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O que a polêmica envolvendo o novo Assassin's Creed pode nos ensinar
A recente controvérsia envolvendo Yasuke, o protagonista do novo jogo da Ubisoft “Assassin’s Creed Shadows”, nos oferece uma oportunidade de refletir sobre questões de representação cultural, racismo e a natureza da narrativa histórica na mídia de entretenimento. A escolha de Yasuke, um samurai africano do século XVI, como personagem central de um jogo ambientado no Japão feudal, gerou uma série…
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#adaptação cultural#Assassin&039;s Creed Shadows#identidade cultural#inclusão.#interseção de culturas#Jean-Paul Sartre#Naoe#narrativa ficcional#Nietzsche#precisão histórica#racismo#representação cultural#resiliência pessoal#samurai africano#ubisoft#Yasuke
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Vampiros e Bruxas: O Uso da Morte e do Sangue de Crianças em Mitos, Religiões Antigas e Crenças sobre a Juventude Eterna
A figura do vampiro e da bruxa tem sido, por séculos, sinônimos de maldade e poder sobrenatural. Ambos compartilham uma característica sombria: a crença no uso da morte ou do sangue de crianças para rejuvenescer ou adquirir poderes especiais. Esses mitos, que alimentam a imaginação popular, possuem raízes profundas em antigas práticas religiosas, rituais de sacrifício humano e crenças sobre o poder vital do sangue. Neste artigo, vamos explorar a interseção entre vampiros, bruxas e o uso do sangue infantil como um elixir da juventude eterna, mergulhando na realidade das religiões antigas e crenças ao longo da história, e investigando a controversa teoria moderna sobre o andrenocromo, que liga celebridades ao suposto uso dessa substância como método de rejuvenescer.
Vampiros, Bruxas e o Sangue de Crianças: Mitos e Medos Compartilhados
Tanto o mito dos vampiros quanto o das bruxas contém elementos relacionados ao uso do sangue humano — especialmente o sangue de crianças — para alcançar poder, longevidade e juventude. Esses mitos, embora diferentes em suas raízes culturais, refletem o mesmo desejo humano por imortalidade e rejuvenescimento, utilizando a vida e a vitalidade dos outros como uma forma de alimentar o próprio corpo e alma.
Vampiros: Sangue como Fonte de Imortalidade
Os vampiros são retratados como seres imortais que precisam do sangue dos vivos para manter sua juventude e vigor. O ato de sugar sangue, especialmente de jovens ou crianças, é visto como uma maneira de absorver a vitalidade e energia da vítima. Esse conceito está presente em mitos antigos, como o das estriges da mitologia romana, espíritos demoníacos que se alimentavam de crianças.
Na cultura europeia medieval, vampiros eram temidos não apenas por sua imortalidade, mas também pela crença de que atacavam as pessoas mais vulneráveis, como crianças, para garantir sua sobrevivência. O sangue das crianças era considerado especialmente poderoso, pois simbolizava pureza, vitalidade e força vital, o que tornava essas vítimas as mais desejáveis para vampiros que buscavam a juventude eterna.
Bruxas: Sacrifícios e a Busca por Juventude
As bruxas, por outro lado, são frequentemente associadas ao sacrifício infantil, tanto na literatura quanto nas lendas. A história das bruxas canibais que se alimentam de crianças aparece em várias culturas, incluindo o famoso conto de Hansel e Gretel, onde uma bruxa atrai crianças para devorá-las. Na Europa medieval, acreditava-se que as bruxas realizavam rituais de magia negra em que utilizavam o sangue e os corpos de crianças para obter juventude e poder.
A Condessa Erzsébet Báthory, conhecida como a Condessa Sangrenta, é um exemplo de como essas crenças foram projetadas na realidade. Báthory foi acusada de torturar e assassinar jovens mulheres para se banhar em seu sangue, acreditando que isso preservaria sua juventude. Embora as acusações possam ter sido exageradas, a história de Báthory reflete a antiga crença no poder do sangue para manter a vitalidade e retardar o envelhecimento.
Sacrifício Humano e Religiões Antigas: O Sangue como Elixir da Juventude
O conceito de que o sangue, especialmente o de crianças, poderia ser utilizado para propósitos mágicos e rituais não é exclusivo dos mitos de vampiros e bruxas. Muitas religiões antigas praticavam sacrifícios humanos, incluindo o de crianças, acreditando que isso apaziguaria deuses, garantiria boas colheitas, traria prosperidade e, em alguns casos, prolongaria a vida dos participantes.
Sacrifícios Humanos na Antiguidade
Um dos exemplos mais conhecidos de sacrifícios humanos é o da civilização asteca, que realizava rituais em que as vítimas, frequentemente prisioneiros de guerra, eram sacrificadas aos deuses. Entre os astecas, o coração era removido enquanto a vítima ainda estava viva, e o sangue era oferecido aos deuses. Embora a prática tenha se concentrado mais em prisioneiros do que em crianças, o sacrifício de jovens também ocorria em ocasiões específicas, com a crença de que o sangue jovem era mais puro e poderoso.
Na antiga Cartago, havia práticas que envolviam o sacrifício de crianças ao deus Baal-Hammon, especialmente em tempos de crise ou necessidade de bênçãos. Essas práticas eram vistas como uma forma de apaziguar as divindades e garantir proteção ou prosperidade à comunidade.
O Andrenocromo e o Suposto Uso por Celebridades: Realidade ou Teoria da Conspiração?
Nos tempos modernos, a ideia de que o sangue de crianças poderia ser utilizado para rejuvenescer ganhou nova vida através da controvérsia em torno do andrenocromo. O andrenocromo é uma substância química derivada da oxidação da adrenalina (epinefrina), e tem sido objeto de várias teorias conspiratórias, que afirmam que ele é extraído do sangue de crianças em rituais e usado por elites, incluindo celebridades, como uma espécie de "elixir da juventude".
O que é Andrenocromo?
O andrenocromo é um composto real, estudado principalmente no contexto da neurociência. No entanto, ao contrário do que algumas teorias sugerem, não há evidências científicas de que o andrenocromo tenha propriedades rejuvenescedoras ou de longevidade. A ideia de que o andrenocromo pode prolongar a juventude foi popularizada pela ficção, mais notavelmente no livro "Medo e Delírio em Las Vegas" (1971), de Hunter S. Thompson, onde o composto é retratado como uma droga alucinógena de efeitos intensos.
Nas últimas décadas, teorias conspiratórias se espalharam online, alegando que celebridades e elites globais utilizam o andrenocromo, extraído do sangue de crianças traumatizadas, para manter a juventude e o poder. Essas alegações, embora amplamente desacreditadas por especialistas, persistem como parte de um submundo conspiratório que mistura medos antigos com narrativas modernas.
Realidade ou Fantasia?
Embora existam práticas legítimas de pesquisa sobre o papel da adrenalina no corpo, não há absolutamente nenhuma base científica para as alegações de que o andrenocromo tenha qualquer poder de rejuvenescer ou prolongar a vida. Assim, as conexões entre celebridades e o uso de andrenocromo para juventude eterna são infundadas e não passam de uma versão moderna de antigos mitos de consumo de sangue.
Sangue como Simbolismo de Vida, Poder e Juventude
O sangue, ao longo da história, foi visto como um símbolo de vida, poder e força vital. Em muitas culturas, o sangue era considerado sagrado, sendo utilizado em rituais para conectar os seres humanos aos deuses, à natureza ou à eternidade. A crença de que o sangue poderia oferecer poderes especiais, como longevidade ou imortalidade, está profundamente enraizada em tradições místicas e mitológicas.
Na Idade Média e na Renascença, o sangue jovem, particularmente o sangue de crianças, tornou-se associado ao rejuvenescimento. Embora as lendas de bruxas e vampiros tenham distorcido essa ideia em histórias de horror, a crença no poder do sangue jovem permaneceu presente na cultura popular, alimentando medos sobre o sacrifício infantil e o desejo pela juventude eterna.
Conclusão
Os mitos de vampiros e bruxas, ambos centrados no uso da morte ou do sangue de crianças para fins de rejuvenescimento e imortalidade, estão profundamente enraizados em antigas práticas religiosas e crenças culturais. Embora esses mitos sejam amplamente fantasiosos, eles refletem um medo humano universal: o envelhecimento e a mortalidade. O desejo por juventude eterna é uma constante histórica, e o sangue — tanto em antigas religiões quanto em teorias modernas conspiratórias como as do andrenocromo — continua a ser visto como um veículo simbólico para transcender os limites da vida.
Através dos séculos, o uso do sangue, real ou imaginário, alimentou histórias de poder, medo e corrupção. E, embora as alegações de rituais contemporâneos envolvendo celebridades sejam infundadas, elas mostram como os mitos antigos ainda podem ressoar e evoluir nas complexidades da cultura moderna.
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Jack Parsons, o cientista-ocultista Anticristo que acendeu os foguetes da NASA com as chamas do Inferno
Por Cláudio Suenaga
Poucos ainda reconhecem o nome dele, mas Jack Parsons teve um papel fundamental em levar a humanidade ao espaço. Parsons foi um cientista de foguetes que inventou o primeiro combustível de foguete de estado sólido fundido em 1942. Ele abriu o caminho para a produção em massa dos dispositivos que lançariam seres humanos nas estrelas e abasteceriam as armas de guerra. Juntamente com associados do Caltech (California Institute of Technology ou Instituto de Tecnologia da Califórnia), ele fundou o Jet Propulsion Laboratory (JPL), uma organização que abriu o caminho para a NASA. Parsons também perseguiu uma obsessão ao longo da vida com o ocultismo, o sexo e a interseção dos dois. Ele se juntou a Thelema, o movimento oculto fundado pelo ocultista e satanista britânico Aleister Crowley, e assumiu o ramo californiano do movimento. O fundador da Cientologia, L. Ron Hubbard, viveu na casa de Parson por um tempo e realizou com eles os famigerados "Trabalhos de Babalon". Parsons tentou, repetidamente, usar magia sexual para convocar várias divindades para o plano terrestre. Tudo isso enquanto trabalhava como cientista de foguetes. A vida de Parsons é estranha e fascinante. Ele era um cientista dedicado que ajudou a empurrar a humanidade para as estrelas, mas perseguiu o objetivo final de gerar um golem Anticristo para apressar a chegada do Apocalipse e morreu em uma explosão em seu laboratório caseiro aos 37 anos.
Desde a sua criação em 1958, a verdade das origens ocultas da NASA foi discretamente escondida da consciência pública, e o ocultismo subjacente por trás de todos os seus projetos e missões sempre foi encoberto por um manto imaculado de pureza técnica-científica. Nenhum empreendimento humano, aliás, parece mais distante das superstições primitivas e do antigo misticismo do que a NASA, uma agência solidamente fundamentada na lógica física-matemática precisa e na racionalidade tecnológica pragmática.
Poucos sabem, porém, que as origens da NASA estão ligadas ao pioneiro na engenharia de foguetes, o ocultista e satanista Marvel Whiteside Parsons, mais conhecido como Jack Parsons (1914-1952), um gênio megalomaníaco brilhante pouco ortodoxo que nunca viu contradições em sendo ao mesmo tempo um cientista e um ocultista, direcionar suas atividades para ambas as áreas a ponto de as fazer convergir.
A "árvore genealógica" da astronáutica e do ocultismo nos Estados Unidos. Ilustração de Barbara Diener.
Discípulo do mais perverso de todos os praticantes do ocultismo da história moderna, o satanista inglês Aleister Crowley (1875-1947), que se intitulava a “Besta do Apocalipse 666” e que realizava rituais tão poderosos e abomináveis que até mesmo o ditador fascista Benito Mussolini (1883-1945) o expulsou da Sicília em 1923 chamando-o de “bárbaro”, Parsons foi uma das figuras mais proeminentes na propagação de Thelema nos Estados Unidos, fundada por Crowley em 1904 na cidade egípcia do Cairo quando um espírito conhecido como Aiwass ditou a ele um texto profético conhecido como The Book of the Law (Liber AL vel Legis). Cairo que é chamado de Al-Qahir, o nome árabe do planeta Marte. Ele tinha o tipo de visão mental alucinatória sobre espírito, magia e liberdade humana que lançaria a cultura californiana de cabeça para baixo no final da década de 1960, causando uma revolução mundial no pensamento que ele nunca veria.
Aleister Crowley (esq.) e Jack Parsons. Fotos: The Mirror, Los Angeles, 1952-06-20, vol. IV, nº 218, p.1.
E, mesmo que sua carreira científica não despertasse interesse acadêmico na época, com o tempo Parsons passou a ser reconhecido por sua importante contribuição para a exploração espacial que conhecemos hoje, tanto que a comunidade aeroespacial ergueria uma estátua em sua homenagem no JPL (Jet Propulsion Laboratory ou Laboratório de Propulsão a Jato), sigla que curiosamente se presta a ser traduzida por “Jack Parsons Laboratory”, o que não deixa de corresponder à verdade. O JPL que ele ajudou a fundar, hoje emprega mais de 5.500 cientistas e tem um orçamento anual de mais de US$ 1,4 bilhão. Foi lá que as sondas lunares e as sondas Voyager 1 e 2, foram construídas.
A União Astronômica Internacional [International Astronomical Union (IAU)] batizou com seu nome uma cratera de impacto no lado escuro da Lua – como não poderia ser mais conveniente –, a oeste-noroeste da cratera Krylov.
Vista oblíqua da cratera Parsons, no outro lado da Lua, voltada para o oeste. Fonte: Lunar and Planetary Institute, Lunar Orbiter Photo Gallery Lunar Orbiter 5/NASA.
