#ficsmut
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Hello, i wanted Re-read your ficsmut abt Cinder and Kai in Ao3 isn't available, What happened? Don't worry! understand the situation
Hi! I changed a lot--of not all--of my fics on AO3 to only be viewed by registered users in order to avoid being scraped by AI. I'm sorry if you lost access because of this. I highly recommend creating an AO3 account!
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Velhos tempos (Part 2/3) NSFW Chele x Kuroo
| Contagem de palavras: 2.4k |
—
Rochele não se importaria nem um pouco de deixar todo o dormitório feminino ouvir seus gritos de prazer enquanto seu namorado a fodia ardidamente. Poderia estar fazendo isso agora, se não tivessem sido interrompidos.
Empata foda!
Era isso que Yumi era.
Porra, ela não tinha dito que ia dormir fora e só ia voltar no outro dia a tarde?
— Mas aí ele me deu um fora, não dava pra continuar lá né! – ela exclamou para Chele.
A voz da colega de quarto entrava por um ouvido e saía pelo outro, totalmente desinteressada. Primeiro porque não eram grandes amigas – maldita regra de faculdade que só permitia que pessoas do mesmo curso compartilhassem o dormitório, Annie nunca, nunca seria empata foda –, segundo porque Yumi não estava triste por ter levado um fora, ela nem gostava do cara, era só um pau amigo, então não tinha porque consolar a loira.
Rochele não queria ser uma escrota, então continuou fingindo se importar até esperar pela oportunidade perfeita de interromper a colega.
Encostado na parede do lado de fora do quarto estava Kuroo, ouvindo pouquíssima coisa, vestiu a camisa preta preguiçosamente. A ereção já controlada por baixo da calça. Tinham sido interrompidos no começo das preliminares com Yumi destrancando a porta. Tempo suficiente para que o Tetsuro subisse a calça e cobrisse a namorada com a coberta da cama.
Encarou a maçaneta da porta. Talvez pendurar uma gravata ali poupasse a dor em suas bolas.
Respirou fundo, esperando Chele aparecer para dizer se ele iria embora ou não.
Alguns poucos minutos depois ela apareceu, saindo do quarto e fechando a porta. Jogando o corpo em cima do peito coberto do namorado. Kuroo deslizou a mão para os quadris dela, percebendo que ela só estava com a sua camisa larga do Nekoma e calcinha, o que não cobria tudo, pois ele podia facilmente deslizar a mão na polpa da bunda da morena.
— Não vai rolar, eu não vou transar com ela na cama ao lado – ela disse, sexualmente frustrada, encarou as orbes castanhas-avelã, os olhos verdes frustrados e pidões — Mas se você ainda quiser ficar e dormir de conchinha eu aceito.
Ele podia sentir a frustração em sua voz. Não podia negar que também estava frustrado, mas o que importava era passar um tempo com sua garota. Ele podia sentir a ponta dos dedos dela fazendo pequenos círculos em seu peito por cima da camisa. Então como se tivesse irritado consigo mesmo por não ter pensado em uma solução antes, ele sorriu irônico, balançando a cabeça e segurando a mão de Rochele contra seus lábios.
— Querida – começou a falar, entre beijos na mão dela — Se você quiser e estiver disposta, podemos ir para a casa dos meus pais – ela rapidamente franziu as sobrancelhas, confusa, não sabendo dos detalhes — Eles estão viajando, estou com as chaves para cuidar das coisas de vez em quando… Que tal?
Chele pensou por um momento, um sorriso pervertido crescendo em seu próprio rosto.
— Seu sem vergonha – disse, batendo levemente no peito dele — Rapidinho pensou numa solução.
— Que isso… – ele sorriu, observando ela entrar de novo no quarto, provavelmente para vestir a parte de baixo e pegar o necessário.
Não se tratava apenas de sexo, mas sempre era um porre ter seu conforto sendo atrapalhado por uma colega de quarto um tanto quanto irritante. Se Chele chegasse na casa dos seus pais e não quisesse transar aquela noite, tudo bem, ele ficaria satisfeito com uma conchinha.
Mas ele achava essa possibilidade pouco provável.
Pegou o celular e começou a digitar para o colega de quarto.
“Coruja, só avisando para não me ligar durante esse final de semana. Estou com a Chele” – 21h28h.
“🌚🌝” – 21h29.
Foi só o momento de olhar os emojis como resposta e ela apareceu, dessa vez totalmente vestida e com uma pequena mochila nas costas. Pelo visto, estavam pensando na mesma coisa. Nada mal, pouparia tempo.
Alguns minutos de carro e eles finalmente chegaram na casa dos Tetsuro. Não é como se Chele não conhecesse o ambiente, esteve ali muitas vezes durante o ensino médio.
— Minha nossa! – ela exclamou ao entrar no antigo quarto de Kuroo, que ainda estava praticamente do mesmo jeito que ela se lembrava, o que trazia boas memórias, a fazendo rir — Continua tudo igual.
O capitão sorriu, era verdade. A morena jogou a mochila em cima da cadeira de escritório, caminhando em direção ao banheiro do quarto, tirando a camisa do Nekoma no processo.
— Posso tomar um banho? – a pergunta tinha saído de forma natural, mas Kuroo identificou o pequeno fio de malícia em sua voz.
— Está querendo minha ajuda? – sorriu ladino.
— Quem sabe.
Ele observou a namorada entrar no banheiro e aproveitando para dar-lhe um tempo, checou todas as fechaduras da casa.
Não demorou para que Rochele ouvisse a porta do box abrir e sentisse o namorado atrás de si. Entrando debaixo do chuveiro junto com ela, o moreno deslizou as mãos em seus quadris. O toque não durou muito, as mãos traçaram caminhos diferentes, uma subiu em direção ao seu seio apertando o mamilo já enrijecido e a outra ameaçadoramente por cima do monte de vênus, sem tocar nada diretamente. O arrepio correu por todo o seu corpo.
— Já está excitado, capitão? – perguntou ofegante, sentindo ele juntar mais o corpo em suas costas e o pau propositalmente pulsando por cima da bunda.
— Você é uma gatinha travessa, não é?
Habilmente os dedos grandes deslizaram pela boceta molhada da morena, afastando os lábios e enfiando um dos dedos, o polegar pousando gentilmente no clitóris sensível. Ela não pôde evitar o gemido fino.
— O que foi, gatinha? – perguntou colocando outro dedo e tirando a mão de seu seio rapidamente apenas para desligar a água corrente — Eu tenho certeza que você ainda consegue me responder, por enquanto.
Chele apoiou uma das mãos na parede do chuveiro, tentando encontrar apoio. Porra, esse homem sabia muito bem como provocar cada parte do seu corpo, ele o conhecia bem. Sorriu fraco, foi difícil organizar os pensamentos para que pudesse dar uma resposta que fizesse sentido, ainda mais quando sentiu os dentes afiados rasparem suavemente no seu ombro.
