#estava tudo tão fácil que eu tentei me afastar
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#ale sater#tudo tão certo#música#estava tudo tão fácil que eu tentei me afastar#ando desse jeito a desvencilhar#Spotify
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Eu não queria admitir isso, mas a verdade é que eu gosto de você, de verdade. Quando te conheci, eu tentava me convencer do contrário, achava que você era só mais um cara qualquer, chato e sem graça, que eu nunca iria me interessar. Mas eu estava tão errada sobre você. Você é incrível, e eu demorei para enxergar isso. Você tem um jeito de ser que é tão único... diz que só faz bagunça ou estraga tudo, mas eu vejo muito mais que isso. Você é atencioso, gentil, verdadeiro e tem aquele jeito especial de fazer as pessoas se sentirem à vontade.
No começo, eu tentava ignorar o que sentia, principalmente quando vi que você já estava próximo de outra pessoa, parecia que não tinha espaço para mim. Quando você falava comigo, eu sentia algo diferente, mas tinha medo de parecer boba ou insuficiente. Então, quando todo mundo dizia que você ia ficar com ela, eu só aceitei que talvez fosse melhor me afastar.
Eu tentei ficar com outra pessoa para esquecer o que sentia, mas foi um erro enorme. Escolhi alguém que nunca deveria ter escolhido, só porque achei que seria mais fácil ignorar o que sentia por você. Foi a pior decisão que já tomei. Durante todo esse tempo, eu só queria estar ao seu lado, mas estava tentando me enganar.
Eu sei que cometi erros e talvez já tenha estragado tudo, mas eu precisava tirar isso do peito. Gosto de você de verdade, queria ter sido mais corajosa e ter mostrado isso desde o início. Desculpa por tudo, por tentar me esconder e por te despejar isso agora, mas eu não podia mais guardar isso dentro de mim.
— Dryka Souza, com amor e carinho de sua estrelinha.
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LUTO PÓS TÉRMINO
Nos primeiros dias doeu, doeu como se tivesse uma faca rasgando meu peito, chorava e gritava, porque doía tanto, sentia um buraco tão grande e profundo no peito, achava que ia morrer de amor, mas afinal ninguém nunca morreu de amor né? Mas eu achava que morreria por amar, eu estava em completo estava de negação, não aceitava que aquilo estava acontecendo comigo, sentia como se tivesse ganhado na loteria o prêmio de um amor recíproco e tivesse sido roubada. Me culpava a cada segundo por tudo de ruim, não conseguia parar de pensar, meus pensamentos me consumiam, minha mente era minha maior inimiga. Sentia sua falta, não queria me afastar, quis te manter ali de qualquer forma, uma amizade talvez? Mas de nenhum ciclo que não foi curado tem chance de nascer um outro ciclo saudável com a mesma pessoa, e eu demorei meses para entender isso.
E talvez ali tenha dado início ao próximo passo da minha fase de luto, eu comecei a sentir raiva, sentia uma fúria absurda, me sentia abandonada ou rejeitada, sentia tanta raiva por estar vendo nossos planos desmoronando, sentia raiva pelo destino ter sido tão traiçoeiro com nossa história, mas isso também passou, como eu poderia culpar o destino? Toda escolha há uma consequência, para cada ação há uma reação né? Então quando os picos de raiva passavam eu tentava a todo custo expressar o que sentia por você porque acreditava que você poderia ficar, eu fiz maluquices para te reconquistar, só queria nosso relacionamento de volta, eu prometi que tudo ficaria bem de novo, e ali estava eu, vivendo a terceira fase do meu luto amoroso.
Quando tudo foi se tranquilizando comecei a sentir uma tristeza profunda, por tudo, por ter te perdido, por você ter ido embora, pelos planos que não vamos viver, pelo futuro que não teremos, por termos criados laços que viraram nós impossíveis de desatar, era uma tristeza paralisante, eu só queria ficar deitada em posição fetal chorando olhando recordações, fotos e vídeos nossos, relendo declarações de amor que fizemos juntas, mas a cada dia que passava eu estava mais entregue a tristeza e a vida passando. Então resolvi despertar, vesti minha armadura e sai do casulo para enfrentar a vida, não tem sido fácil, cada dia tem sido uma luta diária, mas acredito que cheguei a última fase e gabaritei o bingo do luto pós término, cheguei na aceitação…. quando chegamos naquele momento em que pensamos: “até aqui eu fiz tudo que podia, eu dei tudo de mim, eu tentei…” comecei a fazer coisas que me deixassem feliz, voltei a focar em coisas que me fazem bem, resolvi renascer
E o mais louco de tudo isso??? É que tudo isso não é um evento linear, não é um processo cronológico, vivo todas as fases do luto diversas vezes todos os dias de forma embaralhada e esse é o jogo mais enigmático da vida, saber equilibrar tudo sem deixar cair.
-gabbs
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What do we do now? - Parte 1
Pedido: "lari um com o H que ela trabalha na equipe dele e eles sempre trocam olhares e flertam mas nunca tem nada aí um noite bebem muito transam e ela acaba engravidando E eles criam o bebê em "segredo" por um tempo sem estar juntos e vai se apaixonando e ficam juntos e o harry assume o bb pro mundo e tal n sei se fico confuso kkkk"
Contagem de palavras: 3,792
Esse imagine tem conteúdo sexual explicito!
Sorri para Mitch assim que o enxerguei no final do corredor de camarins, o moreno estava encostado em uma parede com o telefone no ouvido, provavelmente falando com a esposa. Ele sorriu de volta ao me ver passar, e me cumprimentou com um aceno de cabeça. Bati na porta com a plaquinha com o nome de Harry na porta. Entrei ao ouvir a permissão e encontrei o moreno sentado em sua cadeira na frente do espelho, enquanto Megan terminava de arrumar seu cabelo.
— Com licença. — Falei baixinho, para não atrapalhar a conversa animada dos dois. — Trouxe o figurino. — Balancei a roupa embalada á minha frente, fazendo-o sorrir abertamente. Harry levantou da cadeira e se dirigiu a mim, abrindo o zíper da capa de tecido, revelando o conjunto amarelo e cheio de brilhos.
— Ficou ótimo, eu adorei. — Disse me olhando com um sorriso sincero.
— Fico feliz, estava insegura com esse. — Admiti. Sentia meu rosto ruborizar ao tê-lo tão perto.
— Você sempre faz os melhores, gata. — Disse com um sorrisinho de lado, revelando a covinha da bochecha direita, e então piscou um olho. Meu coração foi na boca, mas tentei não transparecer, apenas sorrindo de volta e lhe entregando o cabide. — Já estou com os desenhos para o próximo mês. — Ele disse se afastando, estendendo a capa sobre o sofá pequeno que havia ali, e indo até a penteadeira onde estava. — Você não prefere que eu envie tudo para o seu telefone? Não seria mais fácil? — Ele diz se aproximando, com algumas folhas em sua mão.
— Pode ser. — Falei coçando minha nuca. — Eu sempre tiro fotos para o caso de perdê-los em uma das viagens.
— Perfeito, então vou enviar para o seu telefone. — Ele sorriu mais uma vez, colocando a mão que segurava as folhas nas costas, e pegando o celular no bolso da calça de moletom, me estendendo em seguida para que colocasse o número.
Assim que entrei na pequena sala que era direcionada ao figurino, senti meu celular vibrar no bolso traseiro da calça jeans.
“aqui seus desenhos, gata ”
Eram várias fotos, com os desenhos e inspirações de Harry para os figurinos dos shows, com as datas escritas em baixo. Uma boa parte eram apenas customizações, então não era realmente muita coisa para fazer. A última foto fez meu coração parar por alguns segundos. Era uma imagem de Harry, vestindo o figurino que eu acabara de entregar. O peito nú exposto pelo colete amarelho cheio de franjinhas aberto, as tatuagens escuras em evidência na pele clara. Ele segurava o telefone em frente ao rosto, e a mão livre apoiada na nuca. Esse homem não pode ser um ser humano. Deveria ser crime ser tão gostoso assim!
“essa cor fica linda em você.” Enviei, me sentando em minha cadeira. Faltava quase uma hora para o show, então ele devia estar se preparando, não esperei que fosse responder.
“eu prefiro sem, uma pena que seria preso se subisse nú no palco haha”
— Uma pena mesmo.— Falei para mim mesma, rindo do meu pensamento.
“Pela sua segurança, acho melhor não fazer isso! Suas fãs são taradas”
“aprenderam comigo 😉”
Suspirei, sentindo apertando minhas pernas uma contra a outra, tentando diminuir o desconforto em meio ás minhas pernas. Fazia quase um ano que eu comecei a trabalhar para Harry, como auxiliar de sua figurinista, mas depois de ela descobrir que estava grávida, 3 meses atrás, ela precisou se afastar, pois as viagens constantes não estavam a fazendo bem, e eu precisei assumir seu lugar. Desde o primeiro dia, sempre que via Harry, me sentia como uma garota na puberdade, com os hormônios ás alturas, subindo pelas paredes. Não entendia seus efeitos em mim, com um simples sorriso me deixava incendiando.
“Não conhecia esse seu lado!”
Enviei, sentindo meu coração acelerar. O frio na barriga já era descontrolado.
“uma hora dessas, te apresento”
“Mas agora o dever me chama”
“Bom show!”
“Obrigado, gata”
Respirei fundo, tentando normalizar a temperatura do meu corpo, me abanei com as mãos, e bebi um gole de água. Depois de alguns minutos, me olhei no pequeno espelho que carregava na bolsa e vi que já não estava tão vermelha. Decidi voltar para o hotel. Às vezes ficava para assistir o show, mas como já tinha todos os desenhos para os próximos figurinos, decidi descansar para poder começar cedo no dia seguinte.
Um dos motoristas me deixou no destino. Assim que entrei no quarto muito arrumado, decidi tomar um longo banho de banheira.
Já vestindo minha camisola de seda preta, me sentindo completamente relaxada, pedi o jantar pelo serviço de quarto. Coloquei um programa qualquer na televisão e peguei meu celular.
“Não ficou para o show, babe?”
“Espero que não esteja trabalhando até muito tarde”
“Pela falta de respostas já deve estar dormindo”
“Boa noite, gata”
As mensagens tinham vários minutos de diferença uma das outras, a última há quase quize minutos.
“Oi! Acabei voltando cedo para o hotel!”
“Estava no banho, desculpe a demora!”
“Todo esse tempo? Se divertiu lá?”
Meu deus, agora ele me faz surtar com mensagens também.
“Como eu me divertiria em um banho?”
Provoquei.
“Ah, eu conheço muitas, posso te mostrar se quiser.”
“Estou entrando no banho agora mesmo…”
Meu coração pulou, e eu pude sentir minha calcinha umedecer. Porra. Harry sempre dava alguns sorrisinhos de lado, fazia alguns comentários maliciosos, mas nunca flertamos dessa forma. E eu precisava admitir que estava adorando. Ia responder a mensagem quando alguém bateu na porta do quarto, avisando que meu jantar havia chegado. Corri até a porta, abrindo para o homem que empurrava o carrinho. Ele colocou a bandeja com minha comida na mesa, e saiu, me desejando uma boa noite.
Peguei meu celular nervosa assim que ele saiu. Me sentindo então enxarcar. Uma foto. O rosto de Harru não aparecia, apenas o tronco tatuado, indo até um pouco abaixo do umbigo, com o braço livre do celular abaixado, dando impressão de que se tocava. Depois de longos segundos admirando aquela obra prima, decidi retribuir. Fui até o banheiro bem iluminado e parei em frente ao grande espelho que havia por ali, apoiei uma mão atrás na cintura, erguendo levemente o tecido da camisola, o suficiente para deixar minhas coxas a mostra, mas nada mais. Sem deixar meu rosto aparecer, fotografei e enviei.
Voltei para o quarto ainda sentindo meu corpo inteiro gritar. Minha vontade era atravessar o corredor e ir até o quarto de Harry acompanhar o banho. Mas eu nunca faria algo assim. Não sem um convite.
“Não sabia que tinha uma tatuagem na perna.”
Ele disse depois de alguns segundos, se referindo á uma pequena parte do arranjo de flores que eu havia tatuado na coxa direita que aparecia na foto.
“Mas não dá para ver inteira”
Voltei ao banheiro, ergui a camisola, revelando a calcinha de renda da mesma cor, tirei uma foto, onde dava para ver bem a tatuagem, e um pequeno pedaço da perna onde era possível ver a calcinha, e enviei, dessa vez no modo de única visualização. Meu coração batia muito forte. Eu já havia mandando fotos sensuais para outros caras antes, mas nenhum deles causava o efeito que Harry causava em mim, e nenhum deles era HARRY FUCKING STYLES!
Depois de longos minutos, que me fizeram quase surtar, pensando que havia imaginado tudo errado, recebi uma resposta. Uma foto também, de visualização única. Era uma imagem das pernas de Harry estendidas sobre o lençol branco da cama, vestindo apenas uma cueca boxer preta, o membro muito bem marcado, me deixando ainda mais molhada. Me deixei na cama também.
“acabei de tomar um banho frio e já estou assim de novo…”
“tão triste ter que me aliviar sozinho…”
“Entendo”
“se alivia sozinha também?”
“com quem mais iria?”
Provoquei.
“tenho uma ideia, mas é um segredo”
Puxei o lençol, tapando minhas pernas até abaixo do umbigo. Baixei minha mão livre até minha intimidade, arrastando a calcinha para o lado. Tirei mais uma foto, que apenas mostrava meu braço embaixo do lençol em direção ao meu ponto sensível, e enviei. Assim que a foto foi aberta, o nome de Harry começou a piscar na tela. Ele estava ligando. Atendi, tentando controlar minha respiração, alterada pelo tesão.
— Decidiu se aliviar, hum? — Ele dise com a voz mais rouca que o normal.
— Sim… — Sussurrei. — Enviei a foto sem querer. — Provoquei.
— Mentirosa. — Ele falou baixo do outro lado. Seu tom de voz tão perto do meu ouvido me fazendo morder os lábios para não gemer. Meus dedos faziam movimentos vagarosos em meus clitóris, fazendo meu corpo inteiro ter sensações deliciosas. — Em quem está pensando? — Harry perguntou depois do meu silêncio, sua voz era muito baixa, o que me deixava ouvir o barulho característico de que ele também se tocava. Como se fosse possível, me senti ainda mais exitada.
— Em ninguém. — Menti mais uma vez, fazendo-o soltar uma risadinha.
— É mesmo? Porque eu estou pensando em você, babe. — Não consegui conter o gemido com sua confissão. Meu corpo inteiro estava arrepiado. — Porra, seu gemido é uma delicia. — Ele disse com a respiração alterada. Desci meus dedos, penetrando dois em minha intimidade encharcada.
— Você é uma delícia. — Sussurrei de volta, fazendo-o gemer.
— Fala que está se tocando pra mim, babe. — Pediu.
— Estou me tocando para você, Harry. — Sussurrei, aumentando os movimentos. A palma da minha mão roçava levemente em meu clitóris, me dando ainda mais prazer.
— Porra, s\n. — Ele disse após um gemido. — Você deve estar tão molhada e quente, babe. Adoraria te provar.
— Deus… — Falei baixo, sentindo o orgasmos se formar em mim, meu corpo inteiro fervia e eu não conseguia manter meus olhos abertos.
— Goza pra mim, babe, imagine que eu estou metendo em você bem gostoso. — Pude ouvir Harry aumentar seus movimentos, e eu fiz o mesmo. Minha cabeça se tornou nebulosa quando o orgasmo me atingiu, não consegui conter meu gemido, que saiu seguido de seu nome, e então Harry também gemeu alto. Por alguns segundos só podíamos ouvir nossas respirações muito descompassadas. — Isso foi ótimo, gata. — Harry foi o primeiro a falar quando voltamos a respirar novamente. Sentia meu coração ainda batendo forte, mas agora por outro motivo. Havia deixado o tesão me dominar e me masturbei com meu chefe ao telefone, não qualquer um, mas Harry Styles.
— Foi. — Sussurrei. — Não sei nem como vou falar com você amanhã! Estou morta de vergonha.
— Não precisa ficar assim, babe. Você não fez nada sozinha, além disso, somos dois adultos e desimpedidos. — Ele disse dando uma risadinha. — Se quiser, podemos fingir que não aconteceu. — Ele disse com certa insegurança em seu tom de voz.
— Não tem necessidade disso… — Falei na esperança de que aquilo se repetisse. — Mas, quando tiver alguém na volta, podemos fingir que isso nunca aconteceu?
— Claro, gata. — Ele parecia mais aliviado. Será que ele também gostaria que aquilo acontecesse de novo? Ou estou fantasiando como uma adolescente? — Tenha uma boa noite de sono, gata. Amanhã saímos cedo para pegar o avião. Sonha comigo.
— Boa noite. Você também, sonhe comigo. — Falei sentindo meu rosto aquecer.
— Ah, eu vou. Sonhos deliciosos.— Ele disse rindo, antes de desligar a ligação. Fiquei alguns segundos ainda na cama, refletindo se aquilo realmente havia acontecido ou não. Decido finalmente comer meu jantar, que já estava frio, porém delicioso.
Nos dias que se seguiram, como prometido, Harry fingia que nada havia acontecido quando estávamos acompanhados. Mas nos poucos minutos em que ficávamos sozinhos, fazia comentários maliciosos perto do meu ouvido, me fazendo arrepiar por inteira.
Quase uma semana depois da nossa ligação, estava terminando alguns dos figurinos. Ainda faltava um bom tempo para o show, mas como era meu aniversário, decidi que iria embora mais cedo e ficar no hotel bebendo um vinho. Odiava fazer comemorações, odiava ser o centro das atenções. Então pouquíssimas pessoas da equipe sabiam. Peguei as roupas em que estava trabalhando e me dirigi para o camarim de Harry, para a prova já marcada.
Ele estava sozinho, vestindo apenas um short curto, de tecido leve que deixava as pernas à mostra, o peito nú muito convidativo. Já estávamos na última peça, Harry fazia comentários de cunho profissional, indicando ajustes e coisas que gostaria de outra forma, enquanto eu anotava tudo em um bloquinho de post-it e colocava junto ás roupas para fazer as mudanças depois.
