#madeira pintada
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⭐️ forgive me father. fem!reader x enzo vogrincic
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» cw: smut! por favor só interaja se for +18! ; enzo!padre; infidelidade; angst + catholic gilt; fingering; masturb masculina + fem; sexo desprotegido; p in v; creampie; sexo num altar e na igreja (ops); nuances de strenght kink; enzo e leitora virgens então perda de virgindade.
» wn: omg debut solo do enzo nesse blog aqui!! e enzo!padre😯 pois é manas, call me camila creads fleabag da silva! pensei nessa ideia e depois de uma conversa com a minha querida amiga @lunitt decidi canetar!! gostaria de dizer que se alguém se sentir ofendida com esse tema religioso + culpa católica + pecados + sexo na igreja e com um fucking padre etc por favor não leia se não se sentir confortável com isso! apesar de isso se tratar de uma ficção, o tema abordado é um padre quebrando o celibato e se apaixonando, entawnnn essa é toda a trama desse one shot… mas enfim, não vou mentir, eu si diverti demais escrevendo essa 😛 espero que vocês gostem! 💞💐✨
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enzo!padre que tomou a decisão se ser devoto a religião ainda muito jovem. vindo de uma família religiosa, sempre soube a importância da fé e como seguir uma vida sagrada era um ato extremamente nobre. por mais que existissem as dificuldades, era feliz com sua decisão de ter se tornado padre, levava uma vida amena: todos os dias realizava missas e depois delas tinha a oportunidade de falar com os habitantes simpáticos da cidade pequena, foi assim que se tornou o padre favorito de várias senhorinhas, as quais em segredo sempre comentavam entre si o quão raro era ver um homem tão bonito quanto ele ser devoto apenas a sua fé.
enzo!padre que já estava acostumado com o carinho vindo das senhorinhas, tanto que reconhecia até a voz trêmula de cada idosinha na hora da confissão, conseguia identificar quem era quem apesar da madeira que separava as cabines e o impossibilitava de ver o rosto das fiéis. por isso estranhou tanto quando ouviu sua voz jovem do outro lado dizendo “Abençoa-me, Pai, porque pequei”.
enzo!padre que se esforçou para prosseguir com a confissão da mesma forma que sempre fazia, disfarçando o quando sua voz o afetou. procurou focar no que você dizia, prestando atenção em cada detalhe da história que você contava: que tinha se mudado recentemente para a cidadezinha da sua avó porque o filho de um homem importante tinha se interessado em ti, fazendo com que - de acordo com a sua família - a opção de negar o casamento nem existisse, e que talvez estivesse se precipitando pois tinha conhecido o garoto há apenas um mês, mas mesmo assim não enxergava se apaixonar por ele como algo possível.
enzo!padre que nunca tinha sentido esse frio na barriga por causa de alguém, e de forma alguma sabia como lidar com esse sentimento, não sabia o que fazer para desacelerar os batimentos quando você suspirava ou falava algo ainda mais meiga, com a voz trêmula e cheia de culpa. pior ainda quando decidiu se render aos olhos que queriam passear pela parede levemente transparente que separava vocês dois, observando com dificuldade o contorno do seu vestido branco e não conseguindo identificar se suas unhas estavam pintadas de rosa ou vermelho, mas conseguia ver perfeitamente seus dedinhos agitados que se moviam cada vez que falava, ou as palmas suadas deslizando pelo vestido curto.
enzo!padre que antes de dormir rezou uma, duas, três vezes, pedindo perdão por pela primeira vez na vida sentir tanta necessidade carnal, totalmente indevida para a sua carreira. se remexia na cama, a cabeça doía e o membro rígido entre suas pernas o incomodava mais ainda. se levantou para beber uma água, lavar o rosto, até decidiu fazer um chá enquanto perambulava pela cozinha, e enquanto a água fervia rezava com o terço em mãos, pedindo perdão e ajuda.
enzo!padre que, no dia seguinte, quase engasgou com a própria saliva quando novamente ouviu sua voz do outro lado da parede do confessionário. ainda com a cabeça ruim devido à noite mal dormida, passou as mãos nos olhos, mentalmente dizendo a Deus que já tinha entendido o recado, suplicando para Ele não puní-lo dessa forma.
enzo!padre que tinha que espantar os pensamentos intrusivos quando você repetia que não queria se casar com o ‘garoto de ouro’, pensando como você seria feliz em ser dele. desviava o olhar quando era atraído pelas suas mãos inquietas, e se repreendia quando pensava o quão macia seria a sensação delas passeando pela pele morena e intocada. pior ainda quando os olhos paravam na barra do seu vestido - dessa vez um tom de azul pastel - e o quanto um simples pedaço de tecido o causava tanta vontade de se enfiar por baixo dele, beijando o joelho exposto até a calcinha, imagem que ele inevitavelmente tinha criado na mente.
enzo!padre que te impediu de falar informações que entregariam a ele sua identidade, dizendo que as confissões sempre deveriam permanecer anônimas. apesar de ser verdade, o real motivo era que enzo já se sentia enlouquecido apenas com a imagem das suas mãos e o som da sua voz, tinha medo do que poderia acontecer com sua saúde mental se descobrisse seu nome, seu rosto, seu corpo.
enzo!padre que, nessa noite, ficou horas encarando o teto, recitando todas as orações que conhecia no quarto escuro para espantar os pensamentos sujos que vinham na cabeça. não acostumado com a sensação incômoda de ter uma ereção, lentamente desceu uma das mãos grandes pelo torso até chegar no membro duro coberto pela calça de pijama. sua intenção era de apenas aplicar uma pressão na região quente para aliviar a dor, mas o resultado foi completamente o oposto: os lábios inevitavelmente se partiram e puxaram um ar falhado. ainda por cima da calça, a mão deslizou pelo comprimento aplicando pressão e a mente foi diretamente a você: sua voz dizendo o nome dele ecoava dentro da cabeça, fazendo com que ele franzisse o cenho e apertasse ainda mais o membro que acabou de pulsar com a lembrança.
enzo!padre que não teve nem coragem de enfiar a mão por baixo do tecido, se ele não tocasse de fato no pau que com apenas com alguns minutos de estímulos liberou o líquido espesso e branquinho, talvez tudo isso seria menos pior, uma tentativa de burlar o pecado. depois de ter se esvaziado e ter feito uma bagunça na sua calça de pijama favorita, permaneceu de olhos fechados enquanto o peito subia e descia rapidamente.
enzo!padre que no dia seguinte anunciou na missa que o confessionário estaria suspenso por uma semana, com uma justificativa esparramada de que estaria atarefado com um projeto católico pessoal. sentiu até o peito pesar quando observou que as velhinhas se entreolharam e diziam “awn”, mencionando como ele era dedicado e um homem íntegro, quando o motivo verdadeiro era incrivelmente sujo, algo que elas nunca nem cogitariam que o padre enzo vogrincic pensaria.
enzo!padre que sentia como se estivesse no inferno durante essa semana, todas as noites acordando de madrugada depois de sonhar contigo: imaginando sua voz gemendo o nome dele, enquanto visualizava perfeitamente suas mãos ao redor do membro grosso.
enzo!padre que sentiu o coração parar de bater no dia que a velhinha, o filho do prefeito e a menina bonita sentaram no primeiro banco durante a missa, permitindo com que ele percebesse que a jovem tinha as mãos iguais a sua, também que o vestido era muito semelhante aos que você tinha usado durante as confissões, a forma que ela também mexia com os dedos - agora no anelar que tinha um anel de noivado - e parecia aflita, mordiscando os lábios ao vê-lo passear pelo altar. não, não podia ser… enzo pedia à Deus que não fosse você, rezava para que você fosse a mulher mais feia daquela igreja, não justamente o contrário.
enzo!padre que no final dessa missa, seguiu a moça bonita com o olhar enquanto criava justificativas e teorias para que você não fosse você. mas para a sua infelicidade, enquanto cumprimentava os fiéis na porta da igreja, sentiu os joelhos falharem quando ouviu a mesma voz doce que o assombrava desde a primeira vez que a escutou quando você disse “Paz de cristo, padre”. sua expressão era de quem tinha acabado de ver um fantasma, mas ainda bem que o seu noivo - alguns diriam extrovertido, outros metido - tomou a liberdade de o convidar para a festa que aconteceria na praça hoje à noite e falar que ele abençoasse e oficializasse seu casamento, fazendo enzo sentir um nó se formar na barriga, um sentimento novo para ele, que não conseguiu identificar que era inveja.
enzo!padre que demorou mais tempo do que deveria no banho, não fazendo as coisas sujas que o corpo desesperadamente necessitava ao pensar em você, e sim refletindo se realmente valia a pena abandonar todos seus princípios por alguém. mas porra, cada vez que pensava no fato de que você ficaria presa com esse homem para o resto da vida, quando ele poderia te oferecer tanto mais, poderia te fazer se apaixonar de fato por ele, poderia aprender como te satisfazer da maneira que você quer, da maneira que você merece. pensava se sua fé ainda estava intacta depois de você se tornar a maior devoção de enzo. não conseguia parar de pensar na forma como você o olhou, como o nome dele escapava dos seus lábios tão facilmente. a voz ecoava na mente já nublada de desejo, principalmente agora, que suas mãos inevitavelmente desceram até a ereção que palpitava toda vez que a imagem do seu rosto se contorcendo de prazer invadia a mente dele, decidindo se entregar ao pecado dessa vez, só dessa vez.
enzo!padre que decidiu não comparecer à festa da cidade que aconteceria essa noite, afinal, seria uma má ideia ir para o lugar que você estaria. por isso, depois do banho, foi em direção a igreja vazia e escura para acender uma vela enquanto tomava um chá, mas estranhou muito quando ouviu um barulho de uma mulher chorando. “olá?”, ele perguntou e ouviu a própria voz ecoar, pensou até que fosse mais uma peça que a sua mente estava pregando nele quando não obteve uma resposta e o choro baixinho não foi interrompido, mas depois de forçar um pouco a vista, percebeu que era você. sentada em um dos bancos centrais da igreja, acompanhava calada o homem que caminhava até ti, fungando e secando as lágrimas com um lencinho de pano.
enzo!padre que se sentou ao seu lado, por mais que você fosse a única coisa que o desviasse do caminho sagrado, não conseguia te ver nesse estado e não fazer nada. “desculpa, padre… eu achei que você não estaria acordado essas horas e… imaginei que vir aqui e rezar um pouco me faria bem…”, você disse entre soluços, o que fez enzo responder, “tá tudo bem… tem alguma coisa que eu possa fazer para te ajudar?”. você balançou um ‘não’ com a cabeça em resposta, ainda fungando o nariz e com os olhos molhados de lágrimas enquanto encarava o próprio colo. enzo se aproveitou da ausência da parede entre vocês para te observar atentamente: seu cenho franzido, como o peito subia e descia mais rápido que o normal, como você puxava as pelinhas no canto da unha, e mais rápido do que ele pudesse reagir, como tomou as mãos dele nas suas e pediu “ora comigo, padre? por favor…”
enzo!padre que rezou um ave maria contigo, e - por mais que estivesse atento demais na forma que o seu toque praticamente queimava a pele dele - quando você começou a chorar novamente antes mesmo da prece terminar, envolveu o braço ao redor do seu torso e sentiu o coração bater mais rápido quando você encostou seu rosto na curva do ombro dele. “shh… tá tudo bem…”, ele te confortava enquanto a mão grande fazia um carinho gentil no seu braço. “padre… eu preciso confessar…”, você sussurrou, tão baixinho que ele quase não escutou.
