#fc:celina sinden
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royalgamerp · 7 years ago
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No palácio de Alveric, todos conhecem Sevan Aysel Sarkisian, a Dama de Companhia da Rainha Nahia. Ela possuí 28 anos e é uma antepassada distante de Celina Sinden.
♜ The Serpent Underneath ♜
+ Leal, sagaz.
- Ardilosa, inescrupulosa.
Uma vez uma família de grande prestígio no reino de Belônia, a decadência dos Sarkisian se iniciou com a misteriosa morte de seu patriarca. Deixando esposa e filhos para trás, Emirhan partiu em uma jornada de caça – jornada esta da qual nunca retornaria.
  Viúva, estrangeira e com a própria sobrevivência deixada à mercê da família do falecido esposo, lady Meryem Sarkisian viu novas possibilidades surgirem em seu horizonte com a descoberta de sua gravidez. Agarrou-se à esperança de dar a luz a um varão e, assim, assegurar não apenas a posição do filho na corte, como também a sua própria.
  Meses depois, entretanto, quando a criança finalmente veio ao mundo, Meryem teve seus piores temores confirmados; o bebê, ainda que encantador e saudável, era uma menina. Desapontada e temerosa, mas consciente de que não podia permitir que nada acontecesse a ambas, passou a tecer inúmeros planos, criando uma rede de intrigas que buscava sustentar sua boa condição ali sob quaisquer meios que fossem necessários.
  As ambições e paranoias de Meryem, porém, a levaram pelo caminho contrário. Buscando se manter ali a qualquer custo, casou-se com o irmão mais jovem de Emirhan – um homem igualmente ambicioso, sob suspeitas de ter sido o verdadeiro responsável pela morte do irmão e cuja obsessão pela esposa deste não passara despercebida. Os rumores de que haviam planejado o assassinato em conjunto e de que o bebê, na realidade, era um filho ilegítimo de Meryem e do antigo cunhado, não demoraram a aflorar, e, a partir de então, toda a boa reputação que os Sarkisian haviam construído através dos anos começou a ruir.
  O declínio final da família ocorreu quando, um por um, os primeiros filhos de Emirhan – varões nascidos de sua primeira esposa que poderiam colocar lady Sarkisian e sua filha em perigo – encontraram seu fim em circunstâncias inegavelmente suspeitas, especialmente em suas idades tenras. Com todos a seu redor certos de que haviam tramado para subir à sua posição atual, Meryem e o novo esposo viram-se forçados a se recolher para a propriedade dos Sarkisian antes que se fizesse um grande escândalo.
  Embora sua família enfrentasse inúmeras dificuldades, a pequena Sevan crescia com graça e discrição, criada e educada por suas amas. Era incrivelmente inteligente, fator que agradava sua mãe ao extremo: Meryem conhecia a jornada das mulheres, e como seria difícil conquistar um bom lugar ali após tudo o que acontecera aos Sarkisian. Assim, desde seus primeiros anos, buscou ensinar à filha a máxima que aprendera durante seus anos em Belônia; para sobreviver no ninho de víboras, deveria se tornar uma delas. Seus ensinamentos se resumiam em um conselho: pareça-se com a flor inocente, mas seja a serpente sob ela.
  Sevan levou os conselhos de sua mãe ao coração e guardou-os ali a sete chaves – especialmente quando o destino forçou-as a uma despedida. Vendo-se grávida novamente, desta vez do novo esposo, e temendo que ele negasse a sobrinha após ter um herdeiro de seu próprio sangue, Meryem pediu a um dos poucos amigos da família que permaneciam leais a esta para que levasse a filha pequena de volta para a corte onde nascera. Assim, mãe e filha se separaram pelo que, embora não soubessem então, seria a última vez em que se veriam em pessoa.
  A chegada de Sevan à corte coincidiu com o ano do casamento de Nahia e Andrev. Criada em um lar no qual aparências e dever significavam tudo, não levou muito tempo para que a pequena Sarkisian se afeiçoasse à futura rainha, passando a admirá-la de longe e tê-la como inspiração. Embora não lhe fosse permitido por seu tutor aproximar-se de Nahia, seu coração infantil considerava-a como se fossem de fato amigas e preocupava-se com o estado frágil de sua saúde durante a gravidez. Sua lealdade à mulher começou a firmar-se a partir dali, e Sevan concluiu que, se um dia lhe fosse dada a oportunidade, faria de todo o possível para ser útil a ela.
