#mordida coruja
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skittzdaskittle · 3 months ago
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Skid: so, what job does your mom do?
Traquéia: oh, uh, she works with fast food
Pump: with fast food?
Traquéia: uh....yeah
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I guess you could say she's, uh, making a killing
Bonus og Mordida:
She was originally just me/my persona as a vampire because of the the two moles on my neck, though for some reason the bite marks are on the wrong side here lmao
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mangadocinha · 2 months ago
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mess with the kitten, you get bitten :3
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witchbrasil · 2 years ago
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Ⅷ-Significado de sonhos.
É muito importante que você siga a ordem de estudo para que compreenda os assuntos mais básicos enquanto eu aumento a complexidade do conteúdo, portanto tenha certeza que leu os posts anteriores - que estão devidamente numerados.
Como sempre, minha DM está aberta para sanar qualquer dúvida.
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Acidente na estrada: confiar muito nos outros; algo não planejado.
Água: espiritualidade; emoção.
Agulha: briga familiar.
Altar: autossacrifício.
Âncora: estabilidade; desilusão; algo que o prende.
Anel: completude; lealdade.
Arco-íris: felicidade; oportunidade.
Árvore: princípio da vida; desenvolvimento psíquico; sucesso.
Avião: jornada; começo de algo novo.
Balão: frustração.
Banho: vitalidade; vida longa.
Batalha: conflito interno.
Baterias: discussões familiares eminentes.
Bebê: alegria; responsabilidade. Chorando: planos frustrados. Rindo: planos realizados. Dormindo: período de espera.
Beijo: satisfação; completude.
Bruxo: descobertas úteis; habilidades sobrenaturais.
Caindo: não realização das expectativas.
Camundongo: alguém se intrometeu e interferiu os seus negócios.
Cão de caça te seguindo: boa sorte.
Cão: lealdade; preguiça; raiva.
Carvalho: aumento estável.
Castelo: ambição.
Cavalo: representa seu corpo.
Caverna: retiro ou refúgio.
Chave: segredo; resposta a um problema.
Círculo: totalidade; perfeição; infinidade.
Cisne: beleza; conforto; satisfação.
Cobra: sabedoria espiritual; transcendência.
Coelho: mágica; boa sorte.
Comendo: necessidade de novos interesses; estímulo.
Correndo: uma jornada útil.
Cortinas: ocultação; adorno.
Corujas: sabedoria; mensageiro.
Cristal: união da matéria com o espírito.
Dor de dente: doença eminente.
Dragão: mudança de residência.
Escada: habilidade para subir.
Espada: conflito.
Espelho: escândalo; desapontamento; reconsideração.
Estrelas: esperanças;
Fada: voos de fantasia.
Fechadura: frustração; insegurança.
Flecha: prazer; festividade; escrever uma mensagem que você se arrependerá.
Flores: produtividade; contentamento; prazer.
Fogo: raiva; purificação; abundância de energia.
Folha: mudança iminente.
Gato: independência.
Guarda-chuva aberto: proteção; abrigo.
Hera: amizades fiéis.
Janela: nova visão de algo.
Ladrão: medo de perda; insegurança.
Lagarto: transcendência.
Leão: amigos e afiliações poderosas.
Leque: rivais na paixão; discussão,
Linha: situações confusas.
Lobo: segurança; sabedoria.
Lua: sentimentos.
Luz: esperanças.
Maçãs: desejo; longevidade; muitos descendentes.
Mãe: refúgio; conforto.
Mãos amarradas: dificuldade de se livrar de problemas.
Martelo: vitória.
Máscara: falsidade; decepção; ocultação.
Milharal: riqueza; certeza.
Mordida de cobra: infusão de sabedoria.
Nascer do sol: despertar; limpeza de consciência.
Nascimento: transição para uma nova fase.
Neve: circunstâncias ocultas.
Ninho: casa nova.
Oceano sem ondas: reconciliação; oportunidade; espiritualidade.
Ovelha: paz.
Parede: obstáculos; frustrações; inabilidade.
Pássaros: transcendência de um estado para outro.
Penas pretas: perda e fracasso.
Pirâmide: sede de conhecimento; busca.
Piratas: suspeita.
Polícia: problema com autoridade.
Pombos: sucesso no amor.
Ponte: superar dificuldades; mudança.
Porão: memórias suprimidas.
Pôr do sol: necessidade de proteger bens.
Porta aberta: oportunidade nova.
Prisão: confinamento; frustração; inabilidade de agir.
Pulando: sucesso.
Rato: inimigos poderosos, geralmente desconhecidos.
Relógio de parede: oportunidade perdida; hora de agir.
Rio: espiritualidade; limite.
Ruínas: planos não realizados.
Sinos: realização de planos; alegria.
Soldados: força; organização.
Tesouras: falta de confiança.
Touro: teimosia.
Túnel: esconder; sentir medo.
Vassoura: habilidade para limpar as coisas.
Vela queimando: constância.
Véu: insegurança.
Vidro: futuro bem-sucedido.
Voando: liberdade.
Vulcão: energia sexual; emoções perigosas.
Zoológico: confusão.
Última edição: 13/12/22.
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r-lvpin · 2 years ago
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°  ·  WHAT DOESN’T KILL YOU, MAKES YOU WISH YOU WERE DEAD.  ·  🌿 — {  SELF-PARA.
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No cume da colina, o casebre vitoriano repousava solitário, a silhueta torta sobrepondo o povoado de Hogsmeade. Há muito não se ouvia os gemidos agoniados que, outrora, haviam a rendido o título de assombrada. Mesmo assim, nada além de insetos e os ocasionais animais desabrigados se aventuravam por ali. O luar espiava o cômodo através das rachaduras do telhado, holofotes para as partículas de poeira valsando pelo ar. O ciciar das árvores e o distante piar das corujas eram os únicos sons a ecoar pelas paredes descascadas. Fugindo da cruviana, um gato se espreitara para dentro da casa decrépita, pulando sobre móveis quebrados até reconfortar-se na cama de dossel. De repente, com um pop, uma figura desgrenhada materializou próximo à porta. Colocando-se de pé, alerta, o gato chiou, as íris amareladas observando conforme a silhueta encurvada cambaleava pelos cantos até cair no colchão — o animal curvou a cabeça em direção ao homem mas, ao que esse deixou um longo e doloroso grunhido, o felino recuou e, com um pulo, correu para fora do quarto.
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TRIGGER WARNING  |   Menção (semi-descritiva) de relação parental disfuncional & tóxica;  menção de sangue  (não descritivo);  menção de auto-aversão (não descritivo); menção (semi-descritiva) de ferimentos & violência; alusão a depressão. 
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Forçando o corpo a virar no colchão, Remus não conteve outro uivo agoniado. Sentia cada músculo e osso em seu corpo a repuxar e latejar. Inalando o ar empoeirado, tossiu, sentindo o gosto metálico subindo pela garganta conforme cada arfada de ar expelia sangue. Tentou mover-se, mas os membros estavam pesados, como se ainda estivessem sendo pressionados pela força do lobisomem. Deitou a cabeça para trás, as pálpebras exaustas se recusando a abrir, e os cantos dos olhos coçando com o lacrimejar. Uma solitária lágrima escorreu pela bochecha com a excruciante ardência no tórax. Conseguia sentir onde Fenrir Greyback havia rasgado-lhe a pele, mas também sentia os cortes donde a aparatação apressada haviam o cortado, feridas profundas e impiedosas como as garras afiadas do homem. Esparramado sobre o colchão, a febre intensificava a exaustão. Memórias persistiam em afundá-lo num delírio e, antes que percebesse, sua consciência dissipava.
      ·  {  WHAT DOESN’T DESTROY YOU, LEAVES YOU BROKEN INSTEAD }  ·
Quinze anos antes, Fenrir Greyback não contaminara somente seu sangue. Tal qual um gatuno, o lobisomem saltara o peitoral da janela para dentro de seu quarto, atacando-o onde deveria sentir-se seguro — o capturara e vexara sobre o carpete de dinossauros, em frente às pinturas tortas duma família de três. Tendo desmaiado segundos após a segunda mordida, em suas memórias, a ajuda nunca chegara. Quando os curandeiros haviam sacudido as cabeças para às súplicas do patriarca e o mandado para casa, mesmo após o uso de mágica para a limpeza do local, o odor de pelos molhados e lodosos continuava a atazaná-lo. Mesmo quando adotaram o estilo nômade, as orbes azuladas persistiam em procurar a criatura se espreitando na escuridão: cada vento que quebrava contra as vidraças era como se ele estivesse ali, o provocando; o farfalhar das folhas eram seus passos, os rangidos das calhas sua risada diabólica. Repousar em sua cama, cercado pela escuridão, era retornar para àquela madrugada — e, nas manhãs seguindo as transformações, as memórias das violências que cometera invadiriam sua mente com vividez: as unhas formigavam ansiando estraçalhar, as pupilas dilatavam com o aroma enferrujado e os ouvidos detectariam os padrões duma criatura há quilômetros de distância. A cólera causava-lhe arritmias, um sentimento tão intenso e fervoroso que o levava à morder e arranhar. As marcas que adornavam-lhe o corpo também se encontravam nos batentes, pisos e, por um tempo, pelo tronco do pai. A lua cheia acontecia uma vez ao mês e, cada vez que o corpo reconfigurava-se, nos dias que seguiam, precisava se reajustar a ele, como se trajasse uma fantasia incômoda. As dores e ferimentos o acompanhariam pelos outros dias do mês, constantemente drenando a cor de seu rosto, brincando com sua sanidade. Sua mente parecia um território inimigo cujo domínio lutava para conquistar — muitas vezes, não conseguia distinguir entre as próprias vontades e das criatura. Tinha medo de adormecer e de acordar, de que um dia o animal violento o consumiria. Muitas vezes, desejara que pulasse sua janela novamente, e o ceifasse duma vez.
Mas, enquanto Fenrir Greyback o transformara numa besta, Lyall Lupin o transformara num monstro.
     ·  {  THINGS FALL APART BUT NOTHING BREAKS LIKE A HEART  }  ·
Quando tem quatro anos, Remus Lupin sabe o quê é amor. Amor é o que sente quando a mãe beija-o na testa antes de dormir; são as vozes diferentes que o pai usa quando está contando sobre um mundo inimaginável; um bolo de chocolate numa manhã de domingo. “Eu te amo” são palavras mágicas que fazem com quê os adultos o deem abraços apertados e a garotinha com sardas o dê um beijinho na bochecha durante o intervalo. Amor estava costurado nos pormenores daquelas paredes que chamava de casa.
Aos meros seis anos, quando o sussurram que o motivo pelo qual virava noites em delírios causados pelas dores, que o corpo enfraquecia e empalidecia, que sentia como se sua mente não o pertencesse era porque estava doente, Remus estimara por aqueles gestos com os quais acostumara. Toda criança enferma não deseja nada além do aconchego dos progenitores. Esperava receber um beijo na testa, ter os cabelos afagados e ouvir os “Contos de Beedle, o bardo” até adormecer. Estimara os abraços da mãe, as palavras encorajadoras do pai. Mas os abraços dela não eram mais aconchegantes: eram apartados, sufocantes. O gentil brilho de seus olhos haviam se tornado opacos, vazios. E quando acariciava-lhe as madeixas, eram com dedos trêmulos e lágrimas escorrendo pelas bochechas que, na mesma medida que as suas, haviam perdido a saliência. E o pai… as únicas vezes que o segurava era nas manhãs após as transformações, por poucos minutos, frouxamente — até algum curandeiro abrir a porta e sua mãe correr para agarrá-lo, e o homem deixaria o quarto sem olhar para trás. Nos dias em que conseguia levantar da cama, percebia que Lyall recuaria para o escritório e não sairia até que repousasse. Era como se a ideia de vê-lo o aborrecesse. A única exceção havia sido quando, numa tarde amena de primavera, quando moravam num povoado nos limites de Yorkshire, sentara na grama do quintal para apreciar o céu. A mãe o dissera que o ar limpo o faria bem. Mas, antes que pudesse catalogar as formas das nuvens, sentira o braço ser puxado com tanta força que as pernas esguias começaram a tremer, certo que o monstro voltara para devorá-lo — mas era seu pai, o arrastando para dentro com a cara avermelhada. Ele batera a porta e gritara sobre como não podia deixar a casa enquanto não se livrassem daquela doença. Fora a primeira vez que o vira daquela maneira e, depois daquilo, as portas que davam para o lado de fora passaram a ser trancadas com magia.
Então, amor passou a ser os estranhos que o davam poções e espetavam-lhe, esperando reações que nunca vinham. Eram as noites que a mãe passava chorando sobre sua cabeça, a porta trancada do escritório no fim do corredor. Era a maneira como o restringiam na cama quando sua raiva era tão intensa que se machucava.  
Quando haviam vendido a casa, não os sobrara nada. As pelúcias que abraçava para dormir, os cartões comemorativos que adornavam a geladeira, os livros que usava para praticar a leitura. Para facilitar a locomoção, todos os pertences haviam sido vendidos. Sobrara apenas uma fotografia que, muitas vezes, encontrara aconchegada no meios dos braços da mãe. Nela, ainda possuía as bochechas rosadas e o sorriso inocente. Uma vez, contudo, quando se arrastava silenciosamente pelos corredores da casa numa madrugada em que os pesadelos não o deixavam adormecer por muito tempo, encontrara a porta do escritório entreaberta. Em sua curiosidade infantil, espiara: para sua surpresa, o pai estava curvado na cadeira e, agarrado contra seu peito, sua pelúcia favorita. Outrora, havia a carregado por todos os lados, conversado com ela por horas e a manchado com chá. O pai chorava, apertando o coelho de pelúcia até o estofamento sair pelas descosturas. Então, aos mero nove anos, Remus compreendia. Quando Fenrir Greyback pulara a janela de seu quarto, seus pais haviam perdido um filho.
