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iv-an-k · 2 years
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Pivotagem. – 16 dezembro 2022
2019 foi um ano de mudanças. Me mudei e voltei, pedi demissão e retornei, tranquei a pós e voltei ao MBA, me tirei da zona de conforto e nunca mais a vida me deixou voltar para lá. 
Estes 3 anos que se passaram, se passaram bem longe da zona de conforto. Tive de encarar o falecimento do homem mais forte deste mundo (ainda estou), enfrentamos uma pandemia (ainda estamos), enfrentamos atrocidades na política brasileira e mundial, que expôs o pior lado das pessoas, principalmente daquelas que viviam em nossos círculos. Foram 3 anos de revelações de (mau-)caráter, de egoísmo, de perdas irreparáveis de pessoas amadas, de genocídio e aprendizado às duras penas. 
Nestes 3 anos, não pude fazer o que mais gosto, que é colocar rodinhas nos pés e me perder por cidades, então me perdi diversas vezes dentro de mim mesmo. O isolamento social me colocou em contato comigo mesmo para ver o que restava de mim sem os estímulos sociais e sem poder conhecer novos lugares, foi despir-se para mim mesmo e encarar a mim mesmo, e foi quando percebi que comecei a sorrir menos. Depois da dor sempre restou medos, e a maior dor de ter perdido quem amo, me deixou mais receoso de construir elos (pois não quero mais ter elos para quebrar).
Me apoiei em muita dor para reconstruir e para construir pilastras de sustentação em outros pontos. 
A compra de imóvel, a obra da reforma, a frustração e o desânimo me fizeram entrar em contato com a parte que me faltava e, também, com a parte que a minha existência não era capaz de solucionar pois eu dependia do outro. A minha vulnerabilidade (e a de tantas pessoas neste período) ficou escancarada para qualquer um ter acesso e fazer o que quiser com ela, me deixando mais arredio ainda. Foram tantos momentos vulneráveis que perdi as chances de comemorar as conquistas por sempre pensar no que viria depois daquela etapa.
Em 3 anos, me enterrei em trabalho e provei para mim mesmo – mais de 1.095 vezes –, que sou capaz de sempre superar a minha capacidade e habilidade. Mesmo assim, ainda não parece ser o suficiente para estancar a vulnerabilidade de ter receio de não ter o conhecimento suficiente para o próximo desafio. 
3 anos foram capazes de desconstruir muitas certezas, mas também foram necessários para reconstruir outras lógicas para saber lidar com nuances e cursos da vida. Pivotei muito nestes anos todos, e a vida nunca mais vai me deixar voltar para a zona de conforto de antes, então concordamos em discordar que a vida ficará mais fácil, talvez nos ajude a valorizar e a comemorar as vitórias no presente, pois são momentos que não voltam mais.
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iv-an-k · 5 years
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Falta. – 24 maio 2019
Já faz 1 semana que perdi a minha referência de sabedoria de vida.
Toda vez que tive a sensação e a necessidade de crescer e aprender a ser adulto, recorria ao meu pai. Vivemos em um mundo de tecnologia e globalização, onde as informações são facilmente acessadas em segundos. Nessas horas, vemos como tudo isso é irrelevante quando confiamos de olhos fechados nas opiniões de quem realmente importa: aquele que me deu a origem, me criou e lutou para que nada de essencial e supérfulo me faltasse para que eu fosse feliz. 
Talvez eu não tenha sido tudo aquilo que ele sonhou de um filho: heteronormativo, fechado à sociedade nipônica, cursando e trabalhando em Contábeis ou T.I. Não atendi essas expectativas, mas lutei para garantir outras alegrias, como proporcionar a experiência de conhecer o mundo e sentir o que eu senti, graças a todo o trabalho duro dos meus pais. Tentei mostrar a própria cidade onde ele viveu por outros ângulos e outros sabores, estimulei o turismo dentro da cidade natal. Me formei duas vezes, e na segunda vez me formei com méritos, não só meus – mas de todos os que estiveram ao meu lado, principalmente a minha família. Ganhei prêmios e reconhecimentos na universidade e no trabalho, tracei futuros e estudei muito.
A vida é muito mais do que apenas reconhecimentos, a vida é feita de momentos únicos e que perdem-se facilmente. 