enzo!padre que quase desmaiou quando ouviu você dizer “ontem à noite… o meu noivo ficou até tarde em uma reunião, e eu me senti tão sozinha na cama, eu… pensei em alguém… e… me toquei… e eu sei, eu sei que é pecado… mas… foi tão…”. ele permaneceu completamente estático, não sabia o que dizer, principalmente quando você revelou que estava na mesma situação que ele: “eu sei que eu não deveria ter feito isso… e eu sei que a minha vida sexual só deve ser iniciada depois do casamento, mas… foi mais forte que eu… e agora, apesar de me sentir culpada, eu não consigo parar de pensar como foi… bom…”, você dizia em uma voz baixinha, com vergonha do que estava revelando.
enzo!padre que, por mais que soubesse que isso já passaria dos limites que a religião impõe, não segurou o pedido que saiu dos próprios lábios após alguns segundos de silêncio: “me mostra”. e quando você o olhou hesitante, ele segurou sua mão, te permitindo sentir a palma fria e suada, identificando que ele estava tão nervoso quanto você. as mãos entrelaçadas que estavam na altura dos peitos que subiam e desciam rapidamente desceram até o seu joelho exposto, e lentamente subiram até a pele da sua coxa que não estava coberta pelo vestido.
enzo!padre que encostou a testa na tua, e sussurrou “por favor…” depois de perceber que você estava ofegante que nem ele. você desentrelaçou os seus dedos nos dele, e ambos pensaram como esse era o momento perfeito de se levantar e ir embora, seria difícil fingir que nada aconteceu mas não seria pior do que pecar dentro da igreja. mas ambos estavam estáticos, não queriam deixar de sentir o ar que o outro liberava tão perto do próprio rosto, e muito menos deixar de fazer o que o corpo ansiou por tantas noites, então você segurou o pulso do homem e o guiou até a sua calcinha, fazendo com que os dois suspirassem ao sentir a mão grande encostando no tecido encharcado. ele inevitavelmente aplicou uma pressão por cima da calcinha branca, resultando em vocês dois exalando um ar entre os lábios em um formato perfeito de ‘o’ e, logo após, você movendo os dedos dele até o cós da peça íntima, permitindo que os dígitos explorassem as suas dobrinhas, a igreja estava tão quieta que era possível escutar apenas o barulhinho molhado e as respirações ofegantes.
enzo!padre que tomou a liberdade de fazer círculos com os quatro dedos que estavam dentro da calcinha - apenas o polegar estava para fora do tecido - e passavam pelo seu clitóris e perto da sua entradinha que já pulsava. “era assim… isso…”, você afirmava, o dizendo que o que ele fazia era exatamente o que você tinha feito. “enzo…”, ao gemer o nome dele, enzo voltou a realidade: percebeu que o que estava fazendo era completamente errado, mas, porra… o jeito que você gemia o nome dele, o jeito que seus olhos estavam cheinhos de lágrimas e desejo, o jeito que seus lábios estavam entrepartidos e mesmo assim segurava os gemidos, soltando um ar pesado pela boca. ele não conseguia parar, muito menos resistir, selou os lábios no seu. as línguas se esbarravam lentamente, sem nenhuma sincronização pois ambos já estavam perdidos demais no prazer, principalmente quando suas mãos pararam na coxa dele em um impulso, sentia que estavam perto demais de um orgasmo, “enzo… eu…”. “em quem… você pensou?”, ele te interrompeu, ofegante, fazendo você jogar a cabeça para trás ao ouvir a pergunta e apertar a coxa dele, perigosamente perto da virilha.
enzo!padre que quando ouviu você dizer “você… nisso… eu pensei nisso…” ofegante, não conseguiu controlar a resposta que o corpo deu. principalmente ao sentir você apertar a coxa dele mais forte para conter um gemido enquanto gozava, ele não teve outra opção a não ser se juntar a você, que de olhos fechados e com a cabeça para trás escutou um gemido falho e ofegante sair dos lábios do moreno, o qual apenas fechou os olhos que estavam fixados no seu rosto para se entregar completamente ao ápice de prazer que também se encontrava. enquanto você se acalmava do orgasmo, recuperou seus sentidos e conseguiu sentir a mancha melada que tinha se formado no tecido da túnica preta que ele usava. novamente, ambos estavam estáticos, ainda mais agora que o estrago já estava feito. mas dessa vez, antes que você pudesse falar qualquer coisa, enzo se levantou abruptamente e caminhou até seu aposento enquanto dizia “não volte mais aqui”. seus olhos seguiram a figura do homem que fechou a porta com tanta força que o barulho ecoou pela igreja escura e vazia, te deixando sozinha ali no banco, ainda incrédula com o que acabou de acontecer.
enzo!padre que, no dia seguinte, se sentia fora de si durante a missa. principalmente quando percebeu que você não estava ali, apenas seu noivo, o qual disse que a festa ontem à noite foi excelente, que ele deveria ter ido, e disse que sua futura esposa também não compareceu porque estava um pouco febril, mesmo motivo de não ter comparecido hoje de manhã. a resposta de enzo foi cheia de culpa, gaguejou ao dizer que iria orar por ela, algo que acabou passando despercebido pelo homem que não tinha a mínima ideia do que realmente se passou ontem à noite.
» oiee jah podi quebrar a quarta parede? 😛 só pra falar pra darem o play nessa música aqui pra ler esses próximos parágrafos 💞💐
enzo!padre que, essa noite, decidiu ignorar a ansiedade que sentia ao pisar na igreja escura, acendeu uma vela e logo após se ajoelhou em frente a escadinha em frente ao altar, rezando e pedindo perdão por ter desviado do caminho sagrado. enquanto orava, escutou um barulho de passos de saltinho. quanto mais alto o som, mais ele temia de ser quem ele desejava que fosse. quando ele percebeu que o barulho se cessou, hesitou em virar o olhar só acima do ombro, e quando fez isso, se deparou com sua figura parada no corredor entre os bancos, ainda distante dele. “não”, ele disse, ainda com os olhos em ti. “por favor…”, você suplicou, retomando a caminhada até o homem, o qual protestou novamente enquanto se levantava: “não”. “por favor…”, ele ao ouvir a súplica sair dos seus lábios novamente segurou a cruz do terço que tinha em mãos e o apontou para ti, “NÃO!”.
enzo!padre que queria correr de você como o diabo corria da cruz quando percebeu que você não se afastou, pelo contrário: se aproximou mais ainda, o olhando com o cenho franzido enquanto desfazia o laço do sobretudo que usava, finalmente expondo o vestido preto curto que vestia. mas enzo não conseguia se mover, por mais que os músculos do braço que erguiam a cruz falharam ao ver como a luz do luar que entrava pela janela da igreja te iluminava perfeitamente: realçando seu rosto e olhar repletos de desejo e como o vestido delineava as suas curvas. seus dedos subiram até o símbolo que te repreendia, segurou a mão que o terço envolvia e a guiou lentamente até o espaço entre seus seios, fazendo ele sentir como seu coração batia rápido. ele te encarava, a boca já estava seca e os pelos arrepiados só de estar na sua presença, principalmente agora em que os corpos estavam separados por apenas alguns centímetros de distância, mas não ousou em retirar a mão dali. você se aproximou mais do rosto do moreno, que agora tinha o cenho franzido que nem o seu e os lábios entreabertos numa tentativa de puxar mais ar para os pulmões, os narizes se encostaram quando você suplicou pela última vez: “por favor, padre…”.
enzo!padre que não conseguia pensar em nada mais além de você, e, por isso, selou os lábios nos seus de uma forma urgente, agressiva, até. as mãos grandes te puxavam para mais perto e simultaneamente apalpavam sua carne, te fazendo arfar dentro da boca do moreno enquanto as suas subiam até o os fios escuros e puxaram eles levemente. o beijo era desesperado, enzo desceu as palmas até a barra do seu vestido e segurou, puxando o tecido para cima e te deixando despida. ele tinha interrompido o beijo para que o vestido pudesse passar pela sua cabeça com facilidade, e antes que pudesse retomar, percebeu que você usava apenas uma calcinha e que seus seios estavam expostos, com os mamilos eriçados devido a brisa gelada que se chocou contra a pele pelando. os olhos passeavam pelo corpo que ele já tinha sonhado tantas vezes, hipnotizado como a realidade era melhor que qualquer produto do seu subconsciente, principalmente com você respirando ofegante que nem ele. você soltou um gemido falhado e ofegando quando enzo começou a beijar seu pescoço enquanto as mãos grandes passeavam pelas suas costas, e quanto mais os lábios desciam até seu colo, e depois para seus seios, as mãos também desciam até sua bunda e apertavam ela, com uma força que ele não tinha condições de medir agora.
enzo!padre que nem precisou te avisar para pular no colo dele quando te levantou do chão, você envolveu as pernas ao redor do quadril dele enquanto ele subia pelas escadinhas da plataforma que ele tanto profetizou as palavras da bíblia, caminhando até o altar enquanto os lábios não deixavam os seus e as palmas não deixavam de apertar suas coxas e sua bunda. ele te sentou na mesa e interrompeu o beijo para que pudessem respirar, mantendo o nariz encostado no teu. as mãos grandes subiram até seus seios e apertaram a carne macia, te fazendo arfar e chegar os quadris para frente, desesperada por qualquer estímulo. suas mãos desceram até a ereção do homem que voltou a te beijar desesperadamente, apertando levemente o membro e sussurrando contra os lábios dele dizendo “por favor…”, fazendo com que ele gemesse com os dentes cerrados e logo após enfiasse os dígitos dentro da sua calcinha, gemendo ao sentir o quão molhada você estava. ele tomou a liberdade de enfiar um dedo na sua entradinha apertada, a sensação nova com certeza doeria se você não estivesse completamente encharcada, mas mesmo assim você enfiou o rosto na curva do pescoço do moreno e deixou uma mordida ali para abafar um gemido, arrancando um dele.
enzo!padre que desesperadamente precisava estar dentro de ti, então quando você lambeu o pescoço dele até chegar ao lóbulo e gemeu “eu preciso… de você… por favor…”, retirou o dedo de dentro da sua entradinha e começou a levantar a bata que usava até os quadris, na altura suficiente apenas para liberar a ereção que doía, a outra mão se encarregava de retirar sua calcinha e jogá-la em um canto qualquer. as mãos grandes pararam na lateral do seu rosto, segurando firmemente enquanto te beijava de forma bagunçada, as línguas se esbarravam e vibravam quando gemiam um na boca do outro, enquanto a cabecinha suja de pré gozo deslizava livremente na parte interna da sua coxa, já molhada da sua própria excitação. você tomou liberdade de segurar o membro grosso que pulsava e guia-lo até sua buceta, esfregando a glande no buraquinho que queria engolir todo o comprimento logo, fazendo com que uma das mãos grandes de enzo parassem na sua nuca e apertassem ali, enquanto vocês gemiam com a sensação inédita.
enzo!padre que deixou você tomá-lo no seu tempo, o puxando pela bunda para que ele se enfiasse todo dentro de ti. e quando você afastou ele só para o puxar para mais perto de novo, instruindo ele a te fuder, os braços fortes cobertos pelas mangas pretas da vestimenta envolveram seu torso, enquanto a outra mão segurava sua nuca para que você não tirasse seus olhos do dele, que te encaravam os seus com desejo - algo que não se atreveria a fazer mesmo se ele não quisesse. as suas mãos puxavam o cabelo escuro a medida que ele saia e entrava em ti, a dor que sentiu por alguns instantes se transformou completamente em prazer, arrancando gemidos manhosos de você e que ficavam mais altos a cada barulho grave que saia da boca que beijava seu pescoço, seu queixo, sua bochecha e sua boca de forma desordenada. você envolveu suas pernas ao redor do quadril de enzo, os quais faziam movimentos cada vez mais desordenados, ele também fala frases sem conexão entre os gemidos, fazendo você segurar o rosto dele e colar sua testa na dele, novamente fazendo um contato visual enquanto ambos gemiam com cada estocada.
enzo!padre que voltou a te beijar quando sentiu que estava prestes a transbordar dentro de ti, soltando um ar pesado pelo nariz enquanto a língua envolvia a sua e se esvaziava dentro da buceta que pulsava ao redor do membro sensível. os braços de enzo te abraçavam com força enquanto a virilha dele ainda encostava e desencostava na sua, dessa vez mais lentamente, fodendo mais fundo a porra que ele tinha acabado de deixar no seu interior, o beijo também desacelerou para que vocês pudessem se recuperar do quão intenso tudo isso tinha acabado de ser.
enzo!padre que percebeu que, agora, a sua única devoção era você, que o único altar que ele queria louvar todos os dias era seu corpo. então, antes mesmo de sair de dentro de ti, disse ofegante “foge comigo”. seu rosto expressava hesitação, mas a forma que seu coração bateu mais forte ao pensar como seria viver com enzo te confirmou que era isso que você queria. “mas… como a gente vai fazer isso?”. “eu não sei… eu só sei que eu quero ficar com você pra sempre”.
