#existênc
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jassuele · 10 months ago
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FOREWORD
Keyser Söze, Beyoncé, and the Witness Protection Program
MICHAEL ERIC DYSON
One metaphor for race, and racism, won’t do. They are, after all, exceedingly complicated forces. No, we need many metaphors, working in concert, even if in different areas of the culture through a clever division of linguistic labor. Race is a condition. A disease. A card. A plague. Original sin. For much of American history, race has been black culture’s issue; racism, a black person’s burden. Or substitute any person of color for black and you’ve got the same problem. Whiteness, however, has remained constant. In the equation of race, another metaphor for race beckons; whiteness is the unchanging variable. Or, to shift metaphors, whiteness has been, to pinch Amiri Baraka’s resonant phrase, the “changing same,” a highly adaptable and fluid force that stays on top no matter where it lands. In a sense, whiteness is at once the means of dominance, the end to which dominance points, and the point of dominance, too, which, in its purest form, in its greatest fantasy, never ends.
To be sure, like the rest of race, whiteness is a fiction, what in the jargon of the academy is termed a social construct, an agreed-on myth that has empirical grit because of its effect, not its essence. But whiteness goes even one better: it is a category of identity that is most useful when its very existence is denied. That’s its twisted genius. Whiteness embodies Charles Baudelaire’s admonition that “the loveliest trick of the Devil is to persuade you that he does not exist.” Or, as an alter ego of the character Keyser Söze says in the film The Usual Suspects, “The greatest trick the devil ever played was to convince the world that he didn’t exist.” The Devil. Racism. Another metaphor. Same difference.
Robin DiAngelo is here to announce, in the words of evangelicals—and rappers Rick Ross and Jay-Z—“The Devil Is a Lie.” Whiteness, like race, may not be true—it’s not a biologically heritable characteristic that has roots in physiological structures or in genes or chromosomes. But it is real, in the sense that societies and rights and goods and resources and privileges have been built on its foundation. DiAngelo brilliantly names a whiteness that doesn’t want to be named, disrobes a whiteness that dresses in camouflage as humanity, unmasks a whiteness costumed as American, and fetches to center stage a whiteness that would rather hide in visible invisibility.
PREFÁCIO
Keyser Söze, Beyoncé, e o Programa de Proteção de Testemunhas
MICHAEL ERIC DYSON
Uma só metáfora para raça e o racismo não basta. Elas são, afinal de contas, forças excessivamente complexas. Precisamos de diversas metáforas, que trabalhem em conjunto, ainda que em áreas distintas da cultura, através de uma hábil distribuição da mão-de-obra linguística. Raça é uma condição. Uma doença. Uma carta. Uma praga. Pecado original. Durante grande parte da história americana, a raça tem sido o problema da cultura negra; racismo, o fardo de uma pessoa negra. Ou substitua pessoa negra por qualquer pessoa não branca e terá o mesmo problema. A branquitude, no entanto, permaneceu constante. Na equação de raça, uma outra metáfora para raça se aplica, a branquitude é a variável que não varia. Ou, para trocar metáforas, a branquitude tem sido, como diz a frase marcante de Amiri Baraka, a "mudança que permance igual", uma força altamente adaptável e fluída que permanece no topo, não importa onde aterrize. De certa forma, a branquitude é ao mesmo tempo o meio de dominação, o fim para o qual a dominação aponta e o ponto da dominação, que, no qual, em forma mais pura, em sua maior fantasia, nunca tem fim.
De fato, assim como o resto da raça, a branquitude é uma ficção, que na linguagem acadêmica, é denominado como construção social, um mito aceito que tem um peso empírico por causa do seu efeito, não de sua essência. Mas a branquitude vai ainda mais além: é uma categoria de identidade que é mais útil quando sua própria existência é negada. Essa é sua virada genial. A branquitude incorpora a advertência de Charles Baudelaire de que “o truque mais belo do Diabo é te persuadir a pensar que ele não existe.” Ou, como um alterego do personagem Keyser Söze diz no filme The Usual Suspects, “O maior truque que o Diabo já fez foi convencer o mundo de que ele não existiu.” O Diabo. Racismo. Outra metáfora. Mesma diferença.
Robin DiAngelo está aqui para anunciar, nas palavras dos evangélicos—e dos rappers Rick Ross e Jay-Z que ”O Diabo É Mentiroso.” A branquitude, assim como a raça, pode não ser verdadeira— não é uma característica biologicamente hereditária que tem raízes em estruturas fisiológicas, genes ou cromossomos. Mas é real, no sentido de que sociedades, direitos, bens, recursos e privilégios foram construídos sobre a sua base. DiAngelo nomeia brilhantemente uma branquitude que não quer ser nomeada, despe uma branquitude que se disfarça de humanidade, desmascara uma branquitude que se veste de americano, e coloca em destaque uma branquitude que prefere se esconder na invisibilidade visível.
