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#então registro aqui a minha vontade de fazer
brunaestaobesa · 10 hours
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O bom filho a casa retorna...
O gatilho tem sido a perda total do controle de minha própria vida, solidão, isolamento, rejeição, crise dos 20, relacionamento confuso, comparação virtual, mudança de casa, afastamento familiar...
Tantas coisas acontecendo de uma vez só na minha vida, e alguns dos velhos hábitos e sentimentos e estado de humor msm que me fizeram recordar os velhos tempos tenebrosos da minha adolescência.
Picotei a minha coxa toda, muuuuito fundo, aí o cara q estou agr viu (eu quis mostrar pq estava insegura demais e estava adiando a transa por isso), aí entramos nos méritos dos meu problemas mentais, um inferno que foi minha infância, contei do abuso sexual que sofria...
E eu acho q se eu fosse perfeita, pelo menos no sentido da magreza, eu anularia um pouco a bosta que fiz no meu corpo. Está tão saltada e roxa as cicatrizes que ainda não pude fazer uma tatuagem por cima, e estou usando vários produtos caros pq eu realmente não quero nunca mais fazer isso de novo e quero cobrir, pelo menos parcialmente sabe, eu me odeio por isso
Comprei sibutramina, oq que já tem me ajudado bastante. Estou morando com minha tia agr, (em outra cidade longe de todo meu passado e as pessoas que estavam nele, principalmente da parcela tóxica da minha família.) e aqui tem muita fartura de comida "suja" e eu acabei afundando as mágoas recentes nessas porcarias, e ai acabei perdendo a maior parte da definição que consegui na academia e engordei 10kg em 3 meses.
Tem umas semanas que estava modificando a logística de alimentos disponíveis aqui em casa, mudando também os gostos e hábitos alimentares de minha tia para dar uma amenizada nos excessos de funk foods, açúcar e lanches. Eu faço comida semana toda pra ela levar pro trabalho e comer em casa. Nem tudo é perfeito, meu tio (namorado dela,n mora aqui) traz muita bobagem, aqui no congelador tem açaí, sorvete e um monte de chocolate. Eu fiz geladinho protéico de coco verde, marmita de suco verde, marmita de shake de mamão e morango e carne e frango temperado. Compro frutas e deixo arrumadinho nas vasilhas tbm, muita Pepsi e guaraná zero, água com gás, chiclete, salada, vegetais, tapioca e muito ovo. Faço tbm receitinhas saudáveis zero açúcar e lactose. Tudo sem lactose por aqui tbm, o leite, margarina e pão (tenho evitado até esse).
Não sinto fome por causa da sibutramina, mas fraqueza e dor de cabeça, então eu não fico de NF por muito tempo para ter força para treinar. Tem várias garrafinhas de água na geladeira, então bebo uns 3/4l por dia. Aí faço 18h de jejum, tomo creatina e minhas vitaminas toda manhã e pouco depois tomo a sib (não tomo junto com as outras pq dá dor de cabeça e mal estar). Não sinto vontade de comer as guloseimas, mas em r.e com certeza se perde esse limite.
Estou voltando a contar calorias essa semana, e fiz o planejamento para essa semana toda, hj por exemplo meu limite e de 700kcals e tenho q tomar 2 lax.
Por enquanto é isso que lembro de colocar aqui com registro. Vou postar sempre que lembrar as minhas refeições. E vou relatar os efeitos causados pela sibutramina.
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seattide · 4 months
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𝐃𝐢𝐬𝐜𝐨𝐯𝐞𝐫𝐲 𝐏𝐚𝐫𝐤, 𝐒𝐞𝐚𝐭𝐭𝐥𝐞 - 10 de Janeiro de 2023 - 7:30 Am
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O céu, antes noturno, era lentamente pintado por cores mais claras e ardentes conforme os raios solares tentavam transpassar as nuvens carregadas no horizonte. Não conseguiam totalmente, mas clareavam com suficiência para ajudar o nítido contraste entre as árvores de troncos escuros e a neve que tudo recobria no Discovery Park. Naquele horário, a pequena floresta estava vazia. Se no verão ela formava um amplo destaque verde contra o cinza industrial da cidade, no frio de Janeiro eram gêmeas enfeitadas de branco. O trio que repousava na casa de Roger (ele incluso) já estava com os pés na trilha, atravessando a brisa gélida da manhã com gentileza. Era um dia importante. Uma nova cria seria apresentada para Gaia. E pós noite de lua gibosa, tratava-se de uma Galliard. Mas não como o comediante. Era uma gibosa minguante, o que certamente indicaria uma personalidade mais… sombria.