A última calça pareceu ficar um pouco folgada, o que era um problema, já que Harry se movimentava muito no palco. Peguei minha almofadinha de alfinetes e me ajoelhei á sua frente, marcando conde deveria diminuir do tecido.
— Estou tentando não fazer nenhum comentário que não seja profissional, mas com você de joelhos na frente do meu pau fica difícil. — Harry disse suspirando. Uma ereção crescente era notável por baixo do tecido preto, me fazendo sorrir. — O que vai fazer hoje? É seu aniversário, não? — Ele perguntou me fazendo arregalar os olhos de surpresa. Nunca havia contado á ele. — Sou bem informado. — Falou sorrindo. Terminei de marcar os dois lados da calça e me levantei, indicando que poderia tirar.
— Vinho e filme. — Falei, enquanto ele se despia mais uma vez.
— Sozinha? — Perguntou franzindo a testa, me entregando a calça.
— Não gosto muito de comemorações. — Admiti, enquanto anotava o ajuste no post-it e colando-o na peça; — Acho que era só isso mesmo. Assim que estiver pronto trago para você dar uma olhada. — Me referi aos figurinos. Harry já havia vestido o short novamente.
— Quer companhia mais tarde? — Perguntou se aproximando. — O que quer de presente? — Perguntou baixinho, com a boca quase colada em minha orelha.
— Sem presentes. — Sussurrei de volta, sentindo meu coração errar a batida.
— E a companhia? — Ele se afastou um pouquinho, me encarando com aqueles olhos verdes lindos. Como pode um homem ser tão lindo? A barba por fazer em volta dos lábios os deixavam ainda mais convidativos.
— Seria ótimo. — Falei passando a língua pelos lábios, na tentativa de parecer menos nervosa.
— Perfeito. — Ele sorriu de lado. — Uma festa do pijama então? — Perguntou me fazendo rir, e confirmar em um movimento de cabeça.
Já havia trocado de roupa pelo menos dez vezes. Coloquei todos os pijamas que havia trago na mala. Decidi por fim, colocar uma camisola parecida com a que usava no dia das fotos, também preta, porém o busto era de renda. Coloquei um robe de tecido leve por cima, que combinava com todo o resto. Tomei um banho rápido, sem molhar os cabelos, os deixei soltas sobre os ombros, e decidi ficar sem maquiagem, para não dar a impressão de estar arrumada demais.
Depois de alguns minutos pronta, ouvi leves batidas na porta, e fui até lá tentando controlar minha respiração. Harry estava parado do outro lado, vestindo uma calça de moletom cinza escura, e uma camiseta branca lisa. Mesmo de moletom esse homem era uma obra prima, ele segurava uma garrafa de vinho em uma mão, a outra estava no bolso da calça.
— Entra. — Falei dando um passo para trás para lhe dar espaço. Harry entrou, sorrindo para mim.
— Feliz aniversário! — Disse ao deixar a garrafa na mesa, bem ao lado da que eu também havia comprado.
— Obrigado. — Falei sentindo meu rosto aquecer.
— Já escolheu o filme? — Perguntou se sentando nos pés da cama, apoiando as mãos atrás de si.
— Ainda não, queria saber o que você gosta de assistir. — Me sentei ao seu lado.
— O aniversário é seu, gata. — Ele disse me olhando de lado.
— Mesmo assim. — Sorri, fazendo-o sorrir também. Depois de alguns minutos, decidimos assistir uma comédia romântica, onde Ashton Kutcher era o principal.
Abrimos a primeira garrafa de vinho, e Harry fez um pedido de algo para comermos pelo serviço de quarto.
Depois de comermos, voltamos para o filme. Uma garrafa e meia de vinho já haviam sido esvaídas, e mesmo tendo comido, já podia sentir o efeito do álcool. Estava sendo um momento leve, ríamos do filme, comentando uma coisa aqui e a ali.
— Finalmente! — Harry comemorou quando Ashton pegou a parceira no colo, levando-a para o quarto. — Achei que eles nunca iriam transar! — Ele disse, me fazendo rir, tomando mais um gole da minha taça.
— Que inveja. — Falei baixinho. Harry me olhou de lado, um sorriso malicioso se formando. Droga de vinho que me deixa de língua solta.
— Sua mão não está dando conta do trabalho, gata? — Ele perguntou fixando seus olhos na tela, como se estivéssemos falando sobre o que se passava ali.
— Não é a mesma coisa. — Suspirei. — E já faz muito tempo.
— Quanto? — Ele perguntou, os olhos ainda grudados na televisão.
— Desde que comecei a trabalhar para você. — Admiti. Fazendo-o me olhar, com uma expressão surpresa. Tomei um longo gole do vinho.
— Mas já fazem 11 meses! — Ele disse incrédulo, e eu assenti com a cabeça. Achei que Harry fosse rir de mim, mas não foi o que aconteceu. Ele estendeu a mão até mim, pegando a taça já quase vazia da minha mão. — Acho que vamos ter que resolver esse problema, gata. — Ele disse largando a taça no chão, e aproximando seu rosto do meu. Meu coração batia loucamente, minha mente estava nebulosa, imaginando milhões de cenários possíveis onde aquela boca linda me beijava em todos os lugares possíveis.
Minha boca estava seca, então passei a ponta da língua, tentando umedecê-los. Harry mordeu o lábio inferior, colocando uma das mãos em meu rosto, passando o polegar pelo meu lábio inferior. Apenas com aquele pequeno toque, meu corpo inteiro incendiava. Eu poderia mentir e dizer que era efeito da bebida, mas não, era o efeito daquele homem. Antes que eu pudesse raciocinar para dizer alguma coisa, Harry me puxou, colando nossos lábios. Uma corrente elétrica me atingiu, correndo meu corpo inteiro, me fazendo soltar um suspiro. Harry aproveitou que entreabri os lábios, e inseriu sua língua, acariciando a minha. O beijo começou lento, mas logo já estava quase selvagem. As mãos de Harry foram parar na minha cintura, me puxando para o seu colo.
Eu podia sentir a ereção já muito dura pelo tecido da calça de moletom.
O beijo foi quebrado pela falta de ar. Os olhos de Harry estavam em uma cor diferente, quase cinzas, e a intensidade me fez arrepiar por inteiro. Me mexi em seu colo, roçando o tecido já molhado da calcinha em seu membro coberto, arrancando um gemido rouco da sua garganta.
As mãos grandes se dirigiram á pequena fita que fechava o robe em meu corpo, abrindo-o e empurrando pelos meus ombros. A camisola estava levantada pela minha posição, deixando minha bunda exposta.
— Porra, tão gostosa. — Ele disse baixinho, baixando a cabeça e passando a língua quente no vão entre meus seios, me fazendo cerrar os olhos com força e morder o lábio afim de conter um gemido. — Você colocou essa camisola pra mim, não foi? — Perguntou baixo, com a boca colada em meu ouvido, me fazendo suspirar. — Fala.
— Sim. — Suspirei. Meu corpo tomando controle das ações, me apertando mais em sua ereção. — Queria ficar bonita para você. — Confessei.
— Você está linda, gata. — Sussurrou. — Uma delícia. — Suas mãos agora apertavam minhas coxas, fazendo meu corpo aquecer ainda mais.
Harry se virou na cama, colocando minhas costas no colchão. Ele se levantou, afastando o corpo do meu, me fazendo resmungar. Harry se ajoelhou no chão, erguendo a barra da minha camisola até minha barriga. Gemi ao sentir a língua quente passear pela parte interna da minha coxa, provocando. Arqueei as costas ao sentir um beijo, por cima do tecido da calcinha.
— Tão molhada, babe. — Ele disse baixinho, eu não conseguia tirar meus olhos do que ele fazia, absorvendo cada segundo daquele momento. As mãos de Harry foram até as alças da minha calcinha, puxando-a para baixo. Apertei o lençol entre minhas mãos, na expectativa do que ele faria. Harry me dirigiu um sorriso malicioso, e com os olhos fixos nos meus, se abaixou mais uma vez, passando a língua vagarosamente pela minha intimidade, me fazendo gemer alto quando chegou ao meu clitóris, onde fixou sua atenção. Sua língua fazia movimentos lentos e intensos ao mesmo tempo, fazendo meu corpo inteiro arrepiar. Eu não conseguia segurar meus gemidos, fazia tempo demais que não era tocada por um homem, principalmente um que fazia exatamente o que estava fazendo.
— Você é uma delícia, s/n. — Harry disse baixo, se erguendo e tirando a camiseta. Sentei na cama e passei o dedo indicador pelo tronco bem definido, descendo até a barra da calça de moletom, tocando-o por cima do tecido.
Harry se livrou da minha última peça de roupa, e logo após da sua calça junto da cueca, liberando a ereção proeminente.
Senti minha boca encher d’água ao olhar para a cabecinha rosada. Me inclinei na cama, passando a língua pela gotinha de lubrificação que se formou na ponta. Coloquei a glande em minha boca, chupando-o levemente, saboreando seu gosto. Harry jogou a cabeça para trás, gemendo alto, me fazendo colocá-lo ainda mais, até onde conseguia, chupando agora com vontade.
Harry desceu uma mão, pegando meus cabelos entre seus dedos, empurrando mais para mim, tocando á minha garganta.
— Que boca gostosa, amor. — Disse entre gemidos, me fazendo aumentar os movimentos. Harry revirou os olhos e gemeu baixo. Podia sentir seu pau endurecer ainda mais entre meus lábios, e então ele me afastou, me jogando de costas na cama. Harry subiu na cama, ficando de joelhos entre as minhas pernas, bombeando seu membro com a mão tatuada. — Eu vou te foder como você merece, babe. — Ele sussurrou, se abaixando, roçando a cabeça em minha entrada. — E você só vai conseguir gritar o meu nome, pra esse hotel inteiro ouvir.
Suspirei em expectativa, e sem aviso prévio, Harry entrou rápido e fundo, me fazendo gemer alto. Sem esperar que meu corpo se acostumasse com seu tamanho, ele começou a se mover, fundo. O barulho dos nossos corpos se batendo e dos nossos gemidos se misturavam. Harry sussurrava obscenidades em meu ouvido, e distribuia mordidas leves em meu pescoço.
Podia sentir o orgasmo se formando, e apertei minhas coxas na volta da cintura de Harry, sem conseguir conter os gemidos.
— Goza, babe, goza gostoso no meu pau. — Depois de poucos segundos, senti a onda de prazer me percorrer. Gemi seu nome alto, meu corpo inteiro se apertando contra ele. Harry estocou forte mais algumas vezes, antes de gemer alto e me apertar, derramando o prazer dentro de mim. Harry jogou o corpo suado ao meu lado na cama, ambos com a respiração descompassada, ainda extasiados do acontecido.
Os dias que se passaram, pareciam saídos direto de uma fanfic, sempre que tínhamos uma oportunidade, Harry me puxava para qualquer lugar que pudéssemos nos trancar e tínhamos uma rapidinha. Além das visitas em nossos quartos.
Depois de algumas semanas, estava chegando a data de pausa da turnê, para que Harry gravasse um filme. Então, por meses não nos veremos… E eu ainda não sabia o que sentir sobre isso.
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Por que você fez isso? Como pôde fazer isso comigo? Tudo o que vivemos foi mentira? O que foi real nisso tudo?
Eu conheci uma pessoa, ela era extremamente engraçada, fazia qualquer pessoa a sua volta rir, era até sem graça o dia que não estava. No meio de tantas brincadeiras, senti algo diferente. Lembro da primeira mensagem dando em cima de mim, eu fazendo jogo duro por saber que você tinha alguém. Tentei te afastar tantas vezes, mas ao mesmo tempo quis ta perto. Você até disse que o dia que me viu com outros olhos foi quando passei protetor solar no seu rosto. Saímos pela primeira vez ao shopping, almoçamos juntos, assistimos filme. Na segunda vez, você quis um lugar mais calmo, só nós dois e mal sabia, por mais que fosse um ambiente propício, que seria nossa primeira vez juntos. Segunda vez da minha vida, mas como se tivesse sido a primeira. O nervosismo foi o mesmo, insegurança. Afinal, era tudo muito novo pra mim. Hoje eu sei que escolhi a pessoa errada, mas de todos os caras do mundo, foi você com quem eu quis estar. Pela primeira vez, eu não tive medo de relacionamento. Besteira, mas eu sentia muito medo de machucar as pessoas, eu não achava que gostava de ninguém o suficiente. E... Eu fui machucada. De que adiantou esse medo? Se quem eu menos esperava me machucou de tantas formas. Abri meu coração, fui transparente desde o primeiro dia, você me viu e eu falei "eu tenho alguém", eu confiei em você, por mais difícil que tenha sido no meio do caminho, eu já confiei em você. Você também abriu algumas coisas comigo. Mas eu já tava amando você, achava que você me amava também. Naquele momento sim. Todas as vezes que saímos, o quanto era bom estar do seu lado. O quanto foi difícil te manter por perto, poder estar contigo sem que ninguém soubesse. Minha vida era muito complicada, porque tudo eu precisava dar satisfação. Lembra quando ficamos no seu primeiro aniversário que passamos juntos? E no dia seguinte, foi um horror, o quanto eu ouvi besteira da minha mãe. Além de tudo ainda perdi a chave da minha tia, tive que pagar pro cara devolver, porque só assim ele iria. Além de eu apresentar o meu mundo, você também tava me apresentando o seu. Uma pequena parte da sua família. Conforme as coisas foram fluindo, por mais que te amasse, sempre tentava me afastar. Você sempre me puxando cada vez mais pra perto. E não teve jeito... quando vi, já estava apaixonada. Você foi a primeira pessoa que eu falei isso. A timidez que eu senti. Nesse caminho, acabei fazendo você decidir quem você iria ficar, até então me fez acreditar que era comigo. Disse que compraria as passagens da sua até então ex mulher e as crianças, pra ficar comigo. Pude finalmente ser livre, pra poder demostrar qualquer afeto, sem medo de nada. Em tão pouco tempo, frequentavamos a casa um do outro. Conheci sua casa. Você me levava pro trabalho, pro curso, o que tivesse no dia que tinhamos pra ficar na sua folga. Achava que estávamos juntos, você me apresentando pros seus amigos, no seu trabalho as pessoas sabiam de mim. Achava você um cara tão incrível, eu admirava seu jeito, eu era muito apaixonada. Falar de você era tão fácil... Lembra do seu ultimo aniversário e os papéis que eu fiz pra você? Com declarações, porque queria fazer algo a mão. Queria que você visse o quanto pra mim você era especial. Importante. Mas ano passado também teve o dia dos namorados, do qual foi legal, por termos passado um tempo juntos, almoçado, mas depois, você acabou me fazendo chorar e sabe o motivo. Eu te desculpei, achando que depois você faria isso. Esse ano, de novo, você não fez. Agora eu sei o porque... Assim como naqueles dias, dói. Dói saber que tudo que falei aqui, não teve o mesmo significado. Não teve a mesma importância. Eu só fui mais uma. Você me fez mais uma. Enquanto te fiz meu primeiro, na minha cabeça, seria o único. Em meio aos altos e baixos. O tanto que eu quis conversar, mas você sempre viu como briga. Você passou a tentar me pintar de algo que eu não sou pra se sentir melhor. E foi inevitável o fim. Por você. Por não se esforçar. Por me fazer carregar um peso que não era só meu. Você deixou o mais pesado pra mim, o sentimento. (+)
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Bom, pt1 -
1 ano desde a última vez que usei essa rede e eis eu aqui novamente…
Eu mudei muito desses anos pra cá de formas boas e de outras maneiras ruins, você estava certa Mih a gente não iria dar certo mesmo, mas apesar de tudo que aconteceu não é justo eu colocar toda essa carga em cima dele, pois dessa última vez fui extremamente descontrolada e eu nunca deveria ter parado tratamento com psicólogo, pois o ensino integral o enem, minha casa tudo ja era um inferno o suficiente, e sim ele voltou diferente mesmo, voltou mais decidido e bem mais gentil ele começou a faculdade no curso que ele queria e eu fazia cursinho pro enem da prefeitura e ficava até as 22 estudando, todo dia assim que ele saia da faculdade ele ia em casa só fazer algo pra eu comer e vinha me trazer de bike, me apoiou muito e quando eu entrava em crises e não conseguia nem levantar ele ia e me dava banho, me ajudava a colocar uma roupa e me levava pra cama pra dormir mesmo apesar dos meus olhos inchados e da minha vontade constante em gritar ou me matar mesmo sem eu saber, ele dançava comigo e me fazia rir, me abraçava, bebia comigo quando estávamos sos, fazia pudim pra mim e sempre estava presente e não sei qual Luiz você conheceu, mas pra mim essa foi a versão dele pela qual mais me apaixonei, não foi fácil de forma alguma me relacionar e me submeter a me relacionar com ele sabendo de tanta grosseria que ja havia recebido dele, mas ele de fato se esforçou muito pra me ter e me entender e compensar pelo menos um “pouco” sobre tudo que já tinha acontecido, o que recentemente entrei em crises minha depressão piorou e eu estraguei tudo, fazia tudo no impulso, ciúmes por tudo, briga por tudo e acabei me fudendo e fudendo ele junto, eu nunca tive uma criação ou idealização de relacionamento saudável e quando tive eu só por impulso autodestrui e ele me tratou grosseiramente e friamente apesar de deixar claro pra ele minha situação da piora da minha depressão e que precisava do apoio dele e que ele entendesse, mas creio que eu estava impossível e só levei meu relacionamento e a pessoa que de verdade percebi que me amava se afastar, nunca esqueci de você e você realmente foi uma amiga incrível pra mim e a melhor que tive, Luiz está gostando de uma nova pessoa já, e ele começou a me enxergar horrivelmente desde o término que surtei e eu dei um tapa na cara dele, ele voltou a fumar, e desde o término começou a me tratar igual lixo, percebo que apesar de tudo que cometi apesar de não querer ele não faria esforço pra entender então só falei estar cansada dele me tratar como pano de chão e falei que daria o que ele tanto almeja, que seria ir embora, eu estive extremamente presa nesse relacionamento e prendi ele consequentemente também, eu tava extremamente descontrolada e me arrependo muito de não ter buscado ajuda de começo, pois realmente sinto que perdi a única pessoa que de fato amei e que senti que me amou e que não me via só como objeto sexual, eu de verdade não me arrependo de ter voltado com ele e se pudesse faria tudo dnv tirando a parte dos meus surtos, entendo a enorme importância que deu a mim largando uma amizade tão longa e de infância para estar comigo, assim como no primeiro texto que soltei nessa rede eu so não consegui me controlar, tentei seguir em frente, namorei outra pessoa apesar de visivelmente não gostar dela, passei 3 anos gostando de uma pessoa que não “vale a pena”, o que ele mesmo me disse diversas vezes, e pra eu me valorizar, nunca foi minha opção estar presa em algo ou ioio em algo que ao mesmo tempo que me fazia extremamente bem me trazia coisas ruins, não julgo ele tanto mais pelo nosso 1 término até pq senti e creio que ele tbm que fomos o relacionamento de vdd de um a outro e que ele era um mlk de 15 anos enquanto apesar de eu sentir ser meu relacionamento mesmo eu ja tinha antes dele tido diversos traumas em relacionamentos diferentes, e traumas de diversos tipos, ele nunca pareceu saber lidar até porque a família dele que conheci são extremamente incríveis, mas uma família extremamente mente aberta em diversos pontos e Luiz não achava problema em nada que fazia por mais que fosse óbvio algo pra mim
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LUTO PÓS TÉRMINO
Nos primeiros dias doeu, doeu como se tivesse uma faca rasgando meu peito, chorava e gritava, porque doía tanto, sentia um buraco tão grande e profundo no peito, achava que ia morrer de amor, mas afinal ninguém nunca morreu de amor né? Mas eu achava que morreria por amar, eu estava em completo estava de negação, não aceitava que aquilo estava acontecendo comigo, sentia como se tivesse ganhado na loteria o prêmio de um amor recíproco e tivesse sido roubada. Me culpava a cada segundo por tudo de ruim, não conseguia parar de pensar, meus pensamentos me consumiam, minha mente era minha maior inimiga. Sentia sua falta, não queria me afastar, quis te manter ali de qualquer forma, uma amizade talvez? Mas de nenhum ciclo que não foi curado tem chance de nascer um outro ciclo saudável com a mesma pessoa, e eu demorei meses para entender isso.
