#familiashahnawaz

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Qadira e Cid foram ver as casas, Cid gostou de uma casa com muros altos e Qadira aprovou por ser bem perto da sua casa.

Lote: Moroccan Family House de jolasims (ID da galeria)

Após um tour, Cid perguntou a sua mãe o que ela tinha achado.

"É uma casa muito bonita Cid, mas ainda acho que você deveria vir morar comigo" disse ela.

"Ammi, já disse, não vou incomodar você e o Murshad, se você achou a casa bonita então a comprarei."

Qadira suspirou derrotada.

"Acho que a casa é grande demais pra você ficar sozinho aqui." foi sua última tentativa.

"Não estou sozinho, a Pyar vem morar comigo."

Ela não conseguiu convencê-lo.

Cid abraça a sua mãe.

"Você se preocupa demais, irei visitar a senhora várias vezes, não precisa se preocupar."

Assim que tudo ficou pronto para mudança, Cid partiu, ele não queria mais ficar na casa de sua mãe, odiava atrapalhá-la e apesar de gostar de Murshad, os dois tinham opiniões políticas diferentes e as pessoas da Liga Muçulmana não apreciavam muito os membros do Congresso Nacional Indiano.

Ele suspirou, Pyar dormia na sua caminha sem problemas, mas Cid não conseguia pregar os olhos. Qadira tinha razão, a casa era muito grande e isso o fazia se sentir sozinho.

Como se lesse mentes, Qadira apareceu na casa de Cid (eu disse que os dois agora moravam muito perto um do outro).

"Vi as luzes acessas, está tudo bem com você?" ela perguntou preocupada.

"Tudo bem, ammi."

Cid não queria expulsar sua mãe, mas gostaria de estar sozinho naquele momento.

"Tem certeza de que está tudo bem?" ela persistiu.

"Sim, ammi."

"Sabe, estive pensando... sua casa nova tem tantos quartos, mas todos vazios..."

"Vai ser ótimo se eu convidar os meus amigos de Mumbai pra cá."

"Ah sei, os rapazes do Congresso Nacional Indiano, mas será que você não se sentiria melhor tendo uma companhia permanente? Alguém que trouxesse um toque feminino para a casa?"

"Aonde você quer chegar?"

"Sabe, você vai quase fazer 30 anos e... e não é casado..."

Cid queria revirar os olhos, mas não desejava ofender sua mãe.

"Não quero me casar." disse ele.

"Mas você sempre quis..."

"Isso foi antes..." a garganta de Cid fechou naquele momento, sentiu seus músculos tensionarem, a única mulher que ele amou e ocupou os seus pensamentos foi Rani, a ideia de outra mulher na sua vida o deixava nervoso.

"Mas Cid, eu quero netos!"

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Casamento

Cid se arrumava em seu quarto, ele não quis fazer um baraat, nem quis que investissem demais nessa festa, queria que fosse algo simples na sua própria casa e que a cerimônia não demorasse mais que o normal.

O rapaz terminou de se arrumar ao ouvir agito dos convidados no andar de baixo, a noiva já havia chegado.

A noiva caminhou por um caminho de pétalas, mantinha a cabeça baixa e a boca fechada, ouvindo apenas o tintilar das suas pulseiras e da música.

Qadira esperava que tivesse feito a escolha certa concordando que essa garota se cassasse com seu filho.

A garota era Saira, filha de uma irmã de Khair. Ela não acreditou quando seu tio perguntou se ela queria se casar com Cid, não pensou duas vezes e fez sua mala, detestava a vida no interior e vir para um centro mais urbano era um sonho.

A noiva não é ninguém menos do que dona Stormi, ou Toró para os íntimos de @baddielels

A noiva se sentou e esperou a chegada do noivo, os rapazes se sentaram nas almofadas do outro lado da cortina.

E os dois, ainda sem verem o rosto um do outro, fazem os seus votos de casamento.

As pessoas comemoram, jogam pétalas de açafrão e rosas. O casal se senta no sofá para receber as bençãos dos convidados, ambos forçavam um sorriso e ainda não trocaram uma palavra com o outro.

Após as bençãos, Cid finalmente podia circular e foi falar com a pessoa que ele mais ficou feliz em ver, sua irmã Yasmin.

"Eu disse que vinha, irmão! Achou mesmo que eu perderia seu casamento?"