Se ele achava que estava no controle, estava muito enganado. Ela era uma gatinha travessa.
Aproveitou mais alguns segundos do vai e vem em sua boceta. Determinada a tomar o controle, contraiu as paredes em volta dos dedos ágeis dele, que apertou mais um pouco os dentes em sua pele.
Brincar pela liderança era extremamente divertido para os gatinhos.
— Isso é tudo, capitão?
Ah, aquele tom lascivo chamando-o assim. O pau pulsou novamente.
— Porra, Chele! – ele respondeu intensificando mais os movimentos dos dedos, sentindo a bunda dela se arrebitando mais em sua direção.
Gozar nos dedos de Kuroo não seria nada difícil, pois ele sabia o que estava fazendo. O formigamento no pé da barriga se formou rapidamente, apertando cada vez mais os dedos dele, que se esforçava satisfatoriamente para manter o ritmo. Ele colocou uma das pernas entre as pernas dela, afastando-as, facilitando o movimento.
Gemidos desconexos com o nome do Tetsuro eram espalhados pelo box, então Chele começou a tremer e o moreno moveu a mão de seu seio para segurá-la pela cintura.
— Isso, goza pra mim.
Ouvir o pedido de Kuroo em seu ouvido era tudo o que precisava para finalmente poder liberar seu orgasmo em seus dedos. Enquanto ela gemia alto e ofegante, ele diminuía lentamente o toque do polegar sobre o clitóris, agora inchado e muito mais sensível, prolongando o prazer até que ela pediu para parar.
Quando sentiu que ela estava se recuperando, tirou os dedos de dentro dela de forma lenta, virando o corpo dela para si, encostando-a de costas no chuveiro. Chupou os dedos molhados de gozo encarando os olhos verdes, as pupilas dilatadas de prazer, ele podia gravar a feição dela de pura satisfação em seu rosto, o peito enchendo-se de orgulho.
Para Chele também não era diferente. Ela era sortuda por ter um namorado tão gostoso que estava pronto a qualquer momento para lhe dar prazer? Achava que sim. Os cabelos molhados de Kuroo caiam sobre seus olhos e com uma das mãos ela moveu os fios, para poder encarar bem aqueles olhos afiados.
Cheia de desejo, ela desceu os dedos até as bochechas dele, segurando-as de forma leve, iniciando um beijo lento. Kuroo gemeu abafado em sua língua quando sentiu a outra mão dela envolvendo a base do seu pau com gosto, iniciando uma masturbação lenta e prazerosa.
Ela sorriu contra seus lábios, encerrando o beijo, encarou o namorado com uma das sobrancelhas em pé, enquanto ainda o masturbava. Estava muito bom para que ele pudesse interromper. Então, como se quisesse dar o troco, ela desceu lentamente e se ajoelhou no chão do box. Iria sentir os joelhos calejados depois, mas era um sacrifício que estava disposta a pagar.
Quebrou o contato visual para encarar o grande pau que latejava em sua mão. Subiu os dedos até a ponta, esfregando o polegar gentilmente no pré-gozo, para que pudesse massagear o freio, fazendo Kuroo engolir seco.
Tortuosamente, Rochele abriu a boca, expondo a língua para fora e lambendo a glande. E antes de qualquer pedido dele, ela abriu ainda mais a boca, tentando ao máximo colocá-lo inteiro na boca. Era um desafio e tanto, mas estava disposta a conseguir.
Com o movimento repentino, ele levou uma das mãos para a cabeça dela, agarrando os cachos possessivamente e suspirou entre os dentes com a visão dela com quase todo o seu pau. Droga, ele podia sentir encostar na garganta.
— Relaxe, gatinha – ele disse, puxando o ar pela boca quando sentiu as mãos dela apertarem sua bunda, empurrando mais o seu quadril para que pudesse engolí-lo inteiro.
O contato da glande na úvula fez com que a morena contraísse a garganta, fazendo ele gemer sôfrego. Então ela começou a mover a cabeça vagarosamente para frente e para trás. Kuroo tinha que admitir, ela sabia como fazer um bom boquete. Inconscientemente ele começou a comandar os movimentos, nada muito bruto.
Rochele levantou o olhar com dificuldade para poder encará-lo e de imediato o pau começou a contrair em sua boca.
Os olhos verdes brilhosos lacrimejando, a língua passando cuidadosamente por volta do seu pau, os pequenos engasgos que ela soltava. Era a visão da luxúria e ele só queria poder encher aquela boca com sua porra.
— Consegue engolir tudo, não consegue, gatinha? – perguntou sorrindo ladino, pousando a mão livre no topo da bochecha rosada dela e limpando a lágrima que caía.
“Sim, capitão” era o queria dizer, mas sem conseguir responder algo que fizesse sentido, ela levemente balançou a cabeça confirmando, piscando. Não demorou muito e ela escutou o gemido grave do namorado, seguido de um jato quente na garganta. Obediente, tentava engolir enquanto ele ainda despejava uma boa quantidade de gozo.
Ele mesmo foi diminuindo os movimentos, movimentando o quadril para trás, libertando-a.
Imaginando que ele precisaria de um tempo para a próxima rodada, Chele distribuiu beijinhos calorosos no abdômen sarado, levantando logo em seguida.
Quando Kuroo percebeu que ela iria ligar o chuveiro, protestou.
— Oi, o que a senhorita pensa que está fazendo?
— Terminando meu banho?! – perguntou como se fosse algo óbvio, mas teve a mão impedida.
— E quem disse que eu terminei com você?
Removendo a mão dela do registro, Tetsuro flexionou os joelhos, apenas para que pudesse levantá-la pelas coxas.
— Vem cá – encostou a morena na parede e puxou as pernas dela para as suas costas, que se prenderam de imediato.
— Tem certeza que tá pronto pra outra?
A voz saiu divertida, mas soou desafiadora para o moreno, que sorriu dissimulado.
— Estou sempre pronto pra você, querida.
Sem tempo para respostas, Kuroo movimentou o corpo da namorada contra o seu, achando a entrada e colocando o pau sem cerimônia, fazendo ambos gemerem sôfregos. A boceta ainda estava encharcada com o orgasmo anterior, o que fazia deslizar facilmente.
— E você está sempre pronta pra mim, não é?
— Sim, capitão!
No silêncio daquele box, tudo o que se podia ouvir eram os dois corpos batendo um contra o outro, os gemidos altos de Rochele, que hora ou outra eram acompanhados de gemidos baixos do homem que a fodia sem dó.
Enquanto metia em um ritmo preciso, Kuroo levou uma das mãos para o pescoço dela, afastando os cachos molhados, o polegar elevando cuidadosamente a mandíbula, para que ele pudesse encarar os olhos verdes cheios de prazer.
