#gabbbautorias

[fuckingabriel-blog1]

incrível como parece que ninguém realmente me conhece de verdade.

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eu passei dias tentando esquecer o que aconteceu entre a gente, semanas, meses, mas tudo o que eu lembrava era de como o seu riso frouxo alegrava os meus dias cinzas. você era a outra parte que me completava de toda aquela história do mundo das ideias de Platão. você era pra mim como um lugar seguro pra uma criança abandonada, meu refúgio desse mundo que nos devora. doeu ter que ir embora, doeu ter que te deixar ir embora. você me prometeu que não desistiria de nós, mas não adiantava lutar por algo que no fundo, sabíamos que não daria certo. não mais. nossa conexão era como uma ponte de hidrogênio, e não sei como você conseguiu quebrá-la. não sei se o problema foi sua lua em sagitário ou a minha lua em escorpião, ou se foram as vezes que não consegui ser morada nos teus dias de inverno. talvez daqui a uns dois anos eu ainda fique mexido ao ouvir o teu nome, porque porra, eu te amei. como eu te amei. eu te amei nos momentos de briga, te amei ao ouvir a tua voz de sono às 6 da manhã. eu te amei ao te escutar cantando aquela música de Caetano Veloso mesmo você não cantando tão bem assim. eu te amei ao receber aquele nude. eu te amei tanto que te deixei ir, porque é isso que fazemos quando amamos. você precisou de tempo, e eu também, você ainda me tem nas mãos mesmo estando longe. o amor nos deixa desgastados, então eu desisti. desisti e não me arrependo, foi como soltar uma corda que doía segurar, mas agora não dói mais. resiliência. era a única palavra que eu imaginava depois de tudo o que aconteceu. e tudo isso que aconteceu contribuiu para que hoje eu estivesse imensuravelmente forte. a ponto de que se hoje eu levasse outra queda dessa, seria tão fraco que até pediria mais. sabe aquela história de que é preciso se amar primeiro pra amar outra pessoa depois? então, finalmente consegui me amar. e tenho a plena certeza de que você ou qualquer outra pessoa desse mundo todo não tem mais poder algum sobre mim. repito, você ou qualquer outra pessoa não tem mais poder algum sobre mim. hoje pertenço a mim e somente a mim. mas no fundo, não me arrependo, afinal, se eu não tivesse passado por tudo isso eu não seria a pessoa-que-se-tornou-forte.

gabriel.

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há mais de uma semana, eu achei que o mundo iria acabar, mas não acabou. na verdade, só nós dois acabamos o que tínhamos e, incrivelmente, continuamos vivos. você me fez acreditar que ainda existia uma luz no fim do túnel quando eu não conseguia enxergar nada. acreditei no nosso futuro, e pus expectativas em nós dois. me entreguei por inteiro. só que o Apocalipse aconteceu: a luz que você dizia existir, me agonizava. eu aceitei viver com essa tormenta, porque pelo menos eu sabia que existia uma luz, não é verdade? você era o tipo de pessoa que me magoava, mas também era a única que sabia como cuidar das minhas feridas. eu fiz de tudo para que déssemos certo, mas você não. nós acabamos e voltamos várias vezes, porque eu não queria aceitar a ideia de que eu viveria sem a luz no fim do túnel. só que a Revolução aconteceu: eu sou luz, e não preciso de você para me guiar. eu estive cego o tempo todo, procurando luz em outras pessoas, pedindo pelo amor de outras pessoas, mas a verdade é que eu sou o amor que preciso. e agora que consigo enxergar o que passei a vida toda ignorando, percebo que eu sou o amor da minha vida. e por amor próprio, eu decidi te deixar ir embora. às vezes, eu até gosto de pensar que o mundo acabou, porque eu pude renascer das cinzas, como uma fênix. então, obrigado. obrigado, universo, por ter me feito passar por isso tudo - sim, eu agradeço -, sem isso, eu não teria conseguido ver o quão incrível, empático, forte e resiliente eu consigo ser. te guardo na memória como uma brincadeira que o destino reservou pra mim. não tenho ódio ou rancor - embora eu tivesse mil razões para tê-los -, na verdade, eu tenho pena. mas acima de tudo isso, eu preferi seguir minha vida sem você. hoje, eu consigo ser feliz sem a tua presença. porque eu sou luz. porque eu sou o amor da minha vida.

gabriel.

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i put the ‘hot’ in psychotic

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Oi. Se eu disser que não sinto mais nada eu estarei mentindo. Eu acho que não tem problema eu admitir que ainda sinto. E por mais que isso exista, eu não te quero mais por perto. A gente conversou todos os dias desde que se conheceu. Talvez seja normal sentir a falta do outro no começo, né? Eu até sinto falta, isso chega a ser paradoxal, mas sinto. Dói sentir alguma coisa por alguém que te magoou tanto. Não sei se sinto falta de ti ou do fato de ter alguém comigo. Me fizeste sentir coisas que eu não sentia há muito tempo. Amor: quando te conheci. Raiva: quando você se foi. Isso não é uma mensagem de ódio, não é o meu intuito. Te escrevo porque não consigo chorar: não sei transbordar. Nunca me ensinaram na escola como externar sentimentos. Não aprendi a colocar pra fora a dor que eu tanto sinto. Então te escrevo: porque a cada palavra dói menos. E nessas incontáveis cartas de desamor. Finalmente vou te esquecendo. E talvez no próximo texto Nem doa mais tanto As lembranças Do nosso belo E trágico encon tro.

gabriel.