Tumgik
#mas elas me lembram uma época muito legal da minha vida
beadickel · 2 months
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Nunca imaginei que sentiria uma nostalgia agradável ao ouvir top funk hits de 2016 O.o
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eventuariodagata · 5 days
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Coisas que já fiz com meu cabelo e definitivamente me arrependi
Olá pessoas!
Sempre relembro algumas maluquices que fiz com meu cabelo durante a vida, e sempre pensei em escrever sobre isso para nunca mais fazer essas merdas para deixar registrado. Segue então algumas das burrices erros que já cometi.
Produtos Low poo
Sei que exitem varios partidários do lowpoo, e de fato não é uma prática ruim. Eu acabei abandondo a prática por perceber que muitas das alegações dos produtos eram apenas comerciais (e na época não tinha dinheiro para investir em tantas coisas), por fim acabei optando por produtos mais tradicionais, que no final foi o que me adaptei melhor.
Lavar o cabelo com bicarbonato e vinagre
Na teoria parece algo incrivel, e na época eu estava obsecada com deixar de usar xampu e condicionador, então quando essa ideia apareceu pareceu maravilhora. Não durou uma semana, meu cabelo ficou horrível. É possivel deixar o cabelo seco e oleoso ao mesmo tempo!
Lavar o cabelo só com água
Sim, eu tentei. Incentivada por umas influenciadoras altenativas que seguia na época (aí que vergonha!). Se tivesse dado certo ia ser bem legal, mas depois usar práticas como escovar o cabelo para espalhar o óleo e passar água com sal para controloar a caspa, eu finalmente desisti quando o cheiro de cachorro molhado se estabelceu. Além disso, se lembram das influenciadoras que comentei? Todas elas tinha o cabelo oleoso nos vídeos, deu nojinho delas, e de mim. Foi quando tentei:
Lavar o cabelo com sabonete
Eu tentei com vários sabonetes: coco, enxofre, Phebo... dá certo nas primeiras lavagens, mas depois resseca horrores! Tentei fazer sabão de castela (e consegui!), mas também não deu certo. Sei que existem os xampus em barra, inclusive na época pesquisei bastante como fazer, mas na equação dinheiro x tempo a praticidade acabou ganhando e fui para o lowpoo, e sai de lá por conta do dinhero.
Concluões
Passei anos com a caspa e oleosidade descontroladas por essas experiencias. No final para mim o que funcionou foi entender a diferença entre xampus perolados e transpatentes. Meu cabelo também caiu bastante nesse processo, e aprendi a avaliar melhor alguns riscos. As vezes lembro dessa fase da minha vida e fico muito feliz por não ter entrado num seita.
Abraço!
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FELIZ ANIVERSARIO!!!!!
Hey hey, eu to muito feliz em te ver legal esses dias, um contraste absolutamente diferente de um tempo atrás, não acha? Sooo, eu queria fazer algo pra você hoje, eu sei que já fiz a Nelle Pônei mas como você não pode ter ela agora nada mais justo. (Alem de que hj vc deve receber um monte de desenho e eu n quero parecer desleixado perto desses esquisitos.) Ent passei essa semana tentando algumas coisas, eu tentei tocar mas jesus não dá nem pra dizer que eu toco alguma coisa. E passei os últimos dois dias tentando fazer uma remix para você mas turns out que a faculdade de musica não vai ser só pra um diploma não. Então fiz algo especial, algo que remete meus 18 anos também, quando fiz os meus 18 anos começou o prologo do pior ano da minha vida, e nessa época eu ouvia muito CITY POP japonês dos anos 80. Era meu estilo musical favorito e era uma das poucas coisas que me fazia bem. Então fiz essa mini playlist para você, para você não se sentir só e ter algo para se lembrar de mim.
Essa playlist tem musicas românticas e tá na temática da época, com gif de animes e tudo mais ghdsahdsahhadsh Os gif me lembram você e é meio silly. Love ya, espero poder passar muito mais anos com você
youtube
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tatasgoslim · 6 months
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Leiam, por favor! É meu único pedido!
☆⋆。𖦹°‧★
- Por quê eu saí do edblr.
Oi gente!! Não sei se lembram de mim, do edblr de junho de 2023.
Bom, eu acabei saindo pois comecei a cuidar mais da minha saúde mental, e além disso, amadureci alguns pontos.
O que peço, é para lerem meu relato.
• Nessa época, eu estava pesando 55 quilos, porém com muito inchaço, então eu sentia pesar muito mais.
• Além disso, enquanto eu fazia parte do edblr, minha dismorfia corporal só piorou. E muito.
Eu não quero que fiquem com raiva de mim, nem quero fazer a cabeça de vocês.
Acontece que, as comunidades focadas em t.a são MUITO agressivas e MUITO problemáticas, no final, você acaba se perdendo de si mesma.
O que todas essas pessoas que encorajam o t.a não sabem, é em como elas acabam com a vida de outras pessoas.
Na época que desenvolvi an0r3xi4, eu tinha apenas 12 anos.
Por favor, vocês acham mesmo que é normal uma criança se preocupar com algo tão mundano como o próprio peso?
Na cabeça de vocês, é saudável se prender tanto ao próprio corpo, e se odiar tanto a ponto de se privar de coisas incríveis?
Quantas de vocês deixaram de ir à praia por medo de vestir um biquíni?
Quantas vezes vocês deixaram de ficar com alguém, ou se privou de s3xo por medo do que iriam pensar do seu corpo?
Ou então, quantas vezes vocês deixaram de vestir uma roupa lindíssima porque achavam que iriam notar um braço mais gordinho, ou uma barriga que aparece um pouco mais?
♡ Ninguém se importa.
Não estou falando de modo grosseiro.
Mas pense, você se privou de tanto.
Mas, mesmo assim, ninguém notaria se não o tivesse feito.
Seu corpo é só mais um corpo qualquer na praia.
Quem estaria tão desocupado a ponto de ir à praia só pra olhar seu corpo e achar feio? E se achar, qual o problema? O que fariam a respeito? Nada.
Agora entrando em outro tópico.
Você deixaria de pegar alguém por causa de peso?
Se sim, sinto lhe dizer, mas você não passa de uma pessoa imatura e fútil.
E o mesmo vale pra quem negar ficar com você por conta do seu peso, ou corpo.
Acontece que, quando é a pessoa certa, o corpo não importa. A carne não importa.
Quando é a pessoa certa, é pra ser.
Nada dá errado, nada parece errado, e se a pessoa negar ficar contigo porque você pesa mais de 60 quilos, você não deve ficar com ela de qualquer jeito. A pessoa certa não te julgaria assim.
Para a pessoa certa, tanto faz se você pesar 42 quilos ou 75.
E eu acho que você vai querer fazer as coisas com a pessoa certa, não?
Hoje eu peso 52 quilos.
Para a minha altura e idade, meu peso é mais que saudável.
Do que adianta ser magra e esquelética se você desmaia toda hora, ou não reconhece isso e se odeia profundamente?
Não sou infeliz com o meu corpo. Nem o acho perfeito, aprendi a me aceitar.
A vida é curtíssima. Não é legal acorrentar parte dela sendo infeliz, comendo pouco, passando fome, se matando de exercícios.
Se você olha pra uma pessoa, você não consegue ver suas inseguranças, ver o que ela gosta em si e o que desgosta.
E eu garanto que as outras pessoas não veem o mesmo em você.
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coragemparasonhar · 3 years
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Coragem para Sonhar
Não é uma despedida, é apenas um desabafo — mas não de uma escritora de fanfics, mas da Evellin: Lliz, mulher, amiga e mãe escritora de fanfics que muito sente falta daqui e muito é grata a vocês.
Strong soa pelos meus fones de ouvido agora, e mesmo não sendo a música mais adequada para uma leitura tão longa, crua, real, é a única que consegui ouvir durante toda a escrita. Eu devo isso a vocês.
Lembro de estar na minha casa, deitada, quase perto da hora de dormir, quando lembrei dos meus tempos de fanfiqueira de anos atrás. Apesar do tumblr ser muito mais conhecido, valorizado e acessado nesses mesmos tempos, o blogger era a rede dos imagines! – dos mini imagines e dos facts sobre os artistas, também. Eram blogs pouco personalizados ainda, mas com muito conteúdo, muita animação, várias moderadoras, várias histórias, todo mundo soltando a imaginação adoidado. Eu estava lá no meio, claro hahaha. Primeiro como leitora e depois, num surto de coragem e desejo de compartilhar minhas ideias de belieber apaixonada, como escritora.
Contudo, ainda não foi aí que tudo começou pra mim.
Já no Orkut, 2009, em algumas comunidades que eu criava, me recordo de escrever aleatoriamente pequenas histórias com o Justin Bieber. Tinha até alguns participantes que interagiam bastante e eu, no auge dos meus 10 anos, me sentia a escritora mais legal do mundo. O mesmo aconteceu quando eu criei o blog e em pouquíssimo tempo tinha mais de 300mil visualizações e só aumentava, crescia, subia. Inclusive, foi meu trabalho de empreendedorismo no 1º ano do ensino médio e eu consegui uma bela nota dez por anos de dedicação. Mas nessa época, a 1D já tinha dominado minha vida há anos, os blogs não faziam mais tanto sucesso, o Nyah! Fanfiction e o Spirit Fanfics e Histórias (que nem esse nome tinha ainda, na verdade) já estavam dominando tudo e eu não me sentia boa o suficiente para publicar nada em nenhuma dessas plataformas. Com muita dor no coração, exclui meu o meu tão amado blog de imagines com o Bieber, o blog com a 1D recém criado e foquei em ser apenas uma fã que estava concluindo o primeiro ano. 
Eu sei que vocês irão perguntar o nome do blog hahaha. Infelizmente não há mais nenhum registro legal dele ou das minhas histórias, mas seu título era “Evellin Bieber Raymond Brown” – sim, gente, eu tinha 11 ou 12 anos e era fã do Justin Bieber, Chris Brown e Usher e juntei tudo 😅 – e o outro era o mesmo daqui: “Coragem para Sonhar: Imagine com a One Direction”. 
Apesar do nome bem exótico, eu fui muito feliz. E o que me manteve em dia com minha imaginação e amor depois que abandonei a escrita, foram os tumblrs e as meninas que não pararam quase que em nenhum momento durante todos esses anos. Vi muitas abandonarem as contas em 2016 e nunca mais voltarem – o que é compreensível, obviamente, o baque foi muito grande para todas –, e vibrei MUITO com quem decidiu voltar mesmo que fosse só para publicar com seu preferido. 
