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#eu me sinto esquecida
darkfofs · 3 months
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Desejo... Sinto de tudo enquanto me perco e, ainda assim, me entrego.
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Alucinação silenciosa aquece o corpo frio
Quente sensação vívida em vida perdida
Plenas marcas que exprimem verdade nua
Alega ser crua em toda pele em brasas.
Dentre as perdições a tua marca me exala
Troca íntima das carnes em toque tocado
Dos lábios a lingua a se encontrar e perder
Razão, lógica, certeza e todo medo em dor.
Vai estar, mas não vai estar, não mais verá
Haverá de não existir em realidade real
O sentir coexistir em teu corpo inexistente
Essência inerente a se envolver em outro.
De cima a baixo percorre, arrepia e acorda
Torna, continua, vai devagar e se repete
Outra vez esquece em calor que aquece
Prova e aprova, quer em você, isso, te ter.
Prossegue em continuidade mais quente
Em prazer marcado por desejo, em vontade
Morde em pequenas malícias e tanto incita
Excita em movimento estatístico, molhado.
Encosta em semblante esquecido nisso
Aquilo que pulsa em tal momento ardente
Em lábios molhados e em tons de vermelho
Em beijo beijado, em devaneio tão agradavel.
Beija em verdade tão improvável, me beija
Toca em essência pura com os teus lábios
Me encontra perdido no teu beijo molhado
Me beija quente, me incita em tua vontade.
Me beija assim, em verdade nua e tão crua
Marca teus lábios no meu e exala o teu eu
Marca e beija em alma perdida, esquecida
Me beija com sinceridade, em sonho e realidade
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little-blurry · 5 months
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𝙲𝚕𝚞𝚋𝚎 𝙳𝚘𝚜 𝙿𝚘𝚎𝚝𝚊𝚜
Quando eu partir espero que alguém encontre meu baú de tesouros, serei esquecida rapidamente.
Perguntei a morte se ela me levará sem ter escrito ou conhecido o amor, ela me respondeu que tenho mil vidas e amores dentro da minha imaginação.
Quando entro no Clube Dos Poetas já não me sinto tão assustada, eu quero saber o que eles sabem, eu quero sentar e apreciar, talvez não fique muito tempo então irei absorver o máximo possível de tudo que é escrito com sagacidade até fantasias ilusórias.
Eu não tenho mais esperança de salvar o mundo com poesia mas talvez meus rascunhos me salvem dele.
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mundodafantasia1d · 10 months
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Illicit Affairs
Deixei o perfume na prateleira, havia escolhido aquele especialmente para ele, sabia que ele amava o cheiro desse perfume e eu amava deixar o meu cheiro em seu carro, deixar meu rastros para trás assim ele não pode se esquecer de mim, como se eu nem existisse.
Me certifiquei de que não tinha ninguém olhando, sai escondida pela porta dos fundos enquanto meus amigos estavam na sala jogando uno. 
Ajeitei o capuz do meu moletom e caminhei de cabeça baixa pelas ruas menos movimentadas até o estacionamento vazio onde sempre nos encontrávamos. Avistei o carro preto com vidros escuros estacionado ali, me certifiquei de que não tinha ninguém observando e entrei no banco do passageiro.
- Oi, babe - Niall disse se aproximando para me dar um beijo.
Tentei dar o meu melhor sorriso para ele. Eu amava Niall, mas odiava aquela situação. Disse para mim mesma que eu sempre posso parar, mas aí vi aqueles dois olhos intensamente azuis me encarando e soube que não era tão fácil assim. 
Meu celular vibrou, indicando uma nova mensagem, o peguei em meu bolso para ver quem era.
“Amiga, aonde você se meteu?”
“Só saí para correr, vou estar de volta em breve”
Respondi a mensagem da minha amiga, odiava ter que mentir para meus amigos, bloqueei o celular e voltei o olhar para Niall que me encarava. 
- Estava com saudades de você, babe - ele disse, se aproximando para um beijo. 
- Eu também estava com saudades de você - tentei disfarçar meus sentimentos confusos.
 - Que carinha é essa? - obviamente ele notou que algo estava errado, minha cara me entregava, nunca fui boa em esconder meus sentimentos. 
- Eu estava lembrando de quando nos conhecemos naquela viagem para praia, eu estava com os meus amigos, você com os seus, se lembra? 
- É claro que eu me lembro - ele sorriu. - Você parecia uma sereia, nunca tinha visto uma mulher tão linda como você. 
- Se lembra que fugimos dos nossos amigos e fomos para o seu quarto de hotel? 
- Como poderia esquecer daquela noite? 
- O que começou em belos quartos de hotel, terminou com reuniões em estacionamentos - não quis soar melancólica, mas não pude evitar. 
- Linda, eu já te expliquei - ele disse após suspirar. 
- Eu sei, eu sei - ficamos em silêncio por um tempo. - Essa é a coisa sobre casos ilícitos e encontros clandestinos e olhares de saudade, nasce de apenas um único olhar mas morre um milhão de vezes. 
- Não vai morrer, eu não vou deixar isso acontecer - eu olhava pela janela, não conseguiria olhar em seus lindos olhos azuis. - Você quer terminar, é isso que está tentando dizer? 
- Não, Niall, óbvio que eu não quero. 
- Então me diz qual é o problema? - não consegui dizer. - Você está agindo como uma criança. 
- Não me chama de criança - eu olhei para ele. - Eu tenho direito de ficar chateada com essa situação, Niall. 
- Ta, você tem direito de estar chateada mas pelo menos aja como adulta e vamos conversar sobre isso para resolver ao invés de ficar de cara emburrada. 
- Você quer que eu fale o que sinto? Ta bom, eu sinto como se esse relacionamento fosse uma droga que só funcionou as primeiras centenas de vezes, eu não gosto dessa coisa de casos ilícitos, reuniões clandestinas e olhares roubados, porque tudo isso mostra a verdade uma única vez mas eles morrem. 
- Baby, eu... 
- Não me chame de baby - eu gritei em um rompante que o assustou. - Por favor não me chame de criança e não me chame de baby - ele suspirou e virou o rosto para a janela. - Olhe para essa bagunça esquecida que você me fez. 
- Você acha que eu não quero sair por aí com você? Acha que não quero assumir nosso relacionamento? Eu quero, mas eu não posso. 
- Sabe o que é pior? - eu perguntei e ele apenas me olhou. - Você me mostrou cores que você sabe que eu não posso ver com mais ninguém, me ensinou uma linguagem secreta que eu não consigo falar com mais ninguém, eu me sinto uma idiota. 
- Não fala assim, você não é idiota. 
- Sou, porque eu deveria me valorizar mais. 
- Eu sinto muito por essa situação. 
Ficamos em silêncio por um tempo, o clima dentro do carro parecia mais frio, o silêncio causava calafrios. 
- Por você eu me arruinaria um milhão de pequenas vezes - disse, quebrando o silêncio agonizante.
- Eu não quero te prejudicar, eu sou egoísta o suficiente para não querer te perder mas não ao ponto de te prejudicar. 
- Essa escolha não é sua Niall, eu estou apaixonada por você, eu sabia onde estava me metendo, você deixou bem claro que esse seria um caso ilícito, eu segui em frente porque eu quis, porque eu não consigo ficar longe de você, eu sinto falta desses olhos azuis brilhantes, esse azul que não vi em nenhum outro lugar, sinto falta do seu toque, dos seus beijos, do seu cheiro, da sua voz sussurrando no meu ouvido. 
- Não pense que não é difícil pra mim também. Eu também sinto sua falta, cada segundo que estou longe de você, eu estou desejando que você estivesse ao meu lado. 
- Eu não gosto de ter que me esconder pra te ver, Niall, odeio não poder dizer que estou apaixonada, odeio ter que mentir para os meus amigos, para minha família. 
