sou tão boa stalker para isso. Mas saber da vida dela pela perspectiva dela é tão encantador, me faz querer mudar a minha vida, na verdade não é pra tanto, mas acho que eu deveria dar uma guinada na minha vida, ainda mais com 27 anos, o ano da mudança…
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Medo de relações.
Nesses 29 anos da minha vida eu me apaixonei de verdade apenas 2 vezes. O primeiro foi meu amor da adolescência e o segundo foi a loucura da minha vida. O primeiro foi aquele amor platônico sabe?! Nós eramos muito amigos, eu era BV, virgem e ele o carinha mais bonito da vizinhança, ele praticamente tirou o meu BV e também foi com quem tive meu primeiro contato sexual.
Mas o sentimento era só meu e a relação que criei sozinha na minha cabeça, pois ele sempre deixou tudo muito claro quanto nossa relação. Éramos apenas bons amigos e rolou um lance uma vez ou outra. E vale ressaltar: sempre no sigilo.
A loucura da minha vida eu encontrei tudo o que eu idealizava nos meus sonhos de princesa. Um cara fofo, que fala fofo, apelidos carinhosos, família grande, romântico, carismático, extrovertido, simpáticos, educado, que gosta de crianças e cachorros, porém não era muito amante de gatos (tinha que te rum defeito né?!), que fazia eu acreditar que era única e especial e quando estávamos juntos eu me sentia como sempre sonhei, naqueles filmes de romances beeeeem clichêzao sabe?! Antes de me dar conta disso eu não estava nem aí, mas foi só eu perder pra perceber que estava envolvida até meu último fio de cabelo.
Foi quando eu disse a ele que não queria nada além da amizade e ele seguiu (prontamente) o caminho dele e se envolveu com outra. Eu percebi que estava envolvida, mas era tarde demais (eu pensei), então comecei a seguir o meu caminho também, sem olhar pra trás, até que... Ele veio! Daquele jeitinho que ele sabia que ia me ganhar, e então passamos um ano sem se ver, mas conversando como se estivéssemos juntos, ninguém era tão presente nem fisicamente quanto ele foi nesse 1 ano "distante". A gente se falava todos os dias e de uma forma tão íntima que eu nem sei explicar. Mas no lugar da outra eu me sentiria 100% traída se visse aquelas conversas. E ali eu ja sabia que tava tudo errado, mas eu não consegui me livrar.
Ele terminou, e no mesmo instante eu fui correndo pros braços dele e só aí tivemos nossa primeira noite juntos de fato consumado - Na nossa primeira noite oficial minha única experiência havia sido minha primeira vez, eu estava completamente insegura e ele respeitou todos os meus limites, eu ainda me sentia virgem, então teve um pouco daquele drama, sabe?! Rs, daí dessa vez eu não consegui me entregar completamente -. E aí sim dessa vez eu me entreguei inteiramente pra ele, de verdade, de corpo, alma e coração e sentia como se ele estivesse entregue a mim também. Foi a nossa primeira noite de fato e foi tudo lindo como nos filmes, como se ali fosse a minha primeira vez.
Após foi só ladeira a baixo, porque eu me envolvia cada vez mais e cada vez mais era mais difícil ir embora e eu sabia que não poderia permanecer ali pois tinha medo de uma relação onde eu estivesse no mesmo lugar da ex e eu não queria isso. E eu recusei qualquer proposta parecida pois não queria me ver no lugar dela. Não preciso dizer que dpois ele se mostrou quem realmente era e meu filme de romance virou um suspense aterrorizante né?! Ele era uma príncipe sim, mas não era o MEU príncipe, o que eu idealizei casar, subir de noiva no altar, ter vários filhos e viver um felizes para sempre.
No final ele quis ser príncipe pra muitas garotas o que acaba com vários corações partidos, o meu particularmente ficou tão estraçalhado que anos após e eu ainda to reconstruindo e catando os cacos.
Mas a conclusão é: isso me trouxe traumas de relações, dps disso me vejo quase casada numa relação que eu nunca nem quis entrar, antes disso me enfiei numa relação sem pretensão de assumir. Me tornei uma pessoa fria e com pavor de certo status. Talvez seja por trauma de me ver no lugar daquela garota, ou porque ninguém nunca é bom o suficiente pra eu bater no peito e dizer que finalmente encontrei o amor. Até porque nas minha idealizações isso só acontece 1x na vida e eu não quero errar, não quero testar e só quero dar essa oportunidade uma única vez e que seja pra ficar, pra me levar pro altar, pra me dar a segurança que eu busco, pra ser meu príncipe, pra ser um paizão pros meus filhos, pra ser aquela família grande e animada que faz resenha todo final de semana. Pra fazer todos os dias com que eu me senta numa eterna comédia romântica daquela que te faz vomitar arco-íris. Que quando me levar pra cama não adentre só o meu corpo, mas o meu amago, que a conexão não seja só física, mas também de alma. Que eu sinta assim todos os dias. Porque o sexo pra mim está muito para além de físico, de corpo; o meu desejo tá atrelado aos meus sentimentos, meu emocional. E se não for desse jeito, meu amigo... eu nem quero!