Eu também abandonei o barco com a entrada na universidade em 2017. Além do tempo extremamente corrido, a minha melhor amiga fanfiqueira, directioner e que me entedia como ninguém – a ponto de curiosidade, é por causa dela, Nnez, que vocês me conhecem como Lliz –, não estava ao meu lado fisicamente nessa fase; chegou, infelizmente, naquele momento em que o grupo de amigas seguem seus caminhos e toda a comunicação depende de várias agendas livres. Sofri muito.
Em 2018, me apaixonei, engravidei e tive um filho no início de 2019. Acho que foi um dos momentos mais tensos e feliz da minha vida, não me importava com mais nada, sabem? Foi mágico! Sofri feito uma doida para colocar para fora? Sofri. A gestação foi complicada? Demais. Passaria por isso de novo? Nem lascando. Paguei a língua sete meses depois? Paguei. É... Sete meses após o nascimento de Luiz, mesmo usando o DIU, eu engravidei novamente. Foi o susto² e eu pensei que iria morrer ao ver o positivo naquela tirinha barata de um teste de farmácia. Não consigo descrever o que eu pensei, o que eu queria fazer e ao menos lembro o que de fato eu fiz na hora, mas eu nunca vou esquecer o que veio depois.
Não sei quais eram os planos de Deus para mim naquele ano, mas por dois meses eu carreguei felicidade. Até o momento em que o doutor me disse que nada mais havia ali e que eu abortaria naturalmente em algumas semanas, eu só conseguia sentir felicidade. Doeu muito, muito mesmo. Não foi natural, nem tudo queria sair, eu sofri por semanas até ser necessário retirar cirurgicamente o que tinha ficado do meu pacotinho de felicidade. E sofri por mais semanas tentando entender os porquês; tentando entender o porquê de não poder viver aquela felicidade de novo, mesmo que não tenha sido planejada.
Eu queria me acabar ali, mas esse tumblr salvou a minha vida em novembro de 2019.
Lembro de estar na minha casa, deitada, quase perto da hora de dormir, quando lembrei dos meus tempos de fanfiqueira de anos atrás e senti vontade de pensar em outra coisa pela primeira vez em muitos, muitos dias. Corri pra cá, criei uma conta, procurei pelas minhas favoritas e por qualquer história que pudesse me levar para longe da minha realidade e eu encontrei... muitas. E depois de três, quatro madrugadas lendo e sonhando, enviei mensagem para Nnez: eu tive coragem para voltar para as histórias. Ainda bem.
Embarquei de cabeça e, UAU, como eu sentia falta de tudo isso. Eu acordava feliz, dormia feliz, eu tinha um propósito, uma ocupação por amor, amigas, leitoras, entendem?! Eu não estava sozinha. Nunca. Eu sabia disso.
Mas 2020 trouxe mais do que uma pandemia para minha vida. Ele trouxe de volta tudo aquilo que isso aqui me ajudou a esquecer...
Entre a vida e a morte em abril, de novo.
Eu não sabia o que pensar, foi tudo de repente. Uma hora eu estava aqui, publicando, pouco tempo depois eu estava correndo para uma sala de cirurgia e mandando notícias para vocês mesmo sem saber ainda, de fato, o que tinha acontecido. Publiquei até um preference enquanto estava me recuperando no hospital, lembram? Mesmo sem entender, tudo parecia em ordem. Eu estava viva, apesar de perder uma parte de um órgão. Eu estava viva! E por alguns meses nada me fez mudar, nem mesmo o trabalho. 
Eu estava determinada, forte, juntando moedinhas para comprar um notebook novo, resolver os problemas com meu celular e nem o episódio “romance destruído” que aconteceu na minha vida, foi capaz de me afastar daqui. Até que... Aconteceu de novo.
A biópsia indicava o que os médicos desconfiavam e eu custei a acreditar quando me alertaram sobre a possibilidade. Eu não fiquei entre a vida e a morte porque tive uma infecção ou coisa parecida; eu fiquei entre a vida e a morte porque estava grávida e, mais uma vez, não tinha conseguido gerar o bebê. Ele havia se fixado nas trompas, era uma gravidez ectópica, não iria para frente de qualquer maneira. E como eu não havia desconfiado de nenhuma gravidez por estar me cuidando, o sinal para a percepção de algo errado foi uma hemorragia grave com o rompimento da trompa esquerda, dividindo por mais que a metade as chances que eu tenho de engravidar novamente de maneira saudável e aumentando em vários por cento as chances desse tipo de gestação acontecer novamente. 
Eu juro, eu só queria sentar no chão, chorar e morrer ali mesmo. Nada mais fazia sentido pra mim. Tudo, a partir dali, daquele dia, daquela notícia, não importava mais pra mim do pior jeito possível. Eu me sentia culpada, incapaz e achei que Deus e minha Deusa estavam me castigando da pior maneira existente e a que mais poderia me machucar. Será que era por que eu dizia que não queria mais ser mãe? Foi algum erro meu? Se sim, o que eu fiz? Se não, por que me fazer sofrer tanto fisicamente, psicologicamente e emocionalmente? Por um momento, eu senti minha fé escorrer pelo meu corpo e nada de bom ficar dentro de mim. 
A minha alma doía, meu corpo doía, eu não queria estar presente nem em espírito. Eu não conseguia abrir o notebook para estudar, para ler; não conseguia entrar e fazer nada das coisas que me traziam felicidade. Me afundei completamente em qualquer coisa superficial e real que me fizesse esquecer que eu precisava existir.
Me sentia fraca.
Eu tentei tanto voltar, tentei tanto escrever, mas nada de bom saía porque eu não estava bem para fazer o que só a Lliz feliz, saudável e bem com ela mesma poderia fazer.
Por várias semanas, meses, eu pensei que esse momento nunca chegaria de novo, sendo bem sincera; mas algo me dizia, diz, que eu jamais conseguirei voltar a ser quem sou, se eu não estiver aqui.
Eu li cada ask, cada umazinha delas, com todo o amor e saudade desse mundo. Cada “volta”, “saudade”, “você está bem?”, “não esquece da gente”, “manda notícias”, cada uma mesmo. E minha vontade durante todo esse tempo era de responder vocês, em CAPS LOCK, para gritar toda a falta que sentia e apoio que vocês estavam me dando durante todos esses meses que precisei cuidar de mim. Vocês foram incríveis sem saber, me apoiaram e ajudaram a salvar a minha vida. Eu nunca me senti tão importante e amada apenas por ser eu mesma e por compartilhar o que eu amo fazer. Eu nunca serei grata o suficiente, nunca amarei vocês o suficiente. 
E eu espero, do fundo do meu coraçãozinho, que ainda caiba um pouco de Lliz por aqui, porque vocês me fizeram ter coragem para voltar. 
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rufatto · 3 years
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Dentro do Rock, Bill Flanagan.
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Não lembro exatamente quando, mas um dia no meio dos anos 2000 entrei na Biblioteca Publica do Paraná pela primeira vez, passeei entre os livros, escolhi “todos os fogos” do Cortazar, sentei e gastei a tarde lendo. No dia seguinte, não tendo nenhum outro lugar para ir voltei a BPP e peguei outro livro e outro. Depois de alguns meses lendo uma boa parte da literatura do século XX tinha descoberto uma escritora que amaria pra sempre (Carson Mccullers), me apaixonado por escritores latinos dos quais nunca tinha ouvido falar (Mario Benedetti, Tomaz Eloy Martines) e pensado seriamente em roubar um livro que iria mudar tudo.
“Dentro do Rock” (Written in my soul), de Bill Flanagan, tinha um titulo horrível em português feito para pegar fãs de rock e gente que gostava de "We are the world". Trazia em sua capa feia Mark Knopfler do Dire Straits, listava alguns dos maiores nomes da musica pop dos anos 80, mas definitivamente não era um livro para iniciantes. Lançado em 1986, Dentro do Rock era um livro diferente no sentido que partia do pressuposto que o leitor já conhecia a carreira dos artistas entrevistados e direcionava o foco nas criações e não nos autores - assunto o que facilitou a participação de alguns artistas com notória fama de serem de difícil acesso. Imagina: os maiores compositores dos últimos 60 anos (ou 30 anos em 1986) falando sobre como encontraram a voz para os personagens das canções, como eles dialogam com o mundo e refletem as mudanças em suas vidas em suas música mesmo que eles não queiram escrever sobre isso.
Pessoalmente acho muito legal ver um artista que você ama falando que roubou ideias de outros músicos, ex: neste livro você descobre que Chuck Berry encontrou o riff que lhe transformaria em uma lenda do Rock'n Roll em "Aint That Just Like A Woman" uma canção da década de 30 de Louis Jordan (está no youtube, pode conferir). E que a fase Joshua Tree / Rathe and Rum do U2 só viria a existir por causa de Keith Richards, ele pediu pra Bono cantar um blues e ele não sabia nenhum, sua coleção de discos havia começado em 1976. As entrevistas são especialmente inspiradoras para quem deseja escrever, compor ou apenas pensar um pouco sobre de onde vem a inspiração. Amor, família, dinheiro, drogas, religião: cada um sabe onde o sapato aperta. Um tema que aparece com frequência no livro me deixou muito interessado: o temor cristão. Em vários momentos os artistas entrevistados falam sobre o cristianismo, sobre como a luz divina toca as pessoas de maneiras diferentes e o que elas fazem a partir deste momento é um terreno fértil para a musica pop e para grandes equívocos. Por varias vezes ele te lembram de como é difícil continuar acreditando em Deus ou nos sonhos acordando todo dia nesta terra de ninguém. Foi dai que veio o meu estalo como músico: era isso que eu queria cantar também, sobre como conseguimos nos levantar todos os dias nesse mundo cujo objetivo maior é morrer e ir para o encontro do criador, seja ele quem for. Bob Dylan fala um pouco sobre isso também, não percebemos que estamos sempre seguindo e falando da bíblia mesmo quando negamos a existência divina, ela está lá, o laico é um ilusão bonita. Nessa época Dylan estava saindo da fase cristã. Dentro do Rock fez um estrago enorme em mim e mudou tudo o que fiz musicalmente, mudou a maneira que observo o mundo e incluo a vida de outras pessoas nas minhas músicas. Eu amei tanto esse livro que até pensei em rouba-lo, mas felizmente não cometi o ato, arquivei a lembrança da ideia e segui em frente. Alguns anos depois o pessoal da Biblioteca Publica do Paraná me convidou para indicar um livro querido para o Candido - o jornal da instituição. Eis que escolhi falar exatamente de “dentro do rock”, livro que havia pensado seriamente em roubar de lá, acontece.