- Eu odeio isso tudo também, mas você sabe que tem que ser assim por enquanto - ele levou a mão ao meu rosto e o acariciou - Mas eu prometo pra você que um dia eu vou poder te levar por aí em público, segurar sua mão, te levar para jantar e te dar o encontro que você merece, e vamos ter jantares com nossas famílias, vamos sair com nossos amigos e nos beijar em público e todo mundo vai ver o quão loucamente apaixonado por você eu estou. 
- Promete? - perguntei olhando em seus olhos. 
- Eu prometo - eu o beijei e ele retribuiu. 
Ouvir aquilo era tão bom, era uma esperança e isso já era algo para mim. 
Ele me puxou para seu colo, nos beijamos com toda nossa paixão e frustração, apertados ali naquele carro, em um estacionamento vazio, com nossas respirações ofegantes. 
Voltei para casa depois de quase duas horas fora e meus amigos todos tinham reparado meu sumiço.
- Você está corada - minha amiga disse sorrindo maliciosa. 
- Eu estava correndo e está frio lá fora - disse sem graça. 
- Sei - ela me olhou com um olhar de malicia e também de compreensão e se voltou para o resto do grupo. - O que acham de mímica? Eu sou muito boa nesse jogo. 
E assim eles mudaram de assunto e começaram a disputa, se esquecendo do meu sumiço. Já no fim da noite, puxei minha amiga para o canto. 
- Obrigada por mudar de assunto. 
- Não foi nada - ela sorriu para mim. - Se você quiser me contar eu to aqui - concordei, agradecendo por sua amizade. 
Os próximos meses se seguiram com encontros secretos no estacionamento vazio. Continuava falando para mim mesma que isso valeria a pena, mas isso não tornava nada mais fácil. 
Cada vez que precisava contar uma mentira para vê-lo, doía. Cada vez que tinha que deixá-lo naquele estacionamento escuro, doía. Cada beijo, cada lembrança, tudo doía. E então eu via casais caminhando de mãos dadas, rindo juntos, se beijando sem nenhum problema com o fato de ter pessoas ao redor, tudo isso doía, pois era tudo que eu mais queria poder ter com Niall.
Pergunto para mim mesma o porque aceito isso, encontros clandestinos e romances ilícitos, a resposta é óbvia, por amor. Amei Niall desde a primeira vez que o vi, seus olhos tão azuis, a risada, o sorriso, o jeito como ele me olhou que fez eu me sentir o centro do universo. 
No começo foi divertido inventar desculpas e fugir dos nossos amigos para ficarmos juntos, mas agora, a diversão passou e só sobrou o cansaço. Não quero mais ter que me esconder, eu quero poder gritar ao mundo que estou apaixonada, quero Niall ao meu lado, quero ser livre para viver esse amor e ser feliz.
Hoje estava em uma festa com meus amigos, mas com tudo que estava acontecendo eu não estava muito empolgada, estava ali apenas porque fui obrigada pela minha querida amiga. Os meus amigos estavam na pista de dança, eles tentavam me convencer a ir me juntar a eles. 
Niall também estava naquela mesma festa junto com seus amigos, eu o vi assim que cheguei, era como uma força me avisando da presença dele. Nossos olhares se cruzaram, não posso expressar o quanto eu queria andar até ele e o beijar, mas tudo que fiz foi beber a bebida que Liz tinha me dado, nem sei o que era mas era forte e eu tava precisando daquilo. Evitei olhar outra vez na direção que ele estava com seu grupo de amigos.
Observei Liz fazer uma dança estranha e engraçada com Johnny na pista de dança, eu ri enquanto eles faziam sinal com as mãos me chamando para ir fazer parte daquela dança estranha.
Foi quando vi ele se aproximar, ele caminhou decidido até mim, minha respiração parou quando seu braço rodeou a minha cintura me puxando de encontro a seu corpo. Encarei aqueles olhos azuis tão próximos de mim que me faziam perder os sentidos. 
- Niall o que... - ele não me deixou terminar, colocou a mão em minha nuca e me puxou para um beijo.
A princípio não retribui o beijo, estava em choque, não esperava que ele fosse vir até mim e muito menos ser beijada na frente de todos, mas aquilo era tão bom, apenas desliguei meu cérebro, passei meus braços ao redor de seu pescoço e retribui o beijo na mesma intensidade.
Quando separamos o beijo ficamos nos encarando, presos no nosso próprio mundinho. Ouvi um coçar de garganta atrás dele, nós nos viramos e demos de cara com nossos amigos nos encarando. 
- Acho que devo apresentar minha namorada pra vocês - Niall disse e eu quase caí pra trás ali mesmo. 
- Namorada? - eu consegui falar com um pouco de dificuldade, olhando para ele. 
- Namorada - ele respondeu, também olhando para mim - Ou você não quer ser minha namorada? 
- É claro que eu quero, baby - eu respondi com um sorriso no rosto e ele me beijou. 
- Ok, já entendemos, que tal comemorarmos? - Liz gritou e todos gritaram em seguida, eu ri.
Nosso amigos estavam se divertindo todos juntos, dançando na pista de dança, brincando uns com os outros, mas eu e Niall estávamos em nossa própria bolha, nos beijando e dançando juntos, seu braço não saiu do meu redor por um segundo e eu amei aquilo. Trocamos muitos beijos sem nos importarmos com as pessoas ao redor. 
- Nada de estacionamento vazio hoje, quero te levar para um lindo quarto como na primeira vez - ele sussurrou em meu ouvido e eu sorri.
Eu o puxei para mais um beijo que Niall retribuiu a altura, era tão bom finalmente poder beijá-lo e chamá-lo de meu namorado.
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dani-kokama · 5 months
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Textos perdidos em memórias esquecidas
Gosto do que sinto quando estamos juntos, me imagino desenhando suas curvas mais bonitas, e não falo somente do corpo, e sim da tua alma, nua e despida, passeio por cada milímetro do seu corpo com as pontas dos dedos, sentindo tua pele quente sob minhas digitais, tu não faz ideia o tanto que tu tem de mim. Quando deitamos e você adormece, fico horas imaginando a gente no nosso momento, o tempo para e tudo parece fazer sentido com teus cabelos entre meus dedos, te fazendo cafuné embalado com beijos carregado da energia mais potente que existe no universo, enquanto me colo em seu corpo quente, beco sem saída, toda vez que fecho os olhos vejo e sinto suas mãos, descendo entre meu corpo, tento me fazer distante, tento negar o fato, mas é só ver um sinal teu que tudo retorna. meu corpo esquenta, meu corpo pede o teu, meus olhos se estreitam e meu coração grita “e se?”.  Eu adormeço pensando em fugir, negar, mas o que sinto vem de dentro, não é só pele, é alma, é química, .. e tantas outras coisas que não tem nome, daí, o cérebro se cansa de pensar e adormece, meus sonhos me levam de volta para a curva de canto dos seus lábios temperados de desejos acumulados no tempo..
E, por falar em tempo, ele não tem poder sobre nós.✨🔥♥️
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sitaaraguarigione · 4 months
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Me sinto esquecida, então pra que continuar com hábitos de quem está vivo? Parece q eu morri e virei uma rara lembrança e o meu fantasma ainda fica vagando por ai.
Quero parar de comer até definhar, por que de duas uma: ou eu realmente fui esquecida e não importa se eu partir ou não, ou então as pessoas vão finalmente lembrar de mim e me dar vida novamente, mas pra isso eu sinto que preciso me afundar como nunca antes.
Ana, me purifique, me leve até o fundo para que eu conheça todas as minhas sombras e fique mais forte qnd me reerguer. Eu te amo e somos só nós duas contra o mundo.