Eu nunca vou me esquecer de tudo o que ele fez por mim, de todas as brigas por coisas tão indiferentes nesse momento, de todas as lembranças e de todos os conhecimentos que ele dividiu comigo. 
Pai, ainda dói muito, ainda é difícil de respirar e não ter você nos meus dias, assistindo a TV ou sapateando na minha porta quando quer me perguntar algo. Sei que você está em seu processo e desejo que não sinta nenhuma dor, só alegria e orgulho de todo o seu legado. 
Obrigado pelo seu amor incondicional de um pai devoto e de uma pessoa que é referência na ajuda que não espera nada de volta. "Não precisa se preocupar, Deus tá vendo" – e Ele está. 
Te amo.  Fica bem.  Ficaremos bem.
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iv-an-k · 6 years
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Ano de vida – 26 jun 2018
Quase um ano se passou desde a última vez que me expressei. Neste período, muita coisa se passou com os dias e quantas vezes não ensaiei registrar palavras sobre todas as nuances da vida? Me faltaram palavras para expressar corretamente os fatos que ocorreram, o aprendizado foi intenso e profundo. 
Aprendi que tudo, literalmente tudo, depende apenas de mim. Todas as questões que eu acreditava estar isento da responsabilidade foram se tornando claras e com formatos bem nítidos, desconstruindo o meu ponto de vista. Me permiti amar em pleno carnaval, porém não estava pronto para ser acessado em instâncias que não estavam em meu radar para me proteger: sair das minhas previsões e planejamentos me torna vulnerável – situação a qual me deixa desconfortável e com vontade de me isolar. 
Tenho praticado ao máximo o alinhamento de expectativas, sendo justo com as pessoas que convivem comigo e para comigo mesmo, mapeando todas as etapas para setar a barra com objetivos alcançáveis. 
Em 1 ano, entrei em uma empresa cheia de oportunidades e um terreno fértil, onde pude plantar com toda a minha dedicação e colher frutos de imediato. Continuo em busca dos frutos e com a sorte de estar bem acompanhado, conhecendo pessoas incríveis que me estimulam, são ótimas companhias e que me respeitam pelos meus valores.
Foi um ano de muita permissão e ainda há muita rigidez a ser diminuída para que eu consiga atingir todos os meus objetivos de vida. Agosto, mais uma vez, se fazendo importante para novos começos. 
O único caminho é para frente e para o alto.
Tô feliz.
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iv-an-k · 7 years
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Desconfio de amores rápidos – 08 ago 2017
Ansiamos por amar e sermos amados e, em alguns casos, nos entregamos logo de cara às paixões e logo as confundimos com o amor. Não se ama de um dia para o outro: apaixona-se.
Cometi tantas confusões, mas que me foram úteis para aprender a diferenciar um do outro. Não amamos o outro pelas afinidades superficiais, ou pela música em comum, ou por ter um biotipo que nos agrada. A paixão injeta um “visualizador de características” para criar a atração inicial, e o amor? O amor vem pela história, por todo o trajeto percorrido para que a sua pessoa ideal pudesse ser o que ela é hoje. E é por isso que a paixão não é duradoura, a paixão não exige precedentes, não enxerga a real essência, não diferencia o que é cortejo e o que vem do coração.
O amor, para virar o amor entre dois indivíduos, precisa de muito mais ferramentas – dentre elas, o tempo – e que demanda de muito mais empenho de ambos para ser permanente. É a junç��o da história de duas pessoas, com alinhamento cronológico e um enredo que complete as lacunas um do outro, permitindo o crescimento mútuo. 
Quantas construções e desconstruções são necessárias para que a base seja sólida? É preciso muito mais do que paixão para que a desconstrução leve à construção. A paixão se dissolve, a paixão não é catalisadora de mudanças permanentes. É preciso compreender que o amor não é a exclusão de dois indivíduos para unir-se à uma só existência, a união completa e regenera pedaços, abre caminhos e possibilidades.
As juras de amor não são realmente de amor, são de paixões inconsequentes e vazias. Não se jura quando se está cego ou afoito. A vida é muito mais do que direciona-la para a felicidade do outro: é saber ser feliz, é saber estar com quem há a troca de felicidades e crescimento, é não jurar nada do que não pode cumprir, mas de estar junto enquanto faz sentido.
