Tumgik
#marianarodrigues
projetomacro · 5 years
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Desfaz, refaz, desfaz, refaz. Produz, desproduz, produz de novo. O tempo todo. Encarar as restrições impostas pelas regras do Labsonica, descobrir que o som dos eventos que aconteciam naquele espaço vazava para dentro da sala de gravação do estúdio, lidar com as mudanças na participação dos convidados. A data da vinda do Ney mudou de repente: efeito dominó no restante do planejamento da semana. Momentos mais tensos: definir o equipamento de filmagem. Como prever exatamente o que era necessário se o que era necessário só se fazia necessário quando necessário? Desafio. Deixar pontas soltas para o improviso e ao mesmo tempo definir ao menos algum equipamento. Um, dois ou três fresnéis? Quantos panos pretos? Chamamos um assistente [Rodrigo] para o set? Precisamos de um figurino? De um maquiador? Esquece tudo isso, vamos pedir para os convidados escolherem o que querem vestir. Se a equipe de produção foi exigida a ter muito jogo de cintura, a equipe de imagem e de som também, embora os músicos tivessem a sorte de trabalhar até certo ponto isolados dentro do estúdio. A sala técnica do estúdio permitia uma submersão constante. Proteção sonora. Helô fugia para lá quando o bicho pegava na produção. Depois de ouvir “Faz um carnaval comigo” ou “Ondas de Jorge”, tudo parecia mais possível. Mesmo que só fragmentos, e a repetição de fragmentos, que fazem parte de toda gravação de disco. O estúdio de gravação era ao mesmo tempo estúdio de filmagem. Na última semana, a equipe de imagem teve que abrir mão daquele espaço e trabalhar no auditório, no segundo andar. Afinal, era preciso acabar de gravar o disco. No auditório, após muita experimentação, Batman e Elisa fizeram uma descoberta. Uma mesa preta e lustrosa, que duplicava perfeitamente a imagem da Jade, coisa que seria feita, quem sabe, só na pós-produção. Certas surpresas só acontecem quando se acolhe o acaso. As equipes tiveram realmente que se ouvir e colaborar. Flexibilidade e disposição para ceder. Puxa daqui puxa dali. Alguma tensão, mas nada irreversível. Um respiro para a Paula, o único pedido especial do Pedro e do Ney para o lanche: pão com manteiga. “Cinco horas, cadê meu pão na chapa”. Fácil fácil. Tanto que no fim até rolou o bolo de chocolate que a Elisa tanto queria.
Na foto: Paula Sued (diretora de produção), Heloisa Marinho (produtora do Pedro), Gabriela Haber (empresária do Pedro), Paula Brandão (diretora de criação // Baluarte Cultura), Livia Simas (coordenadora de produção), Mariana Rodrigues (gestora de produção)
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