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personitude · 4 months
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eu sinto um iminente tremor no corpo pela continuidade infinita dos dias enquanto o tempo passa em mim e eu sangro ferida-aberta até perceber que calma é entrar numa casa que nunca me tivera sido íntima uma espécie de irmandade esquecida-apagada nos mesmos dias não intercedidos pela proteção fraterna que não torna doente mas faz descobrir que o sangrar encanta como mágica e só resta ao tempo se derramar como ele fatalmente mostra a si mesmo e a mim tocando do chão aos céus deixando a luz como a lembrança de estrelas mortas há milhares de dias ladrilhados de vida a luz do divino e do maravilhoso do magiko e do enkantado
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klimtjardin · 9 months
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Golden Age
NCT Fanfiction | Capítulo 11
{isso é ficção | atenção, esse capítulo tem: menção a relacionamento abusivo | recapitulando: você causou um pequeno caos na manhã dos seus amigos, e agora eles tem uma conversa para tentar colocar as coisas no lugar.}
Taeyong se acomoda sobre o braço do sofá, os modos não escapam do exame minucioso de Doyoung. Eles trocam olhares. É um silêncio diferente dos demais que já repartiram, tomado por um sentimento que há tempos Taeyong desconhece: a vergonha.
— Ah... — A mão encontra a própria testa mais uma vez, puxa a faixa que usa no cabelo de um lado para o outro. Aquilo pinica e coça; tudo pinica e coça e a luz parece brilhante demais aos seus olhos.
— Quer ficar sozinho? Foi bastante coisa pra um domingo de manhã.
— Não, não. Ficar sozinho agora vai fazer eu acender um cigarro. Não que eu não vá fazer isso assim que você sair...
— Você ficou triste? Pela Forest e tal?
Taeyong tem o lábio entredentes. Não quer admitir, mas arrisca dizer que está mais impactado por sua inesperada demissão do que pelo término - se é que assim pode chamar - com Forest. Logo na hora em que pareciam criar um vínculo... Aperta os olhos.
— Você sente que... — Deseja formular uma pergunta, mas mesmo isso o deixa envergonhado. — Por que você ainda é meu amigo, Doyoung?
Doyoung é um tanto arrebatado pelo questionamento. Esquadrinha a sala do apartamento. O sofá de couro bem polido onde o amigo está, a parede atrás dele, que divide a sala da cozinha, e a panela ao fundo esquecida sobre o fogão. Não tem resposta curta. Volta para o semblante dolorido de Taeyong.
— Você me acha idiota? Por causa das coisas que eu faço.
Doyoung segura o riso. Ah, Taeyong, sempre tão ingênuo...
— Às vezes, sim... O que isso tem a ver? Você também deve me achar um idiota às vezes. Nem sempre a gente precisa concordar.
Taeyong resfolega.
— Eu acho que- eu acho que sinto ciúmes seus com a sua amiga.
A vontade de rir de Doyoung retorna em dobro, mas ele segura por respeito. Admira a sinceridade de Taeyong. Jamais sairia com uma confissão dessas.
— Por que?! — Se faz de desentendido.
— Porque vocês são muito parecidos e eu- eu sou tipo o patinho feio.
Doyoung mantém o silêncio, depois concorda. Entende aonde o Lee quer chegar e não desvaloriza seus sentimentos.
— Taeyong, você passou por muita coisa. Relaxa.
— Eu sei! — Taeyong tem uma reação assertiva e de certa forma indignada. É isso mesmo que o envergonha. — Foi o que sua amiga me disse ontem, sabia? Ela é muito inteligente. Acho que é por isso que vocês se dão tão bem. Mas eu não acho que eu queira relaxar mais. Parece que depois que eu terminei com a Al- — Engole amargamente. — Com a Arrow, minha vida foi só ladeira abaixo.
— Por que você é tão duro assim consigo mesmo? — Doyoung se levanta e caminha até ele para ficarem frente a frente. Não gosta da postura evitativa de Taeyong diante do assunto. — Você passou por muita coisa, sim. E coisa pesada. Você devia era ir atrás da sua autoestima, que tá vagando por aí a milhas de distância... — Põe a mão nos ombros do rapaz. — Ei. Tudo bem se sentir perdido. É a sua primeira vez lidando com a vida. Mas pensa no seu futuro só um pouquinho. Você não quer sofrer igual a hoje de novo, quer? Então não repete esses comportamentos. Me conta, você gostava da moça?
— Eu- não sei. Eu queria saber onde ia dar, só isso. Achei que ela também. Mas terminar dessa forma, fez eu me sentir horrível. Ela parecia humilhada.
— Então não faz mais isso. Os erros tão aí pra gente aprender. Da próxima vez você deixa a pessoa saber, ou pergunta.
Taeyong não quer dizer, mas o que é ainda pior é sentir vergonha na frente do seu melhor amigo. Ainda existe um eco em seus pensamentos que teima em dar razão a tudo o que Arrow disse sobre ele no passado.
— Você precisa enterrar o fantasma dessa mulher. — Como se lesse pensamentos, Doyoung conclui. — Você não tem que se tornar o que ela acha melhor. E sim, o que você acha melhor. O que você sente orgulho de ser.
— Você parece meu pai falando.
— Amigos são pra isso... né?!
Após consolar Taeyong com seus sermões que sempre parecem a melhor coisa que o amigo poderia ouvir - mesmo que ele não siga o que Doyoung diz -, Doyoung parte para uma missão solo. A reação acalorada, de suor e palpitação, de quem parece pisar em terreno estrangeiro o acompanha durante todo o trajeto. Ele volta ao bistrô Renoir, desta vez, não para uma estreia. Não para um suave encontro de fim de tarde regado a cerveja, risadas e conversas fúteis com seus melhore amigos.
O rosto que lhe espera em uma das mesas é conhecido, porém.
A moça de beleza singela, longos cabelos castanhos e bochechas rosadas se levanta para cumprimentá-lo, esboçando um sorriso. Não é um sorriso de timidez, mas de conforto. Pensa que pelas próximas horas terão muitos pingos a serem colocados em muitos is e não esconde que espera por vírgulas ao invés de pontos finais.
Dawn é uma moça modesta, ela sempre foi assim, desde que chamou a atenção de Doyoung na livraria. Ele pensou que fosse ser como uma paixão platônica, vista uma vez e relembrada em fantasias, mas fadada ao fim. Porém, a vê-la na mesma livraria. Decidiu que aquele era um sinal para puxar uma conversa e em pouco menos de uma hora, tinham um encontro marcado.
Após tentar resolver os problemas de relacionamento de seu amigo, no entanto, Doyoung se encontra prestes a resolver os seus próprios. É óbvio que é muito mais fácil falar do que fazer, pois para isso é necessário se despir de bagagens. É necessário deixar morrer para nascer novamente.
Mas isto, embora demore, nossas personagens entenderão ao longo desta história.
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jully516 · 4 months
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Tive um daqueles sonhos que vc acorda com saudade da pessoa é péssimo, sonhei q namorava com um garoto incrível acordei e percebi que ele não existe, o sentimento de que que eu tava me iludindo é horrível, só me faz pensar que eu me sinto tão esquecida ao ponto da minha cabeça criar afeto com pessoas que não existem com o intuito de me fazer pensar que eu sou importante.
Sei que não é aleatório pq eu sempre me sinto esquecida e sozinha mas o afeto pedido pela manhã é ainda pior.
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babyanneh · 2 months
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Confissões antissocial aspirante
15/07/2024
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As coisas não são mais as mesmas desde que minhas memórias ainda estão vivas. Como se passado me puxasse de volta a escala zero, parece que está tudo bem mas não está. Aqui dentro não está. Eu não consigo confiar em mais ninguém nem na minha própria família, minha mãe aquela amizade e laço que tínhamos morreu - risos - meu pai parece que virou estranho para mim. Minha mãe mandou mensagens hoje cedo pedindo para mim que eu falasse com ele, como se nada daquelas coisas horríveis que mesmo me disse fosse passado. Eu queria ter essa memória esquecida mais infelizmente não.
Estou sozinha na beira de abismo. Estou me afogando em lamentações.
Eu não quero entender mais nada.
Datas do calendário me assustam. Aniversários de eventos traumáticos.
92 dias sem enfiar nenhuma gota de bebida na boca.