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“Me pediram em noivado.” Curioso como essa simples frase produziu um efeito considerável (catastrófico?) em mim. Não, eu não amo ela. Sinceramente, apenas desejo que ela seja feliz. E tenho a sensação de que é o que está acontecendo. Tem um bom potencial, esse casal. Realmente espero que vá longe. O real problema é a sensação de que todos já encontraram alguém. Todos. Sem exceção. Enquanto eu continuo por aqui, na mesma. Sem novidades. Pacato. Não chega a ser exatamente ruim. Mas poderia ser melhor. Muito melhor. Eu já disse que meu maior medo é a sensação de dor, seja física ou não. Fato. Mas também tenho horror a ideia de morrer sozinho. Ou, pior ainda, viver sozinho. Sem pessoas com quem compartilhar ideias, cafés, almoços e sofás. É, essa perspectiva me espanta. Realmente existe uma diferença abismal entre estar só e sentir-se só. Te garanto que a segunda opção é bem pior. Mas é provável que você já saiba disso, não é mesmo? Sempre que me flagro cruzando estas vias de pensamentos, me lembro de algo que você me disse, senhorita Varela: “todos temos uma alma gêmea; a sua está por aí, algum dia você vai encontrá-la” (acredito que você nunca vá ler isto, Varela, mas caso leia, saiba que eu me recordo nitidamente disto; mas é bem possível que você não lembre mais; de certa forma, estou me acostumando a lembrar de tudo enquanto não lembram de nada. Nota mental: caso isso persista por uma década ou duas, começarei a questionar minhas memórias seriamente; mas esperemos que não chegue a isso). Sabe, eu realmente queria conseguir acreditar nisso. É reconfortante, muito mesmo. Mas eu não consigo acreditar. Minha vida seria um tanto mais simples se eu conseguisse aceitar algo sem maiores explicações. Eu preciso de provas para acreditar em algo. Ou, pelo menos, bons argumentos. Academicamente e profissionalmente, isso é uma vantagem tremenda, vai por mim. Mas emocionalmente (ou espiritualmente, se preferir), não é tão legal assim. Talvez seja apenas o pânico do fim da faculdade se aproximando e tornando qualquer sentimento um pouco mais aguçado (caso você esteja passando ou vá passar pelo fim da faculdade, fica meu aviso/consolo: é bem normal ficar em pânico nessa época). Mas eu me pergunto: será que eu sei amar? Deveria ser algo bem simples de responder, eu concordo contigo. Mas nada é simples de responder quando você questiona a maneira como você mesmo pensa. Seus pensamentos podem ser armadilhas ardilosas, criadas especialmente de você para você. Afinal, quem seria capaz de te enganar melhor do que você mesmo, hein? Então, resumindo, eu não tenho certeza se algum dia senti amor. É estranho isso. Acho que o mais próximo que já senti de amor é o sentimento que tenho por minhas duas primas. Eu nunca tive irmãs ou filhas, mas acredito que o que sinto por elas deva ser algo próximo a essas relações. Ao menos, pelo o que eu ouço de pais e irmãos, parece ser algo assim. Mas, veja que curioso, até mesmo em se tratando delas, eu pareço não fazer questão de me aproximar. Eu quero que elas sejam as pessoas mais felizes que já respiraram esse ar, e ficaria ainda mais feliz em poder participar desta alegria delas, mas... O que eu tenho feito pra conseguir isso? Hein? Acho que eu apresento uma certa tendência a deixar as pessoas tão livres, mas tão livres, que é quase como se eu não fizesse questão de que elas ficassem por perto. Mas não acreditem nisso. Eu quero vocês ao meu lado. Mas eu não quero que sintam que são obrigadas a algo assim. Afinal, ninguém é obrigado a gostar de mim, de forma alguma. E seria ainda mais estúpido obrigar pessoas a conviverem comigo. Então eu vos deixo livres. Soltos. Quase como se eu amasse passarinhos, mas não fizesse a menor questão de colocá-los em gaiolas. Sinto o coração quente com seu canto, mas não acho correto exigir este canto apenas pra mim. Cantem a quem vocês sentirem que devam cantar. Seja eu ou não. Mas saibam que, caso eu note sua presença em minha janela, irei correndo agraciar meus olhos e ouvidos com suas cores e gorjeios.Coração morno e ouvidos atentos a suas histórias.
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giolivgrld · 4 years
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Timothée.
"Ficamos um tempo na festa,mas ambas não gostávamos muito de gritaria e multidão. Então, decidimos ir para uma lanchonete ali perto, o lugar tinha um ar vintage como era a Califórnia em si e estava muito cheio,mas conseguimos achar uma mesa para dois bem escondida. Nick pediu um hambúrguer de frango,um milkshake e fritas para acompanhar , eu pedi o mesmo tirando o fato de que o meu hambúrguer era de carne e não de frango "
- Eu sei parece loucura,mas eu gosto mais de hambúrguer de frango do que com carne normal .
- É a primeira vez que eu vou em uma lanchonete e a pessoa pede hambúrguer de frango,mas se vc gosta não te julgo .
- Obrigada Angie,vc é um máximo !
"Quando terminamos de comer pedimos sorvete de baunilha com calda de morando. O silêncio dominava nossa companhia,mas Nick não parecia se incomodar com isso e eu também não está uma pessoa de falar muito naquela época,até que um grupo entrou na lanchonete e fez Nick quebrar o silêncio"
- Uau! Olha só se não são lindos...
"Virei para trás e pude reconhecer de quem ela falava. Aqueles eram os Kiss bombs on the riverside, em Louisiana tinha uma banda como eu falara e essa banda era formada por cinco membros. Brad era o baterista, ele tinha alguns músculos nos braços,o cabelo era longo e castanho,seus olhos eram de um azul brilhante e ele usava roupas grunge dos anos 90 ,como Kurt Cobain. Justin ficava no baixo ele era o mais alto dos meninos, era o mais quieto e pela sua expressão ele parecia ser uma pessoa brava para quem não o conhecia de verdade, ele tinha o cabelo não muito grande e castanho claro quase loiro,seus braços tinham muitas tatuagens e ele se vestia como um cantor Indie. Chris era o guitarrista, o cabelo dela era um loiro quase cinza, tinha tatuagens nos braços e de longe era o mais animado,ele se vestia como um rockeiro elegante ,quase um Beatles. Kate era a única menina do grupo,ela ficava com o teclado,o cabelo dela era castanho com algumas mechas azuis e roxas nas pontas,o corte do cabelo dela era meio punk,estava sempre bem maquiada e era a mais linda e antipática do grupo,ela estava com um vestido rosa com caveiras de desenho , as botas dela eram altas e as unhas estavam pintado de um vermelho sangue. O último era o vocalista ele era um garoto de 18 anos cheio de tatuagens nos braços como seus colegas,mas as tatuagens dele tinham significados os dos outros era só por diversão,seus olhos eram de um verde escuro chamativo,ele era absurdamente alto e seus cabelos eram de um ruim avermelhado e longos , o cabelo balançava enquanto ele andava dando aquele sorriso de canto para cada garota que olhava e admirava a beleza dele, ele estava com uma camiseta branca com as mangas cortadas,uma calça jeans preta e botas, o nome dele era Timothée. Todos eram perfeitos,a beleza deles era absurda e o jeito que eles andavam e falavam era poético. Eles sentaram na mesa de frente com a nossa e foi nesse momento que eu percebi que os conhecia "
- Hey não grita quando eu te contar isso - digo cochichando para Nick.
- Por que ? - responde ela no mesmo tom.
- Eu conheço eles. São de Louisiana e também são a banda famosa de lá ,fui em um show deles com meu irmão.
- Caramba Angie! Que sortuda , nunca falou come eles?
- Não, nunca !
"Nick e eu ficamos tentando disfarçar que estávamos olhando ,até que decidimos tentar ouvir o que falavam. Eu apresentei ainda cochichando cada um deles, eles parecia preocupados com algo e Kate parecia está brigando com Chris, eu não ficaria mal se eles não me reconhecesse ou falassem comigo eu não falava com a maioria das pessoas na escola e sentiam culpa por isso"
- Não pode ser sempre tão animado Chris! As pessoas podem achar que você é um psicopata - fiz Kate olhando o cardápio.
- Tem que parar de ser chata Kate e começar a ser simpática - repare Chris .
- Não me importo com o que vão achar de mim - responde ela .
- Vocês são patéticos - diz Justin - Aquela garota estava no seu papo Chris
- A autoconfiança de vocês dois me assusta. Vamos logo pedir, estou cansada - diz Kate.
- Eu ainda não consigo parar de pensar naquela garota- diz Timothée.
- Cara , deixe a próxima chegar que você vai esquecer essa rapidinho- diz Brad ficando no ombro dele.
- Quantas você ficou essa noite ? - pergunta Kate .
- Não sei, perdi as contas - responde ele.
- Eu já imagina - diz ela dando de ombros .
- A garçonete vem aí pessoal, todos sabem o que vão pedir? - pergunta Chris.
- Claro - falam todos em coro.
- Boa noite pessoal! Sou Vanessa e sejam bem-vindos ao King's size . O que vão pedir? - diz a garçonete .
- Boa noite Vanessa, vamos querer cinco hambúrguer , quatro porções de batata frita, dois milkshakes de chocolate e três de morango - diz Chris.
- Ok, hoje a casa está cheia e pode demorar um pouco - diz Vanessa.
- Sem problemas meu bem - diz Timothée dando um sorriso de lado para Vanessa .
- Aproveitem a noite ! - diz Vanessa sem dar muita importância.
- Eu já gosto dela ! - diz Kate desdenhando de Timothée.
- Engraçado. O que me preocupa é que esse lugar não é Louisiana, não vai ser fácil conquistar o público - diz ele cutucando a planta em cima da mesa.
- É claro que não é Ti! Mas já temos um contrato com uma gravadora e cara isso é a Califórnia - diz Kate.
- Nunca ouvi e vi Kate tão empolgada. Esta é a Califórnia - diz Justin rindo .