Não há amores rápidos: há paixão. 
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iv-an-k · 8 years
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Dezembro – 6 dez 2016
Dezembro: o mês que indica o fim do ano, de ciclos, de projetos, de paciência e de energia. Muitos programas e planejamentos também são decididos no fim de dezembro, quando o sentimento de mudança toma conta dos nossos pensamentos e aspirações. Momento de reflexão. Momento de colocar os pingos nos “i”s e avaliar as mudanças que nos sujeitamos, às novidades vividas, os desafios enfrentados, os sonhos vivenciados ou que deixamos pelo caminho.
Renovação. Hora de colocar tudo o que realizamos em balanças para decidir o que manteremos e o que deixaremos ir, hora de renovar as energias e pensamentos, e planos, e sonhos (por quê não?). Metas traçadas em novos caminhos, acompanhados de pessoas novas e que vão contribuir com perspectivas novas de vida, com toda a bagagem emocional que orienta nossas decisões. 
Conclusivo. Há um ano atrás, neste mesmo mês, estava tomando decisões que mudariam o rumo da minha vida, e após o ano ter passado, vejo como concluí muitos assuntos (profissionais, amorosos, pessoais) e que foram essenciais para perceber que só a conclusão é capaz de trazer coisas novas e construtivas.
2016 foi um ano de muitas mudanças e assuntos pesados/polêmicos, mas posso afirmar que foi o ano em que mais me mantive em meditação e que me dediquei ao meu autoconhecimento, fui capaz de adentrar nos mais profundos sentimentos que mantinha protegidos pelo orgulho ou pelo conforto, e assim pude enxergar o quanto ainda posso e irei caminhar para alcançar os sonhos e objetivos que estão enraizados nos meus valores e desejos. Se Deus quiser, trilharei tudo isso muito bem acompanhado.
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iv-an-k · 8 years
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A leveza mental – 19 out 2016
Noite de verão numa primavera, noite em que devia aproveitar o sono para dormir mas que decidi tirar as palavras, frases e pensamentos da minha mente na tentativa de deixar a cabeça leve.
Nesses últimos dias tenho levado a vida com mais calma e conseguido pensar mais sobre as coisas da minha vida. Continuo com a cobrança pessoal, mas já não em níveis elevados como de costume. Os problemas já não parecem enormes depois que passamos a dar mais importância para aquilo que fazemos para solucioná-los. Desde que mudei essa linha de raciocínio, muitas coisas boas andaram aparecendo: oportunidades bacanas, pessoas que chegam para agregar, momentos que normalmente me deixariam bagunçado por dentro mas que trouxeram uma paz por me permitir ser eu mesmo – e conseguir me enxergar nisso.
Sempre dei muita importância aos relacionamentos na minha vida, e quando não fazia mais sentido, nunca hesitei em me permitir pensar na opção de finalizar para continuar a minha vida. Algumas pessoas julgam essa atitude como fria, outras desejam ter os mesmos princípios, e eu apenas sigo o meu coração. Em todas as vezes que tomei esta decisão, minha vida melhorou em 100%, pois eu já não me obrigava a fazer papéis que não me cabiam mais, com isso fui me conhecendo melhor, minhas limitações e amor por mim mesmo.
Na minha vida, quando o departamento amoroso está em dia, todo o resto se torna mais fácil de se administrar, e para que eu esteja apto a ter saúde na vida amorosa, é importante que estejamos em nossa paz mental para atrair pessoas na mesma vibração que a nossa. Eu tenho a plena certeza de que estou no caminho certo quando as coisas se encaixam sem esforço e estou sorrindo com o estômago, achando centenas de motivos para sorrir após um dia de calor de 39ºC.
Parece responsabilidade demais para depositar em cima de uma outra pessoa, mas esse é o grande lance disso tudo: eu não cobro que me faça feliz, só seja verdadeiro consigo mesmo para me mostrar com quem eu quero estar por perto, e isso vai se tornar o melhor remédio para qualquer coisa. Se ame o tanto quando eu me amo, e só assim conseguiremos ver o quanto nossas vidas podem se complementar. Não temos que ter obrigações tão sérias um para com o outro, podemos apenas existir e sermos felizes assim.