Estou martírio, não posso confiar, crises de abstinência em alta já que minha ansiedade era extrema e tomei energético e me arrependi.
Minha cabeça está doendo tanto não sei se é de tanto chorar ou de não sei o que. Eu cheguei bum extremo que não consigo mais fazer nada e nem pensar minha cabeça só quer descanso e bem o que tiver de acontecer acontecerá e aquela sensação que não se dá para fazer nada e que tudo que tinha de fazer parece que foi em vão.
Hoje me ligaram cobrando dívida e fui sincera: "-moço eu não tenho e sinto muito se valor subir. Infelizmente não posso fazer nada"
Aquela sensação desgastante, não sei o que faço com meus pais, minha família tá se dividindo, aniversários de eventos traumáticos e perdas.
Se eu pudesse ao menos reverter toda essa situação poderia. Mas infelizmente não tem como.
Eu cometi terríveis erros.
E não tem como ignorar eles. Minha vida só vai para frente se eu receber perdão do próprio Deus.
Não me interessa mais se minha família me ama ou não, ou se meus pais me amam
Eu só quero fechar os olhos e receber perdão de Deus e que ele apague minhas lembranças de tudo.
Nunca desejei isso com minhas forças.
Perder minhas memórias e começar do zero.
Eu quero apenas esquecer que tudo existe. E lembrar só da época boa que minha mãe me pegava no colo e gente ria. Dói saber que ela me protegeu bastante mas que fui babaca suficiente em cometer erros que me custaram dignidade.
Ano passado vendi minha dignidade a troco de nada. Minha alma tem vergonha do que eme tornei e hoje luto contra abstinência da bebida porque eu me recusei acreditar numa besteira ano passado.
Deus teria piedade da minha alma agora? Porque não acredito que seja digna de nada hoje.
Meus pulmões estão fracos. Meu estômago dói.
Fantasma do meu passado está me assombrando no presente em sonhos e tudo está me recorrendo lentamente.
Se eu tivesse solução para todos problemas hoje.
Suicida talvez seria mais infelizmente é aquela velha história, morte não resolve nada e mesmo que morresse hoje eu não teria paz.
Tentei marcar sessão de psicoterapia no particular pelo plano do meu pai e infelizmente sem sucesso eles não tem horário para noite que é único horário que eu teria disponível já que trabalho dia inteiro.
O que posso fazer?
É apenas me ajoelhar e pedir que Deus tenha piedade da minha alma e me ajude a estudar e passar na prova porque é isso que me resta. Outros não posso controlar então tenho que apenas me conformar
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guomi · 2 years
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bom dia vidas ♡ como estão ❓️ espero q estejam se cuidando direitinho 😁
( antes de qualquer coisa, gostaria de me desculpar pelo horário ! )
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bom, nos últimos dois dias, eu pensei muito sobre o rumo do meu blog, e cheguei a conclusão de q o melhor seria parar por aqui. eu pensei bastante nisso, e até considerei entrar em hiatus, mas sendo honesta com todos vcs, eu n tinha certeza de nada, então se eu entrasse em hiatus, eu estaria dando uma esperança falsa de q eu poderia voltar, quando essa não seria a minha intenção.
esse blog é muito especial pra mim, de verdade. aqui eu conheci pessoas incríveis, e tive a oportunidade de fazer amizade com os blogs q me inspiraram a criar o meu blog, o que eu sou imensamente grata.
eu também recebi muito apoio de vcs q me seguem, e eu n consigo explicar o quão mal, eu me sinto por estar tomando essa decisão. não é fácil pra mim, mas acredito q esse é um passo q precisa ser dado.
essa decisão não veio do nada, e antes de qualquer coisa eu gostaria de esclarecer alguns dos motivos q me levaram a isso.
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não foi em razão de notas, seguidores ou reconhecimento, jamais.
no post das regras aqui do blog ( postado na minha conta de reblogs ), eu menciono no tópico número 2 q o meu blog não é minha prioridade, mas eu vinha sentindo q eu estava começando a me obrigar a postar, e caso eu n postasse, eu seria esquecida por vcs, e outros pensamentos desse gênero.
eu criei esse blog de locks pq eu realmente gosto e consumo esse conteúdo, mas sendo muito honesta com vcs, eu ficava de fato, chateada por n receber asks ou pedidos, então comecei a questionar a qualidade do meu conteúdo, comecei a cogitar postar locks de bgs ou começar a editar de outra forma, em outro aplicativo...
eu me sentia muito frustrada por isso, por n conseguir entregar o meu melhor.
e sim, eu entendo q meu blog é pequeno, e ainda mais um blog de locks, q n é um dos conteúdos mais reconhecidos aq na plataforma, mas ainda sim, eu não tomei essa decisão somente por isso, e sim por várias outras questões, como as citadas acima.
e mais uma vez, meu blog não era uma obrigação, eu comecei com a intenção de ser só por diversão, mas no momento q eu comecei a me obrigar e questionar a mim mesma e os meus conteúdos, não vi mais sentido em continuar.
novamente, eu sou extremamente grata por esse blog e as ( tantas ) coisas boas q envolvem ele, mas eu decidi priorizar a minha decisão, e espero do fundo do coração q possam entender o meu lado 🤕
não é fácil, de forma alguma, mas infelizmente foi a forma q eu achei melhor.
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eu estarei considerando em talvez criar outro blog com outro conteúdo, mas não é de certeza, eu estarei pensando muito sobre isso.
eu não desativarei o blog, deixarei ele como está, só não irei mais usá-lo, estará inativo.
caso ainda se interessem, minha conta de reblogs ainda estará ativa, mas como archive das asks e posts antigos.
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sinto muito por decepcionar vcs e muitíssimo obrigada por todo o apoio e carinho q recebi aqui.
Muito obrigada.
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navstuffs · 1 year
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Depois de descobrir seu blog, suas fanfics (que são maravilhosas, aliás) e que você é brasileira, eu tive que tomar a liberdade de vir aqui fazer a request em português, é tão difícil achar ficwriter brasileiro que compartilhe do mesmo fandom, evento raríssimo hshssj enfim! Se tratando de request agora, como você está escrevendo para o Assassino que é simplesmente l'amore della mia vita, me peguei imaginando como seria uma reader escritora/poetisa que teria o Ezio como fonte inspiracional, aquele romance bem bocó sabe? Com ela escrevendo detalhes que se encaixam nele e ele todo bocó de amor descobrindo, chega a manteiga derrete só de imaginar shshsh meu Deus isso aqui tá enorme, desculpa, me empolguei, enfim, continue fazendo seu trabalho incrível e que me tirou sorrisos enquanto lia, beijocas de morango <3
Cartas de Amor
Casal: AC2!Ezio x Leitora
Sumário: Você manda cartas para Ezio, como forma de acalentar seus corações.
Avisos: escrita em pt-br, melhores amigos à namorados, dois bobos apaixonados, namoro à distância, descrição da leitora não é mencionada, sem uso de s/n
Notas da Autora: primeiramente, quero pedir desculpas pelo tempo que demorei a escrever seu request. eu queria fazer o mais perfeito que eu pudesse e eu devo ter uns 3/4 rascunhos dessa fanfic. segundo, eu me sinto honrada pelo seus elogios. eu fui lendo sua ask e meus olhos foram enchendo de lágrimas pq apesar de eu escrever em inglês agora, eu iniciei em português. só quero te agradecer pelo pedido e a grande responsabilidade que foi escrever . essa fanfic já é meu xódo só por ser em português. espero que você goste! <3
Você e Ezio se conheceram ainda crianças em Florença. Sabe quando você vê uma pessoa pela primeira vez e fica momentaneamente sem palavras? Foi assim que Ezio sentiu. O garoto de dez anos estava calado e envergonhado, algo extremamente raro para Ezio.