Jack Parsons, como não poderia deixar de ser, era de linguagem sanguínea nobre, descendente do irlandês Richard Parsons, 1º Conde de Rosse (1702-1741), maçom e membro fundador do Hell-Fire Club. Nascido em Twickenham, Middlesex, Richard, que era filho de outro Richard, o 1º Visconde de Rosse (1657-1703), e de Elizabeth Hamilton, sobrinha de Sarah Jennings, Duquesa de Marlborough, foi um notável libertino, como viria a ser Jack, rebelando-se contra as normas da época. Ele escreveu o livro Dionysus Rising (A Ascensão de Dionísio) depois de uma viagem ao Egito, onde alegou ter encontrado pergaminhos dionisíacos saqueados da Grande Biblioteca de Alexandria antes que este fosse queimado até o chão. Ao retornar a Dublin, Parsons escreveu seu livro baseado nos pergaminhos e fundou um grupo chamado Sacred Sect of Dionysus (Seita Sagrada de Dionísio), que existe até hoje com o nome de Revived Order of Dionysus (ROD), ou Ordem Revivificada de Dionísio, uma ramificação da Maçonaria com sede na Old Absinthe House em Nova Orleans que diz possuir uma das duas únicas cópias conhecidas do livro. A ROD acredita que a Maçonaria é derivada de um culto pré-cristão chamado Dionysiac Architects (Arquitetos Dionisíacos).
Se Parsons sentia-se à vontade e muito bem colocado no ambiente ocultista, é porque trazia isso no sangue, portanto. Filho único de uma família rica, influente e bem conectada, porém disfuncional, que vivia em uma enorme mansão na “Millionaire Row” de Pasadena, Parsons nasceu em Los Angeles, Califórnia, em 2 de outubro de 1914. Ele foi batizado com o primeiro nome do nome do pai, Marvel H. Parsons (1894-1947), mas sua mãe Ruth Virginia Whiteside (1893-1952) se recusava a chamá-lo assim, preferindo a alcunha "Little Jack".
Sua mãe havia se divorciado dele logo após o nascimento de Jack, quando descobriu que Marvel mantinha um caso com uma prostituta. A criação junto com os avós ricos de sua mãe, fez de Little Jack, como em breve será chamado por todos, uma criança solitária, reclusa e devotada aos estudos, em especial às ciências ocultas, e o imbuiu de um profundo ódio à autoridade e um desprezo por qualquer tipo de interferência em sua atividade. Inspirado por revistas pulp como Amazing Stories e livros de ficção científica de Júlio Verne, logo cedo desenvolveu um interesse por foguetes. Ele se imaginava indo em um foguete para a Lua e via a ciência e a magia como formas de explorar essas novas fronteiras, libertando-se da Terra literal e metafisicamente.
Parsons foi atraído pelo ocultismo, pois ele tinha um conjunto de ambições muito mais elevado e acreditava que a magia rompia com os limites do mundo físico. Ele queria literalmente derrubar as paredes do espaço-tempo e tinha um conjunto de ideias totalmente não científicas sobre como fazê-lo. Ele desenvolveu um interesse mais profundo pela bruxaria e pelo lado sombrio da magia, tornando-se fascinado por poltergeists e aparições fantasmagóricas. Consta em seu diário que com apenas 13 anos de idade, fazendo uso principalmente de trechos do Velho Testamento, do Zohar e do Talmude, teria invocado Satã com sucesso pela primeira vez depois de meses de tentativas frustradas e infrutíferas. Na ocasião dessa primeira aparição de Satã, Parsons confessa ter se acovardado diante daquele que ele tanto buscava. A experiência o deixou tão amedrontado que só retomaria essa seara na idade adulta.
A bolha segura e confortável em que Jack Parsons passou a infância e a adolescência foi quebrada pela Crise Econômica de 1929. As dificuldades financeiras da família o obrigaram a trabalhar nos fins de semana e durante as férias escolares nos escritórios da Hercules Powder Company, onde aprendeu sobre explosivos e sua utilização potencial na propulsão de foguetes.
Junto com o colega de escola Edward "Ed" S. Forman, com quem vinha explorando o assunto de forma independente em seu tempo livre, construiu e testou diferentes foguetes e logo construiu o seu próprio motor de foguete de combustível sólido, ao mesmo tempo em que mantinha intensa correspondência com engenheiros pioneiros de foguetes como o compatriota Robert Hutchings Goddard (1882-1945), o russo Konstantin Eduardovich Tsiolkovski (1857-1935), e os alemães Hermann Oberth (1894-1989), Willy Ley (1906-1969) e Wernher von Braun (1912-1977) – com quem, aliás, passava horas conversando ao telefone.
Após concluir o colégio no verão de 1933, matriculou-se no Pasadena Junior College com a esperança de obter uma graduação tecnológica em Física e Química, mas foi forçado a abandonar depois de apenas um semestre devido a situação financeira crítica da família. Ele ainda tentou obter uma licenciatura em Química na Stanford University, mas novamente foi forçado a abandonar. Parsons, que não era muito bom em matemática, nunca obteve mais do que um diploma do ensino médio.
Embora com limitada educação formal, Parsons demonstrou enorme aptidão, e em 1934, ele e Forman se juntaram a Frank Joseph Malina (1912-1981), futuro engenheiro aeronáutico e pintor. Durante muito tempo, os experimentos foram realizados sem apoio financeiro e feitos de maneira amadora, mas isso não era o suficiente para parar os três. Por conta dos testes com explosivos, o trio ficou conhecido por seu aparente desejo de morte coletiva e foi apelidado de “Esquadrão Suicida”.
Na véspera do Halloween de 1936, em 29 de outubro, o “Esquadrão Suicida” liderado por Parsons, químico autodidata e mestre das artes das trevas, se reuniu na represa Devil’s Gate em Pasadena, na parte mais estreita do cânion Arroyo Secco, no sopé das montanhas de San Gabriel, perto do local de uma barragem, a cerca de 400 metros do campus da Caltech, para testar um motor de foguete primitivo alimentado por oxigênio e álcool metílico, preso a um suporte. Mas a combustão que eles esperavam não aconteceu. Em vez disso, a mangueira de oxigênio pegou fogo no chão, causando uma mini tempestade de fogo no desfiladeiro.
Os membros originais do “Esquadrão Suicida” do JPL, em 1936, a partir da esquerda: Rudolph Schott, Amo Smith, Frank Malina, Ed Forman e Jack Parsons. Foto: Cortesia da Caltech.
Parsons (em jaqueta escura) e seus colegas da GALCIT em Devil's Gate, Arroyo Seco, no Halloween de 1936. Este experimento deu início às atividades do Laboratório de Propulsão a Jato. Foto: NASA-JPL/Caltech.
Esta seria a primeira incursão do “Esquadrão Suicida” na propulsão de foguetes e gerou os rumores de que Parsons, guiado Magia Sexual (Sex Magick), uma prática ritualística planejada pelo líder da O.T.O., havia aberto um portal para o inferno na represa Devil’s Gate (Portão do Inferno). O nome Devil’s Gate se deve a uma rocha escarpada que se parece com o rosto de um demônio com chifres. O túnel é fechado por um portão de ferro e exala um clima aterrador. Uma série de mortes e desaparecimentos de crianças alimenta os rumores de que Parsons teria de fato aberto no local um “portal para uma dimensão infernal”, a atrair caçadores de fantasmas e investigadores paranormais.
A infame rocha em forma de diabo que deu nome à represa Devil's Gate. Foto de Nikki Kreuzer/The Los Angeles Beat.
Embora o teste na noite de Halloween tenha sido um fracasso, chamou a atenção do físico húngaro-americano Theodore von Kármán (1881-1963), o então diretor dos Laboratórios Aeroespaciais de Pós-Graduação do Instituto de Tecnologia da Califórnia [Guggenheim Aeronautical Laboratory at the California Institute of Technology (GALCIT), criado em 1929] em Pasadena. Liderados por Kármán, os três formaram o Projeto de Pesquisa de Foguetes GALCIT, afiliado à Caltech (California Institute of Technology).
Theodore von Kármán, então diretor do Laboratório Aeronáutico Guggenheim da Caltech. Foto: LAist.
Sem encontrar financiamento para seus projetos, Parsons trabalhou como uma testemunha especialista em explosivos forenses. Um trabalho forense que lhe proporcionou publicidade na mídia foi o julgamento do capitão Earl Kynette em 1938 pelo atentado cometido contra o investigador particular e ex-detetive da polícia de Los Angeles chamado Harry Raymond, que andava investigando a corrupção no Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD) e no governo da cidade.
Em 14 de janeiro daquele ano, Raymond foi ferido por uma bomba que havia sido plantada debaixo de seu carro. Kynette foi apontado como o principal suspeito e julgado por tentativa de homicídio. Parsons foi contratado para construir uma réplica da bomba que permitisse deduzir os explosivos usados para ativá-la e reconstituir a explosão, o que foi vital para a condenação de Kynette.
Parsons em 1938, segurando a réplica da bomba usada no julgamento do assassinato do policial Capitão Earl Kynette. Fonte: Encyclopedia.
John Whiteside Parsons posa com sua réplica da bomba caseira usada na tentativa de matar Harry Raymond. Foto do Los Angeles Times de 7 de maio de 1938.
À medida que o interesse de Parsons pelo ocultismo se desenvolvia, seu colega Malina se dirigiu à Academia Nacional de Ciências [National Academy of Sciences (NAS)] para obter financiamento para “propulsão a jato” como um meio de desenvolver aeronaves mais ágeis. Em 1939, o grupo GALCIT recebeu US$ 1.000 (£ 595 no câmbio de hoje), tornando-se o primeiro grupo de pesquisa de foguetes financiado pelo governo na história. Um quarto do financiamento teve que ir para a reparação de danos aos edifícios Caltech causados pelos experimentos do grupo, que acabou sendo forçado a se mudar para alguns galpões de ferro no cânion Arroyo Seco, onde foram observados de perto pelo FBI (Federal Bureau of Investigation ou Birô Federal de Investigação), que procurava se certificar que nenhum extremista político estava tendo acesso os explosivos.
Foram as instalações de testes em Arroyo Seco que mais tarde evoluíram para o JPL, que por sua vez desenvolveria uma associação vital com um projeto de foguete espacial mais avançado proposto pelo Comitê Consultivo Nacional de Aeronáutica (National Advisory Committee for Aeronautics), a NACA, antecessora da NASA. A contribuição deste grupo para o esforço de guerra não pode ser negligenciado, tampouco seus primeiros esforços em engenharia de foguetes que forneceram grande parte do impulso para os posteriores projetos da NASA a partir do final dos anos 50 até o eventual desembarque do homem na Lua.
O "Esquadrão Suicida" original em 12 de agosto de 1941. Da esq. para a dir.: Fred S. Miller, Jack Parsons, Ed Forman, Frank Malina, Capitão Homer Boushey, Soldado Kobe e Cabo Hamilton. Nota interessante: o filho de Frank Malina, o físico Roger Malina, é casado com a educadora britância Christine Maxwell, irmã de Ghislaine Maxwell, socialite britânica conhecida por sua associação com Jeffrey Epstein. Foto: Encyclopedia.
Mas Parsons estava tomado por ideias extraordinárias que buscavam alturas muito mais elevadas do que meros projetos de foguetes. No mesmo ano de 1939, depois de considerar brevemente o marxismo, Parsons conheceu a Igreja Thelema, o movimento religioso ocultista fundado por Crowley em 1904, e junto com sua primeira esposa, Mary Helen Northrup (1910-2003), com quem se casara em 1935, ingressou na maçônica Agape Lodge, um ramo californiano e “braço armado” da Ordo Templi Orientis (O.T.O.), organização ocultista germânica fundada pelo rico industrial alemão Carl Kellner (1851-1905) em 1903.
Kellner acreditava ter descoberto uma "Chave" que oferecia uma explicação para todo o complexo simbolismo da Maçonaria e dos mistérios profundos da natureza. Em 1895, ele começou a discutir sua ideia de fundar uma Academia Maçônica com seu associado Albert Karl Theodor Reuss (1855-1923), que seria chamada de Ordo Templi Orientis (Ordem Templária Oriental). Tanto os homens como as mulheres seriam admitidos em todos os graus desta Ordem, mas a posse de altos graus maçônicos seria um pré-requisito para a admissão no círculo interno da O.T.O. Devido à regulamentação da Grand Lodge estabelecida, as mulheres não podiam ser feitas maçons, o que parece ter sido uma das razões para que Kellner e seus associados resolvessem criar sua própria ordem a fim de reformar o sistema e permitir a admissão de mulheres.
Com a morte de Kellner em 7 de junho de 1905, Reuss e Franz Hartmann (1838-1912), que havia sido discípulo de Helena Blavatsky (1831-1891) na Índia e fundador da Sociedade Teosófica na Alemanha em 1896, se tornaram os chefes da O.T.O., reformulada em 1925 por Crowley após a sua expulsão da Golden Dawn de acordo com o princípio “Faça o que quiser” da Thelema. Parsons logo se identificou com as propostas da Thelema e com a liberdade sexual única que promovia, como a de incentivar os participantes a trocar de parceiros, isso três décadas antes da revolução sexual.
Em 1935, por ordem de Crowley, o ocultista e mágico cerimonial inglês expatriado Wilfred Talbot Smith (1885-1957) fundou a Agape Lodge Nº 2 e transformou a sua casa em Hollywood na 1746 Winona Boulevard em sua sede. Smith anunciou o fundação de seu grupo em um anúncio na revista American Astrology e imprimiu um panfleto explicando o que era a O.T.O.
Parsons não via nenhum problema em conciliar suas atividades científicas e mágicas, tanto que antes de cada teste de lançamento de foguetes, para desespero de seus colegas, cantava o hino de invocação ao deus grego Pã. Parsons não deu nenhum indício inicial das agitações internas que o levaram a adorar o diabo e levar uma vida dupla extraordinária: cientista respeitado durante o dia, ocultista dedicado à noite.
O thelemita Wilfred Talbot Smith. Publicado em Martin P. Starr, The Unknown God (Teitan Press, 2003). O livro não especifica a origem da imagem.
Parsons subiu rapidamente na hierarquia, e em março de 1941, foi encarregado pelo próprio Crowley para liderar e tirar da decadência a Agape Lodge que o seu fundador Smith havia transformado em um mero ponto de encontro para orgias de finais de semana. Observando a aptidão natural de Parsons para a magia sexual ritual Thelema, os membros o viam como um potencial sucessor da “Grande Besta”, o próprio Aleister Crowley, a quem Parsons chamava de “Pai Mais Amado”.
No mesmo ano, o grupo GALCIT demonstrou os primeiros foguetes de decolagem movidos por jato.
Frank Malina (de chapéu e óculos) observa enquanto Von Kárman trabalha nos esboços de um projeto JATO em 1941. Foto: JPL.