— Nós já estávamos na sua cola. Acho que você notou. — Bekah sorriu amarelo, entre os barulhos abafados de passos. — Sinto muito pelo que aconteceu. Nós não podemos interferir até a Primeira Mudança. Isso foi com todos nós aqui. Damien e Baxter estão nos esperando no Caern, lá podemos te explicar melhor tudo isso.
Desengonçadamente, o homem tentava acompanhá-las, mas estava tendo claras dificuldades. Seus pés afundavam muito, o que tornava as passadas mais pesadas do que deveriam. Ele mantinha um semblante verdadeiramente animado, apesar disso. Parecia ansioso.
— Você me deu um baita susto na porta, hehe. Eu não costumo ficar espiando, mas tinha que me certificar de que estava segura. As semanas antes da primeira transformação são as piores. Seres malignos por todos os lados querendo impedir que você seja chamado. — Anunciou, olhando Émilie de canto. Ele levou a mão ao seu ombro esquerdo antes de continuar. — Posso ver que está se sentindo horrível pelo que aconteceu. Posso te adiantar: você não é um monstro. E nada daquilo foi culpa sua. Se quer culpar alguém, culpe os trastes da Pentex.
Émilie os seguiu em silêncio, no outro dia. Era surpreendente que para alguém como a garota, sempre tão curiosa e disposta cavocar a verdade das coisas ela se mativesse tão calada, ainda digerindo tudo. Porém, conforme o trio avançava parque adentro, era como se caminhar em meio a natureza, longe dos prédios de concreto, das pessoas, ela estranhamente fosse se sentindo menos 'pior', mais a vontade por assim dizer. O vento era gelado, seu nariz estava vermelho e a respiração refrescante quase a fazia esquecer, por um instante, o motivo de estarem ali. Costumava trazer Lucci no verão, para que fizessem trilhas… é claro que, conforme o garoto foi crescendo e ela se afastando, a frequência diminuiu.
— Vocês também passaram por… aquilo? - finalmente, ela ergueu o rosto na direção da mulher, agora parecendo mais interessada do que antes, quando apenas acatou o que eles pediam sem questionar, sentindo-se sozinha e sem rumo. Sem saber o que fazer ou para onde ir agora que não poderia voltar. — Então era você… - seu olhar vagou de Rebecah para o homem gordinho que as acompanhava. —O lobo gorducho que estava xeretando na casa da minha mãe… Faz sentido. - completou por fim .—Sem ofensa. - deu de ombros, enquanto seguiam a passos lentos, a altura da neve fazendo seus coturnos afundarem a cada passo.
Pensou em quando resolveu segui-lo acreditando que estava atrás de uma trilha que a faria ganhar algum premio jornalistico importante. Agora isso também não importaria mais… talvez a essa hora a policia, que ja possuia seu nome em seus registros, estivessem agora mesmo arrombando o seu velho apartamento em busca de evidências do seu paradeiro. —Aonde estamos indo? - finalmente perguntou. — O que diabos é um "Caern?" (editado) E então sentiu a mão do homem sobre seu ombro, o que a fez se virar imediatamente e acompanha-lo com o olhar. Aquilo que ele disse não a fez se sentir menos monstruosa, mas ele tinha razão, aquele nome "Pentex" tinha ficado gravado na sua mente e ela não deixaria que eles saissem impunes.
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rmviiixxviii · 2 years
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Capítulo I: Registros perdidos SL CXXVII II
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Esse texto era o Capítulo 1 original dessa série, mas que eu achava estar perdido. Resolvir ir no meus rascunhos e aqui está ele: “Ela é um trator, faz e acontece, mas trabalhar com ela é grantia de sucesso.” 