Continuavam a chamar sua condição de doença, mas há muito ouvira os sussurros sobre a verdade. Sobre como tornara-se uma das feras que o pai caçava. Eles haviam perdido um filho porquê aquilo que se tornara não era a criança que haviam amado, o que exibia largos sorrisos em fotografias e recitava o abecedário sem gaguejar.  Ele era um monstro. Um dia, num café da manhã, alguns meses antes de seu aniversário de onze anos, na rara ocasião em que Lyall sentava à mesa com ele, Remus perguntara. “Por que vocês não me mandam embora?” Passara muitos dias pensando naquilo. Que os pais poderiam mandá-lo embora, deixar que virasse o fardo de outra pessoa. Quem sabe arrumar outro filho.  “E quem iria querer isso?” Lyall respondera após longos minutos, baixo, antes de retornar para o escritório. Foram somente anos depois que considerou que isso era a situação — mas não machucou menos. Em sua culpa e luto, o amor do patriarca se mostrara egoísta. A única versão de Remus que habitava seu coração era àquela que perdera na noite que o lobisomem o mordera.
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A consciência retornou num supetão, o corpo o incitando a acordar. Era impossível dizer quanto tempo passara, mas alguns feixes de luar o acariciavam-lhe o rosto, como se reconhecessem um velho amigo. Apesar do cochilo, sentia-se mais exausto que antes e, quando apoiou os cotovelos no colchão para levantar, sentiu uma pontada excruciante em suas costelas. Permaneceu naquela posição por alguns minutos, a respiração pesada e vagarosa, enquanto reunia forças para colocar-se de pé. Precisava tratar dos ferimentos antes que sua consciência decidisse esvair novamente, exceto que, se o fizesse, temia que não retornaria.
Com um grunhido, agarrou-se ao poste da cama, o utilizando de apoio ao colocar-se de pé e, então, cambaleou pelo cômodo.  Não precisou murmurar um encantamento para iluminar o local, encontrando seu caminho através da memória. Contrário de seus aposentos, a solitária casa na colina tornara-se seu refúgio. Mesmo no escuro, sabia onde estavam os pôsteres de bandas de rock, as coloridas bandeiras de times e o estandarte da grifinória, fixados com magia — assim como onde as fotografias haviam estado, antes de retirarem-nas ao se formarem, deixando apenas resquícios de cola e papel fotográfico para trás. Tinham transformado aquele espaço para eles, para que as madrugadas que insistia em passar sozinho fossem menos solitárias.  
Odiava recorrer à Madame Pomfrey para cada dor o incomodando ou machucado que reabria. Mesmo que o recebesse com palavras dóceis e sorrisos gentis, sua mente sempre voltava para os curandeiros com mãos calosas, os olhares ávidos tal qual um cientista a brincar com seu rato. Estocara bandagens e ingredientes para cataplasma, visto que não podiam utilizar de caldeirões ali, para as manhãs em que estava debilitado demais para conjurar feitiços. Durante seus primeiros anos na Ordem, retornara para aquele local muitas vezes quando ferido, a fim de evitar ser um estorvo para outros membros — por isso, sabia que o estoque ainda estava ali, cheio. Se ajoelhou no chão, próximo a inutilizada lareira, puxando uma tábua no chão para revelar os vidrinhos e caixas de suprimento. Usou a baixa claridade e o olfato para encontrar o quê precisava e, com dificuldade, preparou o cataplasma.
Terminou de rasgar a camiseta — que, após a altercação daquela noite, era mais trapos que roupa —, seguindo a aplicar a mistura sobre os cortes, rangendo os dentes a cada vez que os dedos tocavam a pele. Lágrimas teimaram em cair, e Remus precisou respirar fundo algumas vezes. Quando todos os cortes estavam devidamente úmidos com a pasta, passou a envolver-se nas bandagens, apertando o máximo que conseguia em seu desajeito. Então, por fim, deixou-se descansar contra a parede antes que precisasse continuar com os encantamentos.
   ·  {   I AM THE MONSTER YOU CREATED, YOU RIPPED OUT ALL MY PARTS.  }  ·
Consumido por seu luto, Lyall procurara por e acatara qualquer tratamento que encontrava. Quando nem os bruxos estrangeiros conseguiram inventar uma cura, recorrera aos tratamentos trouxas. Mas, cada um e todos, somente haviam causado sofrimento a Remus. Físico e mental. Não importava o quanto protestasse, o patriarca estava obcecado. E, sempre que exibia reações adversas às esperadas, Lyall apenas viraria de costas e o deixaria para ser cuidado pelos curandeiros, sob os soluços desesperados da mãe. Nenhuma palavra encorajadora, nenhum murmúrio que as coisas ficariam bem. Aos dez anos e meio, Remus era uma criança esguia e comprida de pele translúcida e profundas olheiras avermelhadas, marcado por incontáveis cicatrizes e escondido atrás de bandagens. Cobrira cada superfície que refletisse sua imagem e, em ataques de pânico e cólera, quebrara alguns. Da mesma maneira que o patriarca não conseguia olhá-lo, Remus repugnava a própria imagem. A própria existência, em fato. Interpretavam a distância do pai como outro indício do quão asqueroso e ignóbil era, que não havia esperança para alguém como ele. Quando partira no trem, a mãe convencera Lyall a diminuir as pesquisas uma vez que estaria longe e o diretor prometera que estaria em bons cuidados.
Em seu primeiro ano em Hogwarts, estivera apavorado com a noção de compartilhar o aposento, de estar cercado por estranhos. Era, afinal, a primeira vez socializava com pessoas além dos progenitores em muitos anos; anos que passara com medo da própria sombra, desconfiado dos próprios instintos. Contudo, viver no dormitório o ajudara a fingir que não se importava com o escuro. Quando as luzes se apagavam e os olhos permaneciam abertos na penumbra, se acalmava dizendo que os vultos se movendo por entre as camas eram os colegas de quarto. Os truques de sua mente perdiam efeito a cada madrugada que perdiam em conversas, comendo doces e gargalhando até o amanhecer. Mas o zelo dos amigos também expusera as profundas feridas em seu coração.
Quando aqueles três garotos decidiram por acatá-lo mesmo com seu “probleminha”, desesperadamente almejara por mantê-los por perto. Embora rumores dissessem o contrário, Remus nunca desejara pela popularidade e reputação: seu único desejo era a amizade que o ofereciam, a maneira como o faziam sentir que pertencia, que sua presença era estimada. Mas não demorou a perceber que não era apenas a licantropia que o diferenciava deles. Somente quando os observara regozijando de suas adolescências — se apaixonando, criando problemas, se metendo em brigas, compartilhando seus sonhos — que percebera que alguma coisa dentro de si se quebrara há muito tempo. 
Ao contrário deles, Remus não conseguia existir livremente. Cada decisão que tomava, cada vontade ou opinião que expunha eram feitas com minuciosa consideração. Pois, em seu âmago, estava apavorado que, a qualquer segundo, cometeria um erro que provaria as noções do patriarca: que era um monstro. Muitas vezes sentira como se estivesse a trajar uma máscara. Temia demonstrar como sentia-se, expor a cólera e a melancolia em sua verdadeira intensidade e eles decidirem que não o amavam mais. Porque, para ele, amor não se mostrara um sentimento incondicional e infinito: amor era um sentimento egoísta. Passara noites afogando em inveja, ponderando como as coisas seriam se nunca tivesse sido mordido… se em vez de se recuar no escritório, Lyall o tivesse dito que estava tudo bem. E a cada dia, sua cólera se intensificava. Contra si, contra o pai. Sempre que recuava quando o demonstravam afetos, o ofertavam elogios ou congratulações; que sentia o pânico o tomar quando encontrava conforto sentado entre eles, gargalhando e se aconchegando ao redor da lareira. Continuaria sendo o “amável Lupin” nas visões de seus amigos se pudessem ler seus pensamentos? Se soubessem o quanto repudiava cada milímetro de si mesmo. Como, secretamente, implorava que alguém o olhasse feio num corredor ou o dissesse a coisa errada para que tivesse uma desculpa para descontar sua raiva. Como desesperadamente se comportava e mantinha suas aparências para que não suspeitassem que estava podre por dentro, desprovido de qualquer resquício de amor. Mesmo quando sentia-se, genuinamente, contente pelas conquistas e feitos deles, ouvia as vozes intrusivas em sua mente o sussurrando, criando dúvida sobre as próprias emoções, o mandando numa espiral de auto-aversão. O quanto, pateticamente, ansiava pela companhia, pela afeição, pela leveza com a qual caminhavam por aquele mundo. As demonstrações de afeto nunca seriam apenas um único abraço, um mero beijo, uma dança ou tocar de mãos: eram degustações daquilo que almejava e nunca poderia ter. Porque haviam muitos riscos, porque era um covarde.
Fenrir Greyback trincara seu âmago mas, numa azeda realização, percebera que fora o pai quem terminara de quebrá-lo. Perdido em sua culpa, Lyall partira seu coração, deixando um buraco impossível de ser preenchido. Sua mãe havia estado como ele: trouxa, as únicas coisas que sabia sobre o mundo mágico eram aquelas que haviam sido contadas pelo marido. Lyall a alimentara as próprias crenças, que o único filho tornara uma abominação, que haviam o perdido para sempre. Mas, quando adentrara a escola e fizera amigos, e o diretor a escrevia semanalmente sobre seu progresso, a mulher aceitara que, apesar das mudanças, ainda era seu filho. Porém, nenhuma conquista era o suficiente para seu pai. E, quando ele caíra de joelhos e o pedira perdão, não o concedera. Uma única vez em sua vida, agira em seus instintos, o negando de misericórdia — queria que ele sofresse como havia sofrido, mesmo que soubesse que aquilo nunca seria possível.
Quando conhecera outros lobisomens, encontrara conforto em saber que existiam outros como ele que não compactuavam com os métodos de Fenrir Greyback. Outros que entendiam que seus medos e inseguranças iam para além da licantropia. Que haviam passado pelos mesmos traumas e compartilhavam dos mesmos medos. Outros que sabiam como era temer os vultos no escuro, o quão fácil era de perder o controle e, acima de tudo, que sabiam como era ser abandonado e machucado por aqueles que deveriam os amar incondicionalmente. Entre eles, não se sentira nos extremos — não era nem um monstro violento, nem completamente absolvido de suas imperfeições. E, mesmo assim, não sentira-se entre os seus. 
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Precisou se arrastar pelo quarto em busca da varinha que, quando se materializara, caíra de sua mão ao que sentira as consequências da aparatação corrida: não tivera escolha, se não tivesse aparatado naquele momento — quando Fenrir Greyback lutava contra os efeitos da maldição que lançara contra ele —, teria sido arremessado ao chão novamente e, por fim, virado a refeição de outrem. Encontrou a varinha ao lado duma cômoda, próximo donde havia aparatado. Conforme o cataplasma esquentava, as propriedades curadoras surtindo efeito, a força retornava ao corpo de pouquinho. Ainda sim, teve dificuldades para levantar, primeiro se colocando de joelhos e, então, se apoiando nos móveis para caminhar a cama. 
Havia abaixado a guarda, cometido um erro. Estivera seguindo outro seguidor de Voldemort, tentando coletar informações sobre os desaparecimentos recentes. Não esperara que o lobisomem estaria nas redondezas — por mais que estivesse disfarçado aos olhos humanos, para outros de sua “espécie”, seu cheiro era reconhecível. Especialmente para aquele que o havia transformado. Fora assim que ele o encontrara naquela noite. Mas Greyback não se aproximara para confrontá-lo, pelo contrário, quisera relembrá-lo que sua proposta ainda estava de pé. Você nunca será como eles, Lupin. Sabe disso. O Lorde das Trevas possui propostas muito mais interessante para pessoas como nós. A voz rouca e animalesca dissera. Haviam se encontrado outras vezes quando estava infiltrado nos campos de lobisomem e, na última vez, insistira para que se juntasse a ele — na época, os Potter estavam escondidos e suspeitara que a persistência dele provinha deste fato. E, desta vez, imaginava que as intenções dele com a oferta não eram muito diferentes. Minha resposta permanece a mesma: nunca. Então, a altercação começara. 
Sentou na cama com um grunhido e, sentindo incômodo, flexionou o pescoço, rangendo os dentes quando sentiu a ardência na mordida que recebera ali, entre a base e o ombro. Se ajeitou, seguindo a murmurar encantamentos para auxiliar no processo de cura. Precisaria avaliar, com maior precisão, os ferimentos pela manhã mas conseguia sentir que haviam, ao menos, três costelas quebradas que, ao pronunciar o encantamento, fizeram um crac. Mesmo na forma humana, as lesões provocadas por um lobisomem eram “venenosas”: independente dos esforços ou do quão habilidoso era, sabia que demorariam algumas semanas para se curarem — e que ganhara novas cicatrizes para sua coleção. Ainda que desprovido dos efeitos da lua cheia, Greyback encontrara maneiras de manter sua força, seus reflexos e suas afiadas garras. Era, verdadeiramente, um animal. 
Fora graças às suas experiências nos acampamentos de lobisomem que conseguira sobreviver naquela noite sendo somente conseguira sacar sua varinha poucos segundos antes de aparatar, desferindo um único feitiço contra ele —  antes, fiara-se em suas habilidades com seus punhos. Aprendera a lutar com outros de sua “espécie” porque, nos acampamentos, grande parte deles  rejeitava os métodos dos bruxos. O resto eram trouxas que haviam sido forçados para aquele mundo por lobisomens como Fenrir Greyback. Viviam como verdadeiras matilhas de lobos e, para conquistar sua confiança, precisara agir como eles. Precisara machucar e se machucar até que o aceitassem. Havia sido uma experiência única, divertida até. Marcos (um… amigo que fizera ali), insistira inúmeras vezes para que ficasse, que abandonasse aquelas guerra. O que já fizeram por nós? Mas Lupin não encarava daquela maneira. Era tão bruxo quanto lobisomem; tão trouxa quanto bruxo. Por mais que o mundo mágico continuasse a negá-lo — fosse por seu status sanguíneo ou condição —, não recuaria. E não lutava apenas por si, mas pelos amigos: para que Harry, Neville e tantos outros pudessem crescer sem medo, cercados por aqueles que os amavam.  De qualquer maneira, sobrevivera aquela noite por conta do quê aprendera com “aqueles como ele” e era grato. 