E talvez ali tenha dado início ao próximo passo da minha fase de luto, eu comecei a sentir raiva, sentia uma fúria absurda, me sentia abandonada ou rejeitada, sentia tanta raiva por estar vendo nossos planos desmoronando, sentia raiva pelo destino ter sido tão traiçoeiro com nossa história, mas isso também passou, como eu poderia culpar o destino? Toda escolha há uma consequência, para cada ação há uma reação né? Então quando os picos de raiva passavam eu tentava a todo custo expressar o que sentia por você porque acreditava que você poderia ficar, eu fiz maluquices para te reconquistar, só queria nosso relacionamento de volta, eu prometi que tudo ficaria bem de novo, e ali estava eu, vivendo a terceira fase do meu luto amoroso.
Quando tudo foi se tranquilizando comecei a sentir uma tristeza profunda, por tudo, por ter te perdido, por você ter ido embora, pelos planos que não vamos viver, pelo futuro que não teremos, por termos criados laços que viraram nós impossíveis de desatar, era uma tristeza paralisante, eu só queria ficar deitada em posição fetal chorando olhando recordações, fotos e vídeos nossos, relendo declaração que fiz pra você, cada dia que passava eu estava mais entregue a tristeza e a vida passando. Então resolvi despertar, vesti minha armadura e sai do casulo para enfrentar a vida, não tem sido fácil, cada dia tem sido uma luta diária, mas acredito que cheguei a última fase e gabaritei o bingo do luto pós término, cheguei na aceitação…. quando chegamos naquele momento em que pensamos: “até aqui eu fiz tudo que podia, eu dei tudo de mim, eu tentei…” comecei a fazer coisas que me deixassem feliz, voltei a focar em coisas que me fazem bem, resolvi renascer
E o mais louco de tudo isso??? É que tudo isso não é um evento linear, não é um processo cronológico, vivo todas as fases do luto diversas vezes todos os dias de forma embaralhada e esse é o jogo mais enigmático da vida, saber equilibrar tudo sem deixar
São 35 dias sem sentir você, mas já sofri isso diversas vezes, e eu tô querendo mudança.
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Será que você me lê?
Será que você pensa em mim?
Será que você me absorve? Me absolve?
Será que já tem outros?
Será que sente minha falta?
Você se arrepende?
Quando é que você vai perceber?
Que eu tô aqui, eu ainda tô nesse limbo.
Eu já nos absolvi. Eu nos leio. Eu sinto tanto sua falta.
Eu sinto tanto.
Quando é que você vai perceber que eu só precisava de carinho?
Que tivesse me comunicado?
Que tivesse falado "a próxima vez eu vou fazer diferente"
E talvez fizesse mesmo
Por que você não tentou mais 5 segundos antes de tirar meus amanhãs
e voltar pra sua concha?
Eu te trouxe comigo pra praia.
Eu te apresentei o mar, depois de você ter me apresentado a terra.
Eu sou intensa demais, eu sei disso, eu não consigo simplificar
Desculpa, eu sei que vivemos menos que uma sacola plástica nesse mundo
eu me perco cem anos em um segundo de pensamento,
Desculpa ser essa ansiedade em forma de gente
Mas saiba que o tanto que eu te espero encheria a vida útil de um caixa de supermercado com suas porcarias de sacolas.
Tá, eu sou uma pessoa romântica e tem certa beleza no amor,
aqueles bolos era amor
o café era amor
as postagens era amor
os planos era amor
mas...
Não é saudável atualizar essas redes sociais 30 vezes por minuto, pra tentar ter mais um trago de você.
É, acho que viciei.
Na faculdade aprendi que vício é comportamento e repetição
Tentei me afastar, foram dias tentando, dias observando de longe,
pensando um pouco mais,
repensando
tentando justificar o porquê da gente não dar certo,
eu penso que tentei, que fiz o que pude,
que você não conseguia mais, que você teve seu limite, que você não podia ter feito ou fazer diferente
e ai eu tento achar minha responsabilidade no meio disso tudo
eu não devia ter explodido
eu também devia ter enxergado pelo seu lado,
eu tentei todas as repetições para não te ligar todos os dias de madrugada
eu mudava seu nome na agenda
eu mudava minha foto só pra não me sentir eu mesma por algumas horas
eu ouvia músicas que não tinham teu rosto
eu cheguei no nível 500 daquele jogo
eu rezava pra você lembrar desse meu refúgio e talvez me encontrar
tudo isso pra não correr pra você e implorar mais um beijo,
um aconchego,
mais 50 anos só.
Eu.
Mas, e você? Quando vai pegar o primeiro ônibus de volta?
Quando vai ser amor comigo de novo?
Quando vai vir ser brega comigo?
Quando vai vir arrancar essa saudade do meu peito?
Colher a flor amarela do jardim da frente do prédio
e me entregar como presente de conciliação
porque gastou o dinheiro na passagem
vai chorar no meu ombro
enquanto eu choro no seu peito
e nada do que aconteceu vai importar
e a gente vai passar um fim de semana conversando abertamente sobre como nos consertar
fazendo planos de novo, trocando confissões desse tempo afastado
Por que eu não pego esse maldito ônibus? Mando essa merda de mensagem?
Eu tenho medo de te assustar, de você achar que eu sou muito pra você aguentar.
Não sei mais como te dizer que eu te quero.
Que eu te amo.
Que nada daquele fim de semana catastrófico importou.
Que eu tinha planos pra gente.
Mas importou né? Pra mim, pra você.
E pedir desculpas,
milhões de vezes se necessário,
pros seus olhos, também pro meu reflexo nos seus olhos
e tentar fazer diferente.
A gente podia fazer diferente sabia?
Por mais que eu tenha contado pra todos meus amigos que não,
que terminamos de vez
a gente conseguiria, não?
É muito humilhante querer viver isso com você?
Isso me torna uma pessoa emocionalmente ruim?
Querer essa intensidade do seu lado?
Perdão, é assim que eu me sinto.
Eu não me perdoo, mas deveria,
perdoar você foi tão fácil
alguns dias,
outros eu fico aqui tentando te odiar,
sou a vítima perfeita.
mas a verdade é que não escrevo
sobre os momentos felizes,
sobre a poesia de dançar sozinha nessa sala
nos cincos minutos do dia em que eu sei que vou ficar bem
a batida do meu coração naquele exame e saber
que eu estava viva mais um dia
a música enquanto eu fazia aquela receita com os ingredientes que você trouxe
mas não conseguiu ficar pra provar
e quase pensar em te ligar, pra você vir provar um pouco
assoprar minha boca queimada
mas chacoalhar essas lágrimas
e não abrir mais essa torneira pelos próximos cinco minutos
só mais cinco minutos.
Quando é que você vem?
Será que você me lê?
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13/03/2023
Quando eu “desisti” de estar nessa situação.
Acordei de manhã depois de ler palavras que me machucaram sobre o que você sentia por ela, e tentei continuar, tentei agir como se estivesse tudo bem, mesmo sabendo que não estava… Já sentia você sem vontade de continuar, não sei se porque não me queria mais contigo ou porque não seria mais igual a antes, enfim… Pela tarde mandei a mensagem que talvez fosse o começo do fim dessa parte da nossa história, eu senti que era o certo a se fazer e talvez tenha sido mesmo, depois daí eu não consegui mais te reconhecer, você me ignorava, tratou a situação como um tanto faz, ainda havia resquícios de sua importância, mas nada o suficiente pra me fazer acreditar totalmente. Depois disso não foi fácil de distanciar, pra falar a verdade eu não teria conseguido se você não tivesse sido cruel, acho que a pior parte foi perceber que você só estava esperando eu desistir para ficar firme com ela, você não tinha coragem de falar o que precisava, ou o que queria, você esperou por mim e se eu não tivesse tido uma atitude você me deixaria nessa situação por não sei mais quanto tempo, talvez eu devesse te agradecer por ter “ajudado” a me afastar de ti. Essa semana foi sem dúvidas a pior da minha vida. Fiquei deprimida, não saia da cama, não comia, apenas chorava, o dia todo e sem parar, as crises de ansiedade e pânico ficaram mais fortes do que nunca, o tempo todo pensando porque você estava agindo daquele jeito e uma saudade absurda de te ter de novo, eu só queria que voltasse a ser como era antes, era tão bom… O dia todo minha vontade era te mandar mensagens, dizendo o que sentia por você, te perguntar porque de ser tão cruel, e eu falhei algumas vezes e você foi mais cruel ainda, prometeu algo e não cumpriu, mas depois de algumas vezes eu percebi que você iria fazer isso sempre. Não vou negar, que tudo isso me ajudou com minha relação com minha família e sinceramente, não queria ter que ter acontecido algo ruim pra algo bom acontecer, será que valeu mesmo a pena? Eu ainda te amo muito e não sei se esse amor vai acabar, mas se eu posso ter uma certeza, é que você foi meu primeiro amor.
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Vaga lembrança.
Os dias tem sido difíceis sabe? Eu meio que perdi as contas de quanto tempo faz que você tem me ignorado, talvez dois ou três meses eu acho. Eu tentei muito te manter por perto, tentei te dar um gelo pra ver se você se importava, tentei conversar, tentei me afastar, tentei te contar o que acontecia, tentei até mesmo fazer algo junto contigo. Mas a cada vez que eu tentava, eu só recebia o silêncio. Nada além dele.
Eu sinto tanto a tua falta garota, de um jeito insuportável e inconsciente. Eu sei que já decidi ir embora e te esquecer, mas tudo me lembra você. Aquela série que eu comecei a ver por ti, aquele livro que eu comecei a ler com você, desenhos, imagens, frases, filmes, músicas, tudo me lembra você e eu to tão cansada de me sentir assim!
Eu apaguei aquelas fotos que eu tirei de você enquanto você estava distraída. Cada uma que eu apaguei doeu de um jeito diferente, de uma forma tão unicamente dolorida que, no final, eu estava chorando. Apaguei também aquele aplicativo que eu usava só por você ─ não tem mais sentido mantê-lo se você não faz parte mais da minha vida. Também parei de ouvir Anavitória e Ana Gabriela, as músicas delas me fazem chorar sem pausa por um longo período por que cada palavra me lembra você.
Eu não sei em que ponto eu te perdi, em que momento você ficou tão indiferente a mim que simplesmente foi embora, sem sequer me avisar o que estava errado. Quanto mais eu penso nisso, mais eu tento achar uma explicação pra você ter ido assim, e a cada minuto eu sinto a saudade me sufocar (e a culpa também).
Tenho estado cansada sabe? Eu penso em você a todo momento, não importa o que eu faça, você sempre esta ali, me dizendo de novo as coisas bonitas que você jurou que eram verdade, que eram reais, os sentimentos que você dizia ter, o teu toque, o teu sorriso, a tua voz, a tua risada, o teu olhar, tudo em você está ali, a um segundo dos meus pensamentos, vinte e quatro horas por dia.
Eu só queria te esquecer, te deixar ir embora dessa forma tão fácil que você foi, apagar todas as minhas lembranças e te tratar como desconhecida ─ porque é isso que você merece de mim. Talvez eu esteja falando isso tudo porque estou magoada, não tenho certeza. No momento eu só quero te arrancar de dentro de mim, matar essa saudade infernal e te esquecer pra sempre.
Apesar de tudo isso, o cansaço de ficar te esperando é muito grande, afinal foi pouco menos de 1 ano e 6 meses que eu corro atrás de você. Mas acho que realmente chegou o momento de ir embora ─ pela minha saúde emocional mesmo, não por você ─ sem olhar pra trás. Eu tenho esperança de que um dia, quando escutar teu nome, eu não sinta nada além de uma vaga lembrança de que um dia, eu já te conheci.
Mari.
#15/08/2021#autoral#autorais#meuprojetoautoral#eglogas#meus devaneios#meus pensamentos#meus escritos#meus textinhos#projetoalmaflorida#projetoflorejo#projetonovosautores#projetonovosescritores#pequenasescritoras#projetomardeescritos#projetonaflordapele#projetomeuportoseguro#projetoreconhecidos#sonhosautorais#caligraficou#liberdadeliteraria#pessoal#mentesexpostas#compartilharemos#projetoflorida#projetoflordapele#quandoelasorriu#escrevemos#conhecer me ei
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False Confidence - Capítulo oito
Translated by @holl4nd You can also find it on her Wattpad and make sure to check out her other works as well 🥰 (header done by her as well)
“ Lando, espera. " Afastei-me da mesa onde Dan estava sentado, para o apanhar antes que o voltasse a perder de vista. " Viu... viu o meu texto? " Perguntei-lhe, pondo a conversa em dia e parando mesmo à sua frente para que não me deixasse pendurado como fez ontem e anteontem.
“ Aquele que enviou enquanto desfrutava de uma noite fora com um amigo, enquanto me deixou de ir lá um dia ou dois antes? " Perguntou-me ele, embolsando as duas mãos e só olhando para mim quando tinha a certeza de que eu não o deixaria afastar-se. "Sim. E deixei. "Ele deu a resposta à minha pergunta, embora fosse bastante confuso do que explicar.
“ Sabe porque é que isso aconteceu. A decisão não foi apenas minha. "Abanei imediatamente a cabeça, não compreendendo bem o que o levou tão mal. "Ainda queria pedir desculpa pela forma como agi desde o início. Não foi justo, pois não fez nada para o merecer. Só não foi tão fácil como eu esperava que fosse. " Acrescentei com um suspiro, ainda a olhar para ele, embora o seu olhar não tenha suavizado nem um pouco.
“ Não é só você, que tem de passar por esta estação. "Ele rolou os olhos, já se afastando de mim. "Talvez se apercebesse se também passasse tempo com outros. " Lando acrescentou antes de me virar as costas e sair da sala por outra porta. Precisava de alguns segundos para voltar à realidade e apenas caminhar de volta ao meu lugar.
A sua reacção não foi exactamente a que eu imaginava, apesar de ele nunca ter respondido ao meu texto ou nunca ter vindo até mim para uma conversa. Sabendo que fiz tudo para tentar corrigir os meus erros, não deixei que o meu cérebro se prolongasse demasiado, forçando-me a voltar à conversa que todos os membros da equipa estavam a ter à minha volta. Durante o resto da noite fiquei maioritariamente na nossa mesa, não tendo vislumbres de Lando ou da sua tripulação imediata com quem pudesse falar, o que provavelmente foi melhor assim. Na altura em que chamámos a noite e voltámos aos nossos quartos, estava grato pelo cansaço do meu corpo. Por uma vez, finalmente não lutou comigo por ter adormecido, e em vez de deixar a minha mente correr a duas vezes mais depressa, consegui finalmente dormir o suficiente para um dia de corrida.
Acionar o meu alarme um pouco mais tarde foi a única coisa positiva na primeira metade do dia. O meu humor era bastante mediano, até que eu e Dan tivemos de esperar na proximidade próxima do pequeno-almoço de Lando, o ambiente estranho à nossa volta a sentir uma comichão irritante debaixo da minha pele, e também ver vários dos repórteres que já fizeram da minha vida um inferno, listados na folha de papel para a nossa conferência de imprensa pré-raça. Normalmente conseguia escapar com apenas algumas perguntas estúpidas, mas vendo a quantidade de nomes que me fizeram tremer, sabia que seria uma sessão feroz. Há uma semana teria engolido a pílula azeda que representava as suas perguntas intrigantes, mas desde a conversa que tive com a Susie prometi a mim mesmo que não voltariam a brincar comigo.
⁸
“ Porque é que estamos de facto a fazer isto? Eu só quero ir e conduzir. " Eu soprei com raiva, ao lado do Daniel que tentou segurar-me num lugar para que a minha energia tóxica não se espalhasse a todos. Embora eu tivesse todo o direito de me sentir assim. Pude sentir o meu sangue ferver ao pensar que me faziam um monte de perguntas estúpidas numa fila. Não seria a primeira, nem a última vez que acontecia, mas eu sabia que se hoje fosse apenas uma repetição da última vez não teria paciência suficiente para lidar com elas.