Ao mesmo tempo, Parsons começou a ter um relacionamento sexual com a irmã de 17 anos de sua esposa Helen, Sara Elizabeth Bruce Northrup Hollister (1924-1997); sua esposa, por sua vez, começou um relacionamento com Talbot Smith.
Rara foto de Jack Parsons e Sara "Betty" Northrup pescando. Foto: Alchetron.
Os quatro, junto com outros thelemitas, acabaram se mudando para uma mansão de onze quartos apelidada de “The Parsonage” ("O Presbitério") na 1003 Orange Grove Avenue, em Pasadena, em junho de 1942. Todos contribuíam para o aluguel e viviam comunitariamente no que se tornou a nova base da Agape Lodge. No lote, eles abatiam seu próprio gado para alimentação, bem como para seus rituais de sangue. Parsons converteu a garagem e a lavanderia em um laboratório químico e frequentemente realizava reuniões de discussão de ficção científica na cozinha.
The Parsonage – 1003 S. Orange Grove. Foto: Pasadena Now.
Apesar de Parsons reconhecer que a maioria dos membros da O.T.O. estava muito mais interessada em orgias banais para a satisfação ordinária de seus desejos – ou quando muito em “uma pseudomanifestação de poder místico por meio da sensualidade” – do que em uma ascensão espiritual autêntica, ele não ficou atrás em matéria de orgias ao promover concorridos rituais de magia sexual na mansão, frequentada por uma variedade de boêmios e excêntricos, entre eles o jornalista Nieson Himmel, fã de ficção científica, o físico e engenheiro Robert Alden Cornog (1912-1998), físico e engenheiro que ajudaria a desenvolver a bomba atômica ao integrar o Projeto Manhattan, e o oficial da Marinha durante a Segunda Guerra Mundial e escritor de ficção científica Lafayette Ronald Hubbard, mais conhecido como L. Ron Hubbard (1911-1986), o futuro fundador da Cientologia, uma religião que ensina que as entidades alienígenas não só são responsáveis pela utilização de seres humanos como avatares, como os usam para fazer o mal.
As drogas (álcool, maconha, cocaína, anfetaminas, peiote, mescalina e opiáceos) fluíam livremente, assim como os parceiros sexuais. Crowley chamava o casamento de “uma instituição detestável”, e Parsons usou essa justificativa para explicar seus desejos sexuais insaciáveis. A pousada atraiu atenção negativa, com a polícia e o FBI recebendo alegações de que abrigava um culto praticante de orgias sexuais e magia negra – embora, após a investigação, não tenha sido considerado uma ameaça à segurança nacional. Rumores davam conta de bestialismo, mulheres grávidas dançando nuas através de aros de fogo cerimonial e crianças inocentes sendo violadas e sacrificadas por magos envergando sinistros mantos negros.
Em 1942, o grupo GALCIT fundou a Aerojet para continuar a desenvolver foguetes deste tipo, com Parsons como engenheiro de projetos. Uma das principais inovações do grupo foi o desenvolvimento do Jet-Assisted Take Off (JATO) para o US Air Corps, com Parsons desenvolvendo um combustível sólido de foguete de queima restrita que era estável o suficiente para ser armazenado indefinidamente. Parsons convencera o governo de que o foguete poderia ser útil em tempos de guerra e sua tecnologia do motor e o combustível foram comercializados por meio da Aerojet. Versões desse combustível foram eventualmente usadas pela NASA no ônibus espacial, bem como em mísseis balísticos militares. e formou um negócio de sucesso chamado Aerojet. Em 1943, o Exército dos Estados Unidos encomendou 2.000 foguetes da empresa.
Parsons em pé acima de um propulsor JATO no JPL em junho de 1943. Foto: Encyclopedia.
A devoção absoluta e obsessiva de Parsons a Satã – a quem definia como “a força motriz que move o submundo de energia espiritual e também física” – ia tão longe que até mesmo os seus pares mantinham os dois pés atrás em relação a ele. Parsons passou a realizar evocações de entidades por meio do vodu, que considerava o mais violento e eficaz dos meios para estabelecer contato com os espíritos infernais. Os membros da Agape Lodge chegaram a escrever uma carta a Crowley reclamando da atmosfera aterradora criada por seu líder nos cultos da O.T.O., a quem acusavam de ter transformando as práticas de magia sexual tradicionais da Thelema em experiências tão assustadoras e perigosas quanto aquelas praticadas nos cultos a Inanna, a grande prostituta da Babilônia, as mais obscuras do cabalismo. Esse ritual requeria que o iniciado na O.T.O. visualizasse a árvore da vida com suas 10 esferas e suas 22 partes interconectadas, e caso fosse aprovado no Juramento do Abismo, tornava-se Irmão Negro da Cabala.
Os novos acionistas majoritários da Aerojet o expulsaram em 1943 porque desaprovavam seus “métodos de trabalho pouco ortodoxos e inseguros”, atestados pelo FBI após uma série de investigações sobre seu envolvimento com o ocultismo, drogas e promiscuidade sexual. Em resposta, Parsons e Forman fundam a Ad Astra Engineering Company, nome baseado em um dos provérbios latinos preferidos de Parsons: “ad astra per aspera”, que significa, literalmente, “pelas dificuldades, aos astros”, ou, em tradução livre, “alcançar a glória por caminhos árduos, espinhosos”.
No mesmo ano, o governo dos Estados Unidos ouviu que a Alemanha nazista estava desenvolvendo o foguete V-2 e então deu ao grupo de pesquisa de foguetes GALCIT, agora sem Parsons, recursos para desenvolver armas baseadas em foguetes. A Aerojet foi então renomeada como Laboratório de Propulsão a Jato [Jet Propulsion Laboratory (JPL)], tornando-se uma instalação formal do Exército dos Estados Unidos sob contrato da Caltech.
Em 1945, Jack Parsons ainda era o sumo sacerdote da Loja Ágape de Crowley, em Pasadena, onde L. Ron Hubbard se juntou a ele. Impressionado com a exuberância e energia de Hubbard, Jack escreveu uma carta falando sobre ele a Crowley: “Deduzi que ele está em contato direto com alguma inteligência superior. Ele é a pessoa mais ‘thelêmica’ que já conheci e está de acordo com nossos próprios princípios.” Ele logo foi iniciado nos segredos da O.T.O. e se tornou o parceiro mágico de Parsons, recebendo o nome de “Frater H”. Juntos, Parsons e Hubbard criaram um sórdido esquema de magia sexual chamado “Trabalho de Babalon” para trazer o Anticristo e o Apocalipse.
L. Ron Hubbard, de escoteiro a fundador da Cientologia. Foto: Cision PRweb.
A “Manifestação de Babalon” era o feito satânico mais perseguido por Parsons desde que lera em 1940 na revista pulp Unknown a versão original do conto “Darker than you think”, de Jack Stewart Williamson (1908-2006), protagonizado por uma mulher de cabelo escarlate que monta uma grande besta. Parsons identificou a ruiva com Babalon, a “Scarlet Woman” (“Mulher Escarlate”), a consorte da Grande Besta 666, que pela profecia de Crowley daria à luz a um “Messias Thelêmico” ou “Moonchild”, nome de um romance escrito por Crowley em 1917 e publicado pela primeira vez pela Mandrake Press em 1929 cuja trama envolve uma guerra mágica entre magos brancos e negros por causa de uma criança ainda não nascida. O “Filho da Lua”, um veículo humano para uma “semente demoníaca”, não muito diferente do “Bebê de Rosemary”, inauguraria o Aeon (Era) de Hórus e encerraria a de Osíris, representado pelo cristianismo, pelas demais religiões patriarcais – “inimigas da civilização” – e pelos homens e instituições a eles subordinados. Babalon, a contraparte Thelêmica de Kali ou Ísis, foi descrita por Parsons como sendo ao mesmo tempo “...negra, homicida e horrível, abençoada e reconfortante, reconciliadora dos opostos, a apoteose do impossível”.
No livro do Apocalipse 17:3-5, a Babilônia é retratada como a "A mãe das prostitutas e das abominações da terra": "E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua fornicação; E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra." O Apocalipse prediz que no fim dos tempos, a Babilônia (então uma das maiores cidades da Mesopotâmia, parte da cultura suméria), ficará nua e sua carne será comida e queimada no fogo.
Na Thelema de Crowley, que se baseou nessa passagem do Apocalipse, Babalon era, ou pelo menos representava, a própria Terra. Imbuído de um certo gnosticismo, Parsons referia-se a Babalon como "Sophia" e acreditava que ela era a personificação da sabedoria, alguém que desempenhara um papel fundamental na criação do universo e da humanidade. No mito de Sophia, ela deu à luz muitos seres malignos enquanto estava presa no submundo. Um desses seres foi o demiurgo, que criou este nosso falso mundo e lhe conferiu todas as suas más qualidades. Sophia ajudou a devolver a luz ao mundo, e quando o demiurgo criou Adão, ela ocultou a consciência do primeiro homem, apenas devolvendo-a ao mundo por meio da primeira mulher, Eva. Ou seja, embora Sophia fosse de fato a mãe das "abominações" na Terra, o gnosticismo a pinta como uma figura materna sábia e benevolente.
O mais provável, no entanto, é que Crowley tenha criado o termo Babalon a partir de Babalond, proveniente do idioma enoquiano e que se traduz como "prostituta", até porque Crowley realizava invocações dentro do sistema de magia enoquiana, conforme registrado em seu livro The Vision and The Voice (Liber 418) [A Visão e a Voz (Livro 418)], de 1911, em que narra a sua jornada mística enquanto explorava os 30 étires enoquianos originalmente desenvolvidos por John Dee (1527-1608) e Edward Kelley (1555-1597) no século XVI. De todas as suas obras, Crowley considerou este livro o segundo em importância atrás apenas do Livro da Lei, o texto que estabeleceu seu sistema religioso e filosófico de Thelema em 1904.
Crowley provavelmente escolheu esta grafia em particular para o nome de Babalon por sua significância cabalística. Trocando-se a letra Y por um A, o termo "al" surge no centro da palavra. A palavra também separa-se silabicamente (em Inglês) em Bab-al-on. Bab é o termo em árabe para "porta" ou "portal". AL é uma das chaves para a compreensão do Livro da Lei, bem como um dos títulos cabalísticos de Deus, significando "O Um", em hebraico. On é o nome egípcio para a cidade conhecida pelos gregos como Heliópolis, a cidade das pirâmides. Pelo sistema de numerologia hebraica conhecida como gematria, o nome Babalon soma 156, número de quadrados em cada uma das tabelas elementais do sistema de magia enoquiana de John Dee e Edward Kelly. Estas tabelas são, por si, identificadas com a Cidade das Pirâmides, sendo cada quadrado a base de uma pirâmide.
Mesmo com sua amante Sara trocando-o por Hubbard, a quem conheceu na O.T.O. em 1945, Parsons seguiu trabalhando com ele nos rituais Babalon na tentativa de fazer com que o espírito da deusa Babalon, "A Mãe das Abominações", encarnasse em Sara.
Para realizar o trabalho de Babalon, exigia-se a quebra das barreiras do tempo e do espaço. O impossível era precisamente o que Parsons, o cientista-mago ou o mago-cientista, tinha em mente. Entrevendo na bomba atômica o instrumento que quebraria essas barreiras e abriria as portas para outras dimensões, Parsons iniciou o físico, filho de imigrante judeu alemão, Robert Oppenheimer (1904-1967), assim como seus amigos físicos atômicos judeus do Los Alamos National Laboratory, não muito distante da base de lançamento de foguetes em Pasadena, sendo que muitos cientistas do S-1 Uranium Committee, do Comitê de Pesquisa de Defesa Nacional (National Defense Research Committee), que mais tarde evoluiu para o Projeto Manhattan, já eram ligados ao ocultismo, mais propriamente com a Cabala. Uma foto tirada em um recinto do clube satanista Bohemian Grove em 14 de setembro de 1942, mostra vários cientistas do S-1 Uranium Committee ali reunidos, entre eles Julius Robert Oppenheimer, o químico Harold Clayton Urey (1893-1981), o cientista nuclear e Prêmio Nobel de Física de 1939 (por sua invenção do cíclotron ou acelerador de partículas) Ernest Orlando Lawrence (1901-1958), o químico James Bryant Conant (1893-1978), o engenheiro e físico Lyman James Briggs (1874-1963), o químico Eger Vaughan Murphree (1898-1962), o físico Prêmio Nobel de Física de 1927 Arthur Holly Compton (1892-1962) e o físico britânico-canadense-americano Robert Lyster Thornton (1908-1985).
O S-1 Comitê de Urânio do Escritório de Pesquisa e Desenvolvimento Científico [Office of Scientific Reasearch and Development (OSRD)] reunido em Bohemian Grove. Da esquerda para a direita: Major Thomas T. Crenshaw, Julius Robert Oppenheimer, Harold Urey, Ernest Orlando Lawrence, James Bryant Conant, Lyman James Briggs, Eger Vaughan Murphree, Arthur Holly Compton, Robert Lyster Thornton e Coronel K. D. Nichols. Foto de Donald Cooksey.
O Laboratório Nacional de Los Álamos, no estado do Novo México, é uma instituição federal coordenada pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos e gerido pela Universidade da Califórnia. Criado em 1942, o Laboratório funcionou como centro secreto para o desenvolvimento das três primeiras armas nucleares, e seu primeiro diretor científico foi Oppenheimer, o qual teve como auxiliares mais próximos o general Leslie Richard Groves (1896-1970), um oficial do Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos que supervisionou a construção do Pentágono e dirigiu o Projeto Manhattan, e o físico Ernest Orlando Lawrence (1901-1958). Um outro cientista que trabalhou na equipe foi o físico judeu de origem húngara Edward Teller (1908-2003), que havia emigrado para os Estados Unidos.