Só sejamos. <3
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iv-an-k · 8 years
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À crise dos 27 anos – 9 ago 2016
Sempre achei que minhas questões pessoais eram bem resolvidas e que eu era uma pessoa muito esclarecida, principalmente dos 21 aos 23 anos. Após chegar aos 27 anos, a crise existencial me pegou de jeito, e todas as certezas viraram incertezas, todos os planos e retas viraram um emaranhado de idéias sem forma e sem contexto, todas as prateleiras estavam desorganizadas e uma faxina parecia ser uma boa idéia, mas mostrou que as faxinas funcionam mais quando somos novos.
Encerrei ciclos, iniciei outros como estudo, nova carreira, novos planos... passei a adaptar meus pensamentos e sonhos, deixando tantas exigências antigas mais leves para cobrar mais do meu potencial e da minha existência nessa vida. Abri mão de alguns sonhos para poder agarrar outros: apesar de sempre seguir os belos ditados que devemos lutar pelos nossos sonhos, a vivência não é tão poética assim, e abrir mão também faz parte do crescimento pessoal. Assim como alguns sapatos já não nos cabe mais, os sonhos também mudam, ou pesam mais, ou se tornam mais simples, ou simplesmente deixam de existir.
Como todos os meus aniversários me deixam reflexivo, ao completar 27 anos me parece que comecei uma competição comigo mesmo para alcançar meus objetivos de vida, e testar os conhecimentos pessoais, profissionais, culturais, que adquiri durante todos esses anos, e ver o que funciona e o que deve ser jogado fora. Senti que não é mais hora de “encarar o que for para ver se dá certo”, pois a vida não espera e não passa mais devagar, portanto sinto que é a hora de me livrar de bagagens que não posso mais carregar.
Prestes à chegar aos 28 anos, sinto que parei de questionar os outros e a vida, e passei a me questionar mais, exigir mais de mim e menos dos outros, sinto que não preciso mais me justificar ao mundo, e sim me devo justificativas. Entrei em um estado de meditação muito profunda, reavaliando tudo aquilo que faz a minha verdade e que me completa, as pessoas que importam e que me trazem à vida.
Sinto que me conheço muito mais do que dos 21 aos 23 anos, e à cada certeza de quem sou que torna minha vida mais indefinível.
28 anos, chegue fazendo menos estragos e traga mais concreto, vamos precisar.
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iv-an-k · 8 years
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23/05/2014 – 15 abr 2016
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Há quase 2 anos atrás, chovia muito em uma tarde comum, com os mesmos afazeres do cotidiano, com as mesmas conversas e com a mesma sensação de que as coisas continuariam calmas por um bom tempo. Porém, a vida de um sagitariano é sempre uma surpresa e vai contra todas as probabilidades de toda e qualquer vida corriqueira, e uma pequena oportunidade vira um enorme planejamento – que, com certeza, não conta com muito tempo para fazê-lo.
Não estava no topo das prioridades, tão menos de qualquer sonho, mas achara um motivo para se aventurar fora da zona de conforto, fora de qualquer padrão de idioma, cultura e continente já conhecido. Antes, havia tantos empecilhos que impediam de partir – os preconceitos, a ausência de motivos sentimentais – e agora, na pequena oportunidade, parecia que tudo se tornara pequeno diante da sede pelo novo. Sede esta que despertara a vontade de desbravar tudo ao mesmo tempo, em cada canto que planejava distantantemente e que agora se tornara tão real e tão próximo.
Preparativos, listas, lugares, culinária, cultura e um super-mega-extra-intensivo no idioma para não parecer um completo perdido – tudo em menos de 1 mês. Sensações que fazem o tempo se descompassar, a curiosidade vai sendo alimentada e alimenta a ansiedade, e aquele momento único que sentimos nossa vida mudar em uma fração de segundo. E seria uma marca eterna, uma história nova, novas perspectivas. E foi, foi tudo isso.