Com um suspiro, deixou-se cair para trás no colchão, sentindo a exaustão o consumir conforme a dor era amenizada. Ao contrário de sua casa, a Casa dos Gritos era desprovida de feitiços de proteção, mas sentia-se seguro ali. Sabia que apenas três outras pessoas naquele mundo poderiam encontrá-lo ali, ninguém mais. Aquele havia sido seu conforto no passado, e continuava a ser no presente. Por isso, não demorou a adormecer, deixando para lidar com relatórios pela manhã. 
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mollyuoli · 4 years ago
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@lucywsley​
“Ai!” Molly gritou, irritada. “Olha por onda anda, pirralho!” dirigia-se a Friederich, que, sem o menor remorso por ter pisado na mão da irmã mais velha enquanto ela ajeitada sobre a grama a toalha de piquenique, mostrava-lhe a língua. Madura que era, a ruiva mostrou-lhe a língua de volta. Endireitou-se e ofereceu a Lucy um dos sanduíches que acabara de tirar da cesta que Audrey lhes mandara. Passou um outro ao irmão, o único de peru, acompanhado de uma careta azeda. “Não sei o que me impressiona mais:” disse, dando em seu próprio sanduíche uma mordida enquanto se estirava sobre a toalha e a grama dos jardins, sentindo a brisa do fim do verão beijar-lhe o rosto. “A mamãe ter tido essa ideia doida de piquenique na escola e ter preparado literalmente tudo, ou as corujas da escola terem dado conta de trazer essa tralha lá de Londres pra cá. Tá bem pesado.” concluiu, levantando a cesta com uma das mãos como se para testar o quão difícil seria levantá-la caso fosse uma ave.
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skittzdaskittle · 3 months ago
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Spooky month ocs :D
(definitely aren't vampires)
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Sketches and doodles :D
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For the comic (it takes place on Halloween)
Before the comic:
Pump: oh, look! (They walk over)
Skid: what's wrong?
Traquéia: my mom's working tonight again this year...
....
Skid: here have a candy!
Traquéia: aw, thanks!
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tatuagenshd-blog · 6 years ago
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66 dos desenhos de piercing no umbigo mais sexy para meninas
Piercings estão se tornando mais populares a cada dia. As pessoas adoram a afirmação de que as joias do corpo dão para elas. Anéis de umbigo são provavelmente a forma mais popular de piercing lá fora. Conseguir um piercing não deve ser uma decisão fácil, há muito a considerar, porque é uma marca permanente no corpo. Há também a questão de complicações ou infecções que podem surgir de um piercing se não for inserido corretamente.
É sempre melhor fazer sua pesquisa não apenas em piercings, mas também em piercings. Erros podem ser cometidos, e você quer garantir que você tenha um verdadeiro profissional trabalhando para o seu melhor interesse.
Depois de encontrar uma loja de piercings, é só uma questão de marcar uma consulta. Você quer garantir que a área em torno de onde o seu piercing será, esteja limpa para evitar que qualquer bactéria entre em uma ferida aberta. Se você quiser minimizar um pouco da dor, não há problemas em tomar uma medicação analgésica antes da consulta. Uma vez que você está lá, seu piercer geralmente vai passar por cima de todos os detalhes para que você seja devidamente informado antes mesmo do início do procedimento.
O piercing na área do umbigo doía?
Com qualquer procedimento em que um buraco está sendo feito no corpo, você tem certeza de sentir alguma dor. Quando se trata de fazer o piercing no seu umbigo, geralmente acaba muito rapidamente. No máximo, você sentiria uma dor aguda, mas acaba rapidamente. Haverá algum desconforto após o piercing, mas isso também será mínimo.
Durante o processo de cura, você pode sentir algum desconforto, especialmente se o piercing for colidido de alguma forma. Se você sentir muita dor ou desconforto durante o processo de cura, pode ser devido a uma infecção. Preste atenção ao que está acontecendo com seu corpo e entre em contato com seu piercer se tiver algum problema.
Escolher um estilo de umbigo pode ser um processo divertido, e nós queremos torná-lo o mais fácil possível para você. Abaixo estão 66 dos piercings de umbigo mais sexy disponíveis para as meninas.
O Piercing Padrão
Este é um olhar bastante típico quando se trata de piercings no umbigo. Uma barra com alguma forma de uma gema no meio. Geralmente é assim que um piercing vai começar antes de você começar a procurar por versões mais criativas de jóias.
2. Um armeiro
Se você é um fã de armas ou tiro, esta é certamente uma idéia fofa para a jóia do corpo. A arma pendurada é uma ideia muito legal.
3. Dreamcatchers
Estes são geralmente encontrados pendurados em sua cama à noite para protegê-lo de maus pensamentos ou maus sonhos, mas por que não tomar esse protecionismo onde quer que vá?
4. Flores Penduradas
Esta é uma sensação doce de um arranjo de flores. Estas flores penduradas brilharão à luz do sol.
5. gemas padrão
Outro exemplo de uma barra de gemas padrão.
6. Coração Cluster
Esta é uma peça única de joalheria e parece um coração em cluster.
7. Apanhador de penas
Outro dreamcatcher, este, no entanto, tem uma pena rosa quente com ele.
8. Jóias Art
Alguns desenhos podem parecer mais arte do que jóias, neste caso, o dono tem uma pequena obra de arte sobre ela.
9. Barbell Art
Outro exemplo de designs padrão de barra.
10. Dreamcatchers são populares
Há muitos dreamcatchers aparecendo devido à sua popularidade. Este é um pouco diferente; tem duas penas e uma pérola azul no meio.
11. Um design adelgaçante
Desenhos de umbigo podem adicionar muito à aparência de um umbigo.
12. Arte do umbigo
Não só esta menina tem seu piercing no umbigo, mas ela tem todo o seu lado esquerdo perfurado com tachas na forma de um coração. Se você estiver procurando por um design exclusivo, então este é o único para você.
13. Anéis e Barbells
Há muita arte acontecendo aqui. Não só há um anel e uma barra, mas ela também tem um par de picadas de cobra no estômago para completar o visual.
14. Designs únicos
Esta menina tem um piercing de barra padrão, mas ele vem com um acessório que envolve sua cintura para formar jóias de cintura.
15. Silver Dreamcatcher
Outro dreamcatcher, este é mais sofisticado em um tom de prata.
16. Desenhos Pendentes
Um desenho pendurado com alguns pregos perto de seus quadris. Esses pinos são bastante comuns quando se trata de piercings; Eles são geralmente projetos muito populares.
17. Barbell de Prata
Uma configuração padrão, esta é uma barra simples sem gemas.
18. Elefantes Nunca Esquecem
Se você é um amante dos animais, este seria um grande projeto para você. É clássico em prata, definindo o tom certo.
19. Pink Dreamcatcher
Este dreamcatcher tem tons de rosa por toda parte.
20. Sonhos de Teal
Um apanhador de sonhos com penas e cerceta, é certo para afastar quaisquer vibrações ruins vindo em sua direção.
21. Cordas Douradas
Um círculo com pedras preciosas e algumas cordas pendentes traz essa aparência de ouro com um apelo sexy.
22. Piercings Sexy
Um barbell padrão não tem menos apelo sexual, em seguida, jóias embelezadas; é tudo em como você agita o visual.
23. Desenhos de Lagarto
Este é um design de duas peças que se conecta no meio. Se você quer uma aparência criativa, deixe este pequeno companheiro pegar carona com você. Ele é certeza de ser o tema da maioria das conversas.
24. Barbell De Cabeça Para Baixo
O visual padrão com a barra virada de cabeça para baixo.
25. Pelo amor dos apanhadores de sonhos
Ainda outro projeto dreamcatcher, este tem três penas e uma gema de diamante.
26. Dreamcatcher Azul Cristalino
Este visual chamativo é devido à cor azul cristalina envolvida no apanhador de sonhos.
27. Uma âncora
Se você gosta de velejar ou andar de barco em geral, experimente esse modelo de âncora por tamanho. Mostre sua paixão pela água ostentando esta divertida joia.
28. A Vida Barbell
Um estômago sexy embelezado com um design de barra padrão.
29. Dreamcatcher Sofisticado
Este design prateado é impressionante e sofisticado.
30. Jóias Penduradas
Qualquer design que traga, dará uma aparência diferente do que uma barra dará a você.
31. Estrelas Penduradas
Este é um projeto bastante grande, pois fica bem baixo no estômago. O design é cintilante e termina com uma estrela de tamanho médio.
32. Estilos Sexy
Um haltere apertado adicionando sensualidade a um estômago tonificado.
33. A lua
Este desenho pendente acaba na lua como se estivesse pendurado no céu.
34. Designs Padrão
Ambos os projetos são bastante padrão, mas ainda são muito populares. O snakebites nos quadris, bem como um piercing no umbigo.
35. Um duplo piercing
Neste design, existem dois piercings separados com dois halteres.
36. Jóias Penduradas
Jóias que balançam acrescentam apelo sexual definido.
37. Penas de diamante
Essas penas de diamante têm um pouco de glamour sério para elas. Eles teriam algum brilho sério se você estivesse no sol. Que lindo design.
38. Corações Duplos
Esses corações que se cruzam são um design lindo e um que fará com que você sinta todo tipo de amor.
39. Gemas Glamorosas
Um visual clássico que sempre será glamoroso.
40. Jóia da Cintura
Outro exemplo da jóia da cintura. Se você está procurando algo dramático, então confira este estilo.
41. Barbells duplos
Essas barras duplas são impressionantes em projetos. As pedras simplesmente brilharão à luz do sol.
42. Um design de gota
Estes projetos de queda são elegantes e elegantes. Um design clássico de bolas caindo, com certeza será um design que vai chamar a atenção.
43. Arte Borboleta
As borboletas são uma escolha popular quando se trata de jóias de umbigo. Esta borboleta particular tem salpicos de rosa. É um design bonito que você vai adorar.
44. Gems Galore
Outro exemplo da barra padrão com uma gema. As gemas sempre dão à barra um verdadeiro estouro, independentemente da cor.
45. Barbells Sexy
Barbells em qualquer cor pode ser sexy na barriga. Pode ser um design padrão, mas não há como negar o quão sexy uma barra simples pode ser.
46. ​​Apanhadores de Sonhos e Corações
Esta é uma forma diferente de um apanhador de sonhos com um desenho de coração no meio. As penas também são múltiplas cores.
47. Uma coruja
Este é um design único; você certamente não vê muitas corujas como arte do umbigo.
48. Uma estrela do mar
Se a praia e o oceano são os seus preferidos, então porque não ostentar um design de estrela do mar? É tudo precioso, então é certo que brilhará enquanto você passa o tempo na praia.
49. Desenhos de Pavão
Um design verdadeiramente único, este ostenta uma grande pena de pavão entre algumas pérolas coloridas.
50. Um arco adorável
Um design bonito para alguém que procura algo doce.
51. Laços entrelaçados
Que ótima aparência! Este é um olhar incomum que tem a jóia torcendo entre si para criar um design único.
52. Sexy e Exclusivo
Todos os enfeites das joias ajudam a torná-lo distinto e original.
53. Barbells e Studs
Uma barra padrão com uma mordida de cobra para o lado.
54. Corações Duplos
Esses corações duplos certamente agradarão a qualquer pessoa com um lado romântico. Um coração é menor que o outro e é composto de pequenas pedras preciosas.
55. Studs All Around
Uma barra padrão com um design cravejado por baixo.
56. Gemas Penduradas
Um design de suspensão com pedras preciosas.
57. Para o amor das flores
Uma flor grande é a peça central para este projeto, criando um visual bonito.
58. Ancorar
Outro exemplo de um design de âncora, para todas aquelas pessoas que gostam de se perder no mar.
59. Piercings Duplos
Este é um único piercing duplo. Uma é uma barra padrão, enquanto a outra barra tem um laço de bolinhas brancas na parte inferior.
60. Vários Clusters
Uma barra com múltiplos clusters rosa pendurados. É um visual divertido que trará algum brilho para o dia.
61. Ode ao apanhador de sonhos
Há tantas escolhas de apanhadores de sonhos porque as pessoas adoram o design dos apanhadores de sonhos. É um design divertido com um significado real por trás disso. Maravilhoso!
62. Um projeto girando
Este é um olhar verdadeiramente único que emparelha uma gema suspensa com um design girando. É uma ótima opção para qualquer ocasião, se você quiser algo que com certeza será o favorito.
63. Um candelabro
Este grande design quase parece um candelabro pendurado. É grande e brilhante e verdadeiramente único.
64. Uma linda flor
Uma flor simples, mas cria um visual tão bonito. Se você quer algo simples, mas bonito, experimente este design.
65. Pena e Arcos
Outro visual original, este tem uma barra com uma gravata borboleta anexada. Há uma pena pendurada que une toda a aparência. Um ótimo visual!
66. Claro e Escuro
Esta é uma barra dupla exclusiva que combina luz e escuridão para criar uma aparência única. A luz e a escuridão juntas mostram um contraste real com um design padrão.
Quando se trata de piercing seu umbigo, faça sua pesquisa e certifique-se primeiramente que perfurar sua pele é realmente o que você quer fazer porque é um olhar permanente. Em segundo lugar, faça sua pesquisa quando se trata de seu piercer porque nem todos os piercers são criados iguais. Se o seu piercing é feito incorretamente, você pode ter infecções ou complicações que poderiam forçá-lo a ter que remover o piercing por completo. Depois de fazer um piercing, a última coisa que você quer é ter que remover as jóias.
Se você descobrir que há uma infecção, entre em contato imediatamente com o seu piercer. Eles geralmente podem limpá-lo facilmente para evitar maiores complicações.
Uma vez que seu piercing é curado, você pode começar a procurar por outras jóias piercing. É aconselhável deixar a mesma jóia até que a cura termine para evitar possíveis infecções. Uma vez que o estágio de cura esteja completo, você estará livre para trocar as jóias o quanto quiser. Há muitos projetos diferentes, e o céu é o limite quando se trata de opções de jóias novas e exclusivas disponíveis para você.