Em 16 de julho de 1945, a primeira bomba atômica com o nome em código “Trinity” explodia em Alamogordo, cidade situada no condado de Otero, no Novo México, a 48 quilômetros de Socorro, perto de um lugar chamado “Estrada da Morte” (La Jornada del Muerto), no paralelo 33 (33º 40’38”N), na linha de Mísseis de White Sands, irradiando o que a Cabala chama de “força demoníaca do fogo”. Oppenheimer recordou mais tarde que ao testemunhar a explosão, lhe veio à mente um verso do texto sagrado hindu Bhagavad Gita, parte do poema épico indiano Mahabharata, datado do século IV a.C.: “Tornei-me a Morte, Destruidora de mundos.” No exato local da explosão abriu-se uma cratera de vidro radioativo de 3 metros de espessura e 330 m de diâmetro. As montanhas da região foram fortemente iluminadas por cerca de 2 segundos, o calor foi tão intenso que a onda de choque foi sentida a mais de 160 km, e o cogumelo atômico chegou a 12 km de altura. Tempos depois, no hipocentro da explosão, foi erguido um obelisco de lava solidificada com cerca de 3,65 m de altura.
Em 16 de julho de 1945, a Era Atômica começou com a detonação da primeira bomba atômica. Os cientistas do Projeto Manhattan detonaram o primeiro dispositivo atômico às 5h29, na Jornada del Muerto, no deserto do Novo México. Para o teste do Projeto Trinity, a bomba foi colocada no topo de uma torre de aço de 30,48 m de altura designada como Zero. O Marco Zero ficava ao pé da torre. Equipamentos, instrumentos e pontos de observação foram estabelecidos a distâncias variadas do Marco Zero. Os abrigos de observação de madeira eram protegidos por barricadas de concreto e terra, e o ponto de observação mais próximo ficava a 9,17 km do Marco Zero. Um incrível flash de luz iluminou o céu quando a temperatura do ar subiu para mais de 4.982º C. Em segundos, testemunhas viram a primeira nuvem em forma de cogumelo já criada por armas atômicas. Uma nuvem multicolorida subiu 11,58 km no ar em sete minutos. Onde antes ficava a torre, surgiu uma cratera de 804 m de diâmetro e 2,43 m de profundidade. A areia na cratera foi fundida pelo calor intenso em um sólido semelhante ao vidro, da cor do jade verde. Este material recebeu o nome de trinitita. O ponto de explosão foi nomeado Trinity Site. Foto: Departamento de Energia dos EUA.
Em seu livro Sociedades Secretas e Guerra Psicológica [Secret Societies and Psychological Warfare, Dresden (NY), Wiswell Ruffin House, 1992], o pesquisador de ocultismo e sociedades secretas norte-americano Michael Anthony Hoffman II (1957-), refere-se ao seu conterrâneo e igualmente pesquisador de ocultismo James Shelby Downard (1913-1998), segundo o qual um feto Golem, conhecido na alquimia como um “homúnculo”, estava dentro do gigantesco cilindro apelidado de “Jumbo” pelos trabalhadores da construção civil, colocado perto do “março zero” em 16 de julho de 1945, imediatamente antes da explosão da “Trinity”, a primeira bomba atômica (criação e destruição da matéria primordial) em Alamogordo, Novo México (“The Land of Enchantment” ou “A Terra do Encantamento”, epíteto dado em setembro de 1935 por Joseph A. Bursey, diretor do State Tourist Bureau, que desenhou um folheto usando esta frase).
O governo dos Estados Unidos nunca ofereceu uma explicação convincente para o propósito da cápsula de 7,62 metros de comprimento, 3,05 metros de diâmetro, paredes com 35,6 cm de espessura de puro aço e peso total 194 toneladas, fabricada sob medida em uma usina siderúrgica do leste e transportada em um grande caminhão de 64 rodas. Oficialmente, a ideia era detonar a bomba próximo ao Jumbo, que seria uma espécie de contenção ao plutônio, que podia vir a ser reutilizado, já que os militares não queriam desperdiçá-lo por ser muito caro na época, como é ainda hoje.
Jumbo, o gigantesco cilindro que conteve um homúnculo ou feto Golem para ser irradiado junto com a detonação da primeira bomba atômica no marco zero. Foto: Aeroflap.
Parsons e Hubbard estavam obcecados com a ideia de que este cilindro tinha sido um meio de animar radioativamente um feto Golem, conhecido na alquimia como um “homúnculo”, e que este homúnculo representou a primeira criação de vida artificial na Terra desde a criação do rabino, talmudista e matemático austríaco Judah Löw Ben Bezaleel, mais conhecido por Rabino Löw (1525-1609), que completou a iniciação oculta de John Dee em Praga, onde este aprendeu gematria, a prática cabalística de substituir números pelas letras de uma palavra para obter seu significado oculto. Como já vimos, Dee chamou a essa linguagem do crepúsculo de “enoquiana”, e ocultando seu jargão cabalístico, afirmou que “anjos” haviam revelado a ele e a seu assistente Edward Kelley, “grandes tábuas com letras incomuns” que formavam a língua mais antiga de todas, a “língua dos anjos”, que consiste em “uma série de palavras sagradas”. Parsons era um avatar dessa linguagem e sua loja O.T.O. transmitiu a mesma gnose que Dee havia recebido.
O feto teria sido irradiado com a explosão do teste da primeira bomba atômica no Novo México. Parsons, em obediência cega a Lúcifer, usou o feto para testar o fenômeno luciferiano que os cabalistas costumam chamar de “a força demoníaca do fogo atômico”. Na tradição interna da O.T.O., explicou Hoffman, “ a energia nuclear é considerada uma forma de consciência diabólica, uma entidade demoníaca literal por direito próprio”. Hoffman cita Aleister Crowley que alegoricamente chamou-o de um poderoso ser: “...os mágicos procuraram fazer este homúnculo... eles começaram a tentar fazer o homúnculo em linhas muito curiosas... Além disso, e isso é o ponto crucial, eles pensaram que, ao realizar este experimento em um lugar especialmente preparado, um lugar magicamente protegido contra todas as forças incompatíveis, e invocando naquele lugar alguma força que eles desejavam, algum ser tremendamente poderoso – e eles tinham conjurações que eles pensavam ser capazes de fazer isso – viria a causar a encarnação de seres de infinito conhecimento e poder que levariam o mundo inteiro em direção da Luz e da Verdade.”
Este lugar mágico, “protegido de todas as forças incompatíveis”, foi Alamogordo, no Novo México, a “Terra do Encantamento”, protegido da histeria da guerra sob o estado de segurança nacional.
Hoffmann prossegue esclarecendo que a gênese desse homúnculo irradiado pelo fogo atômico foi inspirada na enigmática sigla “INRI” de Albert Pike, grau 33 e Soberano Grande Comendador da jurisdição do sul do Rito Escocês no século XIX: Igne Natura Renovatur Integra (“Nascer pelo Fogo Renova a Vida”). Esta é uma paródia da sigla INRI pregada na Cruz acima de Cristo: Iesus Nazaraeus Rex ludaeorum (“Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”).
A matéria morta animada (homúnculo) era a da O.T.O., a “Criança do Novo Aeon” simbólica, a “Criança da Lua” da Terra da Morte (Egito), ou seja, Hórus, filho de Ísis, “o Bebê de Rosemary”. A doutrina da O.T.O, refletindo a antiga tradição ocultista, afirma que somente mantendo a primeira animação do homúnculo encarnada na terra, poderia adulterar a natureza avançando para o estado de engenharia genética, clonagem e bestialidade do xenotransplante (processo de transferir cirurgicamente um tecido de uma espécie para outra distinta) que se tornaram práticas usuais da ciência. Parsons, Hubbard e a O.T.O., em associação com outros cientistas do Laboratório Nacional de Los Álamos, da JPL, da Caltech e da Aerojet, estavam envolvidos em eventos científicos e cerimoniais destinados a manter esse homúnculo vivo na terra.
O portal aberto com a explosão da primeira bomba atômica, teria sido ampliado por Parsons e seu parceiro Hubbard (que na ocasião usava o pseudônimo “Frater H”) em 1946 com o trabalho de Babalon propriamente dito, que buscava trazer a este plano astral a própria deusa Babalon. Estes que foram considerados os rituais cabalistas mais pesados já realizados, tiveram início em 1º de março de 1946 na mansão de Parsons, "o Presbitério". Parsons escreveu um relato bastante detalhado do “Magnum Opus”, que começou com Hubbard afirmando: "O ano de Babalon é 4063. Ela é a chama da vida, o poder das trevas, ela destrói com um olhar, ela pode levar tua alma. Ela se alimenta dos (fins) dos homens. Bela e horrível." No terceiro dia, Hubbard e Parsons integraram fluidos reprodutivos nos rituais: "Estenda um lençol branco. Coloque sobre ele o sangue do nascimento... pense nas coisas obscenas e lascivas que você não poderia fazer. Tudo é bom para Babalon... A luxúria é dela, a paixão é sua. Considere tu, a Besta [violando]." No dia seguinte, Hubbard presidiu um "frenesi sexual" entre ele e uma mulher que havia sido recrutado para as cerimônias. Ao longo de duas semanas, Hubbard e Parsons tentaram introduzir a criança astral no mundo, os dois envolvidos em cânticos rituais, desenhando símbolos ocultos no ar com espadas, pingando sangue animal em runas e se divertindo para "impregnar" tabuletas mágicas.
Em uma das façanhas mais célebres da história do satanismo, Parsons se tornou um irmão negro da Cabala, mago negro do caminho da mão esquerda da tradição do judaísmo místico, convertendo-se no próprio mal. De acordo com Hubbard, durante o ritual, Parsons abriu um buraco no espaço-tempo, um portal interdimensional, e algo maligno saiu de lá.
Por esse portal é que muitos pensam teriam chegado os OVNIs que inauguraram a Era Moderna dos Discos Voadores um ano e meio depois, em 24 de junho de 1947, com o avistamento do piloto Kenneth Arnold (1915-1984) sobre as Montanhas Cascade no estado de Washington, e alguns dias depois, no começo de julho, com até mesmo a queda e a captura de um deles em Roswell, no Novo México. Não é à toa que para certos círculos oficiais, Parsons seria a figura-chave que explicaria não só o surgimento do Fenômeno OVNI na segunda metade do século XX, como também revelaria a sua origem demoníaca. Numa certa ocasião, Parsons e Hubbard passaram cerca de 40 dias no Deserto de Mojave, região situada ao sul da Califórnia, sudoeste de Utah, sul de Nevada e noroeste do Arizona, realizando ostensivamente rituais de invocação de alienígenas baseadas nas do próprio Crowley e que anos depois seriam praticados pelos ufólogos sem que tivessem a noção de que não estariam fazendo mais do que replicar o modus operandi dos satanistas. E como já vimos no capítulo anterior, esta não foi a primeira vez em que um portal dimensional teria sido intencionalmente aberto.
Kenneth Arnold, que relatou ter avistado nove objetos circulares perto do Monte Rainier em 24 de junho de 1947, inaugurando a Era Moderna dos Discos Voadores, visto aqui em foto de 1966. Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
O portal aberto por Crowley se ampliou desde então, graças às explosões nucleares e aos “ajustes” herméticos adicionais de Parsons. Crowley e seus amigos tiveram sucesso em abrir esses portais, mas falharam no fechamento deles. O que seus esforços podem ter conseguido foi a ampliação drástica e a destruição de um portal mágico existente e o subsequente não fechamento dele. Talvez o rasgo que eles criaram não tenha sido possível fechar.
No início de 1946, Hubbard e Sara convenceram Parsons a abrir um negócio juntos, comprando iates na Costa Leste e navegando com eles para a Califórnia para vendê-los com lucro. Eles estabeleceram uma parceria comercial em 15 de janeiro sob o nome de “Allied Enterprises”, com Parsons investindo um capital de US$ 20.000 (e que consistia em todas as suas economias), Hubbard acrescentando US$ 1.200 e Sara não contribuindo com nada. Hubbard e Sara partiram para a Flórida no final de abril, com Hubbard levando consigo US$ 10.000 retirados da conta da Allied Enterprises para financiar a compra do primeiro iate da parceria. Semanas se passaram sem notícias de Hubbard, que fugiu levando consigo o dinheiro.
Parsons inicialmente tentou obter reparação por meios mágicos, realizando um “Ritual de Banimento do Pentagrama” para amaldiçoar Hubbard e Sara, mas depois recorreu a meios mais convencionais para obter a reparação, processando o casal em 1º de julho no Circuit Court em Dade County. Parsons acusou Hubbard e Sara de quebrar os termos de sua parceria, dissipar os bens e tentar fugir. O caso foi resolvido fora do tribunal onze dias depois, com Hubbard e Sara concordando em reembolsar parte do dinheiro de Parsons enquanto mantinham um iate, o Harpoon, para eles. O barco logo foi vendido para aliviar a falta de dinheiro do casal. Sara conseguiu dissuadir Parsons de pressioná-los, ameaçando expor seu relacionamento anterior, que começou quando ela era ainda menor de idade. Hubbard e Sara se casaram no meio da noite de 10 de agosto de 1946 em Chestertown, Maryland, isso enquanto Hubbard ainda não tinha se divorciado legalmente de sua primeira esposa, Margaret Louise “Polly” Grubb (1907-1963).
Em suma, Parsons perdeu a maior parte de sua forturna no golpe, a empresa se desfez, e Hubbard e Sara fundaram juntos uma nova religião, a Cientologia, baseado em tudo o que tinham aprendido com Parsons e a Thelema.
Sara, uma figura importante no ramo de Pasadena da O.T.O., onde era conhecida como “Soror (Irmã) Cassap”, desempenharia um papel importante na criação de Dianética, que evoluiria para o movimento religioso da Cientologia, a “ciência moderna da saúde mental” de Hubbard. Ela foi a auditora pessoal de Hubbard e, juntamente com ele, um dos sete membros do Conselho de Administração da Fundação de Dianética. No entanto, o casamento foi seriamente perturbado. Hubbard iniciou uma campanha prolongada de violência doméstica contra ela e a sequestrou e sua filha pequena. Hubbard espalhou alegações de que ela era uma agente secreta comunista e a denunciou repetidamente ao FBI, que se recusou a tomar qualquer atitude, categorizando Hubbard como um “caso de patologia mental”. O casamento terminou em 1951 e gerou manchetes escandalosas nos jornais de Los Angeles. Posteriormente, ela se casou com um dos ex-funcionários de Hubbard, Miles Hollister, e se mudou para o Havaí e depois para Massachusetts, onde morreu em 1997.
