#finalmente veio aí depois de trinta anos
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hc + serena
give me a character and I'll give you 10+ headcannons: open. character: serena o'shea.
após obter a guarda dos dois filhos, james o'shea fez questão que serena e sean experimentassem o que tivessem vontade; por conta disso, foi fácil para a garota iniciar as aulas de patinação no gelo. o que de início era apenas um hobbie tornou-se algo sério para serena aos dez anos de idade, quando entrou em sua primeira competição. agora, aos vinte e dois anos, serena tem o total de cinco medalhas regionais e uma nacional.
serena é uma pessoa metódica, ou seja, todos os seus afazeres do são devidamente separados. nenhuma atividade é deixada de lado, sendo que em seu quarto é possível encontrar um quadro com todos os compromissos e horários de serena. até mesmo antes da entrada de mateo no apartamento dela e do irmão, serena também cuidava de todas as contas da casa e separava os melhores dias para realizar as compras.
o passatempo favorito de serena é uma atividade rotineira e solitária: skincare. o ritual diário é extremamente relaxante para a o'shea, que se divide entre as aulas e seus treinos para a próxima temporada de competições.
uma das grandes vontades de serena é ter um animal de estimação, contudo, sabe que seria difícil encontrar espaço em sua rotina para se dedicar a isso. ela espera que com a próxima competição se aproximando consiga mais patrocinadores e consequentemente uma vida mais confortável.
desde que aprendeu a ler e escrever, tem o hábito de cultivá-los. embora poucas pessoas têm conhecimento que serena ainda mantenha esse hábito. para ela, deixar seus sentimentos e momentos registrados é uma forma de se recordar o que viveu até então.
a principal forma de serena demonstrar que ama alguém é através de atos de serviço. por isso, é muito simples para ela auxiliar quem ama, independente de qual atividade seja.
serena tem o péssimo hábito de começar filmes sozinha e não terminá-los. isso porque não consegue ficar totalmente relaxa e parada para apenas apreciar o filme, logo, sempre que vai assistir algo é na companhia do irmão sean.
serena tem uma péssima experiência com insetos, principalmente gafanhotos. ela não sabe ao certo quando isso iniciou-se, mas desde cedo ela sempre evita chegar perto de animais dessa categoria e toda vez que se depara com algum deles sai correndo em busca de ajuda.
assim como o irmão, ela teve a sorte de conseguir uma bolsa de estudos em uma excelente escola de los angeles, por conta do trabalho do pai como professor. serena era conhecida como uma boa aluna, por isso, foi um choque para os professores da época que a jovem não ingressasse em uma universidade, mas sim se dedicasse integralmente à patinação.
um dos defeitos de serena é seu péssimo senso de localização. durante os anos vividos em los angeles, já conheceu inúmeros lugares "por acaso" ao se perder pela cidade.
#꒰ ♡ ꒱ 𝐚𝐬𝐤 𝐦𝐞𝐦𝐞 ╱ received .ᐟ#꒰ ♡ ꒱ 𝐜𝐡𝐚𝐫𝐚𝐜𝐭𝐞𝐫 ╱ serena o’shea .ᐟ#꒰ ♡ ꒱ 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐧𝐞𝐫 ╱ arya .ᐟ#finalmente veio aí depois de trinta anos
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Ei! Você viu o NORA GREY QUARKS por aí? Você sabe, aquela aluna da graduação de TRINTA E QUATRO ANOS e se parece muito com KATIE MCGRATH. Eu acho que ela se formou com especialização em JORNALISMO e se parecia muito com RUBY CRUZ. Toda vez que passava pelo dormitório dela, ouvia MISUNDERSTOOD DO BON JOVI tocando pela porta. Todos que a conhecem dizem que ela costuma ser CARISMÁTICA, mas também poderia ser IMPULSIVA. Será que em 2024 ela ainda é assim?
task 1. task 2. task 3. task 4. task 5.
Primeira linha temporal de Nora.
— O futuro do seu personagem foi alterado depois da primeira viagem para 2014?
Quem conheceu Nora Grey antes da primeira viagem no tempo, talvez consiga reconhecer pequenas mudanças e nuances na nova vida e personalidade da mulher. A garota de espírito livre, extrovertida e de bem com a vida teve seu rumo completamente alterado após a morte de seu tio e pai de criação, Damian Hays. A mudança na linha do tempo causada pelos viajantes, isto é, o desaparecimento do tio de Nora provocou não somente uma mudança em seu jeito de ser, como também em sua profissão.
Se na primeira linha do tempo, Nora Grey era uma jornalista especializada em esportes, talvez noiva e feliz em sua vida, a segunda veio com um turbilhão de sentimentos que Nora não soube decifrar ou dizer. Todas as buscas que fez, durante sua juventude, atrás do tio, chegaram à mesma conclusão: nada. Era como se Damian Hays nunca tivesse existido até mesmo para a empresa que sempre trabalhou, a Le Lis Blanc.
Durante anos, Nora remoeu o ressentimento e a angústia de não saber o paradeiro de Hays, se tornando uma grande perseguidora dos LeBlanc, responsáveis pela empresa que seu tio trabalhava. Passou anos se dedicando ao Los Angeles Times, recolhendo todas as informações possíveis sobre a família, até ser promovida à um cargo dentro do departamento de política, finalmente ganhando a oportunidade de escancarar para o mundo muitas verdades sobre os franceses que dominavam o mercado americano.
Assinando como N. Grey, todas as matérias contra os LeBlanc tinha a autoria reconhecida e registrada, numa tentativa vã de atingir aqueles que fingiram por anos não conhecerem quem Nora mais amava.
No entanto, em 2022, mais uma reviravolta mexeu com a estrutura da jornalista de forma permanente. Se o posto de pessoa que Nora Grey mais amou na vida algum dia foi de Damian Hays, este foi arrebatado de forma violenta por fios ruivos e olhos azuis céu. Mesmo que não admitisse para si mesma, o mundo de Nora passou a se chamar Elizabeth Quarks, uma misteriosa professora que apareceu de forma ainda mais intrigante em sua vida.
A conhecida Grey, mulherenga de mão cheia, nunca vista de forma fixa com uma mulher só, deixou para trás sua vida libertina para dar lugar a um amor incondicional e sem limites. Pela primeira vez na vida, Nora correu atrás de alguém até finalmente conseguir unir laços com Lizzie. Casada, fiel, completamente obcecada por sua esposa, Nora e Elizabeth vivem um romance que poderia ser considerado belo, se um segredo não pudesse corromper os laços mais fortes que Nora já teve algum dia: sua esposa ser a culpada pela morte de seu tio.
— Seu personagem soubesse disso, elu gostaria de consertar as coisas para 2024?
Talvez. Não há como Nora corrigir 2024 sem retornar no tempo e salvar seu tio. Entretanto, ela não sabe o que causou o sumiço, nem mesmo que sua esposa é a responsável pela maior dor que já sentiu algum dia na vida.
— Seu personagem soubesse que alguém próximo delu voltou no tempo, elu ajudaria esse alguém a corrigir o curso do tempo?
Sim, porém não acredita em viagens no tempo desde os rumores que rondaram a USCLA em 2013. No entanto, caso provem que conseguem retornar no tempo, Nora ajudará de forma plena, em troca da salvação de seu tio.
— Se seu personagem pudesse mudar a própria vida, elu faria?
Sim, por mais feliz que possa estar na versão atual, sempre se ressentirá pelo sumiço de Hays e suas tentativas falhas de o encontrar. A única coisa que não mudaria seria sua relação com Elizabeth Quarks, pois crê piamente que nada abalaria seu amor pela ruiva.
trivia
Nome Completo: Nora Grey Quarks (ex-Nora Grey);
Data de Nascimento: 27 de novembro de 1990;
Mapa Astral: Sol/Sagitário, Lua/Áries, Vênus/Sagitário, Ascendente/Áries;
Orientação: Lésbica;
Estado Civil: Casada com Elizabeth Celia Quarks;
Curso: Jornalismo;
Atividades Extracurriculares: Jornalista Esportiva no Dailyn Bruin, jornal da UCLA/USCLA;
Altura: 1,73 m (5′ 8");
Dormitório: -.
#𝙢𝙞𝙨𝙪𝙣𝙙𝙚𝙧𝙨𝙩𝙤𝙤𝙙 — about#𝙨𝙝𝙤𝙪𝙡𝙙 𝙄? 𝙘𝙤𝙪𝙡𝙙 𝙄? — starters#𝙄 𝙨𝙩𝙪𝙢𝙗𝙡𝙚𝙙 𝙡𝙞𝙠𝙚 𝙢𝙮 𝙬𝙤𝙧𝙙𝙨; 𝟮𝟬𝟭𝟰 — threads#𝙞𝙛 𝙄 𝙘𝙤𝙪𝙡𝙙 𝙟𝙪𝙨𝙩 𝙧𝙚𝙬𝙞𝙣𝙙; 𝟮𝟬𝟮𝟰 — threads#𝙞𝙛 𝙩𝙝𝙞𝙨 𝙤𝙡𝙙 𝙝𝙚𝙖𝙧𝙩 𝙘𝙤𝙪𝙡𝙙 𝙩𝙖𝙡𝙠 — musing#𝙞𝙩'𝙨 𝙣𝙤𝙩 𝙨𝙤 𝙗𝙖𝙙 — visage#𝙄 𝙨𝙝𝙤𝙪𝙡𝙙 𝙝𝙖𝙫𝙚 𝙨𝙝𝙪𝙩 𝙢𝙮 𝙢𝙤𝙪𝙩𝙝 — asks#𝙙𝙞𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙗𝙚𝙨𝙩 𝙄 𝙘𝙤𝙪𝙡𝙙 — task#𝙄 𝙨𝙚𝙚 𝙞𝙩 𝙞𝙣 𝙢𝙮 𝙢𝙞𝙣𝙙 — missions#tbthqs.intro
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this is Submeta-se ou Morra, Parte 2
one day ill translate all of this i swear
CW: cops, interrogations, cops (singular cop) being pieces of shit, testimony of a mass shooting, etc
O lençol de nuvens no céu lentamente escurecia-se, denunciando a precipitação vindoura. Dentro do carro, e a caminho da delegacia, Alexandre Bertrand anotava o que viu no pub em seu celular e ditava as palavras em voz alta, como uma forma de não distrair-se do caso e relatar o que viu ao parceiro. Jason Cunningham, enquanto isso, dirigia o carro e relembrava-se dos rostos e das informações dos corpos, internalizando uma semelhança aparentemente mundana entre eles. Logo expressou-a para seu colega:
SUBMETA-SE OU MORRA
(Parte 11: Testemunha)
— Todos eram homens, na faixa dos trinta a cinquenta anos.
— A maioria dos presentes em um pub são homens de meia-idade ou mais velhos, principalmente em um dia como ontem. — Alexandre respondeu, guardando o celular no bolso.
— Como pode ter certeza?
— Ontem foi transmitida uma partida de futebol aparentemente importante. Não acompanho pessoalmente, porém conheço alguns amantes... A maioria deles está nessa faixa.
— É só uma suposição, Alexandre. Aliás, não vejo como isso afeta o caso.
— Apenas explica a semelhança entre as vítimas. Isso pode ajudar a estabelecer um motivo.
— De fato. — Cunningham silenciou-se por poucos instantes antes de continuar. — Mas nós estamos nos aproximando da testemunha. Quaisquer teorias que você tenha, é melhor descartar.
— Como Holmes? — Alexandre sorriu discretamente.
— Como Holmes, sim. — Jason suspirou.
Eventualmente, os dois detetives chegaram no local. Os dois ajustaram suas roupas – Cunningham, seu sobretudo¹ preto, Bertrand, seu paletó – e entraram, andando direto à recepção e registrando o motivo da vinda no seu terminal.
Após alguns minutos de espera, um oficial uniformizado, menor que Finch, de cabelos negros com costeletas grisalhas, veio ao encontro da dupla.
— Um momento. — Bertrand levantou-se da cadeira. — Você é Robert Emerson, não é?
— Hm? — O policial arqueou uma sombrancelha. — Como sabe?
— Suas olheiras estão grossas. Pernoitou recentemente.
— Muitos policiais também pernoitaram ontem...
— Eu sei. Apenas li seu sutache² e liguei os pontos.
— Tá, tá. — Emerson resmungou. — Vocês vieram pra ver a testemunha, né?
— Sim, viemos. — Cunningham levantou-se junto. — Precisamos do nome dela, inclusive.
— É Ava Nielson, senhor.
— Perfeito. — Virou-se ao parceiro. — Vamos.
Bertrand e Cunningham rapidamente andaram até a sala do interrogatório. Nela estava a testemunha: Ava Nielson, uma mulher jovem de cabelos castanho-claros e olhos escuros, sentada em uma das duas cadeiras postas nas extremidades da mesa, nervosamente observando a sala, seu olhar correndo pelas paredes.
— Ava Nielson? — Bertrand perguntou, sentando-se na cadeira à frente dela. Cunningham passou sua caderneta para ele e permaneceu de pé.
— Uhum... — ela murmurou.
— Ótimo. Nós precisamos apenas que você responda algumas perguntas e que descreva o que aconteceu ontem. Seja completamente sincera, sim? — Ele junta suas mãos na mesa.
— Ok. — respondeu timidamente.
— Tudo bem, então.
Poucos segundos passaram-se enquanto Bertrand rapidamente folheava a caderneta, percorrendo por cada informação dentro dela. Quando terminou, deixou seu celular gravando o interrogatório na mesa e imediatamente virou-se à testemunha, perguntando:
— Do que você se lembra?
Outros instantes se passaram antes da testemunha finalmente dizer:
— Primeiro teve o apagão... Depois... Um cara bem grande chegou, com uma máscara... E aí ele começou a atirar em todo mundo... E aí quando ele atirou no meu namorado, eu fugi... Quando eu tava um pouco longe, eu liguei pra polícia...
— E ele só deixou você fugir? — Cunningham perguntou, aproximando-se dela, com a mão na mesa.
O detetive inspetor encarava-a fixamente, com sua sombrancelha arqueada, enquanto a testemunha desviava o seu olhar.
— Acho que sim... — ela disse, quase em sussurro.
— Você acha, Nielson? — Ele aumentou o tom da voz.
— Cunningham. — Bertrand interrompeu-o.
— Continue. — Seu parceiro tirou a mão da mesa e afastou-se.
— Próxima pergunta... Você tem uma ideia de como era essa máscara?
— Parecia uma máscara de gás...
Cunningham cruzou os braços.
— Então você deve ter visto a arma do crime. — Bertrand afirmou. — Como era?
— Eu não sei... Uma metralhadora...?
— Ava... — Ele tirou a sacola com a bala da sua bolsa e mostrou à mulher. — Você sabe o que é isso?
— Não...
— Não? — Ele pôs a evidência na mesa.
— Não, senhor... — Ela olhou para os próprios pés.
— Isso são projeteis e estojos de uma munição ogival de nove milímetros, senhorita.
— É seguro afirmar que podem ser balas de pistola ou revólver. — Cunningham acrescentou, ainda de braços cruzados.
— Você pode ter ouvido o que for, mas a arma não foi uma metralhadora.
— Tá...
Nada mais foi trocado entre os três a não ser olhares, por um breve momento. Cunningham continuava com seus olhos fixos na testemunha e franzia sua testa. Bertrand também olhava Nielson, mas estava mais preocupado com o seu parceiro. Ela, no entanto, desviava sua visão dos dois, olhando para o canto da sala. Aquele silêncio rapidamente foi quebrado por Cunningham, que perguntou secamente:
— Mas você não acha estranho que uma pessoa tenha matado tanta gente apenas com uma pistola, senhorita Nielson?
— Ele atirava bem rápido... — Ela deitou sua cabeça sob a mesa.
— Nielson...
Uma das pálpebras de Cunningham sofreu um breve espasmo. Seus punhos fecharam-se. Um pensamento então agarrou sua cabeça com suas grandes garras e sussurrou no seu ouvido:
— Faça ela falar, Jason. Ela tá mentindo pra você. Faça ela falar a verdade.
— Eu te disse, senhor, tava tudo tão escuro, tão confuso, eu fugi muito rápido...
— Cala a PORRA DA SUA BOCA!
Jason bateu as duas mãos na mesa. Ava, assustada, levantou a sua cabeça e olhou para ele, com seus olhos já cheios de lágrimas.
— Fale a MERDA da verdade, Nielson! — Gritou o mais próximo dela que conseguia e apontou o indicador a ela. — Você tá MENTINDO pra mim! MENTINDO! VOCÊ VAI FALAR A VERDADE PRA MIM, SUA...
— Cunningham! — Bertrand gritou de volta, em tom menos intenso.
Jason lentamente afastou-se da testemunha, esfregando suas têmporas com os dedos. As lágrimas correram pelo rosto de Ava no momento em que ele parou de gritar. Ela chorava sem fazer som, olhando para Alexandre, do outro lado da mesa, agradecendo pela sua misericórdia.
— Eu vou... Eu vou contar...
— Ótimo. — Bertrand estralou as juntas dos dedos das mãos, uma por uma. — Conte.
— Eram... três. — Nielson respirou fundo. — Três mulheres. Elas estavam com... máscaras de gás. Uma delas era grandona. Todas elas tinham pistolas.
— Continue.
— Então elas atiraram em todo mundo. Menos eu e mais uma que tava lá. Aí a grandona foi falar comigo, a outra foi falar com essa...
— Sim. O que ela te disse?
— Ela me disse, "submeta-se ou morra"...
Bertrand arqueou uma sombrancelha.
— E o que mais?
— Disse que tinha me visto com meu namorado. — Diminuiu o tom da voz. — E disse que não era tarde demais pra pedir perdão...
— Então você fugiu?
— Ela me deu isso aqui.
Nielson tirou, do bolso da sua calça, um pequeno folheto. Era pequeno o suficiente para caber no bolso de uma calça jeans feminina. Ela o pôs na mesa e Bertrand pegou-o, guardando-o na sua bolsa.
— E então você fugiu.
— Isso... E liguei pra polícia.
— Ótimo. — Bertrand levantou-se da mesa e agarrou o antebraço de Cunningham. — Muito obrigado pela sua colaboração, Ava Nielson. Cunningham, vamos.
Bertrand puxou seu parceiro e os dois viraram suas costas para a testemunha, saindo da sala. No caminho, ele perguntou:
— Jason, o que foi aquilo? Não parecia uma tática de interrogatório.
— Não foi... — Ele respirou fundo. — Não foi nada. Não se preocupe comigo. Temos um caso a resolver.
— Certo. — Ele suspirou. — Nós conversaremos sobre isso depois. Mantenha-se sob controle, por favor...
Enfim, os dois andaram para o carro e sentaram-se em seus assentos, partindo para a sua própria delegacia.
___________________________________________
Rodapé:
1: O "sobretudo" específico de Jason é um "ulster", um tipo de casaco vitoriano aberto. Não, não tem motivo plausível pra ele vestir isso, eu só escolhi porque achei que fosse bacana.
2: "Sutache" é um tipo de trançado de tecido decorativo. Muitos identificadores de policiais e militares (que geralmente contém patente, nom de guerre e tipo sanguíneo) são feitos com ele, e por extensão, também são chamados de "sutache".
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❝ &. Preencha o juramento antes de continuar: em nome da Excalibur, KEREM SAHIN-PORTER em seus TRINTA ANOS, jura seguir o legado de TARZAN E JANE durante a sua estadia na Academia dos Legados. Com a sabedoria concedida a ele, deve se manter caminho da luz enquanto conclui o MÓDULO III. Com a bondade tocada em seu coração, recebe ASTÚCIA e não se permite ser corrompido por GANÂNCIA. Por último, é deixado um corte na mão de SERKAN ÇAYOGLU como prova de seu comprometimento com a luz.
―― blog de musings
Habilidade mágica: DADOS VICIADOS — — em sua cerimônia na Excalibur, ao invés de receber poderes, um objeto surgiu em sua mão. Tão pequeno, mas tão poderoso. A Kerem foi concedido um dado mágico, com seis lados. Cada lado representa uma ação mágica, e quando em batalha ou situação que precise se defender, basta jogá-los e torcer para que caiam numa casa que vai o favorecer; o nome dados viciados veio com o tempo, quando ele aprendeu a jogar o dado do lado mais poderoso, mas não é sempre que tem essa sorte. Mais informações sobre os lados do dado aqui.
Ocupação: pode ser visto trabalhando como guia em Zootopia alguns dias da semana, apesar de odiar fazer isso. Seu verdadeiro trabalho mesmo é como croupier em um cassino do Castigo, onde faz com que as pessoas se viciem em Gwent, e ele acabe ganhando dinheiro com isso.
Dormitório: Não; com seu dinheiro “ilegal” conseguiu uma moradia para si mesmo em Arthurian. É simples, mas pelo menos não precisa passar o tempo todo na Academia, e nem em Moors, perto de seus pais.
Quem olha para Tarzan e Jane e seu incrível paraíso mágico que é Zootopia, acredita que a vida deles é perfeita, e que consequentemente, tem filhos perfeitos. Mas não é bem assim. Claro, sua irmã era brilhante, mas somente porque os dois tiveram tempo de corrigir os erros que haviam sido cometido com o primeiro filho. Crescido um pouco deixado de lado, porque os animais eram mais importantes que sua própria progênie, Kerem desde pequeno passou a invejar a atenção que os pais davam às criaturas, além de sua mãe que também parecia ligar somente para seu trabalho na Academia. Sim, ele recebia comida, roupas, educação, mas um carinho verdadeiramente significativo? Era muito raro. Somente quando precisavam aparecer para as câmeras, aí sim! Isso fez com que o primogênito crescesse um pouco amargurado demais com a vida, e quando completou 18 anos e precisou entrar para a Academia, não escondeu esta personalidade.
Passava muito do seu tempo livre imaginando e inventando coisas, era bem criativo. Podia até ter puxado o dom para com os animais de seus pais, visto que seu quarto era sempre invadido por eles, mas não costumava os dar atenção. Ao invés disso, criava cartas para jogar com os poucos amigos que tinha, ou então jogos de tabuleiro com dados. Quando a Excalibur decidiu presenteá-lo com um poder que remetia àquilo, ao que realmente o interessava, não ficou surpreso.
Foi depois de passar no Módulo I, finalmente podendo usar seu poder fora da Academia, que inventou o Gwent, um jogo de cartas de estratégia, mas que também dependia de um pouco de sorte. Sob um nome anônimo, espalhou o jogo pela Academia, e esse logo virou uma febre. Porém, logo foi vetado. Qualquer coisa que não fosse educacional não podia ser vista dentro do campus, ainda mais se induzisse ao vício. Por isso, por meio de alguns contatos inesperados, Kerem conseguiu implantar seu jogo em um cassino do Castigo, e em troca, teria de trabalhar como Croupier por lá. Para que os pais não desconfiassem de nada, tentou melhorar a relação com eles, e agora até mesmo atua alguns dias como guia da Zootopia, e está procurando melhorar sua relação com os animais.