Use este artigo como um guia para comprar suas jóias e você achará o processo muito mais fácil. Esperamos que você tenha gostado do artigo. Por favor, comente sobre o seu design de jóias favorito!
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temostocles · 7 years ago
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Arqueira Branca Capítulos 1 ao 6 Respostando
A Arqueira Branca
 01
 E lá estava ela. Aquela mulher baixa, de um metro e setenta de altura, com um belo corpo, olhos verdes claros, um excelente físico e um cabelo bem diferente. Um cabelo branco como a neve. Esse cabelo fez ela ser motivo se chacota durante a infância o que a levou a odiar eternamente esse cabelo. Alguns sacerdotes dizem que o motivo de ela ter nascido em um rio durante uma noite de lua cheia fez o cabelo dela a tomar essa coloração. A verdade é que não se sabe a verdade. Em si, essa mulher era muito linda. Ela estava em uma floresta de grande extensão há dois dias caçando. Caçando um cervo albino. Um animal bem raro pelos lados de Alderium, país onde nossa jovem caçadora vive. E antes que eu me esqueça, o nome dela é Avenya.
Vamos falar um pouco sobre nossa querida dama antes de dar continuação a narrativa. Avenya tinha vinte e cinco anos e era uma especialista em arco-e-flecha. Sim, uma arqueira. E uma arqueira EXTREMAMENTE boa. Desde seus dez anos ela se destacava nessa arte. No arco-e-flecha foi o jeito da jovem deixar de ser implicada por outras crianças pela cor do cabelo. Além disso o treinamento com facas e lutas corpo-a-corpo. Imaginem que ninguém nunca mais mexeu com ela por muito tempo. Conforme ela foi crescendo e foi ficando bela, os meninos começaram a correr atrás dela. Não eram apenas alguns. Eram MUITOS, mas muitos meninos mesmos. Dando presentes, cartas, canções, poemas, doces e tudo o que mais você, caro leitor, pensa em presentes para agradar uma dama. Entretanto, ela sempre ignorou na maioria das vezes. Ficava com os presentes por dó. Nunca chegou a dar nenhuma chance para algum garoto. Avenya achava que um homem deveria se mostrar um bom guerreiro para tentar conquistá-la ao invés de dar presentes fúteis. Ela chegou a ganhar um apelido na infância o qual gostou e o leva até hoje contigo. “Neve”. Sim, por causa de seu cabelo. Neve cresceu em Raghtu, uma das grandes cidades de Alderium. Raghtu era especialista em aço devido as suas minas e também uma excelente produtora de madeira de qualidade. Nisso saiam excelente arcos de lá e também o aço bruto para outras cidades. A cidade conseguia muito dinheiro com esses dois materiais em especial, mas é óbvio que tinha renda vindo de outros meios.
Agora que já foi falado um pouco da história dela, vamos voltar a narrativa normal. Ao longo dessa narrativa, esse narrador aqui, pode vir a fazer essas pausas novamente. Então, não fiquei bravo comigo, caro leitor.
Antes de Avenya chegar nessa floresta em busca de sua caça, ela tinha sido avisada a um amigo em Raghtu de que tinham boatos de um cervo albino estar na floresta a cem quilômetros ao sul da cidade. Era apenas um boato, porque como é o inverno e a neve caia, qualquer um ter visto um cervo e a neve podendo ter confundido sua mente. Ela não pensou duas vezes e voltou correndo para sua casa pegar seu arco, sua aljava, capa, botas e alguns suprimentos na bolsa. Tudo branco para conseguir ficar ainda mais camuflada.  Para Neve conseguir caçar aquele animal seria a melhor coisa possível a se fazer. Dizem que a carne de um animal albino é a melhor de todos os tipos. Ela tinha um bom dom para culinária, então mais um motivo para conseguir capturar o animal.
Assim ela partiu em busca desse animal raro.
Pegou seu cavalo, Noite de Fogo, no estábulo e partiu rumo ao sul. E não me perguntem o porquê de “Noite de Fogo”. Só sei que o cavalo tem uma coloração avermelhada, sua crina é preta como a noite junto com seus olhos. Deve ser por isso o nome. Sei lá. Vamos seguir em frente.
Com Noite de Fogo, Avenya chegou em Alluir em apenas um dia. O cavalo era muito rápido e para ele se cansar era complicado. Esta cidade ficava a cerca de dez quilômetros da floresta onde o animal estava. Ela conseguiu percorrer noventa quilômetros em apenas um dia! A partir daí ela seguiria a pé. Em Alluir a arqueira deixou o seu cavalo no estábulo da cidade e sua bolsa no quarto da pousada que reservou. Verificou sua aljava com suas trinta flechas (arqueiros COMUNS costumam andar com apenas vinte devido a qualquer número superior a este começar a fazer peso desnecessário). Verificou seu arco, viu se a corda continuava firme e boa. Prendeu o longo cabelo branco em um rabo-de-cavalo. Colocou o capuz de sua capa e saiu rumo a floresta. Quem a olhasse de costas via apenas um vulto branco em meio a toda neve.
Ao chegar no local, o inverno dominava completamente o lugar. As árvores com folhas e galhos completamente brancos. O solo coberto por muita, muita, muita, mas muita neve mesmo. No começo Avenya simplesmente viu corujas, ratos, gatos selvagens e pássaros. Ela sempre tinha uma flecha na corda. Por dois dias ela ficou totalmente sem sinal do animal. Como tinha esquecido as rações na bolsa a qual deixou na pousada, acabou comendo o que passava a sua frente. O problema foi conseguir ascender uma fogueira. Ela demorou algumas horas até ter êxito e comer. A arqueira já começava a ficar desanimada que seu sonho podia ser apenas um boato. Só que, para a felicidade de nossa jovem, isso não era mais um boato. Ela escutou passos pesados na neve e escondeu-se rapidamente atrás de uma árvore. Quando colocou a cabeça fora do tronco da árvore, viu um par de grandes chifres e um animal branco como a neve. Imaginem um cervo adulto, com chifres grandes, alto e belo. Aquilo era um animal sensacional. Era dos deuses aquele bicho. Nada jamais tinha sido visto antes por aqueles olhos verdes. Uma lágrima caiu de seus olhos ao ver aquela cena. O cervo tinha achado um local onde não tinha neve e comia a grama. Avenya, segurando seu arco com a mão esquerda e a flecha com a outra mão, posicionou o arco a sua frente e puxou a flecha até onde conseguia encostando a mão em sua face. Braço esquerdo bem reto a sua frente e sua mão direita bem próxima a sua bochecha direita. Sua respiração mantinha-se normal. Saiu com todo o cuidado do mundo de trás da árvore e ficou em posição. Agora essa era a parte difícil. O momento do disparo. Ela parou de respirar, focou ao máximo sua presa e soltou os dedos da flecha. A flecha voou rapidamente em direção ao cervo albino.
 02
 No exato momento que a flecha deixou o arco algo aconteceu. O animal pulou em uma velocidade absurda. Avenya simples ficou pasma com a velocidade dos instintos do animal. Contudo, ela também era rápida. Enquanto o animal corria, flechas voavam atrás dele. Foram três flechas. Todas desviadas. Mas a terceira tinha pego a pata traseira esquerda de raspão. A Neve apenas observava aquele ser divino correr para longe de sua visão. Observava admirada com a beleza que o animal tinha e por ser uma presa difícil. Não há nada mais emocionante para um caçador do que uma presa desafiadora. Imaginem caçar algo fraco que não dá resistência. Tedioso, não?
A flecha que pegou de raspão ajudou demais. Havia uma trilha de sangue. Uma trilha de sangue em meio ao branco da neve. A Arqueira Branca não conseguia parar de sorrir. Emoção em todo corpo. Cada célula dela vibrava em uma intensidade absurda. Ela manteve o arco em posição o momento todo. Corria como se o mundo fosse acabar.
Por quase uma hora a caçadora correu. Correu. Correu. E correu. Seguindo aquele rastro de sangue. Avenya tinha entrado muito fundo na floresta. Parecia que o centro da mata não tinha tanta neve como a borda. Alguns locais tinha o solo bem visível. Continuo correndo até que ouviu algo. E não era coisa boa. Um tipo de uivo. Não de cães normais. De algo maligno. Algo com um instinto assassino absurdo. Ela simplesmente foi pulando de galo em galo na árvore mais próxima para conseguir ficar escondida. Colocou o capuz sobre a cabeça e ficou imóvel. Quem olhasse diria que era apenas um galho. Por alguns minutos Avenya não mexeu um músculo. Até o momento que ela ouviu passos na neve. Passos velozes. E pesados. Quando ela olhou para o chão viu três quadrúpedes. Eles tinham pelo menos três vezes o tamanhão de um cão de caça. Tinham uma pele azulada com as patas totalmente negras.
- Neftaros. O que eles estão fazendo aqui? Eles deviam estar em Eguarton! – sussurrou em voz baixa a arqueira.
Neftaros são animais demoníacos de origem em Eguarton. País que faz fronteira ao noroeste de Alderium. Eles são designados a pura matança. São grandes, fortes e rápidos. Sua mordida queimava. Suas patas continham veneno, por isso a coloração extremamente negra. E tirando o olfato extremamente aguçado. Uma coisa boa era que o cheiro de humano eles não podiam sentir a menos que o Invocador tenha dado algo que pertencia ao caçado. Quando são invocados, só param quando matarem aquilo que foram designados a matar. Caso algo entre no caminho deles, a morte é quase certa. E sim, eu disse “invocados”. Afinal de contas, demônios são invocados. Mas isso é algo que acontece apenas em Eguarton. Ou pelo menos costuma só acontecer lá. Não teria um porquê desses demônios estarem tão longe do seu país de origem.
- Você perdeu o animal novamente, Ifart! – rosnou um dos Neftaros. Esse aparentava ser um pouco menor que os outros só que com mais peso.
- Não perdi nada, Iguali. Caso sua cara de merda não tenha olhos, olhe a maldita trilha de sangue! – retrucou o Neftaro com uma enorme cicatriz no olho e o mais magro.
           - Chega! Os dois filhotes ficarão brigando por leite? Melhor caçarem ao invés de discutir porque senão eu mesmo irei comer suas cabeças! – urrou o maior e mais azulado dos Neftaros.
           - Sim, senhor Tamagos – disseram em uníssimo.
           - Agora vamos atrás no animal albino.
           Antes de mais nada, Neftaros falam sim.
           Avenya estava com o coração na mão. Jamais ela pensou que aquelas feras estariam em seu país Ainda mais no mesmo lugar que ela estaria caçando um animal raro. E ainda por cima o mesmo animal que ela. Ela ficou com medo, sentiu um desespero e tinha raiva. Ela jamais deixaria que eles fossem matar o que ela caça. Pulou rapidamente de galo em galo até chegar ao solo e seguiu o rastro de sangue. Ela simplesmente correu duas vezes mais rápido do que já tinha corrido. Isso senão correu ainda mais rápido. Demorou cerca de mais uma hora até ela ver no horizonte aqueles seres demoníacos cercando algo grande e branco. Eles tinham cercado o cervo albino. Rodeavam-no com uma intenção assassina que podia ser sentida a dez metros de distância. A mão do arco tremia de medo. Não só a mão como o corpo todo. Não era apenas medo. Era a excitação de poder caçar demônios e um animal raro. Quatro de uma vez. Um grande prêmio. Ou apenas uma grande porção de azar.
E se algo der errado, não me culpem! Apenas narro os malditos fatos que acontecem!
O Neftaro mais magro, Iguali, saltou para cima no albino pelo seu flanco direito. O salto foi tão rápido que Avenya quase não consegue acompanhar. “O mais magro é o mais veloz, tenho que tomar cuidado com este” pensou a arqueira. A caça conseguiu se esquivar dando um pulo para trás, mas no mesmo instante que suas patas tocaram o solo, Ifart pulou com a boca aperta com foco do lado esquerdo do pescoço. Quando Ifart ficou a poucos centímetros de distância o cervo um chifre foi de encontrou com a sua cabeça e o fez afundar um pouco no chão. Aquele ser albino tinha uma força absurda. Só que ele não teve tempo de se recuperar que Tamagos saiu correndo em uma velocidade alta para cima da caça. Ele foi de encontro frontal. A caça pulou para a esquerda para desviar da investia. Só que Tamagos tinha aquela velocidade anormal. Antes mesmo do cervo encostar as patas na grama Tamagos já tinha redirecionado a investida para cima do animal branco novamente. Porém, de algum modo, mesmo estão no ar, a caça saltou um pouco mais alto que a altura do Neftaro conseguindo. Se os meus olhos não pregaram uma peça, ele chutou o ar para conseguir mais altura.
Avenya ficou sem ar por ver aquela luta. Em desvantagem o animal caçado conseguia se sair melhor do que era esperado. Uma cena de se admirar com gosto. Enquanto ela processava o que tinha visto, viu o que os outros dois cães demoníacos iam correndo, um de cada lado da presa, com tudo para deixá-lo sem opção de fuga. A presa tinha o foco no líder deles que não viu ou ouviu a aproximação. E foi nesse instante que a Neve demonstrou seu dom com o arco. Colocou o arco em uma posição horizontal com duas flechas. E cada flecha separada por um ângulo muito aberto. Prendeu a respiração. E soltou a corda. As flecham passaram zumbindo. E cada uma acertou a perna traseira das feras. Aquilo gerou urros de dor ensurdecedores. Tamagos virou-se para ver onde tinha vindo aquelas flechas e apenas viu um par de olhos verdes em toda aquela neve. O olhar dele estava com uma raiva imensurável e assustadora.
- HUMANO! IFART! MATE-O! – ordenou o líder.
