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Maiores Estrelas Pop da Billboard do Século 21: Nº 16 — JAY-Z
JAY-Z elevou o impacto do hip-hop na música popular do século 21 e provou que rappers poderiam ser estrelas pop sem nunca explicitamente fazer música pop.
Por Damien Scott - 19/09/2024 - Tradução e interpretação para o Português-BR por @hovbey
Com o primeiro quarto do século 21 chegando ao fim, a Billboard está dedicando os próximos meses para contar a lista dos 25 maiores astros pop dos últimos 25 anos, escolhidos por nossa equipe. Já mencionamos nossas Menções Honrosas e os astros nº 25, nº 24, nº 23, nº 22, nº 21, nº 20, nº 19, nº 18 e nº 17, e agora relembramos o século de JAY-Z — que redefiniu o estrelato crossover do hip-hop à sua maneira e se tornou um dos maiores ícones da cultura pop de todo o século.
O melhor nem sempre é o mais vendido. Veja o Porsche 911: considerado por muitos especialistas e fãs como o melhor carro esportivo que o dinheiro pode comprar, o cupê de motor traseiro vende apenas uma fração do que o carro mais popular dos Estados Unidos, o Ford Mustang, vende. Apesar de seu motor estar no "lugar errado", o 911 é visto como o ideal platônico de um carro esportivo. Ele faz de tudo: oferece uma experiência de condução transcendente, vence corridas prestigiadas, faz as tarefas semanais, transporta uma pequena família e ainda parece incrível estacionado. Em vez de introduzir ideias radicais a cada ano, a Porsche se concentrou em refinar e aperfeiçoar o 911 ao longo de seus 75 anos de existência.
A coisa mais próxima que o hip-hop tem de um Porsche 911 é o próprio Shawn “JAY-Z” Carter, do Brooklyn. Ao longo de sua carreira de três décadas, JAY-Z nunca atingiu o sucesso comercial de alguns de seus contemporâneos, mas, assim como o 911, ele representou o ideal platônico do que um rapper deveria e poderia ser — inclusive como uma estrela crossover, que conseguia grandes sucessos sem realmente mudar quem ele era ou soar como se estivesse perseguindo esse sucesso.
Ao surgir de forma mais sólida em 1996 com seu álbum de estreia *Reasonable Doubt*, Jay compartilhou histórias do submundo e conhecimentos das ruas de maneira tão fria e despreocupada que parecia que ele estava lhe contando um segredo. Com a Death Row e a Bad Boy dominando as paradas nos anos 90, Jay trabalhou para encontrar seu espaço como o cara com um pé nas ruas e outro na sala de reuniões. Após não alcançar sucesso comercial significativo com seu álbum de estreia, Jay recrutou a equipe por trás dos álbuns clássicos de seu amigo The Notorious B.I.G. para criar *In My Lifetime, Vol. 1*. Estreando em nº 3 na Billboard 200, *Vol. 1* ostentava pequenos sucessos como "The City Is Mine" e "(Always Be My) Sunshine", mas provou que Jay tinha a habilidade de fazer músicas que atraíam tanto os programadores de rádio quanto os verdadeiros chefes do hip-hop.
Mas o verdadeiro avanço veio com *Vol. 2… Hard Knock Life*, de 1998. Desta vez, não havia um grande nome como produtor executivo, apenas JAY-Z e seus parceiros da Roc-A-Fella, Dame Dash e Kareem "Biggs" Burke. A estrela do show foi “Hard Knock Life (Ghetto Anthem)”, produzida por 45 King, que alcançou o 15º lugar na Hot 100, tornando-se o maior sucesso de JAY-Z até aquele momento e levando *Vol. 2* a ser o primeiro álbum de Jay a estrear em nº 1 na Billboard 200. De repente, o hustler dos Marcy Projects não estava mais à sombra dos gigantes do rap de Nova York — ele agora era uma das estrelas mais brilhantes da cidade. Nos quatro anos seguintes, JAY-Z provou que o sucesso, de fato, gera sucesso. Ele lançou as carreiras de alguns astros do rap através de sua gravadora Roc-A-Fella e expandiu seu potencial de ganhos com novos empreendimentos no ramo de roupas e bebidas. Mas, apesar de tudo isso — e de uma série de hits de rap e álbuns nº 1 consecutivos na Billboard 200 — os melhores dias de Jay ainda estavam por vir.
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O novo milênio começou de forma agitada para Jay, ao se conectar com os Neptunes pela primeira vez para o single principal de um álbum que deveria ser uma compilação da gravadora. A divertida e empolgante "I Just Wanna Love U (Give It 2 Me)" se tornou o primeiro single de Jay a alcançar o topo da parada de R&B/Hip-Hop Songs e chegou ao 11º lugar na Hot 100. A música foi tão grande que supostamente inspirou Britney Spears a convidar a dupla de produção de Virginia Beach para trabalhar em seu álbum *Britney*. *The Dynasty: Roc La Familia (2000–)* também serviu a um propósito ainda maior para o jovem magnata do rap: estabeleceu as bases para o que se tornaria o melhor álbum de sua carreira. Destaque em *Dynasty* eram três produtores então desconhecidos — Ye (então Kanye West), Bink! e Just Blaze — que deram a Jay uma série de batidas baseadas em samples que eram ao mesmo tempo cintilantes, emocionantes e ousadas. Esse som viria a ancorar o sexto álbum de Jay, *The Blueprint*.