Os lábios se encostaram desengonçadamente, enquanto o capitão aumentava o ritmo.
— Isso, assim.
Rochele já estava próxima do orgasmo novamente. Numa tentativa desesperada de fazer com que ele fosse mais fundo, uma de suas mãos se desvinculou do ombro dele, descendo para apertar a nádega esquerda, empurrando o quadril contra o seu.
Apertou os olhos, se segurando mais forte nele com o outro braço.
— K-Kuroo, eu vou gozar. Não para!
— Olhe pra mim, princesa – ordenou e assim ela fez, sofrendo de desejo para encará-lo — Isso, boa menina.
Pronto para atender o pedido, ele acelerou, sentindo as unhas curtas cravarem em seu ombro e na sua bunda.
— Kuroooo! – Chele gemeu longamente.
— Uhum, chame meu nome.
Os espasmos se espalharam pelo corpo dela e sua boceta se contraiu fortemente naquele pau grosso, liberando seu orgasmo forte.
— Porra, se você continuar me apertando assim…
Prolongando o orgasmo da namorada, Kuroo enfiou o rosto no pescoço dela, mantendo o ritmo à procura do seu próprio prazer. Mantendo ainda um fio de consciência, tirou o pau da boceta apertada, liberando o gozo na parte interna da coxa.
Chele sorriu com a respiração pesada do namorado e afagou os cabelos pretos. Cuidadosamente, Kuroo desceu o corpo dela e só a soltou quando sentiu que ela estava segura com os pés no chão. Ele sorriu divertido ligando o chuveiro.
— Agora sim podemos terminar o banho – disse, puxando o corpo dela contra o seu, sentindo os jatos de água morna descerem pelos corpos suados.
[...]
Deitados na cama, Rochele analisou que os móveis do quarto ainda eram os mesmos.
— Podiam pelo menos trocar a cama por uma de casal, né? – perguntou divertida, enquanto se aproximava mais do peito nu de Kuroo.
Estavam espremidos na cama de solteiro, mas apesar do desconforto, ela se sentia feliz e satisfeita.
Como era bom relembrar os velhos tempos.
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Y’know this is really gonna be the “platonic ZackRay” squad hangout place. We all go here to share headcanons and ideas for these two siblings and just look at the shippers in disgust.
You know what’s so horrible?? When I go onto Ao3 for the platonic tag for Zack and Ray and I see smut.
I see bondage, I see smut, I see ray boning Zack, Zack boning on ray, I see all of that gross shit on the platonic tag. If y’all are gonna be dirty mfs, at least keep it on your own tag and don’t infect the good tag with your weird shit.
Dude nonniebean. Holy fuck im so fucking sorry that's sick and disgusting. It's similar to the my hero aca tags! People don't tag things and it's fine 🙄and when authors and find writers properly tag with like a bazillion warnings before thr actual reading material people get bullied off platforms double standards much?. People need to properly tag shit and also people needa be careful and block said tags. But how can we when people don't tag the shit properly!!!??? Gods , I'm sending virtual hugs yer way dude/dudette bc I understand the feeling of. Seeing eye cancer such as that. And I'm super happy you and everyone else feel this is a safe space and you all are welcome to feel safe on my blog i try my best to keep things mutual and respectful -unless I'm pissed off than that kind feature is turned off - regardless this is an anti rayzack ship blog 10 billion percent y'all. Any PLATONIC /BROTHER/SISTER/FRIENDSHIP headcanons and discourse is all welcome and I'll be happy to share them here, and I'll occasionally add comments and such as well. Let's fill the tag with good wholesome non sexual discourse for minors characters.
Also while I'm on the subject. Lol.
I seen ficsmut/p0r* art of Yuji/megumi with Satoru gojo. And it's just plain gross. Gojo ain't a p3do. He's 28 y'all.. 🤢🤢🤢🤢 their his students that he'd die for. Not pork.
#discourse#answered ask#admin shit#manga anime#ask me stuff#tw//pedophilia#may be triggering#trigger warning#thanks for the ask!
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being a ESL person and getting into transformers is a wild ride because once you find the ficsmuts and venture what is it about you find out a whole new vocabulary to fucking haunt you
#valveplug??? chassis???????#im just tired and making time before i hit up the con for coffee and snooping for merch#i tried to read one and i felt like my brain was frying out
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Velhos tempos (Part 3/3) NSFW Annie x Bokuto
| Contagem de palavras: 2.7k |
—
Kotaro Bokuto era um homem simples. Ele não precisava de muito para ser feliz e ter Annie como sua namorada fazia parte do conjunto.
Era manhã de segunda e o coruja voltava do banho, caminhando pelo dormitório masculino. O final de semana tinha sido ótimo, sem o Tetsuro incomodando como colega de quarto, ele conseguiu aproveitar sua namorada de todas as maneiras e, mesmo sentindo uma leve dor nas costas por compartilhar uma cama de solteiro, se sentia revigorado.
Ele apressou os passos em direção ao quarto, pois sabia que Annie estava prestes a sair e acelerada como era, não iria fazer questão de esperar a boa vontade do namorado para poder se despedir.
A verdade é que apesar do ótimo descanso, ele sabia que ela estava irritada por ter que acordar tão cedo. Ela se acostumava facilmente a deixar de ouvir o despertador nas folgas, então quando precisava voltar a rotina, tudo ia por água abaixo e ficava o dia todo de humor azedo.
Ao abrir a porta do quarto, Bokuto só pôde ter uma única reação possível.
— HEY, HEY, HEY, UAU BABY! – o platinado falou alto, deixando os braços caírem ao lado do corpo, boquiaberto.
Era muito fácil para ele demonstrar o que sentia.
Ele jogou a toalha que estava pendurada no ombro na cama que não era a sua, piscando para admirar a mulher na sua frente.
— Merda, eu não acredito que peguei a camisa errada! – Annie disse enquanto se olhava na frente do espelho.
— Ah, princesa. Deixa eu dar uma olhadinha, hm?! – Bokuto pediu, entrando no quarto e naturalmente trancando a porta, sem tirar os olhos da morena por nem um segundo.
Annie respirou fundo, pensando que não tinha tempo pra isso.
— O que, Bokuu? – respondeu um pouco rude, virando-se na direção dele, batendo um dos pés freneticamente no chão, sinalizando a impaciência.
Sem se importar com o tom da namorada, o ás só conseguia se deliciar com a visão. Annie tinha acordado cedo para uma entrevista de estágio, o que pedia uma roupa formal: uma saia lápis de couro preta e uma camisa branca de botões. Bokuto não deveria se excitar com isso, certo?
Errado.
Annie sempre foi muito prática ao se vestir, exceto em ocasiões especiais, ela era bastante básica. Então era a primeira vez que ele olhava a namorada vestida formalmente.