Não lembro se as palavras exatas foram essas (provavelmente não), mas em suma acho que foi isso que ficou na minha cabeça. Então, eu engoli em seco, plantei um sorriso no rosto e tentei mascarar o medo e ansiedade que sentia dentro de mim naquele momento e aceitei a nova oportunidade de emprego. Afinal eu que tinha procurado a pessoa, que eu sabia ter boas conexões, para conseguir um novo emprego e a oportunidade estava bem ali. Então disse sim e seria injusto comigo, com Deus e as pessoas, envolvidas nesse processo, dizer que hoje me arrependo da minha decisão. É o trabalho que até hoje* me traz sustento, mas isso não excluí o fato de que a cultura do local é tóxica para mim e eu me deixei ser engolida pelas circunstâncias ali presente, ao invés de depositar minha confiança e segurança no Abba. 
No intuito de tentar explicar minhas ações e reações frente a essa nova realidade de serviço, vamos precisar revisitar agosto de 2017, 1 mês depois de ter apresentado meu TCC e encerrado o ciclo da graduação. A minha realidade é a seguinte: filha caçula de uma família que passou por muitos momentos de instabilidade financeira. Apesar disso, eu ainda tive o privilégio de poder focar nos meus estudos, só que aos 24 anos e com uma faculdade terminada as expectativas eram de que eu encontrasse um emprego fixo, pois na época eu trabalhava como interprete freelancer, e apesar de ser uma atividade bem legal, era também, incerta e instável. Fechei o ano de 2017 sabendo que precisava fazer algo que me desse alguma substância mais prática para entrar de fato no mercado de trabalho.
Por isso, passei todo o ano de 2018 fazendo um curso técnico em administração do SEBRAE, e mesmo sendo um dos melhores anos da minha vida (realizando minha primeira viagem internacional), a verdade é que algumas inverdades adentraram sutilmente a minha mente. A atmosfera do empreendedorismo tem muito de “você pode tudo, basta querer!” “seja o protagonista da sua própria história!” “olha como fulano que veio do lixão está hoje, você também pode!” “você é o único responsável por escrever a sua história!” entre vários outros discursos de uma positividade exacerbada. Na época eu achava que só de não acreditar nesses tipos de discursos eu estava imune a eles. Hoje olhando para trás, consigo enxergar que essas mensagens ficaram gravadas no meu subconsciente, sussurando as suas mentiras de tempos em tempos, e uma mente que não está alimentada na palavra do Abba, outras coisas acabam entrando. 
De 2019 até o inicio desse ano a minha fala com amigos intimos era de que eu continuava não acreditando nesse discurso de completa independência onde somente eu sou responsável por conquistar aquilo que eu desejo. Mas as minhas atitudes diziam o completo oposto, me afastei de amigos, familiares, sai da minha igreja sem vontade real de procurar outra, me isolei. E ínserida em uma empresa que tem os mesmos preceitos afirmados pelo curso técnico que fiz, eu tentei sozinha e com todas as minhas forças escrever a minha própria história...
Com as palavras do Abba em Salmos 127: 2 completamente opacas no meu coração, eu tentava desesperadamente ser bem sucedida profissionalmente sozinha e na base da minha própria força. Afinal é responsabilidade minha e somente minha crescer no trabalho e prosperar, certo? * Este texto foi escrito em março de 2022 quando eu ainda estava na empresa, mas foi publicado em dezembro de 2022 depois de sair da empresa.
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luvistheway · 4 years
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👋👋👋👋👋 é vdd que vc não joga comigo pq sou hetero? 🥺👉👈
AMIGA GLDJKFGDFKLGJ sim, eu tenho alergia a héteros! nunca te contei? ✌️😝
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gomes87 · 2 years
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Seguindo.....
Oi nova versão minha, sigo fazendo registros do que me tornei, a parte legal é voltar aqui e ler algo do passado, causa uma reflexão até o momento boa. Fica perceptível as reviravoltas que aconteceram na minha vida e acabo sempre ficando com a sensação de ter feito as melhores escolhas que poderia ter feito naquele momento.
Fato é, sempre estou buscando uma vida mais confortável sem querer focar em dinheiro ma sim viver bem. Sem dinheiro isso não é possível mas ter só o dinheiro não me faz feliz por completo, um equilíbrio é necessário.
Hoje estou feliz, um pouco endividado mas vamos sair dessa ! Foquei novamente na faculdade, esta difícil de terminal esse negocio, luto comigo mesmo para não desistir, é uma fase que devo vencer nem que seja na força.