Agora, tão focado em sua vida ilegal, é possível ver que o desempenho de Kerem na Academia diminuiu, quase não conseguiu passar pelo módulo II, e acabou reprovando uma vez. Finalmente no módulo III, sente-se mais livre nas simulações que precisa passar, pois tem muita confiança em seu poder. Não vê a hora de terminar os estudos para focar apenas em sua carreira como criador de jogos — ele só não sabe se irá fazer isso tudo em anonimato, ou se decidirá contar ao mundo quem é.
#boa noiteeee#não sei fazer graphic#me perdoem kkkk#quem quiser plot dá like que eu já apareço!!#「 biography. 」
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I love you both! - Niall Horan
Querida, vou levar o Luca embora. Já volto. – O loiro ficou em minha frente e em seu colo o menino pequeno de olhos azuis me encarava.
– Eu posso ir com você, eu quero passar no...
– Acho melhor não, lembra da última vez que você foi comigo? – Assenti e suspirei. – Então, amor. Acho melhor evitarmos problema.
– Tudo bem, Niall. – Me levantei e fiquei na frente do menino e acariciei suas bochechas. – Tchau, Luquinha, até mais. – Beijei seu rosto e o menino sorriu.
– Querida, ela não gosta disso. – Niall disse com a voz baixa.
– Mas ela está aqui, querido? – Sorri sarcástica e ele negou. – Então eu não vejo motivos para eu não me aproximar dele, poxa amor, ele é seu filho e tem apenas dois anos. Eu gosto de crianças e não vou parar de tentar ter um relacionamento bom com meu enteado, apenas porque a mãe dele não gosta de mim.
– Querida, eu entendo, só acho melhor assim. – Sorriu fraco e acariciou minhas bochechas. – Com calma nós vamos resolvendo tudo.
– Então vai logo, Horan, só não demora. – Me afastei e fui para o quarto batendo os pés.
Era sempre assim, Niall sempre arrumava um jeito de me afastar de Luca, tudo para agradar a ex dele. Eles namoraram por quatro meses e ela acabou engravidando e como Niall sempre gostou de fazer as coisas do jeito certo, casaram no civil e foram morar em uma casa pequena perto do padaria do meu pai.
E foi lá que eu conheci ele, na época em que nós conhecemos, eles já estavam quase separados - não duraram mais que um ano -, Niall tinha certeza que se precipitou muito em casar com ela, e eles não poderiam ficar juntos do jeito que estavam. Nos conhecemos e depois de cinco meses apenas na amizade, rolou o tão esperado beijo e assim foi, e já faz sete meses que namoramos.
E Lea - a ex - não aceita muito bem e para descontar a raiva que tem de mim, afasta o Luca do Niall e joga a culpa em mim.
É bem raro o Niall trazer o Luca para o apartamento em que moramos, sempre quando ele pega o menino, ou eles ficam na casa dos pais do Niall ou até mesmo na casa do antigo casal. É fato que Lea ainda não superou o fim do casamento e não aceita que finalmente Niall seguiu em frente e por isso tenta me afetar de alguma maneira.
E é por isso que eu não posso ter nenhuma relação com Luca, nada de fotos, apelidos, abraços e beijos, ou até mesmo um passeio entre eu, ele e Niall. Caso aconteça alguma coisinha dessa lista, ela ameaça tirar Luca de Niall.
E Niall faz de tudo para evitar, ele faz todos os gostinhos da ex. O que deixa ela absolutamente à vontade e eu? Não existo no mundinho perfeito de Niall com o seu filho.
Eu amo ele, eu realmente amo o Niall. E quando ele se afasta e afasta seu filho de mim, realmente me machuca.
“Querida, Luca não quer me largar de jeito nenhum hahaha, vou jantar por aqui. Espero que não se importe, acho que ele sente falta do pai e da mãe reunidos!Eu amo você, amor. Beijos, volto logo.”
Meus olhos se encheram de lágrimas, assim que eu li o SMS de Niall. Eu realmente sou uma pedra gigante no caminho deles.
O Luca sente falta da família, não é? Ainda com lágrimas escorrendo pelo meu rosto, pensei em escrever várias mensagens como “Se ele sente falta da família, fique por aí.” ou “Então volte para sua casa e fique junto com a mãe de seu filho.” mas tudo que saiu foi apenas “Ok!”. Me joguei na cama e comecei a contar até dez mentalmente, tentando me acalmar para não poder fazer nenhuma loucura.
•••
Ouvi o barulho da chave ser jogada na escrivaninha do quarto e passos vindo até a cama. Abri os olhos lentamente e vi relógio da parede que marcava duas e trinta e sete da manhã.
– Não sabia que o Luca ficava acordado até essa hora. – Digo com a voz baixa e logo sinto as mãos quentes de Niall rondearem minha cintura.
– Eu acabei cochilando junto com ele, me desculpe, querida. – Me puxou, fazendo minhas costas baterem contra seu corpo.
– Tudo bem, Niall. – Suspirei e virei para encara-lo. – Amanhã é sábado e finalmente vamos sair para fazer algo, então nada vai me irritar. – Sorri e comecei acariciar sua barba rala.
– Bom, sobre isso. – Deu uma pausa e eu respirei fundo, sabendo que viria a seguir. – Eu disse para Lea que eu iria com ela fazer a inscrição do Luca na escola de futebol e depois iriamos levar ele em um parque de diversões.
– E eu? Vou ficar em casa, chupando dedo enquanto você sai com o seu filho e sua ex mulher?
– Você está com ciúmes do Luca? – Niall se afastou bruscamente. – Pelo amor de Deus, me diz que você não está com ciúmes do meu relacionamento com o meu filho.
– Não, eu não estou com ciúmes, não dele. – Me virei ficando de costas e ouvi ele bufar.
– Eu amo você, amor. – Puxou novamente meu corpo, fazendo eu encara-ló.
– Eu sei, querido. Mas eu tenho medo, porque eu não sei se ela pedir para voltar com você pelo bem do Luca, você volta sem pensar duas vezes, não é?
– Querida, olha só...
– Estou certa, Niall? – Encarei seus olhos azuis que logo desviaram dos meus.Já tenho a resposta dele, levantei rapidamente recolhendo meu travesseiro e meu cobertor e caminhei até a porta.
– S/n, amor...
– Apenas cale a boca e não venha atrás de mim. – Sai do quarto.
Fui o mais rápido possível para o quarto ao lado e tranquei a porta, me joguei na caminha de solteiro que tinha lá e pude ouvir um barulho alto que provavelmente vinha do quarto em que eu estava segundos atrás.
Levantei da cama e fui em direção à porta, destrancando a mesma e segui para o quarto em que dividia com o Niall.
– Niall? – O loiro olhou para mim, seu rosto estava vermelho e lágrimas desciam pelo seu rosto desesperadamente. – Espero que amanhã você consiga tirar todas as suas coisas do meu apartamento, acabamos por aqui.
Fechei os olhos, tentando segurar as lágrimas que insistiam em cair. Dei meia volta e entrei no quarto pequeno novamente.
Juro que estou me segurando para não voltar no quarto e pedir para ele ficar e me amar loucamente. Mas sei que ele não seria capaz de fazer isso e por isso mesmo decidi colocar um ponto final na nossa história, que só estava sendo escrita por mim.
•••
Sai do banheiro com a toalha enrolada no meu corpo, vesti a roupa que tinha separado antes e fui em direção à cozinha. Até agora sem sinal do Niall, mas suas coisas ainda estão jogadas pela casa.
Sentei no sofá, ligando a TV logo em seguida em um canal aleatório e ouvi a porta sendo destrancada.
Niall entrou com o menino loiro em seus braços e logo quando me viu, ambos sorriram.
– Já está pronta? – Ergueu as sobrancelhas e deixou o menino no chão.
– Para? – Sorri para o menino que veio em minha direção de bracinhos abertos. – Oi amor.
– Para sairmos, oras. – Sentou ao meu lado. – Eu, você e Luca. – Passou o braço em minha cintura.
– Niall, eu pedi para você ir embora. – O loiro sorriu.
– E eu não vou. – Beijou minha bochecha. – Não posso te deixar sem antes tentar reparar meu erro. Eu te amo demais e não posso te perder por uma coisa babaca.
– Não é babaca, Niall. – Revirei os olhos. – Você não sabe como eu me sentia quando você me excluia desse jeito.
– Desculpe, meu amor. – O menino que estava no meu colo, agora estava sentado no chão assistindo TV e Niall aproveitou e me abraçou, fazendo-me esconder a cabeça em seu pescoço e sentir seu perfume masculino. – Eu juro que vou fazer tudo certo agora, Lea que se foda, só você que importa para mim.
– E o Luca. – Rodeei meus braços em sua cintura, me aproximando mais do seu corpo, aproveitando o carinho do homem.
– E o Luca. – Riu fraco. – Com você eu realmente aprendi o que é o amor entre um homem e uma mulher, eu juro que nunca amei ninguém como eu amo você e vou fazer de tudo, de tudo mesmo, para que você seja feliz e se sinta amada.
– Você já me faz feliz e amada, querido. – Beijei seu queixo. – Eu só peço para não afastar o Luca só para fazer as vontades da pirada da sua ex.
– Pirada é pouco para ela, não sei como aguentei tanto tempo e agora só aturo ela pelo Luca. – Gargalhei. – Mas eu já conversei com ela e pedi para a mãe dela conversar também, ela precisa entender que você está comigo, gosta do Luca e jamais faria algum mal para ele.
– Fico feliz que finalmente falou com ela, você era frouxo demais, querido. – Ri e ele beliscou minha cintura.
– O que nós vamos fazer?
– Nós três. – Me encarou e segurou meu pescoço, me puxando para dar um selino. – Vamos fazer a inscrição do Luca na escolinha, depois vamos comer algumas besteiras e por fim vamos levar ele em algum parque de diversões, juro para você que se não levarmos ele hoje, ele fica doente. – Me selou mais uma vez. – E depois vamos levar ele para casa da mãe dele e nós dois vamos em um restaurante ou em uma balada, o que você preferir e depois vamos voltar para a nossa casa e fazer amor a noite inteira.
– A noite inteira? – Sorri maliciosa e ele assentiu. – Gostei muito dessa parte. – Pisquei para ele.
– Eu te amo muito, querida.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
o que acharam? está fraquinho massssssss está ai! estou de volta amores ❤💘💓💖💗💙💚💛🧡💜🖤💞💝💟❣
#imagines#imagines niall horan#imagine niall horan#imagine#imagine com niall horan#niall#niall horan#ju
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Capítulo 37 - O Jogo Virou
Sirvo um pouco de vodca e esboço um pequeno sorriso ao ver Ally conferir seu próprio reflexo no espelho mais uma vez. Minha amiga trajava um lindo vestido rosa de seda, justo na região do seu tronco e mais solto a partir da cintura.
- Por que estamos esperando aqui mesmo?
- Porque Camila não quer chegar sozinha. - Normani resmunga, ajeitando o salto.
O vestido preto, curto e justo de Normani deixava evidente o quanto minha melhor amiga estava em dia com a sua academia.
- Vocês estão muito chiques. - Louis ri, virando todo o conteúdo de seu copo - Tudo isso é vontade de impressionar aqueles idiotas? - questiona interessado, se jogando no sofá de Niall.
Louis era o mais casual de todos, seu visual para aquele evento era o que mais demonstrava que ele não estava nem aí em parecer bem arrumado para aquela social. De calça jeans de lavagem azul escura e uma blusa preta de algodão com um desenho de uma careta mais um Vans preto, Louis estava pronto para o evento.
- Eles são as últimas pessoas que eu quero impressionar na minha vida. - Dinah tira as palavras da minha boca - Eu quero, no mínimo, causar. - Louis esboça um sorriso presunçoso - Aqueles desgraçados tentaram acabar com o meu emocional e com a deles… - aponta para as outras pessoas da sala - Eu já impressionei quando me tornei um ser humano três vezes melhor que eles, apenas respirando.
Dinah iria causar bastante com o look ousado escolhido por ela: um vestido justo e branco com detalhes coloridos, o corte lateral no vestido curto deixavam suas pernas torneadas bem evidentes. Ela estava muito gostosa.
- Bem ressaltado, Dinah. - Niall bebe o whisky - Mas é bom causar uma boa impressão e começamos isso pela roupa. - ri divertido, encolhendo os ombros.
Para aquela ocasião, Niall havia optado por um sapato social preto, calça social cinza grafite e uma camisa de abotoar branca que dava um ar mais despojado já que ela não era de mangas compridas.
- O colegial foi tão ruim assim? - Louis pergunta curioso.
- Só não foi pior porque estávamos juntos. - Harry responde honestamente.
É inevitável não lembrar dos momentos horríveis que todos nós havíamos passado pelo colegial. As brigas, os xingamentos, a pichação, o corte de cabelo forçado, todos os empurrões e humilhações. Tudo. Era impossível não lembrar de tudo que aqueles adolescentes horríveis fizeram para nós e conseguiram sair impune.
Gostava de pensar como a vida dava voltas: os que mais sofreram e foram humilhados, eram os que mais tinham se dado bem na vida profissional e pessoal.
- E se você pensa que eles não vão estar lá para debochar ou tentar aparecer, está muito enganado. - suspira audivelmente - Ally está tão nervosa que se alguém cutucar ela, não duvido que ela faça xixi. Normani deve estar com mais dois saltos no porta-malas. Dinah colocou apliques, apenas para essa ocasião. Lauren parece relaxada, mas está planejando dizer que podemos chamá-la a qualquer momento para ameaçar qualquer pessoa de processo. Niall com toda certeza vai falar dos grammys dele em algum momento. - fala em alto e bom som, dobrando as mangas de sua camisa social branca com bolinhas.
- E você, Harold?
- Eu? - cruza as pernas - Eu estou com o cu na mão e pronto para falar sobre como é ser um dos editores mais bem sucedidos com menos de trinta anos.
Harry não havia mentido em momento algum sobre as suas palavras, aquela semana toda só sabíamos falar sobre como seria o grande encontro da turma do colegial; não existia nenhum ser humano da nossa turma que não estava receoso e ansioso para aquele momento. Não tínhamos nada a provar, mas queríamos.
Mostrar para todos aqueles idiotas que nos humilhavam, todos os dias, era fechar com chave de ouro o nosso sucesso pessoal. Nós éramos bem mais do que aqueles anos terríveis do colegial.
O convite da reunião escolha havia sido feito semanas atrás através do e-mail, não soube quem alegou primeiro que não iria de maneira alguma. Após muita conversa e muita insistência de Camila e Ally, vimos que não seria tão ruim assim voltar ao lugar que nos uniu. Nós éramos maiores do que aquilo e todos aqueles alguém’s que tentaram nos fazer mal.
- O que eu quero saber é se após esse evento iremos sair para encher a cara?
- Por isso eu te amo, Lauren. - Louis ri - É disso que estou falando.
- Eu também. - Niall, Ally e Normani falam ao mesmo tempo.
- Não dá para processar tudo o que vamos viver sóbrios. - Dinah conclui - Nós definitivamente vamos sair depois. - Harry concorda.
Esperamos bons minutos até que Camila finalmente chegou, maravilhosa como sempre: usava um lindo conjunto estampado nas cores azuis e dourado de seda. Seu cabelo estava preso em um coque alto totalmente despojado e sua maquiagem estava perfeita.
- Vamos? - rouba um beijo - Desculpe o atraso, estava resolvendo problemas com o jardineiro no casarão. - não consigo evitar de sorrir largo.
Camila estava fissurada com o meu presente de casamento para nós, agora eu a via tão animada para arrumar as coisas do casarão tanto quanto eu. Em todo o seu tempo livre ela passava vendo móveis e ideias para planejar e executar em nossa propriedade, deixando o casamento meio de lado. Já eu, estava mais animada com a ideia da cerimônia do casamento, então estava agendando encontros cerimonialistas enquanto resolvia as coisas do meu novo escritório.
- Eu sou Camila Cabello, eu sou rica e bem sucedida, tenho uma noiva perfeita e um casarão que mostra o quanto eu sou uma burguesa safada. - Normani zomba e minha noiva revira os olhos, a empurrando - É assim que você vai se apresentar hoje?
- Cale a boca. - viro todo o conteúdo do meu copo, abraçando sua cintura - Eu pedi um dos Uber’s, Lauren disse que vocês vão querer sair para beber depois…
- Bem lembrado! - Ally sorri - Eu chamo o outro.
Dividimos nos mesmos grupos de sempre, em um carro: Camila, Harry, Louis e eu. No outro carro: Normani, Ally, Dinah e Niall. Durante todo o trajeto Harry estava falando mal de todos aqueles que haviam nos feito mal, isso incluía Keaton e Wesley Stromberg, que haviam feito a vida dele e de Ally um verdadeiro inferno. Camila relembrou de coisas que Cece Frey, Diamond White e Beatrice Miller faziam com a ajuda de Drew Chadwick.
Podia sentir o meu estômago revirar apenas de estar na frente daquela escola uma outra vez. Por mais que fossem anos longe dali, eram muitas lembranças, boas e ruins. Conseguia ser desesperador estar no lugar que, anos atrás, eu não voltaria nem arrastada.
Olhei para Camila e por alguns instantes tentei me lembrar de como ela era, anos atrás, ao entrar ao meu lado no colégio, tive uma vaga lembrança. Conseguia lembrar dela jovem e segurando minha mão do mesmo jeito que estava fazendo naquele momento e isso foi o suficiente para saber que eu era capaz de tudo.
Logo na entrada do campo de futebol, onde o evento estava acontecendo, éramos recepcionados por professores antigos. Para alegria e tristeza de Camila, os professores que estavam entregando as etiquetas para colocarmos os nomes eram nossos antigos professores de Matemática e História: Jordan e o Kidman, os professores que Camz mais amava e odiava.
- Camila! - Jordan abre um largo sorriso, se levantando da cadeira- Meu Deus, eu achei que você não viria! - a abraça e ela ri, o abraçando de volta - Eu li sua entrevista na ‘Fortune’, perfeita. Você estava perfeita. Nem consigo acreditar que você foi minha aluna um dia, falo de você para todo mundo.
- Eu também faço isso. - brinco e Camila revira os olhos, entrelaçando nossas mãos.
- Lauren Jauregui? - semicerra os olhos, como se tentasse me reconhecer.
- Em carne e osso.
- Meu Deus! - me abraça também e eu sorrio de canto - Vocês ainda estão juntas ou o que?
- Iremos nos casar em… - comprimo os lábios - Em algum momento entre esse ano e ano que vem, ainda não sabemos. - ele ri, se curvando para anotar os nomes nas etiquetas.
- Meus parabéns, meu Deus, isso é incrível. - ele nos olhava maravilhado, o que me deixou muito radiante - É muito bom ver vocês, espero mesmo que possamos conversar em algum momento da tarde de hoje. - assentimos e ele entrega as etiquetas, colamos em nossas roupas.
- Sr. Kidman. - Camila resmunga, em um cumprimento estranho que o senhor nem se importa em devolver - Vamos?
Ao me dar conta, nossos amigos tinham se separado e cada um estava em um lugar diferente. Niall e Ally conversavam com o técnico do time de futebol. Harry e Louis conversavam com Kellen, nossa antiga professora do teatro. Normani e Dinah conversavam entre si enquanto pegavam uma bebida, optamos por nos aproximar delas.
Conversávamos sobre como a escola parecia a mesma, Dinah resmungava sobre odiar metade das pessoas que estavam lá e mal podia esperar para ir embora. A conversa mudou quando Harry arrastou Kellen para perto de nós, foi então que a conversa realmente começou. Nossa antiga professora abraçou cada um de nós e fez questão de saber um pouco sobre a vida de todo mundo, ficou chocada ao descobrir que estávamos namorando e casando entre nós, mas informou que já imaginava que algo similar iria acontecer.
Acabei encontrando antigas parceiras do time de Softball, o que rendeu uma longa conversa sobre nossos títulos na época da escola e como a treinadora Bailey, que veio se juntar à nós, era uma verdadeira general na hora de exigir o melhor do time. Descobri que graças as nossas vitórias e bons resultados, todas do time haviam conseguido ingressar em ótimas faculdades graças a bolsa de estudos por conta do esporte.
- Cara, isso aqui está muito chato, devíamos fazer como o Zayn e ir embora mais cedo. - Louis resmunga, bebendo um suco horrível.
- Logo nós vamos embora. - Ally ajeita o cabelo dele - O que é isso?
- É um crime contra o meu estômago. - Camila reclama, colocando o prato que havia feito de volta na mesa - Precisaremos passar em algum lugar comer depois.
- Tudo bem, eu te pago um hambúrguer. - beijo sua testa e ela sorri.
- Vejamos, quem são vocês? - nos viramos, rapidamente leio o nome na etiqueta ‘Dylan Holland’ - Cara, eu lembro de você. - aponta para mim - A menina que vomitou no jogo de softball, certo? - meu sorriso morre no mesmo momento.
- Eu prefiro a menina que foi campeã das nacionais daquele ano, mas esse também serve. - tento entrar na brincadeira, Camz acaricia minhas costas.
- E você é quem? - Camila questiona interessada - Eu não consigo me lembrar de você.
- Eu participava da banda da escola, trombone. - fala orgulhoso.
Pelos próximos minutos nós escutamos aquele cara falar sobre seus dias “gloriosos” na banda da escola, ouvindo ele contar sobre como tinha um ótimo negócio agora com sua primeira escola de música. Para nos livrarmos dele, Ally informou que seria uma ótima ideia ele conversar com Niall, que era compositor da Capitol Records, funcionou.
- Achei que ele nunca mais ia parar de falar. - Ally revira os olhos e eu não consigo evitar de rir - Lauren, como você está bem com ele lembrando dessa…
- Está tudo certo. - Camila beija minha bochecha, tentando me passar algum conforto.
- E nós achamos que ninguém iria mais lembrar. - minha noiva fala e eu reviro os olhos.
- Aquilo lá deve estar no e-mail de todo mundo até hoje. - falo entre dentes - Eu deveria ter metido um murro em Beatrice depois disso.
- Espera aí, você não estava nervosa? - Louis questiona - Todo mundo falou que você estava com tanto medo de perder para o outro time que vomitou.
- Não, definitivamente não. - suspiro alto - Beatrice Miller colocou alguma coisa na minha bebida, eu acabei passando muito mal e ficando desidratada depois da “brincadeira” dela. - ele abre a boca, surpreso - Nós não exageramos quando dissemos que foi a pior época da nossa vida.
De acordo com Louis, sua vida no colegial havia sido muito boa. Ele foi capitão do time de futebol, ia para todas as festas, era o palhaço da turma. Todo mundo amava Louis e queria ser seu amigo, o cara não maltratava ninguém e não permitia que ninguém fizesse nada ruim ao seu redor, isso garantiu que ele fosse um grande amigo de Zayn e Liam durante os “anos dourados”.
- Olá, tudo bem? - Ally se vira dando de cara com alguém que eu precisei olhar o nome na etiqueta para reconhecer.