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» wn2: gente infelizmente eu pensei em uma coisa aqui e preciso plantar essa sementinha na mente de vocês: E SE ele ficou completamente biluteteio das ideias e tudo isso só aconteceu na cabeça dele. makes u think fr 🚬 (no caso eu escrevi tudo isso pensando que aconteceu mesmo tá bem mas achei esse pensamento legal e quis compartilhar, MAS E AÍ GOSTARAMMM?!! ficou bem grandinho né mas oh well camila yapper = fork found in kitchen 😛☝🏻
#enzo vogrincic smut#enzo vogrincic x reader#enzo vogrincic#lsdln x reader#lsdln cast#lsdln smut#cwrites
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🎃 kinktober - day twenty-one: devoção com esteban kukuriczka.
— aviso: temas religiosos, oral m!receiving, masturbação m!receiving, menção à sexo.
— word count: 1,5k.
— nota: ESTEBAN VIRJÃO CATÓLICO.
a dor aguda que machucava os joelhos fizeram os olhos abrirem, irritados. a comunhão era a parte que você menos gostava durante toda a missa. conseguia se distrair com os próprios pensamentos durante a homília e as leituras, mas nunca gostara de comungar. tinha que se levantar do banco, receber a hóstia do padre e se ajoelhar no duro banco de madeira e pedir perdão pelos seus pecados. estava muito bem com eles, não via a necessidade de se desculpar por nada.
a melhor parte da missa era ver Esteban. o acólito bonito de bochechas avermelhadas, olhos puxados e sorriso encantador. quando vestia a batina ficava ainda mais bonito. não evitava os pensamentos pecaminosos que cruzavam a mente quando o via. sempre rezava mais um Pai Nosso como pedido de perdão.
era uma mulher livre, por assim dizer. não tinha esperado pelo sagrado matrimônio para entregar o seu corpo para alguém, bebia vinho sempre que podia e não se confessava há um bom tempo. sua mãe prometia que, um dia, seu corpo se converteria em chamas por ser tão herege.
Esteban, pelo contrário, vivia e respirava a igreja católica. lia a bíblia todos os dias, jejuava e se confessava sempre que preciso. e eram precisas muitas penitências desde que ele conhecera você. não conseguia tirar o seu rosto da mente por nada naquele mundo. se repreendia por todas as vezes que espiou o seu decote quando você reverenciou o padre, ou por notar, na maioria das vezes, que você não usava calcinha quando ia para a missa de vestido.
naquele dia em especial, era particularmente difícil não olhar para você. estava tão linda no vestido azul marinho, com pérolas adornando as orelhas e os pescoços. as unhas estavam pintadas com uma cor clarinha, tornando sua mão muito convidativa. ele já tinha perdido as contas de quantas vezes sonhara com as suas mãos nas diversas partes do corpo dele. a boca, em tom rosado, eram objeto de desejo para Kukuriczka. imaginava como seria deslizar o polegar pelos seus lábios e sentir o interior da sua cavidade oral.
seus olhos se encontraram, fazendo com que as bochechas dele ficassem avermelhadas. você sorriu, convidativa. engolindo em seco, o argentino conferiu se mais alguém tinha visto aquilo. a maioria dos frequentadores da igreja estavam de olhos fechados, focados nos seus atos de constrição e nas suas orações pessoais. agradeceu, silenciosamente, por ninguém ter notado.
você ainda o encarava, curiosa com a demonstração de interesse de Esteban. não retirou os olhos dele durante todo o restante da celebração, vez ou outra capturando o olhar dele para si. o homem não fazia muito além de desviar o olhar ou olhar para os próprios pés.
quando a missa se encerrou, avisou à mãe que tinha de confessar. sua mãe agradeceu aos céus pela sua iniciativa, dizendo que seguiria para casa enquanto você o fizesse. assentiu como uma boa moça e esperou pacientemente que as pessoas fossem embora até que estivesse sozinha.
o padre se retirou da sacristia e foi aí que você soube que era sua deixa. Adentrou o cômodo, encontrando Esteban sem a batina. usava uma camisa de botões preta e uma calça social de mesma cor, fazendo você suspirar. ele olhou sobre o ombro, se assustando ao vê-la.
“oi. eu vim me confessar com você.” você falou assim que percebeu que ele não falaria nada. segurava a bolsa com as duas mãos, nervosamente.
“isso é ótimo, mas você não pode se confessar comigo.” ele uniu as mãos atrás das costas, se virando para você. “eu sou só um acólito.”
“ah.” você fez um muxoxo, encarando os vitrais bonitos da sala. “mas, eu posso desabafar com você, né? e você pode me dar alguns conselhos.”
“claro” ele assentiu, encarando seus olhos pela primeira vez. com um aceno, ele convidou você para se sentar em um dos bancos presentes na sala. você se acomodou ao lado dele, inalando o perfume fresco dele. “sobre o que quer falar?”
teve que respirar fundo para tomar coragem. se tudo desse errado, saberia que nunca mais poderia pisar dentro da igreja. no pior dos casos, sua família ficaria sabendo de tudo e você seria deserdada rapidamente.
“eu estou interessada em alguém. mas, não parece certo.” Esteban encarou você com interesse. “não sei se a pessoa corresponde.”
“você deveria falar com ela, não?”
“você tem razão, mas sabe...” uma das suas mãos pousaram sobre a coxa dele. “eu tenho medo da reação dele.”
Esteban desceu o olhar até a sua mão na coxa dele. as unhas bem feita e o anel solitário na sua mão o fizeram arrepiar. ele olhou para a porta, mas você tinha sido esperta o suficiente para fechá-la. o peito descia e subia nervosamente quando voltou a te encarar.
“isso é uma piada?”
“por que seria?” tombou a cabeça de maneira afetada, os olhos de corça encarando-o como se não entendesse a pergunta dele. o brilho que iluminava as íris eram desejo puro.
“eu não sei. eu nunca fiz isso, não sei dizer se você está dizendo a verdade.” a confissão arrancou um sorriso seu.
“nunca esteve com uma mulher antes?” Esteban negou com a cabeça, arrancando um suspiro de satisfação seu. tomou as bochechas dele em mãos, o puxando para perto. “não se preocupe. Eu te ensino tudo.”
uniu os lábios aos dele com cuidado, como se qualquer movimento brusco fosse assustá-lo. era, claramente, inexperiente. não sabia o que fazer, mas era um ótimo aluno e tomou o ritmo que você impôs com facilidade. deslizou a língua pela sua com certa timidez das primeiras vezes, mas com muita ânsia logo depois. quando as mãos firmes agarraram os seus cabelos, você se impressionou, dando um sorriso entre o ósculo.
“acho que nunca vi mulher mais bonita que você.” ele murmurou quando você findou o ato. o elogio a pegou desprevenida, arrancando um sorriso bobo seu. “é verdade.”
ajoelhou-se no chão, nem um pouco incomodada daquela vez. se colocou entre as pernas de Esteban, que pareceu confuso ao vê-la naquela posição.
“eu já disse que você não pode se confessar para mim.”
“eu não vou confessar. mas, prometo te levar bem pertinho de Deus.” brincou, retirando o colar de pérolas do pescoço.
Kukuriczka engoliu em seco mais uma vez, não sabendo como se portar naquela situação. quando você se inclinou sobre o colo dele e começou a desabotoar a calça social, ele imediatamente soube o que você faria. já tinha escutado sobre aquilo algumas vezes, quando alguns amigos ousaram contá-lo. não impediu seus movimentos, estava curioso sobre como aquilo terminaria.
é claro que ele já estava duro e pulou para fora da cueca assim que você abaixou a peça. com um sorriso nos lábios, você envolveu o membro dele com as pérolas. Esteban estremeceu, as mãos segurando o banco de madeira com força. quando você começou a movimentar as pérolas para cima e para baixo e com movimentos circulares, o homem não deixou de gemer.
“meu Deus.” ele disse, fechando os olhos para aproveitar a sensação gostosa. “você é a mulher dos meus sonhos.”
não ousou parar. gostava de ouvir aquilo saindo dos lábios dele. normalmente, acharia muito cafona, mas sabia que Esteban dizia com toda honestidade e era o que contava. movimentava os quadris buscando por mais, implorando para que você o tocasse com mais vigor. foi o que fez, arrancando gemidos ainda mais intensos do cristão.
percebeu com antecedência como ele estava ficando sensível, então decidiu parar. voltou a colocar o colar no pescoço, o que deixou as bochechas de Esteban ainda mais vermelhas. pensar que, de alguma forma, você estava usando um objeto que fora usado para dar prazer a ele, era muito sujo.
você se aproximou ainda mais, o olhando nos olhos quando alojou o membro dele dentro da sua boca. Esteban gemeu alto, agarrando os seus cabelos com desespero. ele hesitou em retirar as mãos, mas permaneceu quando viu que você não se importava.
“sua boca parece o paraíso.” ele elogiou mais uma vez, fazendo você gemer baixinho. os elogios serviam como combustível e você buscava dá-lo prazer a cada movimento. apertava as bochechas, sugava com mais força e deixava a língua resvalar por todo o membro. “meu Deus. você é divina.”
enfiou tudo na boca, sentindo a garganta doer e os olhos marejarem. continuou os movimentos de vai e vem, Esteban cada vez mais investido em empurrar a sua cabeça e os próprios quadris, buscando por mais contato. os elogios deixavam a boca dele em enxurradas, glorificando o quão boa você era para ele. pedia perdão a Deus, mentalmente, embora os lábios chamassem a atenção d’Ele para o ato cada vez que gemia.
“eu vou... chegar lá.” ele avisou. você não deixou que ele se retirasse da sua boca, segurou os braços dele enquanto seguia com os movimentos. quando o corpo dele contraiu em um espasmo, você sentiu o gosto agridoce assaltar as papilas quando ele se derramou em você. engolindo tudo e limpando o canto dos lábios, ganhou um olhar cheio de devoção de Esteban.
“obrigado.” ele agradeceu, fazendo você rir.
“prometo não tomar mais do seu tempo hoje.” você se levantou, pegando a mão de Esteban. com cuidado, a arrastou até debaixo do vestido, arrastando a calcinha de lado para que ele sentisse o quão molhada e quentinha você estava. “mas, prometo que em outras oportunidades te mostro mais um pouco do céu.”