Meu relacionamento está  ótimo, encontrei uma pessoa que combina com o meus estilo/loucura de vida, tenho planos de voltar a viajar mais, devido a eventos nos últimos anos tive que deixar de lado um pouco essa vontade da minha alma. Agora aos poucos estou voltando a por o pé na estrada.
Planos para o futuro, pós-gradução na sequência e Phd. 
Comprar um motorHome e viver nele pelos próximos anos.
Voltar a morar fora do Brasil, investir em outros idiomas, hoje falamos 4. Mas existe muitas outras a aprender.
Continuar investindo em si próprio, seja financeiramente, academicamente como pessoalmente, continuar se propondo experiencias únicas, essas são as que valem mais.
Talvez algum projeto de YouTube, sinto que tenho tanto conteúdo na minha cabeça que as vezes sinto a vontade de compartilhar isso. Espero que ao ler isso novamente esse projeto tenha saído do papel de alguma forma.
Então meu eu do futuro, me conta como está agora.
Abraços do teu eu do passado que te admira, fazer as escolhas por vontade própria sempre foi e sempre terá aquela sensação no estômago de "será que isso é o correto ?" Mas com medo ou sem sempre seguimos em frente e é isso que nós faz tão FODAS !!
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yepthree · 3 years
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Ayahuasca: seus efeitos, história e benefícios
Conheça as propriedades dessa medicina, quais os efeitos químicos no corpo, como funciona o ritual de consagração e o relato de quem já utilizou
Tenho certeza que em algum momento da sua vida alguém comentou sobre o chá de Santo Daime, Vegetal ou Ayahuasca. Apesar de nomes diferentes, a bebida é a mesma, composta por duas plantas, o Cipó-mariri, também conhecido como Jagube, liana, Mariri, Yagé ou Caapi; e a Chacrona, uma planta arbórea de caule escuro.
A união desses dois elementos têm potencialidades psicoativas, que foram descobertas pelos povos indígenas na bacia da Amazônia. Não há uma data exata de quando a bebida foi criada, mas os registros arqueológicos obtidos através da análise de pinturas e potes datam de 2.000 a.C. Vale lembrar que, existem diversas hipóteses sobre o surgimento dessa medicina natural, incluindo estudos e evidências obtidas pelos povos da Bolívia e Chile.
Acreditava-se que seu consumo poderia expandir a consciência e fazer com que quem usasse tivesse acesso a comunicação com seu eu superior, deuses e ancestrais. O objetivo de consagrar a bebida era trazer clareza e comunicação com o mundo espiritual.
Para entendermos melhor a história dessa bebida, como ela funciona e quais as reações ela gera no nosso corpo precisamos revisitar as aulas de química básica. A Chacrona contém o princípio ativo N,N-dimetiltriptamina (DMT), que causa a psicodelia, e o Cipó-mariri contém inibidores da monoamina oxidase, os IMAOs. Traduzindo isso, quando as duas plantas são misturadas os IMAOs do cipó inibem as atividades de enzimas no sistema digestivo, ou seja, isso faz com que o princípio ativo da Chacrona não seja destruído pelo nosso corpo, e sim filtrado naturalmente.
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Para contextualizar como essa prática da floresta começou a se propagar para pessoas “comuns” aqui no Brasil, chegamos ao seringueiro Raimundo Irineu Serra, que por meio de contatos com povos indígenas na Amazônia conheceu e consagrou a Ayahuasca. Em 1930, Raimundo funda a doutrina do Santo Daime, a qual unia elementos cristãos com o uso da medicina amazônica.
A partir de então diversos centros surgem pelo Brasil, mesclando práticas e elementos religiosos distintos como xamanismo, umbanda, wicca e religiões orientais com a consagração da bebida.
Benefícios e malefícios da Ayahuasca
A consagração dessa medicina amazônica, na visão espiritual dos praticantes, funciona como uma ponte para acessar o consciente, é como se um véu entre as coisas que acreditamos e a verdadeira face delas se abrisse. Uma jornada individual de conhecimento e experiência pessoal.
Em entrevista com a dirigente do Templo 5 Elementos, Agatha Fullmann Senkow, 25 anos, localizado em Florianópolis (SC), podemos conhecer de perto como essa visão é compartilhada. Agatha é uma das fundadoras do templo, que inaugurou em janeiro de 2021, ela pratica a consagração de Ayahuasca desde 2013.