Vocês se tornaram bons amigos e era muito engraçado para você a maneira que Ezio se encabulava. Aos dezesseis, Ezio pediu aos seus pais se ele podia cortejá-la, o que eles aceitaram. Após a morte da família e a fuga de Ezio de Florença, você achou que seria esquecida. Ezio retornou a cidade na mesma noite para buscar você e seus pais, que eram considerados também traidores.
Ezio admitiu que iria se vingar de todos que haviam matado sua família, e que não iria te culpar se você quisesse continuar sua vida. Você negou veemente, dizendo que iria ajudá-lo com a vingança e nunca desistiria dele. Ezio, obviamente, não aceitou sua ajuda por razões óbvias.
— Não vou conseguir me concentrar sabendo que você pode estar em perigo, tesoro.
Você até tentou argumentar, dizendo que podia cuidar de si mesma, sem sucesso. Você estava presa a Vila Monteriggioni. Pelo menos, você tinha Claudia Auditore como amiga e confidente. A ideia de mandar cartas para Ezio partiu dela, na verdade.
— Você tem certeza? Não quero incomodar. 
— Incomodar? Meu irmão está apaixonado por você. Acho que vão mais ajudar do que incomodar.
Naquela mesma noite, você decidiu escrever sua primeira carta. Ezio só foi receber dois dias depois, estranhando o envelope estranho no pombo mensageiro. Ele ficou mais surpreso ainda quando reconheceu sua caligrafia, os olhos percorrendo rapidamente pelo papel.
Querido Ezio,
Como você está? Espero que bem. Claudia me deu a ideia de escrever para você, mas realmente não sei o que dizer. Tudo está bem por aqui. Eu tento ocupar minha mente com livros ou em ajudar Claudia, mas tirando isso não sei bem o que fazer.
Eu sei que vai demorar um pouco para nos vermos, por isso, gostaria que você soubesse que sempre o guardo nos meus pensamentos. Se você está bem, se está ferido, se está dormindo bem, se está comendo bem. Queria tanto estar com você para poder ajudá-lo de alguma forma...
Aliás, não precisa se apressar a responder essa carta. Sei o quão ocupado você deve estar, mas espero que possa transmitir só um pouco do meu amor por você. 
Se cuide por favor,
Sua bella.
Ezio sentiu seu coração batendo mais forte a cada palavra lida. Era sempre assim quando o assunto era sobre você: como se tudo que tivesse acontecido até então, desaparecesse. Toda tristeza, mágoa, raiva não existiam mais e e um sentimento muito bom instalava-se em seu peito.
Era como se ele tivesse dezesseis anos novamente e tudo estava bem. Seu pai e seus irmãos estavam vivos, Maria e Claudia estavam felizes e ele teria pedido sua mão em casamento. Ezio fechou os olhos, dobrando a carta e guardando perto de seu coração. Assim, talvez, não doeria tanto ficar longe de você.
A segunda carta chegou três semanas após a primeira, em San Gimignano. Você não sabia se ele tinha recebido pelo menos a primeira e se tivesse, se Ezio poderia responder. 
Você também se sentiu mais confiante em sua escrita dessa vez. Era confortante e até ajudava um pouco com a angústia de não vê-lo.
Querido Ezio,
Como você está? Espero que esteja se cuidando. Seu tio me avisou que você está em San Gimignano agora, por isso espero que essa carta tenha chegado corretamente. Claudia está bem, sua mãe está bem. Eu e minha passamos algumas tardes com ela, falando sobre qualquer coisa e acho que vi ela sorrindo uma vez, mas pode ter sido uma ilusão.
Enquanto a mim, fico procurando ser útil. Durante o dia, estou sempre realizando tarefas, me ocupando. A noite, bom, não é fácil. Sinto tanta saudades de você, mio amore. Às vezes, subo no seu quarto e fico aguardando você aparecer de repente.
Quero tanto sentí-lo, tocá-lo. Me jogar em seus braços e esquecer de todo mundo lá fora. Quero beijá-lo. Sinto até falta dos seus flertes bobos. Mas principalmente, do seu sorriso. Aquele que me fazia me sentir a pessoa mais especial do mundo. E da sua risada! Céus, a sua risada é meu som favorito desse mundo! Acho que porque é tão bom te ver feliz, Ezio.
Estou aguardando seu retorno. Volte para mim inteiro, por favor? 
Sua bella.
Ezio dobrou o papel, encarando a San Gimignano a sua frente, a cidade se prepando para dormir. Havia sido um dia bom: ele tinha conseguido matar Bernado Baroncelli, conspirador da tentativa de assassinato de Lorenzo de' Medici. Ezio tinha até tentando te responder, mas as últimas semanas tinham sido tão ocupadas.
Ezio te entendia perfeitamente: as noites eram sempre mais difíceis. Ele não conseguia dormir, e nas poucas vezes que se obrigava a descansar, tinha pesadelos de seu pai Giovanni e seus irmãos sendo enforcados. Ezio acordava suando e tremendo, com terríveis pensamentos em sua mente. Ele se via procurando por sua carta, que ele sempre deixava embaixo do travesseiro e a segurava inconscientemente enquanto se acalmava. 
Por mais que Ezio quisesse voltar para você, ele sabia que não podia. Não agora, pelo menos. Guardando a carta em seu peito, Ezio pulou na escuridão.
BÔNUS: 
Você tinha acabado de entrar na mansão Auditore, quando ouviu Claudia chamando seu nome com urgência. De início, você ficou apreensiva, esperando que fossem más notícias, mas ao vê-la acenando com um pequeno envelope na mão e um sorriso feliz nos lábios, você engoliu em seco.
— Finalmente o idiota do meu irmão respondeu! Chegou hoje de manhã. Eu pedi pra irem te procurar, mas não te encontraram!
— Fui levar ums sacola pesada de frutas para uma senhora até fora da Vila — Claudia te ofereceu a carta, sorrindo animada e você pegou, as mãos tremendo. 
Você segurou a carta por alguns momento enquanto Claudia te olhava com expectativa. Quando você não fez nenhuma menção de abrir a carta, Claudia revirou os olhos.
— Vai, vai abrir a carta! Não quer ler o que o seu precioso Ezio tem a dizer? O quanto ele sente sua falta? O quanto ele quer te bei—
— Tá bom, tá bom — Você se virou para sair, mas antes, virou-se de novo — Obrigada Claudia.
Claudia fez como um não-há-de-quê com as mãos e você correu para a parte favorita da mansão, ou seja, o quarto de Ezio. Você subiu as escadas e sem fôlego algum, sentou-se na cadeira. Sem paciência, você rasgou o envelope, os olhos percorrendo cada linha da carta.
Mia cara,
Espero que não tenha ficado chateada pelo tempo que levei a te responder. Estou ocupado, mas o medo de não te responder do jeito que você merece foi o que segurou. Por isso, me desculpe. 
Estou em Veneza agora e a cidade é linda. Lembra que me dizia que um dia você queria vir para cá? Pois, eu entendo agora o porquê você gostava tanto dessa cidade. Mal espero poder trazer você aqui, num futuro próximo.
Como você está? Como estão suas noites? Não se engane, eu entendo perfeitamente o que disse sobre as noites. Elas são vazias e frias sem você ao meu lado. Veneza ajuda a matar um pouco dessa saudade: a cada esquina, eu me lembro do seu sorriso, sua presença, seu amor. 
Você não sabe o quanto dói ficar longe de você. Sei que você gostaria de ficar perto de mim, tesoro, mas a possibilidade de algo acontecer com você e ser minha culpa seria demais para mim. Eu não saberia viver em um mundo no qual você não existesse.
Paciência nunca foi o meu forte. Suas cartas ajudam tanto. Eu as guardo perto de meu coração como uma promessa para voltar para ti. Quando estou fraco, ou em um momento ruim, eu me lembro de você e continuo. 
Por favor, não me odeie tanto. Você é a coisa mais preciosa do mundo para mim. Mal espero em tê-la em meus braços novamente. 