“ Bem, faz parte do nosso trabalho. É preciso dar algo em troca aos fãs. " Daniel respondeu, puxando-me de volta pelo braço quando tentei sair, novamente. "Winola... fica, por favor? "Ele virou-se para mim com o seu corpo inteiro e eu suspirei, desistindo. Já não me importava de lutar com o Cyril, mas Daniel era alguém que eu não queria magoar. Ele não o merecia.
Decidi ficar em silêncio, e manter a minha fumaça para mim mesmo durante o resto da nossa espera, deixando finalmente Dan relaxar um pouco. Tenho sido um idiota para qualquer um desde que nos encontrámos de manhã, pois sabia que este evento estava a surgir na nossa agenda para hoje. A cada corrida as conferências de imprensa tornavam-se cada vez mais duras para mim. Não se importavam se eu estava a mostrar potencial nas corridas anteriores ou se talvez tivesse tido um dia mau e não tivesse marcado pontos, era sempre simplesmente mau de sempre. Começou sempre bem com perguntas realmente inteligentes, depois algo clicou e todos se transformaram em vacas sem cérebro, fazendo-me temer todas as perguntas que me enviavam. Ver de volta os vídeos delas fez-me encolher ainda mais, pois pude ver que todos à minha volta sabiam como todas as perguntas eram sexistas, mas não conseguiam fazer nada. Ou mais como se não quisessem fazer nada. Quem é que iria fazer carne com os meios de comunicação social por alguém como eu? Não valia a pena.
“ Basta tentar... não explodir neles. São idiotas que não merecem vê-lo em sofrimento. São mais fortes do que isso. " Acrescentou quando as grandes portas se abriram e uma senhora vestida com roupas muito elegantes convidou-nos a entrar. Juro que a sua boca tremeu por um segundo quando os seus olhos aterraram em mim, mas ela certificou-se de que ninguém mais o iria ver. Eu rolei os olhos quando entrámos e pude ver vários dos entrevistadores que já me tinham dado o inferno nas últimas duas vezes.
Sentei-me numa das cadeiras Renault relutantemente, sentindo o toque tranquilizador de Daniel nas minhas costas, embora isso não tenha ajudado muito. Dei um suspiro profundo ao colocar o pequeno microfone e concentrei-me realmente em recordar que estava em mim, para que não sussurrasse apenas algo nele, que não quisesse que ouvissem. Olhei mais uma vez para o meu colega de equipa antes de me virar completamente para a frente e esperei por todas as perguntas.
Felizmente não começaram por mim, por isso tive algum tempo para deixar todo o vapor lentamente sair de mim, para poder reagir ao seu irritante questionário com uma cabeça mais fria. Cheguei mesmo a conseguir um pequeno sorriso quando os rapazes estavam a brincar, mas assim que ouvi o meu nome, desvaneceu-se e concentrei-me de novo no anfitrião. As primeiras foram perguntas realmente úteis e reais, surpreendendo-me e até apanhando-me um pouco desprevenido. Assim que comecei a relaxar o homem que me fez passar pelo inferno durante o último evento, foi chamado.
“ Obrigado! A minha pergunta será para Williams. "Ele começou a fazer-me bufar e eu vi do canto do meu olho quando Daniel se deslocou no seu lugar. "À medida que a temporada se aproximava do fim, alguns de nós queriam ver um pouco mais por trás da sua decisão de assinar pela Renault. Considerou outros, talvez o Racing Point, pois têm apenas o carro para si graças ao seu patrocinador 'cor-de-rosa'? Fizemos até uma aposta, que eu perdi, que os escolheria. "Ele olhou-me com um sorriso arrogante, fazendo-me considerar homicídio involuntário por um segundo.
“ Considerei todas as equipas que me deram um acordo. A Renault foi a primeira, graças ao facto de eu fazer parte da sua Academia. Além disso, normalmente gosto de escolher, analisando o seu desempenho e vendo também o que o acordo significaria para a minha carreira. Acho que a cor da pintura não afecta realmente esses aspectos. " Surpreendi-me a mim próprio como reagi friamente à sua pergunta de merda e até tive coragem suficiente para lhe dar um pequeno sorriso. "Por isso, não. Não considerei ir ao Racing Point por causa do seu carro cor-de-rosa. Penso que Szafnauer está bastante contente por ter Pérez e Stroll na sua equipa. " Acrescentei, olhando para os tipos mencionados por um segundo e pude ver como Lance lutou com o riso que queria borbulhar dele.
O meu estilo calou-o com sorte e mesmo que ele tivesse gostado de fazer outra pergunta, tínhamos um limite de tempo e tínhamos de chegar tristemente ao tipo seguinte enquanto ele congelava no seu lugar. Como o próximo foi perguntado à equipa Red Bull, atrevi-me a olhar para Daniel por um segundo e vi o sorriso orgulhoso no seu rosto que a minha resposta bastante analítica causou. Mordi o meu lábio inferior para me impedir de dizer qualquer coisa e apenas me virei para trás para poder ouvir os outros até que voltasse para mim.
“ Sim, como vimos alguns momentos de bastante agitação nas últimas corridas e mesmo ao longo dos anos adoramos ver como as pessoas nas bolhas dos pilotos lhes desejam sorte e se sentam nas corridas com os dedos cruzados. Já conhecemos a maioria dos seus pequenos círculos, mas com novos pilotos todos os anos estamos sempre curiosos em conhecer os seus entes queridos. "Ele começou e eu já sabia que isto seria sobre o meu passado romântico. " Winola, pode deixar-nos saber quem é que teme por si em casa ou talvez na garagem, enquanto luta com estes cavalheiros nos carris? "Ele virou-se para mim, esperando pela minha resposta e ignorando completamente os outros pilotos que eram novos no campeonato.
Por um segundo, fiquei ali sentado a contemplar como deveria responder. "Bem, os meus familiares assistem à maioria das minhas corridas, mas infelizmente não podem realmente viajar comigo neste momento. Embora, durante a última corrida, a minha mãe tenha tentado alcançar-me no FaceTime enquanto eu estava a fazer a minha última volta na pista em treino livre. Lembro-me de ela me chamar à noite novamente e dizer "Aquele homem, com os dentes grandes, é tão intimidante! Por isso, se nunca mais saírem para uma corrida no futuro, será por causa do Daniel.
"Desviei-me mas não consegui ter o habitual sorriso de máscara no meu rosto. A minha vida privada será sempre um ponto sensível para mim desde os tempos em que os fãs começaram um novo rumor como todos os dias, se eu ousasse falar uma palavra a um dos rapazes nesse dia. Felizmente, o riso de Dan e dos outros levou-os a esquecer que eu não respondia à pergunta.
“ E também, se não se importa que eu pergunte mais uma vez. "Ele tentou recuperar a atenção de todos, e eu quase disse simplesmente que me importaria de facto. Infelizmente, o meu lado mais doce ganhou e eu mantive a boca fechada. "Cada um de nós tem dias mais difíceis, mas todos sabemos que pode ficar um pouco mais difícil para as fêmeas em certos dias durante o mês. Como lidar com isso durante estes fins-de-semana? "Na verdade, ele fez-me quase cair o queixo enquanto eu olhava para ele. Por um segundo fiquei em silêncio, tentando compreender a situação e que ele se atreveu a perguntar algo do género diante de 19 tipos e ainda mais a observar-nos.
“ Quer dizer, todas as pessoas com a quantidade mínima de células cerebrais podem provavelmente descobrir como lidamos com isso. A maior parte das vezes mantenho-me concentrado porque estou aqui para fazer o meu trabalho que inclui máquinas que podem acabar comigo ou com qualquer outra pessoa num milissegundo. Acho que não importa como eu ou qualquer outra atleta feminina lidamos com algo assim. " Insisti na palavra mulher, como sempre detestei, se me mencionassem como tal em vez de uma mulher ou qualquer coisa menos discriminatória. Embora houvesse pessoas para as quais não importava qual delas usavam, de qualquer forma sentia-me como punhais do seu lado.
Felizmente tive uma pequena pausa nas perguntas para me poder recolher, pois a última enviou-me mesmo para uma máquina de fiar. Era até tão má de uma pergunta, era tão imaturamente formulada. Num mundo em que estávamos a lutar para que os outros não fizessem nada sobre mulheres normais coisas nojentas, pessoas como ele apenas nos retiveram e tornaram as coisas ainda mais difíceis. Ninguém mais pensaria em nós se não acentuassem partes da feminilidade como ele fez.
Foi simplesmente irresponsável e repugnante perguntar algo assim numa entrevista ao vivo, num desporto onde 90% dos atletas e adeptos eram homens. Na minha raiva, queria ocupar as minhas mãos enquanto me apercebia que estava a apanhar a pele como habitualmente fazia quando estava ansiosa e preferia abrir a garrafa de água à minha frente para poder beber um gole dela.
“ Winola, poderia dizer-nos um pouco sobre como se prepara para as corridas? E também se existem diferenças no seu equipamento do que, por exemplo, o de Ricciardo que era difícil de se habituar. " Um homem de trás perguntou-me, tirando-me dos meus pensamentos e, por um segundo, pensei que iria receber uma pergunta real, mas rapidamente fiquei desapontado.
“ Não sei bem o que se entende por diferenças. Só espero que não queiram que eu diga o monólogo "oh sim, bem, eu uso sutiãs e não posso realmente mudar à frente de todos, como os rapazes sempre fazem". Isso seria um desperdício de uma pergunta, pois todos conhecem as diferenças entre os nossos equipamentos. "Atirei-me a ele com as sobrancelhas e não pude deixar de fazer o meu próximo comentário. "Ou talvez ainda não tenha visto ninguém assim e não soubesse. Na verdade, lamento se for esse o caso. "Inclinei-me para trás na minha cadeira, sentindo-me bastante nu diante dos olhos de todos depois dessa pergunta, enquanto a sala se calava por um segundo, antes de o anfitrião fazer outra pergunta rapidamente.
Eu estava quase no ponto de explodir e não conseguia compreender como não conseguiam ver a minha frustração em relação a todas as suas ideias de perguntas. Ou talvez o tenham visto, simplesmente não se importaram porque só pensaram no dinheiro que as minhas respostas lhes trariam. Eu não ficaria realmente surpreendido. Mas no ponto em que se os olhares pudessem matar eu teria sido um assassino em série, alguém ainda se atrevia a levantar-se, chamando-me pelo meu primeiro nome e continuando o seu estúpido interrogatório. Eu perdi o resto da minha calma nas suas primeiras palavras.
“ Como é que você, como mulher, lida com todas as estratégias? Não lhe é difícil compreendê-las e, ao mesmo tempo, recordar todos os botões do volante? " Acabou, enquanto eu sabia que a minha cabeça estava a ficar cada vez mais avermelhada até que provavelmente parecia um tomate em condições.
“ Não sei o que algumas pessoas pensam de nós. Seremos considerados estúpidos só porque temos mais gordura no peito e vozes mais altas ou o que é isso? Porque eu venho aqui depois de completar o nível mínimo de educação que alguém deveria receber e estou apenas estupefacto com estas perguntas?! Nunca pensei em mim como um génio, mas entre vós penso que a maioria dos condutores de F1 e eu possuo uma espécie de superpotência para ser realmente um ser humano decente. "Olhei para ele, deixando completamente de me controlar a mim próprio. "Sabem, tinha medo que todos, talvez até o meu colega de equipa, me olhassem com desprezo só por causa do meu sexo. Mas o único grupo de pessoas que faz da minha carreira aqui um inferno são vocês que só conseguem pensar no dinheiro que estas respostas vos vão dar. Vocês fazem todos pensar nas mulheres como brinquedos e ferramentas que podem usar, só porque querem tornar os vossos bolsos mais pesados. Acrescentei "de pé no segundo seguinte".
"Há alguém que esteja aqui de uma publicação desportiva adequada e que me queira fazer uma pergunta sobre a raça ou o desporto? Porque penso que estamos fartos das habituais perguntas da Playboy e da Celeb Story. " Acrescentei à procura de alguém para responder à minha pergunta agora mas ninguém se atreveu a falar. "Então lamento, mas não participarei mais nisto. Obrigado pelas poucas perguntas realmente pensadas. Adeus. " Arranquei o microfone antes de pegar na minha garrafa de água e sair da sala, pois o meu gerente já me tinha aberto a porta. Ele sabia que não havia qualquer hipótese de me deter.
“ Temos cerca de duas horas antes do início. Terei de falar com o Cyril e a equipa, basta tentar ficar longe de qualquer câmara ou apresentador de televisão. "Ele deu-me o meu telefone e AirPods enquanto andávamos pelo corredor que nos conduzia aos paddocks. "Eles não vão ficar satisfeitos com o dia de hoje, mas tenho a certeza de que compreenderão dentro de algum tempo. "Ele suspirou, fazendo-me abanar a cabeça.
“ Bem, também não estou contente com as últimas semanas. "Encolhi os ombros, tapando os ouvidos antes de dizer algo de errado às pessoas de quem realmente gostava. Embora as amasse, em momentos como estes a minha raiva ultrapassava um nível em que não importava quem estava à minha frente, fazia-as sentir-se como um inferno. Saí do edifício com a minha cabeça pendurada em baixo quando vi todos os fotógrafos lá fora, que ficaram todos surpreendidos por ver alguém sair tão cedo.
A primeira vez que pude relaxar um pouco foi quando entrei no meu próprio quarto, trancando a porta em mim, e me deitei na cama de massagem. Sabia que provavelmente ninguém iria precisar de mim durante pelo menos mais uma hora, uma vez que após a conferência de imprensa sempre fomos necessários para entrevistas pessoais com diferentes canais de televisão desportiva. Por um segundo, debati a ir para as redes sociais e, no final, afastei o meu telefone de mim próprio, para não procurar nada que me pudesse foder a cabeça novamente. Já tinha desaparecido o suficiente, não precisava de ver ainda mais palavras más sobre quão desrespeitoso eu era e como me comportava. Ter de assistir a outra das palestras de Cyril sobre manter a nossa raiva lá dentro será suficiente. Minutos depois ouvi passos vindos do exterior, mas não pensei realmente em nada disso, pois por vezes os mecânicos precisam de fazer as últimas alterações à forma como o nosso equipamento é disposto para a corrida.
Meia hora depois, Mark voltou para que pudéssemos fazer os nossos trechos habituais de pré-corrida e mais alguns, para me ajudar a relaxar um pouco. Pude sentir toda a tensão no meu corpo e como Mark teve realmente de lutar contra cada pedacinho de músculo que eu tinha, para o tirar, tendo de voltar a uma parte duas ou mesmo três vezes. Gostava de pôr em dia os comentários durante as sessões com ele, mas agora estava ali deitado, de olhos fechados e estava feliz por termos tido mais algum tempo do que o habitual. Eu estava sentado para mudar de posição e virar-me de costas quando ele me deu o meu telefone. Tirei um dos meus AirPods, depois de ter parado a música a tocar neles, e relutantemente comecei o vídeo que era uma reprodução da conferência. Eu sabia que ele não me obrigaria a ver algo que me baralhou a cabeça, por isso confiei na sua escolha de me mostrar isto. Começou logo depois de eu ter saído, pois a câmara acabou de voltar das portas fechadas e eu não estava em lado nenhum. A sala estava em silêncio enquanto os rapazes se olhavam uns aos outros e depois voltavam para o anfitrião.
No segundo seguinte Lando começou a mover-se e eu pensei que ele estava apenas a fixar os fios à volta da orelha, mas depois ele tirou o microfone enquanto se levantava, e sem uma palavra saiu da sala tal como eu fiz um segundo antes. Se isso não bastasse, lentamente todos começaram a sair dos microfones, colocando-os sobre a pequena mesa à sua frente antes de seguir o fato e sair da sala de conferências, deixando todos os entrevistadores e anfitriões completamente estupefactos. A câmara virou-se rapidamente para a apresentadora que tentou salvar o momento, fazendo as suas habituais frases finais, mas todos sabiam que não iria parecer normal. Eu vi como o ecrã ficou preto e o vídeo acabou por me fazer olhar para Mark com olhos largos.
“ Eles são boas pessoas. "Ele simplesmente disse enquanto passava pelos meus bezerros com os seus dedos. Eu soltei um suspiro, sabendo que provavelmente não merecia o seu apoio. Também não compreendeu realmente como Lando passou de me ignorar a mim e às minhas mensagens a mostrar apoio para comigo tão publicamente. Não era tão simples como sair de uma entrevista, pois eles também iriam receber reacção negativa dos fãs que não gostavam de mim e achavam que eu não merecia qualquer simpatia.
“ Eles são... sem dúvida. "Eu concordei, olhando novamente para o telefone e um pequeno sorriso ficou na minha cara, apesar de saber que isto não iria resolver tudo e que ainda teria de lutar pelo que as pessoas pensavam de mim. Ver todas elas a apoiarem-me e a minha decisão foi muito gratificante, e tive a honra de chamar a todas elas minhas colegas mas, mais importante ainda, minhas amigas.
“ Se quiser, pode dormir uma sesta. Acordar-vos-ei a tempo dos últimos passos. " Começou a embalar o seu equipamento, entregando-me uma toalha para que eu possa tirar o óleo de massagem residual dos meus braços, pernas e costas antes de me deitar.
Sintonizei um vídeo do YouTube, mas não lutei contra o fechar dos olhos, pois sabia que me sentiria ainda mais cansado se não me deixasse dormir agora. Passaram talvez dois minutos do vídeo quando adormeci e estava a tocar um do outro lado da plataforma quando me acordaram para poder fazer alguns últimos exercícios e mudar para o meu fato à prova de fogo e de corrida. Rapidamente me pus o cabelo numa trança para não atrapalhar o caminho debaixo de uma balaclava e do capacete mais tarde. Cyril estava concentrado noutra coisa, mas assim que entrei enviou-me um sorriso encorajador antes de me enviar à minha equipa para obter os últimos dados e informações sobre o tempo e ter uma última conversa resumida sobre a pista e o que queremos fazer. Ainda sentia a frustração na minha mente e corpo, mas estava calmo no exterior e era isso que importava agora, por isso a equipa estaria calma e faria as suas próprias tarefas na perfeição.