Sair da zona de conforto é trabalhoso e exige muito esforço pois é necessário criar um novo hábito em um novo lugar, e foi árduo, difícil e a vontade de desistir sempre esteve nas cogitações. Não é um lar, tão pouco um sonho de lugar, era apenas um lugar. Um lugar que trouxe muitas reflexões sobre os rumos da vida, se era viável tentar determinar o lugar exato que estaria em 2 ou 3 anos à frente – teve a certeza de que nunca imaginara estar ali, então tentar planejar qualquer coisa seria estupidez. Compreendeu que muita coisa é estupidez, principalmente as preocupações tão superficiais que sempre levara consigo na vida, e foi ali às margens direitas do Rio Sena, que a vida havia se tornado um pouco mais leve, e que o Rio Sena foi, literalmente, um divisor de águas. Ou de vidas. Pelo menos uma vida, com certeza.
Hoje, quase 2 anos atrás, a saudade começa a dar as caras. Aquele lugar que fora a sua casa durante pouco mais de meses, que ensinou a pensar menos em coisas que não valem a pena, a se preocupar mais consigo mesmo e dar ouvidos às vontades próprias em primeiro lugar. Tanta coisa mudou desde aquele pequeno momento de fração de segundo em que a vida tomou um rumo nada pré-determinado e atravessou o oceano.
Paris, obrigado. Obrigado por ter sido a minha casa, e também por ter me ensinado um pouco mais sobre mim, por me mostrar quem sou e pelo que vivo. Obrigado por abrigar tantos pensamentos e sentimentos – inclusive minha fé e minha promessa. Peço perdão por levar tanto tempo para sentir o que todos falam sobre a cidade luz, talvez minha vida precisava tomar esses rumos inesperados para que outras reflexões me tirassem da zona de conforto. Espero que o reencontro seja breve.
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iv-an-k · 9 years
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Vida – 6 fev 2016
Engraçado falar imediatamente sobre a vida quando nos deparamos com a morte ou com o fim de uma jornada.
Sabemos tantas coisas sobre a vida, e ao mesmo tempo, parece que não aplicamos nenhum desses conhecimentos para ter que aprender a valorizar o nosso tempo nesta vida terrena. Vivemos (ou sobrevivemos) sem saber quando algum ciclo terá um fim: seja o nosso, seja de algum momento ou seja de alguma pessoa que é especial para nós. Para cada um dos casos, basta uma rápida reflexão sobre o final deste ciclo: aproveitamos o bastante? Fomos justos, honestos, íntegros e dedicados? Deixamos afazeres inacabados ou promessas vazias?
Nosso tempo em vida é tão curto, e temos tantas coisas para aprender que atropelamos nossos deveres, desejos e prazeres na tentativa de fazer toda a roda girar para ver onde ela vai chegar. Nunca sabemos quando ela vai parar e quando será a nossa última chance de dar aquele impulso.
Hoje me despedi de uma pessoa muito especial para mim, uma prima que é mais uma tia, e apesar da tristeza de não ter mais a companhia dela nesta vida, tive a maturidade espiritual para saber sentir saudades e fixar em minha memória as melhores lembranças da minha vida com ela. Foram tantos momentos de aprendizado e alegrias que jamais irei me esquecer. Nunca se esquece de momentos decisivos como aprender a dirigir, ou daquelas férias que quase me matei descendo as ladeiras de bicicleta, ou até mesmo ver baralho e não associar à alegria que era visível em tantas tardes – de sol e chuva.
A jornada em vida terrena terminou, mas minhas melhores lembranças (que posso jurar de pés juntos que são 100% de todas as lembranças que cultivamos) jamais irão escapar de mim, pois são minhas, são nossas. Tudo o que me resta é apenas a gratidão por ter permitido que eu participasse da sua vida, e por ter participado da minha. É por tudo o que passamos juntos que hoje escrevo essas palavras com muito amor e peito aberto.
Te amo, tia, e você é linda! A gente se encontra. : )
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iv-an-k · 10 years
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Desconectividade – 9 jan 2015
Ainda há tanto o que aprender, muito o que evoluir, e muitos objetivos para alcançar.
Possuo uma incrível capacidade de me apaixonar certeiramente, e me entrego de corpo e alma. Em paralelo, minhas expectativas traçam caminhos, bem como o famoso passado que sempre vai rodear todos os meus romances – seria esse o tempero dos meus relacionamentos?
Dou importância demais ao que passou, talvez por eu ser naturalmente nostálgico.
Todos os momentos nos trouxeram aqui, foram importantes e são essenciais para a compreensão de toda a composição. Porém, todo passado que se mantém vivo no presente, talvez não esteja bem resolvido assim.