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Na foto a dirigente do Templo 5 Elementos, Agatha Fullmann Senkow
Entrevistador: Quais os benefícios você observa que a medicina proporciona?
Agatha: A medicina nos proporciona infinitos benefícios, mas o principal é o da verdade. Ela nos mostra a verdade que existe dentro de nós, e quando conhecemos essa verdade começamos a transformar toda a nossa vida para que possamos nos integrar.
A Ayahuasca é como uma mestra que nos permite acessar um estado de consciência que auxilia no desenvolvimento pessoal, mental e emocional de cada um. Ela nos permite ver tudo aquilo que somos ou fazemos, tudo aquilo que podemos fazer e ser ainda melhores.
A Ayahuasca é como um portal de luz e de transformação da vida, ela nos faz enxergar tudo através do amor incondicional que é a energia que cria todas as coisas, ela nos ensina a olhar para nós mesmos com carinho e respeito, nos ensina a amar a nós mesmos, e apartir desse amor conseguimos curar e cocriar tudo.
E: Levando em consideração a sua experiência no templo, há malefícios no consumo da medicina?
A: Existem algumas restrições em relação ao uso da Ayahuasca como alguns medicamentos controlados e casos como esquizofrenia. Por conta disso é muito importante que todos passem por uma análise antes de fazer a consagração, pedindo sempre a orientação dos dirigentes. No mais não existem malefícios.
A Ayahuasca pode, também, trazer muitas limpezas como vômitos, choros e diarréias, mas isso tudo é importante para a desintoxicação emocional, mental e espiritual de cada um. As limpezas são vistas como algo muito sagrado dentro das cerimônias.
E: Para você qual o momento ideal para alguém consagrar a medicina?
A: O momento ideal é quando estamos em busca de algo maior, quando sentimos que precisamos dar mais sentido a nossa vida, quando nosso coração chama para a transformação. Cada um tem um tempo, cada um tem seu momento, mas o coração sempre sabe a hora certa de fazer algo novo e surpreendente acontecer.
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Dirigentes e cerimonialistas do Templo 5 Elementos.
Do ponto de vista médico, diversas pesquisas evidenciam os efeitos positivos da Ayahuasca para quadros como depressão, ansiedade, vícios e estresse pós-traumático. Isso acontece porque as substâncias que são absorvidas pelo corpo trazem à tona vivências que são ocultadas pelo inconsciente ou até mesmo evitadas por quem está utilizando dos efeitos da bebida.
O estudo Psicodélicos e Ramificações Neuronais, publicado em 2018, apontou que o consumo de substâncias psicodélicas como DMT tem o potencial de aumentar a plasticidade cerebral, permitindo o fortalecimento e a ramificação de novas conexões neuronais. Isso explica um dos motivos pelos quais a Ayahuasca e outras substâncias com o DMT auxiliam no processo de melhora em doenças como depressão, visto que o quadro clínico dessas faz com que a atividade cerebral no córtex pré-frontal seja menor, ou seja, o DMT auxilia o aumento dessa atividade.
Vale lembrar que, os possíveis efeitos de cura dos quadros apresentados acima são alcançados e acessados somente quando o indivíduo está determinado a consagrar a bebida com esse intuito, não podendo ser utilizada como um remédio diário, assemelhando-se a um tratamento médico comum.
Relato de quem já utilizou
Agora que você já conhece um pouco sobre o que é a medicina Ayahuasca, como ela é feita e quais os efeitos no corpo, vamos partir para a experiência em si, “a força”, termo utilizado para quem está no processo de absorção da bebida.
Perguntamos para a dirigente do Templo 5 Elementos, Agatha, como é a experiência de consagrar a bebida.
“Estar na força da Ayahuasca é como se sentir íntegro, é como se tudo fizesse parte de nós e nós parte de tudo. Estar na força da Ayahuasca é poder se sentir amado por si mesmo e compreender que esse amor existe em todas as coisas. É como estar conectado ao coração do universo e poder encontrar as respostas para uma vida melhor. Estar na força é reconhecer quem somos de verdade e a força que temos de transformar qualquer coisa em nossas vidas.