As peças de roupa vestiam de uma maneira muito erótica ao seu ver. Tudo parecia tão… Justo. O couro apertando as coxas grossas, os botões da camisa lutando para deixar os seios fartos escondidos. Oh Deus, ele podia sentir o pau criando vida na calça de moletom.
— Se eu sair agora, dá para buscar outra camisa no dormitório, tomar café e chegar lá com calma e antecedência.
Não, não, não. Bokuto não a deixaria ir tão fácil assim.
— Oi, pra que tanta pressa? – ele comentou, se aproximando com um sorriso malicioso.
— O que? – ela questionou confusa — Bokuto, é sério, não posso me atrasar!
Enquanto Annie pegava a bolsa, ele choramingou um pouco.
— Mas está tão cedo ainda, eu sei que você tem pelo menos… – desviou o olhar para o relógio na cabeceira de Kuroo — Umas 3 horas até o horário marcado e é muito perto daqui.
— Eu sei, mas não posso arriscar. É sempre assim, eu me programo, faço tudo com antecedência e quando chega na hora, acontece alguma coisinha para me atrasar e tudo vira uma corrida contra o tempo! – respondeu frustrada.
— Eu prometo que vai dar tudo certo… Só, me deixa aproveitar um pouquinho – tentou barganhar, abaixando o corpo e agarrando-a pela cintura, distribuindo beijos molhados pelo pescoço quente.
— Você promete? – perguntou risonha, desvinculando-se do corpo do namorado, indo em direção a porta.
— Uma olhadinha, é o que eu peço – barganhou de novo, aproximando-se do corpo dela mais uma vez.
Annie sentiu a protuberância do pau ainda coberto sobre a coxa e suspirou sôfrego. Ele encarou os olhos escuros e escutou um “tudo bem” baixo, a boca com um batom rosado estava levemente aberta. Carente, ele encostou os próprios lábios nos dela, puxando-a para um beijo ansioso e molhado.
Então ele posicionou o indicador na gola da camisa branca, descendo com cuidado até o primeiro botão e desabotoou com a maior facilidade, seguindo para o segundo botão. Encerrou o beijo apenas para olhar a renda branca do sutiã e apertou suavemente o seio coberto, pressionando o corpo contra o dela, fazendo com que suas costas batessem na porta.
O ás voltou a distribuir beijos no pescoço da morena, que gemeu baixo com a sensação. Quando ela sentiu um chupão um pouco mais forte, protestou, pensando na possibilidade dos supervisores olharem a marca em seu pescoço.
— Kotaro! Não deixe marcas aí, por favor – tentou parecer séria, mas a voz estava seriamente abalada pela excitação que sentia.
— Tudo bem, não se preocupe – respondeu descendo os beijos para o busto.
Encontrando a peça de sutiã, Bokuto enfiou a mão por dentro, tirando o seio por cima da peça, fazendo o mesmo com o outro. Admirou os mamilos enrijecidos e levou a boca até o direito, fazendo movimentos circulares com a língua.
Annie levou a cabeça para trás, mordendo os lábios na tentativa de não gemer e enfiou os dedos nos fios platinados.
— Hmmm, você disse que só ia olhar – disse, levando a mão livre para a nuca dele.
— Desculpe, princesa. Posso chupar só um pouco, hm, por favor? – pediu ele, com o mamilo entre os dentes.
“Bom, uma mamada não se nega a ninguém” ela pensou, rindo mentalmente pelo ditado não ser esse.
Bokuto alternou as lambidas entre os dois seios e deslizou as mãos pelo corpo da namorada, parando nos quadris e se agachou, olhando a peça de couro.
— Você está tão tensa, querida. Deixa eu te ajudar a relaxar.
Que France estava tensa por causa da entrevista era verdade. E ele, como bom namorado que era, faria de tudo para ajudar.
As mãos dele subiram e desceram pela lateral das coxas, ele segurou a barra da saia que chegava aos joelhos e levantou, até ver parte da renda da calcinha, completamente ensopada, fazendo-o sorrir. Ele acariciou a parte interna da coxa e começou a distribuir leves beijos ali, aumentando a intensidade das sucções, a ouvindo gemer mais alto dessa vez.
— Acho que tudo bem deixar uma marca aqui – mordiscou a pele e chupou, deixando um círculo avermelhado.
Satisfeito ao sentir o puxão em seu cabelo, Bokuto levou as mãos até o zíper na parte de trás da saia, e a desceu junto com a calcinha, sem muita pressa, ajudando-a a levantar um pé de cada vez, para que pudesse tirar as peças do caminho.
Literalmente aos pés da namorada, ele deu uma boa olhada, de baixo para cima, até encarar o rosto dela virado para o lado.
Porra, esse homem a olhava tão intimamente e sem nenhum pudor que às vezes Annie se sentia envergonhada.
Afoito, ele não demorou para levar a boca direto ao clítoris sensível, pressionando suavemente com a língua. O contato imediato fez com que ela levasse a mão à boca, para evitar gemer muito alto. Com cuidado, ele a envolveu em um dos braços a abraçando pela barriga e a outra mão delicadamente puxou a dela para baixo.
— Eu quero ouvir você – falou abafado, pois não tirou a boca da boceta.
As vibrações da voz de Bokuto fizeram Annie tremer, então ela relaxou, apertando um pouco mais a raiz escura do namorado ao sentir ele enfiando dois dedos dentro de si, um de cada vez.
A língua de Bokuto era tão precisa e certeira, que ela não sabia se conseguiria chegar ao orgasmo e continuar de pé, ele pareceria estar esfomeado pra caralho com a boca ali.
Absorvida pelo prazer, a morena começou a gemer cada vez mais alto, foda-se se o dormitório todo fosse ouvir, pois que todo o campus ouvisse. Aquele homem perfeito estava aos seus pés louco para lhe dar prazer, tudo o que ela podia fazer era relaxar e aproveitar.
— Bokuto, por favor – pediu, sentindo o orgasmo se aproximando.
Ele sorriu ao ouvir o seu nome sair como um gemido, então acelerou mais o ritmo da língua e dos dedos.
O coração de Annie batia tão rápido que doía o peito, estava tão próxima.
Toc toc.
— Bokuto?
“Filho da puta” ela pensou, tossindo por engasgar um gemido.
Sem deixar Annie sair do seu aperto, o ás diminuiu o ritmo.
— Coruja, acho que esqueci as chaves – a voz de Kuroo era ouvida do outro lado da porta — A France tá aí, ainda? – ele perguntou, a voz levemente desconfiada.
— Porra, Tetsuro! Você não tava com a Chele? – perguntou, subindo em direção ao rosto da namorada.
Ah, mas nem fodendo que ele iria deixar ser interrompido assim.
Por outro lado, o tesão de Annie caiu drasticamente e tudo que ela queria era gritar na cara do moreno como ele era um empata foda do caralho. O maior empata foda de toda sua vida. Ela já tinha perdido as contas de quantas vezes ele tinha aparecido subitamente para impedir o seu orgasmo.