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CHAN CHAN
Esteban Kukuriczka x Reader
Fluff & Smut! - sexo sem proteção [CARA???????????], sexo oral [Femme Receiving bc he's a gentleman], squirting, menção de sexo em local público, espanhol fajuta, Esteban namoradinho, carinho matinal [aos prantos com o primeiro parágrafo, ok????], degradação sexual e bombas.
N.A 🪻- Galera, um dos parágrafos me matou muito, não sei o que rolou comigo mas eu tô achando que quem escreveu foi a própria Andressa Urach. Escrevi essa ouvindo Chan Chan do Buena Vista Social Club ou seja, estou recomendando que leiam ouvindo essa também, beijocas💋💋 [e sim dona @creads, isso foi uma parte da minha ameaça feita a você nessa semana😠🚬, ainda tem mais]
— O filete de sol que passava por entre a minúscula brecha da cortina do quarto se projetava perfeitamente nos olhos de Esteban, transformando o castanho escuro em um tom de mel recém colhido. Vocês dois estavam acordados a mais de uma hora, mas a preguiça gostosa da cama quentinha e confortável não permitia que vocês se levantassem de lá. Os corpos enrolados um no outro como se aquela fosse a melhor posição para se ficar, e de fato era, pelo menos para vocês dois, claro. O som da confusão que estava na casa do vizinho era totalmente audível, uma mulher gritava com algum rapaz depois que algo caiu no chão fazendo um estrondo tão alto que vocês dois puderam ouvir.
– "Acho que nós vamos ter que levantar, bebita."– Um choramingo arrastado saiu de entre seus lábios antes mesmo que Esteban terminasse sua oração, um pequeno drama comparado a sua vontade de passar o resto do dia agarrada com seu noivo naquele emaranhado de corpos e cobertas. – "Não faz essa cara, sabe que se estivéssemos no nosso apartamento eu passaria a vida com você nessa cama."– Ele sussurrou perto de seu rosto quente antes de deixar um beijo na pontinha do seu nariz e outro nos seus lábios. Seus olhos se encontravam um no outro, como se fossem incapazes de esconder o afeto que transbordava de vocês.
De Alto Cedro voy para Marcané
— Seus corpos estavam suavemente inclinados contra a mesa de madeira pintada em amarelo, um de frente para o outro, bebiam um café recém passado e se encaravam em total silêncio. O rádio no canto da cozinha tocava Chan Chan da banda cubana Buena Vista Social Club e você se controlava ao máximo para não cantar e sair dançando pela casa como todas as outras vezes, Esteban por sua vez rezava em mais de uma língua para que você fizesse exatamente isso, ver você dançando e cantando movia o dia dele. Uma de suas mãos se moveu para tirar um pedaço do bolo cortado em sua frente, levando a fatia até a boca e dando uma mordida generosa antes de aproximar o pedaço fofo dos lábios de Esteban, que também deixou um mordida grande enquanto os olhos castanhos se mantinham em você. Seus lábios agiram antes de você e um riso deixou eles enquanto você e o argentino continuavam se encarando.
– "HA!! Ganhei."– Esteban disse curto antes de voltar seu corpo para trás e respirar fundo enquanto você o olhava incrédula.
– "Eu não falei nada!"– Ele apenas deu de ombros antes rir e colocar a xícara de café vermelha grande sobre a mesa e levantar as mãos como quem agia indiferente.
– "Sem risadinhas durante o jogo, lembra?"– De repente ele ocupava todo meu campo de visão, a samba canção azul e a camiseta branca abarrotada que ele vestia fazia você acreditar fielmente que aquela seria a visão que você teria quando estivesse de chegada no céu. O cabelo claro bagunçado, o rostinho ainda meio amassado do sono gostoso e pesado que vocês dois tiveram, a barba falhada em todo o maxilar dele, a pontinha do nariz rosada e aquelas benditas sardinhas que pareciam tomar conta do rosto cada vez mais toda vez que você olhava.
Llego a Cueto y voy para Mayarí
— Você calçava seus chinelos enquanto Esteban estava parado na batente da porta te esperando, admirando cada pequeno movimento que você fazia até que estivesse parada na frente dele e deixando um beijo em sua bochecha, tirando ele do transe que você mesma tinha o colocado. A caminhada pela estradinha de terra foi confortável, sentia a brisa geladinha aliviando a temperatura quente do sol que brilhava sobre vocês. O sorriso estampado em seu rosto se fazia presente pelas palavras de Esteban, todo animado falando sobre o cachorrinho que tinha ficado com ele na rede na noite passada enquanto você tomava um banho. As palavras do argentino se serraram quando a vista da cachoeira celestial tomou conta da visão dele, o barulho da água caindo era audível a alguns metros, mas vocês estavam tão focados um no outro que acabaram só percebendo quando estavam quase dentro da lagoa que a cachoeira formava. Com o calor que fazia você não tardou em puxar o pequeno short que vestia pelas pernas e puxar Esteban para dentro da água gelada, fazendo ele gemer alto assim que sentiu a temperatura fria. Você riu com a reação dele e começou a nadar para longe do argentino, fazendo com que ele fosse atrás de você. Não sabia se era sorte, o horário ou talvez o sol estivesse muito forte, a questão é que estavam sozinhos naquele lugar paradisíaco.
– "Mi amor, vem cá..."– Seu olhar era sujo e não passou despercebido por Kukuriczka. O argentino se aproximou de você até que seus braços caíssem sobre os ombros dele e o abraçasse, puxando-o suavemente para mais perto de seu corpo molhado até que seu rosto estivesse ao lado do ouvido dele. – "Que que 'cê acha de me comer aqui hm?"– Sentiu o corpo de Esteban se arrepiar por inteiro com suas palavras e o aperto das mãos dele em sua cintura se tornaram mais pesados.
– "Essa sua bucetinha carente me dá muito trabalho, sabia? Não consegue ficar um único dia sem ter meu pau te enchendo, nena?"– Suas bochechas coraram em um tom de salmão enquanto você encarava o peito molhado e coberto de sardinhas de Esteban. Uma das mãos dele saiu de sua cintura para segurar a polpa da sua bunda e deixar um aperto firme lá, deixando a área avermelhada.
De Alto Cedro voy para Marcané
— As gotículas de suor escorriam sobre a pele avermelhada de Esteban enquanto ele encarava fixamente a forma como sua bunda ficava ainda mais bonita quando ele te comia desse jeito. Seu rosto estava enfiado entre os travesseiros na cama, abafando todos os gemidos e súplicas que saiam de seus lábios. Uma das mãos de Esteban agarrava sua cintura, usando de impulso para se empurrar para dentro de você com mais força, a outra alternava entre massagear a pele dolorida da região das bochechas da sua bunda e deixar tapas cada vez mais duros. As sentenças sujas que saiam da boca dele te faziam chorar contras as fronhas vermelhas e empinar ainda mais o quadril.
– "Perrita desesperada hm? Precisa tanto da minha porra vazando de você que precisa se comportar como uma vadia."– A parte funcional do seu cérebro que não pensava no pau grosso te esticando agradecia mentalmente por Esteban não poder ver seu rosto, quente de vergonha e com lágrimas escorrendo pelas bochechas. Você não ousava dizer uma única palavras, seria muito humilhante, você mal conseguia raciocinar, quem dirá responder a provocação cruel dele. – "Agora você não fala não é? Na hora de se ajoelhar na minha frente e implorar pra eu foder essa sua boquinha bonita e depois te encher de porra você falava."– O gemido pornográfico que fugiu de você não conseguiu ser abafado pelos travesseiros, fazendo Esteban sorrir e agarrar seu corpo com ainda mais força. – "Bucetinha gulosa, carajo."– O argentino gemia entre suspiros enquanto observava a forma como aquele buraquinho apertado engolia o pau dele tão bem. Ele tinha te cozinhado por horas, fervendo cada pedacinho de você antes de te desfiar por inteira.
– "Mi amor-"– Você engoliu um gemido, jurou por todos e quaisquer santos existentes no mundo que sentia seu útero se contorcer, ferver e palpitar dentro de você. A sensação pouco familiar dentro de você indicava algo que seria resultado de toda a brincadeira de Esteban com você. A forma do pau dele se formava no baixo do seu estômago, te fazendo enfiar o rosto contra o colchão e fechar os olhos com força enquanto o buraquinho esticado se apertava cada vez mais em torno da ereção firme do argentino.
– "Vou tirar algo novo de você hoje, nena?"– O tapa estalado na pele machucada foi a última coisa que você ouviu antes de todos os seus sentidos sumirem e você amolecer completamente. Esteban xingava baixo, saindo de dentro de você quando o líquido esbranquiçado jorrou de você com força. O sorriso no rosto dele era impagável, claramente orgulhoso do que tinha feito com você enquanto você permanecia na mesma posição ainda tentando processar o que tinha acontecido. Quando sentiu os braços dele rodeando seu corpo e te puxando para o colo dele se sentiu confortável para se manter de olhos fechados enquanto ele sussurrava algo para você.
Llego a Cueto y voy para Mayarí
— Era para ser só um jantar, mas a garrafa de vinho branco tinha outros planos para vocês. Abriram a garrafa enquanto ainda estavam cozinhando, dividiram a primeira taça, mas claro - quem bebe uma, bebe duas. Só mais uma, foi o que você disse antes da quinta taça. Na sexta e última taça Esteban já estava ajoelhado entre as suas pernas, com você sentada sobre o balcão e choramingando com as espirais que a língua dele fazia sobre o pontinho de nervos pulsante e com o dedo indicador rodeando o buraquinho quente e então se empurrando para dentro. Você sentiu ele sorrir contra os lábios molhados quando um gemido algo fugiu de você, te fazendo agarrar os fios do cabelo loiro com força e largar a taça vazia sobre a bancada. O efeito do álcool no seu corpo tornava cada movimento dele triplamente mais intenso, te deixando com o quadril inquieto e as cordas vocais mais ainda. Gemia sem vergonha alguma, focada demais no argentino talentoso que estava com a cabeça entre suas coxas. Ele se aproveitava dessa versão sua, amava quando você ficava tão perdida no tesão que esquecia das pessoas ao redor de você e deixava todos aqueles sons divinos saírem de sua boca sem pudor nenhum. Seus dedos puxavam as madeixas loiras com força, pressionando a cabeça dele cada vez mais em sua buceta quente. O queixo coberto pela barba falha e os lábios de Esteban estavam encharcados com o quão molhada você estava, não só pela saliva dele mas também pela própria lubrificação que escorria de você antes mesmo dos trabalhos árduos da boca dele. A forma como ele agarrava suas coxas era como se nunca quisesse sair dali, abraçava elas com força e gemia alto contra sua buceta toda vez que você apertava as coxas ao redor da cabeça dele, afogando ele cada vez mais.
– "Porra, nene! Se continuar aí me voy a matarte sufocado."– Suas palavras saíram fracas e fizeram o argentino rir, aquela vibração gostosa de deixou tonta. Quando olhou para baixo viu aqueles olhinhos castanhos quase te implorando para realmente deixar que ele morresse ali, sufocado entre suas coxas e saboreando a melhor refeição da vida dele.
– "Morreria feliz, nena. Muy feliz."– Maldito homem argentino que arrancou de você a força todo o resto de sua honra e dignidade.
🪻
Terminei essa e fiquei EXATAMENTE assim:
#la sociedad de la nieve#brasil#lsdln cast#the society of the snow#esteban kukuriczka#esteban kukuriczka x you#esteban kukuriczka fanfic#esteban kukuriczka smut#esteban kukuriczka x reader#esteban kukuriczka você me paga#Esteban namoradinho#buena vista social club#lsdln x reader#lsdln#a sociedade da neve#alexia's man#alexia is typing😍🌟💥
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͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ 𝐜acciatore — blas polidori
͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ 𝐰ord count — 1,899
͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ 𝐭w — sangue, violência, vampismo (?)
͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ 𝐰ritten by @cmendsee on twitter.
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Você adentrou a casa a passos lentos, notando, de imediato, o silêncio que assolava o local. Isso não era algo usual, até onde você se lembra. Blas não gosta desse silêncio ensurdecedor, então o fato de você não conseguir ouvir nenhuma melodia ao longe ou até mesmo passos, era um tanto estranho.
De repente, lhe ocorreu o pensamento de que algo ruim poderia ter acontecido com ele. Não, isso é improvável. Você teria escutado a confusão de muito longe, não é todo dia que encontram um vampiro que podem executar em praça pública. Mesmo com a preocupação te perturbando a mente, você subiu as escadas num ritmo tranquilo, temendo que alguém a ouvisse, talvez? Você não faz ideia.
Ao alcançar o topo da escada, finalmente ouviu alguma coisa que não fosse sua própria respiração ou os lances de escada rangendo sob seus pés.
Ouviu, ao longe, um baque alto. Algo deve ter caído no chão, talvez tenha sido derrubado pelo vento, mas essa sugestão se provou incorreta ao ouvir uma risada baixa, seguida de murmúrios os quais você não entendeu o que diziam, mas parecia uma boa conversa. Foi se aproximando lentamente, enxergando a porta entreaberta de um dos quartos inutilizados da casa, você escutava o som da lareira crepitando, a conversa se tornou compreensível. Uma voz mais do que conhecida conversava baixo com uma mulher até então desconhecida para você. Ela ria adoravelmente toda vez que ele lhe dizia algo, por mais banal que fosse.
“Bem, você perdeu o jogo.” Ela pontuou em uma risadinha irritante. “É, perdi. Não sou exatamente bom no xadrez como você, nena.” O uso do apelido, a voz doce, tudo fez o seu sangue ferver. Você fez todo o trajeto até a casa preocupada com ele para chegar aqui e descobrir que ele deixou outra mulher entrar?
Não, isso não pode ficar assim. Antes que pudesse dar um passo à frente, o braço estendido para abrir a porta por completo. Você ouviu a jovem gracejar em um tom baixo novamente, e por fim dar um grito estridente. Você pode ver, pelo vão da porta, o momento exato em que Blas puxou a jovem trêmula pelos cabelos e cravou os dentes em sua traqueia.
Por um breve momento, os olhos mortificados de choque da pobrezinha miraram você. Ela mexeu os lábios, mas não conseguiu formar um pedido de socorro como queria. Ela apenas engasgou e soltou alguns lamentos patéticos. Não era nada para se preocupar, talvez ela merecesse morrer dessa forma, afinal, foi ela que procurou se meter naquela casa e com o que não pertencia a ela.
Você encostou na porta, sem muita força, e ela se abriu por completo. O que se desenrolava à sua frente não era algo novo, mas sem dúvida alguma, era lindo. Tão lindo que poderia ser uma das tragédias pintadas por Ilya Repin.
As cortinas estavam fechadas, permitindo que a lareira fosse a única fonte de luz do local. Os lençois da cama praticamente inutilizada do cômodo estavam bagunçados e manchados de um vermelho profundo, uma única taça de vinho repousando tombada sob eles. A garrafa estava jogada no chão, quebrada ao meio, o líquido se espalhando pelo chão de madeira que ninguém se incomodaria de limpar depois. Havia um tabuleiro de xadrez esquecido no piso, suas peças estavam espalhadas em volta, como se alguém tivesse tentado interromper a partida dando um tapa no tabuleiro. E então, havia o centro da imagem.
Quando você entrou, os olhos de Blas se viraram na sua direção imediatamente e se encheram com um amor tão puro que você só pode pensar que era adorável, não se importando muito com o fato dele ter a mandíbula trancada na garganta de uma jovem que você nunca viu na vida.
A camiseta branca que usava tinha os botões superiores abertos, os cachos cor de ébano estavam emaranhados e fora de ordem. Ele mordeu e puxou, como um animal, um pedaço da carne da menina, arrancando-a com sucesso apenas para cuspir aquela fração de um corpo no chão. Quando olhou para você novamente, ainda parecia lindo. Os lábios haviam sido manchados de um tom profundo de escarlate que ainda escorria pelo queixo do rapaz e manchava suas roupas. Suas pupilas estavam dilatadas e ele sorria como se tivesse acabado de lhe surpreender com algo que você disse que queria a muito tempo.
“O que foi, cariño? Ciúmes?” Blas riu, parecendo desorientado, quase como se estivesse bêbado, olhava para você com uma feição divertida, se fazendo de inocente, dissimulado como gostava de ser.
Seu corpo se moveu por conta própria, ouvindo o barulho de seu próprio sangue correndo pelas veias como um zumbido irritante no ouvido, estendeu os braços a fim de envolver as mãos ao redor do pescoço dele, estrangulando-o, e o beijou.
A princípio, Blas engasgou com a falta de ar e envolveu os dedos ao redor de seus pulsos, tentando lhe obrigar a soltá-lo, sem muito sucesso. As pontas das unhas rasparam as costas das duas mãos, deixando rastros vermelhos na pele que não doiam nada.
O gosto metálico do sangue invadindo sua boca não lhe era estranho. Era bem familiar, para dizer a verdade. Mas não nessas circunstâncias, não desse jeito. Mordeu os lábios macios do rapaz com tanta força que os manchou de um novo tom de carmesim que vinha a mascarar o sangue daquela coisinha miserável da qual ele havia se alimentado. Blas fez um ruído baixo em reclamação, mas você não lhe deu o mínimo espaço para protestar sobre o que estava acontecendo ao reforçar o aperto em seu pescoço. Cometeu o erro de se inclinar para frente, montando os quadris alheios, forçando o argentino a se manter abaixo de você, o que se revelou uma péssima decisão quando ele se arrastou sutilmente para trás, repousando as costas no chão apenas para levantar subitamente, lhe forçando a separar o beijo, e então maneando a cabeça de modo a bater a testa com força contra seu nariz.
A dor latente lhe atingiu com tudo. Isso não era mais uma das brincadeiras brutas que costumavam ter um com o outro, ao seu ver, era um jogo que merecia ser levado a sério. Você soltou um grunhido baixo por conta da dor, levando ambas as mãos até o nariz, visto que havia notado o filete de sangue que escorria pelo seu queixo e pingava em gotas no chão de madeira, e enquanto tentava se recompor do golpe nada esperado, ambos seus pulsos foram agarrados e levantados acima da cabeça, Blas a girou rapidamente, levando suas costas de encontro ao chão, o que a fez soltar um chiado irritado e se debater, o que não adiantou muito, afinal, sendo uns bons centímetros mais alto que você, ele não tinha o menor dos problemas em te restringir dessa forma.
Olhá-lo desse ângulo lhe trazia uma sensação peculiar. A sensação de estar em perigo, de precisar fugir. Esse sentimento destoava do jeito que Blas a olhava, observando atentamente os detalhes de sua face como quem admira uma obra de arte imaculada, ainda segurando seus pulsos acima da cabeça de modo hostil.
O rapaz inesperadamente lhe selou os lábios. “Não é assim que você costuma reagir a presentes.” ele sussurrou num tom divertido que soou irritante aos seus ouvidos.
“Você considera isso um presente?” Você respondeu num resmungo, desviando o olhar dele para encarar o cadáver presente na sala junto a vocês. Blas fez o mesmo, virando a cabeça para olhar a cena, parecendo um tanto desinteressado.
“Ela ficou curiosa sobre a casa e resolveu explorar, disse que achou que estava abandonada.. Eu achei que poderíamos dividir.” Deu de ombros ao terminar sua sentença, baixando a guarda de modo sutil, mas ele não parecia ter a intenção de soltá-la. “O que você estava pensando? Que eu iria abdicar de você por uma garotinha enxerida que apareceu na minha porta?” Blas soltou um riso de escárnio.
“Você é um psicopata, Blas Polidori.” Resmungou, novamente, entredentes. Isso o fez rir novamente, se você não quisesse matá-lo, teria se permitido achar isso adorável.
“Seu psicopata. Para sempre.” Blas sussurrou, encostando a testa na sua como se estivesse lhe contando um segredo importantíssimo e sorriu com um entusiasmo estranho. “Toda eternidad.” murmurou num tom tão doce que lhe deixou enjoada. Ele abaixou as mãos, liberando seus pulsos, e rastejou para longe de você, em direção ao corpo no centro da sala. Você se sentou, esfregando as marcas vermelhas nos punhos. Tentou limpar o sangue que lhe manchava o rosto com as costas da mão, mas sem sucesso. Você observou Blas se ajoelhar ao lado do corpo, que jazia numa pequena poça do próprio sangue da jovem. Ele encarou o cadáver, encarou você, encarou o cadáver novamente. Você respirou fundo.
“Eu não vou beber isso.” Afirmou, franzindo o cenho ao olhar a menina desfalecida no piso.
“Você vai. Você precisa e quer. Eu conheço você, cariño.” Blas cantarolou num tom implicante. “E além do mais, é um presente.”
“Não é um presente, isso é um corpo.” Você se levantou, caminhando preguiçosamente até o cadáver.
“Vamos, nena, por favor.” Ele suplicou, mais sério do que anteriormente.
Embora tentasse manter a calma, internamente, sentia como se fosse explodir a qualquer momento. A dor aguda do nariz muito provavelmente quebrado não havia lhe deixado ainda, as mãos também doíam até as pontas dos dedos pelo esforço, tremendo incontrolavelmente. Seu corpo simplesmente passou a se mover sozinho quando agarrou o punho da pobrezinha e afundou os dentes na pele clara com satisfação.
Você não se atentou ao seu redor, nem a forma como Blas teria reagido, nada. Apenas fechou os olhos, sentindo a dor se esvair de seu corpo aos poucos.
Presa dentro da própria cabeça, você não ouvia nada ao seu redor que não fosse o barulho característico da lenha queimando na lareira. Não ouviu passos, não ouvia a respiração regulada de Blas, apenas o silêncio ensurdecedor que encontrou quando entrou na casa a algum tempo atrás. Porém, dessa vez, o silêncio se tornou mais que reconfortante, visto que você se permitiu baixar a guarda totalmente.
Dois braços serpentearam ao redor da sua cintura e isso lhe arrancou de seus pensamentos e a obrigou a abrir os olhos, mesmo tendo plena consciência de quem era.
“Ainda quer me matar?” Blas murmurou, apoiando o queixo no seu ombro. Virando a cabeça, você pode ver o bico formado nos lábios alheios, te olhando inocentemente, cínico.
“Eu acho melhor você não me tentar.” Você respondeu num tom ríspido, segurando uma risadinha.
“Tudo bem, então.” Ele riu baixo, depositando um selar em seu pescoço antes de abraçar sua cintura, deitando no chão e lhe obrigando a fazer o mesmo.
Resolvendo não protestar, você apenas o seguiu, endireitando a postura para repousar a cabeça no peito alheio. A ação foi retribuída com um beijo dado no topo de sua cabeça.
Havia algo de romântico em estarem deitados assim, juntos, sujos de sangue. Seria uma imagem visceral, horrenda e aterrorizante para qualquer um que a presenciasse, dois assassinos, monstros, descansando ao lado de sua pobre e indefesa vítima, seria um belo livro de romance gótico se não fosse real e estivesse ao alcance das pontas de seus dedos.
Fechando os olhos novamente, deixou que o silêncio, dessa vez confortável e acolhedor, a consumisse. Sumiriam com aquele cadáver mais tarde.