  03
Avenya nunca ficou com tanto ódio de seus olhos. Ifart correu na direção nela. Por um segundo ela ficou imobilizada. Encarar aquelas olhos vermelhos, cheios de ódio e sedentos de sangue deixaria qualquer pessoa imobilizada por muito tempo. A sorte era de Avenya não ser qualquer pessoa. O Neftaro correu em sua velocidade sobrenatural. Alguns metros antes de chegar onde se encontrava a Neve, ele saltou. Um salto em uma velocidade absurda. No momento do salto não deu mais para ver a bola de pelos azuis. Contudo, Avenya tinha experiência. No mesmo instante em que viu o animal pulando, saltou para o lado conseguindo desviar. O animal se colidiu com uma árvore de tronco largo. Um buraco tinha sido feito na árvore. Isso apenas prova a força de um Neftaro. A arqueira ficou impressionada com a força de impacto. Ela apenas pensou o estrago que aquilo poderia fazer no corpo dela caso ela tivesse sido atingida. Antes mesmo de o demônio conseguir ficar em pé, Avenya já escalou rapidamente uma árvore próxima para conseguir altura.
Lá em cima ficou observando o ser demoníaco se erguer e procurar a vítima. Ifart ficou farejando o ar e não conseguia nada além de sentir o cheiro do cervo. O problema de um Neftaro caçar algo ou alguém o qual ele não tinha sido invocado para tal, era que ele não poderia farejá-lo de jeito nenhum. Dependeria de sua visão e audição. Ela ficou deitada no galho vendo o animal olhando para cima procurando-a.
- Muito bem, Avenya. Você tinha acertar os Neftaros. Agora tem um te caçando e os outros atrás do cervo – pensou em voz alta sozinha.
Ifart começava a perder a paciência por não achar à humana. Continuava olhando para cima com esperança de ver aquele par de olhos verdes. Nada com muito sucesso. Não obstante, em certo momento ele foi olhar para o lado que ele tinha investido, assim ficando de costas para a Neve. Foi nessa hora que a mesma viu como chance perfeita. De sua aljava tirou uma flecha diferente. Ela tinha a ponta mais grossa e uma corda branca em volta dela. Esta flecha possuía alguns mecanismos os quais desconheço como funcionam. Ela ficou em pé, apontou para a árvore do outro lado, respirou fundo, e soltou a flecha. Ela voou em direção à árvore sem reproduzir barulho nenhum. Não fez barulho nem mesmo quando a flecha se encontrou com a madeira.
Por causa da neve não se via a corda branca que a flecha deixou. Uma parte estava presa na árvore e a outra estava no pé de Avenya. Isso graças aos mecanismos bizarros nesta flecha. Neve pegou a corda que estava ao pé dela e amarrou na cintura. E se você está se perguntando se ela vai fazer o que você está pensando que ela fará, sim, ela fará exatamente isto.
Mais uma flecha foi colocada no arco. Mirou em direção ao Neftaro e se preparou. Apontou o arco na direção da fera. Posicionou a flecha na corda. Puxou a flecha até sua mão ficou próxima à bochecha. E disparou. A flecha foi em uma velocidade grande. Deve ter sido a gravidade que ajudou a melhorar a velocidade. Na verdade, esta flecha era mais fina do que a maioria das outras. Apenas quando a flecha chegou perto de Ifart ele a escutou rasgando o vento. A reação foi lenta. A estrutura da flecha a deixava rápida demais. O objeto voador simplesmente atravessou o cão demoníaco no lado esquerdo do corpo. Não ficou presa. Não raspou. Ela atravessou por inteiro o demônio. A fera gritou de fúria e dor chamando a atenção de seus irmãos. E foi nesse momento que o cervo aproveitou que os inimigos tinham abaixado à guarda, e correu para longe.
- NÃO DEIXE O ANIMAL FUGIR! – urrou Tamagos para Iguali. E o mesmo saiu correndo atrás do animal enquanto Tamagos se aproximava de Ifart.
- O que você está fazendo, Ifart? – perguntou o chefe.
- Estou tentando matar o humano que o senhor mandou matar! – respondeu.
- Pelo visto você não fez um arranhão no corpo do humano, pois não vejo uma gota de sangue dele. Apenas vejo sangue seu!
O Neftaro mais magro foi recebido com uma patada na cara. Ele não fez nada a não ser olhar com ódio para o demônio maior. Digamos que se ele revidasse, as chances dele morrer iriam ser altas.
- Iguali irá retomar a caça. Já que você não é capaz de matar um simples humano sozinho terei que fazer esse serviço.
- Sim, senhor.
Na hora que Avenya viu que tinha mais Neftaro atrás dela, o coração começou a bater ainda mais forte.
- Estou fodida nessa merda!
  04
- Estou fodida nessa merda!
Opa. Nossa cara dama não tem uma das bocas mais educadas do país. Só quem não diria uns belos palavrões em situações assim? Vamos voltar ao que interessa de uma vez.
Avenya disse mais alguns palavrões depois do outro Neftaros ter se juntando ao primeiro. As duas feras ficavam olhando fixamente para cima. Na esperança de achar o humano. Apesar de que “esperança” não é a melhor palavra para demônios.
Nossa amada Arqueira não sabia o que fazer. Ela sabia onde estava sua presa. E tinha algo caçando sua presa. E ela estava impedida de prosseguir por ter duas coisas no seu caminho. Ela não tinha mais a flecha para ir de uma árvore a outra. Se ela tentasse isso com certeza seria vista. Ela tinha mais vinte e seis flechas na aljava. As ideias começavam a limitar. O nervosismo começava a bater.
- O que diabos eu faço? – perguntou-se dentro de seus pensamentos. – Tanto lugar para morrer e justo em uma floresta no meio do nada e no inverno.
A vontade de largar o arco estava aumentando cada vez mais. Ele parecia cada vez mais pesado. Braços e mãos tremiam de forma descontrolada. Só que o universo é belo e deu um sinal para ela. Atrás dos Neftaros o cervo apareceu com o terceiro Neftaro atrás dele. Mas o Neftaro que estava sendo pressionado. Aquilo acendeu algo dentro de seu corpo que deu energias renovadas para ela. O peso sumiu. A tremedeira sumiu.
A Arqueira Branca tinha voltado ao estado normal.
O cervo investia ferozmente em Iguali. O cão demoníaco apenas olhava com medo o animal. Jamais que ele esperava uma situação daquelas. O animal albino investia usando seus enormes chifres. Agora eles pareciam terem ficado com pontas finas ao invés das arredondadas. Além de ele parecer maior. O animal deu outra investida veloz. Pulou e juntou as patas ao corpo para pegar mais velocidade o que resultaria numa força de impacto maior. Iguali até tinha conseguido desviar, MAS NOVAMENTE o cervo chutou o ar e acertou os chifres na lateral do demônio. CHUTOU O AR! Detalhe: Avenya dessa vez tinha visto isso nitidamente. Tamagos e Ifart foram socorrer seu aliado. Nesse momento adrenalina veio à tona.
No mesmo instante que os dois perseguidores ficaram de costas para ir atrás do albino, a dama pulou da árvore já com o arco em posição. As feras escutaram o som de algo com peso cair na neve. Só que o erro do movimento de virar para ver o que era foi fatal. Assim que ambos ficaram de lado, Avenya soltou a flecha. Vinte e cinco flechas. A primeira pegou na lateral de Tamagos. Antes que a flecha atingisse seu alvo ela já estava com outra flecha na corda e atirou em Ifart. Vinte e quatro flechas. A reposição de flecha dela era veloz demais. Detalhe: em Ifart, a flecha foi no mesmo lugar em que ela tinha acertado quando Ifart foi para cima do cervo. Uma flecha sobre fecha. Saiu muito sangue daquele ferimento. Ifart chegou a tombar. Tamagos era resistente demais. A estrutura de seu corpo favorecia isso. Tamagos não ligou muito para dor e foi para cima. Com um salto gigantesco.
Avenya não teria tempo de repor outra flecha porque foi pega de surpresa pelo salto. O que ela fez foi inusitado. E aconselho a não fazerem isso quando estiver cara-a-cara contra um Neftaros. Ela segurou na parte baixa do arco, esperou a besta se aproximar e bateu com o arco na cara de Tamagos. O barulho foi lindo. Vocês devem estar pensando que o arco ficou em pedaços. Ele estava intacto. E a Neve demonstrava um sorriso que sua estratégia tinha dado certo. Se podemos chamar isso de estratégia. No chão via-se um dente de Tamagos.
- DO QUE É FEITO ESSA MERDA DE ARCO?! – perguntou totalmente irado o Nerftaro líder, enquanto observava o sangue deixando seu corpo e um daqueles dentes pretos naquela neve.
- É feito de carvalho negro, demônio filho da puta! – respondeu com um belo palavrão a arqueira. – Eu tenho mais de onde veio essa porra, seu verme! QUER ME MATAR? PODE TENTAR!
O desafio foi lançado. A cara azulada de Tamagos começava a ficar roxa de ódio. Nenhum humano antes tinha ferido ele. O seu orgulho estava despedaçado. Aquilo apenas aumenta a sede de sangue do ser demoníaco.
A menina colocou o arco nas costas. Pegou as duas adagas de lâminas médias na parte de trás do cinto. Com as lâminas voltadas na vertical para baixo, afastou suas pernas, flexionou seus joelhos, assim ficando em posição de batalha. Ifart tinha se recuperado e vinha para cima. Neve ficou esperando até o último segundo para fazer algum movimento. Ela sabia o quão rápido seus inimigos podiam ser. Neste último segundo ela pulou para o lado direito de Ifart (o lado esquerdo era onde ele tinha sido atingido pelas flechas) e fez um corte enorme. Muito sangue foi derramado. E mais gritos de fúria. A garota demonstrava um sorriso sem igual na cara. De uma orelha a outra. Seu corpo está agitado demais. Com todos os sentidos bem afiados. Tamagos tentou pegá-la de guarda baixa, porém foi recebido com o punhal da adaga na cara levando-o de encontro com o chão. Podem apostar que a adrenalina deu uma forcinha aí. Ela fez alguns corte pequenos, mas profundos em Tamagos. Os pelos dos Neftaros eram grossos e duros. Serviam como espécie de armadura, contudo isso não era muito útil com lâminas feitas de aço gélido. “O que é aço gélido?” você deve estar se perguntando. Aço gélido é a mistura de aço com rochas de gelo. Eu não sei como funciona o processo de fabricação e nem como removem um rocha de gelo, mas uma rocha de gelo é uma rocha que é feita de puro gelo o qual nem mesmo o sol consegue derreter. Apenas temperaturas elevadíssimas conseguem derrete-la. Está mistura de aço com este tipo peculiar de rocha dá um material de alta resistência e habilidade de corte. Mais sangue verde manchava a neve. E sim, o sangue deles é verde caso eu não tenha dito. Realmente, não me lembro de dizer isso.
Vamos voltar para a luta...
Avenya guardou as facas em suas bainhas no sinto e pegou o arco novamente. Tamagos estava atordoado. Ifart já tinha ficado em pé e preparava outro golpe. Acho que até vocês vão sentir dó do demônio depois do que irá acontecer. Uma flecha foi disparada no meio da cabeça de Ifart. Logo em seguida outra no lugar onde a flecha se encontrava. E outra, outra, outra, outra, outra, outra, outra, outra, outra, outra, outra, outra, outra e outra. Quinze flechas disparadas sem intervalo algum no centro da cabeça. O animal já tinha morrido com tantas pontas em seu cérebro. Tinha sangue demais no chão. E ela tinha sangue de demônio em suas mãos. O corpo do animal caiu morto. Tamagos continuava atordoado. Iguali gritou de ódio e correu em direção da assassina de seu companheiro. Ele recebeu cinco flechas em sua cabeça, mas apenas uma penetrou superficialmente. Este tinha uma cabeça mais dura. E os pelos de sua cabeça pareciam ser mais duros.
- Merda! – xingou a guerreira.
Só que ele viu umas pontas atravessando o corpo de Iguali. A cara era de perplexidade. O cervo tinha corrido até lá e enfiado seus chifres no corpo de Iguali. Os chifres forem capazes de atravessá-lo como se não fosse nada.
- Animal mal... mal... – Iguali não tinha capacidade falar. O cervo tirou os chifres do corpo e deu um coice na cabeça do demônio. Foi possível escutar o som de osso se quebrando.
Ela olhou para o animal albino perplexa. Não conseguiu acreditar no que tinha visto. Na verdade, ela já tinha visto o animal chutando o vento, então não teria problemas em ver que o animal salvou a vida dela. Só que não sou eu quem decide a emoção das pessoas.
O belo cervo ficou onde tinha dado o coice. Para Avenya ele estava a sua frente e de lado. Ele já tinha virado o corpo para ver se o cão continuava morto. Avenya foi aproximando-se devagar de sua caça. Ela nem sabia mais se aquilo ainda podia ser chamado de caça. Devagar. Devagar. Foi devagar até chegar perto o suficiente para sua mão tocar a cabeça do animal.
- Posso? – perguntou para o animal. E por incrível que pareça, ele entendeu o que ela disse e acenou positivo com a cabeça. Ela tocou no animal e sentiu a pele macia e graciosa. Ela nunca tinha tocado em algo assim antes. Era muita emoção para aquela jovem arqueira. Os chifres eram sólidos, pareciam pesados. Tão belos.
Não obstante, é claro que todo esse momento lindo e maravilhoso ia acabar...
Em um piscar de olhos, Tamagos surgiu sabe-se lá de onde, e atingiu o cervo na lateral com uma força absurda. A caça voou longe e só parou quando encontrou um tronco de árvore. Avenya só teve tempo de pegar o arco e colocar uma flecha na corda, pois do jeito que Tamagos caiu, ele virou para atacar à humana. A pata com as garras venenosas estava mirando o estômago para ser o ponto de partida do rasgo que ele pretendia fazer. Daquela distância ia ser impossível desviar e muito menos disparar a flecha. Só que ela conseguiu operar um milagre. Ela conseguiu pular para esquivar. Porém as garras pegaram abaixo das costelas do lado direito de Avenya. No mesmo instante que ela ia caindo deixou o arco em posição. O demônio estava a um metro de distância. A corda estava no limite, pronta para arrebentar.