A traição de Betty e sobretudo de Hubbard deixará uma marca indelével na alma de Parsons. Após este incidente, ele se desligou da O.T.O. Sua busca mágica continuou na solidão, concentrando-se no realizando um ritual de quarenta dias chamado "Oath of the Abyss" ('Juramento do Abismo"), que Parsons descreverá mais tarde como "loucura e terror". Ele fazia rituais usando pentagramas, escrituras obscuras e sua “varinha mágica” para criar um vórtice de energia para que o elemental fosse convocado. Sem eufemismos, Parsons se masturbava em “tabletes mágicos” ao som do Segundo Concerto para Violino do russo Serguei Sergueievitch Prokofiev (1891-1953) em nome do avanço espiritual, enquanto Hubbard (referido como “O Escriba” no diário do evento) examinava o plano astral em busca de sinais e visões.
Rara foto de Jack Parsons tirada na época em que conheceu Marjorie Cameron.
Quando a atriz Marjorie Cameron (1922-1995), uma flamejante ruiva de olhos verdes visitou Parsons em sua mansão “The Parsonage” em 18 de janeiro de 1946, uma sexta-feira, logo em seguida à finalização da série de rituais Babalon, Parsons imediatamente pensou que suas tentativas de evocar sua mulher perfeita haviam funcionado e viu nela a Mulher Escarlate almejada, a deusa Babalon em forma humana que daria à luz um “Moonchild” ou homúnculo que nas palavras de Crowley seria “mais poderoso do que todos os reis da terra”.
A "ruiva escarlate" Marjorie Cameron em relação tórrida com Jack Parsons. Foto: Cameron-Parsons Foundation.
Ambos sentiram uma atração imediata e irresistível um pelo outro e passaram a viver juntos. Durante duas semanas, ficaram trancados no quarto de Parsons onde realizaram “rituais de magia sexual”. Em uma carta a Crowley datada de 23 de fevereiro de 1946, Parsons exclamou: “Eu tenho o meu elemental! Ela chegou uma noite após a conclusão da operação e tem estado comigo desde então.” Cameron não fazia ideia de que ela havia sido “invocada” dessa forma. Ela se tornou sua musa e foi tema de um livro de poesia que Parsons escreveu na época. Em outubro do mesmo ano, se casaram.
Jack Parsons com segunda esposa Marjorie Cameron, a "Mulher Escalate". Note o objeto preto na mesa que parece um disco voador. Foto: Cameron-Parsons Foundation.
Marjorie Cameron contou à sua colega de profissão em Hollywood, a atriz austríaca Renate Druks (1921-2007), a respeito de seu batizado cabalista no rito babilônico, o qual se realizou na presença de Hubbard. A operação foi formulada para abrir um portal interdimensional, estendendo o tapete vermelho para o aparecimento da deusa Babalon em forma humana empregando as chamadas Enochianas (linguagem angelical) do mago elisabetano John Dee e a atração da força sexual da cópula para este fim.
Nos anos 40, Cameron ingressou na Marinha dos Estados Unidos, onde desenhou mapas para almirantes e trabalhou em uma unidade fotográfica durante a Segunda Guerra Mundial. Cortesia da Cameron-Parsons Foundation.
Renate atuaria em 1954 no média metragem de 38 minutos Inauguration of the Pleasure Dome, que reflete o profundo interesse de seu roteirista e diretor, o cineasta underground Kenneth Anger (1927-), pela Thelema, conforme atestado pela presença da própria Marjorie Cameron no papel da “Mulher Escarlate”, isso mesmo, enquanto Renate fez o papel de Lilith e a famosa escritora pornográfica Anaïs Nin (1903-1977) o de Astarte. O conceito de Crowley de uma festa de máscaras ritual onde os participantes se vestem como deuses e deusas serviu de inspiração direta para o filme em que personagens históricos, bíblicos e míticos se reúnem na cúpula do prazer e se tornam parte de um banquete visual de imagens sobrepostas, alucinações e decadência. A Mulher Escarlate, Prostituta do Céu, fuma um baseado grande e gordo. Lady Kali abençoa os ritos dos filhos da luz enquanto o Senhor Shiva invoca a divindade com a fórmula “Força e Fogo”.
Marjorie Cameron interpretando a si mesma, a "Mulher Escarlate", no filme Inauguration of the Pleasure Dome, de Kenneth Anger.
Marjorie conta que durante a cerimônia de sua iniciação na Thelema, Jack foi possuído pelo espírito do Anticristo e no mesmo momento manteve relações sexuais com ela, que engravidou gerando aquilo que a Cabala chama de “Golem”. A Cabala ensina que a matéria morta pode ser reconduzida à vida, como um Golem, por meio de encantamentos e mantras ocultistas, e que “Ele [Adão] foi trazido à vida pelo sopro de Deus, mas antes disso, ele era chamado de Golem (Golan). Deus o criou do mais fino barro retirado, segundo a tradição judaica, do topo de Monte Sião, considerado o centro ou umbigo do mundo.”
Ao seu antigo professor, Parsons contou que o feto foi abortado e retirado do ventre de Cameron, e o “tecido fetal” entregue a agentes do governo, que, acreditava a O.T.O., tinham custódia do homúnculo. Que uso preciso foi feito dos restos mortais do bebê abortado são desconhecidos.
Cerca de dois anos depois, em 31 de outubro de 1948, Parsons contou a Marjorie que o Golem havia sobrevivido, e que era uma menina. Parsons proclamou o aspecto espiritual desta encarnação de “Babalon” como uma afinidade entre ela e o movimento de libertação das mulheres, que esse tempo estava em sua infância. Ele escreveu: “Seu espírito está dentro de todas as mulheres para proclamar sua igualdade com os homens”. Segundo Parsons, ela se tornaria uma figura pública internacional dedicada a levar a cabo o trabalho do Anticristo: “Babalon está encarnado na Terra hoje, aguardando a hora certa de sua manifestação...” Naquele ano, Jack Parsons batizou a si mesmo com o nome ocultista de Belarion Armillus Al Dajjal, que significa “o Anticristo”. Esse cabalista entendia que Jesus Cristo e o Cristianismo eram inimigos do desenvolvimento da civilização humana, e, portanto, deviam ser banidos.
Com o início da Guerra Fria e o macarthismo em curso, todos os acadêmicos suspeitos de serem simpatizantes do comunismo foram excluídos e muitos de seus colegas perderam o certificado de segurança, acabando desempregados. Em 1951, Parsons perdeu o seu e quase foi processado por traição por passar documentos sigilosos de seu então empregador, a Hughes Aircraft Co. [pertencente ao aviador, engenheiro aeronáutico, industrial, produtor e direitor de cinema Howard Robard Hughes Jr. (1905-1976)], para o nascente governo israelense com quem estava negociando um foguete. Parsons foi investigado pelo FBI, acusado de espionagem pelo governo norte-americano e impedido de trabalhar com foguetes. Ele não foi considerado culpado, mas sua carreira científica terminou. Ele se viu obrigado a ganhar dinheiro como trabalhador braçal, auxiliar de hospital e mecânico de automóveis. Tendo sido expulso da ciência, Parsons tornou-se ainda mais profundamente arraigado no ocultismo.
Documento confidencial do FBI de novembro de 1950 sobre alegações de espionagem contra Parsons. Fonte: Encyclopedia.
Algo deu errado, porém. O tapete vermelho foi estendido, mas a criança física não foi concebida. Em 13 de abril de 1951, Parsons e Cameron realizaram um estranho ritual que misturava o rito de invocação a Babalon e a cerimônia tradicional do casamento pagão, o Handfasting. Ali, naquela sombria sexta-feira 13, foi semeado no ventre da Mulher Escarlate o Anticristo espiritual, não encarnado. Marjorie, que mais tarde participaria do movimento iconoclasta e contracultural do sul da Califórnia, declarou que Parsons, possesso pela entidade Belarion Armillus Al Dajjal, o “Anticristo”, tentou engravidá-la sexualmente.
A devotada vida de Parsons chegou ao fim com um estrondo monumental pouco mais de um ano depois, em 17 de junho 1952. Pouco antes de uma viagem planejada para o México, Parsons recebeu uma grande encomenda de explosivos para um filme. Outrora um titã em sua área, Parsons passou seus últimos dias aplicando suas habilidades na criação de pirotecnia e explosivos para a indústria cinematográfica, mais especificamente para a Special Effects Corp. Enquanto Marjorie fazia compras para as férias planejadas, Parsons preparava o pedido em seu laboratório doméstico na 1071 South Orange Grove, antiga fazenda Cruikshank, um terreno na Millionaires Row, repleto de compostos e produtos químicos voláteis, quando acidentalmente, segundo a versão oficial da polícia, deixou cair um tubo de mercúrio e explodiu a si mesmo em pedacinhos.
A explosão mortal que foi sentida a um quilômetro de distância, destruiu o laboratório na garagem de Parsons, danificando seu braço direito e quebrando o outro braço e as duas pernas e deixando um buraco em sua mandíbula. Em meio aos destroços, havia páginas espalhadas, cobertas por símbolos como pentagramas e textos escritos em idiomas desconhecidos. Ele morreu 45 minutos depois.
Não houve funeral para Parsons. Quando sua mãe ouviu a notícia, ela ficou tão atormentada que se juntou a ele na morte, engolindo um frasco de pílulas para dormir. Apesar das especulações de suicídio ou assassinato, a polícia considerou a sua morte como um acidente. Várias teorias sugerem que a explosão foi resultado de velhos rancores de seus inimigos, uma conspiração sinistra do FBI, um experimento mágico-científico que deu errado, o fato de sua garagem estar repleta de produtos químicos explosivos ou uma combinação de algumas delas. O FBI rapidamente entrou em cena e misteriosamente apreendeu todos os seus registros e notas, que permanecem “classificados” até hoje. Entre os seus pertences, havia uma caixa preta quadrada coberta de símbolos mágicos, cujo paradeiro é totalmente desconhecido.
A foto da misteriosa caixa preta coberta de símbolos ocultistas provavelmente apreendida pelo FBI em foto do jornal LA Herald Express de 18 de junho de 1952. Fonte: Caltech.
A despeito de tantas e tão elevadas ambições herméticas, as vidas de Crowley, Parsons e Hubbard tiveram um fim trágico, afinal de contas. Crowley morreu como um pobre viciado em heroína em 1º de dezembro de 1947, e Hubbard morreu de um derrame em 1986.
A recorrência às “forças da escuridão” para operar e governar este mundo era justificada por Parsons como um expediente para acelerar a história e antecipar a chegada de uma nova era que, conforme escreveu em seu Manifesto do Anticristo, poria “Um fim às pretensões do homem ocidental, escravocrata da suposta nova ordem mundial (...) o verdadeiro e derradeiro fim da hipocrisia do cristianismo; o fim de toda servitude moral; o fim da culpabilidade e do medo; o fim de toda autoridade que não seja representada pela coragem e pela força inteligente; o fim da autoridade de religiosos podres, policiais corruptos e descumpridores da lei e ordem que deveriam preservar; o fim da mediocridade (...) das areias da Babilônia surgirá o espírito do Anti-Cristo no século XXI.”
A perfeição cósmica almejada por Parsons não era diferente, afinal, do super-homem de Nietzsche e do objetivo final buscado pelos revolucionários de todas as matizes. Grande parte do mal que hoje se manifesta no mundo não estaria sendo gerado precisamente por homens imbuídos desse tipo de filosofia e mentalidade revolucionária, homens que criam os problemas e se tornam os problemas porque pensam que o mundo deve ser “purificado” do mal por meio do próprio mal?
Apelar às forças do mal a fim de combater o mal equivale a apelar à guerra a fim de evitar a guerra. Pretender extinguir o mal introduzindo mais mal no mundo é a essência mesma do satanismo, essência essa cultivada pelos cientistas do CERN ao continuarem realizando os grandes rituais de Parsons no LHC. Em tempos modernos, ocultistas como John Dee, Aleister Crowley, L. Ron Hubbard e Jack Parsons reivindicaram ter aberto buracos de minhoca utilizando métodos mágicos. Seria também coincidência que o logotipo do CERN seja composto pela repetição por três vezes do número 6, o que resulta no número da “Besta do Apocalipse” 666, usada por Crowley?
#jack parsons#nasa jpl#aleister crowley#ocultismo#caltech#l ron hubbard#scientology#thelema#nasa#foguete#rockets#magia#babalon#ufo phenomenon#ufologia#ufos#ovni#apocalisse#moonchild#anticristo
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Mesa Inovadora será sobre o tema Economia Criativa, Inovação Social e Meio Ambiente Cultural: A cultura como vetor de desenvolvimento social.
A cultura tem um papel central nessa interseção, pois é o ponto de encontro onde a criatividade, a inovação e a identidade se entrelaçam. Ao reconhecer a cultura como um vetor de desenvolvimento social, podemos criar uma sociedade mais rica, inclusiva e sustentável, onde as pessoas são incentivadas a explorar novas ideias, a valorizar a diversidade e a contribuir para um mundo melhor.
Recentemente o SEBRAE firmou um convênio de cooperação técnica junto com o IPHAN para formentar a economia criativa visando capacitação e apoio à comercialização de produtos e serviços associadas ao Patrimônio Cultural (https://www.gov.br/iphan/pt-br/assuntos/noticias/iphan-e-sebrae-lancam-acoes-voltadas-para-comunidades-detentoras-do-patrimonio-cultural).
Venha conhecer mais sobre esse assunto em nossa próxima Mesa Inovadora.
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Artes Performáticas em Curitiba Circos Dança e Espetáculos
Curitiba é uma cidade vibrante quando o assunto é arte, e suas expressões performáticas não ficam atrás. A cidade, com sua rica programação cultural, oferece uma ampla gama de espetáculos de circo, dança e outras manifestações artísticas que encantam moradores e turistas. Se você é apaixonado por arte ao vivo, Curitiba é o lugar ideal para se imergir em performances inesquecíveis. Vamos explorar o que a cidade tem a oferecer quando se trata dessas incríveis formas de expressão.