— Estava. Mas já é segunda de manhã, eu preciso pegar minhas coisas e ir para a aula – o ex-Nekoma respondeu, mexendo mais uma vez na maçaneta.
Percebendo o desconforto da namorada, mas ainda determinado, Bokuto a puxou pelas pernas, carregando-a no estilo nupcial, indo em direção a cama.
— Foi mal, gatinho – ele disse, sentando na borda da cama de solteiro e posicionando a morena no seu colo, pouco se importando se o contato da boceta ensopada ia manchar sua calça — Eu e a Annie–- foi interrompido com o aperto na coxa, ele sorriu divertido — Ela está se arrumando para a entrevista, infelizmente não posso te deixar entrar.
“Porra, seus coelhos, são 7h30 da manhã” Kuroo pensou, indo em direção a saída do dormitório, tendo a certeza absoluta de que gravatas nas maçanetas eram necessárias.
— Merda! – Annie reclamou, irritada pelo orgasmo cortado.
Desesperada, ela começou a mover a calça do namorado para baixo, que para a sua alegria, não vestia cueca, deixando ele terminar de tirar a peça aos chutes.
Então a morena segurou o pau duro pela base, suspendendo o corpo para cima enquanto encaixava a ponta na sua entrada molhada.
— Vá devagar, princesa – Kotaro começou a falar, sabendo que a posição poderia ser desconfortável para ela na primeira penetração.
Mas Annie só tinha o desejo de conseguir o seu orgasmo. Quando sentiu a cabeça do pênis latejar dentro de si, contraiu as paredes, agarrando o ombro do ás e gemendo em seu ouvido.
— Ahh, Bo–- não conseguiu terminar, gemendo de novo, pressionando os lábios no pescoço dele.
— É bom, não é?! – perguntou, distribuindo beijos pela lateral do rosto que se escondia, orgulhoso por estar fazendo com que ela sentisse prazer novamente.
No entanto, alguns segundos depois de aproveitar a sensação, ela sentou de uma vez, escutando o gemido gutural de Bokuto misturando-se ao seu.
— Porra, isso! – ele disse.
— Tão fundo.
De imediato ele a segurou pelos quadris, sentindo ela rebolar em círculos pelo seu pau, a boceta apertando fodidamente cada centímetro dele. Quando ela começou a pular, gemeram juntos de novo.
Por alguns segundos ele somente aproveitou a visão. Os seios balançando mesmo com o sutiã ainda os segurando, a camisa mal desabotoada que ele terminou de tirar com uma das mãos, a expressão de prazer enquanto mordia o lábio inferior. Quando o olhar negro cheio de desejo encontrou os seus, ele começou a ajudá-la em seu quadril, movimentando-a para cima e para baixo.
— Você está se esforçando tanto, querida. Continue assim.
— Puta merda. Porque. É tão. Gostoso? – questionou entre gemidos e cavalgadas.
Ela gemeu mais alto ao sentir o pau do namorado pulsando loucamente dentro de si e olhou para ele, que lhe mostrava aquele sorriso pretensioso e safado, porque ele estava orgulhoso. Ele era um homem de elogios, de dar e receber, o problema era que Annie não era de elogiar o tempo todo, então quando recebia, aquecia seu coração. Às vezes o pau também.
Ele intensificou os movimentos no quadril e levou a boca ao seio esquerdo.
— Assim mesmo, bebê.
O ás gemeu com o incentivo, dedicando-se ainda mais. A essa altura do campeonato já estava se controlando para não gozar, mas ele era um cavalheiro e somente isso o mantinha firme. Para a sua sorte, não demorou muito para que sentisse o corpo da morena começar a tremer em suas mãos, os movimentos saindo do ritmo e a boceta apertar tortuosamente seu pau.
Em meio aos gemidos sôfregos, Annie sentiu o choque do orgasmo se espalhando por todo o seu corpo, as pernas bambas, impedindo de continuar o sobe e desce. Ela apertou as unhas no ombro do platinado e enterrou o rosto em seu pescoço.
Bokuto deixou que ela aproveitasse seu momento de sensibilidade, distribuindo beijos em sua têmpora enquanto investia lentamente e com dificuldade contra a boceta que deixava seu pau cada vez mais molhado. Recuperada, ela saiu de seu colo, sentindo-se vazia quando o pênis saiu por completo. Não demorou muito para ele entender o que viria a seguir.
Acompanhou vislumbrado os movimentos da namorada, que se ajoelhou entre suas pernas e agarrou suas coxas, colocando a língua para fora e lambendo toda a extensão do seu pau, da base à ponta.
— Me dê tudo que você tem, garotão – ela disse lascivamente e Kotaro só conseguiu gemer com a autoridade naquela voz doce.
Ele levou a mão nos cabelos longos e pretos, segurando-os desajeitadamente, sentindo aquela boca pequena o abocanhar por inteiro, com a mão massageando suavemente suas bolas. Eram um casal de dar e receber, ela tinha treinado bem.
— Porra, princesa! Você é mesmo uma cadelinha gulosa.
Annie sorriu, ou pelo menos tentou, engasgando com prazer. Sem necessidade de prolongar muito o próprio sofrimento, Bokuto obedeceu a namorada e liberou toda sua porra para que ela pudesse engolir, respirando ofegante. Alguns segundos parada com o pau na boca, ela esperou até que ele parasse de pulsar para poder sair.
Sentindo o cansaço a abater, apenas deitou na cama, encostando-se ao máximo na parede, puxando o corpo grande do namorado para que ele pudesse deitar ao seu lado.
— Só me deixe descansar um pouco – ela pediu, mentalizando que estava tudo bem e não iria se atrasar de qualquer forma.
— Tudo bem, meu anjo – ele riu, deixando que ela se aconchegasse em seu peito — Não estou reclamando e… – esticou a cabeça para olhar o relógio — Você não está atrasada ainda.
— Ok… – ela bocejou — A vida é mais gostosa com um pouco de emoção.
[…]
Uma hora e alguns minutos mais tarde, Bokuto se despedia de Annie, deixando-a na porta do quarto dela no dormitório feminino.
Ele deixou que ela cochilasse por meia hora, então a acordou, fez com que ela vestisse uma roupa simples e a levou para tomar café, comprando um analgésico no meio do caminho, para o caso dela sentir dor de cabeça por cochilar fora de hora.
— Viu só? Eu prometi que ia dar tudo certo – ele disse olhando o relógio no pulso — E você ainda tem um pouco mais de uma hora.
Bokuto sorriu orgulhoso, deixando vários beijinhos no rosto da morena.
— Vou tomar um banho e vestir uma roupa, vai dar tempo… – suspirou — Você não tem aula?
