#não sei mexer em design então vai feio mesmo e sem child fc
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metalwrath-blog1 · 8 years ago
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you can never ever leave without leaving a piece of youth ;task 001
Can anybody hear me? I just want to be me When I can, I will Try to understand That when I can, I will.
Dezembro de 2004. – Gdańsk, Polônia.
Erik não havia ensinado nada de cunho religioso para Sloane, portanto, a menina não comemorava o natal, mas adorava sair de casa para ver as luzes coloridas e as decorações interagindo com a neve incessante. “Está tão frio que vi um gangster levantando as calças, mas ainda quero assistir ao coral. Vamos!” A insistência vinha precedida por um olhar manipulador e inquieto demais para uma criancinha de apenas sete anos, foi o suficiente para fazer Erik ceder e preocupar-se. Quão persuasivo seriam aqueles orbes azuis quando ganhassem experiência? Temia que fossem capazes de sensibilizá-lo e era a última coisa que precisava.
O inverno polonês se intensificava significativamente com o passar dos anos, Sloane podia senti-lo nos ossos e percebê-lo através do nariz avermelhado, além disso, a neve havia coberto algumas construções. Caminhava atenta em cada detalhe da estação que considerava a mais bela do ano, a infindável imensidão branca e um carrossel receberam todo seu foco, talvez por isso não tenha percebido quando a mão delicada se desentrelaçou da mão do pai, este se afastava silenciosamente dela, fugindo e escondendo-se entre outras pessoas.
Sloane não estava preparada para o que viria a acontecer. “Não acha o natal fantástico? As luzes, a neve, os pinheiros e este carrossel tão... Erik?” Virou-se para todos os lados procurando-o, o sorriso de criança encantada desapareceu e uma expressão de agonia assumiu o lugar.
As lágrimas não tardaram a surgir. Estava sozinha na rua mais extensa de Gdańsk, sem saber o caminho de volta para a casa e começava a sentir uma dor de cabeça inédita, gritava de dor, mas se esforçou para correr. Os metais encontrados na praça de eventos eram pouco a pouco distorcidos, de acordo com o misto de emoções que vivenciava, e a cabeça, repentinamente, carregava todos os pensamentos do mundo. Descobriu as aflições alheias, machucou-se e machucou os outros. “Erik!” Deslocou-se entre as linhas do campo magnético terrestre e pôde ver o caos que se alastrava. Artefatos destruídos, pessoas ensanguentadas e nem mesmo o carrossel estava lá. “Papai!” Gritou com a pouca força que restava. Preciso da sua ajuda! Havia encontrado a mente dele no meio de todo aquele terror. Não me abandone! Observou novamente, ainda que com a visão turva por conta das lágrimas, o pandemônio que originou e caiu abruptamente no chão.
[...]
Despertou no conforto do seu quarto, sem dor de cabeça, mas repleta de lembranças ruins do dia anterior. Conseguiu enxergar de soslaio a silhueta masculina e fingiu voltar a dormir. “Ei, você acordou!” A voz do progenitor soava mansa e a mão que outrora a largou, acariciava seu rosto. “Fiquei orgulhoso por ter herdado a minha mutação e outra que, sinceramente, não sei de onde veio.” Sloane não se deu ao trabalho de falar porque sabia que sua voz sairia trêmula e isso era um sinal de fraqueza, então resolveu respondê-lo mentalmente. Eu matei pessoas, tenho que pagar. “Aquilo foi brilhante! Viu as coisas incríveis que pode fazer? Uma cela não a deteria, filha!” Filha. O coração da menina derreteu, esperou tanto para ouvi-lo a chamar assim e agora tinha conseguido. As palavras de Erik manipulavam tão bem quanto os olhos azuis de Sloane e ela ansiava pela aprovação dele, facilmente comprou a ideia. “Vamos para um lugar perfeito para treinarmos suas habilidades sem incômodos, então esteja pronta em menos de trinta minutos, certo?” Beijou-a na testa antes de sair, mas voltou a abrir a porta. “Lembre-se, Slo, mutante e orgulhoso!” A criança sorriu, mas não era o mesmo sorriso ingênuo de encanto que lançou para o carrossel, era enigmático e sombrio. Não iria mudar por ninguém, pelo contrário, iria se aprimorar. Mutante e orgulhoso!
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