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09.09.24 - domingo
Fica mais leve, o peso do meu coração. Dia após dia.
Hoje escrevo aqui com lagrimas nos olhos, que escorrem até o queixo. Escrevo ouvindo Castelo Branco, com a respiração da Eva ao fundo. Paro pra chorar e pra pensar. Mas não é um choro de dor como já foi. É um choro doído, diferente. Alívio, clareza... caminho?
Hoje estou na minha casa, já escevi aqui tantas vezes, de tantos lugares. Mas hoje é diferente. Hoje é tão distante. Hoje é tanto. Hoje é um amontoado de coisas. Hoje quem esreve aqui é a Camila de agora, mas também a de antes. Obrigada camila antiga, por tudo. Por tentar sempre.
Tem semanas que to sentindo que to de TPM, pq tenho estado muito emotiva. Mas, ja tem tanto tempo que uma TPM ja ta emandando na outra. Acho que to num momnto de mudanças, to abrindo a porta pra entrar em outro lugar e isso me toca. Me sinto presente, me sinto aqui, essa consciencia me amociona de várias formas.
Tirei o siso quinta feira e vó veio ficar cmg, depois tio emerosn apareceu aqui com a namorada dele. Eu pedi pizza pra td mundo, vimos um filme juntos, novela, bebemos vinho. Eu proporcionei esse moemnto. Tomamos café da manhã, almoçamos, passamos a tarde. Como é bom recebe-los aqui. Sentir o conorto deles aqui. Sem falar no tanto que eles gostam da Eva.
A Eva. Eva Serafina. Ataíde. Que coisa né kk Eu não tenho nem por onde começar a falar dela, prefiro começar pelo agora, em introdução. Eu tenho medo que ela fique pouco. Me preocupo de que ela fique mais doente e morra. Eu não sei ficar sem ela agora. Estou 101% dependende. Gosto de dormir com ela, gosto da respiração dela, gosto de saber que ela ta comigo e que eu to com ela. Amo e sofro com o olhar dela. O olhar dessa cachorra, meu irmãaaaao. Que as deusas me deem tempo, pra me curar mais com ela. Ela tem sido caminho. Ela tem me dado a oportunidade de me curar. Por favor, quem estiver ai tomando conta desse mundo, não tira ela de mim nem tão cedo. Me deixa me conhecer mais, com ela.
Eu to me reconectando com tudo. Comigo mesma, com meus afetos e intimidades, com meus limites, com meus traumas. O caminho ta mais claro. Eu consegui trabalhar e juntar dinehiro, eu me dei dignidade, eu me dei conforto, eu me dei estabilidade. Eu me dei a chance de poder sentar pra pensar, pra decidir com calma. Eu to seguindo o fluxo (literalmente kk) A flluent ta cada vez maior e mais legal. Tem me dado menos trabalho e mais certezas. Ta mais sólida. Ainda tem mttt coisa pra fazer, mas ta indo. Sinto que ta tudo indo, ta tudo fluindo. Menos minha vida amorosa kkk essa ai é só ladeira abaixo. Mas ta bom. Não to podendo reclamar.
Eu sinto falta da Camila criança. Ela era muito esperta e sensata. Me falta a sensatez daquela garota. Tenho tentado me conectar mais com ela. Ela tinha principios e certezas que eu deixei pra trás. Esqueci que existiam. Tenho tentado me lembrar delas.
Fui ler coisas antigas minhas dessa epoca de anos anteriores. Que bagunça em miinha filha. Mas tudo faz sentido pela sua caminhada. Faz mesmo. Eu li duas coisas em espeicfico: Uma sobre não se permitir, não confiar nem se aproximar de ninguém. Por conta de tudo que passamos (eu cmaila de agr, e as outras tds que estãoa qui) com mãe. Nesse texto eu falava de como me sentia invensível, de que sentia que ninguém podia me machucar mais que ela. Falava sobre não conseguir me aproximar nem me abrir pra ninguém. E ai... li outra, logo em seguida, dos primeiros momentos em que eu estava entendendo e começando a admitir que queria me abrir e me aproximar do Joao. Foi uma loucura sentir td que senti, processar isso tudo.
