#mas o povo tinha o mínimo de empatia básica
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Real. Real. Tá bizarro, tá bizarríssimo, e eu não tô gostando.
This is incredible. Hysterical. Historical. Hilarious. And impressive, too.
Even Mark Zuckerberg didn't run Facebook into the ground so badly that it got removed in Brazil by court order. Let alone within five years of owning it.
And I heard that Brazillians made up a lot of Twitter revenue, so this could very well be what KILLS Twitter completely. This is Elon admitting that he would rather let the entire platform die than stop platforming the worst kinds of people you know.
Masterful. Fucking. Gambit. Sir.
#sinto falta da era do quebrando tabu (eu tinha entre 7 - 10 anos e não participei por não ter acesso a internet)#mas o povo tinha o mínimo de empatia básica#hoje em dia tu entra num vídeo de alunos protestando pelo direito de pessoas trans e as pcd de existir e tá cheio de comentário chamando +#+ os menino de vagabundo de maconheiro de isso daquilo...#não. sério. eu vi isso hoje. aconteceu hoje.#enfim tão precisando passar o pente fino nas redes esses dias...
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Impacto, experiência e inquietação
A primeira ideia era um diário de bordo, mas a falta de tempo somou-se um insight que deu outra conotação ao relato.
Eu passei pouco mais de uma semana trabalhando num lugar degradado, completamente destruído pela irresponsabilidade de quem passou mais de 50 anos sem se preocupar com a mata e os rios pra ganhar dinheiro. Agora essas empresas "sofrem" com a seca dos pastos e lagoas onde o gado bebia água.
Mas os gerentes ainda estão de caminhonete 4x4. Eles são solícitos e te recebem sempre com um largo sorriso e um aperto de mão. Os outros funcionários são ainda mais solícitos, eles têm prazer em ajudar mesmo! Se interessam pelo seu trabalho, falam com alegria sobre os bichos dali. Eles surpreendemente preferem devolver os peixes que ainda estão vivos que usá-los pro almoço de domingo. Mas eles não têm caminhonete e o ganha pão deles está bem mais ameaçado que o dos gerentes, o que faz a boa vontade deles ainda mais especial. O lugar onde nasceram está mais ameaçado que o emprego de qualquer gerente. Alguns moram em casas extremamente precárias, sem um banheiro descente. Há quem chore no ombro de quem passa um tempo aqui e dá o mínimo de atenção. Eu realmente não consigo imaginar o que essa gente passa em vários aspectos. Mas eles te recebem com simplicidade e sorriso.
Eu escuto: nossa que foda ir pra campo e ter que comer essa comida, usar esse banheiro Mas daqui algumas horas eu vou pra um hotel extremamente confortável. Em alguns dias eu vou pra casa, com todo conforto. Foda é pensar que tem gente vivendo nessa condição pra enriquecer fazendeiro.
Tem mais coisa que eu escuto... -Mas porra o trânsito aqui é uma zona, esse povo não sabe dirigir. Realmente a educação de trânsito não deve ser das melhores, nem a educação básica. Quantas crianças aqui podem sonhar em fazer uma faculdade por aqui?
E tem aquele machismo de cada dia que fica pior quando estão em bando. -Camarão essa garçonete né? -Ela me chamou de amigo gay -Manda foto da rola, é isso que ela quer! Eu fico imaginando o que falam quando não tem uma mulher perto pra constranger.
E tem machismo com racismo também. -Essa eu não quero, pode ser pra você (sobre uma negra de tranças) -Bizarro aquele cara da fazenda falando das moreninhas (MULHERES NEGRAS, não precisa eufemismo pra negritude de ninguém)
Tem machismo com ar de pedofilia também. -Oh as novinha (meninas com uniforme de colégio) -Aquele velho da fazenda é pedófilo né? –Sim (Com a naturalidade de quem está falando de uma característica qualquer)
Tem aquele machismo aumentado pela condição social -A mulher da recepção se embolou no inglês né... Se embolou sim, mas nenhum fodão confiou no taco pra conversar com os gringos, muito menos pra ajudar a moça.
Sim. Tem todo machismo possível. Inclusive aquele do chefe que recomenda pra os meninos: ajudem ela lá tá?
Aí alguém tá passando mal porque encheu o rabo de cerveja, cigarro, sanduíche e picanha. -Porra não tem nada aberto nessa cidade no domingo... -Tá faltando um empresário visionário aqui hein? -hahaha é mesmo Não quero diminuir o desconforto de um colega passando mal, mas é bom o exercício de agradecer por passar a tarde deitado descansando do que reclamando de um pequeno comerciante que tem direito a um domingo. Que provavelmente não tem demanda pra simplesmente pagar funcionários pra abrir o supermercado pra você comprar seu Gatorade.
Eu reconheço que me omiti em muitos momentos. Não sei se pela mania de evitar os conflitos ou se isso tudo de alguma forma deixa a gente acuado... Também pode ter sido falta de paciência, empatia ou compaixão pra tentar mudar um pouquinho da cabeça de tanto macho chato e babaca. Eu realmente não tenho paciência com todos nem o tempo todo.
Eu reclamei de dividir o quarto com um deles por algumas noites, e uma noite com todos eles, mas quantas pessoas ali, tão perto de mim tem muito mais o que reclamar e me trataram tão bem.
Eu reclamei das porteiras que eu tinha que descer do carro pra abrir, mas quantas portas fechadas esses homens e mulheres enfrentaram na vida?
Mas trabalhar viajando tem seus pontos bons. É gostoso sair da rotina assim, ir pra um lugar diferente, ver pessoas diferentes, conhecer melhor algumas pessoas. Faz bem todo esse choque de realidade também, sair da zona de conforto.
Também tive umas conquistas pessoais resolvendo problemas, lidando com chefe (babaca), inventando assunto além de futebol pra falar com três caras e principalmente dirigindo. Eu também vi mais uma vez como funciona o trabalho com pequenos mamíferos, vi uns ratinhos e trouxe duas vértebras pra casa (ainda vou arrumar algo pra fazer com elas).
O trabalho em campo normalmente costuma ter umas paisagens bonitas a paz de estar no mato. Esse lugar está bem destruído mas teve um ponto bem bonitinho que vai para no instagram qualquer hora dessas e um entardecer maravilhoso no primeiro dia de campo. Enquanto a gente voltava pro hotel a esquerda da rodovia o sol estava se pondo tão devagar que tudo ficou laranja, parecia uma paisagem do rei leão. A direita a lua já estava brilhando e o horizonte tinha uma linha lilás que me deixou sem saber pra que lado do carro olhar. Foi tão incrível que eu não tive vontade de tirar nenhuma foto, só contemplar e registrar na mente. O clique foi lindo.
Enfim, entre mortos e feridos salvaram-se todos, menos o carro que custou uma graninha pelos danos no campo. Destes dias ficou o aprendizado, a consciência do impacto, a experiência e principalmente a inquietação. E a dúvida se o maço que eu traguei foi pra cair a pressão e dar aquela leveza ou pra baixar essa pressão de ver tudo isso e poder fazer pouco. Às vezes cai tanto que é melhor guardar uma ponta pra mais tarde e escutar o resto da melhor música do disco no quarto: "vida sem utopia não entendo que exista".
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