- Tirando a parte que o seu pai obrigou todos fazerem faculdade - diz Brad .
- Brad meu lindo. Eu sou uma mulher com capacidade e por isso faço faculdade, Justin e Chris querem ser alguém e parecendo ou não Timothée se preocupa em ter uma profissão para jogar na cara do pai dele,mas se você não pensa no futuro não generalize - diz Kate um pouco alterada.
" Todos começaram rir e nesse momento eu não sei mas ele me disse que rindo ele levantou os olhos que estavam concentrados na folha que ele cutucava e olhou para mim. Ele disse que era como se tudo estivesse em câmera lenta e que eu ria docemente ao seu ver . Nick falava de alguns episódios sobre sua vida antes da Califórnia quando Timothée levantou e foi em minha direção"
- Hey gente ! Vocês se lembram daquela menina? - aponta ele para mim.
- Ela não é a filha da Italiana ? - diz Kate.
- Ela mesma, eu vou até lá - diz Timothée levantando.
- Hey...
" As palavras de Kate foram em vão ,porque ele já estava em pé na frente da minha mesa. Os olhos dele estavam brilhando quando eu parei de rir e olhei para o lado."
- Olá meninas! A noite está ótima não é? - diz ele com o sorriso de lado no rosto.
- Está maravilhosa não é Angie? - responde Nick.
- É ... é... é eu... Eu.... Acho - falo gaguejando.
- Posso me sentar do seu lado? - pergunta ele para mim .
" Não tive tempo de responder e ele já estava sentado do meu lado,me olhando como se eu fosse a próxima isca dele e acredite ,eu era"
- Eu conheço você de Louisiana, já te vi em um show e bom todos sabem quem você é - diz ele bem perto do meu rosto.
- Eu conheço você e sua banda, mas acredito que o show estava muito cheio para você reparar que eu estava lá - respondo.
- Você fala muito bem ,parece a Kate - diz ele rindo - eu acho que seria legal fazer de nossas mesas a mesma , o que acham pessoal?
- Por mim tudo bem - diz Chris
- Ótimo! - diz Kate de mal humor .
" Brad ajudou Timothée com as mesas e a garçonete Vanessa disse que se importaria com a mudança, o silêncio pairava entre nós , Kate me olhava com desprezo, Justin e Nick ficavam se olhando e dando pequenos sozinhos quando os olhar se encontrava, Chris e Brad cochichavam algo que provavelmente seria sobre mim,mas Timothée me olhando como se eu fosse um mistério que ele tinha de desvendar, ele me disse mais tarde que era exatamente isso ,eu era uma pessoa curiosa para ele."
- Seu cabelo é natural? - pergunta Kate quebrando o silêncio.
- Sim - digo levantando a cabeça.
- Ah, legal. Mas sua mãe não é Italiana ? Você teria que sei lá ser morena e com os cabelos castanhos - diz ela me encarando.
- Não acha que isso parece preconceito Kate? - cochicha Timothée mas em um tom que dá para escutar.
- Tudo bem,todos me perguntam isso - digo colocando o cabelo atrás da orelha - Meu avô por parte de Pai é Holandês e minha avó também por parte de pai é Escocesa , meu pai é ruivo e acho que a descendência predominou eu acho.
- Caramba! Você parece inteligente - diz Kate - Mas parece que uma raposa vomitou no seu cabelo ,deveria mudar isso .
- Não liga para ela ...é.. qual seu nome? Desculpe eu não perguntei - diz Timothée dando de ombros .
- É Angelitta mas todo mundo me chama de Angie.
- Seu nome é espanhol - diz Kate com desdém.
- Minha avó por parte de mãe saiu da Espanha e foi para Itália. Meu nome é igual ao dela - digo sem muito interessante.
- Sua família é uma bagunça não é? Bom , a minha também é , minha avó por parte de mãe era Escocesa também e meu avô por parte de Pai era Francês. Por isso sou um ruivo com nome de Francês - diz Timothée animado.
- Legal ,mas eu acho que não falou seu nome - digo sorrindo.
- Prazer , sou Timothée Martin - diz ele estendendo a mão para mim .
" Nossas mãos ficaram um bom tempo grudadas uma na outra em um aperto de mão e assim como as mãos os nossos olhos se encaixaram de um modo hipnotizante. Eu podia sentir que isso incomodava Kate,mas na mais importava naquele momento. Passamos a maior parte da noite conversando e rindo, depois de algumas horas todos pareciam íntimos, Nick e Justin já estavam sentados um do lado do outro , eles riam e conversavam como se ninguém tivesse ali, a lanchonete já estava começando ficar vazia e eu estava começando ficar cansada e a ignorância de Kate também me cansava"
- Hey Angie , você se importa de voltar para o quarto sozinha ? - pergunta Nick.
- Eu ...
- Eu vou com ela , é claro que se você não se importar Angie - diz Timothée.
- É claro que vai querer levá-la até o quarto - diz Kate revirando os olhos.
- Tudo bem ! Te vejo amanhã na aula - diz Nick levantando e me dando um beijo no rosto com Justin ao seu lado.
- Ótimo, eu vou para meu quarto - diz Kate com irritada e levantando da mesa - Vamos Chris e Brad.
- Na verdade você e Chris podem ir , eu vejo vocês na aula amanhã - diz Brad.
- Parece que alguém arranjou alguém hoje - diz Timothée rindo com Chris e levantando da mesa.
- Vamos logo Chris ! Quero sair desse lugar - diz Kate pegando na camisa de Chris e o puxando.
- Até mais pessoal. Angie foi um prazer conhecer você finalmente, não façam nada que eu não faria - diz Brad andando.
- Acho que somos só nós dois Angie - diz Timothée me dando o braço.
" Eu peguei no braço dele e começamos andar até o campus, a noite estava ótima e vazia também. Timothée me contou que seus pais eram rígidos e dedestavam a ideia de ele ser um rockeiro,também me contou como ele e o pessoal foram parar na Califórnia e que ele estava no curso de literatura, ele falavam de um jeito muito hipnotizante, eu mal conseguia falar e o pouco que falava era sempre concordando com o que ele falava, até que decidi interrompe-lo ."
- Você não tem cara de quem vai ser um professor de inglês ou escrever um livro - digo soltando o braço do dele - É bom no que faz ,já te vi cantando várias e várias vezes.
- Aonde você esteve todo esse tempo? - pergunta ele com o olhar misterioso.
- Eu me faço essa pergunta toda dia.
- É triste não se encontrar.
- Por isso que vim para cá .
- A terra de Deuses e Monstros - diz ele entre os dentes.
- Ah... La la land a terra dos sonhos - digo suspirando e desdenhando .
- Você é engraçada Angie - diz ele rindo - Qual curso está fazendo ? Lembro de te ver na sala do jornal sempre com as câmeras .
- Cinema - digo passando as mãos nos braços com frio .
- Droga! Eu não tenho blusa .
- Tá tudo bem! - digo dando um sorriso de lado .
- Por que você vivia sozinha ? Na maior parte do tempo eu te via sozinha ou com um cara alto, vocês namorando? - pergunta ele com as mãos no bolso.
- Aquele é meu irmão. Ele puxou o lado da minha mãe, por isso não somos parecidos.
- Desculpe.
- Acontece. Mas eu nunca.. bom acho que não me encaixava com os outros. Pensar em sair de Louisiana e me tornar cineasta sendo filha de uma imigrante não era algo que as pessoas achariam normal.
- Infelizmente, os americanos são muito preconceituosos . Odeio isso , entendo você não quer ter muitas pessoas ao seu redor.
" Conversamos por hora e quando menos percebemos já estávamos perto do meu quarto"
- Aqui é o meu quarto - digo virando lentamente.
" Eu senti algo diferente, era como se eu tivesse usado alguma droga porque o jeito como ele está a perto de mim me fazia perder todos os sentidos. Ele colocava o cabelo longo para trás e me olhava como se eu fosse a coisa mais perfeita daquele lugar,era como toda garota quer ser olhada. Quanto mais perto dele chegava mais sem jeito eu ficava e quando menos percebi os lábios dele estavam perto do meu nariz querendo encontrar os meus lábios e o hálito dele cheirava morango de um jeito tão envolvente me fazendo perder o sentindo, e ainda assim ele conseguiu sussurrar poucas palavras"
- Você não se importaria se ...- diz ele
- É claro que não - interrompo ele e coloco a mão atrás da cabeça dele .
" No mesmo tempo que nos brigávamos ele abriu a porta, entramos nós quarto e eu o beijava de um jeito tão envolvente, não é fácil um beijo encaixar tão bem mesmo que para alcançar ele, que estava mais alto, eu estava com os pés levantado. O cheiro e o toque dele eram como se fosse coisa de outro mundo , eu nunca saberei explicar essa sensação que sentíamos sempre que momentos como esse acontecia. Eu pude sentir a mão dele descendo e a minha subindo para tentar tirar a blusa dele, é estranho pensar que poderíamos fazer isso enquanto nos beijávamos,quando eu comecei a pensar novamente nós já estamos deitados na minha cama e dessa vez a boca dele não estava de encontro com a minha, eu pude sentir os lábios quentes dele no meu pescoço e acho que ele podia sentir minha mão segurando o cabelo com força. Tudo o que aconteceu naquela noite foi intenso,foi a primeira vez que nossos corpos de conectaram tão intensamente, eu estava sem fôlego e era como se meu corpo estivesse sendo eletrizado. Ele me contou depois que foi a primeira vez que ele fez um sexo tão envolvente como naquela noite,ele me disse que nosso amor era eletrizado e que por isso nossas almas tinham que se encontrar naquele momento. Timothée foi a melhor coisa que me acontecera nos últimos tempos e sim , nós fizemos amor a noite toda até que não tinhamos mais fôlego para parar e continuar de novo, quando terminou e ele estava deitado no meu peito e minha não acreditava o cabelo dele eu me sentia infinita ,mas sabia que na manhã seguinte seria diferente porque não existe algo perfeito e o Timothée era o tipo de cara que não ficava com garotas como eu , mesmo que nos filmes e livros isso aconteça, aquela era a vida real e não um conto de fadas que o bad boy fica com a doce menina inocente , eu e ele não éramos inocentes,nunca fomos, éramos apenas duas pessoas com vidas e personalidades corrompidas".