— Sim, estou indo agora – deu de ombros, apertando o corpo da baixinha em um abraço e dando um selinho de despedida — Até mais tarde, princesa – disse, caminhando para fora do corredor — BOA SORTE! E TENHA CUIDADO!
Saindo do dormitório, ele pegou o celular para mandar uma mensagem a Kuroo enquanto caminhava pelo campus.
“Chego aí em 20 minutos, o professor já chegou? 🧐” – 9h32.
“Acho que vou ter que começar a te chamar de coelho a partir de agora” – 9h35. “Você tem 15 minutos. Teste surpresa” – 9h36.
— O QUE? – o platinado gritou no meio da rua, assustando as pessoas ao redor – Merda!
E como nos velhos tempos, Bokuto saiu correndo desesperado para não perder uma prova.
Como sua namorada tinha dito: A vida é mais gostosa com um pouco de emoção.
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Velhos tempos (Part 1/3)
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—
Os raios de sol que entravam pelas frestas da cortina começaram a incomodar. Para muitos, um dia ensolarado é associado a um dia bom. Menos para Annie. A alta temperatura chegava a incomodar, o suor que começou a se formar nas têmporas incomodava mais ainda.
Annie France preferia dias frios debaixo da coberta.
No entanto, o incômodo soou como um alarme, o despertador já havia tocado várias vezes naquela manhã e todas as vezes fora ignorado. Em uma tentativa de colocar no modo soneca, acabou desligando o aparelho, o que resultou em várias chamadas perdidas.
— Droga, acho que to atrasada – disse enquanto se espreguiçava na cama de solteiro.
A morena deu leves tapinhas no rosto na tentativa de acordar. Observou que sua colega de quarto não tinha voltado da festa na noite anterior. Annie queria dormir mais, porém se ela não fosse ao treino e nem desse sinal de vida, Bokuto ficaria preocupado e com certeza atrasaria todo o treinamento para ir até o seu dormitório.
Ela estendeu a mão na mesa de cabeceira, apalpando a procura do celular. Quando o pegou na mão, pressionou o botão de ligar, o deixou apoiado na barriga e fechou os olhos.
“Só 1 minutinho…” pensou enquanto já ressonava.
Literalmente 1 minuto foi suficiente, pois despertou no susto ao ouvir as porradas que eram distribuídas na porta.
— Meu Deus! – exclamou com a mão no peito — Vai quebrar, merda! – gritou, já calçando as pantufas e se dirigindo à porta.
Deu uma olhada no olho mágico, vislumbrando um dos olhos verdes praticamente enfiado na pequena abertura e agradeceu por ser Chele e não seu namorado.
— Se tu tá aqui, então não tô tão atrasada – disse, abrindo a porta para a melhor amiga — A gente não combinou de se encontrar lá no ginásio?
Rochele era sua melhor amiga desde o ensino médio, na época era mais uma amizade a distância do que presencial, visto que moravam em cidades diferentes. Se conheceram em um dos jogos do Nekoma contra o Karasuno.
— Sim, France, mas tu não recebe as mensagens, nem atende o celular – ela disse exasperada, enquanto sentava na cadeira da mesa do computador, arrumando os cachos castanhos e limpando o suor da testa.
— Devo ter desligado o celular em vez de colocar o alarme no soneca – respondeu enquanto prendia o cabelo preto em um coque mal feito.
Chele pegou o celular de Annie na cama, teoricamente para verificar se ela já tinha ligado. Desbloqueou a tela e uma avalanche de mensagens de Bokuto começou a piscar na tela.
— O Bokuto tá desesperado – ela disse, rindo da situação.
Nem parece que ela estava quase quebrando a porta há minutos atrás.
— Hum, imagino – disse preguiçosamente enquanto se arrastava pegando a toalha e outros itens de higiene para ir ao banheiro — Que horas são, Chele?
— 7h45 – respondeu, observando Annie abrir a porta, os olhos ainda inchados de sono — Tu tem exatos 15 minutos, go go!
Annie apenas balançou a mão em resposta, aliviada por não estar atrasada.
[...]
Exatos 15 minutos, como desafiada por Chele, Annie estava de banho tomado, roupa vestida, terminando de passar o protetor solar e um batom vermelho, era tudo que precisava. Chele tinha que admitir, ela era rápida e gostava de ser pontual, mesmo que o sono atrapalhasse o processo de se arrumar.
Vendo que seu tempo tinha extrapolado em 2 minutos. Annie se apressou em pegar o celular e passou os olhos rapidamente nas mensagens preocupadas e desconexas do namorado.
“Bom dia, meu anjo precioso 🌞” – 6h15.
Kotaro Bokuto acordava cedo quando estava muito animado, então conhecendo a namorada, obviamente ele não esperava que ela respondesse tão cedo.
“Eu já to pronto, espero que você não demore a acordar 😝” – 6h50. “Saudades. Quero te ver 🥰” – 6h51. “Ainda não acordou? 😳” – 7h. “Annieeee, meu amor, você não está mais recebendo as mensagens… 😫” – 7h05.
A partir daí várias e várias ligações perdidas e mensagens preocupadas perguntando se alguma coisa tinha acontecido ou se tinha sido raptada no meio do caminho. Então Annie, com pressa em sair logo, desatou a mandar várias figurinhas tristes para o namorado, que não tinha mais mandado mensagens há alguns minutos.
“Desculpe, bb. Dormi demais, estou chegando com a Chele” – 8h02.
— Avisei o Kuroo, ele deve ter avisado o Bokuto – Chele avisou ao observar o bico lateral que se formou nos lábios da amiga — Vamos logo, senão chegaremos atrasadas.
Com um aceno de cabeça, France levantou da cadeira, enfiou o celular na shoulder bag, já em direção a porta, abrindo para que ambas pudessem sair, recebendo um afago de tranquilidade, bagunçando o topo do cabelo preto que estava solto. Rochele ouviu a sonorização de reclamação enquanto sorria, ser mais alta tinha suas vantagens.
[...]
Era uma boa caminhada do dormitório de France até lá, o dormitório de Chele era mais próximo, mas ela não parecia cansada. Apesar do sol, as roupas de verão que ambas vestiam facilitaram a luta contra o suor. Mas a essa altura do campeonato, Annie já tinha prendido o cabelo em um coque alto. Eram 8h37 quando as amigas chegaram no ginásio da faculdade, o treino estava marcado para às 9h, então tinham tempo o suficiente para jogar conversa fora e aproveitar a companhia dos namorados.
Ao entrarem no ginásio, boa parte da antiga equipe do colegial estavam reunidos e alongando-se na quadra. Embora Kuroo e Bokuto jogassem no mesmo time da faculdade, desde que terminaram o colegial e os membros dos times Nekoma e Fukurodani seguiram caminhos distintos, eles sempre tiravam um final de semana no mês para treinar e jogar, para relembrar os velhos tempos.
