#ficou ó uma bosta mas vou melhorando q
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tci-dongil · 7 years ago
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━  Sounds of- ❞
        i. uma cobra sabe quando esperar. sabe como esperar. sabe o momento de dá o bote. mas às vezes, ela erra. e é melhor assim, porque ela quer sobreviver. 
          e às vezes, reconhecer ter falho e resguardar-se, voltar à paciência, pode ter recompensas.  
          a semelhança com uma cobra, no entanto, termina aí. está mais acostumado à ser comparado à felinos.
tgw: sangue; violência
              O blackout também foi em seus sentidos nos primeiros segundos. A visão falha, a audição é inundada por gritos, os pés travam. Quando e por quê abaixa a cabeça, é por um momento pessoal; quando ele se agacha e toca o chão que o segura com as pontas dos dez dedos, é por um motivo pessoal. E quando ele volta a abrir os olhos que agora têm a pupila na maior parte da íris amendoada; à escutar o quê filtra; ele levanta para arrastar os pés que levam firmeza à cada passo. Odeia blackouts, trazem o pior de si. De qualquer um. É o quê acredita. 
           É quando espertinhos aparecem. É quando os metidos à bestas, estúpidos bando de merda acham que podem ser alguma coisa. E isso o irrita tanto, que vence a raiva que sente por estar preso naquela ilha e torna-se o quê o move como felino. Triste para aquele que bater contra seu corpo. 
           O quê pode fazer agora? A voz que preenche todo o ar da cidade, dando instruções, pouco serve para si. São para os inocentes; para as gente. Ele não é nada disso. E há tanto, tanto daquilo que não sabe identificar, mas que faz esquentar a garganta e ferver o rosto. Donm enxerga tudo nitidamente bem à sua frente: homens lado à lado, vestidos com os melhores tecidos do pescoço para baixo, e o desespero na feição por pedidos clichês - não, não faça isso. Tenha piedade. Por favor, não me mate. Mas eles não são ouvidos, pois são calados por balas na testa; na boca; nos olhos. 
            A morte daqueles que os mataram ao prende-los e deixa-los naquela ilha. Que foderam com a vida de vários. Que acharam-se deuses o suficiente para decidir o fim de cada um. E se eles podem ser deuses, Donm tem a certeza de que também pode.
            A mensagem recebida no bip lhe dá algum rumo e o acorda da pintura. Ele segue para onde todos estariam, à pedido e às ordens de Taro, só para deslumbrar-se com o efeito que a pouca luz faz no rosto do japonês e ser mandado dispersar novamente. Taro em si é um bom motivo para dar-lhe gás para acordar e obedecer aquela organização. Mas melhor que isso, mesmo, é a sensação de extravasar em outros a síndrome de superioridade, em momentos particulares; em poucos casos. Naqueles onde tem o cheiro de ferrugem e peso de morto - naqueles quais a cobra é compensada, como o quê acontece depois de separar-se dos demais para seguir um dos caminhos que levariam ao mesmo lugar. 
            Sorte, é sorte e Donm tem total e completa ciência disto. Também, que sorte não se desperdiça. Havia sido escrito, feito para somente si.  
             É como câmera lenta. Há pessoas passando por si em correria atrás de si, em caminho diferente, guiadas por luzes vermelhas que parecem gritar e mexer ainda mais com a mente de Donm. É como premonição; é algo digno de filme. Ele não é o mocinho, certamente, mas menos ainda é o homem barrigudo com cara de culpado qual tem uma pessoa particular para carregar sua própria fonte de luz. É como câmera lenta aquele momento qual Donm passa pelo homem, ombros alcançando mais alto que o alheio. O tempo desacelera naquele momento qual o rosto vira e os olhos de ambos cruzam pela segunda vez naquela noite. O homem, no entanto, não vê o sorriso adornado pela língua que surge quando Donm mira o chão. Mas provavelmente, sente. 
               O quê aquele homem estava fazendo por aquele caminho? É tão porco sonso o suficiente para seguir para onde as gente inocente segue? Donm para com a caminhada. Não, não são as luzes vermelhas que guiam aquele homem, mas o lugar seguro e vazio. Onde ele poderia, talvez, esperar por mais dos dele e enfim ser escoltado. Há somente um. Onde estão os demais? Nada disso, nenhum dos questionamentos e explicações impedem Donm de mudar sua rota. Não se contesta sorte; não se contesta hora e local errado. É simplesmente o quê tem que ser. E depois de um ponto, Donm não se esforça mais para disfarçar que segue o homem e seu cobaia - discrição já é algo natural à si. Já é possível ouvir a pressa nas passadas que ecoam na escuridão. A respiração que acelera; as viradas em becos quais só fazem levar à conclusão de não passar de tentativas para despistar. 
              A questão é que Donm realmente não acha que se desperdiça sorte. 
              O primeiro tiro se faz audível. E Donm não sabe se chegou a ser perto, mas a sua arma pesa. O tiro veio do outro, mas Donm sabe mais: no escuro e àquela distância, seria dar arma para um cego.  Cômico como o medo nos fazem irracionais. Ele para, encostando-se à parede e deslizando para o chão, onde fica sobre as panturrilhas e retira do coturno aquilo que melhor serve à ocasião. É um dos seus favoritos; é o quê mais gosta, cabendo perfeito em seu punho. Donm livra-se do durumagi, deixando-o enrolado no chão - faria feliz, talvez, algum pobre ainda mais miserável que encontrasse. Mentalmente, ele desenha aquele lugar em sua cabeça. Cresceu nas ruas de Changshi e, sendo quem é, cobra-se o conhecimento de cada rua. E para aquele fim de beco, só há dois lados: um leva para onde estavam e o outro para o sul. A resposta é óbvia, já que conhece muito e um pouco mais daquele qual recebeu a ordem de apagar. A saída também é óbvia. 