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Carta Aberta (TW: Estupro)
oi galera, tudo bom? com muito custo e muita coragem, estou vindo aqui contar pra vocês, um acontecimento infeliz que aconteceu comigo, uma coisa que não desejo nem pro meu pior inimigo, um trauma que irei levar pro resto da minha vida. 2013: Foi um ano que descobri várias coisas, conheci várias pessoas, experimentei coisas novas. 2013 foi um ano de descobertas, foi o ano em que eu bebi pela primeira vez na minha vida, fumei meu primeiro cigarro, fumei pela primeira vez maconha, usei pela primeira vez um narguile, aquilo era coisa nova pra mim, um adolescente de 14/15 anos, meio rebelde na época, achava aquilo lindo e o auge da pré-"adultisse", foi um dos melhores anos da minha vida, saía em todos os finais de semana pra beber com os amigos, pra conversar, pra beijar, pra fazer coisas de adolescentes sabe? só que o ano tava acabando, e estava chegando 2014, não sei vocês, mas eu tenho essa coisa de "número da sorte" e como meu aniversário é no dia 14, acabei levando o número 14 como meu número da sorte, 2014 quase batendo na porta e eu queria que ele fosse o melhor ano da minha vida, eis que chega Dezembro, ano novo, e eu decidi que na virada, eu não iria colocar 1 gota de álcool na boca, não iria fumar cigarro/maconha, iria ficar "limpo" pro meu ano começar bem e me dar sorte, porque aquele era O MEU ANO! 2014, iria fazer 16 anos, quase um adulto já hahaha, já estava me preparando psicologicamente pra te minhas responsabilidades e meus deveres, estudar mais, ser mais atencioso, mais amoroso com todos, conheci uma pessoa nova, um garoto, um novo amigo, que o santo bateu logo, e já criamos uma amizade instantânea, saía comigo e com meus amigos sempre, sempre foi legal, sempre dizia que amava nossa amizade e que eu era uma pessoa muito legal e atraente, se dizia hetero, mas sempre estava em cima de mim, talvez por medo dos outros descobrirem e fazer alguma coisa com ele, enfim, passei a virada do ano limpo, todo de branco, na casa de uma amiga, meus amigos bêbados, inclusive esse amigo novo, estava com a gente, fomos pra avenida principal da cidade, onde lota de pessoas em comemorações (natal, ano novo, copa do mundo, jogos de futebol e etc.) cuidei de todos, os levei pra casa deles, e fui pra minha, se passou 1 semana do ano novo e eis que surge uma mensagem no grupo de amigos "hey galera, vamos sair? pra beber na praça dos emos" aceitei, porque eu estava com a boca seca e a mão tremendo pra pegar um copo de vodka, bebemos, rimos, se divertimos e foi assim nos outroa finais de semana, quando não saíamos pra beber, saíamos pra conversar, ou pra ficar na praça da lagoa jogando conversa fora, primeira semana de fevereiro, esperei ansiosamente uma mensagem no grupo pra sairmos, passou sexta, nada, passou sábado, nada, eis que domingo à tarde eles apareceram, "vamos sair, esse final de semana não saímos" eu estava sem coragem e acabei pegando um resfriado justo nesse final de semana, aquela vontade tentadora de sair pra beber não conseguiu me vencer, recusei, eles insistiram, e eu continuei recusando, aquele dia não era meu dia de sorte, mal sabia eu, que minha felicidade, minha vida e minha sanidade mental acabaria naquele dia, eles sumiram, eu achei estranho até, pensei comigo que eles tinham ido sem mim, 30 minutos depois deles sumirem, escuto alguém me chamando no portão, era uma amiga minha, insistindo pra eu ir, como eu não tinha escapatória, acabei aceitando, tomei um banho, me troquei e peguei o dinheiro do final de semana que eu não tinha gastado, ok, "vamos beber onde?" eu perguntei, "vamos na praça dos emos mesmo" responderam, lembram do amigo novo? então, ele discordou e falou "vamos beber lá dentro do adelmo (escola de ensino fundamental daqui) a gente já bebeu uma vez lá e não deu nada, vamos de novo" eu discordei dessa idéia maluca, mas como eu estava com eles, e não poderia voltar sem eles pra casa, acabei aceitando e indo, compramos 2 litros de vodka, refrigerantes e algumas ices pra bebermos enquanto chegamos no adelmo, a escola estava em construção, por isso que entramos uma vez lá, estava com o portão aberto e uma passagem livre pra dentro da escola, entramos, eles começaram a beber, fazer shot da vodka, virar copos, e eu fiquei no meu canto com meu copinho com 1 gotinha de vodka, não queria beber muito, porque eu estava doente, estava de dia ainda e eu não me sentia confortável lá dentro e estava pressentindo uma coisa ruim naquele dia, me olharam, e pediram pra eu tomar mais vodka, pra entrar "na vibe" deles, eu recusei, expliquei certinho o que tava acontecendo comigo, mesmo explicando, eles insistiam em me oferecer, insistiram tanto, que eu comecei a beber mais e mais, quando eu percebi, eu estava tomando vodka pura que nem água, comecei a passar mal, muito mal, os banheiros da escola estavam todos abertos, uma amiga me levou lá pra dentro pra vomitar, eu não consegui, e pra não estragar o rolê dela, pedi pra que ela me deixasse lá que eu me virava e se eu precisasse, eu chamaria ela, entrei no banheiro de cadeirantes, que era maior, pra ficar deitado no chão pra ver se passava tudo, o banheiro tinha chave mas resolvi não trancar pra não me dar problema depois, eis que o nosso amiguinho novo entra no banheiro, pergunta o que eu to sentindo, e eu quase desmaiado, respondo que bebi de mais e estava ali pra vomitar, ele me sentou no vaso, trancou a porta e começou a me acariciar, eu pedi pra ele sair dali porque eu não gosto de pessoas me vendo vomitar ou passar mal, ele não saiu, foi quando tudo começou, eu desmaiei e bati a cabeça no chão, mas logo acordei, ele me levantou desesperado e me deitou no colo dele, depois de alguns minutos, ele começa a passar as mãos no meu corpo, e eu pedindo pra ele parar e ele continuava, ele abriu o meu short e começou a passar a mão naquela região, quanto mais eu falava pra ele parar, mas ele continuava, eu estava sem forças pra gritar ou levantar, foi ai que ele levantou, me colocou sentado no vaso, e tirou o pênis pra fora, me obrigou a fazer sexo oral nele, e eu não pude falar não, porque eu não conseguia sair dali, e por mais que eu falasse não, mas ele me obrigava e mais coisas ele fazia, ele me deitou no chão, tirou meu short e minha cueca, me virou de bruços e me penetrou, foi a pior sensação que tive na minha vida, eu senti impotência, eu me senti sujo, várias vozes na minha cabeça dizendo ao mesmo tempo "é culpa sua" "vadia" "você merece" repetidamente, eu me senti impotente, não conseguia gritar, não tinha forças pra tirar ele de cima de mim, não tinha forças pra me mexer, eu estava drogado, quase desmaiando, tanto de dor, quanto de excesso de álcool no sangue, eu só conseguia chorar, eu parei de lutar e só estava esperando aquilo acabar, pareciam horas que eu estava ali, nunca acabava, e quando finalmente acabou, ele vestiu a minha roupa, se vestiu e saiu do banheiro como se nada tivesse acontecido, minutos depois, minha amiga entrou lá, e me tirou daquele lugar, eu tava sem forças pra tudo, estava em estado de choque, eu tava gelado, pálido, eu só queria ir embora, eis que saímos do adelmo e fomos pra fora, pra ir à alguma praça ou cada um pra sua casa, quando finalmente iríamos embora, a polícia aparece, rende todo mundo, algumas amigas conseguiram fugir, enquanto eu fiquei no local por conta de uma outra amiga que tava passando mal, acabei me ferrando, fui levado pra delecia, se já não bastasse ter sofrido um estupro, na mesma noite fomos levados pra delegacia, os maiores de idade foram presos, chamaram minha família, rolou uma tremenda confusão, depois desse dia, nunca mais tive acesso a quase 90% do grupo, todos se distanciaram, ninguém mais se viu e a vida segue firme. Depois dessa noite, eu tive muitos pesadelos, traumas que carrego até hoje na minha vida, por exemplo, eu não consigo entrar num banheiro sozinho, se eu entro, ou é com alguém, ou é com a porta aberta, eu tenho traumas e medos de ter relações sexuais com outras pessoas, tenho medo de tudo aquilo que eu sofri voltar, é bobo, mas é a minha realidade. Já não comia, não dormia direito, não saía, só sabia chorar e querer a morte, porque um ser sujo e tocado como eu não poderia mais viver. Quando eu voltei a sair, eu exagerava em tudo, me afundei na bebida, me afundei na maconha, só queria viver chapado, pra fugir da realidade, pra esquecer de tudo, até que eu não aguento mais, decidi por um fim na minha vida, decidi por um fim na minha dor, comprei vodka, e peguei alguns remédios tarja preta da minha mãe, naquela noite, eu iria me matar, esperei todos de casa dormir, amassei todos os comprimidos, eram vários, pra várias coisas, soníferos, calmantes, contra dores, pra controlar pressão, pra enxaquecas e etc. peguei tudo e misturei com a vodka e tomei, deitei na cama, e fui vendo tudo ficar escuro, e quando finallente fica tudo escuro, eu vomito toda aquela substância que tomei, minha mãe acorda, e vê todos os remédios dela no meu quarto, a vodka, e me leva pra santa casa, fiz lavagem estomacal, e escondi (aliás escondo até hoje) isso da minha mãe, minha mãe ficou preocupada comigo e acabou me levando ao psicólogo, acabo descobrindo que tenho bipolaridade, ansiedade aguda, depressão e ainda comecei um distúrbio alimentar, ou seja, tava quase morrendo, o bom é que não preciso tomar uma tonelada de remédios por conta dessas doenças, só preciso realmente me controlar e controlar meus sentimentos, pra não fazer uma cagada imensa. • tentei me matar • não me alimentava direito • não socializava com ninguém, nem.com meus amigos 2014, que era pra ser O MEU ANO, estava sendo o pior o ano da minha vida, bom, ele ainda lidera o rank de pior ano da minha vida, e espero que o que eu passei nesse ano, eu não passe em mais nenhum, foi horrível. Em 2017 eu comecei a namorar, depois de 3 anos sem ninguém, e 3 anos após o acontecido, eu expliquei pra ele, o que tinha acontecido comigo, só que nunca contei detalhes igual estou contando aqui nesse texto pra vocês. Ok, depois de uns meses, ele começou a cobrar sexo, uma coisa que tenho muito medo, e aqui vocês descobriram o porque do meu medo, e eu sempre desviava o assunto, mas ele insistia nisso, e isso me chateava, até que as piadas começaram a ficar sérias, e eu comecei a ter flashs todas as noites e toda vez que ele tocava nesse assunto, daquela noite em fevereiro de 2014, a pior coisa do mundo, é você ver e escutar alguém que você gosta fazer piadas cruéis sobre esse assunto tão delicade e pesado, eu fiquei 1 ano inteiro com vozes na cabeça me dizendo coisas horríveis, passei anos acreditando que a culpa era minha, passei anos pra tentar superar isso, ainda não superei, não sei se um dia irei superar, é algo difícil pra mim, quem nunca sofreu algo do tipo, nunca vai saber, é como a Gaga fala em Til It Happems To You: "até que aconteça contigo, você não saberá, não será real", as pessoas de fora me falam "seja forte, você tem que superar e deixar pra trás" mas não tem como isso ser deixado pra trás, naquela noite, ele só não roubou uma coisa minha (felicidade), ele roubou um sonho, que por mais que seja clichê pra maioria das pessoas, eu tinha um sonho de me casar virgem ou ter a minha primeira relação com uma pessoa que eu realmente amasse, mas isso foi tirado de mim, e ninguém emtende o quanto eu sofro com isso. E é aqui que eu irei deixar alguns conselhos, veja muito bem com quem andas, preste atenção nos seus "amigos", não exagere nas bebidas/drogas ou qualquer coisa que vocês usam em uma festa ou em algum rolê, quando o dia "não é seu", não saia, se tudo estuver dando errado, é porque com certeza deve ser os Deuses te avisando que irá acontecer algo horrível com vocês se forem pra determinado local/festa/rolê, e você que esteja lendo esse texto e já sofreu algum tipo de abuso, saiba que, a culpa não é sua!