- MORRA DE UMA VEZ, DEMÔNIO! – e com esse grito ela soltou a flecha. A flecha encontrou o alvo sem problemas. Tamagos foi jogado para longe, mas o desgraçado caiu em pé vomitando muito sangue. Virou-se para a humana e pulou com a boca aberta no máximo que conseguia. Ela caiu no chão sentindo o veneno nas garras adentrando seu sangue. Seus sentidos começavam a deixar seu corpo. Ela apenas já tinha desistido.
Avenya não tinha mais nada na cabeça a não ser o pensar de que a hora dela tinha chegado. Todas as forças do corpo tinham deixando o corpo dela. Coração não batia mais acelerado. Adrenalina tinha ido embora. Única coisa que ela via era aquele ser demoníaco pulando em sua direção com a boca aberta. Ela apenas fechou os olhos esperando a Morte vir buscá-la.
Assim ela fechou os olhos. O tempo pareceu não passar. O rosnar da fera era lento. O vento era lento. Sua respiração era lenta. O mundo era lento.
A besta tinha se aproximado o suficiente para a sede de sangue ser sentida. Era o fim de Avenya, a Arqueira Branca.
Contudo, algo inusitado aconteceu.
Avenya escutou o som dos dentes se fechando em algo. Pensou que tinha sido ela o alvo das mordidas. Mas não era. Ela não sentiu nenhum tipo de dor. Quando abriu os olhos deu um grito. Não de medo. Um grito de tristeza.
Porque o que ela via era Tamagos com a boca no pescoço do cervo.
O animal albino tinha se colocado na frente para salvar a humana.
  05
 O belo cervo tinha sacrificado sua vida para salvar uma humana? Salvar uma humana que estava o caçando? Sim, um animal selvagem tinha salvado a vida de Avenya. E ela não conseguia ficar conformada com isso. Ela tinha gritado por tristeza.
Na hora que o cervo gritou uma explosão de ar fez Tamagos ser jogado pelo menos há uns vinte metros de distância. Agora vou responder a dúvida que vocês devem ter sobre o que pode ser uma explosão de ar. Imagem um ciclone acumulado em apenas um copo muito pequeno. Aí chega uma hora que não é mais possível ter ar acumulado nesse copo e ele estoura fazendo com que todo o ar seja jogado para todas as direções. Agora imagem isso em maior quantidade. Isso é uma explosão de ar. Detalhe: Avenya ficou onde estava sei lá o porquê.
Tamagos ficou no chão. Ele grunhia de dor e parecia que ficaria por lá por um tempo. A Arqueira sentia ainda mais o veneno percorrendo por suas veias, mas ele foi se arrastando até o cervo. Ela chegou e via um olhar calmo do cervo. A mordida tinha sido bem profunda. Os furos das presas tinha fumaça saindo. Era o veneno queimando (a mordida também aparentava ter veneno) porque tinha sido em concentração maior. O ferimento de Avenya quase não tinha fumaça por não ter sido muito profundo o corte. Contudo, ainda tinha veneno. Ela conseguiu ficar ajoelhada perto do cervo, colocou a mão na lateral do corpo e sentia os batimentos acelerados. Ela começou a sentir um aperto no peito. Era para ela estar desse jeito e não aquele animal. Uma lágrima caiu de seu olho direito. O cervo viu aquilo e se mexeu. Seus chifres tinham perdido as pontas afiadas e voltaram ao normal. Avenya já tinha deitado de barriga para cima com a respiração pesada. Ela não conseguia pensar direito. Nesse tempo dela ficar deitada, o animal albino levantou e ficou próximo a ela. Neve conseguiu ver a cara de tristeza do cervo. De algum modo ela sentia que ele podia ver a dor dela. Duas lágrimas do cervo caíram no ferimento. O animal chorava por sentir a dor da humana. Muito emocionante. E o animal tombou.
Avenya escutou o som daquele corpo pesado caindo em neve e pensou que a caça não tinha mais tempo de vida restando. Contudo, ela começou a sentir sua respiração ficar mais calma. Sentia o veneno saindo de seu corpo. As energias estavam sendo renovadas e ela não sabia como. E seu ferimento tinha cicatrizado. Não tinha acontecido nada até o cervo chegar perto e chorar na ferida. Então tudo fez sentido. O cervo “chutar o ar”, ele ficar maior, seus chifres ficarem afiada e sua velocidade ser alta. Aquele não era um cervo qualquer e como último ato de vida, ele teria a curado. Ela foi caminhando até a direção dele com a cabeça cheia de teorias sobre o que podia ser o animal. Mas isso não importava no momento.
- Obrigada. Você conseguiu me salvar e seja lá que tipo de animal você é. Eu irei me lembrar de você por toda minha vida, ó grandioso cervo albino – agradeceu Avenya enquanto ela via o cervo “sorrindo” pelo elogio. Aquilo tocou o coração dela.
E para não perder o costume: bons momentos nasceram para serem estragados.
Com o canto do olho Avenya viu Tamagos ficar em pé novamente. Ainda cambaleando da explosão de ar. No mesmo instante ela correu para pegar seu arco. Sua aljava tinha saído de suas costas com o corte que tinha recebido. Ela tinha outra amarra dentro da bota. Trocou a amarra da aljava e pós nas costas. Ele viu que sobraram apenas quatro flechas. Milagres teriam que ser operados com aquelas poucas flechas. Tamagos continuava tonto. Ela já tinha uma flecha prepara no arco e foi caminhando até o cervo. Agachou-se, com o arco em posição, perto do cervo.
- Obrigada por me salvar novamente. Agora é minha vez de te vingar – disse com um olhar sério.
E foi nesse momento que ela começou a ver o Neftaros a tremer freneticamente. Ele espumava. Seus pelos de azuis estavam ficando vermelhos e ele começava a ficar maior. Nossa Arqueira Branca estava cada vez mais na merda. Entretanto, uma luz começou a sair do cervo. A luz cessou. E uma fumaça pairava o animal. Aquela fumaça começou a ganhar forma. Uma forma de pessoa pequena, braços, pernas, boca, nariz, orelhas pontudas, cabelos enrolados, magra e com um vestido longo. Óbvio que era aparência de mulher. Então a fumaça tinha se acumulado e formado uma pessoa.  Avenya tinha deixado o arco para baixo no momento da luz e ficava olhando aquele ser. Ele emitia uma sensação de calor. Uma aura quente, para melhor dizer. A neve envolta do corpo do animal derretia devagar por causa do ser de fumaça. Avenya não tinha reação. Nem respirar ela respirava direito.
- Olá, Arqueira! Como vai? – perguntou o ser de fumaça como se fossem amigos de longa data.
- Vo... voc... você fala? – perguntou Avenya inconformada com um amontoado de fumaça falar.
- Desculpe, não é sempre que um Skappie aparece para os humanos.
- O que diabos é um Skappie?
- Espíritos da Natureza. Ao menos somos os bons.
- São os bons? Então tem os malvados?
- Ah claro que tem! Isso não podia faltar. E me chamo Surya. Qual seu nome, nobre Arqueira?
- Avenya.
- Lindo nome!
- Pode me dizer o porquê você estava no corpo desse cervo?
- Explicações ficarão para mais tarde – disse Surya de forma mais séria. – Temos um Neftaros para matar. E esse cretino está em estado Berserk...
- Estado Berserk? Explica-me tudo direito nessa porra!
- Estado Berserk é quando alguém fica cheio de raiva que esta raiva começa a consumi-lo e você não para enquanto não matar o motivo que lhe causou tanto ódio. E em certos casos, o ser que fica em Berserk chega a ter transformações temporárias no corpo. No caso de demônios como Tamagos, essas mudanças são mais radicais como você vê.
- Sensacional. Eu tenho apenas quatro flechas contra um demônio queimando de ódio!
- Você quer a minha ajuda?
- Como um espírito vai me ajudar? Eu estou muito confusa com tudo isso.
- Vai querer ou não?
- Você é capaz de me ajudar a matá-lo?
- Sim, eu sou.
- Então, sim.
Uma aliança de espírito com humano? Sim, uma aliança inédita.
No momento que Avenya disse “sim”, Surya flutuou até a cabeça do cervo. Fez um carinho com sua mão de fumaça. Depois fechou seus olhos e se concentrou na mão. Uma luz verde foi emanada de sua mão. Essa luz ficou envolta de todo o corpo. A luz fechou a ferida da mordida, porém o cervo continuou respirando pesado.
- Você o curou, Surya? – perguntou Avenya com uma voz melancólica.
- Apenas fiz o que conseguia. O veneno se espalhou rápido demais por ter sido uma mordida profunda. Ele não tem tanto tempo, mas o sofrimento dele parou ao menos.
- Então o que me curou foi você...
- Sim, mas se ele não tivesse se movido, você teria morrido.
- Entendi.
- Nós vamos voltar, amigo – disse Surya para o cervo.
- Então vamos matar mais um Neftaros!
E nisso o monstro tinha ficado em pé sem problemas. Olhava fixamente para Avenya com um olhar que teria paralisado qualquer pessoa. A presença de Surya a impedia de ficar paralisada. E naquele Tamagos viu a Skappie e seu olhar ficou ainda mais insano. Avenya tinha entendido que o alvo daqueles Neftaros era aquele espírito. O cão demoníaco ficou ainda mais vermelho e cresceu mais.
- ENTÃO VOCÊ APARECEU, ESPÍRITO DA NATUREZA! – urrou a fera. Aquelas palavras tinham ecoado por toda a floresta. Uma voz sedenta de sangue, cheia de ódio e aterrorizante.
- Sim, eu apareci. Nunca pensei que meros Neftaros fossem vir atrás de mim. Estou me sentindo honrada. E como um Neftaros em estado Berserk consegue falar uma frase completa?
- EU CONSIGO FALAR PORQUE SOU UM NEFTAROS SUPREMO! A RAÇA MAIS ALTA DENTRE OS NEFTAROS!
- Olha só! Parabéns! Isso não vai mudar nada quando você morrer!
- VENHA ESPÍRITO MALDITO!
E ele avançou. Nos dois primeiros passos ele tombou na neve. As duas senhoritas não tinham entendido o que tinha acontecido. Mal sabiam elas que Tamagos estava poderoso demais e que seu corpo tinha mudado muito e ele não estava acostumado com ele ainda. E nisso Surya viu uma abertura.
- Rápido! Temos que nos unir o mais rápido possível! – disse o espírito para a humana.
- Unir? Tipo possessão?
- Sim, único jeito de um espírito se unir com alguém é assim! Mas você tem que escolher se quer possessão direta no corpo ou em alguma arma. E... meio que assim... em trinta segundos seria ótimo!
- Quando você diz “arma”, minhas facas entram nesse quesito?
- SIM! ANDA LOGO E ME RESPONDE QUE AQUELA MERDA TA VINDO EM NOSSA DIREÇÃO – e Tamagos vinha correndo muito rápido na direção delas.
- Nas minhas armas! Anda logo e entra nelas! – ordenou Avenya para Surya. O espírito perdeu sua forma e virou apenas fumaça ou névoa sei lá como definir aquilo. A madeira negra começou a ficar esverdeada. Preto e verde não ficou tão ruim. O arco ficou emitindo uma leve luz. O poder corria por todo o corpo da Arqueira Branca. O arco tinha uma aura. Uma aura muito forte. Não foi apenas o arco que teve mudanças. As adagas ganharam a mesma coloração do arco. Suas lâminas eram brancas com “veias” verdes. A sua vestimenta deu forma ao vestido de Surya. Um vestido longo simples de coloração verde. E esse vestido tinha um capuz. O cabelo ganhou tons de verde. E seus olhos eram do verde mais puro. Como uma esmeralda. No momento que um Skappie tem a permissão de alguém para “possuir” alguma coisa, esta coisa muda totalmente. Então, o cervo era comum até encontrar um Skappie. Avenya ficou apenas admirando sua transformação. Sem palavras
E voltando...
Tamagos não tinha diminuído o ritmo em nada. Quando faltavam alguns metros ele saltou. O lugar do solo da floresta que ele tinha se impulsionado para saltar tinha afundado pelo peso absurdo (imagina o que aconteceria se você fosse pisoteado pelo monstro). Avenya estava distraída demais ainda com a transformação que esqueceu totalmente da presença do inimigo. Ela apenas agiu por instinto. A mão direita que era a mão livre se moveu rapidamente e ficou apontando para o Neftaros. Via-se o ar sendo acumulado em frente à palma da mão. Uma parede de vento. Tamagos foi de encontro com a parede. Do jeito que ele foi, ele ficou. Não sabia o que tinha acontecido. Nesse intervalo de tempo, Neve fechou sua mão o que fez a parede sumir. E sabem o que aconteceu após a parede sumir? Lembram-se do copo com um ciclone dentro? Sim, uma explosão de ar. A fera foi jogada muito longe. Metros e mais metros de distância. E onde passou, quebrava árvores como se fossem gravetos finos. Como Avenya se sentia? Impressionada eu garanto.
- Muito bem, Avenya. Você reagiu por instinto – elogiou Surya, mas foi pela mente.
- Obrigada. Não sabia que poderia usar a natureza ao meu favor. E quando você fica em algo só pode falar pela mente? – respondeu Avenya mentalmente.
- Sim. Impressiona-me você não ficar procurando minha voz.
- Ah, eu aprendi a fechar minha mente e a me comunicar por ela com um cara chamado Kaiterin...
- Muito bem. Chega de conversa e vamos à caça. Quantas flechas ainda te restam?
- Só tenho quatro flechas.
- Será o suficiente. Sabe como você controlou a natureza agora? Concentre essa energia em suas flechas. Assim eles ganharão propriedades naturais. Como fazer uma explosão de vento, uma flecha de fogo, uma flecha de gelo e assim vai.
- Flecha Elemental?
- Gostei desse nome!
- Então vamos tentar uma flecha de fogo.