Fiquei lá enquanto eles não precisassem de mim, pois eu só queria estar sozinho. Fui à grelha para obter a fotografia habitual, mas assim que estava pronta sem olhar para ninguém, voltei à nossa garagem para preparar o meu capacete e dar uma última vista de olhos aos papéis da pista. Felizmente, ninguém precisava de mim da equipa e eu podia simplesmente manter-me concentrado na verdadeira tarefa que nos esperava.
“ Boa sorte! " Daniel aproximou-se de mim com os braços bem abertos, e eu fui de bom grado para o abraço, deixando-o apertar-me antes de eu voltar para o meu capacete.
“ Você também. Caçar aquele pódio. "Eu disse-lhe com um pequeno sorriso, levantando o meu capacete e puxando-o sobre a minha cabeça, apertando a fivela. Com uma última pancada fomos para os nossos próprios carros, entrando finalmente e preparando-nos para a partida.
Com os motores ligados, esperámos pelo sinal de partida e depois fui o primeiro a sair, deixando a garagem para trás e seguindo os outros carros pela via das boxes e para fora da pista. Fizemos meia volta antes de parar nas posições merecidas e desligar tudo de novo. O tempo estava realmente bom, não muito quente, mas também não havia chuva para acontecer. Normalmente, quando tivemos a sorte de poder ver realmente o sol, foi estragado pela chuva ou talvez tornado como o vento à volta da pista. Mas hoje parecia perfeito em todos os outros aspectos para além de como me sentia por dentro. Tivemos tempo para uma última verificação de rádio, certificando-nos de que estava a funcionar, não como da última vez, antes de cada membro da tripulação abandonar a pista e estávamos a um minuto de começar.
A partida correu na perfeição, o que me permitiu ir da P12 para a direita atrás do Carlos e depois da próxima curva, graças a ele não me ter visto bem, pude chegar à sua frente e tentar apanhar o Lando. Os meus primeiros maus sentimentos baixaram até à 25ª volta, onde de alguma forma comecei a estragar os meus pontos de ruptura, levando-me a perder 2 posições. Deixou-me com a luta pela minha posição de partida durante uma volta inteira, pois sempre que conseguia uma distância entre mim e a Ferrari, ele ganhava tudo de volta nos cantos, pois eu ia sempre demasiado longe e lutava para virar na velocidade de que precisava para me manter à frente, para que eu fosse o único na liderança nas saídas.
“ Preferimos perder uma posição do que o carro, Winola. "Ouvi Aaron no meu ouvido quando chegámos à meta na volta 27 e cruzámo-la.
“ Eu sei. É como se eu não conseguisse encontrar onde partir. A linha habitual simplesmente não funciona. "Respondi enquanto fazia asneira na próxima curva novamente, agora para a terceira volta consecutiva. Não percebi bem o que estava a acontecer até chegarmos à sétima curva e tudo me caiu em cima.
Com a recta mesmo antes da curva estava a ir demasiado depressa para me aperceber a tempo de que os meus travões tinham cedido completamente. Já estava fora da pista de lado e no cascalho quando finalmente compreendi o que estava a acontecer. Conseguia sentir as rodas a ficarem presas no chão mais macio, mas nem sequer consegui me apoiar na batida que obtive da parede do pneu assim que o carro entrou a toda a velocidade e já de cabeça para baixo. Os meus ouvidos estavam a zumbir quando finalmente senti tudo parar e o ar encher-me os pulmões depois de tudo me ter espremido durante o impacto. A minha cabeça encostou-se ao encosto da cabeça, dando-me um segundo para respirar fundo antes de ter de começar a pensar em sair do carro, ou mais como destroços, pois tinha a certeza de que já não havia qualquer ligação entre várias partes do carro.
“ Winola, você está bem? Por favor, diga alguma coisa se me ouve. " O rádio voltou a ligar, fazendo-me limpar a garganta com uma ou duas tosses.
“ Estou bem. "Respondi brevemente, levantando as mãos dos meus lados para tirar o volante e deixá-lo cair do cockpit. As minhas mãos tremeram, tanto pelo choque que atravessou o meu corpo durante a queda, como pela frustração que senti por ter perdido a oportunidade de ganhar pontos depois de tudo o que aconteceu antes da corrida. Ainda mais quando percebi que este não era o meu erro, não fiz nada que pudesse fazer falhar os travões. Não tinha travões". Nenhum. " Acrescentei, desligando-me e tirando os cintos de segurança, pois com uma mão tentei evitar que caísse para fora.
Subi lentamente para fora do naufrágio, mantendo-me numa posição de joelhos ao lado do corpo, olhando para todos os danos que foram feitos ao corpo e a todas as rodas. Com um suspiro frustrado, tirei o capacete, empurrando a balaclava da cabeça, enquanto me sentava na parte de baixo do corpo, ao ficar tonto de repente. Olhando um pouco para cima com a cabeça nas mãos, pude ver o carro médico a chegar ao local, e sentei-me mais direito quando um dos médicos veio verificar-me. Disse-lhe que estava tonto mas que não sentia outra dor que não fosse um pouco de dor no pescoço e nas costas e, felizmente, ele não sentiu que eu tivesse de receber demasiados cuidados de pacientes. Levaram-me de volta para a sala médica, examinando-me mais uma vez para se certificarem antes de me deixarem ao meu próprio treinador, que sabia muito bem o que fazer em relação a pequenos ferimentos de acidente.
Foi durante a nossa caminhada de volta à garagem quando tudo me atingiu mais uma vez e percebi que depois de tudo o que as pessoas disseram sobre mim por causa das minhas respostas na sala de conferências, apenas lhes dei ainda mais razões para mostrar que não devia ter um lugar neste campeonato. Limpei os olhos ao passarmos os portões, mas depois deixei cair as minhas lágrimas porque sentia que já não importava, já estava numa situação que não conseguia resolver sozinha. Já não me importava mais, nem mesmo quando sabia que estávamos a passar por fotógrafos. Mark tentou ficar no meio para me proteger dos olhares questionadores e de todas as câmaras, embora ambos soubéssemos que isso não iria ajudar muito. Quando finalmente voltámos à garagem, sentei-me imediatamente ao lado de Aaron para assistir à corrida, enquanto Mark me arranjava uns pacotes de gelo para o pescoço.
Aplaudi lentamente quando Daniel cruzou a linha no P4, sabendo que ficaria frustrado por perder o pódio, mas ainda estando feliz com o seu desempenho. Fiquei orgulhoso dele, mas a dor fez-me permanecer no meu lugar enquanto a equipa saía para celebrar com ele. Os ecrãs apareceram quando voltaram para o poço, estacionando os carros antes de saírem para poderem abraçar os membros da equipa com sorrisos largos. Vi como os três primeiros pisavam no pódio e abriram o champanhe, mergulhando todos no líquido depois de a música habitual ter começado. Era estranho ver toda a felicidade enquanto a desilusão me consumia por dentro. Fiquei feliz por a equipa estar cada vez mais próxima, mas isso não ajudou os meus verdadeiros sentimentos.
Enquanto estavam a conversar lá fora, voltei ao meu quarto para me mudar para roupa normal para poder sair para a conversa de análise o mais depressa possível. No entanto, ao entrar na garagem, Cyril ordenou-me que voltasse ao hotel e que descansasse, dizendo que amanhã nos colocaríamos em dia com o trabalho se eu estivesse realmente bem e sem dores. Fiquei aliviado, pois as minhas costas estavam lentamente a matar-me, mesmo sentado, e não sabia o quanto me podia concentrar em toda a informação que recebiam ao olhar para o carro e ver as filmagens. Por isso aceitei de bom grado a sua oferta e entrámos num dos nossos carros que me levou a mim e ao Mark de volta ao hotel. Despedimo-nos rapidamente, com ele prometendo que me iria verificar de manhã, antes de entrar nos nossos próprios quartos.
Ao entrar com um suspiro, deixei cair a minha mochila no chão, ao lado dos meus sapatos de pontapé. Virando-me para o quarto e para a habitação conjunta, vi um carrinho cheio de pratos cobertos que não reconheci. Ao seu lado suspeitei que talvez a equipa o tivesse planeado para que eu tivesse uma pequena surpresa quando voltasse. Tirando o meu telefone, fui telefonar ao Cyril quando puxei algumas das placas para um lado para tirar o pequeno envelope de baixo delas. Assim que o envelope foi aberto e pude ler a escrita nele, esqueci-me imediatamente do meu telefone. Reconheci imediatamente a caligrafia e não pude deixar de sorrir ao terminar a última frase no papel.
O meu dedo já estava de volta no ecrã do meu aparelho, mas uma pancada na minha porta perturbou os meus pensamentos quando voltei a colocar o meu telefone no chão. O que eu esperava não era realmente quem encontrei do outro lado da porta, olhando para mim com o seu olhar desgrenhado.
“ Olá. Acabei de ler a sua nota. "Disse-lhe, ficando a maior parte do tempo à porta, pois não sabia para que é que ele estava aqui. Claro que li as suas desculpas e sabia que não era apenas uma piada ou algo que ele queria usar como um reparo rápido, mas ainda não tinha a certeza de que tivéssemos uma conversa sem outro argumento. "Podemos prometer um ao outro que apenas conversaremos antes de ficarmos zangados ou frustrados com qualquer coisa? E isso é tanto para mim como para si. Ambos fizemos asneira. "Perguntei-lhe e parecia que ele tinha o mesmo pensamento, pois não precisava de mais do que um segundo para acenar com a minha oferta.
“ Sim, devemos. Lamento sinceramente as coisas que disse. Não estava realmente a pensar em como isso o deve ter feito sentir e como já se encontrava numa situação difícil. "Ele soltou um suspiro, o meu sorriso ténue foi-se alargando um pouco. Não esperei realmente mais tempo e afastei-me, esperando que ele ficasse com a ideia e entrasse na sala. "Espero que ainda não tenha comido, porque não consigo de certeza acabar tudo isto sozinho. "Fechei a porta atrás dele, colocando o meu telefone fora do caminho, enquanto o seguia para dentro do carrinho.
“ Esse era o plano, ou ideia, pois não sabia como se sentiria em relação a isso. "Lando deixou sair um suspiro, parando no meio da sala de estar, à espera que eu chegasse ao seu lado. "Adoraria deixar tudo para trás, mas, ao mesmo tempo, há coisas que precisam de ser conversadas, e não apenas esquecidas. "Ele parecia descontrair-se à medida que eu ia arrumando as tampas dos pratos, dando-lhe a oportunidade de escolher algo para o seu próprio jantar.
“ Sim, antes que fique ainda pior. Desculpa por te ter ignorado e afastado. Não fizeste nada de errado, foi apenas... eu a pensar que estaria melhor sozinho. "Abanei a cabeça, sentado no grande sofá, deixando-lhe espaço suficiente para ele.
“ Dificilmente se consegue ficar são sozinho. Não percebi qual era o seu plano de se manter afastado da maioria das pessoas excepto Dan. Mas sinto que agora compreendo com o espectáculo de merda de hoje. "Ele sentou-se à minha frente, segurando o seu prato, mas ainda a olhar para mim. "Não vou mentir, senti-me traído pela forma como nos deu uma imagem bastante diferente da realidade, mas agora compreendo-a melhor. Os olhos das câmaras e as pessoas por detrás delas tornam tudo complicado. "Ele expressou exactamente os meus pensamentos, e eu só consegui acenar com a cabeça, de acordo com ele.
“ Eles tinham o suficiente para analisar sobre a minha condução e quem eu realmente sou. Nunca fui do tipo que se sentisse à vontade para viver tão publicamente, embora saiba que é uma grande parte deste desporto. "Disse-lhe, apesar de saber que a abertura sobre tudo a meio de uma temporada a um rival não era algo na minha agenda. Mesmo que fosse o Lando sentado ao meu lado, ambos sabíamos o que manter do outro enquanto ainda estávamos bem na parte de trabalho do nosso ano. "Não lhes queria dar nada a que se agarrar em relação à minha vida fora da pista. "Sacudi um pouco a cabeça, mergulhando no prato de comida na minha mão e já me sentia um pouco melhor com a forma como não havia nenhuma energia má entre nós.
“ Infelizmente, são eles os que menos sabem sobre os nossos trabalhos, mas ao mesmo tempo falam mais sobre o assunto. É por isso que eles trazem à tona as nossas vidas fora do desporto, uma vez que é mais fácil falar e criticar. "Ele encolheu um pouco os ombros e eu sabia que ele compreendia a minha situação ao passar por ela também na sua primeira época. Não foi fácil para ninguém mudar de uma atmosfera bastante fria de F3 e F2 para a de F1 que foi seguida pelo dobro da quantidade de adeptos em todo o mundo. Foi um passo que seria inimaginável de se dar sozinho, sem que ninguém o apoiasse por trás.
Passar tempo juntos novamente retirou um enorme pedaço da minha ansiedade, Lando tendo um efeito calmante no meu cérebro sempre a pensar demais. Fiz uma pequena pausa nas páginas das redes sociais para as duas corridas seguintes, concentrando-me totalmente em agir normalmente e tentando realmente usar todas as dicas que Susie, Nyck e até Lando me deram, depois de tentar mas falhar durante meia temporada. Estava na altura de encontrar o equilíbrio e não me esconder atrás de tudo o que podia para sair da vista dos meios de comunicação social.
A primeira vez que voltei aos sites foi depois do pódio de Dan, felicitando-o pela sua corrida e apenas dando alguns sinais de vida próprios, como eu planeava voltar a postar como o fiz antes, sem realmente prestar atenção às opiniões externas. Eu sabia que era capaz de o fazer, mas queria que a partir de agora fosse permanente "pelo menos até ao fim da época.
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Eu nem sei como dizer, e nem sei se é isto mesmo que quero dizer, mas há algo de muito errado, e sinto que devo ir embora, que devo partir, e deixar você.
Me assusta o que isto pode causar em você, como você pode reagir, mas minha expectativa é que isto te faça o bem que eu não consigo fazer.
É tão bom quando estamos juntos, produz uma sensação tão gostosa, e me dá momentos tão doces e puros de alegria e prazer. É tão único, tão nosso. Me sinto sua, e isso me causa um prazer imenso, que talvez eu nunca seja capaz de expressar em palavras.
O que me assusta é quando estamos longe. Você aparece com suas bad vibes, não me dá muita vazão para cuidar de você, começa a pirar com as minhas. Mas as minhas sempre foram tão simples de resolver... E você é tão bom em me afastar delas, até mesmo a longo prazo. E você parece ignorar isto tão bem, quase como se desconhecesse que isto acontece, ainda que eu fale isto pra você. Acredito que seja questão de empatia, de sentir, e infelizmente, só o tempo pode mudar isto. Não posso enfiar goela abaixo que você me faz bem; o efeito pode ser exatamente o contrário, e você passar a achar que estou tentando convencer você de uma mentira, só pra você ficar, e isto seria um engano. Tenho medo de que isto possa acontecer.
Eu sempre tenho crises. Eu sempre tive. Mas não conseguimos lidar bem com a existência delas. E a maioria delas vêm por eu estar longe de você, e te querer um monte, e não poder ter. Sei que isso é ser mimada, mas posso sentir e não contar para ninguém, que tudo estará bem. Mas às vezes isso me toma um pouco mais, e transparece nas minhas atitudes, e aí a coisa começa a azedar.
Eu não sei como dizer que eu te quero mais do que qualquer coisa, que desejo ter você, que eu gosto de você, e às vezes acho que já está deixando de ser um simples gostar para se tornar algo mais intenso e duradouro. E isto pode complicar bastante as coisas. Não sei como dizer que acredito que estou começando a amar você. É algo tão puro, e existem tantas formas de amar, mas acho que contar isto para você pode estragar muita, muita, muita coisa. Então, prefiro me convencer de que não é, que é coisa da minha cabeça.
Só queria conseguir te manter por perto, ainda que estivesse longe. E não consigo. E por isto acho que é melhor partir. "Ir embora, mesmo sem querer, mesmo amando, mesmo gostando e não cabendo o sentimento dentro do corpo". Eu não quero. Eu nunca quis. Desde que nos conhecemos rolou algo muito diferente aqui dentro, e de uma maneira muito diferente. Não foi uma excitação, não foi uma ansiedade ruim, não foi um comichão... Foi simplesmente uma paz, um sentimento de calma, tranquilidade. E pouco a pouco, e sem a gente perceber ou entender como, o sentimento simplesmente estava ali, sem que soubéssemos como ele foi parar ali.
E hoje eu acho que é melhor partir, porque sinto que estou destruindo você por dentro.
"Sentimos as coisas de maneiras muito diferentes um do outro."
"Coração é terra que não se pisa."
"Se acabou, não era amor." (My mistake. Não sei, eu deveria pegar um tempo, sentar, e pensar no que de fato penso sobre o amor. Mas acredito que se trate de escolha, também. Talvez o amor possa existir, e a escolha acabar. Mas não sei o que dizer quanto ao sentimento em si, se ele vai, se ele fica, se ele existiu ou não. Eu não sei... mas pensar sobre isto agora pode piorar ainda mais o que está acontecendo aqui dentro.)
"Nossa parceria é estranha."
"Se você não gosta de você, e diz que gosta de mim, por que você quer me dar você? Você quer me dar algo ruim?"
Por essas e outras, eu realmente acho que já falei muita besteira, e estraguei muita coisa entre a gente, e acho que a melhor escolha, a escolha mais sensata, que apesar de dilacerar agora, vai ser a que menos vai doer, é eu ir embora. Eu sei que você não vai. Então, eu tenho que ir.
Eu não quero. Eu não quero, mesmo. Eu não vou conseguir me olhar no espelho sem me odiar por esta escolha, mas eu estou destruindo você, e não acho que isto possa dar certo. Não com tudo que tem acontecido. Eu queria, eu tentei, eu me esforcei, mas quando mais me aproximo, mais crises você tem, mais triste e agoniado você fica, e mais pra baixo eu fico, porque sei que, no fim das contas, é a minha própria essência que está causando isto em você. É como se fosse tóxico, como se fosse venenoso. Você sempre me diz que você é tóxico, mas vejo você quase adoecer quando me aproximo um pouco mais. E se você realmente fosse tóxico, e o que saísse de mim fosse doce, os efeitos não seriam como são. Tudo aponta que a toxicidade vem de mim.