Era um desconhecimento sobre o sentimento. Eu sentia e me escondia o tempo todo. Não conseguia reconhecer o que estava acontecendo, nem dentro de mim, nem fora. E isso foi só o incio né.. 2021. Estamos em 2024 falando dos mesmos assuntos. Mas agora, de outra perspectiva. Orgulho? Vengonha? Cansaço com certeza. A unica coisa que pra mim não muda, de todas as cartas e textos que eu escrevo: Eu confio que todas as vezes que eu cair, eu vou levantar. Eu sempre faço isso. Não posso me esquecer! As vezes pode demorar mais um pouco, as vezes posso precisar de mais ajuda. Mas eu sempre, sempre faço.
Por fim, minha ultima e final reflexão pra essa noite, é que lendo e escrevendo tudo isso, ficou uma coisa muito clara pra mim. Tudo aconteceu meioq eu de uma vez e eu senti varias vezes que resumi minhas historia nele, nesses ultimas anos. Massss, enquanto tudo isso tava acontecendo com ele na minha cabeça, eu construi minah visa. Fiz 2 faculdades, abri um curso de ingles, aluguei e mobiliei um apto. Naõ foi tudo sobre ele camila! Você viviu muito a SUA vida nesses 3 anos também. Com ele sempre em mente? Sim.. infelizmente. Mas você FEZ MULHERRR. Reage sabe kkkk A gente quer tanto virar essa pagina - eu sou meio obcecada com as coisas ne?!
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Hoje eu pensei no quanto fomos feliz, naquele tempo de idas e vindas no seu interior, na casa da sua família.
Pensei no quanto o nosso retorno me fez acreditar que seria pra sempre, mas o pra sempre foi breve e se acabou. E eu ainda nem acredito que tudo aconteceu como aconteceu. Eu não sei como consegui ser tão forte, e mais uma vez, juntar todas as minhas coisas e partir. Como tive que deixar todas as coisinhas que comprei com carinho para nossa casa, inclusive os cheirinhos que eu amava colocar ali. Eu ainda sinto todos eles.
Como consegui enfrentar as rodoviárias e o peso das malas que me machucavam a cada arrastada. Como consegui suportar a humilhação de voltar.
Sem nem receber uma ligação ou mensagem com um “ei, chegou bem?”.
Mas eu realmente sinto falta da felicidade daqueles dias. Como não?!
Sinto falta de quando andávamos de moto, íamos ao centrinho, falávamos alto e dávamos risada dos outros. Tomávamos açaí, comíamos pastel e bebíamos cerveja na madrugada fria.
Sinto falta de fazer amor quase em silêncio, para não acordar sua família. No banheiro, na cama.
Sinto falta de como você me olhava, como me tratava com carinho, cuidado, amor. Aquilo realmente era amor.
Pra onde foi esse amor? Porque um sentimento daqueles não era de mentira. Sabemos disso.
Sinto falta da sua família. De descer a ladeira que nos levava até Cachoeira. Ou de quando você me esperava com seu carro no postinho de gasolina, onde eu descia do ônibus feliz da vida por estar ali.
Lembro que chorei de felicidade pela primeira vez por você. E foi mágico.
Mas o meu choro mais doloroso, foi você também quem provocou. Que doida a vida pode ser né?!
Que pena que você não pensou em nada disso. Em nenhum momento onde eu tentava argumentar com você, onde eu reclamava, brigava mesmo, porque não queria te perder, não queria perder a nossa história. Não queria perder a vida legal que estávamos tentando construir. E era desesperador tentar te mostrar e você só não via.
Ou não queria ver. Só queria entender da sua forma, da maneira que lhe era conveniente ao seu ego. Apenas para não dar o braço a torcer. Você nunca deu.
Eu te amava e você me deixou ir. Deixou, mesmo, abriu a mão, não lutou. Não aceitou as suas falhas verdadeiramente, nunca pediu perdão com humildade. Sempre ainda achava um jeito de jogar a culpa para mim.
E o seu orgulho nunca vai lhe deixar reconhecer e aceitar isso.
Talvez na sua cabeça eu merecia ser traída mesmo. Foda-se. Merecia que você mentisse olhando no fundo dos meus olhos naquele restaurante bonito em Itapetininga, onde eu promovi uma conversa para te entender.
Mesmo lugar que recorri ao descobrir tudo. Sozinha, com medo, em choque. Sozinha. Como eu me senti sozinha durante todo esse processo.
Eu imagino se as coisas não seriam diferentes se você tivesse caráter e fosse verdadeiro comigo naquela noite.
Eu sei que você sabe que eu não merecia isso. Mas mesmo assim, fez. E refez.
Nós vivemos um sonho! Nosso relacionamento foi como um sonho que saiu da minha imaginação e se materializou. Era tudo tão perfeito com você. Eu achei que seria o pai dos meus filhos, o homem para o resto da minha vida. Eu te amava. Muito. Meu Deus, como eu te amava, mesmo depois de achar que jamais seria capaz de amar alguém assim, eu te amei.
