#mds eu sempre escrevo BÍBLIAS nesses de 5 coisas
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princssfrog · 2 years ago
Note
five times touched:      ( five times the receiver touched the sender (platonically or romantically or otherwise!) )
1. NA PRIMEIRA VEZ EM QUE FORAM COLOCADOS COMO DUPLA EM UMA MATÉRIA EM COMUM
Assim que o professor sorteou seu nome junto ao de Benigne Tremaine para uma tarefa, Anne olhou ao redor, procurando quem era. Certamente conhecia o sobrenome, mas não conhecia o rapaz de cabelos loiros que se sentava no canto da sala. Não conhecia nem mesmo o tom de sua voz. Anne se aproximou, sentando na cadeira vaga ao lado dele em cerimônia alguma. Não se apresentou, porque o professor já tinha falado seus nomes. Anne apenas se sentou, colocando a bolsa ao lado, deixando em cima da mesa apenas o necessário. “Seu nome é Bénigne, não é? A criatividade da sua mãe é legal.” Elogiou com um sorriso, os olhos percebendo que havia algo grudado nas costas dele. Levou suas mãos até as costas dele, puxando o papel que descobriu ter dizeres maldosos. Anne rasgou sem dizer nada, jogando o lixo picotado dentro de sua bolsa, porque podia bem limpá-la depois. Sentiu-se irritada com os colegas e triste pelo rapaz do seu lado, portanto deu dois tapinhas na mão dele que estava mais próxima de si. “Vamos nos dar bem.” Não era uma pergunta ou uma sugestão... Era uma afirmação.
2. QUANDO PEDIU QUE A AJUDASSE A COZINHAR
Após o trabalho, Anne passara algum tempo sem falar com Bénigne. Na realidade, era cordial com ele, sempre dando seus cumprimentos quando o encontrava pelos corredores ou na sala de aula, se atentando a qualquer um que pudesse fazer alguma maldade de novo. Ela sabia que ele cozinhava. Conseguia sentir sempre o cheiro de pães e canela dele e achava legal a forma como ele parecia ajudar nos negócios da família; a própria Anne passava longe do restaurante e do bar, costumando frequentar como se fosse uma cliente, jamais para trabalhar. Ao avistar Ben sentando, comendo sozinho, Anne não hesitou em se juntar a ele e após alguns momentos de conversa, D’orleans se aproximou e colocou a mão no joelho do rapaz, um flerte involuntário enquanto tentava convencê-lo a lhe ensinar a fazer alguns pães, pelo menos. Era um desastre na cozinha e queria aprender pelo menos o necessário para não morrer de fome caso um dia tivesse que cozinhar para si mesma.
3. NA PRIMEIRA VEZ QUE COZINHARAM JUNTOS
Fora um desastre, porque Anne sequer sabia quebrar um ovo. Tinha medo de que Bénigne ficasse impaciente, mas ele parecia cada vez mais tranquilo, o que fez com que Anne Marie o invejasse profundamente. Ela jamais teria tanta compostura com alguém tão desastrada e pouco talentosa como ela mesma! A cada ovo que caía no chão e farinha que ía pelo ralo, Anne encostava a testa rapidamente no ombro de Ben, como se quisesse desistir. Era uma pequena desculpa também para sentir o cheiro dele. Pães, canela, doces... Era bom. O contato não durava muito, porque não era a intenção de Anne deixá-lo desconfortável ou estragar o momento de parceria. Sempre dizia ser um descanso rápido por estar cansada, mas também sempre o fazia com frequência. A testa no ombro de Ben, os olhos fechados ao inspirar o cheiro dele, por um momento se esquecendo do caos que era a cozinha. Ela gostava, embora não conseguisse compreender o porque.
4. QUANDO BEN DEVOLVEU UMA AGENDA QUE ANNE ESQUECEU
Anne sequer tinha percebido a ausência de sua agenda. Porém Ben apareceu no corredor assim que ela saiu do vestiário após um treino, os cabelos loiros parecendo bagunçados enquanto ele exibia a agenda de Anne Marie com um sorriso. Naquele momento, o coração de Anne deu uma vacilada, mas de forma despreocupada e confiante, ela deu dois passos até ele e pegou sua preciosa agenda. Ignorava seu coração estranho sempre que aquele Tremaine estava por perto. “Obrigada, Ben. Ficaria em apuros se não achasse isso mais tarde.” Respondeu, pensando em como preferia organizar sua vida no papel do que de forma virtual. Sem resistir ao impulso, Anne ergueu a mão até os cabelos de Bénigne, em uma tentativa de arrumá-los. “Seu cabelo está engraçado.” Disse ela, a voz suave ao tocar os fios claros do rapaz. Não era uma crítica e a sua voz soava baixa e delicada. Por fim tirou as mãos do rapaz, contendo a vontade de tocá-lo novamente.
5. ENQUANTO CAMINHAVAM JUNTOS PARA CASA APÓS O CINEMA
As mãos de Anne e Ben estavam próximas o suficiente para roçarem uma na outra enquanto andavam. Apesar de já terem até mesmo se beijado, todo contato com Bénigne ainda deixava Anne nervosa, como se fosse seu primeiro amor de pré-adolescente. As coisas eram sempre diferentes com Ben. Anne gostava disso, da forma como suas mãos se encostavam na noite fria e enquanto trocavam algumas palavras. Falavam sobre o dia-a-dia, os trabalhos de cada um, a academia. Tudo parecia infinito, inclusive a vontade de pegar a mão de Bénigne. Até que como de costume, Anne Marie deixou-se ser guiada pela impulsividade e segurou a mão de Ben, entrelaçando seus dedos aos dele. “Só um pouquinho...” Pediu ela, a voz baixinha e um pouco envergonhada, mesmo que não estivesse disposta a deixar que fosse só um pouquinho. Queria segurar a mão dele pelo maior tempo que pudesse. Era macia e quente, assim como a sensação que se espalhava por Anne sempre que estava com Ben. Soft and warm.
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