#fc:chittaphon leechaiyapornkul
Explore tagged Tumblr posts
Text
Aceito!
@fh_waruyut
Nome do personagem: Chittaphon Waruyut (Nicolas Waruyut)
Faceclaim: Chittaphon Leechaiyapornkul
Nascimento: 27 de fevereiro de 1998 ㅡ Bangkok, Tailândia.
Distrito: Causeway Bay
Estudos: Biologia na Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong
Emprego: Auxiliar Veterinário
OOC: -18
História
Lee Malee costumava dizer que Chittaphon era um encomenda atrasada, um sonho que ela antes não conseguira realizar. Era noite do início de primavera, Ostara, quando a campainha tocou. Tarde demais para qualquer check-up, assim recebeu o bebê em um cesto de palha soube que não poderia ser coincidência. A partir daquele dia, o hostel e sua vida nunca mais foram os mesmos. Chi, como era carinhosamente chamado, cresceu como uma criança curiosa e observadora, daquelas que imitava artista com o polegar estendido antes de rabiscar o muro dos vizinhos. Muito energético e arteiro, o garoto se metia em todo o tipo de confusão, às vezes por estar no lugar errado na hora errada, às vezes por criar suas próprias aventuras ao lado de algumas companhias. O colegial foi o auge de suas confusões, com péssimas influências e intenções, foi fácil bater o recorde de detenções, mas ele não podia evitar. Ainda que Chi tratasse todos como se fossem amigos e tentasse ficar longe de confusão, a confusão parecia ir até ele. E podia ser um pouco de exagero, mas ele se divertia quando fugia de adultos furiosos com os amigos.
Malee sempre tentava controlar o neto e, tirando as broncas, a mulher sabia que ele possuía um coração bom, apenas tinha muita energia e vontade de se aventurar. Além disso, ela gostava tanto daquela atmosfera alegre que o acompanhava quanto os hóspedes. Graças ao ambiente onde crescera, o garoto teve contato com diversas pessoas, nacionalidades, idiomas e personalidades. Conheceu sujeitos incríveis que se encantavam com o jeito divertido do garoto e lhe contavam suas histórias e aventuras, tudo o que fazia seu coração acelerar e inquietar com a ideia de ser como eles: ter uma mochila de camping e viver sem qualquer condicionamento.
Com esse pensamento, foi no dia Mabon que decidiu com a avó o plano de suas vidas: fazer uma viagem pelo mundo. Então, com um jarro para o dinheiro e muita determinação começaram a juntar. Com o hostel, as vendas de produtos de bruxaria e os pequeno bicos do neto, logo o pote foi se enchendo e a quantidade foi aumentando.
No entanto, Malee adoeceu e partiu para Summerland mais cedo do que esperavam, e nem mesmo a maior proteção espiritual poderia absorver o desamparo que o garoto enfrentara. Sua avó era sua melhor amiga, ela o conhecia como a palma de sua mão, aceitava sua inquietação, apreciava seu gosto pela noite, sua sensibilidade escondida no jeito despreocupado e como ele era cabeça nas nuvens. Quando um hóspede partia, ou o movimento diminuía, naquela casa iluminada e cheia de plantas eles faziam todo o tipo de aventura: cozinhavam, liam, brincavam e cantavam as melhores canções no sofá. Ele sentiria falta, até que se reencontrassem.
Após a cerimônia, o garoto recebeu cartas da falecida avó escritas em seu leito de morte, nelas as informações serviram como ideias do que fazer. Disposto a ser fiel a si mesmo e seguir o sonho que compartilhavam, fechou o albergue e juntou a quantia acumulada. Comprou uma mochila de camping, pegou a urna da avó e partiu na maior aventura de sua vida. Abriu a primeira da sequência de cartas de viagem, começou como ela programara: Montanhas de Yangshuo, seguindo para uma viagem direta até a Argentina e um caminho até seu destino final: Multnomah Falls, Oregon. A cada localização uma carta o guiava e em uma delas descobriu e assumiu seu segundo nome: Nicolas.
Só poderia ter ficado doido ao fazer aquilo, mas a estrada trouxe experiências e aprendizados que o marcariam para sempre. Seguiu de Ushuaia na Argentina para as Ilhas Galápagos no Equador, de Encarnación no Paraguai para Las Lajas na Colômbia, Machu Picchu no Peru e um longo caminho até San Antonio no Texas. As experiências em casa lhe fizeram bem, com o pouco de espanhol e inglês que aprendera com os hóspedes Nicolas foi se virando. Conheceu pessoas no caminho, as boas e as ruins, aceitou ajuda de estranhos e fez amigos para toda uma vida. Foi sacaneado algumas vezes, mas preferia lembrar dos que lhe ajudaram. Nicolas também ganhou uma carga de habilidades, trabalhou em todo o tipo de emprego, fez podas, passeou com cachorros, entregou panfletos, pintou muros e ajudou em obras. Tudo o que pagasse seu estilo e o restante de sua jornada. Os paisagens eram magnificamente arrebatadoras, faziam a ideia de ficar parado parecer loucura, faziam a vida valer a pena. Ele só queria que a avó pudesse ver tudo isso, por isso carregava a urna consigo. Sempre que podia, a deixava em seu lado e fazia um desenho do que via, enchendo seu diário de viagem com gravuras de lugares inesquecíveis.
Com todos os lugares que visitou e todas as pessoas que conheceu, Chittaphon já não era o mesmo. Ainda permanecia energético, inquieto e com a cabeça nas nuvens, mas agora com uma coleção de experiências boas e ruins, amores fracassados, desapegos e mais confusões do que podia contar. Libertar-se do condicionamento pessoal e social fez com que seu pensamento crescesse e expandisse em proporções que talvez nunca alcançasse em Bangkok. Isso o fazia repensar nas escolhas que faria no Oregon. Ao chegar no Texas conheceu um quinteto de amigos que compartilhavam de sua filosofia, juntos seguiram para a Califórnia, onde conseguiram um bico numa plantação de cannabis(...). Com o dinheiro e os conflitos que conseguiu lá, o garoto se separou do grupo para chegar ao seu destino final.
No Oregon, depois de dois anos na estrada, nada do que tinha planejado fazia mais sentido. Se o plano inicial era acabar com sua vida ali, todo o percurso o fizera repensar. Após despejar as cinzas da avó nas águas do rio e de uma conversa com um desconhecido, sentiu que não tinha mais nenhum motivo para se jogar dali. Depois de tudo o que vira, tudo o que aprendera, Nico queria mais. Naquele final de tarde, abriu a última carta e leu as palavras da avó(...).
Nicolas nunca havia pensando muito sobre seus pais, sua avó era sua família e isso bastava. Mas a carta dela trazia questões suficientes para despertar sua curiosidade. Agora sabia do sangue mestiço que corria em suas veias e da necessidade que tinha de buscar a si e seu passado. Pegou suas coisas e partiu para Hong Kong, onde sabia que acharia as respostas que procurava. Com o dinheiro que havia juntado alugou um apartamento em Causeway Bay, local onde seu espírito de folia poderia ser saciado. Com outra cabeça e outros desejos o rapaz se matriculou em uma faculdade e com seu novo familiar canino, Luka, iniciou uma vida diferente. Ainda não sabia o que faria agora que estava ali, mas quando deitava na cama um milhão de sonhos o mantinham acordado. Já havia conhecido muito do mundo, era hora de conhecer a si e seu passado.
1 note
·
View note