Possuo, também, uma incrível capacidade de finalizar situações que merecem um ponto final, e sigo em frente. Dificilmente me balanço com assombrações, aprendi a ser forte, aprendi a sentir saudades apenas do que foi bom. Até hoje, jamais conheci alguém que agisse de tal forma, e talvez essa seja a segurança que eu tanto precise sentir: acabou e hoje estou 100% aqui para nós.
Enquanto isso, vou caminhando devagar e me educando aos poucos, talvez eu deva dar menos importância a algumas coisas, e mais às outras. Se todo mundo se importa mais com pessoas que estão fora de seus relacionamentos, eu devo estar errado em me importar pouco.
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iv-an-k · 10 years
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26. – 29 dez 2014
Mais uma volta completa em torno do sol trouxe boas novidades.
Eu, que andava só, nem imaginava os bons momentos que iria viver ao lado de alguém que é capaz de me roubar sorrisos espontâneos e leves. Quem diria que esse evento astronômico e astrológico me levaria a você, e digo mais: quem diria que ao seu lado se tornaria o meu lugar favorito nesse mundo?
Aos 26 posso afirmar que minha imaginação já não me trai tanto, e apenas se ocupa a desenhar cenários agradáveis e cheios de cor. E planos. O meu coração só se preocupa em bater mais forte quando tenho qualquer novidade ou coisas nada interessantes para te contar – só a sua presença em meus pensamentos é capaz de acelerar meus batimentos cardíacos.
Esse sentimento que veio junto com as 26 voltas ao redor do sol me ensinou apenas coisas boas até então: sorrir com o estômago, pensar com o coração, e querer com as mãos e braços.
Como é bom se sentir repleto de bons sentimentos!
Daqui em diante, em nossa caminhada, apenas desejo crescimento e cumplicidade, honestidade e que não falte amor em tudo o que fizermos para e por nós. Eu te amo.
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iv-an-k · 10 years
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Sobre direitos, sobre deveres – 3 out 2014
Desde que tive a plena noção da minha orientação sexual, nunca achei que viveria em um mundo onde a minha vida não fosse considerada "doentil, criminosa e/ou pecaminosa". Cresci em uma sociedade preconceituosa, onde o medo era instaurado para justificar crimes, e diariamente ouvi piadas racistas, bem como presenciei atitudes que ofendem pessoas que não se encaixam "nos padrões da sociedade", até mesmo atitudes violentas que chegam às últimas consequências.
Ver que, hoje, parte da sociedade ao menos respeita outros tipos de família e relacionamentos afetivos, para mim, é uma vitória muito grande. Minha orientação sexual nunca foi baseada em ódio, e sim em amor e na vontade de amar livremente sem sentir culpa. Amar nunca foi uma questão de opção, tão pouco de direito. O amor é um sentimento natural, é benevolente, é justo e é livre.
Ver atitudes de alguns políticos que ainda negam o direito das pessoas de viverem em harmonia, apenas mostra uma outra perspectiva de um modelo de sociedade ultrapassada, calejada por ódio e que nega direitos que não são discutíveis: temos porque somos todos iguais.
Não tratem com ódio quem claramente precisa de amor, não é fácil não ser evoluído em uma sociedade que caminha ao progresso. Não mostrem que "somos a minoria" por carregarmos toda essa raiva conosco, mostrem que somos iguais por querermos viver em paz.
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iv-an-k · 10 years
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Saudades do que já passou - 15 ago 2014
Tenho um péssimo hábito de ser muito auto-crítico. Além de só enxergar defeitos no que já fui no passado, sou exigente ao ponto de querer ter a chance de voltar e fazer tudo diferente. Tenho muitas boas lembranças e que me trazem um sorriso ao rosto que é impagável e insubstituível, mas as ruins também fazem questão de marcar presença nos meus pensamentos.
Antigamente, eu olhava para meu passado e sentia uma imensa vontade de destruir toda a minha história. Uma mistura de sensações: vergonha, ódio, raiva e impotência. As características ruins me levavam a pensamentos ruins sobre aquilo que fui um dia e, no final das contas, os bons pensamentos que foram destruídos e as experiências ruins prevaleceram intactas e "presentes no meu passado".