Ali estava Keaton Stromberg, o cara que mais havia pegado do pé de Ally durante todo o colegial. O garoto, agora homem, havia colocado ela em latas de lixo; jogado sua mochila em poças de água; empurrado ela, milhares de vezes, contra armários e rasgado seus trabalhos escolares. Os anos não haviam sido muito gentis com ele, ele tinha olheiras enormes e uma pele muito mal cuidada, seus olhos pareciam triste e sem vida alguma, a roupa não valorizava tanto seu corpo como ele achava e ele parecia totalmente inofensivo.
- Keaton? - dá um passo para trás.
- Allyson Brooke? - ele parecia genuinamente surpreso - É você mesmo?
- Nossa, você está… - fica sem qualquer adjetivo.
- Péssimo? - sussurro no ouvido de Camila e ela engasga com a água, prendendo a risada.
- Você está ótima! - abre um largo sorriso - Eu nem te reconheci. - Louis nos encarava, tão surpreso quanto nós - Você continua baixinha como eu me lembrava e bem mais bonita do que antes.
Arqueio minhas sobrancelhas, incrédula com sua fala. Boa parte dos problemas de autoestima de Ally vinham graças a aquele cara, principalmente, envolvendo o seu tamanho. De todas as coisas que Keaton poderia dizer, aquela havia sido a mais desnecessária.
- Nossa, cara, você realmente não sabe flertar, né? - Louis ri debochado - Se você foi a sua adolescência inteira um babaca com alguém, é bom começar pedindo desculpas e não…
- Louis. - Ally o repreende e posso notar Keaton ficar sem graça.
- Oh, eu… - suas bochechas estavam vermelhas - Eu realmente fui um babaca.
- Demorou tanto tempo para perceber? - Louis não consegue evitar de soar sarcástico. - o homem coça a própria nuca.
- Eu sinto muito, Allyson. - parecia honesto - Sei que desculpas não ajeitam o que eu fiz no passado, mas elas são honestas e hoje sei o quanto meu comportamento autodestrutivo prejudicou pessoas a minha volta. - olha sobre o ombro dela e nos encara - Eu realmente sinto muito, espero que tenham um dia bacana. - se afasta.
Não sabia dizer quem estava mais sem reação ali. Ally se virou para nós e nos encarou como se questionasse “o que devo fazer?”, Camila apenas deu de ombros e convidou sua melhor amiga para ir no banheiro com ela, assim fizeram. Louis e eu ficamos conversando, Harry acabou se aproximando depois de alguns minutos falando sobre como a escola parecia menor do que ele realmente lembrava.
Levei um susto gigantesco quando Dinah me arrastou para longe de Harry e Louis, minha melhor amiga fez questão de mostrar quem havia acabado de chegar na reunião de ex-alunos: Beatrice Miller. Faziam meses desde a última vez que eu havia a visto, ela estava bem mais magra e seu semblante não era tão carrancudo quanto antes.
Nervosa com a possibilidade das coisas poderem sair de mão, pedi para que Dinah chamasse Jordan para conversar com Camila e ela, assim minha noiva poderia ficar bem longe de Miller enquanto eu conversava com ela. Parte de mim gritava que era um enorme perigo ela estar no mesmo ambiente que Camz, assim como parte de mim dizia que ela estava ali apenas para relembrar dos velhos tempos.
- Miller? - ela se vira no mesmo momento, percebo seu rosto ficar pálido no mesmo instante - O que você…
- Eu não estou atrás de Camila. - fala entre dentes - Eu não via meus amigos a muito tempo, estou aqui apenas para a festa. Prometo ficar longe de Camila. - posso notar o quão nervosa estava.
- Você não deveria estar…
- Deveria, sou tão aluna quanto vocês. - suspiro alto - Olha, as coisas mudaram, ok? Eu juro que não quero mais nada com Camila, ou com você, ou com qualquer um dos seus amigos. Quero encontrar antigos professores e colegas, depois voltar para o meu apartamento e ficar tranquila.
A olho por longos instantes, buscando qualquer vestígio de mentira em seu rosto.
- Eu me separei dele. - sussurra, olhando ao redor para assegurar que ninguém estava escutando nossas conversa - Contei para meus pais e estou finalmente trabalhando com uma coisa que eu gosto, semestre que vem irei ingressar em um curso que eu sempre quis fazer. - a encaro, descrente de suas palavras - Juro que não quero mais confusão, Lauren. Apenas cada um para o seu lado, lembra?
- Não ouse chegar perto de Camila. - falo antes de me afastar.
Acabei me aproximando de minha noiva, apenas para garantir que ela não havia visto Beatrice, ou estivesse desconfortável em estar falando com Dinah e nosso antigo professor de Matemática. Ficamos ali por longos minutos até que dessem início a uma cerimônia de alunos destaques e professores homenageados.
Niall acabou recebendo uma Moção de Aplauso por conta dos seus Grammy’s; Harry, Camila e Ally foram citados por serem grandes personalidades influentes em Miami graças ao sucesso inegável em suas carreiras profissionais. Jordan ganhou o prêmio de professor favorito daquela época e Kellen foi reconhecida como professora favorita daquela época.
Durante a cerimônia, alguns alunos tiveram suas personalidades homenageadas após suas mortes. Acontece que, ao todo, seis alunos haviam morrido durante aquele período de tempo. Um daqueles alunos era Wesley Stromberg, mais tarde viemos descobrir que ele havia se envolvido no mundo das drogas e falecido por overdose.
Não ficamos muito depois da cerimônia, chamamos os Uber’s e fomos direto para o nosso lugar de encontro favorito. Pegamos a mesa de sempre e Niall fez questão de pedir e pagar uma rodada de tequila para todo mundo, apenas para começar a nossa bebedeira. Pedi um hambúrguer com batatas fritas para Camila, apenas para que ela não bebesse mais de estômago vazio.
- Eu ainda estou inconformada com aquelas pessoas. - Normani fala chocada - Cece Frey faliu, ela não tem mais uma loja de roupa.
- Você viu Diamond White? - Dinah questiona interessada.
- Não, Jennel Garcia disse que ela não pode comparecer ao evento por ser aniversário do filho mais velho dela. - explico, bebendo meu Dry Martini.
- Ela é mãe? - Camila abre a boca, chocada.
- Ninguém supera Drew Chadwick, o cara ficou pai no colegial e ninguém soube. - Niall nega com a cabeça - Ainda bem que eu assisti aquelas aulas de educação sexual.
- Keaton Stromberg deu em cima de mim. - a mesa para de falar no mesmo momento quando Ally fala isso.
- Isso é verdade, nós estávamos conversando e ele chegou falando umas coisas tão estranhas. - Louis passa a mão pelo rosto - Por que homens heteros tem que ser tão estranhos? - Niall o encara ofendido - Você sabe que é exceção, não me olha assim.
- Sabe, nós estamos falando assim… mas é triste. - todo mundo olha para Camila - Não é como se tivéssemos torcendo para o fracasso dessas pessoas ou…
- Eu torci por muito tempo, não vou mentir. - Harry é honesto, Camila ri.
- Gente, o que eu quero dizer é: não somos melhores que eles se ficarmos falando assim e… - suspira alto - E se olharmos de uma forma diferente toda essa experiência? - questiona interessada.
- De que jeito? - Normani questiona.
- Nós crescemos, evoluímos, não nos tornamos nada do que eles disseram que iríamos nos tornar e estamos juntos. - pega seu copo, olhando para cada um - Nós temos tanto para celebrar, nosso sucesso, nossa amizade, nossos amores e nossas vidas. A partir do momento que ficamos felizes com o fato da vida deles terem dado errado, nos tornamos ruins como eles.
Todo mundo fica em silêncio, refletindo aquelas palavras. Camila tinha razão.
- Então um brinde... - ergo meu copo de Dry Martini - Um brinde a nós. Que saibamos usar da nossa influência para boas coisas; que sempre nos lembremos de valorizar nossas amizades e priorizarmos o amor, acima de tudo. Que sejamos felizes. Que o universo retorne tudo aquilo que nos desejam.
- Que permanecermos unidos. - Ally ergue seu copo.
- Eu amo vocês, seus idiotas. - Normani abraça Harry pelo pescoço.
- Saúde. - falamos todos ao mesmo tempo.
Nós tínhamos muito a aprender ainda, mas aprenderíamos juntos.
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EVENTO DE NATAL PARTE 001 ;;
Quando todos acordaram naquela manhã de inverno, seus KRSA WATCH estampavam o aviso de uma nova mensagem, daquelas que vêm acompanhadas com o exagero de pontos de exclamação da Boss: “COMUNICADO DE EXTREMA IMPORTÂNCIA!!!!!” e quase mata do coração metade da agência.
“Meu Deus, o Q.G. pegou fogo,” foi o primeiro pensamento do mentor Marte.
“Finalmente, os Junior foram aniquilados,” já esse veio do Dr. Kim que, secretamente, hackeava o sistema da Korea S.A. para descobrir as fofocas quentinhas dos agentes.
No fim das contas, o COMUNICADO DE EXTREMA IMPORTÂNCIA!!!!! não passava de um dos convites mais peculiares... Um convite para a missão “mais especial do ano”, palavras da Boss.
Agentes e Staff estavam convocados para ajudar a Korea S.A. a se preparar para o Natal. Todos os anos, a agência secreta foi anfitriã de grandes e divertidos bailes para a época mais mágica do ano, mas esse seria ainda mais especial. Aparentemente, a Korea S.A. receberia visitantes da agência das Filipinas, incluindo toda a família de uns dez ou trinta membros do mentor Pluto.
Essa seria a missão dois próximos dias até a véspera de Natal: enfeitar a agência, cada cantinho dela, cozinhar biscoitos, confraternizar com os colegas, tudo isso ao som das melhores músicas natalinas tocando no fundo! Estava na hora de trazer o encanto do Natal para a Korea S.A. como nunca antes! Simples, não?! Simples até demais... Mas não que ninguém desconfie, claro, afinal, é Natal!
[ KRSA WATCH, from BOSS ✉️ to EAGLE ]: Código 459. Sigilo extremo. Vamos pegar o primeiro voo para as Filipinas. [ KRSA WATCH, from EAGLE ✉️ to BOSS]: Entendido. Que Deus abençoe suas almas.
Bom galera, essa é a primeira parte do nosso evento de Natal! Basicamente, é uma abertura normal. A diferença é que vocês vão poder jogar no clima natalino. Podem jogar o que quiserem: fazer bolinho, enfeitar a KRSA, sair pra comprar presente, brincar na neve, esfaquear um inimigo... Enfim!
Na segunda parte do evento, teremos o baile de Natal com a chegada dos agentes Filipinos... e aí depois de rebolar até o chão descobriremos o quê foi que rolou por lá. Enquanto isso... aproveitem!
Interações começam apenas a partir de 21h no horário de Brasília, porque aí dá tempo do pessoal aceito mandar o blog. Às 21h, postamos o ready, set, go!
Tag de starter normal mesmo: #krsastarter
#krsaevento#juro que a edit da segunda parte vai ser algo decente..... desculpem por isso q#EVENTO DE NATAL PARTE 001
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Antônio Francisco Corrêa, 79 anos.
RECURSO DISPARADOR: Uma foto do Sr. Antônio. Na época, com 20 anos de idade, ao lado de sua esposa, Thereza.
Eu lembro que eu estudei, o esporte que eu gostava até os 21 anos, depois dos 21 me casei... o esporte que eu gostava era só um, e nunca mais tive outro!
Depois que eu casei, 3 ou 5 anos de casado, saí daqui no Espírito Santo e fui morar no Paraná. Lá eu fiquei 2 anos, depois retornei pra cá em 66.
Qual era o esporte preferido do senhor?
Caçar (risos). Eu caçava todos os dias. Eu gostava muito de brincar de carrinho de rolemã. Carregava o carrinho nas costas, até no alto da ladeira. Lá em cima soltava e descia ladeira a baixo. Essa era a brincadeira que a gente tinha. Outra coisa que a gente fazia era caçar de bodoque, jogar pelota nos passarinhos. Bodoque é um arco que a gente fazia, a munição era umas bolinhas de barro, a gente esquentava no fogo e ficava duro pra danar, igual pedra. Com isso a gente só caçava passarinho pequenininho. Isso até os 15 anos, daí pra cá eu aprendi a atirar na espingarda, caçar bicho maior: paca, tatu, veado... A gente fazia um puleiro, botava comida pros bichos e subia em cima de um pé de árvore esperando ele vir comer, de lá mesmo atirava e matava. Isso aí eu fiz muito, até os meus 25 anos...
Sobre trabalho: eu sou nascido e criado na roça, debaixo do pé de café. Meu pai, fazendeiro, já chegou a colher dois mil sacos de café e voltou por causa de dívida. Por isso eu sou traumatizado com dívida. Por causa disso ele foi preciso vender a propriedade por setecentos mil cruzeiros, que na época era muito dinheiro. Depois que ele vendeu a terrinha, comprou uma outra em Pinheiros, no Espírito Santo. Aqui a gente trabalhou oito anos pra formar café. Lá (na antiga terra) a gente tinha o café bourbon e pensava que aqui ia dar desse mesmo café, mas aqui só nasce o Conilon. Depois de trabalhar oito anos e não conseguir nada, saímos daqui e fomos pro Mato Grosso, isso eu já tinha 24 anos, tava casado, com dois filhos...
O senhor casou e morava com os seus pais?
Não, veja bem, desde que me casei eu tinha a minha casinha. Meu pai tinha a propriedade e a gente podia fazer a casa ali dentro. Sempre a família foi muito unida. Onde o meu pai pisava a gente sempre tava atrás. Eram seis filhos homens e duas mulheres. Ele era uma pessoa muito honesta, muito direita, muito trabalhador e bem conhecido. Não tinha defeito algum. Quando vendia a propriedade, as casinhas iam todas junto. Fazia parte do pacote.
Voltando pra Mato Grosso, na época da eleição de Juscelino Kubitschek, viemos em Mantena pra assistir o comício do JK. Ele falou que se ganhasse a presidência iria abrir estrada pra Goiás e Mato Grosso porque pra lá ainda não tinha e que o Mato Groso tinha as melhores terras do Brasil. Essas palavras ficaram na cabeça do meu pai e nunca mais saiu.
Todo lugar que a gente ia ele sempre falava que o Mato Grosso era a melhor terra do Brasil e que a gente ainda iria pra lá. Quando foi no ano de 65 ele vendeu a propriedade. Reunimos ele, eu e meu irmão mais velho e fomos à cidade de Cáceres, Mato Grosso, ficamos lá uns trinta dias. Atravessamos o Rio Paraguai até um lugar chamado Georu. Lá olhamos as terras e realmente eram muito boas, o que deixou a gente muito animado pra mudar. Quando retornamos, percebemos que não dava pra ir porque a finança era pouca e o lugar era muito deserto, além da família ser muito grande. Um fato curioso é que assim era o meu pai: tudo o que ele fosse fazer ele reunia toda a família, conversava tudo direitinho e a gente assinava em baixo.
Depois a gente foi pro Paraná, chegamos lá em maio de 1965. Em agosto de 67 eu vim embora, deixei no Paraná meus pais, meus irmãos e voltei pra Pinheiros. Lá eles ficaram por mais quatro anos. Em 1970, meu pai e meus irmãos finalmente foram pro Mato Grosso, morar em Pontes e Lacerda.
Na época do Paraná eles trabalhavam numa fazenda e por ser uma família muito unida, muito bonita, todos os fazendeiros queriam eles pra trabalhar. Tanto que, num belo dia, um fazendeiro que eles trabalharam por três anos, se chamava Sr. Alexandre, falou pro meu pai: “Senhor Francisco, eu tenho essas ‘maria’ de terra no Mato Grosso e meus filhos não vão pra lá porque eles tudo tem fazenda por aqui, eu já tô velho e vocês são uma família muito unida, muito trabalhadora, se o senhor quiser ir pra lá eu te levo”. Era tudo que o meu pai queria ouvir, afinal o Mato Grosso era a melhor terra do Brasil, ninguém nunca tirou isso da cabeça dele.
Sr. Alexandre levou meu pai e meus irmãos pra lá no ano de 70. Fez um pau de arara (transporte), colocou todo mundo em cima de um caminhão e levou pro Mato Grosso. O lugar ficava pra lá do Rio Paraguai, na beira do Rio Guaporé. O Alexandre tinha aberto uma terra de cinco alqueiro mais ou menos e lá tinha DE TUDO: arroz, milho, feijão, café, batata, abacaxi, porco gordo, vaca de leite e até um carrinho, que aqui a gente conhece como carroça, pra puxar com animal e vir na rua comprar o que precisasse. Ele tinha uma espingarda calibre 36 e uma pistola 38, deu pro meu pai caçar e disse: “Sr. Francisco, isso aqui é tudo de vocês, eu não preciso de nada disso aqui, vocês ‘come’ aí, aproveita tudo que tem porque senão vai perder, aqui eu não tenho mais nada, é TUDO de vocês, eu não volto aqui mais, vocês pode se espalhar por aí, é tudo de vocês”. Meu irmão falou pra mim: “O pai realizou o sonho dele”.
Quando eu fui lá, já tinha 20 anos que eu não via eles. Em 87 eu sai da Aracruz Celulose e fui lá visitar eles, mas meu pai já tinha morrido, só tava minha mãe. Eles foram pra lá em 70, meu pai faleceu em 73. Morreu aplicando remédio pra matar formiga. Ele tava aplicando o remédio, inalou um pouco daquele veneno, veio embora e pediu pra minha cunhada fazer uma gemada de ovo pra beber, na esperança de melhorar, mas não teve jeito. Não tinha médico pra vim consultar, eram 200km de chão até a cidade, não tinha ônibus, nada. A morte dele atrapalhou muito os filhos porque, por ser todo mundo unido com ele, ficaram todos desorientados. A minha mãe disse que o último dia que ele trabalhou juntando café, ficou o sinal dos dedos dele lá debaixo do pé, na beira da estradinha por onde todo mundo passava, o que causava grande comoção nos meus irmãos, até os netos danavam a chorar, desesperados quando faziam aquele trajeto. Por isso, largaram tudo pra lá. Da mesma maneira que ganhou, deixou. Vieram tudo pra cidade, mas nenhum deles ficou ao léu, todos tem sua casinha pra morar, mas esparramou todo mundo. Eu vim pra cá e eles ficaram por lá. Várias vezes eu já telefonei pra minha irmã e, conversando com ela, às vezes eu fico pensando que eu fui o culpado dessa separação porque eu deixei eles lá em vim embora pra aqui (semblante triste, voz baixa e envergonhada, arrependida). Não acostumei no Paraná porque lá ou é muito frio, ou é muito quente. Morei dois anos lá e durante esse período, trabalhei na roça de café, juntei quatrocentos mil cruzeiros, peguei o dinheiro, enfiei no bolso e vim embora.
Morei por um tempo em Pinheiros, depois vim pra Braço do Rio. A gente colocou a mudança na cacunda do animal, de um lado vinha o Zé, o Dico e a Liu, meus filhos, e do outro lado do balaio era a nossa mudança (risos). Já em 78 eu mudei pra cá, pra São Mateus.
Aqui eu comprei uma casinha, mas ela era muito ruim ainda. Eu trabalhava na Bahia, deixava eles por aqui, sempre que chovia a Thereza, minha esposa, e os meninos entravam pra debaixo da mesa. Até que um dia veio um camarada, um tal de César, chegou lá em casa me chamando pra trocar de casa com ele, porque senão ia matar um vizinho e que já tinha até comprado um revólver. Eu perguntei: “Se a gente trocar, você vai deixar de matar o homem?!” (semblante feliz, gargalhadas), ele disse que sim, eu fui ver a casa e realmente era muito melhor que a minha. Ficava num buraco, mas era muito jeitosinha e tava novinha em folha, era do jeito que eu tava precisado pra deixar a mulher e as crianças e ir trabalhar tranquilo, sem a preocupação da chuva. Ali eu morei por 5 anos, depois vendi e comprei outro terreno.
Sempre mudando, mas também sempre pensando nos meus irmãos que já estavam em Rondônia. Eu era doido pra ir pra lá, mas queria ir pra onde eles estivessem, o lugar certo. Eu tinha certeza de que todos estavam bem de vida, porque sempre foram muito trabalhadores. Também acreditava que se fosse pra lá eles iriam me acolher bem e me dar todo apoio. Eu não os via desde 67, eu tinha 20 anos. Achei várias oportunidades. Em uma delas, saí da Aracruz, tirei dez mil cruzeiros, vendi a casa por oitenta mil cruzeiros e os móveis por trinta mil. Tava tudo certo pra ir embora, mas apareceu um terreninho pra comprar, barato, chamei a mulher pra morar por lá e pensar em Rondônia depois, ela topou e construímos ali uma casa muito boa. Dali eu troquei no direito de uma terra lá no assentamento do Córrego Grande. Foi a pior coisa que eu fiz (semblante tristonho)... Porque o que eu produzia, não conseguia vender, pois precisava de nota fiscal e ninguém me fornecia, quando quis vender, não me autorizaram. Fui fazendo um dinheirinho produzindo farinha, até que surgiu a oportunidade de trocar a terra por uma casinha, e assim eu fiz.
E como o senhor descobriu o paradeiro dos seus irmãos? Porque até então fazia muito tempo que não os via.
Eu fui em Minas Gerais, encontrei com uma prima que me passou o endereço. Escrevi uma carta pra minha irmã e deixei o número de um vizinho. Sempre que eles ligavam, o garotinho, filho dele, ia me chamar: “Seu Antônio! Tem telefone ‘pro’cê’ lá em casa!” (gargalhadas). Em 87 eu finalmente fui pra Rondônia. Minha irmã, quando saí, era pequetitinha, voltei já estava grande, mãe, com família. Me abraçou forte e chorou muito quando me viu. Daí pra cá a gente sempre ficou em contato. Toda a família sempre foi unida, e ate hoje, mesmo depois de muito tempo e de tantas idas e vindas, continua muito unida. E essa é a história de toda a minha vida.
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sabe quem é esse aí da foto? o nome dele é 𝐀𝐑𝐓𝐇𝐔𝐑 𝐍𝐀𝐕𝐀𝐑𝐑𝐎 𝐕𝐀𝐒𝐐𝐔𝐄𝐙 e ele tem quarenta e um anos. o ARTHUR é natural da cidade de antigua, na guatemala, mas se mudou para waterbet quando tinha trinta anos de idade. atualmente, ele é proprietário de uma pequena pousada local e está amedrontado com a construção do novo resort pois teme que o empreendimento vá prejudicar pequenos negócios como o dele. ah, talvez você ache ele meio parecido com o oscar isaac.