A Ayahuasca se apresenta como um universo inteiro dentro de nós, ela nos mostra e faz sentir na pele a nossa natureza dual, a calmaria e o lado selvagem, a luz e a escuridão. Estar na força é estar conectado totalmente ao momento presente e sentir infinita gratidão por simplesmente estar viva.”, disse Agatha.
Além do relato da dirigente, eu, Sabrina Moraes, fora do exercício jornalístico, tive a minha primeira sessão de Ayahuasca no Templo 5 Elementos, lá conheci Agatha e pude vivenciar de primeira viagem como é estar na força dessa medicina.
Inicialmente, uma grande amiga minha já havia comentado que fazia a prática com certa frequência e os resultados eram muito positivos e curativos. Em determinado momento ela me convidou para ir em uma das celebrações que tinha como foco a cura dos relacionamentos. Senti-me à vontade com aquele convite, apesar de ter recebido outras vezes e ficar um tanto cuidadosa, afinal, eu nunca havia provado ou tido conhecimento mais profundo sobre a cerimônia.
Antes de ir ao templo, respondi um questionário informando se usava medicamentos, se tinha algum tipo de distúrbio mental e se era minha primeira vez. Respondido isso, vem a confirmação e o pedido para que eu levasse mantas ou cobertores para me acomodar durante a sessão. Pede-se, também, para que vá com roupas claras e confortáveis, visto que todos se acomodam no chão para consagrar a bebida.
Ao chegar no local, cumprimentei os colegas que iriam entrar na mesma sessão. É uma casa grande, clara e em um bairro residencial silencioso. A decoração é muito bonita, com imagens da floresta, uma lareira e o quintal de fundo.
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Local onde as cerimônias são realizadas, Templo 5 Elementos.
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Roda de participantes no quintal do Templo 5 Elementos.
A sessão se inicia com o acender do fogo na lareira, orações são feitas coletivamente e avisos são repassados. Pequenos baldinhos são deixados ao lado de cada um, também é recomendado que todos bebam água e uma equipe fica atenta a qualquer movimento dos participantes. Todos prontos para ajudar caso alguém precise.
A consagração se inicia, em círculo todos recebem um pequeno copo de dose com a mistura e voltam a se sentar no chão. Vale lembrar que não é permitido nenhum aparelho eletrônico ligado. Os cerimonialistas diminuem a luz no ambiente e começam a tocar músicas com instrumentos, como tambores, chocalhos e também fazem barulhos com folhas secas.
Lembro-me de pensar “Quando eu saberei que estou entrando na força?”. Havia lido muito na internet sobre como funciona a sessão e as principais sensações, inclusive que o DMT proporciona ao organismo uma sensação semelhante a pessoas que passam por experiências de quase-morte.
Ouvindo as músicas e o bater dos tambores, começo a sentir meu corpo formigar e com um leve sorriso no rosto penso “Será que morrer é assim?”. Rio e continuo de olhos fechados. De repente, padrões geométricos coloridos começam a surgir na minha frente, uma miragem já que meus olhos estavam o tempo todo fechados.
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Imagem ilustrativa de como os padrões geométricos se apresentaram durante a sessão de Ayahuasca.
Dados da img: “Net of Being” de Alex Grey, 2002-07, óleo sobre linho, 90 x 180 polegadas
Conforme as músicas vão tocando, no primeiro momento, é feito uma queima de sentimentos e coisas negativas. A música cantada fala sobre a transmutação daquilo que não nos faz bem. Após esse momento começo a sentir mais os efeitos da medicina, os padrões geométricos aumentam, de infinitas formas e cores, incluindo amarelo, uma cor que me lembra vômito e eu particularmente não gosto.
Durante o processo, abri meus olhos e via tudo em múltiplas camadas, era como se as coisas e tudo que estava ao meu redor tivessem infinitas dimensões de cores. Sinto-me desconfortável em um momento e fico agitada, me mexendo e tentando racionalizar aquela experiência. O julgamento e a necessidade de controle foram as primeiras questões apresentadas ao meu consciente.
Respirei, bebi água e continuei. Uma acidez forte tomou conta do meu estômago e involuntariamente eu vomitei no meu baldinho. Não me senti ruim, muito pelo contrário, aquele ato simbolizou um desapego de sentimentos, meu peito estava leve e então a jornada começou a ir mais fundo.