Rochele sorriu ao avistar Kuroo vindo em sua direção, o moreno sorriu de volta, esboçando um sorriso ladino enquanto a agarrava pela cintura, dando um abraço apertado, cheirando o pescoço da namorada. Alguns selinhos trocados e Annie desviou o olhar procurando pela silhueta do platinado.
Teve a atenção desviada quando sentiu a mão de Kuroo dando leves tapinhas em sua cabeça.
— Oi, France! – o ex-capitão do Nekoma cumprimentou, com os olhos fechados e um sorriso largo.
Mais baixa que todos ali, Annie fez um bico arrumando o cabelo. Ela era como um cachorrinho que todos queriam fazer um carinho na cabeça.
Exceto que ela não era um cachorro.
— Oi, Kuroo – sorriu levemente — Onde ele tá? – perguntou sem cerimônias, vasculhando o ginásio novamente.
Normalmente Bokuto viria correndo, praticamente pulando, em sua direção assim que entrasse no ginásio. Ele devia estar chateado.
— Ali – ele apontou com o polegar para uma direção atrás de si — Chegou todo preocupado e ta no “modo emo” desde então.
Chele deu uma risada com a informação.
— Oh France, vai lá animar teu homem – ela disse enquanto a morena partiu na direção informada — Tu não avisou ele, amor? – perguntou ao namorado, quando a amiga já estava mais longe.
— Avisei! – exclamou, de certa forma até ofendido, pois se tinha uma coisa que ele tinha feito, era avisado — E acha que ele me ouviu? Era só “Annie não me responde” pra cá, “To com saudade dela” pra lá. Mesmo quando eu disse que ela já estava vindo e só não respondeu porque tinha dormido demais, ele continuou assim. Eu parei de dar atenção pra doido.
Os dois sorriram e caminharam em direção a arquibancada, aproveitando o momento a “sós” antes do treino começar, botar o papo em dia e aproveitar mais um do outro.
Apesar da pose de macho alfa, Kuroo era totalmente rendido pela namorada, então qualquer oportunidade que tinha de ficar na companhia dela não deveria ser desperdiçada. Rochele sentou, enquanto o moreno começava a se alongar na frente dela.
— E como meu capitão está hoje? – ela perguntou.
Apesar do tom inocente, ouvir as palavras “meu capitão” saírem dos lábios carnudos e em sua opinião, extremamente beijáveis, de sua namorada poderia ser considerado até um pecado.
Ele gostaria de ouvir de novo mais tarde.
— Perfeitamente bem agora – respondeu inclinando o corpo e roubando vários selinhos enquanto fingia que ainda estava se alongando — E você, princesa?
As mãos astutas de Kuroo se apoiavam levemente nas coxas parcialmente despidas de Rochele, que vestia uma short biker preta. O antigo uniforme nº 1 do Nekoma, amarrado lateralmente, enchia o peito do bloqueador com um certo desejo e admiração, uma forma de lembrá-lo que ela era dele. Kuroo não pôde deixar de sorrir, os olhos semicerrados e desejosos que só ele tinha e que Chele conhecia bem, inclinou mais o corpo, enfiando o rosto no pescoço, desviando habilmente dos cachos curtos, respirando profundamente seu perfume atrás da orelha.
“Tão preciosa” pensou consigo.
— Safado – disse sorrindo com a mistura de cócegas provocadas pelo nariz em sua orelha e com o formigamento que se formava em suas pernas.
Seu namorado era uma tentação e se ela deixasse ele levar isso adiante, passaria por um belo aperto no banheiro do ginásio. Uma rapidinha não seria uma má ideia.
Ela afastou Kuroo levemente com uma das mãos, abanando a outra como se estivesse afastando mosquitos na frente do rosto. Na verdade, ela só queria tirar os pensamentos pervertidos do caminho. Ainda tinha um longo dia pela frente.
— Eu estou muito bem, viu? – perguntou retoricamente, ainda sorrindo — Pois o senhor volte a se alongar aí, tô de olho que tu tá só disfarçando.
O capitão voltou a sorrir, mais tranquilo e alongando-se de verdade. Provocá-la era divertido demais, mas se continuasse estaria com um problema na bermuda e cancelar o treino não era uma boa opção.
Em meio aos sorrisos e papo descontraído dos gatinhos, Annie se aproximava do namorado, que alongava-se desleixadamente no chão da quadra. Como se pudesse sentir a presença de sua amada, Bokuto virou levemente o tronco para trás, esboçando uma triste feição no rosto.
O olhar tristinho e caído, os lábios em um pequeno bico para baixo, sobrancelhas retas e franzidas, o cabelo que vive sempre em pé estava com as pontas para baixo, murchinho, como se estivesse demonstrando o quão triste estava o homem à sua frente.
Com certeza o Kotaro estava no seu “modo emo”.
Seria extremamente fofo a visão do homem de 1,90m se comportando como uma criança tristonha, a menos que ela não tivesse a total noção de que ele realmente estava sofrendo.
— Não me olhe assim – ela disse calmamente, fazendo um biquinho nos lábios e sentando-se ao seu lado, de frente pra ele, arrumando os fios platinados de raiz escura para cima, como deveria ser — Me desculpe, querido.
— Não aconteceu nada, princesa? Você está bem? – perguntou tristonho, encarando-a preocupado e apoiando os braços no chão em cada lado do corpo de Annie.
Insegurança não fazia o feitio de Bokuto, mas ele podia se tornar carente da mulher a sua frente. Definitivamente ele era muito apaixonado, apesar dos anos juntos.
— Está tudo bem – a morena respondeu, deixando vários beijinhos no rosto do ás, que vagarosamente inclinava mais na direção dos seus lábios, aproveitando o carinho — Eu só queria dormir mais em uma manhã de sábado – disse sorrindo, colocando as mãos em cada lado do rosto dele.
— Fiquei preocupado quando você deixou de receber minhas mensagens e o telefone só dava caixa postal – disse sincero.
Fofo.
Ela sorriu boba.
— Eu fiquei colocando o alarme no soneca e uma das vezes acabei desligando o celular – ele franziu as sobrancelhas e levantou os lábios, como uma criança brava e ela logo tratou de justificar — Você sabe como eu posso agir enquanto eu durmo.
Bokuto sorriu. Ele sabia.
— Você é praticamente uma sonâmbula – disse, já sorrindo e abraçando o pequeno corpo da baixinha a sua frente.
Ela era literalmente a menor pessoa que ele conhecia e ele só queria protegê-la.
[...]
Algumas horas após o almoço, os rapazes já estavam na sexta partida, que o antigo Nekoma estava em vantagem.
Rochele e Annie estavam na arquibancada, bancando as boas namoradas, torcendo pelos seus jogadores. Obviamente a rivalidade era de brincadeira, pelo menos para elas.