𝐈. 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐎
tw: menção breve de morte e de doença terminal (câncer) ao final desse segmento.
boa música, boêmia e aventuras joviais marcaram o início da vida adulta do primogênito do casal barbara e miguel navarro vàsquez, que deixou seu país de origem aos dezenove anos de idade para, em suas próprias palavras, “se jogar no mundo”. criar raízes nunca esteve em seus planos, muito pelo contrário, apenar a ideia de se ver preso a um único lugar era o suficiente para fazer com que ele estremecesse; o jovem arthur sentia que precisava da adrenalina para se manter vivo, gostava, inclusive, da inquietação advinda da incerteza sobre o que o dia seguinte iria lhe trazer e da rotina praticamente nômade que manteve durante anos a fio. sua sobrevivência era garantida das maneiras como conseguia: trabalhava de forma temporária seja servindo mesas, limpando carros ou, ainda, dando rápidas aulas de violão – a paixão pelo instrumento, ou melhor, pela música de maneira geral, foi-lhe passada por seu pai ainda muito cedo em sua vida e perdura até os dias de hoje –, acomodava-se em alojamentos muitas vezes precários e pouco se importava o desconforto, afinal, sabia que esse não perduraria e que, brevemente, estaria em outro endereço.
nunca teve interesse em um estilo de vida mais estável, pelo menos não até conhecer emily munson; o ano era dois mil e oito e arthur estava no início de seu terceiro mês em londres, uma de suas cidades favoritas, quando uma jovem e bela mulher adentrou o bar em que ele estava trabalhando. sua atenção se focou nessa assim que seus olhos a encontraram e a forma como os fios escuros de seu cabelo caíam sobre seus ombros, assim como maneira como ela apertava os olhos quando sorria, ainda está gravada na mente do navarro até os dias de hoje. o primeiro contato, surpreendentemente, partiu da parte feminina visto que arthur estava completamente perdido a admirando e não conseguiu nem mesmo formular uma boa abordagem inicial e, a partir desse encontro, os dois foram completamente inseparáveis. a ideia de um casamento formal e vida familiar nunca havia lhe apetecido, no entanto, ainda assim, os dois se casaram pouco mais de um ano após esse dia, ele tinha vinte e cinco anos de idade enquanto ela estava no auge de seus vinte e dois.
os anos iniciais do matrimônio fizeram com que o vàsquez finalmente se sentisse completo. emily era sua parceira ideal: espirituosa, bem-humorada, com sede de conhecimento e de desafios... juntos, eles foram para diversas partes do mundo e se afogaram nas mais distintas culturas. não fixaram residência, permaneciam por alguns meses ou, em poucos casos, pouco mais de um ano em um mesmo lugar e partiram para um novo destino em seguida. era a vida com a qual arthur sempre sonhara, contudo, por mais que amasse as aventuras que tinha com o marido, parte de emily desejava certa estabilidade. as visões distintas de futuro eram as únicas causas de brigas entre o casal: enquanto ele queria seguir com a vida que tinham, livres e sem muitas obrigações, a munson queria, um dia, fincar raízes em algum lugar e construir uma família. apesar das discussões acerca do tópico, os dois ainda se viam como perfeitos um para o outro e jamais, em momento algum, sequer consideraram se separar em decorrência das diferenças.
foi somente no ano de dois mil e doze, poucos meses depois de completarem cinco anos de matrimônio, que surgiu um ultimato a respeito do futuro do casal. no entanto, esse não veio de uma forma convencional. o pai de emily faleceu, vítima de um acidente de carro, deixando sua esposa, que havia sido vítima de um derrame anos antes, sozinha; a responsabilidade de tomar conta da matriarca, assim como da pequena pousada que havia sido fundada pelo casal no início dos anos oitenta, recaiu sobre a munson, que era a única filha e parente próxima. ela esperava resistência do marido quando lhe contou a situação, no entanto, para a surpresa de todos – e até mesmo de si próprio – arthur não pensou duas vezes antes de organizar suas coisas e partir em rumo à uma nova aventura, dessa vez completamente diferente das que estava acostumado, ao se mudar para a pequena cidade de waterbet, no interior da inglaterra, onde sua esposa havia crescido.
apesar da monotonia, o navarro se apegou, até certo ponto, à sua nova realidade. o trabalho na pousada o mantinha ocupado, as pessoas da cidade eram mais interessantes do que imaginou que seriam em um primeiro momento e, o mais importante, ele tinha sua esposa ao seu lado. ela já havia lhe dado a chance de realizar seus sonhos, então, era a vez dele de a ajudar a realizar os dela. a primeira filha do casal nasceu em dois mil e dezesseis e foi batizada de abigail, em homenagem à mãe de emily que veio a falecer dois meses antes do nascimento da neta. a paternidade se mostrou uma experiência completamente diferente do que arthur havia imaginado previamente, ele se apaixonou pelo trabalho de ser pai, pela ideia de cuidar e ajudar a moldar um novo ser humano, fazendo com que o restante de seus sonhos antigos fossem esquecidos, ao menos momentaneamente. três anos depois, em dois mil e dezenove, emily deu à luz a um menino, que fora nomeado jonathan.
a vida era boa para os munson-vásquez. os negócios iam bem – a pousada sempre atraiu o interesse de turistas que visitavam a cidade –, eles tinham dois filhos saudáveis e eram extremamente felizes. tinham tudo o que muitos sonhavam em ter, contudo, em abril de dois mil e vinte um, tiveram seu conto de fadas destruído quando emily recebeu o diagnóstico de um terrível e agressivo câncer já em estado avançado. para arthur, foi como se seu chão sumisse sob seus pés, como se seus pulmões tivessem sido arrancados de seu corpo, como se alguém jogasse álcool em cortes recém feitos... acompanhar o sofrimento da mulher que tanto amava, daquela que havia escolhido para ser sua parceira, matou-o por dentro, contudo, ele não saiu de seu lado em nenhum momento, nem mesmo por um instante. infelizmente, as expectativas médicas estavam certas e emily não viveu mais que oito meses após o recebimento de seu diagnóstico, deixando seu marido, seus dois filhos e a pousada que havia herdado de seus pais.
𝐈𝐈. 𝐏𝐑𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄
quase seis meses após o falecimento de sua esposa, arthur ainda está tentando se recuperar do trauma de ver o amor de sua vida definhar vítima de uma doença tão terrível. sente que falhou com seus filhos nos primeiros meses que sucederam à morte de emily e tem se esforçado, o máximo que consegue, para voltar a ser o pai ideal que fora durante os primeiros anos de vida de abigail e jonathan, no entanto, reerguer-se por completo não é uma tarefa fácil. por ser o único parente próximo da esposa, acabou herdando, em totalidade, a pequena pousada que havia sido fundada por seus pais e, apesar de trabalhar no estabelecimento desde que se mudou para waterbet, tem enfrentados sérias dificuldades para aprender a administrar o local e teme ser a ruína do legado dos munson.
atualmente, arthur divide seu tempo entre tentar tomar conta da pousada e dos dois filhos, que atualmente possuem seis e três anos, de modo que é um tanto raro o ver em ambientes de confraternização social ou, sequer, aproveitando o tempo sozinho. sente-se desgastado, cansado, de modo que, com certa frequência, vê-se desejando poder abandonar tudo e retornar à sua vida antiga, onde não possuía praticamente nenhuma responsabilidade. ele se odeia por isso. odeia-se por querer voltar ao passado, por pensar que sua vida estaria melhor se não tivesse fixado raízes na cidade e, principalmente, odeia-se por achar que não vai ser capaz de dar tudo o que abby e johnny precisam.
𝐈𝐈𝐈. 𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐋𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄
arthur sempre fora conhecido por ter uma personalidade tranquila, um espírito boêmio e um senso de humor invejável, contudo, em decorrência dos acontecimentos do último ano, toda essa leveza foi substituída por um enorme pesar e agora ele anda pelas ruas de waterbet com um grande peso sobre seus ombros. ele não sorri com tanta frequência quanto costumava, não possuí mais o mesmo riso frouxo e, tampouco, parece-se com o mesmo homem que um dia fora, contudo, em algum lugar dentro de si, o vàsquez ainda guarda o mesmo ânimo e vontade de aproveitar a vida que um dia tivera.
não tem deixado que muitas pessoas se aproximem de seu “novo eu”, no entanto, ainda se mantém apegado àquelas que já estavam em sua vida antes do adoecimento de emily – inclusive, acredita que, se não fosse pelo apoio e ajuda dessas, ele não teria sobrevivido ao ocorrido. está amedrontado com todas as mudanças que estão acontecendo em watergate e teme que não irá conseguir fazer com que o pequeno negócio da família de sua esposa – que agora é seu – mantenha-se em pé após a inauguração do novo resort.
#﹟ ⠀ ⠀ 🥀 ⠀ ⠀ / ⠀ ⠀ 𝐟𝐨𝐥𝐝𝐞𝐫 ⠀ ⠀ 、 ⠀ ⠀ get to know. ⠀ ❫#quem tiver algum interesse em combinar algo com meu cacurazinho eh só chamar 💕💕#(essa bio pra variar ficou maior que eu planejava hdsjfks peço perdão)
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UMA LUZ NO TÚNEL EM MEIO AO SOFRIMENTO!
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Fiz o sepultamento de muitas crianças no meu ministério. Observei pais indefesos chorando em tormento. Eu tenho visto o desespero face a face. Eu vi câncer deixar seu cartão de visitas em corpos devastados. Eu vi demência reivindicar a vida de almas torturadas. Eu senti a força destrutiva do abuso mental e físico. Eu vi e experimentei sofrimento. É uma força impiedosa da natureza, varrendo tudo inexoravelmente em seu caminho. Nós não podemos escapar de seu alcance. Nós nunca podemos correr rápido o suficiente. Nós nunca podemos fechar os olhos o suficiente. Sabemos que, se vivermos o suficiente, um dia ele virá bater à nossa porta.
Felizmente, a Bíblia não desconhece essas coisas. O apóstolo Pedro escreveu uma carta de encorajamento, trinta anos após a morte de Cristo, aos cristãos perseguidos da Ásia Menor. Eles estavam sendo abusados?? por chefes perversos (2:18), ameaçados por cônjuges descrentes (3:1,6) e injuriados por vizinhos céticos e associados (4:14). No horizonte, surgiu a possibilidade de uma forma muito mais violenta de perseguição – uma provação de fogo (4:12-18). Estavam sofrendo e sofreriam ainda mais. O que eles fariam?
A resposta de Pedro em I Pedro 1:3 parece simplista para o ouvido moderno. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. Quão útil é isso para Jane lutando contra o câncer? Ou o que dizer de John, cujo pai foi morto em um acidente no trabalho? Por que eles e nós estaríamos bendizendo a Deus? O que temos para bendizer a Deus?
De acordo com Pedro, devemos bendizer a Deus por sua grande misericórdia em nos resgatar através de Jesus. Ele nos deu um novo nascimento. Podemos não sentir, mas a nossa salvação é um ato da grande misericórdia de Deus. Nós merecemos a morte, mas ele nos dá a vida. Nós merecemos punição, mas ele pagou um grande resgate por nós. Devemos bendizer a Deus por nossas almas estarem seguras em suas mãos. Isso é algo que supera de longe todos os nossos problemas leves e momentâneos. Temos um Deus que nos resgatou, mesmo quando não nos sentimos resgatados.
- Mas tem mais. Pedro escreve:
“Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”. (1:13)
Algumas pessoas preenchem seus bilhetes de loteria, deitam-se no sofá e esperam que seus números finalmente sejam sorteados. Mas essa esperança é incerta, e é temporária, mesmo que isso aconteça. Nossa esperança é tão certa que se torna realmente viva. Nossa alegria e esperança segura no futuro estão ligadas ao fato de Deus ter ressuscitado Jesus (1:20-21). Não se esqueça, Pedro era um sujeito cuja vida foi totalmente esmagada quando Jesus foi morto. Todas as maiores esperanças de Pedro morreram com Jesus. Mas então ele ouviu a notícia da ressurreição e foi correndo ao túmulo para ver por si mesmo. Apesar da negação de Cristo por Pedro, nosso Senhor veio a Pedro no cenáculo e mais uma vez sua esperança se elevou com ele. Como Pedro, temos uma esperança viva que é:
- Eterna
- Incorruptível
- Nunca desaparecerá
- Reservada no céu para nós
Compare isso com nossas experiências terrenas. Vivemos por um tempo e depois morremos. Não é assim nossa herança de Deus. Essa nunca se deteriora. É completamente indestrutível. É por isso que o Senhor nos encoraja em Mateus 6:19–20:
“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”.
Vários anos atrás um escocês ganhou cerca de seis milhões de libras esterlinas na loteria. Em dez anos, a fortuna desapareceu, desperdiçada em maus negócios. Como resultado, ele ficou sem dinheiro. Nossa herança, por outro lado, nunca pode ser esgotada. É um tesouro inesgotável e eterno. Como assim? Porque o que foi garantido para nós está a salvo, guardado no lugar mais seguro que se possa imaginar. É inexpugnável. Mesmo que só o receberemos totalmente no último dia, já está pronto para nós agora mesmo. Está concluído, perfeito e imutável. E é reservado para cada um de nós que foram escolhidos de acordo com sua grande presciência e amor.
Seja o que for que possamos perder nesta vida, não podemos perder nossa salvação. É a prova de câncer. É a prova de abuso. É até a prova da morte. Estas são as verdades para as quais corremos quando a vida nos dá um coice. Quando um relacionamento é quebrado, quando os sonhos do que queríamos ser na vida foram desgastados e corroídos pelas areias do tempo; quando nossa saúde falha, quando sentimos que ninguém mais se importa, quando tudo parece perdido, o cristão ainda tem razões para ter esperança. Nós nos agarramos a JESUS. Mantemos nossos olhos fixos n'Ele. Nós temos um maravilhoso Salvador. Ele nunca nos decepcionará. Ele fez todo o trabalho difícil e um dia vamos lucrar – ainda que por um tempo tenhamos problemas.
“Depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. A Ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém”! (I Pedro 5:10-11).
*No Amor de Cristo,
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O incêndio no Edifício Astória: imagens chocantes de tragédia e heroísmo
Em 28 de junho de 1963, nossa cidade viveu uma de suas mais intensas e marcantes tragédias — um triste incidente que deixou 4 vítimas fatais e quase 30 feridos. Até então, o Rio já havia vivido muitos outros episódios nefastos com um número muito maior de vítimas fatais. Ainda assim, o incêndio do Edifício Astória, que completa hoje 58 anos, está gravado na memória carioca. O que ocorreu afetou a cidade sobretudo como um trauma, mesmo com um número de fatalidades pouco numeroso. A relevância desse evento para nossa história reside justamente aí: na façanha que conseguiu salvar as vidas de tanta gente. Sem precedentes para aqueles tempos, a ousadia e a eficiência do resgate, uma gigantesca operação marcada por momentos de heroísmo, foi também pautada por um sentimento de solidariedade coletiva que surpreendeu os cariocas da época. Uma cidade inteira estava unida em torno do mesmo objetivo: salvar dezenas de pessoas da morte que parecia uma certeza quase absoluta.
O Edifício Astória ficava no número 14 da Rua Senador Dantas, bem ao lado da Cinelândia e do Palácio Monroe — mesmo imóvel hoje chamado de Windsor Astúrias Hotel. Em 1963, era um excelente prédio comercial, ocupado por importantes escritórios e empresas. Por volta das 10:30 da manhã, no 13o andar, um curto-circuito em um dos aparelhos de ar condicionado dos estúdios de dublagem da conceituada empresa Herbert Richers, faria, em questão de minutos, os pavimentos mais altos do prédio serem consumidos pelas chamas. O foco inicial do incêndio foi muito intenso, sendo logo notado por funcionários da empresa, que tentaram solucionar o problema usando oito extintores que estavam à mão. A tentativa foi em vão e o fogo logo se alastrou pelo andar inteiro. Quem estava nos andares mais baixos conseguiu, ao ouvir o alarme, descer até o térreo sem grandes complicações.
Infelizmente, a fumaça e o calor das labaredas logo tornaram inviável a situação das pessoas que estavam no 13o andar e nos pavimentos superiores. O terror daquela tragédia chegou, sem demora, até o 22o e último pavimento do Astória. Para agravar esse cenário desolador, bem no início do incêndio, o único elevador do prédio teve seus cabos rompidos pelo calor do fogo, ferindo sem gravidade os que nele estavam. Além disso, a fuga pelas escadas não era uma opção, já que ainda não existiam portas corta-fogo naquela época. Essa rota de escape revelou-se um inferno ainda maior, aumentado pela proximidade das paredes. O desespero tomou conta das dezenas de pessoas que estavam espalhadas pelos andares mais altos do edifício.
Foto aérea do incêndio do Edifício Astória, com o Palácio MonroeArquivo Pessoal/Reprodução
A chegada do então Corpo de Bombeiros do Estado da Guanabara foi extremamente rápida. Todo o efetivo da força se deslocou até o local. Dos 600 militares, a maior parte estava dedicada diretamente ao salvamento das vítimas. Outra menor percorria os arredores em busca de água para encher os tanques que logo ficaram secos. As caixas d’água dos prédios vizinhos também não foram suficientes. Uma das soluções encontradas foi o uso das águas da Guanabara, coletadas por Bombeiros em lanchas, às margens do MAM.
Um grupo de trinta pessoas que haviam ficado presas no 20o andar decidiram quebrar as paredes até acessar o prédio adjacente, o Hotel Serrador. Com a ajuda de um grupo de Bombeiros que estava do outro lado, o plano deu certo e ainda rompeu uma das colunas d’água do hotel, amenizando o fogo infernal daquele cômodo. Um grande número de pessoas concentrou-se no 16o andar, pois ainda parecia menos afetado pelo calor e pela fumaça. Aflitas e desorientadas, as vítimas, muitas delas já com queimaduras graves, tentavam equilibrar-se nas janelas, à espera de um milagre.
O trabalho dos Bombeiros teve enormes contratempos. A escada “magirus”, usada para esses incidentes, só alcançava o 10o andar do Astória e nada se podia fazer, nem jogar água, nem resgatar a pequena multidão que se equilibrava com extrema dificuldade nas sacadas das janelas. A solução encontrada pelos nossos valorosos Bombeiros foi usar a mais importante das habilidades humanas — a criatividade. Confrontados também pela inevitável consciência de que cada minuto sem uma solução, mais pessoas poderiam estar mortas, de maneira tão horrível. Essa junção de fatores levou os Bombeiros a conceber soluções inéditas e inovadoras, no afã de salvar o maior número possível de vidas.
Um grupo de Bombeiros deslocou-se até o terraço do Edifício OK, imóvel vizinho ao Astória, de pouco mais de 10 andares — onde hoje é o Hotel OK. Os dois prédios estão separados pela Rua Embaixador Régis de Oliveira, que é, na verdade, uma travessa estreita. A solução encontrada foi a montagem de pontes improvisadas, feitas de escadas de alumínio amarradas a grandes cordas de nylon. Os bombeiros pensavam que poderiam entrar no prédio para lançar água nas chamas. Não funcionou. Entretanto, a ponte improvisada, apesar de instável e frágil, alcançou as janelas do 14o andar, permitindo o resgate da maior parte das vítimas encurraladas nas janelas.
Pessoa atravessa a escada improvisada pelos Bombeiros para se salvararquivo pessoal/Reprodução
Eis que, em meio ao resgate que parecia seguir seu curso, um jovem pegou a todos de surpresa e saltou do 19o andar, em direção ao terraço vizinho, sem saber se haveria alguém para amortecer sua queda. Desesperado, pois o fogo já lhe queimava o corpo, Gildo Mata Nunes saltou rumo à sorte incerta. Por obra do destino ou talvez do acaso, o Cabo Napoleão Pereira estava no mesmo exato local onde o jovem caiu, amortecendo-lhe a queda. Gildo sobreviveu e teve, como sequelas, múltiplas queimaduras de segundo grau e um fêmur quebrado. Menos afortunado, Napoleão teve sua coluna vertebral gravemente danificada. Na sequência dessa história insólita, uma tragédia. Sebastião Pereira, um senhor de mais idade, ao ver o exitoso salto de Gildo, resolveu replicar o mesmo ato extremo. O resultado não foi nem sequer parecido e esse senhor perdeu sua vida ao despencar de altura tão elevada.
Provavelmente já sem alternativas para sobreviver, e em extrema aflição, outras duas pessoas saltaram das janelas em encontro à morte. Uma delas era Ziza Goettenauer dos Santos Couto, funcionária da Herbert Richers. Ziza havia levado seu filho, Paulo César, ao Centro nesse dia, que era seu aniversário de 10 anos. Foram mãe e filho juntos comprar sapatos para o aniversariante e, antes do incêndio começar, já estavam de volta ao estúdio de dublagem, onde o fogo começou. Momentos depois, o menino veria sua própria mãe saltar de uma janela, certa de sua morte, que lhe parecia provavelmente inevitável. O outro a dar um salto fatal foi um homem, pouco tempo depois de Ziza.
O menino, apavorado e traumatizado, foi encontrado pelo soldado Hamilton Neves. Após assistir a essas três fatalidades, o Bombeiro tomou a decisão de ir, por conta própria, ao encontro dessas pessoas, com a esperança de resgatar quem estivesse mais vulnerável. O órfão Paulo foi levado imediatamente por Hamilton, que o protegeu dentro de sua farda e saltou para o prédio vizinho com a ajuda de uma corda. Essa corda se rompeu devido ao calor do incêndio e ambos colidiram com força contra a fachada do Edifício OK. Protegido pela farda e pelas costas do Bombeiro, o menino não se feriu. Para levá-lo são e salvo até o chão, Hamilton desceu por 15 andares pela mesma corda, até deixar Paulo sob os cuidados dos médicos. Foi aí que o heroico bombeiro se deu conta de que suas mãos estavam em carne viva. De tanta dor que sentia, Hamilton desmaiou subitamente, logo depois de cumprida sua missão.
A última vítima fatal foi justamente a pessoa que atravessou por último a tal ponte improvisada. Esse foi o exato momento em que as amarras de nylon se desfizeram, desequilibrando a já instável e apavorada travessia da moça, que veio a despencar fatalmente até o chão.
Vítimas do incêndio, em desespero, tentam se equilibrar em uma janelaarquivo pessoal/Reprodução
Algo que repercutiu consideravelmente na Imprensa carioca no dia seguinte ao incêndio foi o fato de que o então governador do Estado da Guanabara, Carlos Lacerda, havia se dirigido às pressas ao local logo de manhã. Pelo que dizem os jornais, Lacerda teria acompanhado de perto os trabalhos de resgate, chegando a subir no terraço do Edifício OK para acompanhar os esforços bem de perto. Só teria saído de lá quando não havia mais ninguém preso no inferno das chamas.
Esse trágico episódio da nossa história, apesar de tanto sofrimento e de mortes que poderiam ter sido evitadas, mostrou também a força da solidariedade humana. São muitos os exemplos, mas é digna de nota a admirável a atitude dos restaurantes do entorno, que passaram a distribuir gratuitamente alimentos e bebidas aos profissionais do resgate. Entre eles, além dos Bombeiros e médicos escalados oficialmente para a missão, estavam também Bombeiros e médicos que, mesmo de folga, apareceram em massa para ajudar. Foi uma mobilização que inspirou a cidade a ser melhor.