  A devoção de Sevan a Nahia, característica que a pequena garota não fazia questão de esconder, apresentou-se tanto a Meryem quanto a seu tutor como uma brecha para educá-la com um objetivo em mente. Para a mãe, era uma oportunidade de reerguer a família; para o homem que a acolhera, uma forma de honrar os reis e, assim, talvez conquistar uma posição de maior importância, próxima aos monarcas.
  Ainda que conhecesse os motivos de ambos, Sevan se utilizou de seu apoio para conseguir o que quisera desde que a vira pela primeira vez: se aproximar da mulher que tanto admirava. Para tanto, obedeceu a cada uma das instruções que recebia – fossem de sua mãe, enviadas por carta, ou do tutor que se esforçava para conseguir um lugar no conselho. Buscando não ser imediatamente associada a uma família cujos escândalos do passado não haviam sido completamente esquecidos, deixou de usar seu primeiro nome, passando a se apresentar apenas como Aysel, e se aproveitou da mínima influência que o tutor exercia na corte para conquistar lugares cada vez mais altos ali. Cada um de seus movimentos era calculado e discreto: aprendera com os erros da mãe que um único passo em falso poderia significar o fim de tudo pelo qual trabalhara.
  Passo a passo, detalhe por detalhe, e buscando sempre seguir o conselho que Meryem lhe dera antes de que se despedissem, Aysel viveu sua infância em função das ambições de outros na esperança de que, um dia, sua paciência se convertesse em bons resultados para si. Serviu a outras damas de alto escalão da nobreza, procurando consolidar-se como alguém confiável e de boa índole – ainda que, muitas vezes, não fosse assim de fato; sua mãe lhe ensinara a manter as aparências, e assim Aysel o fez, manipulando seu cenário por debaixo dos panos para que se aproximasse mais de alcançar o objetivo pelo qual tanto lutara.
  Com uma posição respeitável na corte, e cada vez mais próxima de realizar os sonhos daqueles que a haviam criado, Aysel viu seu mundo desmoronar ao seu redor pouco depois de completar dezesseis anos. Em uma carta escrita às pressas e entregue por um mensageiro clandestino, Meryem lhe confessava temer as atitudes do marido: amargurado pelos anos de reclusão e sentindo-se como se os ideais moralistas da cristandade fossem os responsáveis pelo seu declínio, planejava um golpe contra os monarcas do país. Indignada com as intenções do tio, mas temendo o que poderia acontecer à família caso denunciasse a traição, Aysel queimou a carta e decidiu que tomaria o assunto em suas próprias mãos.
  Muito jovem, mas conhecendo os ardis da nobreza e acreditando que deveria fazê-lo em nome de um bem maior, traçou seu plano com determinação e confiante de que nada lhe escaparia. Na calada da noite, entregou suas jóias mais preciosas ao mesmo mensageiro que lhe dera a carta de Meryem, explicando-lhe seu plano e pedindo-lhe que se assegurasse de que sua mãe e os irmãos que nunca conhecera estariam a salvo.
  O incêndio que tomou conta da propriedade dos Sarkisian dois dias depois foi julgado acidental, mero descuido de um dos servos. Apenas duas pessoas conheciam a verdade: Aysel e o mensageiro, verdadeiro responsável pelo fogo que havia acometido o lar ancestral da família. Por pouco tempo, Aysel sentiu-se aliviada; a ameaça de seu tio já não existia mais, e poderia voltar a se concentrar em seu objetivo primordial.
  A verdade, entretanto, tampouco se apresentara a ela. Traída pelo homem com quem cometera seu crime, Aysel não veio a descobrir o que realmente ocorrera até semanas depois: enquanto um de seus irmãos conseguira de fato escapar do incêndio com vida, Meryem e os outros haviam, também, morrido, e a mulher e crianças salvas do fogo não passavam de serventes disfarçados.
  Furiosa e sentindo-se culpada, mas sabendo que não havia nada que pudesse fazer imediatamente, Aysel buscou se recuperar do luto. Um dia, vingaria a família que havia ajudado a destruir; por ora, havia outro objetivo, agora finalmente a seu alcance, do qual deveria cuidar. Apesar do tempo que se passara, sua devoção pela rainha nunca se desvanecera; e, aos dezessete anos, dez anos depois de tê-la visto pela primeira vez, conseguiu uma posição ao lado de Nahia como sua dama de companhia. A ela, era completamente fiel, dispondo-se a qualquer coisa enquanto sob seu serviço e almejando aprender, ali, como manter a boa posição que conquistara – e como usá-la, no futuro, para sua vingança.
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