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13 Reasons Why
[Esse texto contém spoilers e pode conter gatilhos emocionais para suicídio, transtornos mentais e estupro]
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Eu não ia assistir à 13 Reasons Why, porque não sou fã de drama, muito menos de drama adolescente. Mas de repente, vai que rola, né. Também não quis ver As Vantagens de Ser Invisível e hoje acho um dos filmes mais incríveis e sensíveis e fantásticos sobre o drama de ser adolescente e recomendo pra qualquer pessoa no mundo, então resolvi dar uma chance.
Não que eu me arrependa, mas a série me incomodou por todos os motivos errados. Não vou entrar no mérito técnico. Se eu tivesse alguma habilidade pra falar disso, não tinha sido um fiasco em todas as disciplinas que cursei na vida de Métodos Críticos. Pra isso eu deixo o link da crítica do Pablo Villaça, que apesar de várias ressalvas é bom no que faz. Vou falar só por emoção, mesmo, só como a série mexeu comigo. Como o texto vai ser grande, acho que vou dividir em partes.
Só pra contextualizar
Acho importante esclarecer: eu, no ensino médio, não era popular. Eu era aquela pessoa que estudou com você por 3 ou 4 anos, mas de quem hoje você mal lembra o rosto, quem dirá o nome. Aquela pessoa que você vê as fotos nos álbuns antigos de turma (ia dizer “ou de formatura”, mas eu sou aquela pessoa que estudou com você e não foi à formatura) e se pergunta quem era, mesmo, se ela sempre esteve ali. Alguns colegas lembram de mim porque meu pai é professor do colégio, e só por isso, mas eu tenho dúvidas até se meus amigos de escola lembram que estudaram comigo. Aliás: sempre tive pouquíssimos amigos e não era aquela pessoa que, apesar de ter pouquíssimos amigos, conversava um pouco com todo mundo. Eu tinha poucos amigos e só conversava com os meus amigos. Acho que passei meus anos escolares fazendo um esforço imenso pra ser invisível e essa foi minha estratégia de sobrevivência ao ensino médio.
Até certo ponto deu certo, porque eu não era um “alvo” (mas nem precisa dizer como forma seu caráter e sua personalidade passar anos da sua vida se esforçando pra ser invisível - e o fiasco social que sou hoje é reflexo direto disso).
Conto quem era a Ana do ensino médio porque um texto tão cheio de opinião pessoal, se lido por quem não tem a menor ideia de quem sou eu, talvez soe como “essa foi um dos ‘porquês’, desgraçada”. Sei lá, talvez tenha sido. Eu lembro de quem era o “alvo” na minha época de escola. Também lembro que eu ri dela uma vez ou outra, mas num geral achava horrível as piadas que faziam com ela. Lembro que eu pensava que podia ser eu no lugar dela, e só não era por um acaso do destino. Lembro que eu censurava mentalmente todas as minhas amigas que entravam na onda dos agressores, tão “esquisitas” quanto eu - e quanto essa outra menina -, mas nunca falei nada, porque eu tava muito ocupada sendo invisível. Talvez ser omissa o tempo todo tenha me feito um “porquê”, vai saber. Acho que é aí que a série começou esquisita pra mim, e é aqui que começo falando dela.
O bullying, a nossa responsabilidade com os outros e uns etecéteras
Bullying é uma merda e acho que nem em mil anos eu teria a intenção de diminuir o que sente uma vítima. Foi a primeira coisa em que a série deixou - e muito - a desejar: já que ia avacalhar e usar narrador póstumo (e volto nisso depois), mesmo, dava pra explorar muito mais a dor da Hannah com relação ao bullying. Só que a real é que parece que ela passa por tudo bem apática, sabe? “Mas, Ana, ela se mata por causa disso!” É. Só que até o episódio da segunda fita do Justin (agora eu não lembro qual é, acho que o 9 - o que passa da metade da série!), os relatos fazem parecer basicamente que ela se mata pra se vingar de gente que tá aborrecendo ela. E isso não sou eu minimizando bullying, porque eu não duvido de forma alguma que uma menina alvo de fofoca e slut shaming e vivendo um isolamento forçado no ensino médio por causa disso realmente esteja infeliz e sofrendo; só que a série é mal executada, faz parecer vingança, pirraça de menina mimada.
Sei que nem toda pessoa age da mesma forma, demonstra da mesma forma, sofre da mesma forma, mas a série de alguma maneira teve a oportunidade de acessar os sentimentos mais íntimos da personagem - e preferir essa abordagem e não qualquer outra, em um tema tão delicado, pode ser controverso, complicado, sei lá. Não que eu queria ver Hannah sofrendo mais, mas eu queria que quem elaborou o roteiro o tivesse feito com mais responsabilidade de esclarecer que questões de saúde mental - e suicídio - não são tão simples assim de “vocês fizeram isso comigo”.
E aí que, e peço perdão por repetir a palavra, entro na questão da responsabilidade que a série reflete de uns com os outros. É óbvio que seres humanos sociais têm responsabilidades uns com os outros. Mas às vezes, só às vezes, a sensação que eu tenho é que a gente tá excedendo na nossa noção de até onde vai isso aí. Em um momento da série, eu tava prestes a achar um diálogo entre o Tony e o Clay bacana, quando Clay pergunta ao Tony se ele foi culpado pela morte de Hannah e Tony diz algo tipo “todos nós a desapontamos, Clay, mas a decisão foi dela”. Clay insiste na pergunta e Tony diz: sim, você foi culpado. Foi? Em alguma esfera a gente pode se responsabilizar tão taxativamente por um suicídio? É simples desse jeito?
Eu não fui a única pessoa nessa mundo que teve um relacionamento afetivo com uma pessoa neuroatípica. Eu não foi a única pessoa no mundo que sofreu abusos diversos num relacionamento com uma pessoa neuroatípica. Várias vezes ouvi dessa pessoa que ela se mataria por minha causa, sob diversas justificativas: ou porque eu era um gatilho pra crises de ansiedade, ou porque eu tava agindo estranho e parecia que queria terminar o relacionamento, ou porque eu fiz promessas e tinha que cumprir. De alguma forma, a responsabilidade de um suicídio caia nas minhas costas. Eu tenho certeza que eu não fui a única pessoa no mundo que passou por terapia pra conseguir sair de uma situação de abuso e lidar com o remorso e a eventual culpa se a pessoa efetivamente se matasse, e eu tenho certeza que eu não fui a única pessoa no mundo que ouviu de profissionais diversos de saúde mental que suicídio não é culpa do outro. O bullying pode ter sido culpa de cada um dos colegas apontados ali, mas a premissa da série era responsabilizá-los pelo suicídio, e isso é horrível. Isso é basicamente desgraçar a cabeça de adolescentes com coisas maiores do que eles podem suportar - e cabe aqui uma ressalva (que deveria ser óbvia) que eu não culpo a personagem, “a vítima”, eu culpo o adulto que elaborou essa narrativa que achou que isso poderia ser uma boa ideia.
Aliás, eles mesmos dão uma prova de como não é uma boa ideia: o desfecho do personagem Alex.
Como a série individualiza questões sociais e um pouco dos outros personagens
Uma das coisas que me chamou a atenção na série e me fez querer ver foi ler que ela trazia assuntos como misoginia, LGBTfobia, bullying e tal. Foi meio decepcionante. A série joga esses assuntos de qualquer jeito e espera que a gente crie conclusões sobre eles - a novidade é que o adolescente agressor que maratonou todinha num final de semana não vai tirar. Aliás, eu arrisco dizer que todo adolescente (mesmo esse que você acha que é o maior cretino do mundo com você) vai se identificar em alguma esfera com a Hannah, porque até os agressores dela vão se identificar em alguma esfera com ela (exceto o Bryce, mas a gente chega lá). Isso porque toda a narrativa é construída de forma maniqueísta e os outros personagens, que têm potencial pra serem pessoas complexas, acabam sendo fantochinhos pra serem maldosos e só maldosos pro desenrolar da história.
Já quero deixar claro que ser um fodido, na falta de termo melhor, não é justificativa pra ser escroto com ninguém. Mas a série peca em não abordar a complexidade das relações e das causas e consequências dos atos de cada um dos personagens.