Eu não suporto ver você sofrendo. Eu não suporto quando tenho que dizer as coisas porque você não percebe. Eu não suporto quando tenho que procurar as palavras certas porque você não consegue encontrá-las. Não gosto quando tenho que dar dicas do que o meu corpo e minha mente estão pedindo. Eu queria que as coisas encaixassem, fluíssem, mas é uma brincadeira de sempre dar pistas e girar em torno do que se queria que fosse dito, porque o dia não pode terminar bem se não for assim. Não há sorriso, não há tranquilidade se não for assim.
Enxergo orgulho e arrogância em você, e enxergo em mim também, mas lidamos com isto de maneiras muito diferentes, e o mundo está começando a cair ao nosso redor, porque tudo o que sai de um, quanto a sentimentos e desejos, destrói o que tem no outro.
Apesar de gostar tanto de você, e sentir que amo você (mesmo!), e saber que você diz que gosta muito de mim, isto está se provando ser impossível de continuar. Não conseguimos passar sequer um mês sem ter uma das crises que tanto evitamos, e que nos afasta.
É a Lucy que desliga, e o caldo engrossa, é o sono que vem, e o dormir que azeda as coisas. Não conseguimos lidar bem com a ausência do outro, e isto está começando a ficar grave, e complicar as coisas.
Eu não sei o que fazer, mas eu VEJO que a bagunça que causei em você é grande demais para eu tentar reparar. É melhor eu ir, e torcer para que você fique bem. Você é bom nisto. Pelo menos disse que sempre foi. O que me preocupa é que isto pode não ser por culpa minha, vir de anos, e ter explodido agora, e eu ser quem iria te ajudar a sair daí, desse negócio de tantos anos. Mas você fala com uma saudade tão grande de tempos passados que não consigo acreditar que naquela época havia algo de errado. Mas hoje tem. Naquela época não tinha eu. Hoje tem. É fácil calcular. Pra mim é. Sempre fui problemática, mas nunca encontrei alguém que absorvesse todo esse bolo ruim de dentro de mim. E você, além de ter o seu próprio, por algum motivo que desconheço, absorve o meu.
Não consegui colocar um sorriso duradouro em você até hoje, com exceção de um único dia nesse quase um ano que nos conhecemos, e não vou conseguir repetir a dose. Foi nosso primeiro beijo. E nenhum outro beijo será o primeiro novamente.
Eu não sei se meus braços são compridos o suficiente pra te salvar do precipício, e não quero correr o risco de você chegar lá.
Acredito que você é melhor sem mim. É o que tudo indica.
"Sinto falta da tranquilidade, da simplicidade."
E eu sei que eu sou complicada. Sempre soube. E isto está te matando aos poucos. E não vou ficar assistindo a morte do meu amor por culpa minha.
Eu preciso partir. Eu preciso te deixar. Eu nem sei se é isto mesmo, mas sinto isto muito intensamente, como nunca senti antes, e acho que é hora de eu tentar te salvar, de verdade.
Minha família não se encaixa pra você, minha maneira de sentir não se encaixa para você, minha religião não se encaixa para você (se é que eu tenho alguma), meus costumes não se encaixam pra você. Eu não sei o que sobra que faça você ficar, mesmo que por um curto período, algumas horas, por alguns dias da semana.
O que mais dói é que eu quis ficar. Eu quero ficar. Eu sei que é no seu colo que tem o conforto que nenhum outro vai me dar. É no seu beijo que tem calor, risada, provocação e desejo. É no seu abraço que tem carinho como nenhum outro tem. E é você que eu quero, mais do que qualquer coisa, mais do que qualquer pessoa. E eu estou mudando minha mente para poder ter você, e isto não é ruim; nem de longe é ruim. É bom. E digo por que é bom: porque eu nunca tive um relacionamento antes, e agora estou tendo algo próximo de um, e isto muda minha mente no sentido de eu experimentar o que nunca experimentei, e ver como é bom. Mas acho que dado o seu histórico, você não vai ter muita paciência pra me ensinar, e me esperar aprender. Não o culpo. Não sei se eu teria se estivesse no seu lugar. Nem passei pela experiência de ter, o que o dirá de ter que ensinar alguém.
E DEUS, como eu gosto de você.
"Você ou é vítima, ou tem razão."
Espero que com este texto, você entenda que em uma crise eu mostrei uma parte, em outra crise eu mostrei outra, e agora você tem o panorama completo. Ou quase. Nem eu sei qual é o panorama.
Eu estou cansada, eu não tenho tempo para pensar, para ouvir uma música, deixá-la correr pelas minhas veias e produzir um texto com lágrimas. Faz anos que não consigo. Consegui apenas uma vez, em anos. E foi na última carta que dei para você. Antigamente, eu faria o que eu fiz naquelas quatro páginas em poucas linhas. Eu não era tão confusa, tão cheia de palavras desconexas, e caos, e bagunça...
Eu era mais simples...
E sinto falta de algo que eu nem sabia que eu tinha.
Hoje sei.
E não posso tentar reparar em você um buraco que eu nem sei onde começa. O perigo é eu me aproximar, e nossas feridas nos unirem, nos cicatrizarem juntos um do outro, sem nos deixar separar. E isto pode parecer lindo, mas assusta demais. É o que dói em você. É o que te deixa perdido. Eu deito no seu colo para tratar das suas feridas, e as outras que eu vou tratar assim que terminar de limpar as que estou limpando, começam a grudar nas minhas. E isto te assusta. Me assusta.
Eu já nem sei mais voltar, e dar um fim neste texto, neste monte de coisas sem sentido algum. Eu não sei o que dizer, eu não sei o que escrever...
Eu amo você...
"Mas somos tão novos, talvez nem saibamos o que é amor."
Se amor realmente existe, deve ser algo muito próximo do que sinto. Eu tenho vontade de ter você, e não pra ficar de graça, beijar, e deixar outras coisas acontecerem. Tenho vontade de te ter pra sentir seu cheiro, pra te ver sorrir, pra te assistir, pra poder cuidar de você como não posso cuidar por estar longe. Só quero estar junto. E isto, pra mim, é o começo de um amor.
Não me julgue. Não faça isto doer.
Mas preciso ir embora enquanto eu ainda não consigo definir o que é este sentimento, porque se for amor, e eu descobrir isto enquanto você estiver aqui, teremos mais feridas do que tínhamos antes de nos conhecer.
Antes, você procurava alguma moça, saía, transava, fazia o que queria fazer, e a vida era simples. Hoje, por minha causa, não é. E, por isto, me vejo na obrigação de partir.
Apenas não deixe isto doer em você como dói em mim. Não suportaria saber, e ia querer voltar, mas não posso. Não posso ficar. Eu estou te matando. Eu sinto que estou te matando. Eu sinto que estou tirando algo à força de você, sem que você sequer me tenha dado o direito de conhecer ou saber o que é.
Eu tirei o prazer carnal que você tinha, e você me diz que não é disto que sente falta, que não é isto que quer, "que já teve uma dose muito grande disto no começo de 2017", mas te vejo precisando disto cada vez mais, e sabemos que não posso dar isto pra você.
Eu tirei a simplicidade da sua vida de "estou solteiro, quero sair, quero beber, quero dar uns beijos e, se rolar algo mais, ótimo". E me sinto um monstro horrível por isto. É como se não pudéssemos procurar nossos próprios prazeres juntos, porque seria errado, seria estranho. É estranho beber um copo de chopp na minha frente. Imagine sair e beber comigo. Não pra encher a cara, mas por gostar, tão somente. Gostar da bebida, da comida, da companhia.
E isto está cansativo. Para os dois.
Preciso deixar você, sendo esta a última coisa que, de fato, quero fazer, se é que quero fazer isto, afinal de contas. Sei que não.
Eu irei, mas temos que saber se a ferida for grande demais e precisarmos um do outro, se podemos voltar, ou se devemos deixar o tempo curar. Se passaremos anos longe um do outro, talvez sem nunca mais nos encontrarmos, ou apenas alguns momentos, para nos encontrarmos logo em seguida, e estarmos um no outro. Mas aí é que está o problema. Arriscamos sem saber. Não dá pra saber. Ninguém sabe. Ninguém sabe o que acontece amanhã...
Eu te quero, mas não posso te ter sem te destruir (é o que o tempo está mostrando)...
Eu não sei de onde vai sair um sorriso estando longe de você...
Mas espero que minha ausência te dê prazer, sorrisos, noites tranquilas, calmas, e dias mais simples.
Obrigada por tudo. Pelo tempo, pelas coisas que aprendi. Mas não há mais nada que possa ser aprendido ou ensinado sem machucar mais. O processo de me ensinar, me mostrar, está te matando.
Preciso de você, mas seria egoísmo ficar sem dar o que você quer.
Se eu tiver sucesso em te deixar, ver você feliz longe de mim, eu vou poder morrer em paz. Quem sabe morrer por mim mesma. Te ver bem, sorrindo, feliz, com aquilo que tem desejado há tanto tempo, com alguém que te faça o bem que eu não consigo fazer você sentir.
E eu não sei nem como te dar um oi, como me reaproximar, como tirar essa parede do meio do caminho, e rir com você, ter um dia simples, gostoso.
Só preciso ir...
E falei, falei, falei, mas não disse nada. Minha mente está cansada. Antigamente, eu encontraria o problema, e resolveria. Hoje eu nem consigo pensar.
De qualquer forma, preciso partir...
Sem querer...
Querendo ficar...
Querendo te amar....
Querendo me dar para você...
Querendo ser sua, e ser o que você quiser, te deixar fazer o que quiser comigo, desde que esteja comigo...
Querendo dormir ao seu lado, e acordar ao seu lado...
Viver nossas músicas e nossas frases um com o outro...
Viver nossos sonhos, nossos desejos, e vontades...
E, no fim das contas, o que dois jovens podem saber sobre o amor? Mas frases tão poéticas e tão rancorosas, de pessoas tão ranzinzas, não mudam o sentimento que tenho por você. Porque, no fim das contas, cada um ama e deseja no seu individual; não podemos amar um ao outro, não podemos nos desejar juntos. Mas cada um no seu individual sente como é, deseja como é. Você absorveu tão para si tudo que já te falei, que virou eu, e não sobrou você. Quando proponho algo, espero você, e você me dá o que eu falaria. Quando te contei sobre determinadas coisas, a intenção era que fosse um aviso, e não que você virasse eu. Mas tudo bem, não há motivo para chateação. Sempre vivi minha vida da forma como ela está tendendo a ser. A única diferença é que agora tem você. Mas não está sendo diferente, porque você está sendo e agindo como eu agiria. E não estamos arriscando. Não estamos tendo nada diferente. E é isso. Quase pura vitimização, ainda que seja verdade. Por isso, mantenho pra mim. Quem sabe surja um momento em que compartilhar isto não seja vitimização. Ou eu simplesmente possa sucumbir ou matar tudo isto aqui dentro. E voltar a ser o que era. Ou morrer junto com tudo isto.
05 de março de 2018.
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O amor não tem DNA - 82
As crianças tinham consulta com a pediatra, eu iria sair de lá da escola direto com Júlia para a consulta. Então liguei para o Mateus, para que ele fosse nos encontrar no consultório levando o Joel que estava em casa.
Após irmos almoçar em um restaurante ali próximo, e ao chegarmos no consultório fiz a ficha dela e do Joel e estava aguardando o Mateus chegar com ele.
- Mãe, eu quero ir ao banheiro -a Júlia me chamou-
- Vamos lá -nós levantamos e eu a levei até o banheiro-
Assim que voltamos para a sala de espera vejo uma moça sentada em nossos lugares, ao lado dela tinha um rapazinho que parecia ter mais ou menos a idade da Júlia, a moça era conhecida e eu tinha certeza que conhecia ela de algum lugar, eu olhei bem para ela e ela sorriu, um sorriso cínico, e claro que era ela a Vanessa.
“Não é possível” -eu pensei-
Procurei por outro lugar para eu a Júlia sentarmos e a moça continuava a nós olhar, logo eu vi a porta da clínica se abri e vi meu marido entrando carregando o Joel e no ombro vinha uma bolsa a tiracolo.
- Oi -ele disse sorrindo e me beijando e em seguida beijando a Júlia- Demorei?
- Não, tem duas pessoas na frente deles -eu disse e peguei o Joel, e a Júlia foi para o lado do Mateus-
- Você quer que eu fique com vocês? -ele me perguntou-
- Eu gostaria, mas se você tiver que voltar pra empresa tudo bem -eu falei e toquei seu rosto-
- Tá tudo tranquilo lá, vou ficar aqui com vocês então -ele disse me dando um selinho e depois deu uma olhada em volta-
Eu fiquei esperando pelo momento que os olhos dele encontrassem os da Vanessa e assim aconteceu, e ele me olhou surpreso.
- Sim, é ela mesmo -eu disse a ele antes que me perguntasse o óbvio-
- Ela falou com você? -ele perguntou-
- Não! Só sorriu do jeito cínico dela, o que me fez reconhecê-la -eu disse e revirei os olhos enquanto colocava o Joel para mamar-
- Será que esse menino é o filho dela? -ele parecia curioso-
- Com certeza, ele deve ter quase a idade da Júlia, já que descobrimos a gravidez perto dela completar um ano -eu disse olhando pra Júlia que estava entretida com uns livros de colorir em uma mesinha em nossa frente-
- Como o tempo passa rápido, né?! -o Mateus comentou e ainda olhava pra eles e logo em seguida olhou para o Joel em meu colo- Como será que seria se o filho dela fosse realmente meu? -ele perguntou tão baixinho que eu quiser não consigo ouvir, creio que foi mais um pensamento do que um desejo real de me perguntar aquilo-
- Eu não faço ideia de como seria, só não acho que teríamos tanta paz como temos -eu ri fraco- Se bem que depois da Carla voltar eu que não duvido que a Vanessa vá dizer que se o testa estava errado.
- Não há essa possibilidade -o Mateus disse- Vamos mudar de assunto.
- Eu acho bom -eu disse e ri-
Ele começou a usar o celular e parecia resolver algumas coisas da empresa e a minha mente ficou em “parafusos” pensando naquele dia do resultado do teste de DNA.
Tinha alguma coisa errada com essa história, porque para ser feito o teste com a amostra do bebê dela ela tinha que permitir isso, mas ela pegou uma amostra da Júlia, que no final deu um resultado negativo e já sabemos que a Júlia realmente é filha do Mateus.
“Se não foi a amostra dela de quem foi então?”
“Será que o filho da Vanessa pode ser do Mateus”?
“Mas se fosse porque ela não o procurou para que ele assumisse a criança”?
A minha mente não parava e eram muitas perguntas e eu queria a resposta de todas elas, eu as queria para hoje e para agora.
Eu a vi levantar e ir em direção ao banheiro e essa era a minha chance, eu deixei o Joel com o Mateus e a segui até o banheiro. Eu fiquei ali fora esperando ela saí de uma das cabines e notei a surpresa dela ao me ver escorada na porta de saída impedindo a sua saída.
- Me dei licença, por favor -ela pediu-
- Eu preciso falar com você -eu falei-
- Mas eu não tenho nada para conversar com você -ela disse tentando me afastar da porta- Se você não me der licença eu vou gritar.
- Não precisa fazer escândalo, eu quero só que você me responda uma coisa -eu lhe encarei- Só uma coisa.
- O que você quer saber? -ela disse se afastando e revirando os olhos pra mim- Não, eu não sou mais apaixonada pelo seu marido, na verdade nunca fui. -ela já foi logo falando-
- Não era isso que eu iria perguntar, mas já é bom grado saber disso -eu ri um pouco-
- Fala logo o que quer saber, meu filho tá lá fora sozinho -ela disse e parecia preocupado-
- É sobre ele que eu quero falar -eu disse e ela logo ficou meio assustada e isso me deixou preocupada- Me fale a verdade, ele é ou não filho do Mateus?
Eu notei a surpresa em seu rosto se tornar ainda maior com a minha pergunta, eu estava tão ansiosa pela resposta que não podia esconder meu nervosismo ao apertar minhas mãos umas contra a outra.
- Por que isso agora depois de cinco anos? -ela perguntou- Qual a diferença ?
- Toda a diferença. Se ele for filho do Mateus, ambos precisam saber disse e precisam conviver um com o outro. -eu falei tentando parecer calma com aquela situação-
- Você não precisa fingir que vai aceitar meu filho como se fosse seu, igual você fez com a Júlia, afinal você já está lá dentro da casa -ela riu-
- Eu jamais faria isso, Vanessa -eu disse incrédula com esse pensamento- Eu só acho que se for filho do Mateus, eles precisam saber disso.
- Você tem certeza que quer saber a verdade? -ela indagou-
- Sim -eu falei e tentei não parecer desesperada pela resposta-
- Tudo bem -ela disse e pegou na maçaneta da porta já para abrir- Não, o meu filho não é filho do Mateus -ela disse calmamente e eu soltei o ar aliviada e ela riu- Não parecia óbvio? Eu tentei forjar um exame de DNA com uma amostra da Júlia para que desse positivo, o que não foi o caso, se eu fiz isso era porque eu tinha certeza que ele não era do Mateus.
- E porque você tentou nos enganar se sabia que não era apaixonada por ele? -eu indaguei-
- Imaturidade, Giselle -ela abriu a porta mas permaneceu ainda dentro do banheiro- Eu queria um lugar que jamais conseguiria e queria da pior forma, eu queria a vida fácil. Mas hoje eu sou uma outra pessoa e estou tão feliz quanto vocês aparentam também estar.
-Eu fico feliz por isso -eu disse- Você não perguntou, mas a Júlia é realmente filha do Mateus.
- Mas no resultado deu negativo -ela parecia surpresa-
- Deve ter tido algum engano na hora de fazer o exame, nós refizemos o exame. -eu comentei-
- É, realmente não era pra acontecer -ela riu- Tinha que ser assim, do jeitinho que foi.
- Sim -eu ri-
- Eu preciso ir agora, até por aí -ela riu e saiu do banheiro sem esperar eu me despedi-
Após esse momento foi como se eu tivesse tirado um fardo de minhas costas, era como se minha vida tivesse voltado para o eixo naquele instante. Agora eu só precisava lidar com a ideia de ter que dividir a Júlia com a Carla mesmo que isso me cortasse o coração.