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alexminhtran4 · 4 years ago
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fulvius · 7 years ago
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A previsão, dos investigadores Niklas Arvidsson, do Instituto Real de Tecnologia, e de Jonas Hedman, da Copenhagen School of Economics, revela serem os consumidores a força motriz dessa alteração na Suécia, uma vez que, embora 97% dos comerciantes aceitem dinheiro como meio de pagamentos, apenas 18% dos consumidores o utiliza. Por parte dos bancos e dos sindicatos existe também um estímulo para esta mudança, tendo como motivo a redução do risco de roubo. Niklas Arvidsson acredita que a existênc
via: http://eexponews.com/suecia-pode-deixar-de-ter-dinheiro-fisico-ja-em-2023_5916140973326336
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jesuscristo-livro-blog · 10 years ago
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O maior drama da existência
A natureza exibe constantemente um esplendor dramático, como o das aves famintas num rigoroso inverno. Sob o impacto da neve e do vento regelado, o grou-de-crista-vermelha, em uníssono com sua parelha, grita a trilha sonora da aflição espalhada pela terra – e dizem que, até sofrendo, um casal de grous nunca se separa. O homem, porém, é tanto a glória da criação como sua tragédia. Seus dramas se tornam complexos no emaranhado das tramas históricas, e atingem grau supremo ao abrirem-se para a dimensão eterna, quando o grito angustiado pode buscar a Deus no céu ou desafiá-lo com prepotência. Mas se essa angústia se disfarça, ela é o máximo segredo de uma trágica separação, razão por que, embora o mistério da vida clame por revelação, um homem assim nada quer saber desse mistério, empenhado, não em buscar, mas em esconder quem o criou, um fenômeno que, transposto para a atividade intelectual, é tão real quanto numeroso, e tão disfarçado quanto a própria angústia. Para remediá-lo, alguns tentaram demonstrar a existência de Deus aos que não o estão buscando; mas estes se acham desinteressados de encontrá-lo, e mais provavelmente não querem conhecê-lo, de modo que dificilmente se vai com as provas além das controvérsias, e eu desconheço (e tomo como exemplo agora a mais famosa – a prova ontológica) se a tentativa de prová-lo foi capaz de dar discípulos a Cristo – dificilmente, eu imagino; mas a coisa toda de fato entreteve gerações de filósofos, uns ao lado da prova ontológica para reelaborá-la, e outros contra ela para dizerem-se nem um pouco convencidos. Já, como contrapartida para as ambições metafísicas, as especulações sobre as origens de um universo não criado mal disfarçam, nessa sorte de ateus, a vontade de que Deus não exista, especialmente quando, em nome da ciência, armam uma balbúrdia contra qualquer um que ouse debater a evolução, sem falar dos que se valeram da chamada navalha de Ockham para alegar que Deus é uma “complexidade desnecessária”, assim devendo ficar fora de toda teoria científica. Entre eles, não falta engajamento para forçar o silêncio de qualquer cientista em desacordo – e assim fica claro que vão “vencer”! Pois põem de lado os argumentos e partem para os meios políticos de fazer de sua voz a única do “debate” científico, o que, cá entre nós, é assaz estranho, não só levando em conta a alegada “superioridade” de suas teorias, com as quais, então, não deveriam recear um debate, e sendo ainda mais estranha a amolação que expressam contra a voz dissonante, numa evidência de que está envolvido muito mais – e às vezes muito menos – que uma atividade intelectual. É como se, desejando viver qual se Deus não existisse, e movido pela vontade inconsciente de escondê-lo sob essa indiferença, um homem perdesse a calma quando alguém ousasse anunciá-lo. De novo se revela o drama dos que, como criaturas capazes de abrir-se para a dimensão eterna, preferem retrair-se angustiados dela. Quão mais trágico é então esse drama que o dos pássaros no auge da estação fria, e quão menos bela é a fala orgulhosa contra Deus que os estrépitos das aves famintas sob a neve fina! Quando os grous-de-crista-vermelha abrem largas asas só parcialmente negras, e alçam voo pela imensidão alva com a alvura do restante de suas penas; quando pousam suaves para ciscar os grãos com que os agricultores japoneses os amparam no rigor do inverno, o espetáculo é comovente e atrai a sensibilidade turista. O drama das aves é admirável, em nada repelente, e elas subitamente bailam, dançarinas no gelo e na neve. Em contraste, quem faz da dimensão eterna um campo de batalhas da altercação de palavras, esse só acrescenta, às angústias da existência, um espetáculo que a ninguém deslumbra, e antes outra vez encobre a glória divina. Ora, acertar o alvo é para a destreza do arqueiro. Por isso, quem deseja glorificar a Deus num mundo blasfemador deve treinar incansavelmente até tornar-se perito nesta que é a mais nobre das artes. Quando o enganador bajula, ele acha campo livre na receptibilidade da vaidade humana; mas o caminho da verdade no mundo é tão estreito quanto o alvo do arqueiro, pois, para além da exatidão, a flecha que pousa longe ou perto do centro apenas errou. Esta exigência denota outra falta mundana, pois é fácil ser impropriamente receptivo para o engano mais patife enquanto se exige da verdade uma perfeição que, embora ela de fato possua, não assim com os pobres que a acolhem e nem sempre evitam representá-la mal, do que sou eu mesmo um lamentável exemplo. Ora, a qualidade do mensageiro é conveniente, mas exigi-la é provavelmente uma imperfeição do destinatário. Assim, quando uma jovem recebe um poema de seu bem amado, se o mensageiro não sabe versificar ou até tem um irritante defeito de caráter, nada disso importa à jovem, e já que o mensageiro não é o seu amado. Semelhantemente, quem reconhece a realeza divina e encontra em Deus a mais alta nobreza, não se surpreende nem se escandaliza com súditos inevitavelmente inferiores, pois tampouco os confunde com Deus. Por isso, se é fato que o Senhor esconde sua glória sob o que há de inglório em nós, essa majestade no entanto só permanece escondida de quem quer valer-se de nossas imperfeições para denegrir aquele que é perfeito. Ora, desde o princípio não há drama maior na história, não tendo o homem maior necessidade que a de buscar de coração Aquele a quem procura esconder.
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