Os dois deram um abraço apertado. Era triste saber que se veriam tão pouco por morarem em países diferentes, cada um agora tinha suas responsabilidades. Não eram mais crianças.

"Seja feliz, meu irmão!" Yasmin desejou.

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A Garota do Interior

"Meu marido, o Khair, não é de Lucknow, toda sua família é do interior e esses dias ele comentou comigo sobre uma sobrinha dele que vai fazer 20 anos e ainda não é casada. Sabe como é o interior, as moças se casam aos 14."

"Mas se ela não se casou cedo, deve ter algo de errado com ela." Qadira ficou preocupada de arranjar alguma garota ruim para o filho.

"Ah não. De acordo com o Khair, ela só é muito exigente e sempre colocava defeito nos rapazes e quando a família a obrigava se casar, ela fugia para o meio da floresta e voltava dias depois. Então nenhum rapaz se interessou mais por ela lá."

"Acha mesmo que vou casar meu Cid com uma garota desobediente dessas? Que tem coragem de se enfiar no meio da mata? Sei que o Khair é rico, mas o resto da família deve ser pobre, não? Já que ainda pensam em casamento infantil. Meu Cid é rico!"

"Aí prima! O Cid também não desobedeceu você quando resolveu se envolver com aquela hindu? Também não desobedeceu você quando disse que ia fugir com ela? E sobre dinheiro, Khair pode pagar o dote, providenciar roupas caras pra ela, dinheiro para nós não é problema."

"Não sei se gosto dessa garota, prima."

"Você tem alguma outra escolha?"

Não, Qadira não tinha. Ou Cid se casava com a sobrinha de Khair, ou ele poderia morrer solteiro e sem filhos.

Chahrazad esperou o marido chegar em casa para falar com ele. Os dois se aconchegaram no sofá.

"Como foi seu dia?" ele perguntou a esposa.

"Foi bem, a prima Qadira veio aqui."

"Sério?"

"Sim, ela quer casar o Cid e estava me pedindo ajuda de alguma garota solteira para ele. Eu sugeri a sua sobrinha..."

Khair afrouxou o abraço.

"A Saira?! Não sei se ela seria adequada para o Cid, você a conheceu quando fomos ver minha família... ela é meio... sabe, fala algumas coisas sem pensar e o Cid é tão culto... imagino que os dois não vão conseguir entender o idioma um do outro."

"Eu sei, querido, mas a Qadira não consegue arranjar uma esposa pro filho porque toda Lucknow espalhou fofocas sobre ele ser um mafioso assassino."

"O Cid? Mafioso assassino? O Cid nunca..."

"Eu sei." Chahrazad interrompeu o marido "Ele não faria mal a uma mosca, mas as moças da cidade não sabem disso. Como sua sobrinha está com 20 anos e duvido que vá arranjar algum casamento no interior já que ela sempre foge, por que não juntar os dois?"

"Acha que é uma boa ideia?"

"Ela está solteira, ele também. Pode ser um sinal de Deus indicando que foram feitos um para o outro."

Khair ainda não queria ceder, mas Chahrazad o convenceu com um beijo.

"Vamos buscá-la logo, quero estar de volta em casa antes que o Malik vá para sua universidade em Londres."

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Minha Pressão!!

"Netos?!" a palavra causou gatilhos em Cid "Você teria netos se tivesse aceitado meu casamento com a Rani! Ela estava grávida! Eu ia ter um filho! Mas por conta dessa divisão idiota eu não pude te dar o seu amado neto!"

Qadira se calou ao ver o filho gritar daquele jeito, ele sempre foi calmo e doce, a vida foi cruel demais com ele.

"Meu amor, aquilo aconteceu há anos, não temos como voltar no tempo e mudar as coisas. Só acho que você deve recomeçar a sua vida. Uma esposa adequada e uma casa cheia de crianças pode te fazer feliz de novo."

Cid suspirou com as ideias românticas da sua mãe.

"Não quero pensar em casamento agora, ammi. Só quero continuar lutando pela independência do Hindustão, fazer os muçulmanos entenderem que devemos nos manter unidos e não separados em outro país. Não acho que uma mulher teria espaço na minha vida."