1. Circos em Curitiba: Encantamento e Tradição
O circo é uma das formas de arte que sempre cativou o público curitibano. A cidade recebe grandes espetáculos de circo, tanto tradicionais quanto contemporâneos, que misturam acrobacias, palhaçadas e teatro. Durante todo o ano, Curitiba é palco de apresentações do Circo dos Sonhos, Circo Tihany, entre outros, trazendo performances de classe mundial para o público local.
Além disso, o Espaço Cultural Porto Seguro e o Teatro Positivo são lugares que frequentemente hospedam grandes shows de circo, com uma infraestrutura moderna que proporciona uma experiência única ao público. O circo em Curitiba não se limita apenas aos tradicionais, mas também incorpora elementos modernos e inovadores, com espetáculos que exploram a música, a dança e as novas tecnologias.
2. Dança em Curitiba: Uma Tradição Cultural
A dança em Curitiba tem uma tradição rica, com companhias e grupos locais que se destacam tanto no Brasil quanto no exterior. A cidade abriga várias escolas de dança e oferece uma série de festivais que celebram desde os estilos clássicos até as novas linguagens contemporâneas. O Festival de Dança de Curitiba, por exemplo, é um dos eventos mais importantes do calendário cultural da cidade, reunindo talentos locais e internacionais em apresentações diversificadas, de ballet a hip hop, e de dança contemporânea a danças folclóricas.
O Teatro Guaíra é um dos principais locais para apresentações de dança em Curitiba, com uma programação regular de ballets clássicos, danças modernas e experimentações coreográficas. Além disso, o Espaço Cultural Reitoria da UFPR também se destaca ao promover espetáculos de dança contemporânea e experimental, fomentando a cena de dança de vanguarda da cidade.
3. Espetáculos e Performances Artísticas: A Diversidade Cultural de Curitiba
A cena de espetáculos teatrais e performáticos de Curitiba é um dos maiores atrativos da cidade. Muitos grupos locais exploram a interseção entre teatro e outras artes performáticas, como a dança, a música e as artes visuais. O Festival de Teatro de Curitiba, considerado um dos maiores eventos culturais do Brasil, reúne produções teatrais de diferentes gêneros, incluindo performances inovadoras que misturam teatro, dança e música. Esse festival atrai artistas de várias partes do mundo e é um ponto de encontro para quem deseja explorar as últimas tendências no campo das artes cênicas.
Além disso, espaços como o Teatro Nova Kiev, o Teatro da Caixa e o Teatro de Comédia são locais onde os curitibanos podem apreciar uma vasta programação de peças teatrais, desde as mais clássicas até as mais experimentais, muitas vezes com performances que envolvem dança e música.
4. Eventos e Festivais de Artes Performáticas
Curitiba está constantemente se renovando quando o assunto é cultura, e eventos como o Festival Internacional de Teatro de Curitiba e o Curitiba Festival de Dança são apenas alguns exemplos de como a cidade acolhe o novo e o experimental. Esses festivais não são apenas oportunidades para assistir a grandes apresentações, mas também para participar de workshops e interagir com artistas de várias partes do mundo.
O Festival de Circo de Curitiba é outra programação importante, trazendo artistas do circo contemporâneo para mostrar sua arte e impressionar o público com números emocionantes. As ruas e praças da cidade também se transformam em palcos para apresentações de rua, onde as performances acontecem ao ar livre, proporcionando uma imersão na cultura curitibana.
5. Onde Assistir aos Melhores Espetáculos em Curitiba
Curitiba possui uma infraestrutura cultural robusta e diversificada, com diversos teatros e espaços que abrigam as melhores apresentações de circo, dança e outros espetáculos performáticos. Se você estiver visitando a cidade e quiser se perder na magia da arte ao vivo, esses são alguns dos principais locais para ficar de olho:
Teatro Guaíra: Um dos teatros mais tradicionais e importantes da cidade, com uma programação que inclui desde peças teatrais a espetáculos de dança.
Espaço Cultural Porto Seguro: Um centro de eventos que recebe apresentações de circo e outras performances artísticas.
Teatro Positivo: Outro local de grande relevância, recebendo diversos shows e espetáculos de renome nacional e internacional.
Teatro da Caixa: Um teatro intimista que oferece uma programação variada de peças teatrais e performances experimentais.
Teatro Nova Kiev: Focado em espetáculos alternativos e de vanguarda, ideal para quem busca uma experiência mais ousada no mundo das artes cênicas.
Mais informações sobre hospedagem: https://www.nacionalinn.com.br/hoteis/hotel-victoria-villa-curitiba Confira mais sobre Curitiba no blog: https://blog.nacionalinn.com.br
Conclusão
Curitiba se destaca como um dos principais centros culturais do Brasil, oferecendo uma vasta programação de artes performáticas, incluindo circo, dança e teatro. A cidade é um verdadeiro caldeirão de criatividade, e se você é fã de arte ao vivo, não pode deixar de aproveitar os muitos eventos, festivais e apresentações que acontecem durante o ano. Seja no tradicional circo, no talento da dança ou nas performances inovadoras, Curitiba certamente tem algo incrível para oferecer a cada visitante.
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Rodrigo Goldacker: Explorando a interseção entre tecnologia, cultura e influência digital através da literatura
Afinal, o que realmente nos conecta no mundo digital de hoje? Essa pergunta é o ponto de partida para muitos debates que permeiam as obras de Rodrigo Goldacker, finalista do Prêmio Amazon de Literatura Jovem, que vem se destacando por sua habilidade em explorar a interseção entre tecnologia, cultura e influência digital em seus ensaios. Em seu mais recente trabalho, “NFT’s, influencers e a música…
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Conclusão: Re-evolução
Sarah Franklin
Se a resposta mais comum à Dialética do Sexo é uma caricatura de sua posição sobre tecnologia, reprodução e mudança social, é uma interpretação altamente indicativa equivocada. Como a fumaça que indica um incêndio, a obfuscação de Firestone aponta para o cerne do problema que ela se propôs a diagnosticar - as "categorias que não se aplicam", o problema "doloroso" que está "em todo lugar", na "própria organização da cultura em si" - o problema da impensabilidade de algo fora e além das heranças da polarização sexual que limitam a percepção, e acima de tudo a invisibilidade desse problema. A partir dessa perspectiva, a ampla variação nas respostas feministas às novas tecnologias reprodutivas seria esperada, especialmente quando, como Firestone enfatiza repetidamente, nem a produção nem a aplicação dessas tecnologias podem ocorrer fora das instituições atualmente dominadas por homens da ciência, medicina e engenharia. Variação, divisão, equívoco, confusão e ambivalência seriam politicamente previsíveis em resposta à escala e ao estágio do problema.
Dado seu entusiasmo pelo progresso tecnológico e científico, uma ponte que Firestone gostaria de ver fortalecida seria aquela entre as cientistas e técnicas mulheres e as novas possibilidades biológicas abertas, por exemplo, pelas células-tronco, gametas artificiais, clonagem e modificação genética. Em certa medida, isso já está começando a ocorrer, à medida que certas áreas da biologia se tornam mais feminizadas, e a região de interseção entre a pesquisa básica e as aplicações nas áreas da reprodução humana, vegetal e animal se expande.
No passado, uma dose saudável de ceticismo em relação à ciência esteve justificadamente presente dentro do feminismo — e assim deve ser dada a predominância masculina na história da ciência, da medicina e da engenharia. Mas esse ceticismo também deve ser ambivalente: ele precisa ser acompanhado por uma maior integração de perspectivas feministas na ciência, no design de tecnologia, na medicina clínica e na engenharia, o que, por sua vez, deve envolver uma maior integração de cientistas mulheres no feminismo — algo que provavelmente se tornará mais prioritário dentro da academia feminista. Essa integração será especialmente difícil para as cientistas mulheres devido ao tabu geral que ainda cerca a mera menção da palavra "F" na maioria dos laboratórios. No entanto, a "questão da ciência no feminismo" pode se mostrar cada vez mais importante no que o Economist chamou de "a era da biologia".
Ironicamente, isso significa que um legado importante do manifesto de Firestone será hoje manifesto no que tradicionalmente é chamado de agenda feminista liberal — a preocupação com questões como a inserção de mais mulheres na ciência e na engenharia. De fato, nesse ponto, Firestone mesma é enfática e surpreendentemente contemporânea. Em sua típica e leve forma direta, ela resume a situação das mulheres e da ciência (ou a "questão Larry Summers") em um único parágrafo:
A ausência de mulheres em todos os níveis das disciplinas científicas é tão comum que leva muitas pessoas (caso contrário inteligentes) a atribuí-la a alguma deficiência (lógica?) nas próprias mulheres. Ou às predileções das mulheres pelo emocional e subjetivo em detrimento do prático e racional. Mas a questão não pode ser facilmente descartada. É verdade que as mulheres na ciência estão em território estrangeiro — mas como essa situação evoluiu? Por que existem disciplinas ou áreas de pesquisa que exigem apenas uma mente "masculina"? Por que uma mulher, para se qualificar, teria que desenvolver uma psicologia alienígena? Quando e por que a mulher foi excluída desse tipo de mente? Como e por que a ciência passou a ser definida como, e restrita ao, "objetivo"?
Em outro giro irônico, a proposta mais radical na Dialética do Sexo — de eliminar a diferença sexual — também pode estar ganhando algum espaço no contexto pós-Dolly de sexo-combinado, embora em formas que Firestone não tenha antecipado. Agora que uma célula da pele pode ser transformada em um gameta artificial, e um óvulo artificial em um espermatozoide artificial, e um corpo embrião em uma prole viável, não está mais claro o que a "diferença sexual" consiste em termos "estritamente biológicos".
Também vale lembrar que, embora as novas tecnologias reprodutivas tenham sido amplamente legitimadas por meio da promoção de famílias normativas, heterossexuais e nucleares, elas também, nas palavras de Marilyn Strathern, "retrocederam" para desnaturalizar alguns desses mesmos idiomas tradicionais - como a relação biológica, que, como apontou Charis Thompson, agora é explicitamente construída, ou "estrategicamente naturalizada", em complexas trocas de substâncias reprodutivas entre irmãos, ao longo de gerações e por meio de transações financeiras complexas e multipartidárias. Como consequência, o próprio significado de "biologia" e "biológico" está mudando rapidamente, e esses termos não significam mais atributos condicionais ou "dados", mas algo mais amorfo, maleável, plástico e fluido.
A verdadeira herdeira de Firestone é Donna Haraway, que nunca permitiu que a ciência, a tecnologia, a biologia ou a busca por "soluções" fossem simplificadas. Adequadamente, Haraway não é uma filha obediente e não compartilharia da super-dependência de Firestone no bio-pessimismo ou no tecno-otimismo. Ao invés disso, Haraway transformou essas próprias categorias através da (in)tolerância, persistência, amor, trabalho e imaginação. Em seu próprio Manifesto Ciborgue há vinte anos, Haraway rejeitou o sentimentalismo ecológico de um retorno aos valores holísticos em favor de algo mais estranho, menos previsível e mais difícil na forma de uma ética situada que é ao mesmo baseada em princípios mas descontrolada. Como uma ética orientadora, ela forjou uma disciplina política feminista como forma de companheirismo dentro do projeto de re-evolução. Esta é uma abordagem que compartilha com Firestone, um entusiasmo tanto pela biologia quanto pelos meios tecnológicos de mudá-la. Acima de tudo, compartilha a aversão de Firestone pelo familialismo baseado em substâncias e pelo parentesco sanguíneo em todas as suas formas.
Ler Firestone e Haraway juntas nas primeiras décadas do século XXI nos faz lembrar da importância do conjunto de questões que ambas posicionaram no cerne de seus manifestos feministas, ao mesmo tempo em que fornece um contraste útil na forma como montaram seus argumentos. Para ambas, o controle da biologia é inseparável de uma narrativa evolutiva cada vez mais hibridizada com o salvacionismo tecnológico.
Da mesma forma, para ambas as teóricas, a relação de gênero com a biologia é radicalmente desnaturalizada em prol de uma agenda revolucionária que exige a destruição de categorias familiares, identidades e modos de vida conhecidos. Em particular, a capacidade de reimaginar radicalmente parentesco, família e reprodução é crucial para a libertação das categorias de gênero, e para ambas as teóricas, uma reconsideração radical da reprodução possibilita uma reimaginação do objetivo do controle tecnológico (que é em grande parte o oposto de sua função presumida normativamente de melhorar o status quo).
Notável também é o quanto tanto Firestone quanto Haraway se afastam de suas contemporâneas feministas sobre "a questão da tecnologia" ao colocá-la no cerne de suas visões feministas. Isso é o que elas têm em comum, e o que as diferencia de seus pares, tanto em suas aspirações políticas (que são revolucionárias) quanto em seus modelos teóricos (que são de certa forma mais convencionais do que parecem em seu entusiasmo pela ciência e tecnologia). É também o que as estabelece como origem de uma tradição de engajamento crítico feminista com a ciência e a tecnologia que provavelmente se tornará cada vez mais mainstream à medida que a era da biologia reprojetada, transgênica e sintetizada começa a redefinir a todos nós.
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Estive no SESI da Paulista e pude apreciar três exposições ao mesmo tempo.
Festival de linguagem eletrônica traz obras sobre o tema QUBIT AI: computação quântica e inteligência artificial sintética.
Mostra gratuita explora a interseção entre arte e natureza viva. Explorando a interseção entre arte e natureza, Tinoco traz a exposição 'Natureza Viva', um diálogo íntimo com a natureza por fotografias. Outros navios: uma coleção afro-atlântica Curadoria Carla Gibertoni Carneiro, Renato Araújo da Silva e Rosa C. R. Vieira
Festival de Linguagem Eletrônica: QUBIT AI
Tema: Computação quântica e inteligência artificial sintética.
Descrição: O festival traz obras que exploram a interseção entre computação quântica e inteligência artificial sintética.
Exposição 'Natureza Viva' por Tinoco
Tema: Interseção entre arte e natureza.
Descrição: A exposição apresenta um diálogo íntimo com a natureza por meio de fotografias.
Outros Navios: Uma Coleção Afro-Atlântica
Curadores: Carla Gibertoni Carneiro, Renato Araújo da Silva e Rosa C. R. Vieira.
Descrição: Uma coleção que explora a cultura afro-atlântica.