O prédio sofreu danos estruturais severos e os dois últimos andares estavam condenados à demolição. Outros andares mais abaixo precisavam de reformas estruturais complexas e caríssimas. A partir daí, teve início uma batalha judicial, não só motivada pelo Ministério Público. Donos de escritórios que ficavam no Astória acusaram a Herbert Richers e outras empresas de manter materiais inflamáveis em suas dependências. Nada foi esclarecido ou comprovado. As despesas eram tantas para a recuperação do edifício que nem mesmo a seguradora conseguiu arcar com os valores. Não havia outra alternativa. O Edifício Astória foi a leilão, sendo finalmente adquirido por um grupo financeiro.
O hotel que hoje lá se encontra guarda apenas uma distante semelhança com o palco da tragédia que venho hoje lhes contar. De “Astória” mudou para “Astúrias”. Só isso. No local não há nenhuma placa, quadro ou menção aos momentos de tristeza, de sofrimento e da heroica luta pela sobrevivência que se desenrolaram naquele dia; momentos que nossa cidade demorou a esquecer. essa odisseia pela vida em algum recanto das nossas memórias, para que não nos esqueçamos daquelas pessoas de carne, osso, sangue e alma — as que se foram e também as que ficaram para contar a história.
*Daniel Sampaio é advogado, memorialista e ativista do patrimônio. Fundou o Instagram @RioAntigo e é presidente do Instituto Rio Antigo.
**Este texto não seria possível sem a extensa pesquisa de André Decourt, brilhantemente apresentada no antigo blog “Foi Um Rio Que Passou”, em 2013.
Mulher tenta se equilibrar ao tentar se salvar do incêndioarquivo pessoal/Reprodução
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1 de Junho
1 de Junho. O dia mais importante desde livro. Arrisco-me a dizer que é um dos dias em vivo sentimentos complicados de gerir.
É o primeiro dia que tento escrever e não consigo. Há trinta minutos escrevi a frase que acabaram de ler e fiquei-me por aí. Um dos dias mais difíceis da minha vida. Aquilo que tanta vezes escrevi, sobre estar longe. Ou ir viver para o Luxemburgo. O meu sonho de criança vai acontecer. Dia 13 de Julho de 2020. Consegui tomar essa decisão. Finalmente. Encontrei o Marcelo às 2:30 numa bomba de gasolina, por mero acaso. E ele perguntou-me o quê que ainda estava cá a fazer. O que ele me disse foi o que eu precisava de ouvir. Fui para casa e garanto que a viagem não foi fácil. Quando já estava na varanda, do nada surgiu-me um clique. O complicado foi perceber que tinha acabado de me decidir que queria ir. Tinha as razões e mais algumas para ir. Foi um misto de emoções gigante, porque sempre foi a coisa que mais quis, mas ao mesmo tempo sabia o que ia deixar para trás. Chorei muito e já com a cara coberta de lágrimas senti uma paz plena. É um sentimento difícil de explicar, não falo de felicidade. Paz. Paz. E garanto que soube tão bem. Tão apaziguador.
Estou a escrever isto 24 horas depois. Já é dia 2.
A primeira pessoa com quem falei foi o meu irmão e confesso que ele é mesmo meu irmão a partir de ontem. O que foi o passado já não me interessa. E é realmente o que sinto. Já não tem o peso que tinha porque conseguimos falar. Finalmente. Foi a conversa mais importante da minha vida. Ao fim da tarde falei com o Nelson e com o Marcelo. Foi difícil. Muito difícil. À hora de jantar falei com a minha mãe. A reação dela foi incrível, como a do meu irmão. Agora, à noite falei com a pessoa que me tem roubado o coração, a Joana.
A conversa com o meu irmão foi incrível, era desta conversa que sempre precisei. Apaguei fantasmas da minha memória e resolvi outros tantos que eram reais. Fomos sinceros e diretos um com o outro. Passados nem sei bem quantos anos, consegui dar-lhe um abraço. Um simples cumprimento sempre foi meio que estranho e forçado e hoje foi diferente e sentido. Um abraço. Uma conversa. Estas duas coisas podem resolver tanta coisa. É deixar o passado ser o passado. A partir de hoje tenho a certeza que serei mais cúmplice e sincero. Falei-lhe de coisas da minha vida que sempre quis ter falado. Sempre. Como disse, foi a conversa mais importante da minha vida. Resolvi-me com ele e comigo mesmo. Passei algum tempo a pensar que queria ter tido esta conversa e com o passar dos anos comecei a perder a esperança que fosse acontecer. Espero que também te tenha feito bem. Quer dizer, tenho a certeza. Ainda que a conversa tenha sido muito importante, sei que para ti foi mais ainda. Obrigado por me questionares pela minha escolha. Obrigado também pelos exemplos e conselhos que me deste.
Vamos ser diferentes a partir de agora. Vamos ser irmãos! Obrigado, obrigado e obrigado!
Depois de falar com o meu irmão, tinha evidentemente de falar com os meus amigos. Amigos. O primeiro foi o Nelson. Nelson sei que não foi fácil ouvires aquilo e sei que não vai ser fácil veres-me partir, tal e qual como não foi fácil para mim quando decidiste ir embora. Sei que sou muito importante para ti, como tu és para mim. Vamos viver agora estes dias e quando chegar o dia D, quero um abraço.
O Marcelo foi logo a seguir. Sei que tinha uma ideia de uma eventual vontade de me mudar, mas quando chegou ao pé de mim, eu estava a ver os voos com o meu irmão. Guardo aquele momento na praia. Foi importante e tu sabes disso. Tal e qual como foi importante chorar e abraçar. Quando vos disse que fui mesmo feliz. Quando vos disse que tinha sido uma jornada incrível mas que era a hora de ir em busca de mais alguma coisa, estava a ser sincero. Vocês os dois foram mesmo muito importantes e isto é tão inquestionável. A viagem até casa não foi fácil, eu sei. Mas isto vai mesmo acontecer e só vos desejo o melhor deste mundo. Vocês merecem. E sei que vão ser muito felizes. Obrigado.
As horas passaram e era hora de falar com a minha mãe. Para terem uma noção do quão decidido estava… até hoje sempre que falava contigo na possibilidade de ir para o Luxemburgo viver, falava de forma a obter conselhos e uma possível aprovação. Desta vez foi diferente, estava decidido, queria só contar o que ia fazer. Claro que os conselhos também os queria, a todos. Mãe, obrigado. Tu não sabes mas antes de chegar a casa, só chorava. Fui à casa de banho, só chorava. Fui ao quarto, só chorava. Depois sentei-me à mesa para jantar como que se trata-se de só mais um jantar. Contive-me mas comecei a falar. Contei-me e sinceramente esperava uma reação negativa, porque primeiro ia largar os estudos, e sei que é uma coisa que não querias que acontecesse. E em segundo lugar, o Gil também está a ganhar asas e sobrava eu. A única pessoa que ainda te podia fazer companhia em casa. A tua reação foi incrível. E mais do que incrível, foi genuína. Disseste-me só que querias que eu fosse feliz. Foi de uma genuinidade brutal. Nem sabia bem o que dizer. E tu sê feliz, porque mereces. Obrigado. Obrigado. Obrigado.
Última pessoa do dia… Joana. Falei mais contigo em três horas do que em três ou quatro anos. Foi tão bom. Aquilo que sempre nos faltou, esteve lá. Sem medos e sem fragilidades. Soube-me tão bem poder pedir-te desculpa por tantas coisas e agradecer-te por tantas outras. Disse-te perto de um milhar de vezes o quanto gosto de ti. Desculpa pela notícia… mas tu sabias que este dia ia chegar. Eu adoro-te e quero-te lá rápido. Obrigado por me ouvires e por falares comigo. Porque afinal de contas falamos muito mais do que a minha ida. Tivemos a conversa que queria ter. E também te disse o que sentia. É amor, acho que pela primeira vez.
Obrigado. E vou deixar aqui uma música só para ti. Silêncio do Diogo Piçarra. Sabes qual é a versão.
(Hoje foi um dia de conversas. Muitas e todas tão boas. No fundo vocês que fizeram parte do dia de hoje sempre souberam que este dia ia chegar. Vão estar sempre no meu coração. Sempre. Sempre. Sempre. Tenho de ir dormir porque amanhã continuam as conversas. Um abraço enorme a todos e sabem que se pudesse vos levava numa mala gigante. Porque a minha vida sem vocês não vai ser igual. Jamais.
Dia 3. Já falta menos um dia, ainda que faltem alguns. 4:22. É de madrugada. O que seria ser de dia.
Dinis. Desculpa. Sei que não estavas à espera disto. Com o desenrolar da conversa foste o primeiro a dizer para ir. Porque o que te queria mostrar eram os porquês. Entendeste e obrigado por isso. Foi uma tarde que não vou esquecer. Entre momentos já meio alegres por causa de umas cervejas, falaram-se coisas importantes. Falamos. Abrimo-nos. Dei-te os meus porquês e não que precisasse disso, fi-lo porque queria que tu encontrasses todos os teus porquês. Quero mesmo que esta tua fase passe rápido, porque tu mereces. Sei que me querias e queres por perto e tu sabes que é completamente reciproco, mas é isto que é a vida não é? Sei que és daquelas pessoas que vão estar cá sempre e para sempre. És uma pessoa pela qual tenho um carinho enorme e como disse ao Nelson e o Marcelo… é amor. Genuíno. É querer o bem e só o bem. Só vos quero ver felizes e com uma estabilidade incrível, o quer que isso seja. Tenho pena de não estar perto para ver isso a acontecer, porque vai acontecer. És uma pessoa incrível. Adorei a tarde, revivemos momentos incríveis que passamos juntos. Que saudades. Vou estar aqui para ti, sempre. É amor.
De uma forma meio que aleatória acabei por ir ter com a Carolina e com a Susana. Foram pessoas que me ajudaram muito nestes últimos tempos. Tinha de ter esta conversa convosco. Sei que não estavam à espera. Eu sei. E ficaram sem reação e não há nenhum mal nisso. Vou continuar a ir aí a casa como tenho ido, mas com o passar dos dias, tenho a certeza, que me vai começar a custar. Um grande obrigado, principalmente por estes últimos dois meses. Obrigado.
Agora vou falar de duas miúdas incríveis. Claro que a noite tinha tudo para ser aleatória. Eu, o Nelson, a Inês Adriano e Andreia Duarte. Que puta de noite. Digam-me que não foi das melhores noites! Encontrámo-nos por volta das 23:00 em Santa Cruz e há aqui um problema… é que vocês as duas têm sempre aquelas ideias meias malucas, mas que depois só nos fazem bem. Resumindo, o suposto era falarmos, porque vos tinha dito que precisava de falar. Imaginem só. Nem trinta minutos tinham passado e estávamos todos dentro de água meio que nus, meio que vestidos. Mais nus que vestidos, sejamos sinceros. Incrível. Só vocês. Adorei e depois veio a conversa. Foi tão bom ouvir-vos e falar-vos um bocadinho de mim. Foi tão reconfortante e acolhedor, porque não é que nunca tenha havido espaço para conversas, mas como esta nunca tinha acontecido. Acho que fez bem a todos e é aquilo que eu disse, § fui mesmo muito feliz cá e vocês fizeram completamente parte disso. Vocês trouxeram-me felicidade e uma loucura à mistura. Foram duas pessoas mesmo importantes para mim, mesmo que isto fique muitas vezes guardado para mim. Eram e são indispensáveis, mesmo que estivéssemos dois ou três meses sem falar. Sabia que podia contar com vocês às horas que fossem. São incríveis. E tu Inês ainda me vai aturar mais um bocadinho, porque como te disse, ainda há muita coisa por dizer e por explicar. Um abraço enorme às duas, um abraço porque sei que são fãs dos abraços. Um daqueles gigantes. Obrigado por tudo e mesmo estando longe, estou aqui para tudo o que precisarem. Obrigado meninas. São especiais. Adoro-vos.
Hora de ir dormir. Amanhã a mamã Dulce vai dar explicações de Francês ao menino Ivo. Acho que amanhã também é dia de falar com o meu pai. Desejem-me sorte. Já que só vão ler isto daqui a uns meses, fico-me pela esperança que corra bem. Fingers crossed.
Já se passaram mais uns dias. Poucos. Pai e Leonor.
Chegou a altura de ter de falar com o meu pai. O meu irmão apalpou terreno para eu poder falar e obrigado por isso. Acho que o meu pai percebeu. Percebeu e apoiou-me. Claro que ficou triste por não acabar o meu curso, sei que ele queria muito que eu o fizesse! Conforme os dias foram passando acho que apoia ainda mais a minha decisão e é tão bom sentir isso. Acho que ele tem medo da ideia que tenho do que é a vida no Luxemburgo e concedo-lhe isso. Porque se eu estivesse no lugar dele provavelmente também teria.
Passemos à frente e podemos falar do dia do dia 8 de Julho. Agora já é dia 9 porque já passa e bem da meia noite, muito mais do que era suposto. Desabei. Eu sabia que as noticias não iam ser as melhores mas também não era preciso tanto. Senti o chão a surgir. E precisei efetivamente de pessoas a meu lado, como acho que nunca tinha precisado. Para quem não sabe, a notícia foi que o cancro do meu pai se instalou no cérebro, uma das piores noticias que me podiam dar. Depois de falares comigo, fiquei dez minutos a olhar para uma parede do meu quarto a rir. Porque não tive reação. As lágrimas não surgiram e passava-me pouca coisa pela cabeça. Até que me levantei para fumar um cigarro. Desabei e confesso que foi mesmo muito difícil. Mais uma batalha. Mais uma. Bora. Não quero falar mais disto porque não há muito mais a dizer, é lutar. Lutar.
É nesta parte que entra a Leonor. Nô, não escrevi sobre ti no dia em que te contei que vou embora, porque como tu disseste é complicado encontrar tempo para escrever. Acho que agora também não tenho precisado porque têm sido dias muito intensos e a escrita fica de lado. Claro que tu ias acertar nisto. Não venho aqui só falar desse dia, porque mesmo já tendo falado de ti neste livro, mereces que escreva mais. E garanto-te que mais do que mereceres, eu preciso disto.
O dia em que te contei foi mais um daqueles dias aleatórios, e que tudo corre a favor para nos encontrarmos. Estava na Ericeira e conseguiste vir mais cedo de Lisboa. Fui direto ao assunto, porque tinha efetivamente de ser. A tua reação foi exatamente isto… wow! Falamos sobre a minha decisão. Percebeste tão bem, como seria de esperar. Porque és tu. Não foram precisas horas para ter a conversa que queria ter. Acho que meia hora chegou, ainda que tenham ficado mais coisas por dizer, mas como te disse, ainda temos tempo. Já não te via há uns tempos, e sendo egoísta, já tinha saudades do impacto que era estar contigo. E talvez, fossem mais do que saudades. Necessidade talvez. És incrível e precisava mesmo de falar um bocadinho contigo.
Depois de ter falado com o meu pai falei contigo. E tu não tens noção do bem que me fez e da paz que me trouxe. Parece que me fui esquecendo do que tinha acabado de saber, ainda que estivesse na merda. Foste crucial nesse momento e tu não sabes mas as tuas mensagens aos meus olhos eram desfocadas e tinha o ecrã do telemóvel em água. Obrigado por teres estado ali e sim… “A melhor razão para percorrer o mundo: por alguém que amas”. Literalmente. Obrigado por todas as palavras e por me tentares acalmar. Porque conseguiste isso. Obrigado, obrigado e obrigado.
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3. FIRST LOVE
A hashtag da fanfic é #MinDoJi e meu user no twitter é igual o daqui :)
Boa leitura!
~*~
Início do semestre.
Ótima data para fazer planos, traçar metas e alcançar novos objetivos, afinal, era a faculdade, o início do ano letivo e a porta para a realização de todos os sonhos que qualquer jovem poderia ter.
E eu? Eu só queria poder fazer música em paz, porque o mais difícil eu já tinha conseguido: entrar na universidade, que apesar do processo burocrático e das notas rigorosas, me aceitou na primeira chamada. Talvez eu devesse me gabar, já que a tão concorrida Universidade Nacional de Artes da Coréia me deu a oportunidade de estar ali e não era tão fácil assim ser aprovado, ainda mais na primeira chamada, mas depois de um ano morando sozinho, pude discernir bem o que era digno ou não da minha atenção e desgaste emocional e aquilo definitivamente não era. Quem liga se eu fui aprovado em primeiro ou em último? Foda-se, eu entrei, é o que importa. E por mais que o ser humano goste de colocar rótulos no geral, sempre querendo provar o quanto é melhor do que o outro, eu tenho preguiça entende? Eu só precisava entrar e foi isso que eu fiz.
O mais importante era saber que a universidade oferecia alojamentos, o que facilitaria muito a vida de quem só pensava em estudar música e produzir sem descanso, no caso, eu. Claro que a herança deixada pela vovó aguentaria até o fim do curso (talvez até uns anos além dele), e mesmo podendo morar em outro lugar, a praticidade de estar dentro do campus era o suficiente para mim. As regras condiziam com a chatice que era para entrar na universidade: rigorosas demais, o que tornava o convívio com os estudantes um pouco complicado, já que a maioria se considerava livre (por estar na universidade, longe da vigilância constante dos pais) e só queria transar com quem desse na telha, fumando um baseado depois de uma boa foda. Para mim não faria diferença alguma, já que meu coração ainda pertencia ao mesmo garoto bochechudo de Busan, e eu não fazia questão de que as coisas fossem diferentes.
Durante um ano inteiro eu fiquei remoendo o meu adeus, tentando compor, escrever, viver, mas não adiantava, tudo sempre voltava para ele. E quando se tratava dele as coisas não fluíam mais como antes. É como se meu coração soubesse a merda que eu havia feito e se recusasse a colocar paixão em qualquer outra mísera coisa, por isso, nem as cartas eram terminadas e as músicas sempre ficavam pela metade. É como se tudo gritasse "volte", mas eu sabia que era tarde demais, um ano muda tanta coisa... Eu mudei, pelo menos.
Era o último domingo do mês, o que significava que a data limite para se alojar na universidade havia chegado, todos deveriam entrar até às dezoito horas, caso contrário, a reitoria tinha total liberdade para colocar outra pessoa na sua vaga do dormitório, pois é, regras da instituição. Após arrumar as poucas coisas que eu tinha, peguei um táxi, estava cedo até e a universidade não ficava muito longe, então decidi sair com antecedência só por precaução. O taxista não era muito educado e além de tudo parecia perdido, ficou dando várias voltas no bairro, o que começou a me irritar, já que ele era da região e ficava no centro residencial da cidade, ou seja, as pessoas deveriam usar bastante o trajeto de casa até lá, não deveria ser uma novidade pra ele (que provavelmente conhecia tudo por ali). Quando olhei no relógio, já se passavam das dezessete, comecei a me preocupar:
- Será que tem como o senhor acelerar um pouco? Eu preciso estar lá antes das seis... É importante. - Disse tranquilo para que ele não reparasse no meu desespero.
- Só se você quiser que eu voe. - Retrucou mal humorado. Como é que é?
- Tudo bem então, pode encerrar a corrida. - Eu disse tranquilo, tentando manter toda a pose por fora, mas querendo esganá-lo por dentro.
- Você está de brincadeira comigo? - Seu olhar me fuzilou pelo retrovisor.
- Não, estou falando sério. O senhor rodou o bairro todo só para me levar num caminho de trinta minutos no máximo, já conseguiu o dinheiro que queria, certo? Agora com licença, não posso me dar ao luxo de chegar atrasado. - Seu rosto ficou vermelho e seus olhos tremiam de raiva, já que ele havia sido descoberto. Perplexo pela minha sinceridade, ele enfim destravou o veículo. Peguei minhas coisas e saí correndo em direção ao trem, eu tinha trinta minutos para chegar, precisava correr. Já estava escurecendo e isso só reforçava o quanto eu tinha que me apressar, já que aquele pedaço não era lá muito bonito e seguro.
Ao comprar a passagem, saí correndo até a plataforma e por um minuto não perco o trem que partia, é, definitivamente não era meu dia. Quando o trem anunciou a chegada, mal esperei a parada, já estava na porta pronto para sair em disparada. Como um louco pelas ruas de Seul, eu procurei qualquer carro que pudesse me levar, mas todos pareciam ocupados por alguém, claro, eu estava em Seul, não em Busan, tudo era o mais completo caos, eu ainda precisava me acostumar com isso. Olhei no GPS e não era uma distância muito grande, meus pés teriam que aguentar, querendo ou não, eu não tinha mais opções. Corri até faltar o ar e o peito queimar pedindo socorro, quando avistei os prédios luxuosos, olhei para o relógio: 17:53, certo, só mais um pouco de ar. Com a mala de rodinhas me dirigi até o prédio um, que seria meu novo lar a partir de agora, não deu tempo de admirar o restante das coisas porque a pressa é inimiga da perfeição e eu só precisava entrar. Para minha surpresa, ao tentar empurrar a porta de entrada, a mesma estava trancada, merda! Eu ainda tinha três minutos, não era possível tanta má sorte assim! Não era hora de fechar ainda! Comecei a me desesperar e soquei a porta diversas vezes na esperança de alguém me ouvir. Quando achei que tudo estava perdido, enxerguei uma silhueta caminhando em minha direção:
- Em que posso ajudar? - Um moreno veio me recepcionar, abrindo somente uma fresta da porta principal. Olhos castanhos, lábios finos, cabelos desalinhados e um tom que parecia ser de puro deboche, mas seu sorriso era bonito, a boca parecia um coração. Ele me mediu de cima a baixo, o que me deixou extremamente nervoso e desconfortável:
- Eu... preciso entrar, sou aluno de música, vim me alojar. - Anunciei dando um passo à frente, mas ele nem se moveu.
- E por que eu deveria abrir a porta pra você? - Me fitou com seu sorriso ladino. Apesar de ele não ter nada a ver com o que tinha me acontecido anteriormente, eu estava um pouco puto e sem paciência.
- Primeiro porque eu ganhei uma bolsa, isso significa que eu não tenho muito dinheiro, - menti -então você pode escolher entre pagar um lugar pra eu ficar ou abrir a porra da porta! - Respondi irritado.
- Ei! Calma aí esquentadinho, foi só uma brincadeira! Seja bem-vindo à universidade, sinta-se em casa! - Finalmente abriu a porta, rindo em deboche. - Aqui é bem grande... Quer ajuda para encontrar seu quarto? - Continuou rindo, o safado.
- Não, acho que posso me virar sozinho, obrigado. - Eu disse andando na frente, sem nem me virar para olhá-lo.
- Cuidado hein, você pode se perder... - Qual era a graça? Ele não parava de rir. - Como devo te chamar esquentadinho?
- Pra você é Min Yoongi! - Dei uma risada sarcástica. - Como eu devo te chamar se quiser xingar você? Porque acredite, eu vou. - Garanti.
- Sem problemas! - Gargalhou, correndo e andando ao meu lado. - Meu nome é Jung Hoseok, mas pra você pode ser Hobinho. - Retrucou abusado.