"Como pode dizer isso Cid?! Uma coisa não anula a outra, você lutou em Mumbai ao lado daquela garota, não lutou? Murshad e eu estamos envolvidos em lutas pelos direitos das mulheres juntos! Quem garante que sua futura esposa não terá os mesmos interesses que o seu? Não me decepcione, filho!"

Qadira parou de falar quando sentiu uma dor de cabeça forte acompanhada com tonturas.

"Ah! A minha pressão!"

Cid correu para segurá-la.

"Ammi?"

"É isso que você quer fazer comigo Cid? Me deixar doente? Estou com pressão alta por todo o estresse que tem me causado, aquela garota hindu, a prisão e agora você nem ao menos quer se casar antes dos 30?!"

Cid ajudou sua mãe a sentar, desta vez ele ficou calado. Ele não queria decepcioná-la e nem sabia que ela tinha ficado doente no tempo que esteve fora.

"Desculpa, ammi..." ele pediu colocando a cabeça no ombro dela, como se fosse criança novamente "Eu não quero decepcioná-la..."

"Então aceite ter uma esposa."

"Tudo bem, ammi." foi derrotado "Escolha a garota que achar mais adequada e me casarei com ela."

"Você nem ao menos quer conhecer as moças?"

"Não, eu não quero. Confio em você, conhecerei a minha mulher no dia do casamento."

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Foto em família 1940

Por algum motivo o MCCC não deixou eu invocar todos os membros da família, então resolvi tirar a foto apenas com os sims descendentes e ascendentes dos Al Habibs.

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Hoje Não, Qadira.

Qadira saiu em sua missão da sua nora ideal, Qadira era feminista, mente aberta e moderna (para sua época) então acreditava que não seria um problema encontrar uma esposa adequada para seu filho. Porém as coisas estavam complicadas, pois toda Lucknow fofocava sobre Cid, sua prisão e a mudança que ele passou.

"Cid? Cid Al Habib? Não é aquele cara que foi preso? Soube que ele era traficante de ópio na fronteira com a China. Me perdoe senhora Shahnawaz, mas não quero me relacionar com um criminoso."

"Cid Al Habib? Aquele homem cheio de tatuagens? O profeta disse que tatuagens permanentes são ruins, pois machucam nossa carne. Se ele não segue nem este ensinamento, imagine todo o livro sagrado. Dispenso!"

"Cid Al Habib?! Eu soube que ele tinha um harém e uma das suas mulheres favoritas engravidou e ele a obrigou abortar a criança. Eu não quero me relacionar com um homem tão vulgar!"

"Cid Al Habib?! Ele não era casado antes com uma mulher de Bombay? Soube que ele foi preso porque matou a esposa e ela sofreu um aborto por conta dos maus tratos. Eu não quero me casar com um homem que vá ser mau comigo."

"Cid Al Habib?! Não é aquele mafioso famoso de Mumbai? Ele voltou para Lucknow? Céus! Me perdoa, mas eu não quero me meter com o crime."

Derrotada, Qadira vai até a casa de Chahrazad para desabafar todo o ocorrido da semana.

"Aí prima." suspirou "Cid voltou para Lucknow, mas voltou tão triste, sugeri a ele que se casasse com alguma moça, para quem sabe assim ele voltar a ser aquele menino alegre de sempre."

"Acho uma ótima ideia! Ele ter uma esposa e filhos ao lado pode fazê-lo perceber que não está sozinho e terá algo pelo que lutar."

"Sim, é o que eu acho. Ele permitiu que eu encontrasse uma esposa para ele, ainda estou na procura."

"Não achou nenhuma garota adequada?"

"Até encontrei umas garotas interessantes, mas ninguém quer se casar com ele. Porque essa maldita cidade espalhou notícias mentirosas sobre o meu filho!" Qadira rangeu os dentes "Mafioso? Criminoso? Assassino? Vulgar? Meu Cid não é nada disso!"

"Se acalma, prima!" Chahrazad pediu "Nós da família sabemos que o Cid jamais machucaria ninguém, ele é um doce. Não sei como ele não se tornou vegetariano pra não prejudicar nenhuma animal." até ousou a soltar uma piada para acalmar a prima.

"Mas acho que tenho uma solução!"

"É mesmo?" Qadira se animou.

"As fofocas se espalharam por Lucknow, então devemos arranjar uma garota que não seja da cidade..."