Sai do banheiro e o Mateus olhava apreensivo na direção dele e creio que tenha visto a minha demora e notou a Vanessa saindo de lá e com certeza já estava imaginando o pior. Eu sorri e caminhei até eles, lhe dei um beijo e ocupei meu lugar ao seu lado, pegando o Joel outra vez para meu colo.
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03/01/2020 - 02:55 (minha/sua/nossa indiferença)
Bom diatardenoite. Não faço a menor ideia de qual horário tu vai ler isso, e muito menos se vai um dia ler de fato. Com teus horários meio aleatórios e tua falta de vontade em dar atenção às minhas besteiras.
Mas lê. Que adiante tudo vai fazer sentido. Ou vai fazer menos sentido ainda, ou talvez nunca faça. Considere uma aposta.
Ou não lê e faz o que tu sempre fez: nada. Ou tanto faz, nesse texto tu é mero coadjuvante. Aprendi que você não merece posição de destaque na minha vida e nos meus sentimentos. Me sinto mais leve digitando esse texto e deixando ele intocado no meu simbólico caderno velho e surrado.
Mas se ler, talvez te renda algumas boas risadas... Pelo texto estar legal ou simplesmente por deboche, a origem não afeta o fim e te fazer sorrir por um fim foi algo que eu almejei muito, então que se faça agora.
Talvez você saiba que eu dei um jeito de apagar meus textos do Tumblr antigo e demais redes sociais, talvez saiba, mas eu duvido. Às vezes eu posto num Tumblr privado que ninguém conhecido tem, há coisa demais lá, pedaços da minha alma. Talvez você se pergunte o motivo disso, mas como não sei, então não vou responder, só quero que tu saiba que isso tem me deixado feliz, e agora eu não escrevo mais pra ninguém personificado como você e não crio conspirações onde você talvez esteja lendo por ter achado a conta, o que consequentemente tem me deixado menos maluca, só que você também não deve se importar com isso então vou ficar por aqui.
Sendo essa desajustada que eu sou, eu fico me prendendo de forma consciente a qualquer besteira que tente explicar minha confusão, tipo dizer que eu sou "ISTP" ou a mais barata interpretação de sonhos que faria Freud se revirar no túmulo com força suficiente pra ligar um gerador e alimentar um bairro inteiro. Enfim, eu fico atenta ao meu "sexto sentido" e esses dias me peguei comentando como a Terra é uma bolinha de água e lama (ou disquinho, segundo terraplanistas) pequeno demais e que as coisas e pessoas vão e voltam muito rápido tanto no sentido material quanto no subjetivo. A realidade aqui voa e tudo tá em transmutação constante, ressignificando a si mesma... Fato é que eu sonhei com você uns dias antes e isso me fez pensar durante dias a fio, talvez você não entenda minha obsessão pelos meus sonhos, mas eu consegui compreender que não conseguia te deixar ir por birra, não mais por amor. Será que não é egoísmo demais sentir toda a raiva que eu tenho sentido de você? Mesmo que eu não estivesse mais sendo diretamente magoada pelas suas escolhas. Eu não conseguia te deixar ir.
Definitivamente meu núcleo denso me faz ter gravidade proporcional, e as coisas vão e voltam sejam para (habi) (orbi) tarem, pra me torturar ou para, por fim, findarem.
Embora meus sentimentos por você ainda sejam uma confusão instável que eu ignoro por estarem em estado de letargia permanente. Acho que ainda são um misto de mágoa, raiva e gratidão. Não te amo mais faz tempo. Eu me mantive no após, em estado contemplativo, acreditando que a gente deveria ter conversado mais, ou pelo menos direito da última vez, porque o sentimento de parcialmente é que me faz sentir a necessidade de falar contigo novamente. Até que eu entendi que o fato de que as coisas poderiam ter sido diferentes não significa que elas poderiam ter sido melhores.
Só que algumas coisas só poderiam ser faladas ao vivo, math, mas nunca serão. Porquê essas palavras já me escaparam há tempo demais e se perderam de seus próprios significados e propósitos. E nem nada próximo disso, dadas as circunstâncias dos envolvidos e que sempre te incomodaram, fora que essa deve ser estratosfericamente longe a última das suas prioridades, principalmente pela forma como você deixou claro o desejo de que tudo isso simplesmente acabasse. Mas, se daqui alguns meses, você sentir vontade de desligar os aparelhos ou usar um desfribilador, sabe onde me achar.
Essa conversa nem é só pra me dar paz, porquê pra isso esse texto serve pra tapar 90% do buraco mas ele também serve pra eu parar de te odiar e finalmente me dar o luxo de sentir um belíssimo monte de nada por você, e assim nossa falta de reciprocidade (tanto em matéria de amor quanto de ódio) vai ser recíproca. Eu nem sei quantas vezes você bateu o dedinho pelas quinas da vida, deixou o celular cair, teve um guarda-chuva arruinado pela chuva ou perdeu o ônibus. Talvez algumas dessas coisas não tenham sido mera obra do acaso. Talvez tudo isso tenha sido o mais puro e refinado ódio condensado à vácuo que eu tenho cultivado por você aqui no cantinho pra economizar espaço, paulatinamente me conduzindo a te desejar o pior entre o céu e o último círculo do inferno dantesco, e acredite que agora eu estou sendo totalmente clara sobre como você fez eu me sentir nos últimos minutos do filme de drama que a nossa correspondência veio a se tornar mas que de agora em diante só as forças arbitrárias da aleatoriedade cósmico-kármica universal ajam a favor das suas topadas matinais e azares diários.
Aliás, eu te disse sobre como você me fez sentir patética? Eu não sei se nossa relação se transformou numa sucessão de desencontros e mal-entendidos ou se você simplesmente esteve me enganando o tempo todo e aí realmente cansou. Sabia que eu realmente chorei todas as últimas vezes que tentei manter algum diálogo contigo? Naquele dia depois do ano novo eu realmente precisava conversar com alguém e queria só um pouquinho de empatia, mas tu me escurraçou como provavelmente não faria nem com um doguinho. Eu estava morrendo por dentro aos pouquinhos, e acredito que tenha morrido mesmo porque não me reconheço mais nos textos antigos que te escrevi e a cada vez que eu escrevia pra me aliviar ou refletir sobre como nada ia melhorar... E chegou num ponto onde eu só conseguia pensar friamente.
Acho que pensei tão friamente que me confundi com você.
Eu percebi que NUNCA te tive nem como amigo, no fundo você sabia que eu estava em suas mãos e sempre esteve ciente de que mesmo que eu tentasse me afastar, acabaria voltando com o peito apertado, doendo de saudade. E rastejaria pela tua atenção porque era inconcebível pra mim uma realidade onde eu não teria tuas mensagens pra me proporcionar a sensação de familiaridade. Eu ainda não sei porque me sentia tão acolhida com você, no fim das contas, os únicos créditos a isso são a sua atuação digna de Tony Awards (Oscar é muito clichê).
E não, eu não estou dizendo que você não sentia nada por mim. Nós dois sabemos bem que você se apaixonou, mas não foi por mim: foi pela minha pele alva, seios fartos e cabelo cobre e rebelde. Foi por esse estilo de vida pseudoniilista e a síndrome de manic pixie dream girl. E nesse ponto eu assumo totalmente minha parcela de culpa: eu nunca quis que você conhecesse outra dimensão de mim até que fosse tarde demais pra ti conseguir gostar daquilo também... No fim das contas eu preferi me adaptar a tua dieta de migalhas emocionais, com seu meio sentimento e falta de interesse num ser humano real. Eu me fiz fácil, simples e unidimensional porque achei que você jamais gostaria da Júlia. Mas aí, a Júlia começou a sentir necessidade de ser gostada por você, porque ela realmente amava o math. Eu cheguei no ponto de finalmente conseguir ver que isso não era um amor real, que era unilateral e era só eu gritando sozinha pra um abismo e torcendo pro eco voltando ser afeto. Era só eu sedenta por me preencher por algo... Eu te amei quando te conheci. Eu te amei quando você se foi, e eu precisava continuar te amando pra ter algo pra usar como espantalho, um tipo de tótem pra comprovar que tinha um motivo pra melhorar e me alegrar, um bote de esperanças pra me apoiar durante o naufrágio de um relacionamento fadado ao fracasso. De certa forma me ajudou, até piorar tudo de vez. Eu me acostumei a viver num mundo imaginário e hipotético, você se apegou a um balão furado em forma de ser humano, eu me acostumei a performar uma versão pequena de mim.
E quando você se foi, eu resolvi mergulhar fundo em mim, pra ter noção do quão profundo aquela imersão poderia ser, pra ver quem era aquela garota que nem eu conseguia amar, porquê ela tinha aquela necessidade e como eu poderia supri-la. E eu consegui ver a dimensão e o absurdo em deixar de ser o meu todo porque você gostava do meu meio, eu consegui ver que lá no fundo existia um brilho avermelhado, mas não era fúria.
Era simplesmente a minha essência que você nunca conseguiu gostar. Só que eu sim, math, eu consegui abraçar e nunca mais soltar e eu consegui aprender que essa é a minha melhor parte, a parte que até eu tenho dificuldade em gostar, a parte que não se importa se deve algo a alguém e simplesmente é o que é. Que transborda autenticidade, tem seu lado triste, claro. É como um cão que apanhou do dono, e é esse medo agressivo que vai te impedir de se aproximar de mim de novo, e de que nós caiamos naquel mesmo ciclo vicioso.
Minha essência renegada te afasta e talvez te enoje, e é assim que tu me fará o favor mais lindo de todos: tua ausência permitiu que eu me afogasse no meu próprio oceano, de forma que não tinha mais como me afogar nas minhas próprias súplicas por você. Eu me salvei de ti, ironicamente, graças a você. Agora você assiste isso da sua canoa na superfície do meu cabelo ruivo, já que sempre foi o que prendeu tua atenção, espero que você reme até a praia e deixe pra trás a vontade de voltar a nadar nesse litoral.
Naquele dia eu chorei te mandando mensagem no ônibus, falando como tava me sentindo sufocada e morrendo, supliquei tua ajuda, e tudo que você fez foi desdenhar e pedir que eu fosse embora, como se espirra inseticida num bicho peçonhento, eu vejo agora que não posso mais voltar pra superfície nem pra respirar, e que as ondas do meu mar teriam que ser fortes o suficiente pra te amendrontar o suficiente pra nunca mais entrar (isso justifica o texto? Talvez)
E nesse momento eu consigo te agradecer, por causa momento que você me matou um pouco, me assistiu morrer e por cada um que você deixou de morrer um pouquinho por mim. Por casa momento que você me deixou imersa na sua lagoinha emocional, que me ajudou a ver o quanto ela era rasa pra mim, nadar no meu próprio mar era mais emocionante e recompensador, as águas quentes daqui eram um abraço morno e não um tapa gelado. Era pouco demais ser teu refúgio secreto, eu só queria o direito de ser tratada como um ser humano.
Hoje em dia, finalmente morta por dentro, esse cadáver se arrasta por aí e é quase uma zumbi totalmente recuperada (mas com sequelas).
Ah, uma novidade que você talvez queira saber, é que quem eu sou, não está mais reprimida no fundo de mim, acuada pelo medo da impressão alheia. Fiz questão de deixar ela num farol, bem a mostra, pra evitar que qualquer um passe por mim sem notá-la, tornando tudo claro e me trazendo de volta pra mim mesma, sempre. Independente de quão longe eu vá por qualquer um.
E eu só consegui fazer isso porquê deixei ela tempo demais no escuro do teu meio-sentimento.
Aliás, obrigada também pelas madrugadas perdidas com alguém que nunca existiu por um sentimento que era menos real ainda; você inevitavelmente sempre vai ser o melhor muso inspirador que eu poderia ter para escrever minhas crônicas tristes. Nesse tempo que a gente não se falou eu tenho buscado mais background em filme francês cult triste dos anos 60, músicas da Beirut e algumas garrafas de vinho. Eu repeti em loop, por várias e várias noites, o mesmo filme na tentativa de me distrair da espera pelas suas mensagens. Até que em determinado momento, os filmes alternaram, e eu não esperei mais nada de/por ti.
Por mais que eu não fosse dispensar conversar contigo ou com qualquer um sobre algumas cenas de "Christiane F"
Você deve ter percebido pelo andar do texto, que apesar de estar aprendendo a me amar, eu ainda sou a mesma vaca sarcástica de sempre, a mesma que você conheceu, e isso é um ponto.
Eu não encanto nem causo pena, eu nunca vou ser o tipo de garota que arrancaria um "own" de alguém, e você provavelmente sabe disso. Eu não sou doce e creio que de agora em diante serei menos ainda. Então vou me autointitular "agridoce" aquele gosto meio amargo e meio doce que incomoda um pouco o paladar.
Alguém por aí provavelmente aprecia muito, talvez eu encontre essa pessoa. Talvez não.
E no fim das contas, qualquer uma das opções é "tudo bem" porque eu gosto.
Tudo bem.
Da nãomaisua, Jules.
#poesia#desabafo#relacionamento#finais#textoscrueisdemais#escrita#crônicas#o fim em doses homeopáticas
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Falar de amor é fácil, difícil é viver, eu que amo um bom filme de romance, estou vivendo o pior deles.
Lembro como se fosse hoje: “2 anos atrás, comecei a trabalhar e isso consequentemente fazia com que eu fizesse um curso, esse curso seria toda quarta feira, e duas segundas ao mês, minha chefe trocou a segunda pela quinta, e uma coisa tão fútil, trouxe grandes consequências na minha vida”
*Primeiro dia no curso, (janeiro/2018) e eu como uma pessoa que ama gente já tentei me enturmar, sentei-me ao lado de um menino, moreno, não tão alto, magro e fiz a pergunta que todos daquele curso fazia “trabalha onde?”, ele respondeu algo que não lembro (faz parte), mas agiu tipicamente como um menino que quer pegar uma menina pela primeira vez, tudo que eu falava, ele concordava, gostava ou também fazia, mal sabia eu que não era nada daquilo, de fato éramos extremamente parecidos.
O tempo foi passando, e eu odiava estar naquele grupo, 4 meninos e 2 meninas, eu e minha amiga os odiávamos, porém, já era tarde demais para trocar de lugar, os papos deles sempre os mesmo de sempre mulher e mulher, ou melhor sexo, lembro do dia que fui falar de uma menina e um deles disse “o rosto não importa, na hora do sexo a gente não liga pra isso”. Eu só pensava “o que estou fazendo com esses moleques”
Com o tempo aprendi a suportá-los, e até gostar, especialmente do “moreno, não tão alto” nunca me achei parecida tanto com uma pessoa como com ele, o estresse, a timidez, a falta de paciência, o gosto musical, o jeito de falar, e as mesmas ideias. E lembro como se fosse hoje, toda quarta pré curso, já chegava à mensagem “tem curso amanhã” ou “guarda meu lugar do seu lado”, na quinta feira, chegava, sentava, cada um com fone, mesa encostada na outra, e das 08h as 14h era assim, muitas historias acompanhadas de músicas, e cada vez eu gostava mais de estar ali...
Pensando bem, se eu for falar detalhar muito, não sei onde vou parar, então vou me adiantar, esse menino me ouvia, me entendia, compartilhava de tudo como eu, me elogiava (os cabelos principalmente), brigava para estar do meu lado, me acompanhava, e aquilo me conquistava demais, não deveria, porém me conquistava, eu já ansiava pelas duas quintas feiras do mês que eu estaria ali, para estar lá com ele, e mesmo não havendo nada demais, era bom, era muito bom! Ele sempre me falava sobre meninas, (lindas por sinal), aquilo não me incomodava, mas despertava muita curiosidade, as vezes queria provar do que elas viveram, mas eu não podia, e tudo bem, eu sempre soube viver com isso. Com o tempo tudo ficou mais forte, toda quarta feira a noite eu precisava-me arrumar, lavar cabelo nem que fosse as 3h da madrugada, porque eu precisava estar bonita, já dormia ansiosa pelo outro dia, pelo que viveríamos ali, acordava, 6h da manhã, já estava-la o “bom dia, você vai hoje né”, pegava o trem, esperava na estação as vezes e íamos juntos, nem sempre juntos, as vezes eu chegava primeiro para guardar nosso lugar, e quando alguém sentava, eu já avisava “ele vai causar”, dito feito, causava, e com o tempo toda vez que ele chegava na porta da sala, eu o acompanhava, sem piscar, ate ele vir me cumprimentar, sempre me sentia mal por esse olhar, mas quando eu percebia eu nem sabia disfarçar, tinha dias que eu queria ficar na minha, chegava, abaixava a cabeça e ia dormir, e lá vinha ele, fazer cafune na minha cabeça, era bom, porém, errado, eu levantava, e trocava de lugar, e ele ia atrás, e desde dali eu sabia que deveria me afastar.
Fui percebendo que estava apegada, não precisava apenas estar bonita, eu queria estar junto, nos meus cursos de quarta-feira, eu o esperava, enrolava, perdia o trem de proposito, só para chegar junto, no intervalo ficava onde ele ia passar para ele me notar, e na saída só ia embora quando o a via também. Ele tinha a vida dele, de quarta umas meninas, de quinta uma loira gostosa esperava ele sempre na porta e ia para casa dele toda quinta pós curso pra dar pra ele. E eu sempre ouvia as histórias, não me incomodava, ele por ser uma pessoa fechada, o fato de se abrir comigo era importante para mim. A nossa amizade se tornou especial, era mensagens durante o dia, ligações durante a noite, abraços na aula, muita sinceridade, cumplicidade e o principal MUSICA, se hoje amo TRAP é graças a ele, todo dia tinha uma nova música para eu ouvir, eu sempre ouvia seus problemas amorosos, com os pais, profissionais e vice-versa, ele sempre muito respeitoso, me respeitava, entendia os meus princípios e valores, e agia com muito respeito em relação a isso. Foram muitas histórias, risadas, discussões, segredos, estresse, cansaço, e a gente só se fortalecia, sempre nos mesmos grupos, me defendendo, me ajudando, e até nos piores dias estava-la (até nos dia de chuva quando eu esquecia o guarda-chuva) a gente se tinha, como nunca se teve, havia amizade, mas, mais ainda...havia amor.