Em 2001, Jay estava lutando em várias frentes. Ele enfrentava provocações de artistas de Nova York — Nas, Prodigy e Jadakiss — que não estavam nada felizes com Jay se autoproclamando o Rei de Nova York. E ele também enfrentava dois processos criminais: um por posse ilegal de arma e outro por agressão. No meio de tudo isso, Jay fugiu para Miami para gravar o que se tornaria seu magnum opus. Diz a lenda que Jay ouviu as batidas e ficou tão inspirado que gravou o álbum em menos de uma semana. O resultado foi um projeto que reorganizou completamente o panteão dos grandes do rap: Claro, *Reasonable Doubt* é considerado um clássico, mas o mundo mais amplo não percebeu isso até anos depois. Com *The Blueprint*, todos souberam imediatamente que JAY-Z havia feito o melhor álbum de rap que alguém tinha ouvido em anos. Desde a mordaz faixa de diss "Takeover" até a comovente "Song Cry" — e dois sucessos pop-rap dos anos 2000, o triunfante "Izzo (H.O.V.A.)" e a hilariantemente rude "Girls, Girls, Girls" — *The Blueprint*, como Noah Callahan-Bever escreveu, tornou-se exatamente isso: “Tudo o que um grande álbum de rap deve ser, e, talvez tão importante, nada do que não deve ser.”
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Ao longo de sua carreira, Jay sempre se viu como mais do que apenas um rapper. Sim, ele também se considerava um hustler, mas se enxergava mais como uma empresa. A famosa frase só viria em 2005, quando ele participou do remix da música "Diamonds" de Ye: aos olhos de Jay, ele não é simplesmente um empresário, ele *é* um negócio, cara. E esse sentimento começou a ficar evidente no início dos anos 2000, tanto que ele sentiu que tinha superado seu papel de rapper a ponto de decidir se aposentar, lançando um projeto de despedida com *The Black Album*. E por que não? Naquela época, ele sentia que já tinha tudo: cinco álbuns consecutivos em primeiro lugar, a Roc-A-Fella indo muito bem — e, como disse em uma de suas frases imortais, ele tinha "a garota mais quente do jogo" usando sua corrente, Beyoncé. Ele tinha acabado de lançar dois dos maiores hits pop da sua carreira até então, ao lado da então emergente diva pop/R&B: "03 Bonnie & Clyde", que chegou ao terceiro lugar nas paradas, do álbum *The Blueprint 2: The Gift and the Curse*, e o hit número 1 "Crazy in Love", de *Dangerously in Love* de Beyoncé, que a colocou no caminho para se tornar uma das maiores artistas solo de todos os tempos. As coisas não poderiam estar melhores.
Mas que outro rapper poderia fazer o mundo inteiro se importar com sua aposentadoria? Jay fez a cultura parar. Os fãs realmente lamentaram sua carreira! Nunca tínhamos visto alguém sair no auge, em seus próprios termos. Especialmente depois de tomar o que pareciam ser todas as decisões certas. Não é à toa que o documentário que ele fez sobre a produção de seu "último" álbum — *Fade to Black*, de 2004, que também capturou seu show de "festa de aposentadoria" no Madison Square Garden, em Nova York, levando o hip-hop para o palco do maior arena do mundo em uma época em que o gênero raramente ocupava palcos tão grandes — também foi um sucesso.
Claro, ele não conseguiu ficar fora do jogo por muito tempo, e acabou voltando três anos depois com uma passagem como presidente da Def Jam e o esquecível *Kingdom Come*. Ao convocar sua habitual lista de produtores para criar seu grande retorno, Jay cometeu seu primeiro grande erro: subestimou o quanto o jogo do rap havia mudado enquanto ele estava fora. O Sul, em particular Atlanta, agora dominava o rap — uma realidade impulsionada pela assinatura de Young Jeezy na Def Jam. E com caras mais jovens como T.I. capazes de alternar sem esforço entre discos de rua e grandes sucessos de rádio, a tentativa de Jay soou, bem, antiquada. Não ajudou o fato de que ele mesmo estava lutando para entender como ser um rapper com quase 40 anos.
Mas o verdadeiro dom de JAY-Z sempre foi sua capacidade de fazer as pessoas acreditarem que ele é a pessoa mais legal do mundo. Sua habilidade de vender essa ideia o ajudou a vender todo o resto. Quando, no *Blueprint 3*, ele declarou que o Auto-Tune estava morto, mesmo no auge de seu uso no hip-hop em 2009, a maioria das pessoas pensou "hm", mas aceitou. (Ele teve menos sucesso ao tentar fazer as pessoas pararem de usar Timbs, mas não se pode ganhar todas). Mesmo assim, sua presença foi o que tornou sua colaboração com Alicia Keys em *BP3*, "Empire State of Mind" — uma música que poderia ter soado forçada e se tornado um desastre nas mãos de um artista menor — o primeiro hit nº 1 de Jay como artista principal na Hot 100, e um hino duradouro de Nova York que até mesmo pessoas que não sabem o nome de outra música de Jay-Z conhecem a maioria das palavras.