Com todo meu amor,
Ezio
As lágrimas começam a percorrer seu rosto e você engole em seco, limpando-as com a palma da mão. Você se sente impotente, inútil por não estar lá para ajudá-lo. Principalmente, porque você sente tanta saudades de Ezio que dói dentro do seu íntimo. 
Mas, você entende que deve ser paciente. Você aperta a carta em seu peito, desejando que talvez no futuro, vocês poderão viver tranquilamente. Nada de assassinatos, templários ou qualquer coisa do tipo. Só você e Ezio, vivendo uma vida simples e feliz. Você fecha seus olhos, imaginando esse futuro, um sorriso tímido aparecendo em seus lábios. 
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meunomeellen · 10 months
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07/12/2023
Se algum dia alguém achar isso, primeiramente peço desculpas pelo meu portugues, quando escrevo pelo pc tenho preguiça de escrever corretamente, e as vezes tenho medo que as palavras fujam da minha falha memoria, sou uma pessoa esquecida por vida.
o fato inicial desse texto, era uma carta de repudio, ao fato da forma que as pessoas me tratam, como se eu fosse uma doente, um germe, verme, um virus, uma doente mental. Me escondem, transformam o meu ser em uma piada. a ideia de suicidio percorre minha cabeça, as vezes acho que minha mae ficaria grata caso eu fizesse algo do tipo. ela uma fez me disse, que a vida dela seria bem melhor caso isso acontecesse. É insuportável viver comigo, eu não me aguento, minha cabeça não para de falar, nada adianta, ja tentei de tudo, ela não para... e as coisas percorrem meu pensamento, eu so escrevo, pq acho que vou elouquecer a qualquer momento, sinto-me cansada. queria descansar
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Estara sentada num banco situado na velha praça da cidade, observara atentamente todos que passavam por ali, alguns pareciam admirar minha vestimenta e outros, apenas riam da minha presença indiscreta e solitária.
Era noite de sábado, o vento passava levemente por minha nunca fazendo com que eu sentisse calafrios, coloquei uma playlist de jazz para tocar e subitamente senti uma vontade incontrolável de dançar.
Se houvesse mais alguém, eu seria capa de convidá-lo para dançar, mas era apenas eu, então eu resolvi imaginar.
Busquei inspiração por todos os lados, mas todos que estavam ali provavelmente odiariam a minha ideia exótica de diversão.
Meu objetivo era voltar para casa às 21h30, então eu olhei para o relógio e já havia passado 10 minutos a mais do previsto, o ambiente parecia tão agradável que resolvi ficar mais um pouco.
Pensei em como seria o cara perfeito para aquele noite, eu gostaria que ele estivesse com calças de alfaiataria, sapatos mocassim, blusa de linho branca por dentro da calça e um relógio preto em seu braço direito.
Perdida em pensamentos que levaram-me para outra dimensão, acabei esquecendo que estava em uma cidadezinha pequena e esquecida, e provavelmente eu nunca encontraria alguém assim.
"Oi, como você se chama mesmo?" - escutei de uma voz ao meu lado.
Virei-me para vê-lo e reconheci aquele garoto alto de cabelos cacheados e pele marrom como as castanhas de caju que comi mais cedo.
Apresentei-me e ele fez uma expressão de dúvida. Perguntou se eu tinha algum apelido e quando eu disse, ele olhou como se tivesse descoberto um tesouro perdido.
"Você lembra de mim?" - disse ele.
Busquei por diversas memórias da minha infância, mas eu não conseguia recordar-me de alguém como ele.
"Eu terei que me desculpar, mas eu não me recordo de você, mas lembro de ouvir o seu nome" - eu disse.
"É triste saber que a pessoa que você mais amou durante a infância esqueceu de você. Eu deveria ter tentando mais vezes para que você não fosse capaz de esquecer que alguém já te amou"
"Eu realmente sinto muito por isso" - afirmei.
"Tá tudo bem, nós mudamos muito, não é? O que você anda escutando ultimamente? O que faz da vida? Me conta, estou curioso" - ele disse.
Passamos algumas horas conversando e a beleza dele se destacava com as luzes do poste que iluminavam delicadamente o seu rosto e a sua pele suada.
Ele vestia uma regata branca, bermuda preta e chinelo, por outro lado, eu estava com uma blusa branca de seda, mini saia plissada, colete preto, blazer preto de alfaiataria e all star banco.
Eu não deveria estar ali naquela noite.
Por sorte ele havia saído mais cedo do trabalho.
Mais uma vez eu penso no destino, imagino que se estivéssemos em um livro de romance, esse seria o nosso ponto inicial, mas eu não sou um personagem de um livro, eu costumo até pensar que eu não sou protagonista da minha própria vida.
Seria bom se a vida fosse como nos livros...
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susie-dreemurr · 4 months
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Assistindo Calamidade ep 9 ate 12
Me assista chorar com Ordem dnv, como sempre. Nem tenho comentários mano acabei de assistir AGORA foi foda.
(Não liveblpguei a maioria do ep 9 e 10 pq desenho)
Menção triste da Erin aleluia, obrigada Joui
“Já perdi conta de quantas equipes fiz parte—“ Joui eu entendo que vc tá sendo triste mas foram só três até agora mano. Sabe contar nao
os membros da Ordem falando dos Dragões sem saberem que tavam mortos foi mto doloroso mano
CELLBIT SE VC MATA A ÁGATHA EU MATO TU
Tadinha da Carina :(
KALERA KALERA KALERA
Ok no final do episódio… QUE É A PORRA DA CAIXA NAOOOOO
-ep 11
Faz tanto tempo que eu tinha assistido um episódio de calamidade eu esqueci quem era o grupo que ficou com o Veríssimo mano. Aleluia carina minha amada
Talvez a verdadeira vitória seja os amigos que fizemos pelo caminho
“Se vocês vão mesmo fazer isso, eu preciso manter o equilíbrio. Mesmo sozinha.” Okay eu sinto um pouco de pena da Magistrada
“Aliados do Santo Berço dela” aliados do QUE dela?????
Eu amo que nem o time do Kian gosta dele. O único que realmente acreditava nele no Time Kian era o Gal e aí o mano mata ele, né? Só sobrou os mano que zoam kkkkkk
Damir ouvindo de como o Kian traiu o Gal 😬😬😬
Joui mencionando o personagem da Triz </3
Joui tentando dar um poder da amizade talk no jutsu nos ocultista espera um pouquinho mais Carina kkkkk
“Eu não respondo por ele” *aponta pro T-Bag* incrível e based
Kkkk o T-Bag é muito bom não é possível. Arriscar morrer pelo meme o7
Carina 🤝 Boris
Eles fizeram aula de teatro né não é possível
Mano isso é LITERALMENTE que nem Naruto (povo parado numa luta com inimigo + talk no jutsu)
Eu 🤝 Carina
PEGA ESSE GRIMÓRIO
>Carina muito fodona deleta os rituais do Kian
>o episódio ainda tem 2 horas faltando
😬😬😬😬😬😬
KKKKKK O KIAN VAI NA PORRADA MESMO. Puta que pariu, o Luciano não devia ter ido no exercite, né….
Alguém cura o Boris mano kkkkk
Kian pela centésima vez nesse episódio: “você cometeu o MAIOR ERRO da sua vida”
Eu acabei de notar que a fotinha do personagem da Carina na verdade é um gif pq de vez em quando fica piscando os olhos. E agora não posso mais parar de prestar atenção nela
Kian: I always come back (desculpa gente eu era criança de fnaf)
Mano literalmente por UM de dano a Carina não consegue salvar o Boris, que azar viu
Caralho de full sanidade (29) pra TRÊS em uma só…
Olha não vou mentir achei meio paia o povo que tava no episódio 10 não puder participar dessa luta final mano. É a batalha contra o KIAN mano!!!