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͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ 𝐰riter’s note: opa, primeira vez aqui! escrevi essa fic para algumas amigas, mais eu gostei dela até demais ( e me deu um trabalhão para escrever ) então resolvi postar aqui. A fic também foi postada no wattpad, mesmo user daqui. Aceito sugestões do que escrever também, espero que gostem.
#la sociedad de la nieve#blas polidori#blas polidori x reader#pt br users#vampirism#fanfic#sociedade da neve#cinephile
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easy
Fecho a bolsa encarando a parede lilás que pintamos no último verão. As pinceladas irregulares entregam, havia mais que um par de mãos traçando linhas. Escolhi a cor, você escolheu a parede e encarar agora é como ver uma foto de algo que não pode mais ser. Te percebo parado de braços cruzados, encostado no arco da porta, observando minha despedida. Sorrio e seguro as ondas ferozes de lágrimas que querem sair já que não vejo nenhuma em seu rosto. Nos prometemos nos cuidar, separadamente seguindo a vida da melhor forma, mas antes pretendíamos cuidar um do outro. Soa melancólico levar os rastros visíveis de nós enquanto me observa, mas fazer parecer fácil é um ato de amor por você. Expusemos nossos motivos, acolhemos as razões, e agora cheios de decisões agimos como recém-estranhos. Te olho e sei seu café favorito, qual o filme da sua vida, mas sorrio como para um transeunte qualquer, me questionando se você também pensa assim de mim. Não pedimos desculpas, não nos ofendemos, apenas abraçamos o fim com um vazio crescente em cada peito. Vejo de relance nossas iniciais gravadas na madeira daquela mesa antiga e dói pensar que ela vai seguir ali apesar de nós. Abraço seu corpo quase imóvel, meio temeroso em abraçar de volta, e aceito que minha marca está feita assim como a sua. Pintada em lilás no seu quarto, dizendo sem palavra alguma que estive aqui e que apesar de ser difícil ir embora, é mais difícil fazer parecer fácil.
[the hardest part of leaving, is to make it look so easy]
#rvb#reverberando#liberdadeliteraria#pequenosescritores#eglogas#poecitas#projetocores#meuprojetoautoral#lardepoetas#lardospoetas#mentesexpostas#arquivopoetico#pescmembros#easy#musicais#demi lovato
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Os olhos são pintores: eles pintam o mundo de fora com as cores que moram dentro deles. Olho luminoso vê mundo colorido, olho trevoso vê mundo escuro...
Mandala pintada em madeira e resina. Por Lucas Lima.
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❛ there’s still good in you ❜
lykos achou que aquele seria um dia calmo. não viu problemas em fechar a loja no domingo, visto que até alguém como ele tinha certo apreço por um feriado. como o seu trabalho era muito demorado, ele estava acostumado a ficar dias e horas a fio, incluindo finais de semana, preso no pátio da sua loja. ele é o tipo de pessoa que ama trabalhar. quando christine sugeriu que eles fossem explorar a floresta, algum papo de precisar de calma e inspiração para os novos projetos da ópera, ele não foi contra. viu apenas como um bom jeito de sair da mistura de gente que já o estava incomodando e trabalhar em coisas novas.
seu primeiro passo foi roubar um cavalo e isso foi fácil. mesmo com a quantidade de médicos a postos para cuidar dos animais das mais diversas realezas daquele lugar, o número ainda bem maior do que o necessário. em poucas horas havia conseguido furtar um andaluz de um guarda distraído. mesmo com o tamanho do animal, lykos foi rápido em deixá-lo parecendo um pangaré. desfez tranças, tirou arreios chiques e botou os seus, incluindo um pelego que ele havia acabado de confeccionar, desgrenhou seu pelo, cobriu seu número de identificação e o sujou com bastante terra. em pouco tempo, o cavalo branco e angelical virou um cavalo simples, de um humilde homem.
já na floresta, lykos se isolou. na curta viagem, pois não queria cansar christine pela falta de costume de andar a cavalo, ele havia contado seu feito de roubar o cavalo. confiava nela, pois mesmo que ela pudesse abrir a boca e conseguir uma condenação por roubar um cavalo real para ele, lykos prometeu que o devolveria. era verdade. quando chegaram, chirstine perguntou o que ele iria ficar fazendo enquanto ela lia e organizava alguns textos que ele assumiu serem novos roteiros para a ópera. "eu vou esculpir uns brinquedos." ele mostrou uma bolsa que tinha trazido no lombo do animal, lotada com pequenas achas de madeira. ele pegou um que havia feito como "protótipo". era um bonequinho parecido com uma coruja, pintada com a delicadeza que lykos muitas vezes não sabia transmitir. era pequeno, cabendo na palma da sua mão e quando ele tocava nos lábios e assoprava, belas notas saiam pela parte de baixo do brinquedo. "pensei que talvez um apito fosse ser algo que eu pudesse vender por um preço mais acessível na minha loja." depois disso, lykos não puxou mais assunto e isso pareceu funcionar.
ficou sentado nos pés de uma árvore, usando a jaqueta de travesseiro enquanto esculpia com cuidado cada pequena acha. as horas se passaram e ele conseguiu terminar dois. faltava a pintura e ter a certeza de que o som estava saindo certo, mas antes que ele pudesse pensar nisso, o som de passos chamou sua atenção. lykos levantou rapidamente e se transformou em lobo. sabia que não era christine, pois ela estava muito bem sentada há alguns metros dele, distraída. ele começou a andar na direção do som, mas em alguns passos percebeu que era apenas um potro machucado. levou apenas alguns segundos a mais para ele decidir que precisava ajudar o animal. ele não tinha um cavalo, afinal de contas. se aproximou do potro, já em sua forma humana de novo, e percebeu que ele não estava bem. estava magro, com as patas fraquejando, se deitando e se levantando repetidas vezes e avançando muito lentamente pelo espaço. o primeiro chute fez com que lykos gritasse para chrstine, o mais alto que conseguia: "christine! vamos embora, agora!" ele pegou o potro e colocou sobre os ombros, percebendo que um animal que deveria estar pesando mais de 50kg não parecia ter dois terços daquilo. "espero que você não se importe de dividir a garupa com ele". o certo seria fazer com que ele se movimentasse, mas agora era questão de vida ou morte e lykos tinha muito interesse em salvar a vida de um potro. quando sua amiga perguntou o que ele tinha, ele deu seu diagnóstico de trinta anos de vida convivendo com os mais diversos animais, incluindo animais. "cólica. ou alguma coisa no intestino. largaram ele para morrer, deve estar num estado muito avançado. agora ele é meu." avisou. não esperava que christine o contestasse, pois ele estava fazendo algo bom no fim das contas. lykos não tinha o instinto de deixar outro animal para morrer. ou atacava para comer e causar uma morte rápida, ou não atacava. antes que christine pudesse fazer alguma outra pergunta sobre o animal amarrado quase nas ancas do cavalo, lykos puxou uma das esculturas que havia feito e colocou sobre o ombro, mostrando para ela. "é você". quer dizer, era uma boneca genérica, mas ele havia tentado imitar a forma como o cabelo dela ficava e colocou um vestido longo que queria pintar de vermelho. "e o diaval, mas ele não é muito agradável de se olhar." foi nesse momento que christine largou a frase que o fez quase puxar as rédeas do cavalo roubado com muita força e causar um acidente. lykos pressionou as pernas ao redor da cela na tentativa de acalmar o animal e sinalizar que ele não deveria parar. "eu... eu acho que você dá crédito demais para alguém como eu." e a maior prova de amizade que ele poderia ter em seu coração foi a breve preocupação que tomou conta dele ao perceber que ela poderia colocar essa confiança e boa-fé em outros vilões e acabar de forma terrível.
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O Museu Egípcio em Tahrir exibe um modelo de madeira de uma família nobre do antigo Egito.
@cairo-top-tours
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Janela, palavra linda. Janela é o bater das asas da borboleta amarela. Abre pra fora as duas folhas de madeira à toa pintada, janela jeca, de azul. Eu pulo você pra dentro e pra fora, monto a cavalo em você, meu pé esbarra no chão. Janela sobre o mundo aberta, por onde vi o casamento da Anita esperando neném, a mãe do Pedro Cisterna urinando na chuva, por onde vi meu bem chegar de bicicleta e dizer a meu pai: minhas intenções com sua filha são as melhores possíveis. Ô janela com tramela, brincadeira de ladrão, claraboia na minha alma, olho no meu coração. Janela, Adélia Prado
In: Bagagem (1976)
#citou#adélia prado#literatura#literatura brasileira#poesia brasileira#poesias#poemas#quotes#citações
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Insidious - Além do que Sabemos - Dalton x Oc
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Tw: Linguagem imprópria, insinuação de sexo, violência,+18.
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A escuridão tomava conta do quarto em que estavam. Escorado na parede de um canto quase invisível pela falta de luz, Dalton se concentrava na voz aveludada de Chris ao seu lado, atenta aos olhos fechados do rapaz, enquanto os números desapareciam em uma contagem regressiva já começada aos dez, que agora continuava ao 5,- ...5...- a consciência de Dalton cada vez mais parecia menos presente. Os olhos cerrados dando a falsa sensação de estar entrando em um cochilo, ficaram mais leves ao escutar novamente o eco feminino que rodava o quarto com um sussurro, -...4...
Tentando disfarçar seu nervosismo, Chris contava os segundos rápidos e repetidas vezes em sua mente. Queria que tudo acabasse o mais rápido possível já que seu medo era bem maior que sua curiosidade sobre achar o espírito do jovem que acabou falecendo na festa da fraternidade passada. -...3...- o rapaz agora com a cabeça bem apoiada na parede, começou a ter seu corpo pesando sob o chão gélido, ficando desleixado e se espalhando tomando cada vez mais alguns poucos centímetros do piso.
...2...- mais a mente de Dalton se escureceu indo para longe. Sua cabeça não obteve apoio o suficiente e acabou caindo para o lado, se apoiando em seu próprio ombro, tendo seu rosto coberto por uma mecha de seu cabelo castanho com poucas voltas com o começo de fios cacheados. Seu corpo agora parecia inabitado, com sua respiração diminuindo como se ameaçasse não utilizar seus pulmões daqui em diante. -...1...- a carcaça agora ficou vazia, sua mente agora transportada para outro plano. Facilmente confundível com o corpo de um recém morto.
-Dalton?- Chamou Chris na esperança de ter certeza de que realmente estava acontecendo, de que realmente seu amigo poderia ser um viajante astral, e que agora estava perambulando ao seu lado sem que seus olhos inquietos pudessem o ver, mesmo depois de vasculhar o escuro cômodo várias vezes.
O silêncio tomou conta, deixando o suspense se espalhar na mente da garota, a fazendo se sentir mais tensa do que normalmente ficaria em uma situação que precisasse se esconder. O barulho de seu respirar era a única coisa que se ouvia no quarto. Parecia respirar mais alto do que o normal do dia a dia, até que o ranger da porta de madeira tomou conta trazendo a atenção até a saída que já estará aberta. Os lábios brilhosos se estenderam ao saber que a porta não se abria sozinha, mas sim sendo controlada por seu amigo que a passava.
Observando a grande madeira quadrada se fechar, como se visse Dalton a cerrando para que ninguém a visse e visse seu corpo sem vida, sua confiança foi depositada de que realmente estava tudo saindo conforme o plano, e que suas pesquisas sobre projeção astral estavam de fato certas. Seu celular foi pego e sua tela acendida, iluminando o rosto da garota enquanto apoiava suas pernas na escrivaninha ao seu lado, apenas tendo como pensado minutos antes, esperar seu amigo voltar com as respostas pelas quais achava que precisava.