Queria poder falar sobre cada um deles individualmente, mas o texto ficaria muito (muito) longo. Quem viu a série com um mínimo de atenção captou nuances de coisas que poderiam ser mais exploradas, não como justificativas pras atitudes dos personagens, basicamente porque na forma como o tema foi trabalhado não cabe outra abordagem, mas como forma de tornar cada um deles menos unidimensional. Justin vem de um lar abusivo e sem afeto, Jessica também foi estuprada, Tyler também é um alvo de agressores, Ryan é, como ele mesmo diz, a “bichinha que gosta de poesia”, Courtney deixa claro na cena do cemitério que ela também precisou se proteger desde muito cedo por ser a única criança filha adotiva de pais gays. Não sei sobre o livro, não me interessa saber, mas a série perde a oportunidade de, com personagens com históricos tão ricos, abordar como o bullying é uma teia complexa dentro de uma escola, como a adolescência é uma fase infernal pra tantas pessoas e como a sociedade num todo, nossas hierarquias e crenças e construções é que devem ser responsabilizadas, muito mais do que uns aos outros.
O personagem Zach, quando em sua fita, diz a Clay que não jogou fora a carta que recebeu de Hannah. Quando Clay pergunta porque ele não fez nada, ele diz “não sei, cara, era muita coisa pra lidar”. Um dos maiores problemas da série - e eu digo da série porque não quero que ninguém pense que acho a personagem Hannah um problema - é deixar tão explícito que adolescentes devem lidar com essas merdas sozinhos, entre eles mesmos. Bullying, depressão e suicídio é muita coisa pra lidar.
Outro personagem que deixa isso muito claro é Alex. A série o tempo todo o retrata como um cara legal, que não é desse tipo. Alex foi um escroto com Hannah. Não tem passação de pano. Mas receber aquelas fitas foi muita coisa pra lidar, afinal. A questão da responsabilidade aqui aparece com um pouco de clareza: Hannah acusa Alex de ser responsável pela morte dela e Alex não consegue conviver com isso. Alex tenta se matar também. A gente pode dizer que Hannah foi responsável pela tentativa de suicídio de Alex? Tivesse ele nunca sabido das gravações, esse desfecho seria diferente. Ou agora a gente pode culpar ele mesmo por uma coisa que aconteceu graças a outras tantas pessoas e o papel dele nem foi assim o mais crucial? Volto a dizer: muito complicado falar em culpabilização quando se fala em suicídio.
E, por fim, a gente precisa falar sobre o Bryce. Pra mim, Bryce é a razão de existir bullying no mundo, Bryce é o retrato de tudo que existe de ruim e podre e nojento. Bryce é a razão de Justin ser omisso quanto à Hannah e Jessica, porque é abusiva a relação entre eles, sim - o rapaz fodido precisa do cara com dinheiro, e o cara com dinheiro compra a amizade e o silêncio do cara fodido; Bryce é a razão de caras como Tyler serem perseguidos nos corredores e virem a ser eventualmente um atirador de Columbine; Bryce é a razão de meninas como Courtney acreditarem que precisam ser belas, recatadas e do lar, que precisam viver no armário e que precisam se proteger desde cedo por terem dois pais (ou duas mães); Bryce é um estuprador. Bryce é a personificação mais precisa, exata e até caricata da sociedade branca, rica, misógina, LGBTfóbica, xenofóbica que é a real responsável pelo bullying contra todas as Hannahs por aí - e é por isso que é tão fácil a gente se identificar com a Hannah: todo mundo ali é um pouco vítima do Bryce, exceto Zach, que só difere do colega no caráter.
Bryce é o cara que não se importa, porque é o cara pra quem tudo vem fácil, vai fácil e sai ileso. Pra quem a vida é simples. Ele, sim, é ardiloso, horrível, inescrupuloso. Ele, sim, passa sem remorsos ou justificativas, porque ele é aquela pessoa a quem convenceram desde muito cedo que pertence o mundo, que tem direito sobre as pessoas já que pode comprá-las e principalmente sobre as mulheres. A série deveria, e muito, se empenhar mais em discutir esse sistema que objetifica castas de indivíduos ao invés de personificar tudo num só, mas teria sido eficiente se, de alguma maneira, ao invés de responsabilizar colegas, a gente conseguisse entender no final como a questão é estrutural e como, no fim, a maioria deles é toda fodida por causa de estruturas personificadas em gente como o Bryce, sabe?
Só que isso não fica claro pra todo mundo.
Mais uma vez, eu sei que ter uma vida de merda não dá a ninguém o direito de ser escroto com outras pessoas. Eu não tive um colegial genial, tanto que nem fui à minha formatura, e nem por isso era babaca com os colegas que vinham a mim (é que eles não vinham, mesmo). Mas essa visão maniqueísta de que as pessoas são só cruéis e pronto, ela não funciona sempre na vida real.
Por fim: o “efeito Werther” e as (más) impressões disso
Todo mundo que já passou pelo romantismo no ensino médio sabe do efeito Werther, então vou citar sem explicar. Voltar a falar disso depois que a série estreou é sintomático. Vi algumas pessoas comentando que os avisos de gatilho da Netflix não foram suficientes pra quem realmente tem gatilhos com esse assunto, que a série é pesada e indigesta. Vi profissionais de saúde mental manifestado preocupação com o tom da série, com a abordagem do tema e com a forma como ele é conduzido. E vi muita gente puta da vida com as problematizações porque “é um assunto necessário”. Vi, inclusive, gente brava porque “estão culpando a vítima até quando ela está morta”.
Mais uma vez: não é questão de culpar a vítima, pelo amor de Deus. Vejo pessoas culpando uma produção irresponsável. Adultos aparentemente despreparados pra lidar com questões de saúde mental, e não uma adolescente suicida.
O assunto é extremamente necessário, tanto o bullying quanto o suicídio entre adolescentes. Mas justamente por ser um tema tão delicado é que deve ser explorado de forma extremamente responsável e com muita, muita cautela, porque adolescentes são vulneráveis (se não fossem, a gente nem precisaria discutir sobre isso). Eu não sou profissional de saúde mental, então eu não sei como deve ser conduzida a discussão, e por isso mesmo nem me atrevo. Mas minhas reservas são as mesmas que vi em alguns lugares por aí, tanto na crítica do Pablo Villaça quanto em críticas de profissionais da área quanto de pessoas com transtornos mentais:
1) existem recomendações claras sobre retratar suicídio na imprensa. Não é sobre obras de ficção, mas ignorar isso já denota irresponsabilidade, sim. Essas recomendações existem por uma razão (tipo prevenção de suicídio) e não veicular imagens tá entre elas. Se a imagem é de ficção, mas bem verossímil, o dano não é muito diferente, é?
2) apesar dos avisos de gatilho, os episódios deveriam vir com orientações pra espectadores, pais, amigos de pessoas que apresentam qualquer indício suicida de procurar ajuda. Isso não aparece em nenhum momento na série.
3) eu volto a falar na noção da responsabilidade. Entre os espectadores da série, existem diversas pessoas vivendo situações de manipulação sob a chantagem do “eu me mato se não for assim”. Todo tipo de manipulação, e só desgraça mais a cabeça da gente corroborar com a ideia de que a gente é sim agente direto numa situação dessas.
Numa maneira geral, eu espero que a série abra portas pra discussões mais responsáveis no futuro. Porque essa, desse jeito, não recomendo pra ninguém, viu.
Um adendo: vi muitos comentários sobre como é uma série inclusiva. Minha observação é que não tem um adolescente gordo naquela escola. Risos.
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unvoyageabordeaux · 8 years
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Primeiro de Março
Essa é a história de uma apática vida. Essa é a história de como se perde tudo em alguns meses e em como o mundo desaba nas costas de quem não aguenta. Essa é a minha história:
Meu nome é B., em breve terei 22 anos e estudo psicologia. Ou pelo menos eu acho que estudo. A minha impressão é que cada dia mais eu sou mais inútil em minha profissão e quanto mais eu aprendo, mais eu me sinto incapacitada de atuar. Isso QUANDO eu aprendo.
Entrei na faculdade aos 18 anos e estava também começando um relacionamento muito novo, após sair de dois relacionamentos extremamente conturbados. A minha meta de vida era mudar totalmente e ser melhor do que eu jamais havia sido. Infelizmente, a vida nos põe à prova de que essas mudanças tão esperadas, vez ou outra são impossíveis.
À medida que fui seguindo em frente eu percebi que eu estava apenas e unicamente seguindo em frente: sem perspectiva alguma. Eu fui empurrando com a barriga todos os altos e baixos que me aconteciam, eu não produzia nada, mas quando produzia, eu não me orgulhava. Quando eu tentava sair deste enorme poço de lamentação, eu me deparava com pessoas que me forçavam a ficar ali, cada vez mais na minha, cada vez mais reclusa.
No carnaval do ano passado, eu estava na mesma posição que eu me encontro agora - desamparada, triste e sem rumo, mas ainda havia um porém: eu ao menos queria sair desse enorme poço que citei acima.
Meu namorado nunca gostou muito de carnaval e, se gostou, provavelmente foi há um longo tempo antes de me conhecer; ele também nunca gostou muito de festas, o que até então não era um problema, já que eu saía constantemente com as minhas amigas e nos divertíamos inocentemente. 
Em meados do ano passado, eu fiz um viagem que me deixou transtornada.
Em primeiro lugar: eu visitei o país que eu mais amava no mundo desde quando eu era mais nova e nada conseguiu ser mais frustrante do que fazer uma viagem deste porte sem a companhia de pessoas que você realmente queria estar (talvez que preferisse até viajar sozinha, nesta situação).
Em segundo lugar, a política brasileira, as pessoas rudes que eu conheci aqui no meu país natal, tudo de ruim que eu vivi a minha vida inteira veio à tona, é como se, por mais que eu não conseguisse aproveitar LÁ, eu não queria voltar CÁ. E portanto eu me apeguei a elementos dos quais eu não podia, que se tornaram meras válvulas de escape.
O pior veio por vir quando Agosto chegou. Depois de 40 dias experienciando férias sem limites econômicos, voltar à realidade foi ainda mais frustrante. Eu tive medo, eu tive fome do novo, de andar desprotegida e honestamente, eu nem sei o que mais eu senti, só sei que eu senti. E eu senti sem conseguir me expor, vomitar, pôr pra fora, eu dei crises, me mutilei, fiquei angustiada, senti insônia, mas acordava num despertar pela manhã. Eu sentia coisas que me incomodavam ao máximo e eu sequer sabia descrever. Eu sentia, sobretudo, raiva. Por eu ser quem sou, pelo destino injusto, pelas pessoas que queiram coisas diferentes de mim, por opiniões divergentes das minhas.