Mano se eu não tivesse sido spoilada na morte do Joui ha um tempão taria chorando pacas agora. AH NÃO…. O Kian tá chorando o que significa bem provavelmente que o Luciano ainda tá, sim, ali :((((
O JOUI TÁ ALUCINANDO A LIZ, A ERIN E O KAISER EU VOU ME MAYAR
So porque eu fui falar comecei a chorar mano que ódio
VAI TOMAR NO CU O CELLBIT FAZ O ARTHUR CHEGAR JUSTO PRA CER O JOUI MORRER
Ep12
Ok não era a liz, Erin e Kaiser…. MAS ERA NO MEU CORAÇÃO!!!!!
Eu tava pensando né no Rubens, Balu e Arthur que não sabiam sobre o talk no jutsu no Time Kian. Obrigado Damir por deixar claro que n tá do lado do Kian mais 🙏
Justo coringar né, já que foi 4000 anos de corrupção completamente a água abaixo, mas CARALHO o Kian coringou MESMO
CARINA FODONA LINDA GOSTOSA
Cadê aquele meme do “cara que tá ganhando a luta mas tá chorando gritando / cara que tá perdendo a luta mas tá com confiança pra caralho” pq e literalmente o Kian e a Carina. (… e o Joui ;-; )
Todo mundo curando a Carina enquanto ela tá nas garras do Kian… aprenderam com o Joui e o Boris né
CARALHO O T-BAG NÃO LEMBROU DO BALU QUE SORTE FOI ESSA KKKKKK. <- medo pq isso vai provocar o Kian mais
Carina obrigada por distrair o Kian do T-Bag E ter mais um momento furava
KKKKK o Rubens é o queridinho do grupo.
…eu não me lembro como assim o Kian falando que o Balu é parte da gangue que matou o irmão (presumindo outro irmão né) do Damir???? Gente sou esquecida demais— ah não o Damir que teria matado o irmão do Balu. Ainda assim não lembro faz tanto tempo que assisto calamidade kkkkk
“Dante você não é nem o Tiago não pra sair no sacrifício” kkkkkk
Todo mundo desesperado com o Rakin
Eu entendo a Carina porque se eu tivesse conseguido tirar os rituais do pior inimigo da Ordem eu ficaria falando a cada 5 segundos também
Kian hipocrita kkkkkkk.
Verdade, o Dante tá com a MÁSCARA E ESSE ANEL nas mão. Menino vai se fuder
“O seu olho é amarelo debaixo (do tapa-olho)” Eu, com trauma do Kian: 😬😬😬
O CELBO PQ FAZER ISSO MANO… TU JÁ DISSE NUM VALE MAIS NÃO
Maldade do Cellbo o T-Bag era mo engraçado mano
Gente não fica indo pertinho do Damir enquanto o mano tá com ritual de ódio não gente 😭
“4000 anos e você não superou seu problema? Eu superei em 10! Você é patético!” DALE BALU
VERÍSSIMO NÃO FALA A COISA DO ANEL ALTO
“Quando você tenta entrar na mente do Kian, você sente um sentimento muito similar de quando você tava entrando na mente da Beatrice” O-O
Kian… se você quer convencer eles explica o que porra significa “isso nunca vai ter existido” brother
“Vocês, equipe Abutres… e Damir, acabaram de conter Kian” não o “e Damir” kkkkkkkk
Carina abraçando um dos homens que matou a família dela… quando ela passou tanta parte do rpg sendo movida pelo ódio… cinema
“Eu quero me preparar pra dar um soco nele” KKKKKKK Balu não perdoa “mas eu quero parar antes que atinga a cara dele” ata
Balu 🤝 Carina
Escolhendo medidas preventivas e compaixão em vez do ódio que os movia
…Essa é a primeira vez que resta um corpo pra enterrar desde desconjuracao, né? Realmente parece simbolizar um fim ao ciclo
Que orgulho da Carina
Medo da ferida da Ágatha que não se curou 🥲
A ÁGATHA VAI FAZER EU CHORAR PELO JOUI DNV QUE RAIVA
NAAAAAAAAO “você me convidou uma vez pra ir nas sombras contigo”
“Por que ele não conseguia te matar”
“algumas perguntas não precisam de respostas” PRECISAM SIM CARALHO EU QUERO O LORE DUMP
“So as relíquias podem destruir o Kian” fudeu vamo ter que ir atrás de todas… se bem que agente já ia fazer isso né
“Vocês tem outro ocultista que precisam conter” não mas pera lá. Damir. Damir tem que da uma de Dante agora né
A TATUAGEM DO INFINITO :(
MEU DEUSSSS VERDADE JÁ TINHA ESQUECIDO ESSA INFO!!!! Era do episódio 0, né?
Tô desenhando a Ágatha então provavelmente vou parar de livebloggar muito mas CARALHO o mano tava como olho do Gal no bolso esse tempo todo
Vou me matar a Ivete não sabe que o Joui voltou. Ela não sabe que ele morreu de vez. O Arthur vai ter que fingir que é não viu ele de novo pra poder fazer as coisas ficarem mais fácil pra mãe dele.
“O Damir não é alto nem baixo, ele tem 1,75m ” COMO ASSIM CELLBIT ISSO É UM GIGANTE
Mano alguém não pode tipo. Passar lá visitar o Damir só pra colocar um anime zinho pra ele assistir de vez em quando? Vai passar um tempão sem nada pra fazer tadinho
“Balu, eu tenho alguém importante pra vc conhecer” “Cê tá namorando, Rubinho?” Nunca mude Balu
OUGH o Johnny tá vivo só em coma? Faz doer mais o Rubens gravar esses áudios, por que parece que ele ainda tem esperança de um dia o Johny puder ouvi-lós sabe
“Eu trouxe um amigo novo” <333333
PERAI CARALHO COMO ASSIM A CARINA SABE OS RITUAIS DO KIAN. Tipo não TUDO tudo né porque memórias mas mesmo assim
Balu e Rubens duo muito bom
Aleluia os Abutres tava levando comida e tals pro Damir pra ele ter alguma coisa pra fazer né kkkk
Dante dando uma lanterna pro Damir escondido… ele entende o tédio absurdo que deve acontecer nessa cela 🙏
Vou me matar vao fazer o funeral da Liz, Joui e Kaiser no mesmo local. Os três enterrados sem um corpo, nem mesmo em um cemitério de verdade— PUTA QUE PARIU O THIAGO TAMBÉM. Só falta o Christopher pra esse ser o túmulo oficial da Equipe E
Virou o cemitério da Ordem :( PORRA O TÚMULO VAZIO DO LUCIANO :(((
A moeda dos gaudérios :((() comecei a lacrimejar puta que pariu
AH NÃO MANO A IVETE SENDO MÃE VOU CHORAR
Ough mano palavras não podem descrever as emoções que to sentindo. Ah e sim aleluia as criança da desconjuracao voltaram
Puta mano eu mijando aqui e catarro caindo do meu nariz por causa do choro
Discurso do Veríssimo de “quantos dos que eu matei realmente precisavam morrer? Quando olho pra vocês, penso: ‘quantos Dantes eu matei?’” OUGHH
*a cena do pacto do diabo termina* Carina: “agente devia ter se aliado ao anfitriao”
Mano… que bom :) não devia ter demorado tanto tá ver o ep 11 e 12 kkkkkk
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rascunhos-entreaspas · 5 months
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Sobre o Autor
Eu mal percebo a noite quando ela chega.
Existe um vislumbre, no entanto, de quando essas coisas brotam da minha cabeça como se sempre estivessem ali. Já tarde, eu me prostro sobre uma folha em branco, confuso. Há vazio por todos os lados e eu me vejo como a memória de um vento suave e elusivo, que atravessa planícies rochosas como se pertencesse. Na minha visão periférica, rostos vazios cujos olhares me atravessam. Até que eu caio no abismo. Quem sou eu, afinal? Aquilo que meus olhos vêem ou essas são apenas miragens numa vastidão imensa e cruel?
A noite o observava com o olhar frio de sempre.