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Bombay

Cid está de partida. Ele dá um abraço bem forte na sua avó, de quem sentirá muita falta.

Dá um beijo no topo da cabeça da irmã.

"Crie juízo." ele pede a ela, já que não estará mais em Lucknow para cuidar dela, acredita que Qadira e Murshad farão um bom trabalho.

Ele dá um aceno para o pai e a madrasta. Madiha começa chorar e Yasmin tenta acalmá-la.

Cid pega sua mala e parte.

No caminho ele para na casa de sua mãe e vai se despedir dela e do padrasto, que foi quem lhe deu esta oportunidade.

"Acreditamos no seu potencial, Cid. Estude bastante, volte com um diploma e orgulhe ainda mais a sua mãe." disse Murhsad.

Qadira não queria soltar o filho, mas precisava ir antes que o trem partisse sem ele. Os dois dão um último adeus.

Cid está empolgado ao chegar em Bombay.

Seu apartamento era incrível e fez questão de trazer o quadro de família.

Apartamento é o 19 Culpepper House da @galaxysuede

Cid se joga na sua cama nova. Um lugar somente seu, vai poder fazer o que quiser sem que tenha alguém enchendo o saco ou algum bebê chorando.

Alguém bate na sua porta.

"Quem será?" ele se perguntou.

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O Reencontro das Irmãs

Yasmin chamou sua avó e suas tias-avós para conversar. Disse que tinha uma surpresa, as três não sabiam o que esperar.

"Tenho certeza de que vão gostar!" Yasmin estava confiante.

"Pode entrar!" ela gritou.

Por trás das cortinas saiu uma figura miúda e tímida, Sophia brincava com os dedos trêmulos. Há quantos anos não via suas irmãs?

"Olá irmãs..." as cumprimentou com seu hindi arranhado, já não falava mais aquela língua há anos.

As irmãs ficaram boquiabertas, como se estivessem vendo um fantasma diante delas, mas ela era real! Sua irmã estava bem ali na frente!

As mulheres não se conteram a emoção e se abraçaram, Yasmin se juntou a festa.

"Estou tão feliz de ter vocês de volta!" Não seguraram o choro.

As quatro irmãs estavam juntas novamente e nem mesmo a implicância de Ahmed podia fazê-las se separar agora. Ele via que sua filha estava feliz com o reencontrou e que ela sabia sobre Morgyn, então como chefe da família ele permitiu que as duas famílias se unissem novamente, apesar de ainda não confiar nos Ember.

Yazan fez aniversário e Ahmed convidou os Ember para comemorar.

Tirando uma foto em família.

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Paquistão

Cid não se sentia bem em casa, depois das aulas passou a ir para a casa da sua mãe e passava os finais de semana lá, onde não teria brigas, gritaria, apenas diversão com suas irmãs. Murshad era um ótimo padrasto e via um futuro brilhante para Cid.

Um dia Murshad resolveu levar Cid para conhecer alguns membros do partido da Liga Muçulmana, que era muito importante em Lucknow. Assim como ele e Qadira seguiam carreira política, Cid também poderia seguir o mesmo rumo. Ele o apresentou a um membro importante da liga.

"Senhor Jamal Jamil, este é o meu enteado, Cid Al Habib e estou apresentando o partido a ele."

"Prazer em conhecê-lo senhor Al Habib." Jamal o cumprimentou.

"Igualmente senhor Jamil." Cid retornou, educadamente.

"Espero que esteja gostando do partido e pensando em se juntar a ele. Murshad é um ótimo político e se viu em potencial em você, tenho certeza de que não vai decepcionar."

Os quatro começaram a conversar, Murshad perguntou como estavam as coisas e Jamal revelou uma notícia não tão boa.

"Estão querendo barrar a criação do Paquistão."

"Como ousam? Paquistão é nosso direito! Quando a Inglaterra sair do poder os hindus dominarão tudo e nos jogarão a margem, proibido nossos costumes e cultura. Precisamos do nosso próprio estado-independente." Murshad protestou.

"Devemos pressionar ainda mais, somos muitos, precisarão nos ouvir ou engolir." Disse Qadira acompanhando o marido.

Cid ouvia a conversa dos adultos com atenção, ele nunca tinha ouvido falar sobre o Paquistão e não sabia que seu padrasto e mãe concordavam com tal ideia de um estado independente da Índia para os muçulmanos.