Foram tantas histórias, que nem parece que nesse longo período a gente se viu menos de 25 vezes (2x por mês/12 meses = 24) brigamos, se afastamos, e nos reconciliamos, gostar de alguém exatamente como você tem seus lados ruins, mas o bom é que você entende o outro por agir de algumas formas, porque agiria igual, e com a gente sempre foi assim. Até que chegou uma menina nova na sala, não tão bonita, mas muito interessante, e chamando muita atenção pela simpatia, os meninos do grupo viraram super amigos dela, e ele...já há conhecia por um amigo em comum, logo foi senta com ela, trocar telefone e marca rolê, passada algumas semanas, chegando na sala, me chamou e disse “fiquei com ela”, e eu que apenas sentia um amor amigo, naquele dia me senti mal com aquela novidade, inventei uma história, e saí da sala, chorei, respirei e só queria sair dali, não me doía o fato deles ficarem, mas sim o fato de eu sentir algo em relação a isso, com o tempo me acomodei, ela não era a primeira, e nem ao menos a quarta...Ele era escroto, ou só queria aproveitar a vida. Com o tempo questionei essa aproximação toda dos dois, falei que tinha esquecido da nossa amizade, na aula seguinte, ele ficou das 08h as 14h me dando atenção, disse “ se é isso que você quer de mim, é isso que você vai ter” aquele dia foi muito bom, a gente falou sobre TUDO.
Graças a Deus o tempo foi passando e a cada dia seria um dia a menos naquele lugar, entramos no mesmo dia e sairíamos no mesmo dia 03/04/2019 (a gente era os únicos que entrou no mesmo dia, e sairia também). Ele logo se apaixonou, perguntou o que achava, e eu sempre o motivava, aconselhava, ouvia, e até que começou a namorar, ajudei nos textos, nas alianças, e em tudo que poderia fazer por ele, ela era maravilhosa, mas ele, merecia mais do que tudo ser feliz, a amizade continuou a mesma, mas agora tinha alguém especial na vida dele, e consequentemente a felicidade dele era a minha.
Final de contrato doeu, lembro como se fosse hoje, nossa última quinta feira ficamos próximos, aula toda juntos, contando várias novidades, tirando fotos, e depois apagando, mostrando músicas, olhares, como uma despedida. Mas o contrato acabou mesmo numa quarta-feira, dia que nem fazíamos cursos juntos, na hora de ir embora, ele lá com a turma e namorada dele, fui dar um abraço de despedida, foi péssimo, saber que não nos veríamos mais, já que nossos caminhos e vidas eram diferentes e bem distantes.
Comecei um emprego novo, faculdade e adivinha? Ele sempre lá, indo dormir depois que eu chagasse, e me ligando na hora do almoço para ouvir o quanto eu odiava aquele serviço, ele me chamava nas ligações com namorada, e me chamava até quando ela ia pra lá (pra que eu não sei), minha felicidade era nossa amizade estar tão viva, mesmo sendo que uma hora a distância nos afastaria.
Fazia faculdade na Paulista e logo ganhei uma bolsa na Anchieta, logo lembrei que ele estudava lá, e não acreditei, eu nem tinha minha inscrito lá, felicidade me definiu, uma bolsa, e nossa amizade de volta, fizemos mil planos, e eu não via a hora de começar.
Primeiro dia, 4 meses sem ver, procurei a roupa mais linda (sempre quando se referia ele, eu precisava estar bonita, até hoje isso), e fui, final de aula, coração acelerado, lá vem ele e a namorada, me deu um abraço, disse que eu estava linda, estilosa e logo fui embora, mas não via a hora de estar ali amanhã novamente. A gente se encontrava sempre (nós 3), intervalo, final de aula, toda hora chegava mensagem “vem aqui”, “cadê você”, ‘to indo para o seu andar”, e essa amizade tão presente me fazia bem demais.
Num dia qualquer estávamos conversando na madrugada, chegamos em um assunto sobre interesses, e ele me questionou, eu não disse nada, mas ele disse que tinha algo a dizer, pessoalmente. Aquela noite foi difícil, coração acelerado, ansiedade forte e curiosidade mais ainda... Cheguei na faculdade, depois do intervalo se encontramos na quadra, e ele então se declarou, disse tudo que eu queria ouvir naquele 1 ano e 4 meses de curso, foi bom, mas ao mesmo tempo não, eu não podia e nem ele, ele não se importava, mas eu sim. Me abraçou pelas costas, chegou perto e eu desviei, isso mais de uma vez, eu fui forte, não queria, mas fui, porque eu não podia. O rosto tão perto me tirava o ar, mas eu tinha o pé no chão, e sabia que aquilo não podia.
Isso tudo me despertou, porque aquilo que não era real para mim, estava acontecendo, ele estava sentindo o mesmo, porém todos os dias lá estava eu, com ele e a namorada, ele sempre me elogiando, querendo minha presença, e ela nem sempre, mas eu estava lá, mas fui me afastando.
Final de 2019, ele acabou a faculdade, e eu sabia novamente que nunca mais nos encontraria, nossa despedida foi num barzinho, no dia estava sem energia, fui lá da um abraço, sentei rapidinho, ele colocou a mão nas minhas pernas, olhos nos meus olhos e disse “vou sentir sua falta”, e eu disse o mesmo. E antes do ano acabar, os sentimentos estavam exaltados, e ele pediu para que a gente se afastasse, e eu entendi sem questionar nada...
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Punição de hoje (Charlie Barber X Leitora)
Essa putaria vai especialmente para D. que é uma amiga incrível e a principal responsável pela criação do meu depósito. Feliz aniversário, amor. Eu sei que deveria ter ficado pronto antes mas como você sabe esses dias eu resolvi experimentar cocaína e acabei deletando tudo no meio do surto, me perdoe. Enfim, divirta-se, tentei juntar tudo o que você queria :)
Alertas: o mesmo de sempre, linguagem explícita, infidelidade, humilhação, nada de engolir o esperma, lustrar o sapato de um jeito duvidoso, heineken.
Palavras: 2k e alguma coisa
—Eu só não consigo entender como você pôde esquecer pela terceira apresentação seguida as mesmas falas!— Charlie esbravejou ao longe, o som de sua voz atravessando abafado a porta fechada do banheiro onde você retocava seu batom despreocupadamente.
Você bufou, ele era tão perfeccionista às vezes que te dava tédio. Durante todo o trajeto até o hotel, Charlie insistiu em discutir esse assunto repetidamente no carro. Parece até que você cometeu um crime imperdoável só porque as coisas deram um pouquinho errado mais uma vez.
—Foi só uma ou outra frase, Charlie, não seja tão dramático. Talvez eu estivesse nervosa, só isso!— você respondeu em alto e bom som enquanto amassava os cabelos, admirando com satisfação o seu reflexo no espelho a partir de diferentes ângulos e poses.
—A verdade é que você não tem se preparado como o resto da equipe! Sempre se atrasando para os ensaios e agora esquecendo as drogas das falas! Você não dá a mínima, não é?
Certo, ele estava bem chateado, você pensou. Poxa, uma pena. No início você até que se esforçou, mas agora admite que ter usado sua breve experiência como atriz para se aproximar de Charlie no evento onde se conheceram meses atrás talvez não tenha sido uma boa ideia.
Decidindo que já estava bonita o bastante, você escancarou a porta forçando uma expressão exagerada de ofensa.
—Foi você quem me escolheu pra ficar no papel principal, Charlie, mesmo sabendo que eu sou iniciante— você repousou uma mão na cintura e a outra no batente da porta, observando Charlie andando de um lado para o outro segurando a Heineken que ele havia pedido logo que vocês chegaram, agora já na metade— Talvez o problema seja você estar acostumado demais com Nicole.
Charlie se virou bruscamente em sua direção pego de surpresa pela menção de sua esposa, mas ficando imóvel ao se deparar com você sem o vestido que usava horas atrás na saída do teatro e no bar onde foram com o resto da equipe, mantendo somente sua lingerie de renda e salto alto.
Qualquer palavra que ele estava pensando em dizer foi silenciada, era tão fácil atingir seu ponto fraco.
Caminhando na direção dele, você apreciou a forma como Charlie percorreu o olhos por todo o seu corpo, prisioneiro dos movimentos suaves que seus quadris faziam enquanto você atravessava o quarto.
Perto o bastante, suas mãos acariciaram o tecido da camisa que sempre lhe caía tão bem, sentindo o calor e solidez que deviam ser há tanto negligenciados, pois pelo menos até onde você sabia Nicole o colocou para dormir no sofá e, no que diz respeito a casos extraconjugais, só há você.
—Eu não sou ela, Charlie. Talvez deva te lembrar disso— você fitou aqueles lábios inalcançáveis, necessitando que Charlie se curvasse para compensar a diferença de tamanho.
O que ele não fez, rejeitando seu apelo silencioso por um beijo. Ao invés disso permanecendo em toda a sua altura e preferindo dar mais uma golada em sua cerveja, para seu desapontamento.
Embora se transformando aos poucos em algo mais, a raiva ainda estava lá. Charlie era complicado em certos momentos, mas tudo bem enquanto ele mirasse seus seios dessa forma, visivelmente se segurando para não libertá-los do sutiã e agarrá-los ali mesmo.
—Charlie, eu prometo que não vai se repetir uma próxima vez. Agora esquece isso, temos tão pouco tempo juntos, não temos essa oportunidade há semanas… — sua voz era mais doce do que mel, em disparidade com seu olhar malicioso, secretamente adorando quando seus erros o deixavam irritado. Algo sobre seduzi-lo a te perdoar sempre te fazia se sentir o máximo.
Sem obter qualquer resposta, você então respirou fundo e começou a desabotoar botão por botão, encostando todo o seu corpo no dele, ao ponto de conseguir sentir a ereção indiscreta se formando por baixo da calça, que foi o suficiente para despertar a umidade entre as suas pernas: era demais, você nunca se acostumaria com o tamanho.
Sem querer perder um minuto sequer, você deslizou a camisa pelos ombros largos deixando-a cair no chão, reservando os primeiros segundos para apreciar forma física de Charlie. Era exatamente como você gostava, forte e amplo com algumas partes macias, como na região do umbigo.
Diferente de você, Charlie se manteve praticamente imóvel analisando cada traço de suas atitudes, principalmente quando suas mãos passearam até a nuca dele enquanto você se erguia na ponta dos pés, seus lábios chegando tão perto de seu pescoço que você poderia sentir o gosto de sua pele, mal podendo esperar para marcar toda aquela extensão pálida com tantos chupões e mordidas que ele teria dificuldade em esconder por um bom tempo. Mais um pouco e você o teria na palma de sua mão… Se você não tivesse sido subitamente puxada para trás por um tranco firme em seu cabelo.
Você grunhiu de dor, segurando instintivamente nos bíceps dele para se equilibrar e olhando confusa para Charlie, que puxou um pouco mais para erguer seu queixo e se elevar a milímetros de distância do seu rosto, com uma expressão de raiva e desejo perfurando você.
—Então você acha que é assim que as coisas funcionam? Hum?
Sua respiração estava desregulada, a dor progredia fazendo o calor em seu sexo crescer substancialmente, te impedindo de conseguir responder, o que rendeu mais um aperto em seu couro cabeludo.
—Me diz, você acha que pode fazer o que quiser e depois é só transar comigo que fica tudo bem?
Você o fitou desafiadoramente, um leve sorriso surgindo em seus lábios.
—Bom… É exatamente isso que tem funcionado até agora, Charlie.
O pequeno músculo acima de seu lábio se contraiu, os dedos emaranhados em seu cabelo te forçaram para baixo, só sendo retirados quando seus joelhos atingiram o chão e você o encarou com os olhos lacrimejantes mais provocadores quanto seria humanamente possível.
—Sabe o que todos da equipe dizem sobre você? Que você não merecia esse papel, mas se conseguiu é porque deve fazer um ótimo trabalho chupando o meu pau— as palavras foram quase cuspidas, tamanho o desprezo ao serem pronunciadas.
Não era novidade, você desconfiava que eles não gostassem de você desde que Charlie te apresentou como a substituta temporária de Nicole. Obviamente a expectativa geral foi que Charlie escolhesse alguém que já trabalhasse com ele, não uma garota qualquer com quem ele claramente tinha um caso.
Não que você se importasse.
—E você acha que eles estão certos, Charlie?— suas mãos alisaram as coxas dele por cima da calça, desafivelando o cinto e então abrindo zíper, puxando as roupas para baixo apenas o suficiente para liberar sua excitação —Acha que eu sou mesmo tão boa assim?
Segurando o olhar instigador de quem queria uma resposta, você o levou na boca. Charlie apertou a mandíbula, respondendo com uma respiração pesada:
—Com certeza você é.
Sendo assim, você o chupou com vontade, apreciando cada polegada do pau grosso e pesado na sua língua.
Uma mão agarrou seu cabelo, controlando o ritmo intenso, seus olhos se desviaram dos dele e repousaram na garrafa de cerveja que ele ainda segurava. Um pensamento inesperado passou pela sua mente, te deixando sedenta.
—É isso o que você quer?— ele pareceu ler sua mente.
Você confirmou, sendo atendida prontamente e fechando os olhos ao saborear o amargor do líquido que agora escorria pelo membro antes de ser levado aos seus lábios. Você sugou cada gota, aprofundando ele na garganta até seu limite e se afastando para respirar. A cerveja favorita dele misturada ao seu gosto resultava em um sabor diferente, delicioso. Você continuou sorvendo tudo até que o orgasmo dele veio, lançado em partes em sua garganta e o resto você estava prestes a engolir quando Charlie, ainda ofegante, te impediu.
—Não, você vai manter aí por enquanto. Será sua punição por hoje.
Você o olhou incrédula, mas ele se manteve irredutível.
Seu desejo estava a mil, o que levou o seu próximo passo a ser justamente respirar fundo prender a mistura de esperma e saliva em sua boca, se odiando profundamente por sentir tanto tesão em se submeter a isso.
—É isso aí. Mulheres como você ficam bem melhor assim, em silêncio— ele recolocou a calça porém retirou o cinto.
Seus joelhos estavam doloridos, a cama parecia tão convidativa que você fez menção de se levantar e ir até ela, apenas para ser novamente interrompida.
—Não, continue exatamente como está.
Você gemeu de frustração, querendo poder provocá-lo a te levar logo para a cama, nem que você tivesse que implorar pelo pau dele, dizendo o quanto você sentiu falta das transas violentas, que eram a única coisa que você pensava em qualquer lugar que estivessem, que as semanas sem vê-lo eram uma tortura porque ninguém mais poderia te satisfazer.
Mas devido a sua situação atual você só pôde se concentrar em não engolir o fluido denso em sua boca.
Charlie descartou a garrafa, passeou por trás de você e agarrou com uma mão só seus dois pulsos, juntando-os atrás das costas e prendendo com o cinto. Mais adrenalina foi injetada em suas veias.
Você o observou voltar ao seu campo de visão e afastar seus joelhos com a ponta do sapato, em seguida o posicionando bem na direção da sua boceta.
—Agora lustre pra mim.
Como é? Ele não podia estar falando sério, você pensou. Você negou com a cabeça, resmungando um “vai se ferrar” mal sucedido. Em troca ele disse seu nome como uma advertência.
—Você só vai poder engolir depois que gozar. Melhor se apressar.
No estado em que você se encontrava, só sabia de duas coisas: que você queria gozar a qualquer custo e que estava difícil manter a boca fechada. Não valia a pena pensar muito. Então você começou a se estimular com movimentos tímidos, um pouco envergonhada no início, mas acelerando a medida que seus fluídos te faziam deslizar no couro e seu clitóris exigia cada vez mais pressão. O prazer aumentava, você adorava a raiva e o tesão que ele te provocava. Em pouco tempo você estava arfando, segurando seus gemidos e apertando suas mãos juntas, entrelaçando os dedos. Sua calcinha impedia o contato direto mas a textura também era agradável conforme você se movia, sem se importar com o quão patética você poderia estar parecendo mediante a figura imponente de Charlie, que parecia ainda mais gigantesca desse ângulo.
Foi difícil conter os gemidos sendo atingida por tanto prazer quando seu orgasmo veio, mas você conseguiu, apertando os dentes e fechando os olhos enquanto as contrações de suas paredes diminuíam, engolindo em seguida a mistura viscosa que fez um excelente trabalho em te amordaçar.
A fraqueza em seu corpo fez com que Charlie precisasse te ajudar a se levantar, a mão agarrando seu braço com firmeza e te deslocando para cima enquanto você cambaleava em seus saltos em direção a cama. Embora livre para falar, a maior prioridade era somente recuperar o fôlego e manter firmeza em suas pernas enfraquecidas. Mas assim que seus joelhos tocaram o colchão, Charlie te soltou e você caiu desconfortavelmente, com o rosto de lado e sem o apoio das mãos. Você resmungou e se remexeu, sentindo a tensão em seus pulsos e ombros que começaram a doer.
—Charlie… Não acha que já pode tirar isso?
Duas mãos enormes agarraram e ergueram seus quadris, sua calcinha foi colocada de lado e sua pergunta totalmente ignorada. Em pé atrás de você, Charlie alinhou o pau na sua entrada, primeiro revestindo-o com a sua umidade, espalhando entre seus lábios antes de empurrar tudo com um impulso só. Você gritou com a intrusão repentina, quase engasgando. Ele não te deu um segundo sequer para se adaptar, enterrando na sua boceta num ritmo doloroso e violento logo de inicio, roubando o ar dos seus pulmões, te dilacerando enquanto você gemia o nome dele descontroladamente entre apelos incoerentes.
—Eu te solto, mas…
Charlie agarrou seus pulsos pelo cinto e te puxou em direção a ele, desafivelando num movimento rápido, libertando seus braços enquanto seu corpo se sustentava apenas nos joelhos. Antes que você percebesse o cinto foi colocado em seu pescoço, sendo puxado apenas o suficiente para cortar parte de sua respiração. Com a cabeça apoiada agora no peito de Charlie, ele aproximou os lábios do seu ouvido.
—…Pode ter certeza de que estamos só começando.
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