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Outro talento de Jay tem sido sua habilidade de se alinhar com as pessoas certas na hora certa. Quando ele se aposentou do rap e lançou *The Black Album*, Jay lançou versões a capella do álbum e deixou DJs e produtores criarem novas versões com mash-ups. A carreira de Danger Mouse nasceu a partir desse lançamento, quando ele o misturou com batidas que sampleavam o *White Album*, dos Beatles, para criar *The Grey Album*. Esse álbum também inspirou o Linkin Park e Jay a combinar algumas de suas músicas para criar um EP de seis faixas chamado *Collision Course*, que acabou vendendo 368.000 cópias na primeira semana e ganhando um Grammy por "Numb/Encore".
Mas as maiores colaborações de Jay viriam anos depois. Em 2011, ele e seu pupilo Ye viajaram pelo mundo para gravar o que se tornaria *Watch the Throne*. Uma experiência totalmente imersiva, *WTT* gerou uma exposição de arte itinerante, uma sessão de escuta no Planetário Hayden, em Nova York, e uma turnê mundial onde eles apresentavam o hit "N—as In Paris" várias vezes em cada show, e 11 vezes em Paris. Luxuoso, extravagante e grandioso, *Watch the Throne* foi o ponto alto cultural dos últimos 24 anos tanto para Jay-Z quanto para Ye, posicionando-os como não apenas estrelas do rap, mas também titãs da cultura pop.
Alguns anos depois, em 2014, a lenda de Jay (e sua credibilidade como pop star) só cresceu quando ele e sua agora esposa, Beyoncé, decidiram se unir para o que se tornaria uma das melhores turnês dos últimos 25 anos, a *On the Run Tour*. Com 21 shows em três países, a turnê foi uma das mais bem-sucedidas da história, arrecadando US$ 109 milhões em vendas de ingressos, de acordo com a Billboard Boxscore. Foi tão bem-sucedida que a dupla repetiu o feito quatro anos depois. Será que Jay poderia ter liderado uma turnê solo em estádios 18 anos depois de começar sua carreira? Talvez sim, talvez não. Mas o importante a lembrar é que ele embarcou em turnês globais em estádios num momento de sua carreira em que a maioria dos rappers de sua geração não conseguiria nem lotar casas de show de médio porte em suas próprias cidades.
Assim como o venerável 911, o jogo de Jay sempre foi melhorar constantemente. Ele não vendeu como 50 Cent, Nelly ou Eminem em seus picos. A única vez que conseguiu vender um milhão em uma semana – mais ou menos – foi quando fez um acordo com a Samsung para pré-carregar seu álbum *Magna Carta… Holy Grail* nos celulares da marca, garantindo-lhe um disco de platina antes mesmo de chegar às lojas. Mas seu domínio sobre a cultura pop e sua influência nas tendências culturais foram inigualáveis (lembra quando ele disse para ninguém comprar um BMW X5 e todo mundo, até quem não podia nem pagar um, ouviu?). Ninguém, além de Rihanna, Taylor Swift e Ye, quando ele ainda era Kanye, conseguiu influenciar tanto as decisões comerciais dos jovens fãs de música quanto Jay.
Não acredite só em nossa palavra. Ouça Jay no final de "What More Can I Say":
"A alma de um hustler, eu realmente corri nas ruas / A mente de um CEO, aquele plano de marketing fui eu / E não, eu não levei um monte de tiros / Ou inventei um monte de mentiras / E não sou animado como, digamos, um Busta Rhymes / Mas a verdade que você obtém quando destrincha minhas linhas / Some isso ao fato de eu ter ido platina várias vezes / Multiplica isso pela minha influência na cultura pop / Eu deveria ser o número um na lista de todo mundo."
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L O V E #thecarterpushparty #TheCarterTwins #HOVBey
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That Moment when you know your life was meant to be greater then just being successful the feeling when you know it's something Special #PicHasLevels #HoVBey
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Need I say more!!!!! #HovBey #Run #LookingForSolange #Brooklyn 🔫🔫
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Yea Grammys kicked off with my Unc n Auntie #HOVBEY
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The HBIC.
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JAY-Z, Alicia Keys "Empire State of Mind" (Tony Awards 2024) 🐐
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no microphone. no autotune. no extras. her talent gives me chills.
i hope u realize that every time we watch beyonce perform, we are literally watching a living legend and witnessing greatness. no, really. not even on some fan shit, but on some realness. when i have grandchildren 30-40yrs from now, there is no question in my mind that they will know, appreciate, & love the artist that is beyonce knowles.
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girl you be killin 'em.
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