Mesmo sem entender bem do assunto, Cid decidiu entrar na conversa, estava se sentindo desconfortável com os adultos proferindo ofensas aos hindus, afinal, ele namorava uma hindu.

"Mas o Paquistão é mesmo necessário? Não poderíamos viver todos em harmonia? Hindus não me parecem tão maus..."

"Você é tão ingênuo, Cid." Murshad disse. "Só estão aguardando uma oportunidade de nos aniquilarem, não toleraremos isso, somos grandes também e iremos nos defender. Podemos lutar contra a Inglaterra e contra eles."

Cid tentou justificar seu pensamento citando o partido Congresso Nacional Indiano, o partido de Gandhi, onde hindus e muçulmanos lutam juntos lado-a-lado.

"Gandhi não vai conseguir tornar a Índia independente." disse Jamal "Soube que a Alemanha está agindo para começar uma guerra e a Inglaterra vai lutar, talvez sejamos convocados para mais uma guerra, mas torceremos de ser a ruína da Inglaterra e a nossa independência. Que o Paquistão seja finalmente criado!"

Cid passou o resto da conversa quieto, os adultos não estavam convencidos de paz entre as duas fés, os pensamentos da liga muçulmana eram diferentes do Congresso Nacional Indiano e nada parecia convencê-los de que podiam conviver juntos.

Após a conversa, Murshad os levou para jantar e perguntou o que o garoto tinha achado do partido.

"interessante..." ele se limitou a dizer, não tinha tido interesse algum. Admirava Gandhi e sua luta pela independência de forma pacifica, ele gostava da ideia de não usar violência.

"Se você gostou da área política que tal ir estudar em Bombay? As universidades de lá são melhores que as daqui e é uma cidade bastante política, já morei lá por um ano, você vai gostar, uma cidade grande que faz Lucknow parecer um interior."

"Hum... Bombay!" Cid gostou da ideia de passar quatro anos em uma cidade diferente, longe do seu pai, da confusão que ele criara e ainda podia convencer Rani a se mudar para lá também, sua família era rica e tinha parentes em Bombay, os dois poderiam ficar um pouco mais em paz em uma cidade que ninguém o conheceria.

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Quantas Vezes Desejar

"Vem brincar!" convidou Qadira rodopiando ao seu redor.

Murshad logo participou da brincadeira também.

Ao virar o rosto para cima, os óculos de Qadira se embaçaram com a chuva. Murshad se ofereceu para limpá-los e protegê-los da chuva quando não resistiu aos lábios sedutores dela.

Os dois se beijaram na chuva.

"Me desculpa, senhora! Eu não sei o que deu em mim" Murshad estava muito envergonhado da sua atitude.

Qadira, pelo contrário tinha gostado de cada minuto e o tocou.

"Pois eu gostei."

Murshad deixou a vergonha de lado e beijou a mão de Qadira.

"Se a senhora diz que gostou, fico feliz e se permite, posso prometer beijá-la mais vezes?"

"Quantas vezes desejar."

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Queremos a Yasmin

Assim que conseguiram falar com o advogado foram até a casa de Ahmed. Se ele aprovasse a adoção tudo seria mais fácil, caso não, teriam provar que ele era incapaz de criar a menina.

"O que fazem aqui?" perguntou Ahmed furioso ao ver a ex-mulher e seu novo marido. Sabia que coisa boa não era.

"Você é um idiota, um filho da p..." Qadira iria proferir milhares de palavrões até que Murshad a acalmasse. Não seria assim que o convenceria a deixá-los adotar Yasmin.

Qadira respirou fundo e contou até dez antes de prosseguir.

"Queremos adotar a Yasmin. Você não tem condições de criá-la. O ambiente da casa é muito hostil. Vai ficar melhor conosco."

"Nós já falamos com um advogado." complementou Murshad pra não ficar sem falas.

"Estão loucos? Como assim não tenho condições de criar minha filha? Ela tem uma casa, comida na mesa, roupas novas e caras. Claro que tenho condições."

"Condições mentais, Ahmed. Condições mentais. Você nunca bateu nela antes, nunca esteve tão estressado, você mudou, não está mais são."

"Vocês veem na minha casa, falam que querem tomar minha filha e agora dizem que não tenho condições mentais? Francamente, deviam ir embora!"