Hoje, aprendi a olhar para a minha capacidade de ser extremamente crítico para comigo mesmo no passado, e agradecer por algumas coisas terem sido das formas que foram. Os meus erros e acertos, meus defeitos (e que alguns não consegui corrigir) e minhas qualidades me trouxeram até aqui, acompanhado de pessoas que realmente me conhecem por completo, capazes de me respeitar, me amar, estarem ao meu lado após décadas, e me fazerem me sentir amado e querido.
Já vi muita demonstração de amizades, e posso afirmar que, o que tenho, é raro.
Sinto saudades de reviver tudo aquilo que tive de passar para estar aqui, aprendi a conviver com a valorização da longa e demorada construção de alicerces.
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iv-an-k · 10 years
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Algum momento em Paris... - 21 jun 2014
De repente a vida me trouxe até o país onde se fala "bonjour" até 18:00, inclusive a necessidade de renovar e reinventar. Não é a toa que Paris é a cidade mais procurada por recém-casados: é uma cidade reflexiva, e que nos faz pensar no futuro e em tudo o que temos ainda pela frente. Até erros do passado podem ser novidades quando mudamos de perspectiva. A cidade romântica se revela também a do amor-próprio, onde aprendemos a nos respeitar e tolerar nossos limites, mensurar tudo aquilo que achamos que merecemos passar — ou não. E não precisamos de tutores, apenas temos que gostar de nós e de nossas próprias companhias, pois é nosso coração que bate por nós, e só por ele que devemos respeito. Esse é o passado, no meio da novidade presente, revelando um futuro incerto, mas não absurdo, não incompleto e não tão impossível.
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iv-an-k · 10 years
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Busca da paz - 3 mai 2014
A minha espiritualidade é bastante vaga, e manter o foco é uma tarefa quase que impossível. Não posso culpar as diversas filosofias e teorias, dogmas, ideais e princípios. O fato é que eu não me identifico com o lugar onde estou. 
Parte da minha espiritualidade se encontra em meio a paz da natureza, que tem um poder incrível de me recuperar e me trazer a calma que poucos foram capazes de me mostrar. Vivo em uma cidade (ou país?) onde a energia verde é escassa, desrespeitada e invadida, é raro encontrar algum pedacinho de descanso, e não foi por falta de procurar. 
A minha inquietação germina da acomodação e do medo das coisas não mudarem nunca. Meus relacionamentos terminaram nessa fase da gestação, e meu ânimo sempre se esgota nesses meios de cultura. Há tanto para se fazer, mas aqui não é o lugar, não traz o momento e nem o ambiente propício para gestar ideais. As pessoas se preocupam mais com os preconceitos e com os julgamentos, e se esquecem que ser feliz está apenas no controle de cada um de nós. 
Outra parte da minha espiritualidade está espalhada pelo mundo, é o conhecer e vivenciar momentos únicos como o cheiro de um livro novo. Será que tenho tanta coragem como eu acredito ter? Talvez seja a hora de testar até onde posso ir, pois momentos de estabilidade precisam de abalos para checarmos se a base está mesmo solidificada, e que, aliás, o meu medo deve ser solidificar.
Eu não sou daqui.
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iv-an-k · 10 years
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Nostalgia - 1 mai 2014
Existe uma nostalgia em mim que me força a voltar sempre em algumas lembranças. São momentos neutros, que não sinto nenhum tipo de sentimento ao lembrar, mas que são necessários para realizar comparativos de como a vida mudou. 
Naquela rua de paralelepípedos sem saída, quantos pensamentos não surgiram de como a minha vida poderia ser melhor, ou imaginando como seria quando chegasse na vida adulta e se ainda estaria realizando o mesmo percurso todos os dias.
Sinto falta de como era infinitamente mais fácil acreditar e ser mais otimista sobre as coisas, pois eu sabia que podia esperar por um momento de prosperidade. Também sinto a liberdade mais tangível, e me trouxe até aqui.
Ali, onde estudei, onde caminhei, onde chorei, onde brinquei e ri, carrega um enorme pedaço da minha vida que não quero esquecer, e talvez por isso sinta tanta necessidade de sempre reviver esses momentos na minha cabeça... seria uma perda muito grande esquecer de algo tão importante para saber os caminhos que me levaram a ser assim hoje. 
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