Havia uma sombra de um sorriso em seu rosto, talvez o cadáver de uma piada há muito esquecida. Não a via, no entanto, pois ver estava acima de si. Sua imagem, pesada e disforme, deixava marcas de sua inexistência. Meramente o esculpia na crueza das palavras, aquelas que só conseguia ver por breves relances antes de afundarem em sua consciência e retornarem às sombras de onde vieram.
Uma infinitésima respiração erguia seu peito quando pensou estar sendo demasiadamente dramático.
Talvez leria essas palavras, caso elas já tivessem sido escritas, mas como já deveria ter imaginado nesse ponto, sinto informar-lhe que não lerá um fechar de cortinas, acender de luzes, aplausos ou vaias contidas. Aprenderá que o ato de poupar sua vida de poucas palavras o levará de encontro ao caos. As coisas complicadas o encontrarão eventualmente, cruéis, tão dolorosas que apenas poderão ser manipuladas pela mais distante das metáforas. A melancolia será seu porto seguro, mesmo que não a sinta ou a veja. Talvez seus vestígios vazem assim que sinta que está vivo.
A fantasia parecia mais pesada agora e a poesia vazava por entre seus dedos. Não traga emoções, pensou. Não é algo teu. Nunca poderia imaginar que quem estava sendo era si mesmo, como poderia? As lágrimas brotavam no horizonte como o Sol nascente e ele sabia, por mais que não quisesse acreditar, que ali estavam despejadas suas entranhas. Ainda não era quem precisava ser para contemplar sua beleza.
Meus pensamentos se interrompem assim que minha mente arde. O ar parece gelado e indiferente, em contraste com o ritmo desigual das teclas que acompanham meus dedos. O reflexo mostra uma silhueta real porém igualmente apática ao caos que a carrega. Olho para aquelas palavras e elas se assemelham apenas levemente com aquilo que representam. Não sou eu, mas é como se fosse. Não são meus sentimentos, mas é como se eu os tivesse. Aquilo dentro de mim, contudo, desespera-se com mais vigor do que eu possa simbolizar.
Há uma fadiga latente que me acompanha durante esses momentos.
As palavras se tornam coisas pegajosas - pequenas farpas que se entrelaçam e suplicam por existência. É uma diferença sutil, veja bem, entre a fome e o desejo. Não faria, se tivesse escolha, essa eterna penitência de ter que lavar minha alma desse excesso de sentimentos, esgotando cada palavra com a vil esperança de esbarrá-las em algo que faça minimamente algum sentido. Creio eu que não haja nada mais sujo que essa tal esperança.
De certa forma, o mesmo poderia ser dito sobre minha própria existência.
Por vezes vou por ali e acolá mas a maior parte do tempo eu apenas existo - sem motivo ou explicação. Existir como algo que me foi incubido, com suas lamúrias, piongos e tudo mais, é apenas uma nuvem semi disforme que por vezes toma forma quando observada por alguns ângulos. Quando não, tomo minhas mãos e as levo para os tempos sombrios.
A disposição levemente aleatória das coisas é um alívio sereno.
O quarto era pequeno e previsível, ocasionalmente castigado por gotas de chuva em algum lugar apenas empiricamente sabido. Em um dos quartos alinhava-se uma cama de casal na qual pousava sua existência com uma dignidade talvez não tão característica.
Ah, o paradoxo de prostrar-se tão fielmente ao mundo apesar de nunca ser capaz de perceber pertencê-lo.
As palavras antigas o fulminam com seus olhos furiosos e suas mãos que se transformam em garras, o golpe de ódio, a trombeta final de uma batalha cujo combatentes sequer conhecem seus lados.
Como um espectro portador do vazio, ele emerge pela penumbra matinal sendo abraçado pelas nuances secretas de uma multidão sem rosto.
Na estranheza da minha própria epifania autobiográfica, eu fecho os olhos e vejo as vozes, rostos e perfumes que compõem a orquestra em movimento. Uma cacofonia indistinta e perdida. Existe um desejo subliminar de que cada caos fosse um caos, assim talvez eu tivesse algo para me entreter que não fosse minha própria tragédia. As estações passam como flores num verão excepcionalmente quente. Meu corpo balança uma dança sem ritmo.
A peleja de estar vivo passa incólume.
Afinal, que vida teria essas pobres almas se não fosse o esforço contínuo para abafar seus gritos de pesar? Que destino teria eu se não os enterrasse até que nunca mais sejam ouvidos?
Engoliríamos o mundo, eu e meus pensamentos.
Assim que uma brisa de sanidade assombra meus pulmões, percebo a quietude do meu afeto. Se a multidão de ideias que habitam minha mente, por mais supérfluas que sejam, encontram sua travessia para a realidade através dessas palavras, por que eu escondo esses sentimentos tão reais atrás de um véu opaco com tanta obstinação? Enquanto não tenho resposta, permaneço invisível aos olhos alheios. Tão qual aos meus próprios, de tempos em tempos. Afinal, fui incumbido por uma existência igualmente cega, apática e que se destoa como um silêncio no meio de gritos.
Minhas páginas foram perdidas há tempos.
Corro atrás delas tentando alcançar o vento que antecede a tempestade. O medo me impede de sentir frio. Como uma folha no outono, eu me dissolvo, agora sou uma casca vazia, um resquício de ser humano.
Me desvencilho do meu torpor e me submeto ao marchar desigual daquilo que acredito serem, sem nenhuma prova, outras pessoas. É um choque sutil a sensação de pertencer, ainda que brevemente, àquela medianidade. Mas sei a verdade pois a encarei nos olhos nos meus piores momentos, e ouço sua respiração pesada embaixo da minha cama durante a noite.
Porém, é claro que ela não será vista por mais ninguém. Nem mesmo eu.
O som dos passos do vazio que vem ao meu encontro já me é familiar. Aquele mesmo, que tinge o céu de negro nas manhãs ensolaradas. Permito que minhas cores se percam numa explosão muda. Sinto a prosa, fria e indiferente, me consumir por completo.
Eu pertenço.
Dou minhas costas ao abismo e me despeço.
E prometo nunca mais voltar.
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1:59
Estou deitada no escuro do meu quarto, ouvindo uma playlist melancólica. Estou deitada na minha rede refletindo e sofrendo internamente.
Como a vida pode ser tão dolorosa para alguns?
Como em um ano tudo se desmoronou?
Como todos estão doentes ou partindo, seja da minha vida ou da vida por si só?
Me sinto só. Me sinto abandonada. Me sinto angustiada. Me sinto quebrada. Como um quebra cabeça de mil peças espalhados no chão do meu quarto o qual não consigo nem olhar só em pensar em dedicar tempo em tentar resolve-lo.
Dói tudo. A alma. O coração. A mente. O corpo.
Dores de amores, dores de perdas, dores de sentimento de impotência com aqueles que amo, dores de solidão.
Dor de me sentir sor em tentar lidar com a vida.
Não sinto mais vontade de que ela acabe logo, mas não vejo sentido em vive-la. Contraditório, no mínimo.
Não vejo sentido nela além de ter comigo aqueles que amo, mas todos estão lutando ou passando por lutas que não tem controle.
Não quero perder mais ninguém, a sensação é de vazio.
Me sinto só.
Me sinto esquecida.
Me sinto abandonada pelo mundo.
Me sinto desgastada.
Me sinto rasgada de dor.
Me sinto vivendo uma vida baseada em mentiras.
Sorrisos mentirosos.
Alegrias forçadas.
"Eu estou bem" mentirosos.
Eu amo a vida sem verdade alguma.
Só quero que tudo pare!!!
Pare!
Mundo, te peço, te suplico que pare a minha existência, a minha dor, as minhas súplicas que jamais serão atendidas.
Eu sonho em um jardim com músicas calmas e flores lindas, cheirosas, o sol como moldura brilhando e trazendo luz a minha alma.
Será que sou merecedora disso? Espero que sim.
Hoje não tenho correspondente, apenas um desabafo do quanto está difícil seguir a vida, não por mim, mas por aqueles que amo.
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