Assim nossa querida arqueira colocou o arco em posição, pegou uma flecha da aljava e ficou em posição. Tamagos já tinha se recuperado e estava ainda mais irado. Ele queria a todo o custo acabar com aquela humana e Skappie. No momento em que ele deu um passo, a flecha saiu da corda. Inicialmente, era apenas mais uma flecha comum até que de repente a flecha entrou em combustão fazendo uma imensa labareda na cara da fera. Não apenas a flecha, mas Avenya começou a jogar ar na flecha já em chamas. Mais ar, mais fogo. Mais fogo, mais dano. E então teve a colisão. O som de explosão foi enorme. Tamagos foi engolido num turbilhão de chamas. Óbvio que ambas acharam que ele tinha virado churrasco.
- SHISHISHISHISHISHI – riu Tamagos em meio ao turbilhão (sim, isso é a risada dele).
- COMO VOCÊ ESTÁ VIVO? ERA PARA TER VIRADO CHURRASCO!
- NEFTAROS SUPREMOS SÃO IMUNES A FOGO!
Merda. Era apenas isso que tanto Avenya como Surya pensavam. Era para tudo acabar num único golpe. O Neftaros Supremo deu um salto ainda mais rápido. Dessa vez não tempo de fazer uma parede de vento. Avenya conseguiu se jogar para o lado a tempo. Deu um soco no vento. Isso reproduziu seu soco em forma de vento. O soco apenas o afastou por uns metros. Sem o deixar reagir, ela se ajoelhou e apoiando no arco. Uma luz azul clara foi emitida do arco. Nisso o chão começou a tremer e a neve em sua frente começou a dar origem a espinhos de gelo. Espinhos grandes e pontiagudos. Eles seguiram em linha reta até onde Tamagos estava. Com as garras ele quebrou os que chegaram primeiro, mas outros continuavam a ir um atrás do outro. Quando um espinho tocou nele, ele se partiu em dois. A pele e os pelos estavam ainda mais resistentes do que foram. Avenya juntou suas forças para fazer apenas um espinho só. Esse espinho surgiu na lateral esquerda do demônio. O espinho tinha mais diâmetro e era mais fino. Ao contato ele não quebrou e nem penetrou. Tamagos tentava emburrar o espinho para longe com seus músculos. Uma disputa acirrada. Porém, sangue foi visto. O espinho penetrou. O cão demoníaco urrou de muita dor. E onde tinha penetrado tinha sido congelado. Então, uma parte de Tamagos tinha sido congelada. Avenya não ia deixar essa chance escapar. E teve uma ideia. Uma ideia boa e insana além de ser extremamente perigosa.
Pegou outra flecha. Apontou para o céu e jogou. Quando a flecha ficou acima da presa e explodiu em chamas fazendo uma bola de fogo. Aquela bola de fogo apenas esquentou a floresta e fez a neve derreter. Mas apenas a neve envolta de Tamagos, não a da floresta inteira. O demônio não conseguia entender o que acontecia. Em seguida pegou outra flecha, jogo no mesmo lugar da anterior só que essa quando chegou ao ponto ideal criou uma nuvem pesada que fez chover onde Tamagos estava. Restava apenas uma flecha;
- VOCÊ QUER ME DAR UM BANHO, HUMANA? SHISHISHISHISHI! NÃO ME FAÇA RIR! VAI ME MATAR AFOGADO?! SHISHISHISHISHISHIS – debochou o demônio enquanto ria.
- Bem, matar afogado era uma ideia que eu não tinha pensando – respondeu ironicamente com uma flecha pronta na corda. – Caso vocês demônios não sabem, quando chove há trovões e esses trovões podem matar pessoas caso caiam nelas. Dizem que a água faz os trovões causarem mais dano. Assim, se uma pessoa estiver molhada, esse trovão será ainda mais poderoso. Eles chamam esse trovão de eletricidade. E água conduz eletricidade assim como outros elementos e objetos. Você esta rodeado de água e está molhado.
- COM QUE TROVÃO PRETENDE ME MATAR, SUA VADIA?! NÃO TEM UMA NUVEM AQUI!
- Eu criei uma agora pouco. E não preciso de nenhuma nuvem. Preciso apenas dessa flecha.
Assim ela puxou a flecha ao máximo e a soltou. No caminho era possível ver uma iluminação amarela na flecha e ela fazer uns barulhos estranhos. Na verdade, esses barulhos eram estrondos iguais a dias de tempestades. Até um ser burro como ele tinha entendido que se aquela flecha o acertasse, ele estaria morto. E ele tentou pular para fugir. Não conseguiu. Avenya tinha feito a água que tinha envolvido as patas ficarem congeladas em uma boa concentração de gelo a qual o ser demoníaco não conseguiria fugir. Desespero estampado na cara. Todo aquele ódio e raiva tinham sumido por medo. O estado Berserk tinha sumido de repente. Ele voltou a ser um simples Neftaros. E a flecha chegou próximo à cabeça. Nesse instante um raio caiu em Tamagos. Aquele estrondo vindo do céu e rasgando tudo até chegar naquele monte de carne demoníaco. Um trovão sozinho já causaria um grande estrago. Contudo, com o alvo molhado o estrago seria de quatro vezes maior. Tamagos emitia um som de algo fritando de seu corpo. Ele gritava de dor como nunca. Pode ter parecido muito tempo. Isso não durou nem trinta segundos.
Do jeito que o trovão apareceu, ele sumiu. Avenya respirava pesado. Não de dor, de cansaço. Um sorriso estava estampado em seu rosto. Ela tinha conseguido matar aqueles monstros. E tinha ganhado novas habilidades que lhe seriam úteis. Tudo estava bonito até que ela se lembrou do cervo. Correu na direção do animal. Ficou de joelhos e colocou a mão no corpo do animal. Ele não respirava direito e os batimentos estavam muito fracos.
Ela começou a entrar em desespero. Aquele animal tinha se sacrificado por ela e sem ele não teria mais Avenya naquele mundo. Então suas mãos começaram a emitir a mesma luz de quando Surya curou as feridas do cervo. Por algum motivo Neve sabia que aquilo não estava funcionando em nada. Surya tinha se projetado em sua forma humanoide de fumaça ao lado de Avenya. Ela via o sofrimento de sua nova amiga e não podia fazer nada.
- Avenya, não adianta, infelizmente – disse “tocando” o ombro da companheira.
- Por que não adianta? Eu não estou o curando?
- Sim, você está o curando, mas não adianta. Ele já estava prestes a morrer antes de eu possui-lo. Eu salvei a vida dele por muito tempo. Mas ele não precisou mais de mim e disse para eu te ajudar. Ele rejeitou a vida dele por você...
- Isso não é possível. POR FAVOR! NÃO MORRA CERVO!
Ela continuou curando na esperança de curar. Ela tinha desenvolvido um afeto enorme pelo animal em seus últimos momentos de vida.
E a respiração parou junto com os batimentos. Os olhos foram se fechando... lentamente...
- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOO!
Aquele animal salvador tinha perdido a sua vida em um ato nobre o qual sempre será lembrado...
  06
 - Avenya... não chore – pediu Surya, o Skappie, Espírito da Natureza.
- Como eu não posso chorar após esse sacrifício?! – questionou o espírito.
- Eu sei que é difícil, mas graças a esse servo pudemos matar esses demônios. O que lhe deu força para ajudá-lo?
- Ver esses monstros querendo o matar...
- Então isso que lhe deu forças. Você poderia ir embora, mas não. Ficou lá para protegê-lo. Não tem ato mais lindo do que esse. E o cervo vendo que você estava dando a sua vida para protegê-lo ele se sacrificou sem pensar duas vezes.
O silêncio reinou. Avenya apenas chorou mais um pouco com o queixo apoiado nos joelhos e ficou quieta. Enquanto isso Surya colocava fogo no corpo dos demônios.
- Surya, o que é um Skappie? – perguntou Avenya com a voz triste.
- Um Espírito da Natureza. O bom. Tudo isso te disse logo quando me viu – respondeu Surya com um sorriso em sua forma de fumaça.
- Isso eu sei... quero saber exatamente o que vocês são. O porquê podem possuir animais e pessoas. Onde vivem. Qual o objetivo de vocês, Skappies. E por que tinham Neftaros a atacando.
- Muito bem. Vamos lá então. Será uma longa história. Está preparada?
- Sim, estou – afirmou Avenya levantando a cabeça e encarando a fumaça.
- Como vou repetir pela terceira vez, sou uma Skappie, um Espírito da Natureza. Para ser mais exata, sou uma Skappie Lukt. Espírito da Natureza Branco, na língua morta. Nós somos o que vocês humanos chamam de Mãe Natureza. Ela não é uma coisa só como vocês pensam. Cada Skappie faz a natureza fluir como ela é. Sol. Chuva. Raios. Lagos. Neve. Montanhas. Rios. Mares. Tudo somos nós que cuidamos. Os animais são nossos “filhos”. Estamos sempre querendo os ajudar não importa como. Bem, ao menos essa é função dos Lukt. Os espíritos malignos que eu comentei mais cedo são os Skappies Derguk, Espírito da Natureza Sombrio. Eles têm a função de impedir o crescimento natural do mundo. Ou seja, da natureza em sim. E se você está pensando que eles são criados para nos contrabalancear para haver um equilíbrio, você está errada. A existência dele é apenas para gerar caos e destruição. Uma tempestade que acaba devastando cidades é um (a) Skappie Lukt triste ou com raiva.
- Se eles não são uma contraparte de vocês como são criados? – perguntou Avenya que já não demonstrava tanta tristeza.
- Todo Derguk já foi um Lukt. O Lukt deixa de lado o principal princípio de nossa existência que é o AMOR e o troca pelo ÓDIO. O ódio corrompe a nossa luz e nos torna em seres malignos com anseio de destruição. Então desde que o primeiro Derguk foi criado há uma luta entre Skappies. Uma batalha que é travada até os dias de hoje, mas desde há alguns anos os Derguk andam quietos demais e isso está deixando os Anciões da Floresta Sagrada inquietos.
“Nós moramos na Floresta Sagrada. Ou a Fragni Liavu. Ela não é uma floresta qualquer. Ela é cheia de luz e vida. Diversos tipos de animais. Diversos tipos de plantas e frutas. Um lugar onde existe a paz. Um verdadeiro Paraíso. Não são todos que moram lá, mas nosso lugar é ali. Ali que a maioria nasce antes de ir para o mundo real. A Fragni Liavu não é um local que pode ser encontrado facilmente. Ele fica em outra dimensão. Uma dimensão próxima a nossa. Apenas Skappies Lukt podem passar lá e pessoas que tenham à aprovação de um Skappie. Os Derguk estão banidos de lá.      Existe um feitiço capaz de abrir o portal, mas ninguém os conhece além dos próprios moradores da Floresta Sagrada. E é impossível dizermos o feitiço para alguém quando está nos torturando.”
“Nós podemos possuir animais para um único significado: curá-los. Como eu disse os animais são nossos “filhos” e é nosso dever cuidar deles de todo o jeito que pudermos. Mas ao possuir um animal ele fica com a coloração branca, em cinca por cento dos casos, e pode virar um alvo de humanos. E quando nós os possuímos sentimos tudo do animal. Sentimentos, dores, paixões, fome, necessidades. Somos um com o animal. Somos um único ser para sermos melhor. Com isso os Skappies podem amadurecer e ficarem mais fortes. É difícil mantermos uma relação de coexistência com humanos nos dias de hoje. Há centenas de anos atrás vivíamos praticamente como um só para tudo. Podíamos chamá-los de amigos até sermos traídos por um humano ganancioso que queria controlar a natureza para seu próprio prazer. Assim atualmente um humano tem que conseguir nossa confiança para que nós possamos ter essa possessão. E tanto quando um Skappie possuí o corpo de um humano ou animal ele ganha os poderes naturais igual você fez com suas flechas. A Natureza é a sua aliada. O que você pedir ela conseguirá fazer.”
- E você disse que quando vocês possuem um corpo esse mesmo corpo ganha poderes da Natureza, certo? – perguntou Avenya que não demonstrava mais tristeza no rosto, mas uma admiração por toda a história de um Skappie.
- Correto, Arqueira Branca – respondeu Surya esperando mais perguntas com um sorriso no rosto.
- Eu pedi para você possuir minhas armas. Por que diabos eu fiz uma parede de vento sem estar com meu arco apontado para o Tamagos? Eu deveria ser capaz de fazer isso apenas se eu tivesse dado preferência ao meu corpo ao invés das armas...
- Isso aconteceu porque no momento que eu me uni a suas armas, a união não ficou apenas nelas. Ela foi tanto para as armas quanto para você. Isso só acontece em casos de o humano ser totalmente puro. A sua bondade foi tanta que isso automaticamente me fez possuir você toda. Corpo e alma.
- Vou ficar com a palavra “união” que é melhor que a “possessão” quando se tratar de mim, ok? – pediu Avenya com vergonha.
- Ok – respondeu Surya rindo da vergonha de Avenya com a palavra.
- Se você pode se unir a armas, quer dizer que tinha uma luta, né?
- Exatamente.
- E os humanos eram receptáculos excelentes para lutar contra os Derguks. Sendo que um Derguk também poderia possuir animais e humanos. E o ser humano é facilmente consumido pelo ódio e sede de poder.
- Sua mente funciona rápido demais, Avenya. E você está correta. Quando o humano que nos traiu deixou os Derguk entrarem na Floresta Sagrada... nosso solo sagrado foi mancado com sangue. Sangue de nossos irmãos. Nossas famílias. Nossas casas foram destruídas. Toda a beleza foi consumida pela guerra. Mas isso é uma história que um Ancião deve lhe contar e não eu.
- Consegui entender tudo. Porque vocês existem, onde vivem, porque tem seres malignos, a função de vocês, a relação com os animais e humanos. Apenas uma coisa que eu ainda não entendi...
- E o que seria? – perguntou a Skappie Lukt intrigada após dizer tudo o que a bela jovem tinha curiosidade.
- Por que tinha demônios te caçando?
- Isso, minha jovem, é o que estamos querendo descobrir. Nos últimos meses há relatos de vários Lukt falando de estarem sendo perseguidos por demônios. Aparentemente existe alguém que nos quer mortos ou capturados. Felizmente, ninguém até agora sumiu ou morreu.