O lampião que iluminava a face concentrada de Dalton brilhava em um azul bebê, que não se estendia muito pelo corredor pelo qual andava. Apenas era possível ver o chão em que pisava e o começo das paredes de madeira, pintadas com um marrom avermelhado, e o restante que se escondia nas sombras, podiam ser confundidas com o limbo do espaço inacabável, sem nenhuma pista de que poderia haver alguma continuidade.
Ouvindo os sons que ecoavam baixo no ar de uma conversa, o rapaz que parecia estar colorido com um azul acinzentado andou na direção dos sons. O ligar se tornou mais visível assim que se aproximava de uma das portas abertas, tendo os detalhes do lugar banhados em uma cor cinza escura, quase pálida, dizendo o caminho que deveria seguir.
Assim que adentrou no cômodo, observou o mesmo rapaz da festa da fraternidade da noite seguinte, junto de uma mulher desconhecida. Dalton se lembrava de ter sido avisado que o rapaz estaria estudando, por mais que não parecesse, e de fato não era. Seu rosto estava coberto por algo branco, como uma máscara facial. Mas estava quebradiça e caindo aos poucos, até que sua amiga pergunta também percebendo o estado do produto, - Vai ficar com isso até quando?
Não se ouviu nada mais além de um suspiro irritado vindo do rapaz enquanto a cama se mexia conforme ele se movia para sair do meio da grande cama de casal. Dalton assistia os passos alegres, e assim que se aproximou do banheiro, seu andar se tornou saltitante enquanto uma música invadia sua mente, o fazendo murmurar cantorias baixas da tal letra. Assim que abre a torneira de sua pia, as suas falas ritmizadas são transformadas em um barulho aquático. Ao mesmo tempo que o produto de seu rosto era retirado por suas mãos que massageavam seu rosto alegremente, suas pernas ainda se moviam em uma dança mais calma enquanto cuidava para que a água não molhasse o chão.
Os olhos de Dalton observavam atentamente ao redor, a procura da face fantasma que havia visto naquele banheiro horas atrás. Estava de certa forma confuso, já que esperava o ver de imediato. Estava sem ideia de como o encontrar. Observou mais um pouco o garoto ao seu lado dançando calmamente em frente ao espelho. Se olhava com admiração, observando seu corpo magro se movimentando. Os olhos que antes estavam agitados, agora se encheram pelo amor por si. Rapidamente andou até a porta que se encontrava aberta, se apoiando nas barras de madeira que saltavam da parede dando indício que ali era a porta, o rapaz diz alto para sua amiga, - Eu vou demorar!- em seguida fecha a porta. A única coisa que se ouve de sua amiga é uma frase com um tom incomodado, - Ugh, que nojo.
O rapaz vendo que não iria encontrar o garoto fantasma, decidiu que seria melhor voltar para o quarto onde seu corpo estava, antes que as coisas ficassem mais intimas e desconfortáveis. Dalton caminhou para fora do quarto, tomando todo cuidado possível para que não fizesse barulho, ou trombasse em algum objeto. Chamar a atenção de alguém com certeza não seria a melhor situação para agora.
De volta ao corredor, em sua mente apenas se passava que deveria voltar ao seu corpo o mais rápido que conseguisse. A essa altura talvez Chris já estivesse ficando preocupada com a demora. Porém, seus passos não se apressaram. Ainda assim queria caminhar com calma para ter certeza de que não havia passado por nada que fosse útil nesse plano. Ainda se encontrava curioso com o nosso mundo que havia descoberto. Suas pupilas observavam como o ambiente se escurecia conforme se afastava do quarto onde os dois adolescentes estavam. As paredes pintadas de claro começaram a se pintar de cinza, para mais na frente se tornarem um preto rachado por um azul acinzentado escuro,
-Dalton! – o som suave dos passos pelo chão amadeirado se parou subitamente ao ouvir o fraco sussurro que logo se dissipou no ar. Confuso, o menino observou ao redor para ter certeza de que realmente havia escutado algo. – Dalton! Acorda! – desta vez teve certeza de que não estava ficando louco. Seus pés se movimentaram em uma corrida apressada em direção ao chamado de Chris.
Os chamados não paravam, os sussurros pareciam cada vez mais e mais agitados e desesperados. Isso deixou Dalton preocupado com o que poderia ter acontecido. Porém, o corredor se tornou escuro de repente. Ainda mais escuro do que antes, tomando lugar da fraca luz acinzentada que insistia em continuar alguns metros afrente, agora tendo seu lampião a toda força para iluminar o caminho com seu azul claro.
Em contrapartida, Chris estava ao lado de Dalton, ajoelhada ao seu lado o chacoalhando para que voltasse logo, já que começou a ouvir conversas e passos perto do quarto que estavam. Não teria entrado em desespero se não os ouvisse tão perto, e um dos dois que conversavam dizendo que iriam entrar no quarto que havia sido trancado por dentro. Assim que os sons agudos das chaves começaram a estalar, a deixando em pânico, tentando pensar na melhor desculpa para justificar os dois naquele quarto sozinhos, com Dalton desmaiado, o cômodo se tornou totalmente escuro, com um barulho suave, porém agudo que se foi diminuindo como se estivesse sumindo. As luzes haviam sido apagadas, e não apenas aonde os dois estavam, mas sim na casa inteira.
Seus olhos arregalados se focaram nos barulhos agitados da entrada do quarto, mas não se seguraram por muito tempo, já que giraram pelo lugar, tendo certeza de que não era apenas algo de sua mente, que estavam sozinhos sem nenhum tipo de fantasma os observando. Por mais que a garota não tivesse medo do escuro igual Dalton, ainda assim não o considerava um amigo parceiro. Os lábios carnudos se apertavam e se soltavam enquanto seu corpo lutava contra si mesmo para que saísse do transe que a congelara na mesma posição por alguns segundos, que mais pareceram horas.
Ouviu-se múrmuros de curiosidade e medo por de trás da porta, mas logo luzes apareceram debaixo da porta, iluminando o chão pela pequena fresta que limitava a separação entre o chão e a porta. A garota jurou não se meter mais nesse tipo de situação. Sabia que se fossem pegos, teriam eu responder um interrogatório inteiro, e provavelmente ela teria de achar alguma desculpa para aquilo. Ela pensava enquanto voltava a sacudir o garoto, que ainda não havia voltado e continuava apagado.
Dalton suspirou rápido e fundo, e continuou com os passos apresados enquanto virava o corredor. O lampião balançava em sua mão que apertava a alça do objeto com toda força. A respiração se tornou uma bagunça, se desequilibrando com respiradas rápidas e trêmulas por conta do frio que agora o consumia. Não se lembrava de estar tão frio como estava neste momento. Algo havia acontecido, e ele não sabia o que era. Fumaça saia de sua boca e nariz, seu corpo começou a se esfriar como se estivesse se tornando um cadáver sem o quente sangue que circulava. O silêncio sem os chamados sussurrados apenas serviu para deixar o momento tenso e agonizante, lhe vindo em sua mente o pior que poderia acontecer: terem pego Chris e seu corpo.
Em um momento em que não prestava atenção em mais nada ao seu redor, apenas concentrado em chegar até sua amiga, não percebendo o quão longo o corredor havia se tornado, da parede, quebrando as madeiras e a tintura, um braço surgiu em direção ao rosto do rapaz, quase o agarrando se não fosse sua agilidade ao se desviar para baixo, observando de onde havia surgido a cadavérica parte que se movimentava raivosamente, em seguida se escutou o grito desesperado e choroso, - FECHA A PORTA!!- o grito era conhecido, e o dono também. Por alguns poucos centímetros não sentiu a gélida e sem vida pele do outro menino, mas foi o suficiente para que tropeçasse em seu próprio pé e deixasse sua única fonte de luz cair no chão, tendo a visibilidade diminuída. Havia o encontrado, mas agora o tempo era curto, o ar se transformou em algo pesado que parecia pesar em seus pulmões enquanto corria para se afastar do fantasma, esquecendo completamente de seu lampião que brilhava cada vez menos a cada passo.
Havia escapado do espírito do banheiro, que ainda continuava a gritar, não amenizando o sentimento de agonia que Dalton sentia. Suas pernas se recusavam a pararem até achar o quarto. Porém, algo estava errado, já era para ter chegado. A casa não tão grande a ponto de ser difícil achar um cômodo. Nem era tão grande para ter mais de dez quartos em m corredor único. O rapaz estava estranhando já a demora, mas estava hesitante em parar para pensar melhor. Entretanto, novamente sentiu a sensação de que algo estava modificando o ar. Não precisou olhar para trás para saber que algo rastejava em sua direção. Suas orelhas podiam ouvir os passos pegajosos e desesperados dos pés e das mãos da criatura sob a madeira que rangia violentamente conforme o tal ser se aproximava.
Sua respiração começou a falhar assim que percebeu que tudo isso poderia não acabar mais. Os passos rápidos e seguidos da criatura infestavam sua mente pedindo por ajuda, qualquer ajuda, qualquer um que estivesse perto. Não queria ser pego nesse momento. Sua cabeça tomou coragem e se virou o suficiente para sua trás. Se deparou com as costas de algo negro que corria de quatro como se estivesse com os ossos fora de seus lugares. O barulho se fez presente agora. Suas mãos peladas assim como suas costas e seu rabo que balançava alegremente, os membros que se quebravam a cada movimento produzindo algo agoniante de se ouvir, não sabendo se a carne ou os ossos era o problema, junto dos grunhidos arfados que pareciam estar vindo de uma dor irreparável.
Ouvindo os passos atrás como se estivesse centímetros de o tocar, Dalton tentou correr mais, mas o ar que estava congelando seus pulmões o impediram de conseguir dar seu melhor. Sua camiseta começou a ser puxada para o chão, uma pequena parte que se assemelhava a uma pedra de gelo tocou o começo de suas costas, e em seguida ouviu-se um som de algo que pareceu se rasgar com força. Um pedaço da borda de sua camiseta havia sido jogado fora pelas garras apodrecidas da criatura. Seus grunhidos se intensificaram ao perceber que não o havia pego. Gemidos de dor surgiram junto de sua velocidade. Sua garra se direcionou a batata da perna do rapaz.
Antes que conseguisse o derrubar, uma luz roxeada tomou conta do lugar, revelando o corredor novamente, mostrando para Dalton o lugar que estava, o relembrando de seu objetivo fracassado, em seguida uma silhueta mais alta que si se pôs entre o mesmo que se freiou para observar a situação, após quase cair novamente, o rapaz encara o corpo que era bem esquisito e totalmente diferente do plano que estava.
O lampião com formas ponteagudas e esguias foi levantado reforçando a luz roxa, e com uma rajada de algo que se assemelhava ao vento, porém não ouve nenhuma ventania, o ser que o perseguia rugiu de maneira dolorosa, desaparecendo na escuridão. Os dois coques que se exibiam no topo da cabeça do ser desconhecido chamaram a atenção com suas cores incomuns. Pintado de um roxo forte o lado direito, e de cor natural castanho escuro o lado esquerdo junto de um acessório na forma de uma borboleta na parte de trás que se destacava. Seu casaco era largo de um tom pastel do roxo com alguns doces bordados, parecia usar um shorts preto com algumas estampas e decorações douradas, meias que começavam no meio das grandes coxas, e um cachecol preto com sua ponta longa e rasgada.