"Querido? O que está acontecendo?" Laila apareceu preocupada ao ouvir a gritaria.

"Então é você que vem perturbando a minha princesa Yasmin?" Qadira encarou Laila nos olhos "Nós viemos adotá-la, é só isso, convença o seu marido de que teremos a guarda dela ou falaremos com nosso advogado."

"O quê?! Isso é um absurdo! Por que querem tomar a Yasmin?" perguntou Laila se fazendo de sonsa.

"Porque vocês são dois loucos e ela não merece viver assim."

"Querido! Me diga que isso não é verdade! Eles não podem tomá-la, podem?"

"Eu estou são, não tem porquê roubá-la de mim."

"Então nós nos veremos no tribunal Ahmed Al Habib." disse Qadira determinada a ter Yasmin.

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Adotar Yasmin

Qadira estava grávida de Murshad e o casal era só love e aguardavam ansiosamente o nascimento do bebê.

Cid veio visitar a mãe, não apenas para saber da notícia de que ganharia um irmão por parte de mãe, mas também para contar o que aconteceu.

"Aquele filho da mãe! Como ele ousa bater na Yasmin?! Ah! Eu vou ir lá AGORA bater nele!" Qadira estava furiosa.

Cid ficou assustado ao ver sua mãe tão brava e pediu que ela se acalmasse, nada se resolveria de cabeça-quente. E realmente, bateria nele e aí? Não iria resolver o problema da Yasmin.

Ela se sentou tentando parecer mais racional, quando Murshad avistou a esposa sentada com as têmporas pegando fogo perguntou o que aconteceu e ela lhe contou.

Na cabeça de Qadira a única cena que se passava era essa. Era tudo o que queria fazer com ele.

Murshad dá um beijo na esposa para acalmá-la.

"Você não precisa machucar suas lindas e delicadas mãos com aquele traste." disse Murshad com uma voz veludosa. "Eu conheço um bom advogado e podemos adotar a Yasmin..."

Qadira achou um bom plano.

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Está Tão Linda!

"Onde está Chahrazad?" Ahmed perguntou ao seu cunhado quando não notou a presença da sua irmã. Os filhos dela estavam brincando no casamento, mas não havia ninguém soltado fogo pelas narinas por aí, estava calmo demais.

"Ah, ela não te contou? Agora ela resolveu observar o purdah e não sai mais de casa."

Ahmed não acreditou no que ouviu.

"A Chahrazad? A minha irmã? Ela disse isso mesmo? Não pode ser. Ela..."

"Olha, isso foi uma decisão dela, não tem nada a ver com você. Melhor deixarmos isso pra lá." Khair não gostava da ideia dele sair com as crianças e deixar Chahrazad em casa, mas ela insistiu para que ele fosse ao casamento.

"Não devia ter saído..." ele repetia isso internamente para si.

Madiha ouviu tudo aquilo. Chahrazad não era assim, por que teria tomado tal decisão?

Antes da cerimônia, Eudora chamou Qadira para conversar.

"Você está tão linda!" a elogiou e Qaduria ficou envergonhada.

"Eu ainda preferia que fosse com você..." declarou a outra com o rosto vermelho "Só faço isso por você."

"Eu sei, agora que somos duas mulheres casadas ninguém inventará fofocas sobre nós, tudo ficará mais tranquilo. Vai lá e aproveita o seu momento."

As duas se afastam durante toda a cerimônia.

E o casamento acontece.

Ahmed e Madiha resolveram visitar Chahrazad em casa e perguntaram o que aconteceu para que ela decidisse não sair mais de casa. Ela não queria falar nada sobre o assunto, mas não podia dizer não a sua mãe.

Então ela contou a verdade para sua família: Malik não era filho do Khair. Quando estava em Londres namorou Mordred e teve uma noite com ele, desta noite foi concebido o seu menino.

"A gente já sabia disso." disse a mãe "Ele era a cara daquele inglês, não tinha como você nos enganar, mas como não queria falar nada, fingimos demência."

E a mãe e irmão abraçaram a irmã. Quem era Ahmed pra julgar sua irmã mais velha? Se falasse alguma coisa era capaz de levar uma coça dela, ainda lembra do bullying que sofria dela na infância.

Madiha já amava a filha de todo o coração e amava o seu neto também. Chahrazad amadureceu com o tempo e criou juízo, isso era tudo o que importava.