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O artigo que você relata, "O Mito de Exu e a Representação da Encruzilhada", escrito por Paulo Petronilio Correia e publicado na revista Organon , examina profundamente o papel de Exu na cultura afro-brasileira e sua representação como um símbolo de encruzilhada. Exu é um dos Orixás mais complexos e multifacetados na mitologia iorubá, muitas vezes mal interpretado e demonizado na cultura ocidental.
Principais pontos do artigo
Exu na Cultura Afro-Brasileira :
Exu é visto como um mensageiro e uma figura central nas religiões de matriz africana. Ele representa a conexão entre os mundos e é associado à encruzilhada, simbolizando a comunicação e a transformação.
Mito e Demonização :
A figura de Exu, como muitas figuras da mitologia africana, sofreu um processo de demonização devido ao racismo e à desqualificação cultural promovida pela visão ocidental. O artigo busca reparar essa percepção negativa, apresentando Exu em sua verdadeira complexidade e importância.
Encruzilhada como Conceito :
A encruzilhada é apresentada como um conceito importante, não apenas de religião, mas também como um lugar de interseção cultural e epistemológica. É um ponto de encontro e desencontro, onde diferentes sistemas simbólicos e narrativos se cruzam.
Representação da Boca Coletiva e do Trágico :
O artigo explora a "boca coletiva" como um símbolo de resistência e expressão na cultura afro-brasileira. Exu é visto como uma figura que dá voz aos subalternos e marginalizados, afirmando a vida através da transformação e da criatividade.
A Função do Mito de Exu :
Exu é descrito como um princípio de transformação e confusão criativa. Ele é uma manifestação da vida em constante mudança, simbolizando a multiplicação, separação e transformação.
Reflexões do Artigo
Reparação Histórica : O estudo é uma forma de reparar a história e a imagem de Exu, desafiando a visão colonial e racista que frequentemente reduz as figuras da mitologia africana a estereótipos negativos.
Nova Narrativa : O artigo propõe uma nova narrativa para Exu e para uma mitologia afro-brasileira, inserindo-a no contexto das reflexões contemporâneas sobre identidade e cultura.
Impacto Cultural : Ao destacar a importância de Exu e da encruzilhada, o artigo contribui para a valorização e o reconhecimento das tradições afro-brasileiras e seus significados profundos.
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e-book grátis TOTEM E TABU, Sigmund Freud
"Totem e Tabu" de Sigmund Freud é uma obra fundamental para entender a psicanálise e sua aplicação às ciências sociais e humanas. Aqui estão algumas razões pelas quais você pode considerar a leitura deste livro:
Compreensão da Psicanálise: O livro é uma das principais obras de Freud sobre a teoria psicanalítica. Ele explora como as estruturas e os mecanismos psíquicos individuais podem refletir e influenciar fenômenos sociais e culturais.
Exploração da Psicologia Coletiva: Freud usa o conceito de "totem" e "tabu" para investigar como as crenças e práticas culturais podem surgir a partir de processos psicológicos profundos e universais. Isso ajuda a entender a conexão entre a psicologia individual e os sistemas culturais.
Análise da Origem das Relações Sociais: Freud explora temas como a origem da religião, a moralidade e as normas sociais a partir de uma perspectiva psicanalítica. Ele sugere que muitos aspectos da cultura e da sociedade têm raízes em conflitos e desejos inconscientes.
Contribuição à Antropologia e à Sociologia: O trabalho é um exemplo precoce de como a psicanálise pode ser aplicada para entender fenômenos sociais e culturais, contribuindo para o desenvolvimento dessas disciplinas.
Estímulo ao Pensamento Crítico: A leitura de Freud pode estimular reflexões sobre como as teorias psicanalíticas podem ou não se aplicar a contextos culturais e sociais contemporâneos, e sobre o papel da psicologia na compreensão das dinâmicas sociais.
Se você está interessado em como a mente humana pode moldar e ser moldada pela cultura, e como Freud tentou explicar essas interações, "Totem e Tabu" oferece uma análise rica e provocativa.
Interpretação dos Mitos e Religião: Freud oferece uma interpretação psicanalítica dos mitos e rituais, sugerindo que essas práticas têm raízes profundas em conflitos psíquicos individuais e coletivos. A leitura pode fornecer uma nova perspectiva sobre o papel dos mitos e rituais na formação das sociedades e na expressão das ansiedades humanas.
Teoria do Complexo de Édipo: Embora o Complexo de Édipo seja mais conhecido por seu tratamento em outros trabalhos de Freud, "Totem e Tabu" explora como esse conceito se relaciona com práticas culturais e sociais, proporcionando uma visão mais ampla de como esses conceitos se manifestam em diferentes contextos.
Influência em Outras Disciplinas: Freud influenciou muitos campos além da psicologia, como a antropologia, a sociologia e a filosofia. A leitura desse livro pode ajudar a compreender como suas ideias moldaram o pensamento interdisciplinar e as abordagens contemporâneas para estudar cultura e comportamento.
Métodos de Pesquisa: Freud utiliza um método comparativo e interpretativo para analisar diferentes sociedades e culturas. Isso pode ser interessante se você estiver interessado em métodos qualitativos de pesquisa e em como teorias psicológicas podem ser aplicadas a estudos culturais e históricos.
Desenvolvimento Histórico do Pensamento Psicanalítico: O livro oferece um vislumbre do desenvolvimento das ideias de Freud e da psicanálise em seus estágios iniciais. Entender como Freud chegou a suas conclusões pode proporcionar uma perspectiva mais rica sobre a evolução da teoria psicanalítica e suas implicações.
Questões Contemporâneas: Muitos conceitos discutidos por Freud ainda são debatidos hoje em dia. Refletir sobre suas ideias pode fornecer uma base para discutir como e por que certas teorias se mantêm relevantes ou foram desafiadas ao longo do tempo.
Ler "Totem e Tabu" não apenas enriquece sua compreensão da psicanálise e das ciências sociais, mas também oferece uma visão profunda sobre a complexa interseção entre o psicológico e o cultural, ajudando a conectar essas esferas de maneira inovadora.
___para ler: https://tinyurl.com/4afejt49
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A Influência da Igreja na Formação do Mundo Moderno: Um Panorama Histórico
A história da humanidade é marcada por uma interseção complexa entre religião e poder. Desde os primórdios da civilização, as instituições religiosas desempenharam um papel crucial na formação de sociedades, moldando não apenas a moralidade, mas também as estruturas políticas e sociais. A Igreja, em suas várias formas, influenciou reis e governantes, ajudando a estabelecer os princípios e a realidade que fundamentam o mundo em que vivemos hoje.
As Raízes da Aliança entre Poder e Religião
Antiguidade: O Culto aos Deuses e a Legitimação do Poder
Nas primeiras civilizações, como a mesopotâmica e a egípcia, os governantes eram frequentemente vistos como intermediários entre os deuses e o povo. As religiões politeístas legitimavam o poder dos reis, que construíam templos e realizavam rituais para apaziguar os deuses e garantir a prosperidade. Por exemplo, os faraós do Egito eram considerados deuses em vida, e suas ações eram legitimadas pela crença religiosa.
No Oriente, impérios como o Persa e o Chinês também integravam religião e política. A filosofia do Confucionismo na China, por exemplo, promovia a ideia de um governo moral, onde a virtude dos governantes era essencial para a harmonia social.
A Ascensão do Cristianismo e a Consolidação do Poder Eclesiástico
O Cristianismo como Força Unificadora
Com o advento do Cristianismo, a relação entre poder e religião se transformou. Após a conversão do Imperador Romano Constantino no século IV, a Igreja Cristã passou a gozar de privilégios sem precedentes. O Édito de Milão (313 d.C.) legalizou o Cristianismo, permitindo que a Igreja se tornasse uma entidade poderosa, influenciando a política e a vida cotidiana.
Os papas começaram a desempenhar papéis não apenas religiosos, mas também políticos. A Cruzada e as alianças entre monarcas e a Igreja fortaleceram a ideia de que os reis eram escolhidos por Deus. A doutrina da "Mandato Divino dos Reis" sugeria que qualquer rebelião contra um monarca era, na verdade, uma rebelião contra a vontade divina.
A Idade Média e a Influência da Igreja sobre os Governantes
Controle Social e Moral
Durante a Idade Média, a Igreja Católica se tornou a principal fonte de educação e cultura. Os mosteiros preservaram e copiaram textos clássicos, e a Igreja estabeleceu um sistema de leis e moralidade que guiava a sociedade. O sistema feudal estava intimamente ligado à Igreja, com os senhores feudais frequentemente garantindo proteção em troca de serviços religiosos e apoio.
Ao mesmo tempo, a Igreja também enfrentava desafios, como a ascensão do Islamismo. A conquista islâmica no Oriente Médio e no Norte da África levou a uma competição religiosa e cultural que moldou as dinâmicas de poder na época.
A Reforma Protestante e a Transição do Poder Religioso
O Despertar da Indiferença
No século XVI, a Reforma Protestante desafiou o monopólio da Igreja Católica sobre a fé e a moral. Líderes como Martinho Lutero e João Calvino questionaram a autoridade papal, promovendo uma visão mais individualista da fé. A Reforma não apenas desmantelou a unidade religiosa da Europa, mas também incentivou o surgimento de estados-nação que se afastaram do controle papal.
Esse período de transformação também viu a ascensão do Iluminismo, que promoveu valores como razão, ciência e direitos individuais. A secularização da sociedade começou a se intensificar, alterando as bases de legitimidade política.
A Influência da Religião no Oriente: Uma Perspectiva Paralela
O Islamismo e os Impérios
Enquanto isso, no Oriente, o Islamismo emergiu como uma força unificadora. A Sharia, ou lei islâmica, moldou não apenas a vida religiosa, mas também a política em muitos países islâmicos. Os califados, como o Omíada e o Abássida, combinaram autoridade religiosa e política, estabelecendo uma cultura rica em ciência, arte e filosofia.
Contudo, a fragmentação do poder após a queda dos califados levou a uma diversidade de interpretações e práticas, semelhante ao que aconteceu na Europa com a Reforma Protestante.
O Mundo Moderno: A Separaçã entre Igreja e Estado
A Ascensão do Secularismo
Nos séculos XIX e XX, o crescente secularismo e a industrialização alteraram as dinâmicas de poder. A separação entre Igreja e Estado tornou-se um princípio fundamental em muitas democracias ocidentais, enquanto a religião ainda exercia influência em países orientais, muitas vezes ligada a movimentos nacionalistas.
A partir do século XX, surgiram movimentos de direitos civis e de liberação, questionando as estruturas de poder estabelecidas e promovendo a igualdade, frequentemente em conflito com os ensinamentos tradicionais de instituições religiosas.
Conclusão
A história da Igreja, desde suas raízes antigas até o presente, ilustra como a religião moldou e legitimou o poder político ao longo dos séculos. As interações entre fé e governo ajudaram a estabelecer os princípios e realidades que fundamentam o mundo contemporâneo.
Embora a relação entre religião e poder tenha mudado, a influência das instituições religiosas sobre a moralidade e a cultura ainda persiste. O diálogo entre a fé e a política continua a ser relevante, refletindo os desafios e as esperanças da sociedade moderna.
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Cultura e Criatividade
A criatividade é uma força poderosa que impulsiona a inovação, a resolução de problemas e o progresso em todos os setores da sociedade. Quando falamos de criatividade, é essencial reconhecer a profunda influência da diversidade cultural nesse processo. A diversidade cultural não apenas enriquece a base de ideias e perspectivas, mas também abre caminho para soluções mais inovadoras e inclusivas.
A cultura é um dos pilares fundamentais que moldam nossas percepções, valores e formas de interagir com o mundo. Cada cultura traz consigo um conjunto único de tradições, histórias e modos de pensar que, quando combinados, criam um caldeirão vibrante de possibilidades criativas. Em um ambiente diversificado, as ideias florescem de maneiras inesperadas, pois diferentes pontos de vista se encontram e se desafiam mutuamente. Esse encontro de perspectivas variadas é muitas vezes o catalisador para a inovação.
Empresas e organizações que valorizam a diversidade cultural e promovem um ambiente inclusivo tendem a ser mais criativas e adaptáveis. Ao incorporar múltiplas perspectivas, elas são capazes de desenvolver produtos e serviços que atendem a uma gama mais ampla de necessidades e preferências. Isso não apenas aumenta a satisfação do cliente, mas também abre novos mercados e oportunidades de crescimento. Além disso, um ambiente de trabalho que celebra a diversidade é mais atraente para talentos de diferentes origens, criando uma força de trabalho rica em ideias e experiências.
A diversidade cultural também desempenha um papel crucial na resolução de problemas complexos. Problemas globais, como as mudanças climáticas e a desigualdade social, exigem soluções que levem em conta múltiplas perspectivas e experiências. A criatividade alimentada pela diversidade cultural pode oferecer abordagens mais holísticas e eficazes para esses desafios. Ao considerar as nuances culturais e as necessidades específicas de diferentes comunidades, as soluções criativas se tornam mais relevantes e sustentáveis.
Além disso, a diversidade cultural promove a empatia e a compreensão. Quando interagimos com pessoas de diferentes origens culturais, somos desafiados a ver o mundo através de seus olhos. Isso não apenas enriquece nossa própria perspectiva, mas também nos torna mais conscientes das complexidades e interconexões do mundo em que vivemos. Essa consciência é fundamental para o desenvolvimento de ideias criativas que realmente ressoem com uma audiência global.
E para finalizar, a interseção entre cultura e criatividade é um terreno fértil para a inovação. A diversidade cultural não é apenas uma fonte de inspiração, mas uma necessidade para a criação de soluções verdadeiramente inovadoras e inclusivas. Empresas e organizações que reconhecem e promovem essa diversidade estão melhor posicionadas para enfrentar os desafios do futuro e para prosperar em um mundo cada vez mais interconectado. Celebrar a diversidade cultural é, portanto, celebrar a própria essência da criatividade. Espero que tenha gostado e até o próximo!