Kuroo e Bokuto, apesar de serem bons amigos entre tapas e beijos, agiam como verdadeiros rivais dentro da quadra, ambos querendo mostrar para o que vieram. Com uma leve pitada de ego ameaçado, pois para cada um, apenas para uma pessoa importava todo esse exibicionismo.
As duas torcedoras se assustaram com o barulho do impacto da bola no chão, Bokuto pulou de alegria por ter marcado e virou-se na sua direção, os olhos âmbares encarando os de Annie, quase como se dissesse “Você viu?”.
Chele cutucou a amiga no braço com o cotovelo, divertida com as demonstrações que os jogadores exibiam cada vez que marcavam.
Claro que Annie tinha visto.
Tetsuro, apesar de querer demonstrar que estava marcando e dedicando o ponto para sua amada namorada, fazia-o também por querer provocar Bokuto. No entanto, o Kotaro tinha outra rivalidade.
Quando todos estavam no ensino médio e Annie ainda estava na Karasuno, ela costumava ir assistir os amistosos contra o Nekoma, foi assim que conheceu o capitão do time e de imediato, desenvolveu um crush por ele. Afinal, Kuroo era – e ainda é – extremamente bonito, os cabelos negros como ébano e o olhar simples e dissimulado chamavam a atenção. Ele era popular com as garotas.
Todavia, não eram compatíveis, ela simplesmente chegou à conclusão de que a personalidade do capitão simplesmente não fazia o seu feitio. Kuroo parecia ser um cara que ela tinha que elogiar, porque ele era o melhor. E bom, ela não estava interessada.
Em um dos amistosos, ela avistou uma figura diferente. Uma garota de cabelos cacheados e tingidos de ruivo, com a farda da Fukurodani. Foi aí que ela e Rochele se conheceram, ela se apresentando para a Karasuno, extrovertida e sociável, totalmente diferente da morena. Aparentemente ela estava de rolo meio ead com Hajime Iwaizumi, um dos jogadores da Aoba Johsai. Como era um amistoso entre os times – Karasuno, Nekoma, Fukurodani e Aoba – ela tinha aproveitado para vê-lo.
O rolo não durou além desse dia, pois no momento em que Rochele e Annie estavam conversando e se conhecendo, a figura do capitão da Nekoma apareceu, cumprimentando as duas, Annie, que ele já conhecia e a garota bonita que ele nunca tinha visto.
Porra, o coração de Chele bateu tão rápido que tremeu as pernas. Kuroo percebeu que ela estava, de uma certa forma, interessada, exibiu um sorriso sugestivo para a novata e se despediu, voltando para a quadra.
Foi amor à primeira vista. Ou fogo à primeira vista, ela não sabia. E foi recíproco, pela forma óbvia que Kuroo demonstrou interesse na linda garota de olhos verdes.
Claramente não rolou nada além de uma paixonite unilateral e momentânea de Annie por Kuroo. Bokuto e Annie se conheceram no mesmo dia, mas demoraram bem mais para engatar em algo, foi uma amizade que demorou a iniciar, em partes porque ela não tinha interesse, seguida de uma troca de mensagens constantes, visto que eram de cidades diferentes. Conquistar Annie foi difícil, do ponto de vista do capitão da Fukudo. Na verdade, ela só era tímida demais para interpretar os sinais e se ele não tomasse iniciativa, seriam apenas amigos até hoje.
Aparentemente a história do crush por Kuroo era de conhecimento de todos, o casal de gatinhos levava numa boa. Mas possessivo como poderia ser, a rivalidade e farpas de Bokuto e Kuroo aumentaram saudavelmente depois que ele conheceu a história.
Outro impacto da bola de vôlei no chão chamou a atenção. Era ponto de Kuroo, que sorria desavergonhado para Chele. Era o ponto da vitória.
Empate. 3x3.
Ele correu para a arquibancada, pronto para pegar a namorada nos braços e enchê-la de beijos. Articulada como uma gata que era, ela facilmente pulou da pequena cerca e se atirou nos braços do seu capitão.
Mais atrapalhada e claramente menor que os 1,70m da amiga com suas longas pernas, France fez um caminho maior para não correr o risco de fazer qualquer movimento errado e, sei lá, tropeçar e bater de cara no chão. Como se Bokuto fosse deixar isso acontecer.
“Doida, paranóica” cantou em sua mente enquanto terminava seu caminho.
— Agora é a hora do desempate – Bokuto disse ofegante, abraçando sua pequenina pelas costas, beijando a lateral do seu rosto.
— Nah, acho que já deu por hoje – o Tetsuro respondeu, apoiando a mão na cintura de Rochele, puxando ela pra si.
— Tu sabe que mesmo ganhando a última partida, o resultado ainda é empate, né? – ele perguntou, um pouco descrente.
— Tsc… Acho que não – Kuroo respondeu, fazendo uma careta e coçando a cabeça com a mão livre — Você lembra de algum empate, amor? – perguntou divertido para a namorada.
Entrando na brincadeira, Rochele negou com a cabeça, sorrindo.
— Pois você é um trapaceiro. Ali o placar, olha! – o platinado proferiu indignado, se era para resolver, que jogassem mais uma partida para o desempate.
— Do que você me chamou? – o outro perguntou, se soltando da namorada e apontando o dedo na cara do parceiro de time.
— Trapaceiro! – o mais alto respondeu, inclinando o corpo pra frente e exibindo a língua para Kuroo.
“Oh meu Deus, parecem duas crianças” as duas pensaram.
— Bebê – Annie chamou — acho que realmente já chega, vamos aproveitar o finalzinho do sábado, tudo bem pra você? – perguntou levantando-se um pouco na ponta dos pés e esticando os braços na direção dele, arrumando os fios platinados para trás — Foi empate, 3 a 3, tá tudo certo!
A expressão do coruja se suavizou com o toque. Ela parecia ser muito menor que 1,55m se esticando assim.
“Fofa, fofa” cantarolou em sua mente, envolvendo os braços curtos dela em seu ombro, espalhando beijinhos apaixonados em suas bochechas. Totalmente vencido.
— A France tem razão, eu só quero descansar, tenho certeza que estão todos cansados – Chele falou esticando os braços para cima, espreguiçando-se.
— Ainda tenho energia para o resto da noite – a voz lasciva de Kuroo alcançando seus ouvidos.
Sem vergonha.
— Pelo amor de Deus esperem chegar no quarto, por favor – a voz de Kenma foi baixa, mas facilmente entendível.
— Ok, ok! – Kuroo falou, com os braços na frente do corpo em trégua — Só vou tomar um banho e vamos, certo? – perguntou para a namorada.
— Vou estar sozinha no dormitório hoje – disse Chele, a voz próxima do ouvido do moreno. — Quer dormir lá hoje?
E mais uma vez aquele sorriso sem vergonha dançou no rosto de Tetsuro Kuroo, acompanhado daquele olhar lascivo.
— Pode apostar que faremos tudo, menos dormir.
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