- Vambora. A Chris tá quase chorando. – uma voz aveludada tomou conta do lugar, enquanto a garota se virava para Dalton. Havia um único olho que se amostrava em um vermelho brilhoso sangue. O Outro era escondido por uma franja da cor castanha. As cores do cabelo haviam se invertido. Era muito detalhes para serem pegos de uma única vez. A garota era estranha e incomum. Provavelmente um espírito de alguém que já partiu do plano físico. Seu rosto continha um óculos roxo escuro, em suas bochechas ao lado de seus lábios dois cortes que formavam um sorriso por cima de uma cicatriz com sete triângulos precisamente era mostrada, com linhas coloridas costurando os cortes. Uma camisa roxa com um decote generoso, mostrando a tatuagem incompleta de um galho com espinhos era exibida.
Uma última olhada na garota de cima a baixo, a analisando fez Dalton criar um pouco de coragem para perguntar, -Quem é você?
Ela suspirou fundo como se já esperasse por essa pergunta. -Gabrieli.- em seguida, sua mão direita se direcionou ao pulso do rapaz, o fazendo sentir a quentura de sua luva preta que cobria até a metade de seus dedos. Em seguida começando a caminhar. O silêncio tomou conta dos dois que caminhavam de maneira despreocupada até o final o corredor. Assim que viraram, Dalton resolveu que iria quebrar a ausência do som, - O que é você?
- Muitas coisas. Mas menos um anjo. – uma resposta que gerou ainda mais perguntas. Mais alguns passos, e haviam chegado num quarto com a porta aberta. Entraram, e o garoto viu Chris tentando inventar sua desculpa ao lado de seu corpo seu vida para os dois adolescentes que os flagraram. Dalton olhou para Gabrieli que inclinou sua cabeça o indicando para ir para seu corpo. O rapaz caminhou até si, antes de voltar a vida, observou por última a garota incomum, percebeu em sua sombra dois pares de chifres e um rabo. Por enquanto decidiu ignorar, e finalmente recobrou sua consciência, acordando com uma respiração necessitada de ar, como se estivesse dentro da água se afogando.
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Haverá um tempo, eu sei que haverá, de escrever estas coisas e desguardá-las de dentro de mim, há tantos meses trancafiadas que já começam a mofar.
Vou voltar para a casa e essa casa é também a linguagem que eu fui construindo e enfeitando e arejando. Esta casa deve arejar-se também.
Há algum tempo agora eu venho pensando na casa de antes, a que era feita de madeira e vidro. Nossas casas sempre tiveram vidro, mas a madeira saiu de moda. Como era diferente a vida naqueles primeiros dias, mais plástica, pitoresca. Tábuas de madeira sobrepostas umas às outras, às vezes pintadas, janelas que abriam para a mesquinhez das nossas vidas e árvores densas que escondiam assombros e espíritos. Coisas que tilintavam na porta, tantas pessoas que entravam e logo saíam, palavras santas que se devia murmurar na varanda. As coisas vivas misturavam-se às coisas mortas, primeiro pequenos animais, um gato que a gente tinha, coelhos que não sobreviviam, e finalmente nosso primeiro dever de velar.
Foi nesta casa que eu reconheci as formas do mundo e por ter sido ali, aninhada entre as madeiras, que eu dei nome às coisas e sentidos, alguma coisa esteve sempre diferente dentro de mim. Haverá um tempo, então, de falar sobre ter entrado nesta outra casa. Não havia nada morto ali, ou pessoas que entravam e saíam, ou palavras que deviam ser ditas à varanda. Tudo era perfeitamente mundano, banal, mesmo sem graça. Paredes brancas de alvenaria e um amargor suave que corria junto à água dos canos, uma casa incrustada entre outras idênticas estendidas em todas as direções. Minha mera presença ali, o fato de eu ter cruzado a soleira à convite, já consumava a profanação que vinha se ensaiando há muitos anos.
Fui convidada a entrar, teci feitiços por baixo da única cama, e ali me deitei, como se a cama fosse minha.
Haverá um tempo para escrever sobre o mal que eu fiz aos outros. Dança espantado em mensagens datilografadas e imagens que estão guardadas, raramente são vistas.
Ela nunca viu o meu rosto, a não ser pelas fotografias. Não conhece os segredos da minha natureza manchada, amaldiçoada. Os feitiços que eu botei nos corredores. Melhor assim.
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(Colômbia, 20 fevereiro)
DÄRÄTA, e a BELEZA. Qual é a palavra que define o sentido de tua vida?
Fazia muito frio, e era um outubro de 2018 na velha estepe da Mongólia. Os viageiros estávamos hospedados numa dessas colinas pedregosas que brilham na planície do outono, cercada de pinheiros com flocos de neve, lobos e nobres cavalos, e alguns pastores com suas cabras, e seu singular cheiro a vodca e a gordura de ovelha.
Não lembro muito vem, mas, os quartos da hospedagem eram Guers, a casa tradicional dos nómades, aquelas barracas enormes e brancas, feitas de lã feltrada, e redondas como a pança de um camelo peludo.
Por dentro, estavam decorados com flores pintadas em suas colunas de madeira laranja. E sua orientação, obedecia a um belo plano astrológico, onde as estrelas, o sol e os ancestrais, determinam o local de portas, camas ou altares. Eram quentes e de uma beleza tão simples e orgânica, que depois de dormir neles nenhum outro tipo de casa parece natural a nossa condição de humanos.
O Guer também era espaçoso, nele podia viver uma família inteira bem acomodada, porém, o mais inspirador é que se parecia a um útero, ou, ao ninho de alguma ave. Na intempérie desse pais tão inóspito, foi inventada a vivenda mais bela e amparadora que existe, ou pelo menos, assim nos pareceu.
Eram as 18 horas da tarde, daquele dia, e os viageiros juntos estávamos sentados adentro de um Guer, aguardando alguma outra coisa extraordinária acontecer, (nesse tipo de viagens cada momento é uma raridade).
Então, o velho Maestro que guiava viagem sagrada, perguntou de repente aos peregrinos: Qual é a palavra que define suas vidas?, qual é a palavra que define seus intentos? A minha é "perfeição", respondeu para si mesmo, rapidamente e com alegria.
Houve um silencio agitado entre os viajantes, era uma pergunta incómoda, como todas as que fazem os Maestros.
A minha é "BELEZA", respondi em silencio, sem falar. Eu, que quase nunca tinha certeza de nada, nesse instante lembrei, ou soube com clareza absoluta, não sei bem, que é a Beleza minha palavra raiz, o Guer onde mora qualquer intento, oração, esperança o carinho que oferende aos outros e à vida.
Quando sinto e lembro disso, a intempérie de todos os dias se mingua, se faz mais simples criar, escrever, semear, cuidar do meu filho, viajar, qualquer coisa. Porque a palavra que da sentido as nossas vidas é também uma palavra mágica, a palavra de poder, a senha, a invocação ao gênio da lâmpada. É o "ábrete-séssamo".
No deserto desta época, tão amigo da barbárie, da rapidez e das coisas superficiais, a busca pela beleza em seu sentido mais sutil e profundo, é a fonte de onde brota uma agua vital, como um porto seguro, e como um par de asas bem coladas nos pês, nas costas, nos atos da nossa vida.
Tenho certeza de que a proximidade com a Beleza manifestada na Terra, na Luz, na criação manual pode curar, redimir, dar amparo, alento e sentido para as pessoas.
E é aqui que chega DÄRÄTA, um ode à Luz da Beleza. Simples assim.
Não vimos a vender cursos ou fugas, DÄRÄTA é um convite sincero para estes tempos apressados, onde todo e incluso nós mesmos, especialmente nós mesmos, nos tornamos mercadorias, e o nobre oficio de bordadeiras e tecelãs está exposto à inclemência da hiper- conectividade, da fugacidade, da cultura do entretenimento, que tira seu sentido e seu poder transformador.
DÄRÄTA vem para lembrar a beleza de criar, de estar na natureza, de sentir a lentidão de praticar um oficio antigo, de parar e esvaziar, querer menos coisas, menos informação, menos estímulos, menos tudo.
Mais do que uma Imersão Têxtil para aprender técnicas e truques artesanais de bordado e tecido, DÄRÄTA é um ninho, que acorda as formas de inspiração que temos na beleza singular que nos habita, e que aguardam pelo simples toque do universo silvestre e luminoso, para renascer no interior de ti e de tua obra manual e poética.
Sabes qual é a palavra que define tua obra, tua vida? Quando a descubras, tal vez, compreendas onde está a fonte que te alimenta, te da coragem e te faz não desistir.
Para ajudar a encontra-la, te aguardamos no Guer de DÄRÄTA, da beleza simples, que, como a casinha dos nómades da Mongólia, tem sua pequena porta virada ao nascer do sol, onde todas as auroras resplandecem. Também a tua.
Queres saber mais sobre nossa imersão? Podes entrar aqui:
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vou rasgar palavras no branco agora
como alguém que tira o band-aid de uma só vez
eu estou ótima
nunca estive tão bem dentro de mim
em tão bons termos com a minha vida
tão confortável no espelho
não nego que também joguei sujeira de baixo do tapete
mas em cima dele eu danço descalço sozinha pelo quarto, tomo vinho e toco violão
vc veio na contramão do beco, mas com a localização exata
primeiro, eu comecei e espiar através da cortina da cozinha e você realmente apareceu
então passei deixar a luz da varanda acesa, no caso de cê voltar...cê sempre voltava
abri o cadeado no caso de cê querer entrar...vc entrou
o som do outro lado da madeira é vc batendo na minha porta
quero te deixar entrar, mas eu n posso me arriscar
antes, vc tem que entender bem todos os termos
e saber de tudo a meu respeito
eu fui caos, solidão, morte, raiva, vazio e recomeço
cê tem ter consideração pela casa que eu acabei de me arrumar
as paredes recém pintadas escondem as rachaduras
os desenhos ao lado da cama ocupam os espaços vazios dentro de mim
um vento na direção errada e tudo desabaria
e eu sei que no final do dia só eu estaria lá para ver e sem casa para morar
seu campo gravitacional não pode me abalar desse jeito
vc n pode invadir o meu peito e deitar no meu travesseiro de forma inconsequente
mesmo que n tenha nenhum motivo aparente
eu vou te deixar entrar
eu amo gatos mas não encosto neles sem permissão
isso n pode dar errado n acho q conseguiria bancar uma outra reforma tão recentemente
vai mesmo sustentar toda essa sua ousadia?
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A casa do tempo
Tem coisa mais triste do que uma casa sucumbir ao tempo e à falta de amor? Sempre que passo em frente a uma construção centenária abandonada dói em mim a dor do esquecimento, como se fosse eu, ali, sozinha.
As paredes não se sustentam mais, as telhas foram ao chão, da madeira ficou só o pó dos cupins. Quando chove, a casa toda chora, às vezes, um choro compulsivo e histérico, às vezes, conformado e silencioso.
Onde havia um jardim de rosas vermelhas, agora, há apenas um emaranhado de espinhos e galhos secos. Onde havia harmonia e aconchego, agora há inquietude e desconforto.
Vejo as paredes descascadas, pintadas com a cor do esquecimento, e penso nas histórias que se passaram entre elas.
Já foram abrigo de amor, de rotinas diárias vividas sem pressa.
Meus pensamentos me enganam, as memórias, agora, são como minhas...e, então, eu me lembro de quando aquelas paredes foram construídas destinadas a abrigarem um lar de amor.
O casal recém-casado com brilho nos olhos...
Os anos se passaram... Teriam se esquecido de amar ao mesmo tempo em que se esqueceram de pintar as paredes?
Os filhos crescidos deixando de lado as alegrias da infância para buscar as conquistas da vida adulta.
Se essas pessoas soubessem da brevidade de cada instante teriam se apegado mais? à casa, ao amor…
Hoje, lá vagam apenas fantasmas: alegrias que se foram, mágoas que ficaram.
Agora já é tarde... e eu também me vou.
Belo Horizonte, 2021.
Texto: Ana Cláudia Vieira
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