- Como vocês saberiam se alguém some ou morre? São todos ligados há algo em comum?
- Parabéns! Você acertou com poucas palavras. Somos conectados com a Árvore das Mil Almas. Nele há o nome de cada Lukt existente no mundo escrito em verde. Quando o nome fica preto é que ele sumiu e não tem como o rastrearmos pela Natureza. Quando o nome fica branco quer dizer que ele morreu.
- Bem, vocês são fumaça – disse Avenya pensativa olhando aquele avatar de fumaça. – E me desculpe. Eu não vejo como diabos vocês morreriam.
- Um Skappie pode morrer lutando contra outro Skappie. Nós termos uma forma física quando estamos em Fragni Liavu. Quando estamos em “fumaça” apenas golpes diretos da Natureza, como um raio caindo em nós, pode nos matar. Uma das suas flechas com meu poder. E demônios. Aqueles seres vindo direto do Inferno são capazes de nos matar como se um humano fosse matar outro humano.
- Engraçado que vocês protegem tanto a Natureza e podem morrer para a mesmo – riu Avenya. Isso já mostrava que ela estava bem e tinha começado a superar a morte do cervo.
- Não ria disso! Sabe quantos Skappies já morreram para raios nessas centenas de anos? Vários! Para uma humana você gosta de ser ousada.
Nisso ambas já estavam deitadas na neve olhando para o céu que começava a escurecer. Avenya simplesmente tinha saído de casa para caçar um cervo albino e acabou conhecendo uma Skappie Lukt e elas são amigas.
- Nossa. Está escurecendo já. Melhor voltarmos para a cidade. Nossa viagem até Raghtu será longa – disse Avenya para Surya, mas no momento que ela tombou ela cambaleou.
- Calma aí, minha jovem. Usar a união é algo que exige demais do corpo do usuário. Impressiona-me tu continuar consciente após usar quatro Flechas Elementais e uma parede de vento.
- Vocês tem algum nome para essa união com os humanos? Melhor do que ficar falando “união” e “possessão” – reclamou Avenya o que fez Surya rir.
- Sim, nós temos. Chama-se Parziver. Ou na sua língua: Luz Dupla.
- Luz Dupla?! HAHAHAHAHAHAHA – riu Avenya com muito gosto. – Por que Luz Dupla? Tudo bem que eu brilhei, mas isso não tem sentido. Hahahaha.
- Luz Dupla porque há a luz do Espírito da Natureza e a do Humano ou animal juntas em um único corpo se tornando uma só. Humpft – disse Surya cruzando os braços de fumaça e fazendo bico.
- Quando você está em Estado Fumaça, eu posso usar os poderes da Parziver?
- Sim, pode usar. Isso apenas é uma pequena projeção minha. E não ouse me chamar de Estado Fumaça quando eu estiver assim!
- Obrigado por tirar minha dúvida. E irei chamar você assim sim!
Ambas riram novamente. Algo que elas fizeram demais. Com isso Avenya respirou fundo e levantou. Fechou os olhos enquanto unia as suas mãos. As mãos foram sendo afastadas uma das outras e ao mesmo tempo um buraco era aberto em frente da Arqueira. Quando o buraco estava grande o suficiente Avenya abriu os olhos. Suor corria pelo rosto dela.
- Um túmulo para o cervo... – observou Surya com lágrimas em seus olhos. Se isso era possível para uma fumaça.
- Acho que ele merece um enterro digno ao invés de ser deixado para apodrecer. Ele foi um salvador...
- Espere Avenya!
- O que foi?
- Eu posso verificar onde não teve veneno no corpo dele para você cortar a carne e levar para casa.
- Eu não posso fazer isso! Não posso comer a carne de quem me salvou. A vida dele...
- Não tem problema, era isso que ele me pediu antes de morrer. Ele quer que você use-a.
- Se esse foi o último pedido dele irei atender.
Nisso Surya fez a análise de onde não tinha veneno. Avenya cortou e colocou a carne em bolsas improvisadas de folhas de árvore. Ela também cortou os chifres de seu salvador. A Arqueira Branca estralou os dedos e um redemoinho de vento levantou o cervo e o deixou no túmulo. Com outro estralo Avenya fechou o buraco no solo. Ela pegou os dois chifres e os fincou a cima do túmulo recém-fechado. Com isso raízes saíram do solo e envolveram os chifres o que os deixo firmes no túmulo.
- Muito bem. Está feito. Com isso ninguém roubará os chifres. Agora vamos embora, Surya – disse Avenya enquanto elas caminhavam para fora da floresta.
Com isso o que virou uma simples caçada comum acabou em um encontro diferente. Muitas aventuras ainda virão dessas duas mulheres.
 Enquanto isso, um ser encapuzado chegou ao local de combate.
- Vocês não conseguiram capturar uma simples Skappie, vermes? – pergunto para o nada o homem misterioso. Única informação dele é que ele teria por volta de um metro e setenta centímetros de altura. Após isso ele pegou um pó roxo no bolso e jogou em cima dos ossos de Tamagos. Houve uma explosão e um Tamagos transparente surgiu. Um fantasma.
- Onde eu estou?! – perguntou o fantasma do Neftaros enfurecido. – Cadê aquela humana e aquele espirito maldito?!
- Humana? – perguntou o homem para o fantasma.
- Senhor Fritz?! O que diabos o senhor está fazendo aqui?! – perguntou com a voz trêmula.
- Caro Tamagos, eu invoquei você e seus dois irmãos para caçar uma maldita Skappie. Vocês três tinham apenas que capturá-la. Não teria que demorar muito. E vocês CONSEGUIRAM serem todos mortos. O que resulta em uma invocação desperdiçada! VOCÊ ACHA QUE INVOCAR DEMÔNIOS É SIMPLES?!
- N... não... senhor.
- Me diga logo porque todos vocês foram mortos.
- Estávamos caçando o animal como o senhor tinha dito. Seguimos todas as instruções. Chegamos até essa floresta. Não tínhamos sinal do animal. Parecia que ele era um com todo esse branco. Então vimos uma trilha de sangue e a seguimos até chegar ao animal hospedeiro. Tínhamos o cercado. Quando tudo daria certo até uma humana com arco-e-flecha nos impediu. Ela matou Ifart com quinze flechas no mesmo local. Iguali foi atravessado pelos chifres do cervo que ficavam mudando de formato. Eu fui morto após a Skappie se unir ao humano. As flechas daquela vadia ganharam propriedades elementais. Fogo. Água. Raios. Vento.
- Três Neftaros. Ainda por cima um deles sendo do tipo Supremo. E mortos por uma humana e um cervo!
- Senhor Fritz, nos perdoe...
- Perdoar? Você sabe quanto tempo vou demorar para realizar outra invocação?! SERÃO DOIS MESES! A PORRA DE DOIS MESES! DOIS MESES PORQUE PENSEI QUE UM TIPO SUPREMO DARIA CONTA DE UMA TAREFA FÁCIL!
- Me perdoe senhor. Em dois meses já estaremos de volta ao normal. Ficarei mais forte e irei me vingar daquela vagabunda!
- Não, não haverá outra chance. Vocês nunca mais sairão do Inferno. Hazae!
Correntes surgiram envolta do fantasma de Tamagos. Ele gritava de desespero. Perdia perdão sem parar. Hazae é um feitiço de aprisionamento, significa “jaula”. Com isso o fantasma afundou na terra e sumiu. Aquela floresta dominada pela neve tinha ficado silenciosa.
- Minha doce Surya. Aguarde. Logo menos irei ter você em minhas mãos.
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sacarissas · 7 years ago
Text
Dia 1
Antes de ler esse texto é importante saber que Sacarissa não é um animal comum. A parte acima da cintura é de uma coruja negra e a parte inferior, de uma serpente. Possui 6 asas, uma juba de leão e 4 olhos, sendo dois na frente e dois atrás. Por ser macho, sua juba é vermelha e possui 3 penas no topo da cabeça, para cima.
Terça feira
Cheguei e Sacarissa estava empoleirado em uma árvore. Era penumbra.
Cheguei e decidi estabelecer um diálogo.
Talvez pareça estranho dialogar com uma ave. Ele também achou.
Pedi que falasse comigo e ele só piava, o que eu jamais entenderia.
Então resolvi dotá-lo da faculdade de comunicação telepática.
-Então, Sacarissa, me conte uma história, uma lição, um aprendizado.
-Como é estranho o modo como vocês humanos pensam - pensou ele enquanto piava. -Argh, nunca vou me acostumar com essa comunicação, sempre vou acabar piando
-Isso não é um problema.
-Mas essa transmissão de pensamento é estranha -ele sacudiu a cabeça- a conversa fica cheia de… ruído? Isso é uma palavra? Argh, que coisa esquisita.
-Bom, o importante é entendermos a ideia, não é?
Ele, contrariado, concordou.
-Bem… Então vou falar da minha visão. Para os olhos que estão treinados, enxergas na escuridão é difícil, praticamente impossível. Isso porque vocês só sabem ver com os olhos. Nós, de hábitos noturnos, temos o corpo inteiro a nosso dispor. Nós enxergamos pelo calor, pelos cheiros, pelos sons. Assim conseguimos caçar e nos manter vivos de noite. Vocês precisam aprender a usar isso.
-Algumas pessoas que não tem a visão, acabam por necessidade desenvolvendo essas habilidades.
-Aí é que está. Só os cegos vêem. Vocês todos deveriam saber disso. E não só para enxergar, mas para outras situações da vida. Tão cegos que só vêem o que veem os olhos. Essas criaturinhas tão pretensiosas e tão limitadas. Vai entender.
-Olha, Sacarissa, não é beeem assim. Ok, a maioria pode ser, mas muitos não são.
-Tanto faz. Amostragem. Você que estuda com isso deveria saber. A maioria é a proporção mais significativa, portanto tem poder representativo do todo.
-Mas estamos falando de modo de vida. Cada ser humano é individual.
-Individual dentro das suas limitações. Toda espécie tem suas inclinações. Todas as corujas são corujas por um motivo e tem hábitos similares, assim como serpentes, leões, enfim, todo o reino animal.
-Mas nós humanos temos o poder da razão, de mudar nossa natureza.
-Equívoco seu. A natureza é a essência, a essência é imutável enquanto você faz parte daquele reino. Você pode mudar o modo como sua essência se manifesta, de acordo com sua vontade. Mudar a natureza é trabalho da natureza. Não seja tão pretensioso, humano.
-Por que tanto ódio para com os seres humanos?
-Eu já vi o suficiente de vocês. O fato é que não se pode mudar sua natureza, você pode ou reprimi-la, ou forçar a alteração. O fato é que você vai viver numa guerra interna eterna. Já te adianto que essa guerra você perde. Você pode alterar o jeito como essa natureza de manifesta, seu caráter, seu comportamento. A natureza é algo que demora anos e anos para sofrer modificações. E por anos eu falo de além de décadas, muito mais do que sua mente poderia compreender.
-Sinceramente? Você nos menospreza.
-Bullshit… - Sacarissa olhou confuso - Isso é uma palavra?! Ah, desisto de entender seu modo de fala.
-É uma expressão em outro idioma, não é o que eu uso normalmente.
-Irrelevante. Menosprezo é um leão achar que a gazela morreu na primeira mordida. Estou sendo bem razoável. Vocês se acham o criador, todos megalomaníacos.
-Por que essa conversa virou uma crítica à humanidade? Estou me sentindo ofendido.
-Tão “poderosos” e tão sensíveis. Vocês ainda tem muito o que caminhar.
-Diferente de você, que rasteja, com essa cauda aí -eu disse brincando.
-Não vou nem me dar ao trabalho de responder. Acho que vou contar uma história, então.
-Tudo bem.
-Um pescador estava na beira de um lago a lançar sua rede. As águas muito tranquilas, sem nenhuma perturbação na superfície. Ele ficou ali por horas, mas nada aconteceu. Volta e meia apareciam algumas aves, que faziam muito barulho, mas ele ficava irritado e as espantava. As aves sempre voltavam, cada vez mais perto dele, e faziam um barulho mais alto, mas ele ficava cada vez mais furioso e as espantava. Uma hora ele ficou cansado de ficar ali na beirada e foi mais ao fundo. Foi quando um jacaré apareceu e o mordeu. Foi quando ele se virou para trás e viu as aves berrando em balbúrdia. Ele percebeu que, se tivesse observado as aves e prestado mais atenção, perceberia que ali estava o jacaré. Se as tivesse seguido, teria ido até um local mais distante do lago, livre de perigo, onde teria pescado, como fizeram as aves.
-Que história curiosa… Achei meio aleatória, mas curiosa.
-Aleatória? Isso só prova o que eu estou dizendo desde o início. Vocês humanos só vêem o que querem e são muito soberbos. Não sei se são burros naturalmente ou se são lerdos por opção. Se o imbecil tivesse dado ouvidos para a natureza, estaria bem e com comida. Em vez disso, achou que sabia o que estavam fazendo e as aves só faziam importuna-lo.
-Hmm… Pensando por esse lado.
-Moral da história: bem feito para o idiota. Seleção natural realizada com sucesso.
-Não sei quando você nasceu, mas parece muito capricorniano.
-Acho que pareço mais serpentário - disse Sacarissa, que deu uma piscadela e voou.
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skittzdaskittle · 3 months ago
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Time for some classic opposite au shit
/pos
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I just discovered opposite au father Gregor then the rest of the au, and i knew what i had to do XD
I can't decide if opposite Mordida is a closeted trans, or just isn't trans cus opposite au
I guess it's up to your interpretation, though, of course if you are trans, lemme know what you think
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skittzdaskittle · 3 months ago
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I forgor the wife 💀
Her name is Katie
Don't worry, she just likes carrying around the knife, it's nothing to worry about :D
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This is how gay people are made sorry i don't make the rules
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Pov: you discover through a tear in reality that you're just an oc whose personality, family, friends, and experiences were added just to just to give your body that's just been lying around some character
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