Cheguei a frequentar a terapia durante um tempo, e apesar da melhora pequena e gradual, eu não tinha como continuar pagando, já que eu não trabalhava remuneradamente e os meus estágios supervisionados da faculdade me demandavam muito mais tempo do que o normal.
Em dezembro de 2016, no início das minhas férias, foi quando a coisa toda desandou de vez, eu me senti tão sozinha e tão machucada, eu sentia desconfiança e abandono e todo o turbilhão de sentimento negativo de uma vez, eu não tinha ninguém para me ajudar. Eu fui buscando e cavando amizades antigas, porque as atuais não estavam suficientemente interessadas ou aparentemente tinham problemas maiores do que a minha aflição suicida.
O mundo me parecia injusto, durante todos esses anos que eu sofri, eu sempre estive lá por todos eles. Eu sempre deixei minha vida em segundo plano e coloquei meus amigos como prioridade. Durante todos esses anos em que eu me silenciei, na intenção de ouvir alguém, tudo o que eu queria era alguém que me retribuísse e me ouvisse.
Eu não tinha dinheiro o suficiente então procurei ajuda numa terapeuta num posto de saúde, não posso medir em intensidade o quanto ela acabou comigo em uma sessão: Mal me ouviu, me deu conselhos pra que eu terminasse com o meu namorado (por mais difícil que seja, eu não consigo me desprender), me chamou de burra, me ameaçou caso eu não largasse ele dizendo que ia me assistir “no fundo do poço, comendo pipoca” entre outras coisas tão assombrosas que nesta época a única coisa que me salvou foi um mísero seriado de “menininha” (como chamou meu namorado quando eu, empolgadíssima, contei a ele do que se tratava), seriado este que me deu ÓTIMAS justificativas para as perguntas:
1- por que você não sai do seu quarto?
2- por que você está virada pela a madrugada e se recusa a dormir?
3- por que você não sai da cama pra comer?
4- por que seu quarto está parecendo uma cidade cujo foi atingida por uma bomba nuclear de tanta bagunça?
Sim. Sim. Eu passei uma semana presa dentro do meu quarto depois do incidente com a psicóloga que mais parecia o Jack Torrance, em O Iluminado. E depois de quatro temporadas com vinte e três episódios cada, uma semana depois, e comecei uma outra série e outra e outra e outra, porque qualquer coisa, por mais fictício, doentio, juvenil ou sado que seja era melhor do que a dor de encarar o real.
O restante das férias de Janeiro não posso dizer que não reclamei, apesar de todas as coisas boas que aconteceram, eu já estava tão ferida da guerra que eu enfrentei neste conflito inteiro, que eu não conseguia exibir o mínimo de empatia ou adorabilidade, que dirá alegria.
Fevereiro começou e o mal da pressão piorou, eram competições de quem teve as férias mais empolgante, ou quem teve mais crises de pânico, quem sofre mais pela ex, quem está mais fodida por não ter trabalho e novamente eu me calei. Assim como me calei em maio 2013, fevereiro 2014, novembro 2015, dezembro 2016... Eu me calei porque o problema das outras pessoas sempre foi deveras mais interessante do que os meus próprios. O choro dos meus amigos é mais sofrido e genuíno do que os meus, a vontade de todos sempre prevaleceu e prevalecerá aqui onde vivo.
E por fim, chegou o carnaval! Ah!! O carnaval!!! Lembram-se quando eu comentei que meu namorado não gostava, mas eu saía mesmo assim, me divertia inocentemente e voltava tarde, cansada para o conforto do nosso lar? Este ano, como se não bastasse ser pior já no começo, (comigo tendo de forçar felicidade onde não havia um vestígio sequer de ânimo) uma ou duas semanas, não me recordo, antes do carnaval, tivemos uma conversa sobre ele não querer que eu saísse. A conversa foi guiada pelo assunto que mais ou menos temos um prazo de validade e que em breve ele terminaria comigo, como se tudo aquilo fosse um aviso prévio da minha demissão do cargo de namorada.
Acostumada a sempre me colocar em segundo plano, achei injusto já que eu desisti de tantas coisas por ele, fiz tanto por ele, sofri e aguentei tanto vindo dele. Ele não podia simplesmente me demitir dessa maneira, aquilo não era um jogo. Prometi que faria tudo de melhor por ele desde então, faria tudo que ele quisesse e então quando chegou o tão esperado carnaval, eu parecia um cachorro que viu a coleira e estava LOUCO para passear, mas não podia porque o seu dono só estava guardando a coleira em outro lugar, ele não ia passear comigo. Eu não podia sair sozinha sem que ele não terminasse. E por mais que ele não dissesse isso diretamente, eu sentia isso em meus ossos e era justamente por isso, mesmo com a sua “permissão” eu não me permitia me divertir este ano. Ele não gosta de carnaval. EU TAMBÉM NÃO POSSO GOSTAR. ARGH EU ODEIO AS PESSOAS. EU ODEIO TUMULTO.
Fiquei em casa, invejei a todos, invejei as minhas amigas cujo namorados não terminavam com elas por se divertirem, invejei as amigas que tinha namorados que saíam com elas.
Invejei até as amigas que não saíram no carnaval, mas cujo seus namorados não ficaram enfiados na frente da tela de um computador ignorando tudo o que elas tinham para dizer.
Esta sou eu 1º de março. Tão perdida e desesperada que minha única solução foi chorar sozinha o dia inteiro na minha cama. Fumando compulsivamente, me perguntando onde foi que eu errei. Onde foi que todas as pessoas pararam de se importar comigo? Onde foi que eu me tornei algo tão obsessivo e chato que até minha própria família defende o meu namorado e me culpa por querer uma voz ativa num relacionamento? Onde foi que eu errei?
Seja porque a Lua está posicionada em algum signo, ou seja lá meu ascendente em alguma outra posição que está encaixada em marte do signo de Touro, ou Leão, ou Câncer. Seja eu muito dramática, ou forte demais pra ter aguentado tanto, por tanto tempo eu não vejo sequer uma saída.
Quando eu penso na minha carreira, no meu futuro, vejo apenas dívidas. Minha vida amorosa provavelmente vai arrancar meu coração fora puxando pela minha boca e provavelmente me asfixiando de uma maneira não legal.
Viajar para um outro país não é mais atraente, ir ao parque é entediante e até o meu quarto parece ser parte de um martírio muito maior do que eu. Eu só queria não sentir nada, ou apagar tudo, ou morrer
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srtanathyct · 8 years
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Oláááááááááááááá
Ontem foi um dia que ficará marcado na vida de muitas pessoas espalhadas pelo mundo, menos no Brasil, é claro.
Ontem foi o dia que aconteceu a Marcha das mulheres em várias cidades dos Estados Unidos, Canadá, Europa Oceania, África, Ásia e alguns países da América do Sul. Em algumas redes informaram também a participação de alguns americanos no Rio de Janeiro, Ipanema, mas um número muito pequeno de participantes.
Só para variar um pouco, vi diversos comentários agressivos sobre essa marcha no twitter, e também vi muitas redes de notícias, prefiro não citar as fontes, passando as informações de forma equivocada. Como assim, que forma equivocada? Aquela bela confusão entre feminismo e feminazis, lembram? Eu já falei sobre isso em outro post e não vou ficar repetindo aqui. E a manifestação não foi somente sobre o feminismo.
A marcha das mulheres foi sim uma marcha contra o atual presidente Norte Americano Donald Trump. A ideia surgiu de um grupo de jovens que não acreditava que um candidato que tinha sido acusado de assédio sexual por várias mulheres e feito comentários pejorativos sobre o sexo feminino tivesse vencido as eleições em novembro.
Donald deixou claro ter preconceitos contra homossexuais, imigrantes, negros e mulheres, fazendo criticas bem ofensivas sobre os mesmos
A marcha teve como objetivo principal a união de mulheres, homossexuais, negros, imigrantes, pedindo nas ruas os seus direitos de igualdade. E deixar bem claro a insatisfação com o atual presidente.
Foi um dia lindo, um dia rosa, um dia onde, em todos os lugares, ocorreram uma manifestações pacíficas, visando o seu objetivo. Se isso tivesse acontecido no Brasil seria um carnaval fora de época e veríamos mulheres saindo com os peitos de fora dizendo que se homem pode andar sem camisa elas também podem. 
Eu apoiei e apoio a causa, porque o que acontece nos Estados Unidos afeta diretamente o mundo todo, então é legal que todos se manifestem e protestem de forma pacífica, ainda mais quando se trata de um assunto bem interessante e muito relevante.
Infelizmente o brasileiro quando vai para a rua atrás dos seus direitos, exagera. Depredam patrimônios públicos, sujam as ruas, fazem baderna e isso não é um protesto pacífico. Na época em que deram o golpe na Dilma (FOI GOLPE SIM, minha opinião, se acha o contrário respeito), não teve uma manifestação sem dor de cabeça onde não tiveram confrontos com a polícia, e além disso tudo, foram manifestações partidárias. Totalmente diferente do que aconteceu no mundo ontem.
Amo o meu país, mas lamento dizer que está ficando inviável viver aqui. Se eu pudesse, se tivesse uma oportunidade, não pensaria duas vezes em sair daqui, porque pelo que vejo, a tendência é piorar cada dia mais.
Aí que começam os comentários raivosos:
– Se não está satisfeita, some daqui…
– Pegue suas coisas e junte-se a eles…
– Mimimi você não sabe do que se trata o feminismo…
– Você é uma burra, ignorante que não sabe o que fala. Vai caçar um tanque de roupa para lavar. 
Antes as críticas me deixariam totalmente irritada, hoje eu as ignoro. É o que é necessário fazer para continuar vivendo.
Uma dica para quem quiser julgar, criticar ou seja lá o que for. Antes de qualquer coisa, entrem em sites de notícias internacionais, principalmente os Americanos e Canadenses. Lá vocês vão encontrar as informações corretas sobre a Marcha. Não usem como base somente o que a mídia brasileira mostra para vocês. Se tiverem curiosidade, sigam os perfis responsáveis pelo ato nas redes sociais. Conhecer o movimento, antes de criticar, é muito importante.
Até a próxima!
ISSO FOI LINDO!!!!
Womens March Oláááááááááááááá Ontem foi um dia que ficará marcado na vida de muitas pessoas espalhadas pelo mundo, menos no Brasil, é claro.
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