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O Narcisismo e a Construção da Autoestima
Introdução: Narcisismo e Autoestima na Sociedade Contemporânea Vivemos em uma era marcada pela ênfase na autoimagem, impulsionada pelas redes sociais e pela constante busca por validação externa. Neste contexto, compreender a interseção entre narcisismo e autoestima é crucial. Estas duas características psicológicas, embora interrelacionadas, possuem diferenças significativas que impactam tanto a vida pessoal quanto profissional. Vamos explorar alguns pontos essenciais para despertar seu interesse: – O que é narcisismo e como ele se manifesta em nossa cultura atual? – A relação entre narcisismo e autoestima, e por que é importante distinguir entre os dois. – O papel das redes sociais na construção e distorção da autoestima individual. – Como o narcisismo pode afetar nossos relacionamentos pessoais e profissionais. – Estratégias práticas para cultivar uma autoestima saudável sem cair no narcisismo patológico. Entender esses aspectos não é apenas uma questão acadêmica, mas uma necessidade prática para viver de maneira equilibrada e autêntica em um mundo repleto de pressões sociais. Este artigo vai guiá-lo por conceitos fundamentais e oferecer insights valiosos para promover uma autoestima saudável. Vamos aprofundar nossas reflexões e compreender como alcançar um equilíbrio saudável entre autoestima e narcisismo. A Origem do Narcisismo: Mitologia e Psicologia O narcisismo é um conceito com raízes profundas tanto na mitologia quanto na psicologia. Entender sua origem é essencial para compreendermos seus impactos na autoestima e em nosso comportamento quotidiano. Na mitologia grega, o termo narcisismo deriva do mito de Narciso, um jovem extremamente belo que se apaixonou por sua própria imagem refletida na água. Incapaz de se afastar de seu reflexo, Narciso acabou morrendo às margens do lago, simbolizando os perigos do amor próprio excessivo. Do ponto de vista psicológico, o estudo do narcisismo ganhou relevância com as teorias psicanalíticas de Sigmund Freud e evoluiu com diversos outros estudiosos. Freud identificou o narcisismo como uma fase natural do desenvolvimento infantil, mas potencialmente problemática quando perpetuada na vida adulta. Freud e a Fase Narcisista Infantil Teoria do Self de Heinz Kohut Transtorno de Personalidade Narcisista (TPN) no DSM-V Com o desenvolvimento dessas teorias, a psicologia moderna distingue entre um narcisismo saudável e um narcisismo patológico, cada um com implicações diferentes para a autoestima. A dualidade entre a mitologia e a psicologia oferece uma base rica para explorarmos a complexidade do narcisismo e suas consequências na forma como percebemos e valorizamos a nós mesmos e aos outros. Definindo a Autoestima: Conceitos e Importância Entender o conceito de autoestima é fundamental para compreender as complexas relações entre narcisismo e saúde mental. A autoestima refere-se à percepção que uma pessoa tem de seu próprio valor e competência. É uma construção psicológica essencial que afeta como nos vemos e interagimos com o mundo ao nosso redor. Aqui estão alguns pontos-chave sobre a definição e a importância da autoestima: Autoimagem: A forma como nos vemos, incluindo nossas qualidades, talentos e imperfeições. Aceitação Pessoal: A habilidade de aceitar a si mesmo, independentemente das circunstâncias. Confiança: Ter a certeza de que somos capazes de enfrentar desafios e alcançar objetivos. A alta autoestima está correlacionada com uma série de benefícios psicológicos. Por exemplo: Melhor saúde mental e menos incidência de transtornos como depressão e ansiedade. Relações interpessoais mais saudáveis e satisfatórias. Maior resiliência e habilidade de lidar com adversidades. Além disso, compreender sua importância pode ajudar a identificar comportamentos narcisistas e promover uma visão mais balanceada de si mesmo. Concorda que é essencial conhecermos o peso da autoestima em nossas vidas? Narcisismo Saudável vs. Narcisismo Patológico: Diferenciações Necessárias Quando falamos em narcisismo, é crucial entender que ele pode se manifestar de maneira saudável ou patológica. Enquanto o narcisismo saudável é uma forma de amor-próprio que contribui para a construção de uma autoestima positiva, o narcisismo patológico vai muito além, prejudicando tanto o indivíduo quanto aqueles ao seu redor. Segue uma análise profunda sobre essas diferenciações fundamentais. Narcisismo Saudável é essencial para uma vida equilibrada e pode ser caracterizado por: Autoestima elevada e saudável. Capacidade de reconhecer suas habilidades e conquistas sem exagero. Manutenção de relacionamentos interpessoais positivos e autênticos. Autonomia emocional e resiliência diante de críticas. Narcisismo Patológico, por outro lado, é marcado por vários aspectos problemáticos, como: Necessidade constante de admiração e validação externa. Falta de empatia e dificuldade em construir relações afetivas genuínas. Sensibilidade extrema a críticas e tendência a reações agressivas. Visão grandiosa de si mesmo que está desconectada da realidade. Para compreender melhor essas variações, considere algumas diferenças principais: Autoafirmação vs. Arrogância: O narcisismo saudável permite que o indivíduo se afirme positivamente sem subestimar os outros. Já o narcisismo patológico se manifesta como arrogância e desdém pelas capacidades alheias. Autenticidade vs. Máscara: Indivíduos com narcisismo saudável são autênticos e genuínos em suas interações. Aqueles com narcisismo patológico tendem a usar uma “máscara” para esconder inseguranças profundas. Autocuidado vs. Autossabotagem: Enquanto o autocuidado é central no narcisismo saudável, o narcisismo patológico pode levar a comportamentos autossabotadores e autopunitivos. Distinguir entre narcisismo saudável e patológico não é apenas questão de terminologia; é uma necessidade para promover a saúde mental e o bem-estar geral. Identificar esses aspectos em nós mesmos e nos outros pode ajudar a cultivar relações mais equilibradas e uma sociedade mais consciente. Formação da Autoestima: Influências Familiares e Sociais A formação da autoestima é um processo complexo e contínuo, iniciado na infância e moldado por diversas influências ao longo da vida. Tanto as influências familiares quanto as sociais desempenham papéis cruciais na construção de uma autoestima saudável ou prejudicial. Entender esses fatores é essencial para desvendar como a autoestima se desenvolve e como pode ser promovida de forma positiva. Influências Familiares: Os primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento da autoestima. A maneira como os pais e cuidadores interagem com a criança influencia diretamente sua visão sobre si mesma. Dinâmicas familiares como apoio emocional, críticas constantes ou elogios afetam a formação da autoestima. A presença de um ambiente afetuoso e seguro é crucial para o desenvolvimento de uma autoestima robusta. Influências Sociais: A convivência social na infância e adolescência também contribui para moldar a autoestima.Continue a ler »O Narcisismo e a Construção da Autoestima O post O Narcisismo e a Construção da Autoestima apareceu primeiro em Psicóloga Luciana Perfetto .
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Pintura Digital
Pintura Digital: Forma de Arte Visual
A pintura digital, uma expressão artística que emergiu com a revolução tecnológica, transcende as fronteiras tradicionais da arte visual, incorporando a inovação digital ao processo criativo. Nesse cenário, os artistas utilizam tablets, mesas digitalizadoras e softwares especializados para dar vida às suas visões e explorar novas dimensões da criação artística.
A pintura digital, ao contrário das formas convencionais de arte, permite uma liberdade ilimitada na escolha de cores, texturas e formas. Os artistas podem experimentar sem restrições, misturando tons e explorando possibilidades infinitas que o mundo digital proporciona. A capacidade de desfazer e refazer, algo impensável na tela física, oferece um espaço seguro para a experimentação, incentivando a criatividade.
A interseção entre a tecnologia e a arte na pintura digital não apenas redefine a forma como os artistas criam, mas também amplia o público que pode apreciar e interagir com suas obras. Plataformas online e redes sociais se tornaram galerias virtuais, conectando artistas a admiradores em todo o mundo. Esse alcance global possibilita a diversidade de estilos e influências, enriquecendo a comunidade artística digital.
A pintura digital também desafia as noções tradicionais de materialidade na arte. Enquanto as pinturas físicas são tangíveis e muitas vezes limitadas ao espaço físico, as obras digitais podem ser reproduzidas, compartilhadas e modificadas sem perda de qualidade. A democratização da arte digital permite que mais pessoas a experimentem, contribuindo para uma cultura visual dinâmica e em constante evolução.
A colaboração entre artistas, impulsionada pela conectividade digital, é outra dimensão fascinante da pintura digital. Projetos colaborativos, nos quais artistas contribuem remotamente para uma única obra, tornam-se possíveis, rompendo as barreiras geográficas. Essa dinâmica cria um ambiente de aprendizado contínuo, à medida que artistas trocam experiências, técnicas e perspectivas, enriquecendo ainda mais a cena artística digital.
Contudo, a pintura digital também enfrenta desafios únicos. A natureza efêmera do digital, sujeita a atualizações de software e obsolescência tecnológica, levanta questões sobre a preservação a longo prazo das obras digitais. Ainda assim, as soluções estão em constante desenvolvimento, com esforços para criar padrões de preservação digital que garantam a perpetuidade dessas expressões artísticas.
Em última análise, a pintura digital é uma forma de arte visual que transcende os limites físicos, explorando novas possibilidades estéticas e criativas. Ao incorporar a tecnologia, os artistas expandem seu vocabulário visual, proporcionando uma experiência única e enriquecedora para criadores e admiradores. Nesse universo digital, a pintura se reinventa constantemente, desafiando as expectativas e celebrando a interseção inovadora entre arte e tecnologia. Veja também...
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Amazônia Ancestral
A fascinante matéria exibida no "Fantástico" nos transporta para o coração da Amazônia, onde segredos ancestrais são desvendados sem comprometer a beleza e a integridade da floresta. Utilizando tecnologia avançada, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou geoglifos e estruturas incríveis, testemunhos silenciosos de civilizações antigas.
A magia dessa descoberta está na habilidade de desenterrar o passado sem destruir o presente. Os geoglifos, marcados no solo, contam histórias de estradas, aterros e valas defensivas, demonstrando a presença de povos antigos e sua incrível maestria no manejo ambiental.
E a conexão global não poderia ser mais empolgante! As cicatrizes na floresta se entrelaçam com descobertas arqueológicas pelo mundo, transformando a Amazônia em um palco global de monumentalidade, como bem enfatiza a antropóloga Joana Cabral. Essa interseção entre ciência, cultura e preservação ambiental adiciona uma camada de significado, especialmente para aqueles engajados em projetos sociais e sustentáveis.
Imaginem como essas descobertas podem fortalecer missões voltadas para comunidades vulneráveis, enriquecendo não apenas o entendimento local, mas também a conexão global com o passado e o futuro. A Amazônia, agora mais do que nunca, se revela como um tesouro de histórias e possibilidades, onde o presente dialoga intensamente com o ontem.
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Uma Jornada Incrível pela Evolução nas Cavernas de Lascaux e outras 3 - Mergulhando nas Profundezas da Arte Rupestre
INTRODUÇÃO I. Cavernas de Lascaux: Portais para o Passado II. Evolução da Arte Paleolítica: Uma Viagem Temporal III. Representações Vívidas das Tribos Pré-Históricas IV. Patrimônio Cultural e Expressões Artísticas Duradouras CONCLUSÃO Fontes INTRODUÇÃO Nossa jornada nas entranhas da arte rupestre nos conduzirá através das famosas cavernas de Lascaux e afins. Ao explorarmos a evolução artística, mergulharemos nos enigmas da pré-história e decifraremos as expressões das tribos pré-históricas. I. Cavernas de Lascaux: Portais para o Passado Ao analisar as obras dos artistas aurignacianos (cerca de 30.000 a.C) na caverna Chauvet, em Vallon-Pont-d'Arc, Ardèche, França, observamos que eles poderiam criar obras-primas equiparáveis a melhor arte rupestre do período Magdaleniano (12.000-17.000 a.C). Desde as habilidades notáveis dos artistas até a comparação com outras notáveis manifestações na Europa, como as cavernas de Altamira, Lascaux e Niaux, próximo dos Pirenéus, assim, evidenciando a dificuldade inerente em observar as pinturas paleolíticas. Dessa forma, uma progressão constante de representações simples para representações mais complexas não parece ter ocorrido tão linearmente assim. II. Evolução da Arte Paleolítica: Uma Viagem Temporal Mostraremos o percurso artístico ao longo dos últimos 20.000 anos da era paleolítica, conhecido como Paleolítico Superior. Este trecho abordará a influência da cultura aurignaciana, desde seus contornos toscos iniciais até a classificação das obras em termos de tempo e espaço, destacando a evolução única da arte paleolítica.
Fonte: Andre Leroi-Gourhan em "The evolution of Paleolithic art." (1968) III. Representações Vívidas das Tribos Pré-Históricas Aprofundaremos na interseção entre arte e antropologia, explorando as representações artísticas das tribos pré-históricas nas cavernas de Chauvet e Altamira, Lascaux e Niaux. Ao analisar teorias existentes de forma crítica sobre as origens da arte, destacaremos a não linearidade na progressão das representações artísticas, mas é perceptível que uma forma de evolução parece ter ocorrido, mesmo diante de tantos sinais aparentemente abstratos e de significados muito debatidos. IV. Patrimônio Cultural e Expressões Artísticas Duradouras Destacamos a importância do patrimônio cultural e como as expressões artísticas paleolíticas transcendem o tempo, deixando um legado duradouro. Nesse sentido, a extensa atividade de pintura antes do período Solutreano podem ser datadas de forma indireta como no caso de um pedaço de osso de 26,9 Kyr que foi extraído de uma fissura que cruzava uma mão estampada em Gargas. Evidenciamos as expectativas de descobertas futuras, que podem revelar mais sobre as pinturas anteriores à caverna Chauvet e as cavernas de Lascaux por exemplo. CONCLUSÃO Concluímos nossa jornada nas profundezas da arte rupestre, uma exploração fascinante da pré-história que nos chama a refletir sobre as raízes da expressão artística humana. Deixe um comentário e compartilhe a postagem caso tenha gostado. Nos vemos nas próximas postagens e divulgações do Blogue. Fontes - Leroi-Gourhan, Andre. "The evolution of Paleolithic art." Scientific American 218.2 (1968): 58-73. - Valladas, H., Clottes, J., Geneste, J. M., Garcia, M. A., Arnold, M., Cachier, H., & Tisnérat-Laborde, N. (2001). Evolution of prehistoric cave art. Nature, 413(6855), 479-479. Read the full article
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