- Por qual motivo eu te chamaria assim? Eu nem te conheço cara! - Cara esquisito... Caralho, que lugar enorme! O corredor não tinha fim.
- Você é nervoso mesmo hein? Calma Min, eu só quero fazer novas amizades... não precisa ficar bravo comigo! - Foi aí que eu estanquei, meus pés não conseguiram mais se mover. Um ano sem ouvir aquele apelido, um ano tentando lutar contra aquele calor no peito, um ano sem ele. Um apelido que foi por tantos anos foi dito com tanto carinho, tanto amor... agora na boca de um estranho, que mais soava como um deboche despretensioso, mas ainda sim tinha aquele toque de nostalgia, remexendo tudo dentro de mim, fazendo tudo doer consideravelmente.
- O que foi? Algum problema? Esqueceu alguma coisa? Eu posso... - Ele pareceu surpreso pela minha parada.
- Não... tá tudo bem, eu só... Obrigado por me receber, eu assumo daqui, com licença. - Falei sério, apertando o passo e deixando um Hoseok totalmente confuso pra trás.
Tentando afastar as emoções, segui até o final do corredor, onde deveria ficar meu quarto: 403. Quando avistei a fileira de portas, estava um pouco escuro, mas eu conseguia perceber todas elas fechadas, exceto uma, que parecia ter sido esquecida aberta, com uma pequena fresta, iluminando sutilmente o corredor. Conferi o número, 403, era esse, mas antes que eu pudesse abrir a porta, algo chamou minha atenção:
- Você sabe que alguém pode nos ouvir e chegar a qualquer momento né? – Uma voz sussurrada disse.
- Como se eu me importasse de verdade né Tê? Deixe entrar... quem sabe a gente convida pra fazer parte da nossa festa. - Por mais estranho que isso possa parecer, eu acho que conheço essa voz. Na verdade, só podia estar maluco. Decidi me aproximar e fiquei de cara com a porta entreaberta, onde um filete de luz iluminava o ambiente e revelava os dois corpos que estavam ali. Era errado bisbilhotar, mas era exatamente isso que eu estava fazendo.
- Ji... para, não faz isso, você sabe exatamente como me deixa. – Eu gelei. Espera, não pode ser...
- E você sabe como eu fico quando me chama assim... – O loiro mais baixo respondeu com a voz rouca. E por mais que eu quisesse me enganar, não tinha como, porque eu sabia. Eu sempre saberia... Aquela voz... Aquele Ji era o meu Ji. Meu Jimin, meu primeiro amor, o primeiro e único garoto que sempre fez tudo se revirar dentro de mim, agora estava encostado numa escrivaninha, se... esfregando no mais alto. Rebolando, para ser mais exato. Meu cérebro pareceu explodir e minha cabeça pesou com o acúmulo de informações. Eu não estava acreditando no que via, e meu corpo simplesmente travou, ficando sem reação, mal conseguindo se mover.
- Eu só não entendo o porquê... Por que isso te afeta tanto? – O outro questionou. A voz carregada de dúvida e prazer pelas investidas.
- Shh, não precisa... só me faz esquecer Tê, eu só quero esquecer de tudo, tudo que esteja fora desse quarto! – "Tê" agarrou o pescoço do menor e o puxou para um beijo lascivo, onde as línguas se enroscavam e muitas vezes, de tão desesperadas, fugiam das bocas urgentes. Jimin impulsionava o quadril para trás, se esfregando na ereção alheia, enquanto a mão do maior foi mais ágil e agarrou a ereção que estava em sua frente, fazendo-o se entregar por completo, gemendo sôfrego.
- E alguma outra coisa importa quando você está aqui? – Ele sussurrou no ouvido do menor, bombeando a ereção com força. – O que pode ser mais importante do que você gemer meu nome Jimin? Hum? – Ele dizia baixo, causando arrepios na pele alheia.
- Nada Tê, nada mais importa... – O mais alto então colocou a mão por dentro da calça do outro, alcançando a ereção e bombeando ainda mais, enquanto o corpo do menor se contorcia em suas mãos e gemia baixo. – Me fode Tê, não me tortura... não hoje! – A voz manhosa pediu e os gemidos foram abafados pelos beijos urgentes. A mão que antes agarrava o pescoço de Jimin, desceu pelo seu torso, adentrando a camiseta e subindo novamente para estimular o mamilo direito, que estava totalmente intumescido pelo prazer que o maior proporcionava com as bombeadas em seu pênis. Os lábios volumosos de Jimin estavam entreabertos e ele mal conseguia controlar suas reações, deixando os gemidos morrerem na garganta. Seus dedos foram rápidos em abaixar a calça junto à cueca boxer e liberar seu corpo finalmente para que o maior tivesse livre acesso.
- Quanta pressa baby... – O maior riu sarcástico em seu ouvido, atiçando-o ainda mais. – Você vai ter que tirar pra mim também, sabe... estou um pouco ocupado aqui... – Riu novamente, chupando o pescoço de Jimin que parecia querer chorar e se contorcia a cada sussurro do mais alto em seu ouvido.
- Tê... por favor... – Pediu manhoso.
- Eu adoro tanto quando você implora Ji... Só me faz querer te foder mais baby. – Os dentes atacaram a clavícula do menor, que não sabia mais como se contorcer em meio à tantos estímulos. – Empina. – E como num passe de mágica, as roupas foram jogadas para baixo, as costas do menor se arquearam, obedecendo a ordem imposta. Os dedos que antes estimulavam o mamilo, foram parar nos lábios carnudos de Jimin. – Faz o que sabe fazer de melhor... Chupa. – Ele ordenou mais uma vez, fazendo o outro ofegar e receber os dois dedos na boca. Jimin lambuzava os dedos grandes com devoção, fazendo a saliva saltar até para fora dos próprios lábios. – Tão obediente... merece até um prêmio... – Os dedos foram retirados de forma brusca, causando um estalo e os lábios foram capturados novamente, enquanto a mão do maior deslizava para baixo. Com uma perna, ele empurrou um dos pés do menor, abrindo suas pernas. Os dedos foram ágeis até sua entrada, penetrando com tanta força que o corpo de Jimin deu um solavanco para frente.
- Porra Tae... – Jimin gemeu. – Gostoso... sempre tão gostoso... Puta que pariu!
- Não xingue baby, eu preciso me concentrar, não consigo ter foco com você falando assim. – O sorriso ladino dominou o rosto do maior e ele penetrava seus dedos em Jimin, sem dó, enquanto o mais novo mordia os lábios na tentativa de conter os gemidos.
- Tae... – Gemeu manhoso.
- Eu sei baby... shh, eu sei. Eu sempre sei... – O mais alto retirou os dedos e alcançou um tubo na gaveta da escrivaninha, o que identifiquei ser um lubrificante. Interrompeu as bombeadas apenas para abrir o tubo e despejar o líquido nos dedos, esfregou-os e segurou o corpo do menor novamente, mantendo o ritmo de antes, bombeando o pênis ereto e abrindo as pernas trêmulas. Jimin parecia já estar habituado aos movimentos e assim que entendeu o recado, alcançou um preservativo, encaixando-o na ereção alheia. Empinou a bunda novamente, pronto para receber o que queria.
- Eu quero ouvir Ji... – O maior sussurrou tão baixo, que foi quase inaudível.
- Tê, por favor... – E lá estava o sorriso novamente: ladino, sarcástico até. O maior parecia mesmo satisfeito em ver o outro implorar.
- Sempre baby, sempre... – E foi então que o grito veio, junto com o solavanco que o corpo menor deu. O mais alto esperou para seguir, e quando o menor colou as costas no peito do outro, era como se o recado tivesse sido entregue, pois os corpos começaram a se movimentar em sincronia. O maior empurrava com força, sem nunca soltar o pênis alheio, fazendo o outro gritar e morder os lábios em agonia, o que deixava tudo ainda mais excitante.
Eu estava num misto de emoções: ao mesmo tempo que doía ver aquilo, eu estava em choque, não conseguia desviar o olhar. Por mais que doesse admitir, tinha tanta cumplicidade ali, como se os corpos encaixassem perfeitamente, como se tivessem sido moldados para estarem ali, nos braços um do outro.
- Taehyung, pelo amor de Deus! – Jimin berrou.
- Ah baby, por favor... não diga o Santo nome em vão... Deus não tem nada a ver com isso! – O maior debochou no ouvido do outro, que só conseguia pressionar as pálpebras com força e tentava se segurar para não cair, totalmente em deleite.
- Você precisa se apoiar baby, você sabe o que eu quero. – Jimin prontamente se direcionou para a cama, segurando as costas do maior contra si, para que os corpos não se desgrudassem. – De quatro Jimin. Agora. - Ordenou.
- Eu amo quando você é mandão... – O menor sorriu debochado.
- É você que faz isso comigo... – Ele sorri, dando um tapa forte na bunda alheia. Jimin empina novamente, dessa vez, apoiando os quatro membros na cama. O cara que eu entendi se chamar Taehyung não perde tempo e mete com força, puxando o corpo de Jimin para cima, criando o ângulo perfeito para acometer ainda mais fundo.
- AH! Tê, por favor, aí! Não se mexe! – Jimin pediu, afoito.
- Ora, ora, olha o que encontramos aqui... - Sorriu ladino.
- Taehyung, caralho, não se mexe! – O maior nada disse, apenas riu, entendendo que havia encontrado a próstata alheia, surrando-a sem dó, até Jimin não ter mais forças nem para gritar. – Tê... não para, por favor! Mais forte! – Implorou.
- Nunca bebê... – E ele continuou, sem piedade, cada vez mais fundo e mais forte. Os barulhos obscenos ecoando para fora do quarto. Com um grito, Jimin se desmanchou nos lençóis, perdendo as forças e tremulando as pernas. Taehyung foi ágil em segurá-lo pela cintura, caso contrário, ele teria caído. – Hey baby... tudo bem? – Perguntou preocupado, deitando-o na cama.
- Eu só preciso respirar... – Ele ergueu o indicador, pedindo para que Taehyung aguardasse e ele riu. Como num passe de mágica, Jimin se recompôs.
- Você é tão bom pra mim Tê... – Disse, engatinhando na cama em direção à Taehyung. – Sempre me satisfaz tanto... – Se aproximou do corpo do maior, sussurrando em seu ouvido. – Deixa eu ser bom pra você também? – Beijou o pescoço, arrancando o preservativo e tomando sua ereção com os dedos curtos. Taehyung ficou totalmente entregue, e gemeu ao sentir a língua de Jimin deslizar pelo pescoço. – Você deixa baby? – Sussurrou, mordendo a orelha do maior.
- Você sabe que pode fazer o que quiser comigo Ji, eu não resisto a você... – Jimin nem respondeu, nem sorriu, estava obstinado a arrancar prazer do corpo alheio e com a boca, desceu beijos molhados pelo pescoço, tórax e baixo ventre, até morder o local e arrancar um gemido sôfrego de Taehyung.
- Ji... – Respondeu manhoso. Jimin não deu tempo para respostas, logo abocanhou a glande e sem aviso começou com os movimentos de vai e vem. – Puta que pariu! – Grunhiu.
- Sem xingar Tê! Eu quero te dar prazer, não ficar com tesão de novo... – Sorriu ladino. Sem demora, passou a língua por toda a extensão, rodeando a glande para depois levá-la até o fundo da garganta, causando um gemido alto de Taehyung, que jogou a cabeça para trás sem resistência.
- Porra Ji! – Praguejou.
Jimin não mais respondeu ou provocou, seu único objetivo era proporcionar com maestria o que o outro havia lhe proporcionado, e ele foi conseguindo aos poucos, pois os gemidos só aumentavam, e quando tudo se tornou insuportável, Taehyung puxou o menor pelos cabelos:
- O que foi? – Perguntou confuso.
- Eu quero deixar minha marca, aqui... – Mordeu o lábio inferior de Jimin.
- Não sabia que precisava de autorização baby. – Frisou o apelido que tanto usavam um com o outro em tom de provocação. Ansioso, Taehyung passou o pau pelos lábios carnudos e vermelhos, como se fizesse um contorno. Jimin, para provocar, colocou a língua para fora, enchendo-o de saliva.
- Você pode fazer melhor que isso, baby. – Desafiou. E seu erro foi esse, pois Jimin o engoliu tão fundo, que o corpo de Taehyung pendeu para frente e ele já não conseguia mais controlar os gritos e para não alarmar ninguém, ele acabou mordendo o próprio braço. Jimin o engolia e cravava as unhas na bunda do mais alto, arranhando e provocando. Quando sentiu Taehyung fraquejar, Jimin deu o golpe final, abrindo uma das bandas da bunda e acariciando a entrada do mais alto, fazendo-o gemer em agonia.
- Filho da puta! – Jimin estava com a boca ocupada, mas a mão foi rápida em deferir um tapa forte na bunda alheia, deixando a marca dos dedos na carne branca.
Sem conseguir se segurar mais, Taehyung gritou e puxou o corpo para trás, não aguentando mais segurar o prazer dentro de si. Contrariado, Jimin impulsionou novamente a boca para frente, engolindo-o novamente.
- Ji, eu vou explodir a qualquer momento... – Avisou com a respiração falha.
- Vem pra mim Têtê... – E aquela foi a cartada final. Jimin olhou bem em seus olhos e o engoliu uma última vez, desarmando Taehyung completamente, que explodiu num jato forte na boca do menor.
- Você quer me matar, porra? – Indagou ofegante.
- Só se for de prazer bebê. – Respondeu limpando os lábios.
- Então eu já morri. – Disse o mais alto se jogando na cama, sem forças.
- Nada de morrer, a gente precisa foder muito ainda! - Riu, se aproximando e beijando a boca de Taehyung. - Você não devia ter um colega de quarto? – Questionou com a sobrancelha arqueada.
- Ele já deveria ter chegado, que estranho. Ainda bem né? Assim a gente teve nosso momento em paz. – Riu novamente e o puxou para um abraço.
- Posso dormir aqui então? Só hoje... – Jimin pediu manhoso com os olhos fechados.
- Não só hoje meu bem, você é sempre bem-vindo aqui, sabe disso não sabe? – Jimin assentiu e os dois se aconchegaram na cama de solteiro, dando vez ao cansaço dos corpos suados.
E depois de tudo o que vi, me senti um intruso. Eu tinha acabado de presenciar uma transa do meu primeiro e único amor. O que eu supostamente deveria fazer? Entrar no quarto? Contar que que vi tudo o que eles fizeram? O quão doentio isso soaria? Sem que eu conseguisse controlar, as lágrimas rolaram, finalmente entregando o estado deplorável em que eu estava. Eu não podia mais continuar ali. Precisava me afogar na única coisa que ainda me trazia paz: música. Saí daquele corredor do mesmo jeito que entrei, em silêncio, como se nada tivesse acontecido, porque realmente não aconteceu... só para mim.
Andando sem rumo, acabei encontrando uma sala de ensaio e um grande piano estava lá. Foi minha chance de pelo menos tentar esvaziar a cabeça e acalmar meu coração com o que eu fazia de melhor.
Neowa hamkkeyeoseo geu sunganjocha
Aqueles momentos solitários quando eu estava com você
Ijeneun chueogeuro
Agora são só memorias
Baksallan eokkael buyeojapgo malhaeji
Agarrando meu ombro esmagado, eu disse
Ba deo isangeun jinjja mothagetdago
Que eu não seria mais capaz de fazer isso
[...]
Ppajyeotdeon geuttae
Mesmo quando eu te afastei
Naega neol mireonaego neol��mannan geol wonmanghaedo
Mesmo quando eu queria te encontrar
[...]
Du beon dasi naega neol nohji anheul tenikka
Eu não vou soltar a sua mão outra vez nunca mais
~*~
Depois de muito chorar sobre o piano, decidi que era melhor dar uma volta pela universidade, mesmo porque, eu precisava achar um lugar para dormir. Ainda não estava tarde, então eu poderia muito bem andar pelo local e conhecer todos os espaços que eu frequentaria daqui pra frente. Ao chegar na lanchonete, acabei encontrando Jung Hoseok novamente, e esse logo me abordou:
- Olha, um gatinho perdido! - Sorriu. - Se perdeu no jardim, foi? O que houve? Não achou seu quarto? – Ele me olhou preocupado.
- Eu achei sim, mas vou para lá mais tarde ou talvez amanhã. A porta estava trancada. – Menti.
- Que estranho, eles não costumam fechar os quartos que vão ficar ocupados, talvez tenha sido um engano... Podemos falar com o reitor se quiser.
- Não, tá tudo bem, eu posso me virar. Sabe de algum lugar aqui perto que eu possa dormir? - Questionei.
- Bom, meu colega de quarto ainda não chegou, você pode dormir na cama extra se quiser. Pelo menos por hoje. - Deu de ombros.
- Você não precisa ser tão legal comigo sempre Jung, mas obrigado. - Agradeci sincero.
- Entenda uma coisa: eu sou um cara legal. E pode me chamar de Hobinho, já disse! – Ele disse convencido.
- Tá, tá! Só me diz logo onde é seu quarto, estou cansado! - Resmunguei.
- Tá esquentadinho... Quarto 305. Fique à vontade, sinta-se em casa. - Ele riu.
- Você sempre diz isso né? "Sinta-se em casa", que piada! – Debochei. Por mais que tivesse me oferecido o quarto, Hoseok me deixou sozinho. Não que eu esteja reclamando, já que não sou uma pessoa muito sociável, mas não quero que ele me entenda mal. Eu não sou uma pessoa ruim, só não sou sentimental, não sei expressar sentimentos. Antes, até conseguia, mas depois de ir embora de Busan, a vida me fez tão frio que agora parece irremediável.
Entrei em seu quarto tentando digerir tudo o que eu havia presenciado: Jimin está loiro, estuda alguma coisa que eu ainda não sei na mesma universidade que eu, nesse mesmo lugar. Mesmo sem notícias dele por um ano, eu ainda sinto meu coração acelerar como um adolescente. Ele parece ótimo depois da minha partida... até com outra pessoa está. Eu tinha que aceitar as consequências das minhas escolhas. Fui eu que deixei Jimin para trás, eu esperava o quê? Ele não ia me esperar pra sempre, as pessoas têm sua vida, seus próprios objetivos... só me restava aceitar.
Se Jimin seguiu em frente, eu também deveria seguir, eu também deveria matar esse amor dentro de mim. E era isso que eu tentaria fazer a todo custo.
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( nobody said it was easy, no one ever said it would be this hard );
QUARTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO.
"Como você está?" Foi a primeira pergunta que Mimo escutou do treinador enquanto recebia tapinhas no ombro. Tapinhas solidários. Mimo franziu o cenho e respondeu que estava bem e feliz por finalidade voltar a treinar. Era tudo o que ele mais precisava naquele momento. Já tendo substituído o uniforme escolar pelo de educação física, estava pronto para se juntar aos colegas no campo, mas foi barrado. Ele temeu que fosse ser afastado novamente, que todo o caso com as drogas fosse impedir que ele fizesse o que tanto gostava, mas naquele momento, não. O treinador apenas pediu que ele fizesse o aquecimento sozinho ali fora mesmo. Os olhos negros vagaram pelo rosto do homem que agora passava dos quarenta e alguma coisa, mas era tão parrudo e bonito que sequer parecia ter chegado aos trinta. Mimo respeitava Seokmin com todas as células de seu corpo, o considerava tanto quanto considerava o próprio pai. Mas algumas vezes sentia uma raiva muito grande das meias palavras. Não questionava porque aprendeu que só receberia respostas curtas se o fizesse, então tratou de obedecer. A todo momento ele via os colegas em campo roubando olhares e ele só conseguia se sentir incomodado. Verdadeiramente incomodado. Alguma coisa estava acontecendo e ele não sabia o que era. Mas tentou fingir que não tinha percebido nada. Só queria entrar no campo.
O que foi uma péssima ideia.
Aquele treino foi um completo caos. Começando pelo fato que mais da metade dos garotos sequer disseram ‘oi’. Muitos deles nem mesmo ergueram o rosto quando Mimo falou. Então, uma sequência de eventos catastróficos; desde uma bola propositalmente arremessada em seu rosto (que não acertou, porque Mimo foi rápido no desvio). "Para baixo, Minpyo! Por que está jogando tão alto?", "Cala a boca, Mimo!". Até um taco acertado no meio de suas costas durante a troca de base, o fazendo cair de joelhos pela dor. Fora todas as provocações verbais que chegaram a ser cruéis em alguns casos. Mimo estava curioso pelo motivo de tudo, mas concentrou sua energia no que precisava: aguentar o treino. Alguns dias era mais difíceis, nada impossível.
Porém, quatro horas de cotovelos em suas costelas, chutes em suas canelas e bolas propositalmente arremessadas em seu corpo (o que doía bastante) se mostrou mais difícil do que ele esperava. Ainda mais quando ele percebia que o treinador fingia não ver o que estava acontecendo, só tendo chamado a atenção dos outros uma vez, quando Mimo caiu. Ele estava verdadeiramente chateado, só querendo entender o que estava acontecendo. Até onde conseguia se lembrar, não tinha feito nada para nenhum deles. Então por quê o ataque?
A cereja do bolo veio no vestiário quando foi impedido de entrar na área de banho. Por um soco bem no meio do nariz. Depois da dor alucinante que fez os olhos encherem de lágrimas e os pés vacilarem, lá estava o sangue correndo para a sua boca. Mimo estava pronto para brigar, estava farto daquela situação fora de controle. Mas assim que ergueu o pulso para Hyunshik, a voz do treinador ecoou pelo lugar, fazendo os garotos se dispersarem. Finalmente Seokmin disse que os puniria. Mas só se voltasse a acontecer. Mimo tinha certeza que se fosse ele fazendo alguém sangrar, já estaria sendo arrastado pela orelha para a diretoria da escola. Depois de ajudar Mimo com o sangue, o treinador o fez ficar até depois do horário para conversar. Largado na arquibancada uma bolsa de gelo sobre o nariz, Mimo observava o treinador remoer alguma coisa. Ele conhecia aquela expressão, tinha alguma coisa errada.
"Os meninos estavam comentando sobre suas fotos no instagram. Disseram que você postou fotos legais seja lá onde tenha ido. Então Minpyo começou a desconfiar do cara que aparece em várias delas." Mimo repassou mentalmente todas as fotos que havia postado. Tinham muitas fotos de Bonhwa e com Bonhwa, de fato. Mas nenhuma delas era comprometedora. Assim como as legendas delas. "Ele viu uma foto específica em que os dois aparecem com anéis iguais. Você sabe qual é?" Qualquer uma que aparecessem as mãos dos dois... "E disse que achava que você estava namorando esse cara. Quem é esse cara, Mimo?" Estava claro para ele que o treinador esperava que ele mentisse, que fizesse o que todas as pessoas em sua situação fazem: esconder. Ele sabia também que era para o seu próprio bem conforme a ficha caía de que tinha sofrido um ataque por homofobia. Mas ele não tinha medo. Mimo era completamente ciente que não estava fazendo nada errado, então não tinha motivos para mentir, para esconder. Sua família já sabia, a família de Bonhwa sabia. Quem tinha que estar incomodado com a situação, não estava.