Eu juro pela eternidade, eu te amei como nunca serei capaz de amar um outro alguém.
E você jogou ácido nesse sentimento. Pouco a pouco. Até arder como arde hoje. Queima. Rasga a pele e corrói meus ossos.
Sua indiferença me deixa doente.
Você já teve a oportunidade de me ver literalmente no chão por você. E você fez de novo.
Eu sinto falta daquele cara que conheci no hotel. O que usava uma camisa polo azul, e que me levava para o seu apartamento. Que fazia churrasco nas madrugadas e que brilhava os olhos ao me ver.
Eu sinto falta do cara que me esperava chegar do trabalho a noite, na casa do Dique, e que me abraçava forte pra dormir.
Eu sinto falta de cada momentinho que vivemos juntos, porque eles foram importantes e não vão voltar nunca mais.
Sinto falta daquela garota que fui também, porque ela morreu e não volta. Nem que eu queira. Você matou ela com unhas e dentes, vagarosamente, lentamente. E enfiava a faca cada vez mais fundo com suas mentiras que sempre achou contar tão bem.
Eu sempre soube. Sempre senti cada uma delas.
E você duvida da minha dor. O tempo todo. Porque não fui eu quem fiz contigo. Você com certeza não suportaria. Pra você, não passa de drama. E a culpa ainda é minha. Sou culpada por reagir a sua falta de consideração e respeito comigo.
Bate, mas não aceita que o outro se esquive ou revide.
Lembra que eu fui aquela pessoa que chorava a cada viagem sua de 2 / 3 dias?
Chorava de soluçar a cada vez que voce fechava a porta, e muitas vezes nem conseguia disfarçar, você sabe disso.
E agora você se foi pra sempre. Escapou dos meus dedos como água. Imagina então o quantidade de lágrimas que vou chorar pela eternidade que perdemos juntos?
Eu sempre te quis perto. Sempre quis cuidar de você e te proteger. Amava cuidar de você, céus, eu amava. Me dava prazer. Mas não foi suficiente, eu não fui suficiente pra você.
E hoje eu entendo. Hoje eu aceito.
Você não me quis mais na sua vida. Você não gostava mais de mim.
E eu aceito. Sofrendo, mas aceito. Não me iludo mais. Não busco respostas.
Tudo que você fez, fez porque quis e acabou. Não existem desculpas ou meio termo.
E uma das coisas que mais me dilacera é perceber o quanto eu sempre quis cuidar de você, e o quanto você não quis fazer o mesmo por mim. Em nenhum momento.
Você tenta me imitar, tenta reproduzir minhas falas, tenta se colocar em um lugar de vítima que não te cabe. É doentio e alucinante. Enlouquece qualquer um que tenta ter uma conversa contigo.
Você nunca vai saber o quão frustrante é isso.
O antigo você talvez me defendesse desse cara que você se tornou, que me deixou dormir no chão, que não me ligou ao perceber que eu não voltava pra casa, que não me buscou no supermercado cheia de compras debaixo de chuva, que não queria me buscar num domingo à noite na casa de um amigo, que me ouvia chorar ao seu lado e nada fazia.
O antigo você, que me amava, me defenderia desse cara que gritava comigo, me deixava falando sozinha e batia portas. E xingava. Que ficava em silêncio e não perguntava sobre o meu dia, ou sobre os meus problemas.
E é desse cara que eu sempre terei saudades. Sempre.
E viver o luto de alguém que não morreu, é a maior dor que já experimentei sentir nessa minha passagem por aqui.
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Conheça o Marilion da Trilogia Anjos de Pedra
🌞Olá, luz dos meus dias! 🌞
Como vão as coisas por aí? Espero que tudo bem!
O Elfo Marilion foi um dos personagens que eu mais amei criar, sabe por quê?
🧝🏼
Ele é o típico príncipe encantado que toda mulher sonha conhecer e um pouco mais!
Dentro do coração dele só tem bondade, honra e amor! Tanto que ele chega até a ser inocente e em alguns momentos acaba sendo cadelinho da Arianna Deinne.
Eu no lugar dele teria mandado ela ir catar coquinho na ladeira no segundo livro, mas quem sou eu para questionar “as maluquices que fazemos ou até mesmo nos sujeitamos por amor, né?”.
Eu criei o Marilion, mas ele tem vida própria, assim como todos os meus personagens.
Se você se sentiu atraído (a) por esse post e quer conhecer um pouquinho mais sobre esse belíssimo Elfo, te convido a ler a Trilogia Anjos de Pedra. Ela está disponível na Amazon e Kindle Unlimited.
🙏🏻
💚💚 Um beijo quente e um bater de asas! 💚💚
Espero que você tenha um ótimo final de semana!
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