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Aprovação

Qadira levou Murshad para Lucknow e o apresentou a sua mãe. Mirha o analisou de cima a baixo, fez milhares de perguntas para saber se ele seria realmente bom para sua filha ou apenas seria um Ahmed 2.0

O homem respondeu a todas perguntas sem hesitar, a filha não mediu esforços para falar do sacrifício que ele fez ao deixar Lahore para vir morar em Lucknow.

Mirha pareceu satisfeita, mas ainda desconfiava de todos os homens.

"Se um dia você machucar a minha filha, vou lhe convidar para provar a minha melhor receita."

Murshad não entendeu o que ela queria dizer com aquilo, mas Qadira pediu que ele não fizesse perguntas.

Murshad ainda precisava passar por mais aprovação: de Cid e Yasmin. O garoto era o filho da sua amada e parecia um ótimo menino, educado e gentil. Já a menina foi criada por Qadira mesmo não sendo sua filha de sangue e não estava nada contente com Murshad.

"Qadira devia voltar com o abbu." reclamava ela, enquanto Cid lhe dava leves tapinhas no ombro para que ela controlasse a língua.

"Eu prometo ser melhor para a Qadira." disse Murshad tentando tranquilizar Yasmin.

"Isso não vai ser difícil, senhor Shahnawaz, a ammi merece alguém como o senhor." declarou Cid.

Yasmin continuou emburrada.

E chegou o dia do casamento!

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Que Chá!

"Estou feliz que tenha aceitado meu convite" diz Murshad após convidar Qadira para tomar chá.

"É sempre um prazer passar um tempo com você." disse Qadira o olhando diretamente nos olhos enquanto tomava um gole de sua bebida.

Após longas conversas, Murshad ousou tocar nas mãos pequenas e delicadas de Qadira. Desde aquele beijo na chuva ele tentava não ter mais nenhum contato físico, afinal, era desrespeitoso tocar uma mulher que não era sua esposa, mas ela gostava dos toques e ele estava aprendendo a gostar também.

De repente Qadira começou a notar que ele estava inquieto, seu rosto ficava vermelho e perguntou se ele estava bem.

"Tem uma coisa que eu gostaria de falar..."

Murshad se levantou e puxou Qadira para que ela ficasse em pé também.

"Desde o dia que te conheci, te acho uma mulher interessante, com um coração nobre sempre pensando no bem das outras, você nunca desiste dos seus sonhos e isso é admirável. Bem... eu acho, eu sinto... que quero passar o resto da minha vida com você."

Murshad se agacha e pede Qadira em casamento.

"Murshad!" ela estava em choque "E-eu... não posso aceitar..."

"Por que não? Você me acha desinteressante?"

"Não é nada disso, é que... não posso ficar em Lahore, tenho um filho e uma mãe em Lucknow pra cuidar, prometi a ela que não me casaria novamente pra me separar dela e não quero ficar longe do meu filho."

E nem de Eudora também, mas Qadira não disse isso em voz alta.

"Você é realmente admirável!" ele toma as mãos dela "Se é apenas por isso, não se preocupe. Eu vou para Lucknow com você."

"Vai deixar Lahore?"

"Foi aqui que cresce e fui criado, mas não há nada que me prenda neste lugar. Não tenho mais família e posso trabalhar em qualquer lugar. Você agora é meu novo lar."

Admirada com as palavras de Murshad, Qadira aceitou seu pedido de casamento e os dois se preparam para voltar a Lucknow.

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Café e Chuva

"Então me sirva!"

Eudora subiu na cama e beijou Qadira com paixão.

Prometendo conquistar o coração de Murshad, Qadira concordou em ir com ele tomar um café.

Os dois conversavam animadamente. Tinham muitas coisas em comuns, gostavam dos mesmos livros e filmes.

Qadira estava gostando da companhia dele e o achava divertido. Ousou ter mais intimidade com ele e não houve reclamações.

Os dois caminhavam quando de repente começou a chover.

"Vamos nos apressar para um abrigo." disse Murshad preocupado.

"Espera! Eu gostava de brincar na chuva quando criança. É muito bom e refrescante." Ela puxou Murshad para trás.

Qadira apreciou a chuva que caia sobre seus ombros, convidou Murshad a participar.

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