"Ele é meu namorado mesmo. Nós fomos ao Caribe em uma viagem de casal. Eles estão certos."
Mimo, de fato, esperou uma agressão. Um cascudo que fosse, mas quando fechou os olhos do pôde escutar o treinador arremessando alguma coisa no chão, mas não quis saber o que era, apesar de imagina que fosse a pasta que ele esteve segurando. Documentos com seu nome, pelo o que tinha visto pelo plástico transparente.
"Era só o que me faltava."
Nesse momento ele abriu os olhos e fixou-os no rosto de Seokmin. "Se fosse uma garota, você estaria me parabenizando." Apesar de apontar os fatos em tom baixo, os dentes estavam cerrados e as mãos fechadas em punhos.
"Termina com esse cara."
"Não."
"Escuta aqui, seu moleque!" Com o início do acesso de raiva, Mimo não fez nada além de virar o corpo na direção do outro completamente interessado nos "motivos" que ele tinha. Apesar de saber bem o que viria pela frente. "Eu estou me dedicando tanto quanto você para te colocar em uma universidade! Você sabe que de todos esses garotos, você é Minpyo são os únicos que tem interesse em seguir carreira nisso. E você vai arrumar tudo por causa de uma paixonite descabida?"
"Paixonite descabida?" Mimo repetiu evidentemente ofendido. Se tinha uma coisa que aprendeu a odiar eram pessoas que tentavam diminuir seus sentimentos. Ele não tinha passado aquele amontoado de noites em claro pensando em como seu coração estava completamente rendido a Bonhwa para alguém que claramente não sabia de nada chamar seu amor de uma coisa tão banal.
"Ele está te fazendo mal! Você viu como foi pisado hoje. Você está lento, sem concentração, fora de forma! Não sei se vou mais te mandar para o teste. Não esse semestre..."
"O quê?! Uma semana fora acaba com oito anos de treinamento diário? Treinamentos exaustivos ainda por cima!" Defendeu-se, agora sim subindo a voz. O desespero se instalando. Mimo tinha contado os dias para aquele teste e agora ele estava voando para fora de seu alcance tão facilmente. "Você está me ameaçando! Não pode fazer isso comigo! Eu sou o seu melhor jogador, eu que me fodo nesse campo todos os dias. Eu sou o único que vai levar seu nome para algum lugar! Isso aqui é um jogo para dois, treinador. Você sabe melhor do que eu."
Mimo soube desde o dia que o professor de educação física passou a observar seu desempenho que ele tinha planos para si próprio. Porque ele podia ser bom como fosse, mas era tão egoísta quanto Mimo podia ser. Ele estava esperando que Mimo chegasse a um bom lugar só para mencionar seu nome por aí. Quanto prestígio não teria o homem que descobriu e lapidou um famoso jogador de baseball? Ele seria disputado por times em todo o país. Os dois seriam. Ninguém estava ali só por diversão. "Minpyo vai virar as costas para você na primeira oportunidade, então seja legal comigo e eu vou ser com você."
O mais velho hesitou por um longo tempo, mantendo os olhos baixo e o maxilar travado. Mimo esperou sem desviar os olhos. "Esteja aqui às seis da manhã dia 28. Sem um minuto de atraso ou te deixo para trás."
"Treinador... Isso é logo antes do CSAT..."
"Então espero que esteja se preparando para os dois, Han Mimo."
Era isso, aquele era o final da conversa. Mimo fez uma reverência em despedida e se retirou. De fato, só queria ir para casa e morrer.
SEGUNDA-FEIRA, 2 DE OUTUBRO.
Se Mimo soubesse o que o aguardava, nem tinha pisado na escola.
Claro que ele notou diversos olhares sobre si quando assim que passou dos portões de entrada, mas imaginou que fosse só o cabelo despenteado pelo vento. Mas quando entrou na sala de aula, a coisa só piorou. Ele podia ver claramente as pessoas sussurrando enquanto o olhavam nem tão discretamente. E não foi o único, Daeyeon parecia bem confuso com a cena. "O que ele estão falando?" Mimo respondeu dando de ombros, mas sabia bem o que estava acontecendo. Tinha demorado, inclusive. Só que agora ele queria ver até onde as pessoas iriam sem provocações diretas.
Só até o intervalo.
Mimo preferiu sentar sozinho aquela manhã sob o pretexto de estar lendo os papéis para o teste admissional da faculdade. Ele viu pelo canto de olho quando três garotas se aproximaram. Mas só levantou a cabeça do prato de comida quando escutou seu nome chamado em tom de desafio. Era Minah, uma garota da sala ao lado com quem tinha saído algumas vezes no ano anterior. "Por quê você me chamou pra sair, hein?"
"... Como assim?"
"Se não gosta de garotas..." Ela parou de falar por causa de uma cutucada nas costelas.
Mimo suspirou cansado e rolou os olhos, recolheu suas coisas e deixou o refeitório.
De todo jeito, teve que aturar aquele comportamento pelo resto do dia, fingindo que nada estava acontecendo.
QUARTA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO
As coisas começaram a piorar. Mimo não conseguia sossego por um segundo que fosse. Bolinhas de papel eram arremessadas nele, tubos de caneta, até mesmo borrachas. As pessoas colocavam o pé para que ele tropeçasse, escondiam seus livros e jogavam qualquer coisa que pudesse sujar seu uniforme. Ele tentava ignorar, só por causa de Daeyeon que parecia ter virado sua sombra, o lembrando de respirar fundo e ignorar. Ele não havia perguntando mais o que estava acontecendo, nem precisava. Se prestasse atenção em todas as vezes que alguém gritava "viadinho!" quando ele passava, já saberia o que era. E não difícil que isso acontecesse. Alguns professores tentaram interferir. A professora de inglês percebeu a agitação do alunos por sua causa e o levou para a sala de aconselhamento. Mimo tinha que ver a psicóloga três vezes por semanas graças ao caso com maconha, não queria ter que aumentar aquele número. Então levantou e foi embora. Cabulou o resto das aulas na enfermaria, alegando enxaqueca. A enfermeira sabia que era mentira, mas a professora permitiu que ele ficasse.
QUINTA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO.
Quando chegou na escola, haviam fotos de seu Instagram coladas pelas paredes do prédio. E ele não entendia o motivo. Não tinha nada demais, nada que 'denunciasse' um namoro. A não ser uma foto em que as alianças apareciam. Ele tinha fotos segurando as mãos de Daeyeon, de Taehyun, dos outros garotos do grupo cover, de seu pai... Qual era o mal de fotos lado a lado? O que tinha de errado em um beijo na bochecha? Ou um carinho nos cabelos? Tinha algum, porque as pessoas riam e apontavam. Daeyeon novamente foi seu herói, responsável por tirar todas elas e jogar no lixo.
"Não é aquele coreógrafo? Poison?"
"Hey, claro que não! De onde esse moleque conheceria aquele cara?"
Escutar aquele comentário lembrou-o de algo que deveria ter feito antes. Mas bloquear duas redes sociais na hora do intervalo só deu mais motivos para perturbação.
Na hora do treino, Daeyeon não estava lá para segurar seu braço e puxa-lo para longe. Minpyo seguia empurrando-o, dando seu jeito de derrubá-lo ou acertar a bola em seu rosto, mas sempre que Mimo tirava satisfações, ele repetia a mesma coisa: "Chama seu namorado, eu quero conhecê-lo."
A semana havia sido tão estafante, ele estava tão cansado de tudo que sequer pensou duas vezes antes de socar a face de Minpyo. E obviamente, aquilo foi tudo o que o treinador viu. Arrastou os dois para o vestiário e fez Mimo se desculpar, ainda que tivesse gritado sobre tudo o que esteve sofrendo em campo. Entrou por um lado e saiu do outro. O treinador seguia alegando que ele estava lento e incapaz de dar contado jogo, sendo que sua pontuação média seguia inalterada. E Mimo ganhou uma dispensa de novo. Ele gritou, esperneou, tentou negociar, ameaçar, fazer manha, fingir choro, mas não deu. Era isso, uma dispensa quando faltavam duas semanas para o teste admissional da universidade. Quando mais ele precisava jogar.
Ele não queria chorar, mas havia sido difícil segurar as lágrimas aquela noite. Ele disse que não iria sucumbir, que iria aguentar o que fosse preciso e estava tentando de todo jeito. Mas ele nunca havia estava naquela situação, não sabia o quão babacas e infantis as pessoas podiam ser.
Tentou distrair a cabeça jogando baseball no quintal de casa, arremessando as bolas na parede e rebatendo sempre que quicavam de volta. Até as mãos doerem de tanto apertar o bastão. De fato, esteve fazendo aquilo toda a semana, mesmo antes da dispensa. A diferença entre a noite anterior era que agora tinha muito mais raiva circulando em suas veias.
SEXTA-FEIRA, 6 DE OUTUBRO.
No último dia de aula da semana, ele estava acabado. Extremamente chateado, realmente nervoso, impaciente e principalmente desesperançoso. Parecia que toda a sua vida tinha desmoronado de uma vez.
Sim, ele sabia que seria difícil, que nem todo mundo eram seus amigos e familiares que aceitaram numa boa. Ele só não esperava que tudo fosse acontecer justamente quando ele só precisava de um pouco de paz. Não estava preocupado com as pessoas, longe disso, mas todo aquele estresse com certeza afetaria seu desempenho nos testes que estavam por vir. E era ainda pior saber que seu treinador estava dando as costas para ele sem mais, nem menos. Era extremamente doloroso saber que ele tinha que ter apelado por sua chance de fazer o teste admissional depois de ter ouvido tantas promessas ao longo da vida, depois de ter se apegado tanto ao homem. Não queria falar para ninguém sobre como estava se sentindo horrível. Não queria que achassem que ele estava pedindo algum tipo de socorro depois de toda a banca que havia colocado sobre ser capaz de aguentar o que quer que jogassem nele, lieral e conotativamente falando. E tudo o que segurava em palavras se tornava lágrimas com muita facilidade.
Aquela tarde ele permaneceu na escola, mesmo que não fosse participar dos treinos. Sim, ele estava disfarçando. Para Minkyung, Daeyeon, seus pais, o namorado. Não queria que ninguém pensasse que ele estava minimamente abalado. Passou boa parte do tempo sentado no pátio vazio fitando as fotos do namorado no celular. Abriu o aplicativo de mensagens diversas vezes. Digitou coisas e apagou, tentou grava áudios, mas não saia uma palavra de sua boca. Ele sequer lembrava que sabia falar depois de tantos dias em silêncio quase completo. Porque apesar de toda a provocação, Mimo não havia confirmado ou negado nada. Ele não estava fugindo, não estava escondendo nada. Mas também não devia explicações para ninguém. Queria tanto que ele estivesse ali. Precisava de um abraço, de escutar que ia ficar tudo bem.
Na hora de ir embora, Mimo tentou acelerar o passo para sair antes os outros quando o portão foi aberto. Pareceu dar certo só até a próxima esquina. Foi Youngmin quem gritou seu nome. Mimo estancou no lugar e respirou fundo. Se corresse, seria pior. Ele sabia o que estava acontecendo. Os garotos do time eram muito unidos, um sempre se levantaria pelo outro. Claro que o soco em Minpyo não ficaria por isso mesmo. Ele revidou enquanto outro garoto segurava ps braços de Mimo, ele podia sentir toda a arcada dentária doendo e o sangue enchendo sua boca. E logo ele também escorria do nariz. Mais alguns minutos e Mimo estava no chão, tentando proteger o que podia do corpo enquanto escutava que aquilo era para o seu próprio bem, que era para ele virar homem. E como se não bastasse tudo o que já tinha passado a semana inteira, alguém se achou no direito de queimar uma bituca de cigarro em sua nuca e picotar seu cabelo com uma tesoura escolar.
Mimo não sabia o que fazer consigo mesmo quando finalmente foi deixado em paz.
Pensou em ligar para Daeyeon, mas também não queria que o amigo o visse naquele estado. Acabou pedindo ajuda em uma loja de conveniência na quadra seguinte. A dona deixou que ele lavasse todo aquele sangue, limpasse seu uniforme e desse um jeito no que havia sobrado de seu cabelo. Ela não deixou que ele saísse até que tivesse aplicado bolsas de gelo e pomadas para hematomas em seu rosto. Mas não era de todo o necessário. Minpyo sabia o que estava fazendo. Apesar do soco na boca e no nariz, seu rosto havia sido poupado. Era o corpo que doía mais. E aquela maldita queimadura.
Não teve jeito, Mimo precisou passar no barbeiro para ajeitar os cabelos. Por sorte, os fios estavam longos e dava para reparar o estrago sem que tivesse que acabar raspando a cabeça.
Uma única lágrima não desceu enquanto estava fora de casa, sua única preocupação era estar inteiro quando Minkyung chegasse em casa.
Mas naquela noite ele chorou de novo enquanto castigava as mãos em treinos solitários e exaustivos no quintal.
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Lembra de mim 3/5
Even acordou no meio da noite numa cama do hospital, tentou esfregar os olhos, mas seus braços estavam fracos demais. Ele sentiu dor por todo o corpo. Tudo doía e sua cabeça estava enfaixada. Ele estava tentando se sentar quando ouviu alguém ao telefone:
“Ei, Sonja. Sou eu, Isak. Uh, só queria que você soubesse que Even acordou … E, ele está bem. Os médicos disseram que ele está realmente bem e não houve nenhuma sequela , nem nada … Ele já pode falar e comer por si só mas vai continuar em observação por enquanto … Uh … Você pode vir aqui amanhã ? Quer dizer, se você estiver livre . Ele está perguntando por você . Sim, estou falando sério, ele perguntou por ‘Sonja’. Seria legal se você pudesse vir vê-lo … E obrigado outra vez por todo apoio que você nos deu. Você pode imaginar que eu esteja bem feliz agora que ele acordou . Só que.. Tem uma coisa …. é engraçado mas …”
.
Quando Even acordou pela primeira vez, as luzes estavam brilhantes demais, sua garganta estava queimando e ele sentiu como se sua cabeça estivesse prestes a se partir ao meio. Tudo doía e ele não conseguia se lembrar de quem ele era por um bom tempo.
Havia um rapaz ao seu lado . Mais tarde ele soube que seu nome era Isak e que ele estava realmente aliviado por ter acordado. . Even não conseguia lembrar quem era Isak. Mas ele sabia que ele era alguém importante porque ele estava o abraçando e ele simplesmente não conseguia parar de chorar, nem mesmo quando Even perguntou quem ele era.
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“A perda de memória é muito comum após o coma induzido por medicação. Dependendo de uma pessoa para outra , você deve recuperar todas as suas memórias em algumas semanas … meses ”.
Even não tinha ideia do que o médico estava falando. Por que ele estava em um hospital em primeiro lugar. Nada fazia sentido. Quem era esse garoto ? Por que ele estava com tanta dor? Por que Esse garoto parecia tão ferido? Por que ele se sentiu tão triste ? Onde estavam seus pais? Onde estava Sonja?
.
A mãe de Even chorou quando o viu, seu pai também . Sonja estava lá com flores pela tarde. Todos abraçaram e beijaram Isak que mal havia deixado a sala. Isak que não falou uma palavra depois que percebeu que Even não conseguia se lembrar dele.
“Quantos anos eu tenho?”perguntou Even. “Trinta e um”, seu pai respondeu “O que?! Você está falando sério?”
Sua mãe empurrou seu pai que estava rindo.
“Você tem vinte e três anos, Even ” “Ah, tudo bem. Eu me sinto tão estranho. Sinto que estou sonhando.” “Você não está sonhando”, disse Sonja. “Como você tem certeza ?” “Even ”, disse sua mãe. “Você não está sonhando. Você está acordado. Eu juro. Você está se sentindo estranho por causa das drogas em seu corpo. Demora algum tempo para se ajustar, certo Isak ?”
Isak ergueu os olhos da cadeira, ele pareceu distante e surpreso.
“Uh, o que?” disse Isak “Eu estava falando sobre as drogas em seu sistema e as coisas do coma. Você sabe mais sobre isso do que nós ”
Isak deixou seu assento e caminhou em direção a eles, sem olhar para Even, nem mesmo uma vez.
“Uh, sim. Os médicos optaram por coma medicamente induzido em propofol porque havia muito inchaço em seu cérebro. E o metabolismo do seu cérebro foi alterado e … outras coisas. Consideraram outras opções como mantê-lo conscientes para reduzir os efeitos pós-traumáticos, mas um coma medicamente induzido foi a melhor opção porque não tinham ideia do que estava causando o sangramento . E ao desligarem as funções motoras eles deram ao seu cérebro tempo para se curar. Você esteve na UTI há algum tempo e teve 2 paradas mas você vai ficar bem pelo menos é o que os médicos disseram ”, disse Isak, sua voz um pouco instável. “Você pode ter algumas alucinações, provavelmente por que você está sentindo como se estivesse sonhando. A perda temporária de memória também é comum. Mas você vai ficar bem. “
Even olhou para ele, confuso sobre por que esse garoto sabia tanto sobre sua condição e por que ele simplesmente não conseguia encontrar seus olhos .
“Isak é um estudante de medicina” “Oh, então, você trabalha aqui?” - Even.
O rosto de Isak caiu, e Even sentiu como se tivesse dado um soco.
“Não Even. Não trabalho aqui. ”
.
“Quando terminamos?”, Perguntou Even. “Uhm, quando eu tinha dezoito anos. Você se transferiu para Nissen , no seu terceiro ano, se lembra?“ “Eu acho que sim. Repeti meu último ano, certo ? ” “Sim.” “Por causa do que aconteceu em Bakka, sobre eu ser bipolar?! ”. “Uh, pode se dizer que sim ” “E não nos vemos com frequência não é?! ”. “Não… É minha culpa Even. Eu fiz o meu melhor para evitá-lo depois que nos separamos ” “Por quê? O que aconteceu? Por que terminamos? ”
Sonja sorriu e apertou sua mão.
“Você se apaixonou.”
.
“Oi. Como você se sente hoje? ”, Disse Isak, fechando a porta do quarto do hospital atrás dele.
Ele estava sorrindo ao contrário do dia anterior.
“Eu ainda não posso mover meus braços tanto quanto eu gostaria, mas minha garganta não dói tanto” “Bom , bom. Você teve um tubo na garganta , então vai demorar algum tempo para você se ajustar. É melhor você não falar muito ” “OK.”
Era tão estranho. Quem era esse rapaz , por que ele estava cuidando de mim e por que ele era tão doce e atencioso?
“Eu fui para casa e peguei algumas roupas, embora eu saiba que não vão deixar você usar . Mas achei que você gostaria de usar suas próprias meias e não sei .. Eu também trouxe um livro, mas percebi que era estúpido porque você está com os braços doendo . Eu trouxe seu iPad e você pode assistir a um programa de TV ou algo assim. O que você acha? ”. “Isak”. “Hm?” Ele finalmente olhou para cima.
Ele ainda estava sorrindo, mas soou falso. Parecia que ele tinha problemas para respirar, como se estivesse segurando algo prestes a se quebrar.
“Você é meu colega de quarto?”.
Isak olhou para ele por alguns momentos antes de olhar para longe.
“Eu acho poderia dizer que sim ”, ele disse com um sorriso. Um sorriso que parecia um soluço.
Isak se moveu para a cama e verificou o rosto de Even. Ele estremeceu quando seus dedos tocaram sua pele..
“As cicatrizes ao redor de sua boca parecem estar melhores também ”. “Cicatrizes?” “Sim mas não é nada demais. Não se preocupe ”
Even não conseguiu evitar e segurou o pulso de Isak .
“Isak”. “Hm?” “Desculpe não lembrar de você”. “Está tudo bem”, disse ele, olhando para todos os lados, mas para Even.
“Por que você não me diz , quem é você ?” “Você está frágil agora, tanto físico como mentalmente. Se eu sobrecarrega-lo com informações, você pode ficar confuso e isso pode causar-lhe ainda mais dores de cabeça. Não importa se você não se lembra de mim. Apenas se concentre em melhorar, ok? ” “Tudo bem” “Mas, me deixe saber se você precisar de alguma coisa. Ok?”
Isak segurou a mão de Even e a colocou de volta na cama .
“Você é realmente um estudante de medicina?” “Sim” “Quantos anos você tem?” “21”. “E eu 23 ?”. “Sim.” “Quando nos conhecemos ?” “Quando você se transferiu para Nissen-” “No meu terceiro ano?”. “No seu terceiro ano”
É ele? A razão pela qual Sonja e eu …?
“E você estava em seu segundo ano?” “Sim.” “E agora somos colegas de quarto”. “Sim.” “Quão próximos nós somos ?” “Muito próximos.” “Quanto é ‘muito próximos’?” “Tanto quanto isso possa significar ” “Você me ama?”
Que diabos , Even
“Mais do que qualquer outra coisa ”. “Isso é muito para colegas de quarto”, disse Even sorrindo. “Nós somos colegas de quarto especiais”, Isak finalmente sorriu de volta.
De repente, a respiração tornou-se difícil, muito mais difícil do que já era. Even começou a tossir e Isak se assustou .
“Você está bem?” “Sim sim. Só está difícil respirar ” “ Eu vou chamar uma enfermeira”.
.
Naquela noite, Even sonhou com um garoto loiro . Eles estavam em um trem, e era um lindo dia lá fora. O menino estava jogando em seu celular enquanto Even tentava olhar pela janela.
“Podemos trocar de assento?” “O que? Por quê?” “Eu gostaria de me sentar perto da janela. Você sempre se senta próximo à janela ”.
O garoto o deu uma olhada.
“Isso não é verdade. Eu nem sempre me sento perto da janela ”, disse ele, um pouco irritado. “Sim, você sempre senta aí. E você nem sequer gosta de olhar pra fora . Você está sempre no celular ” “De onde veio isso?! Desde quando você se preocupa em sentar próximo à janela?“ “Desde sempre?! Eu nunca digo nada porque você sempre insiste em sentar próximo à janela ”. “Even, por que você está sendo assim agora ? Isso é ridículo .” “Eu não sei”, disse Even, entrando em um sorriso. "Eu acho que gosto de te provocar .
Ele soltou seu telefone e sorriu de volta.
“Você sabe por que eu gosto de próximo à janela?”, “Por quê?”
Isak segurou seu rosto e o aproximando
“Porque eu posso me recostar aqui enquanto eu beijo você”.
Even acordou antes que pudessem se beijar, mas ele quase podia sentir os lábios do garoto. Quase.
.
“Você cortou o cabelo”, disse Even, no momento em que Isak entrou no quarto do hospital.
Isak sorriu. Era quase como se a observação o fizesse feliz.
“Sim, eu cortei. Por quê? ”. “Uh, por nada . Eu acho… É só que você parece… Uh… ” “O que? Eu pareço … ???? ” “Diferente. Você parece diferente.” “Ah.. Sim, bem, estive me negligenciando por algum tempo, então estava realmente precisando cortar ” “Eu gostei do seu cabelo antes”
Isak olhou para ele.