                Donm é conhecido por muitas coisas dentro da organização e uma delas é pelo anos do grupinho de parkour, tal atividade que, no fim, foi o quê o fez de fato conhecer melhor a ilha. Mas não mentiria: ainda bem que os prédios imundos têm as famosas escadas laterais externas; canos e buracos. Ainda bem que estão caindo aos pedaços, pois achar lugar para apoiar o coturno e dedos se torna mais fácil. Ele escala o prédio com destreza, apesar da dificuldade da noite sob iluminação das poucas estrelas, lua e os pontos através das janelas, indicando que já compraram da promoção as velas. Donm se apressa para chegar à beira da cobertura do prédio, cortando caminho. Se é para ser, veria os dois ratos seguindo para o sul - então, é impossível não sentir realização quando, de fato, os vê. No entanto, o breve riso de deboche é pela estupidez, provavelmente, pois tornam a usar a lanterna. Embora o acender e apagar pareça algum padrão. 
                  Eles são estão vindo., ouve algo do tipo. Como deseja ter uma das armas de longo alcance, mas tudo o quê poderia ter levado àquele festival eram as duas armas menores. Mas tem o pequeno dispositivo com o laser vermelho, este qual liga em direção ao maior; ao que não lhe importa, a não ser pelo fato que protege seu alvo principal. O ponto faz o quê imaginou: os para. Demora pouco para subir o ponto do estômago alheio à testa que agora se torna exposta, pois o homem olha para cima, à procura daquele que, na teoria, tem uma arma apontada para sua cabeça. Ao que ele ergue a mão, fecha os olhos e parece murmura uma reza, não é mais Donm quem mira o laser - este que mantém-se sozinho, apoiado. Àquela altura, o descendente de coreano já se punha a correr para chegar ao chão antes que percebam que nenhum tiro virá de lá de cima. Descer é bem mais fácil e rápido, vai com a gravidade afinal de contas. Donm toca o chão como um felino e, ainda como um, sai do beco estreito que corta formando um L à rua isolada que os levariam ao sul.  
                 É realmente como filme. Ao menos aquele momento de realização dos outros dois - depois, aquele qual Donm ergue a arma e atira. Só o faz, porque é guiado pelo ponto vermelho. O tiro não é silencioso, e isso trás em Donm duas preocupações: o barulho chato quando quer paz e, se ouviu certo, a pressa dos outros que estariam por vim. Os moradores dos prédios? Provavelmente acostumados demais com aquele som para sequer aparecerem na janela. O corpo e a lanterna que caem no chão é, aparentemente, a deixa para que comece às típicas perguntas - quem é você? o quê você quer?.  E Donm é ok para algumas dessas. É o famoso ganha tempo, afinal de contas. Só que não funciona consigo. Ele abaixa a arma, e fica ainda mais sério quando o homem acredita poder usar daquele tempo para correr. Só que Donm é mais rápido - tem a pouca idade, se comparado ao outro, e o físico para isso, afinal. Além da vantagem de não usar aquele roupa tradicional ridícula pela qual segura o homem facilmente.  
              ❝ Por isso odeio essas roupas. ❞ Ele rosna, agindo com força bruta e agilidade quando puxa e empurra o homem que cambaleia, mas enfim chega a ter as costas pressionadas contra a parede. E Donm é realmente ok para algumas daquelas perguntas ganha tempo, mas o mesmo não é para as tentativas de diálogos. - “Olha, a gente-” - E antes que o homem termine, o sangue espirra pela parede e roupas. O cabo da faca apertada entre sua palma da mõ e o cabo da arma, com a lâmina e gume voltado para baixo, em direção ao seu pulso, rasga a garganta alheia e pintam a pele pálida de Donm com vermelho. ❝ Tenho cara de mocinho de filme para algum bater papo? ❞ Não é como se fosse ser ouvido, de qualquer maneira. O corpo é solto e cai; o assassino só tem pressa de limpar o sangue que toca seus lábios, usando as gola comprida e alta da camisa grossa. Ah, odeia, odeia quando suja a roupa com aquilo. 
           O chute na cabeça alheia é por simples raiva de imaginar que terá que tirar sangue. Não é algo fácil, oras.. 
            Vacila, no entanto, em manter-se ali por aquele tempo. A raiva é, de fato, aquilo que leva muitos homens à morte. Outro tiro é ouvido e a sensação de queimado acerta-lhe a perna. É um tiro à queima roupa, mas é o suficiente para que sinta dor, se alerte e se ponha à correr para o beco do qual veio. Mais e mais tiros são ouvidos, vários provavelmente em sua direção, e Donm não muito mais pode pensar: é somente e puro instinto e adrenalina ao que foge dos que ouve segui-lo e ao que volta a pular e escalar os prédios. O medo não é da morte, mas das torturas que provavelmente sofreria. Dor? Só no sexo ou nos outros, no máximo e de preferência. Morte? Há anos que implora para que venha - mas é aquilo: se tiver que ser. Infelizmente, ainda não é ali e assim.
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