“Não, quer dizer, não entenda errado . Eu também gosto agora. Não fique chateado. ”
Isak revirou os olhos.
“Pfft. Eu pensei que você me daria uma pausa com a perda de memória e tudo, mas não. Continua atrás de mim com a coisa do cabelo ”. “Que coisa do cabelo?” “Você tem uma avaria toda vez que eu corto o cabelo. Você é criança, Even. ”
Even sorriu
.
Even teve o mesmo sonho naquela noite. Foi bom e caloroso. E eles realmente se beijaram dessa vez Even sentiu borboletas no estômago. Foi bom e quente . As mãos de Even estavam nos lados do garoto. Eles tentaram se beijar sem fazer sons, mas o garoto continuava rindo em seus lábios e puxando seus cabelos. Então, Even mordeu seu lábio inferior e o fez choramingar.
“Droga, eu pensei que estávamos brincando de doces e inocentes ” sussurrou. “Foda-se isso, não vejo à hora de chegarmos ”. “Huh? Por que ? O que vamos fazer ? ” “Nós vamos continuar brincando . E eu vou fazer você se sentir bem.” “Você está tentando me excitar em um maldito trem?” “Sim.” “Porquê você sempre tem que ser idiota?” “Não sei ”
Eles se beijaram mais e mais até que alguma coisa atingiu a janela, despedaçando e arrastando Even para a realidade.
Ele acordou com o coração pesado …
“Isak, você estava lá .. No acidente ?”. “Sim.”
Isak estava estudando numa cadeira próxima a cama de Even. As enfermeiras lhe trouxeram uma pequena mesa da sala de espera. Todo mundo parecia gostar dele .
“O que aconteceu? Foi realmente um acidente? ” “Even, nós falaremos sobre isso mas não agora ”.
Even revirou os olhos.
“Sim sim. Você não vai me dizer porcaria nenhuma porque você não quer foder com meu cérebro ”. “Você acabou revirar os para mim mocinho?!” “Eu acho que sim. Por quê? “Nada. Você mal acordou e já está sendo grosseiro. Legal. ”. “Grosseiro ? Eu? Como você se atreve? "Even zombou.
Isak riu. Ele riu por alguns segundos e Even sentiu que seu peito ficava cada vez mais cheio.
Aw. Você é lindo.
Mas então sua risada se transformou em outra coisa. Algo triste e doloroso . Isak estava caindo .
“Droga” “Algo errado, Isak ?” “Não, nada. Por um momento senti que tinha você de volta ”.
.
Havia meninos em seu quarto, três garotos que ele não conseguia lembrar. Jonas, Mahdi e Magnus.
Magnus era engraçado e sem ideias, enquanto Jonas e Mahdi estavam mais calmas e, em geral, mais sensíveis.
“Even. Não posso acreditar que você não se lembra de Isak, irmão! ”, Disse Magnus.
Jonas o deu um olhar severo .
“O que? Isak não está aqui. Eu posso ser sincero, ok? Quer dizer, tudo bem você esquecer de nós, não estou realmente machucado. Mas Isak??!! Isso tá errado mano. “ "Cala a boca Mags”, disse Mahdi. “Desculpe, eu não lembro , cara. Realmente sinto muito, eu daria tudo para lembrar ” “Isak nos pediu para fingir que ele é seu colega de quarto, mas isso é uma besteira e você sabe disso. Que tipo de colega de quarto fica no hospital com você por meses ?! Pfft” “Jesus, Mags. Oque diabos você espera que ele faça ? Ele não vai se lembrar só porque você está dizendo essas coisas ” disse Jonas “Eu sou um idiota mesmo … Desculpa, cara ” “Tudo bem”
.
“Você sabe que não precisa ficar sempre aqui, não sabe?!? Você deveria ir para casa e descansar. ” disse Even. “Sim, eu sei ..mas… “Isak”. “Eu não conseguiria me concentrar , de qualquer maneira , e talvez você precise de mim então eu prefiro ficar aqui ” “??? Estou bem! Nem mesmo minha mãe se preocupa tanto assim ”. “Hum… Isso porque ela não teve que assistir você quase morrer duas vezes”.
Even ficou tenso, e ele podia sentir Isak tenso também. Foi injusto. Muito injusto.
“Me desculpe. Eu não deveria ter falado isso. Estou apenas estressado. Desculpa.“
Even olhou para as mãos e tentou levantar os braços. Ele estava melhorando, mas ainda doía ..
“Isak …”
Isak afastou a pilha de papéis da sua frente abrindo caminho para a cama de Even.
“Sim?” “O que aconteceu comigo? Eu só quero saber.” “Even…” “Você nem precisa me dar os detalhes . Eu só quero saber se foi minha culpa. Foi minha culpa? Eu esteve maníaco? Espera, você sabe que sou bipolar, certo? ”
Isak suspirou e sentou-se na beira da cama.
“Sim, Even. Eu sei. E você não estava . Você tomava sua medicação regularmente e só teve 2 episódios em 3 anos ”. “Ok, ok então não foi minha culpa. ” “Não foi sua culpa”. “E você estava lá”. “Sim.” “Foi em um trem?”
Os olhos de Isak instantaneamente dispararam.
“Even, você lembra de alguma coisa ?!” “Eu não sei. Eu tenho tido esse sonho”.
Isak se reajustou na cama, e pegou uma das mãos de Even .
“Como era esse sonho? Do que você lembra? ”, Ele disse, olhando direto para seus olhos, com as sobrancelhas franzindo um pouco.
“Uh, não muito . Nós estávamos em um trem juntos ”. “O quê mais?” “Hmm. Estávamos brigando por assentos. ” “OK ?” “Você me beijou”.
As bochechas de Isak coraram de repente e ele soltou a mão de Even.
“Uh”.
Isak parecia fora de lugar
“Ei,” Even estendeu a mão e segurou a de Isak. "Ei, Isak. Olhe para mim.“
Quando ele fez, havia lágrimas em seus olhos.
“Nós nos beijamos, não foi? Você e eu. Era você, certo? ”
Isak apertou sua mão.
“Sim .”
Uma lágrima rolou pela bochecha de Isak, então Even estendeu a mão e a pegou com o polegar.
“Me desculpe, você está magoado por minha causa ”, ele disse, tão sinceramente quanto pôde .
“Não Ev..Você está ferido por minha causa . Sou eu quem devo desculpas ” Isak disse enquanto estendeu a mão sobre o rosto de Even .
Não sei o que isso significa.
Even prendeu a respiração. Ele pensou que ele iria beijá-lo. Isak levou seu rosto até o de Even e fechou os olhos. Even sentiu um calor por dentro mas também se sentiu seguro e em paz. Ele sentiu como se estivesse exatamente onde deveria estar. Ele não conseguia se lembrar de Isak, mas ele sabia que Isak era sua casa.
A mão de Isak estava em seu pescoço e, um momento depois, ele passou os dedos pelos cabelos na parte de trás da cabeça.
“Eu gosto quando você faz isso”, disse Even. “Eu sei.”
Isak não conteve as lágrimas que escorregavam pelo seu rosto tão rapidamente Quando Isak adormeceu ao seu lado , Even estendeu a mão e segurou a de Isak. Seus dedos estavam cheios de tinta de caneta e tinha uma mancha de marcador .
Esse garoto .
Even não fazia ideia do que estava fazendo, mas ele trouxe a mão de Isak para meus lábios e beijou . Ele apenas deixou pequenos beijos ali
Obrigado.
.
Depois de alguns dias Even recebeu alta. Quando ele disse a Isak que estava indo para a casa de seus pais, o rosto do menino caiu.
“Desculpe”, disse Even. “Oh, não, não se desculpe . Eu entendo totalmente. Quer dizer, eu sou tecnicamente um estranho ”. “Você não é um estranho . Nunca vou esquecer o que você fez por mim nessas últimas semanas . E eu me sinto mal porque você tem seus exames na faculdade, mas tudo o que você faz é cuidar de mim… Minha mãe vai cuidar de mim agora . Não se preocupe “ “ Sem problemas. Você não precisa se sentir mal ”.
Isak ficou ali no lobby do hospital , ao lado de Even que ainda usava cadeira de rodas .
“Eu acho que eu deveria ir para casa então. Seus pais estão vindo buscá-lo?“ “Sim, em 10 minutos” “OK. Uh. Me ligue se você, se lembrar de mim ou de alguma coisa.
.
Even olhou para o telefone por mais tempo procurando o nome de Isak em seus contatos, mas ele não conseguiu encontrá-lo.
Os médicos recomendaram que ele apagasse mensagens e fotos do telefone para que não o dominassem e alterassem suas lembranças. E tudo o que ele tinha era sua lista de contatos.
Ele quase desistiu quando viu “Bby ❤ ❤ ❤ ”
Even teve um par de bons dias antes cair . Ele se sentiu triste , horrível , exausto e extremamente deprimido . Se sentiu inútil, sentiu ser como um desperdício de espaço.
.
“É comum sentir-se assim após um coma”, disse o médico.
.
Isak o visitou algumas vezes, mas Even o ignorou . Não olhou pra ele , respondeu ligações ou SMS’s . Tudo era tão confuso e, sempre que ele falava com Isak, ele se sentia pior.
Por que não posso me lembrar de você? Por que você está sempre em todos os lugares me fazendo se sentir como merda por não lembrar de você? Você acha que eu quero isso? Você acha que eu quero me sentir assim ?
.
Eles não se falaram por um mês.
E Even começou a se sentir melhor. Os sonhos loucos diminuíram e as alucinações pararam também. Ele estava fazendo o seu melhor. Ele ainda não podia voltar para sua vida cotidiana mas já conseguia andar sem ajuda de ninguém.
Tendo ajuda dos meninos de Bakka, Mikael e Sonja foram também foram incrivelmente solidários. Mas ele não podia deixar de sentir vazio e triste .
Isak concordou em o encontrar em uma cafeteria aleatória. Quando o viu, seu coração começou a bater mais rápido.
“Olá”
Mas Isak jogou os braços ao redor de seu pescoço e o puxou para um abraço apertado.
“Oi Even. Senti sua falta.“ "Também senti sua falta.”
Eles se sentaram e pediram o pior café que já haviam provado.
“Isso é uma merda”, disse Even. “É uma merda total. Agora não vou mais ser capaz de confiar em cafeterias, caramba.” “Pois é..” “Não importa a ordem , continua ruim”, disse Isak enquanto engolia a água que havia solicitado para substituir o gosto horrível do café .
Even sorriu.
“ O que ?” “Senti falta das suas queixas sobre café ” “Quando foi que eu reclamei ?” Isak zombou. “Oh qual é. Me lembro do dia em que você derramou o seu café na roupa e então me culpou porque não fui eu quem tinha ido buscar?!? Você é inacreditável as vezes "Even sorriu para a memória.
Quando abriu os olhos, Isak não estava sorrindo.
"O que?” “Você lembra disso?? Nesse dia, eu voltei para casa para me trocar e você teve uma entrevista super importante” “Para um estágio”, continuou. “Sim! Para um estágio! Oh meu Deus, você está se lembrando !” “Oh.. É.. Deve ser, eu nem percebi …”
Even não conseguiu terminar sua frase, porque Isak tinha deixado seu lugar e agora o beijava com tanta paixão..
Droga , droga . Eu senti falta disso
Even segurou a cintura de Isak e o puxou mais perto enquanto eles se derretiam um no outro. Era bagunçado, descuidado , ridículo, e eles provavelmente perderam os lábios uns dos outros algumas vezes, mas ainda era perfeito. Even o beijou como se fosse a coisa mais natural do mundo, como se ele tivesse feito um milhão de vezes. E era tudo tão novo, mas tudo tão familiar. Ele sabia exatamente como mexer a língua dentro da boca de Isak para o fazer gemer . E ele gemeu.
“ Oh..droga” Even murmurou. “Baby, eu senti sua falta. Senti falta disso ”, Isak ofegou.
Eles deixaram a cafeteria com pressa , de mãos dadas. Isak sumiu na bicicleta e Even atrás
“Para onde vamos?”, Disse Even. “Eu não sei.”
Eles chegaram a uma área residencial, e Isak de repente parou a bicicleta e saiu. Eles caminharam para uma casa aleatória e pararam em frente a uma janela.
“O que estamos fazendo?”, Disse Even. “Você se lembra deste lugar?”
Even ficou confuso.
“Eu não sei. Eu deveria? ” “Tem uma piscina nesta casa. Você se lembra de quem é a casa? ”
Even tentou realmente , ele queria lembrar . Ele tentou o melhor que pôde . Os olhos de Isak estavam brilhando , eles tinhas atravessado diversos bairros até chegar aqui . Mas ele não conseguiu lembrar.
“Me desculpe”, ele murmurou. “Está tudo bem.” “O que você está fazendo?”, Disse Even. “Está tudo bem. É a casa da minha tia ” “Sua tia?” “Sim. Ela está de férias e esqueceu de me dar a chave” “Isak, Porque estamos aqui ?” “Eu quero nadar. Você não quer se juntar a mim? ”
.
Eles acabaram totalmente vestidos na piscina. Isak o empurrou e Even não conseguiu parar de rir.
“Que diabos?!? Preciso te lembrar que acabei de sair de coma? ” “Ohh meu Deus! Meu Deus! Oh droga! Even, Meu Deus. Desculpa! "Isak entrou em pânico.
"Você é tão fofo. Estou brincando. Estou bem! ”
Toda a situação era ridícula, mas Even se sentiu tão feliz, sentiu que seu coração poderia saltar para fora do seu peito . Eles riram por um tempo, apenas sendo bobos e jogando água um no outro.
“Então.. Vamos ficar aqui pra sempre ou o que faremos ?” “Agora, vamos descobrir quem pode prender a respiração por mais tempo”, disse Isak. “E por que faríamos isso?” “Por algumas razões”
Even não podia dizer que não. E no momento em que estavam debaixo d'água, seu coração começou a apertar .
Será que já fizemos isso antes?
Ele só conseguiu ficar por alguns segundos antes de engasgar . Seus pensamentos estavam em confusos. Ele sumiu para tomar ar e Isak o seguiu.
“Acho que você ganhou”, disse Even. “Não, eu não ganhei…” Isak ficou triste e um pouco desapontado.
O que fizemos aqui da primeira vez ?
“Vamos tentar de novo ”, disse Even. “OK.”
No momento em que ele desapareceu sob a superfície, ele sabia, ele sabia.
Meu Deus.
Even sentiu em cada fibra do seu ser. Ele sentiu isso em sua alma, por mais melodramático que isso fosse . Ele sabia. Então ele nadou mais perto e o beijou exatamente como ele fez da primeira vez.
Bby ❤❤❤
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Spencer Chèngzû possui 22 anos e seu status sanguíneo é desconhecido. Atualmente estuda Tecnopatia no Dumbledore Institute of Advanced Magic e esta no 1º ano. No momento encontra-se indisponível e seu face claim é Nicholas Hoult.
✧ Ex-Grifinório✧
✧ Extracurriculares: Clube de duelos e clube de astronomia. ✧
✧ Varinha: Corniso, Pelo de Unicórnio, Vinte centímetros e Flexível. ✧
✧ Patrono: Pinguim✧
✧ Espelho de Ojesed: Spencer, apesar de gostar muito de ser um bruxo, ele gosta mais ainda de sua moto e das corridas que ele fazia. Por isso, quando olha para o espelho vê-se de novo naquele meio, correndo a alta velocidade, com outros corredores logo atrás de si. ✧
✧ Bicho-papão: Spencer gosta muito dos pais, apesar de ter contato com eles só por cartas e poucas raras ligações. Por isso, o seu bicho papão se torna os seus pais o rejeitando por ele ser Escocês e bruxo. A rejeição é uma coisa muito temida aos meninos da China.✧
✧ Animal de Estimação: Um Sagui chamado Heng✧
✧ Player: Julie ✧
Acácia e George são dois chineses que não podiam ter filhos. A porcentagem de isso acontecer era completamente pequena, mas era o grande sonho do casal. Várias tentativas foram feitas, naturalmente e por inseminação artificial, mas de nada adiantava; nenhum feto sobrevivia mais do que três meses. Foi aí que a adoção se tornou a única esperança do jovem casal para constituir uma família. Entraram então na fila para adotar um bebê menino, que era o que os dois sempre quiseram. A adoção deu mais que certo, e o casal conseguiu adotar um lindo bebê escocês, com cabelos muito pretos e olhos azuis escuro. Muitos nomes foram debatidos para a criança -principalmente os nomes chineses- mas acabaram chegando num consenso de um nome escocês, Spencer.
O garoto cresceu até os dez anos na China, com os pais, mas nessa época as brigas que sempre estiveram presentes entre os dois, começaram a se intensificar. Spencer sentia cada vez mais que sua família estava desmoronando em pedaços, e ele não podia fazer nada a respeito. Quando o garoto completou onze anos, os pais decidiram enviá-lo a uma tia -irmã de sua mãe adotiva- que morava em Londres, para que todo o processo de divórcio acontecesse longe do garoto, que já estava sendo muito afetado por tudo isso. Junto com o divórcio veio o processo de briga sobre a guarda de Spencer. O problema entre os pais vinha aumentando, e o moreno vinha suplicando para os dois pararem de brigar -judicialmente- porque ele preferia ficar com a tia, em Londres. Por fim, os pais cederam a vontade do menino, que se instalou oficialmente no Reino Unido, aos doze anos.
No meio de toda essa coisa de divórcio e brigas judiciais, ainda com onze anos, Spencer recebeu a sua carta da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. O choque foi bem grande, tanto para Spen quanto para a sua tia, com quem ele morava. Todos de sua família eram extremamento supersticiosos, e acabaram deixando de lado essa coisa, pensando ser algum tipo de trote. Spencer, por sua vez, também não correu atrás de nada pelo fato de não apresentar sinais mágicos em sua infância. Um dia, porém, depois dos doze anos, coisas estranhas começaram a acontecer, e a família finalmente colocou os pensamentos nas rédeas, e o menino foi frequentar a escola britânica de magia. Quando foi selecionado para a Grifinória, não soube muito o que dizer. Não sabia mito sobre a casa, mas com certeza ficou extremamente feliz quando viu tantas pessoas nas mesas batendo palmas, felizes pela nova aquisição à casa.
Spencer foi muito aventureiro em sua infância. Enquanto não estava na escola, ele passava horas explorando os bairros vizinhos e andando com sua bicicleta por todos os cantos que podia, conhecendo cada atalho que podia, e descobrindo novas rotas e trilhas por entre os bosques e pequenas florestas perto de sua casa. A tia era bem liberal, e isso só foi crescendo com o tempo. Spencer era muito agradecido por sua tia ser aberta e confiar nele. No fim do dia ele sempre voltava com uma história de uma aventura nova que havia vivido, ou sobre uma amizade nova que havia feito pelas redondezas da cidade.
Na adolescência, esses passeios durante as férias da escola se tornaram mais longos. Spencer cresceu com seu espírito aventureiro, querendo rodar o mundo, mas não poderia fazer isso em sua velha bicicleta, que quase caía aos pedaços. Aos dezesseis anos seu pai lhe visitou em Londres, e lhe deu de presente uma linda e grande moto, para viagens, já que o mais velho era constantemente atualizado das aventuras do filho, por longas cartas que o mesmo escrevia. Spencer não tinha nenhum tipo de raiva ou ódio pelos pais, e todo mês fazia cartas imensas para os dois, contando sobre sua vida e sobre suas aventuras, desejos, e planos para o futuro.
Com sua moto, agora, o garoto pode visitar lugares mais longos, e mesmo assim voltar para a hora do jantar. Logo, bairros viraram cidades, e aos dezessete Spencer já não voltava para casa durante a semana, já que tinha possibilidade de fazer isso agora, que estava formado na escola. Nesse mesmo ano, o garoto descobriu que tinha um talento ótimo com corridas, e assim foi convidado a entrar em uma, onde o prêmio era sempre muito recheado. Não demorou para que uma corrida ao mês virasse dez, e depois virasse trinta. Ele viajava demais a procura dessas corridas, e seu nome ficou conhecido nesses locais, onde grandes corridas e trilhas de motocross eram feitas. Spence correu até os dezenove anos, quando em uma das corridas -a mais importante do ano- ele se desequilibrou em uma trilha e acabou machucando feito seu joelho. E ele sabia que era o seu fim. Nessa vida, todos sabiam que um acidente desse, que envolvesse as juntas do joelho ou tornozelo eram o fim dos corredores.
Quando completou vinte anos conheceu a garota que atualmente é sua melhor amiga: Alice. Ele descobriu que a garota secretamente participava de batalhas de robôs, e isso o interessou muito. Acontece que a dupla da garota havia desistido de participar com ela, e ela precisava desesperadamente de alguém que entendesse de mecânica e elétrica, para ajudá-la a construir e consertar seus robôs de luta. Por sorte, Spencer sabia tudo isso por seus anos com sua moto, e também precisava de novas emoções em sua vida. Assim, se ocupou com corridas de robôs até os vinte e dois anos. Depois disso, percebeu que isso não era mais para ele.
Assim, aos vinte e dois, depois de muito tempo gasto em meio aos trouxas, ele decidiu finalmente voltar a seus estudos no meio bruxo, então se inscreveu na Dumbledore Institute para cursar tecnopatia e se mudou para lá, carregando em sua mala roupas, suas muitas experiências, e a saudade que ficaria de sua antiga e nada parada vida.
Spencer tem uma personalidade energética e livre. Odeia ficar parado e não gosta de atividades que exigem isso dele. Está sempre em movimento, e gosta muito de trocar experiências. É bastante falante quando quer, mas ao mesmo tempo também gosta de ficar quieto e analisar as pessoas. É bastante fiel, e trata as pessoas como elas o tratam. Também é bastante justo. É um garoto principalmente energético, que tem um espírito ligado em viagens e em aventuras.
✧ Spencer sabe falar chinês fluentemente, por ter morado no país desde que nasceu, e por conta de seus pais ainda morarem lá. Ainda sim, depois de muito tempo em Londres, ele ainda carrega uma grande carga de influencia dos chineses, assim como sua cultura.✧
✧ Ainda mantem contato com sua amiga Alice, que depois que ele foi para a faculdade, também parou de competir nas lutas de robôs, e resolveu tirar um tempo de folga com o pai dela.✧
✧ Apesar de achar a leitura muito importante, não tem muita paciência para ficar parado, correndo os olhos sobre as multiplas linhas. Por isso, para conseguir ‘ler’ os livros necessários para a faculdade, ele compra audio-livros, que costuma ouvir enquanto pratica Kung Fu sozinho.✧
✧ Ainda costuma fazer grandes cartas, tanto para os pais, quanto para a tia que mora em Londres. Spencer não é muito adépto a mandar emails. ✧
✧ O Sagui chamado Heng (que significa Eterno em chinês) foi um presente de sua tia, quando o menino entrou em Hogwarts. Os dois não se desgrudam, e Heng está sempre grudado em sua camisa, ou até dentro de algum bolso de sua calça. ✧
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