Lembro-me de encontrar três Sabrinas, assemelhando-se à deusa tríplice, jovem, mãe e anciã. A partir de então, sinapses e links com situações vividas na infância, adolescência e vida adulta começaram a ecoar na minha mente. Revivi momentos traumáticos com muito amor e carinho, compreendendo e aceitando a jornada que havia trilhado. Ri muito, até porque é algo presente na minha personalidade, mas em meio a tantas sensações consegui sair da experiência com mais consciência de quem eu sou, o que me move e de que tudo está interligado. Somos luz e energia, apenas.
A sessão começava às 19h e terminaria às 1h15, nenhuma das pessoas ali sairia do templo sem estar plenamente consciente e fora da “força”. Durante esse período é oferecida uma segunda dose para aqueles que querem desbravar mais seu eu interno. Consagrei meio copo de dose, e pude viajar pelos meus chakras, pontos de energia presentes no corpo humano, popularmente conhecidos por meio da prática de Reiki.
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Durante todo esse processo, padrões geométricos eram fortemente apresentados a mim, tive diversas vezes a sensação de que o tempo estava dilatado e que meus movimentos nas mãos eram mais rápidos que o normal. Houve também uma conexão profunda com meu próprio corpo, lembro-me de passar a mão nos cabelos e senti-los de forma preciosa, era como se eu nunca tivesse me visto e sentido de forma integral.
Após essa segunda dose compreendi meus processos e acertei contas com minhas “eus”. Quando o efeito começou a passar senti uma paz nunca antes experimentada, a leveza nos ombros e na mente. Tudo estava onde deveria estar.
O encerramento da sessão foi feito e todos compartilharam seus aprendizados. Fui embora do templo por volta de 2h, cheguei em casa, tomei banho, liguei para um amigo que sabia da prática e dormi. Quando amanheceu nada mais era como antes, senti uma sensação de compreensão sobre a vida, as coisas e as pessoas. Ouvi músicas que já conhecia e pude ver a profundidade de cada uma das palavras. Foram dias com essa sensação. Agora está mais leve, mas com certeza foi a experiência mais transformadora que aconteceu na minha jornada.
Tudo mais que você precisa saber
Depois de tantas informações, sobre como funciona a medicina Ayahuasca, vamos aos detalhes não menos importantes. A Ayahuasca é considerada legal no Brasil, visto que a prática é de cunho religioso e que sua consagração não gera vícios. Vender a medicina é proibido, contudo, os templos podem ou não cobrar visto que o uso seja no local, dessa forma, o valor não é pela bebida e sim pelo auxílio e estrutura fornecidas nas sessões.
A duração de uma sessão pode variar entre 4 a 6 horas dependendo da quantidade ingerida pelo participante, seus efeitos começam a ser notados cerca de 40 a 60 minutos após a ingestão. O ponto alto da sessão acontece em torno de 2 horas a partir da consagração da bebida.
No Templo 5 Elementos todos podem participar das sessões, desde que cumpram as normas do questionário e não tenham nenhum quadro de distúrbios mentais como esquizofrenia e uso de medicação controlada. Somente maiores de idade podem consagrar, as sessões em geral são organizadas semanalmente com um eixo central como por exemplo a relatada acima, cura de relacionamentos. Isso não impede que você participe, afinal, a jornada é individual e você definirá para onde ir, mentalmente.
E aí? Ficou com vontade? Conte nos comentários ou mande uma mensagem para a gente! (@yepthree)
Informações adicionais
Contato do Templo 5 Elementos • WhatsApp (48) 9.9949-5122 | E-mail: [email protected] | Instagram: @templodos5Elementos
Fontes: Templo 5 Elementos | tuasaude.com/ayahuasca/ | bit.ly/PsicodélicoseRamificaçõesNeuronais | bit.ly/Experienciaquasem | bit.ly/DMTeAya
- Por Sabrina Moraes.
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say-narry · 3 years
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Moral of the Story: Capítulo 2
Capítulo 1
Após chegar no aeroporto, Louis fez questão que eu viajasse com ele até Los Angeles.
Estávamos eu, ele e seus assessores no avião, junto com seus seguranças.
— Como você se sente? - A voz de Louis saiu baixinho. — É uma pergunta estúpida, eu sei, mas tem algo que eu possa fazer?
— Não Lou, já está fazendo mais do que o necessário. — Sorri sentindo meus olhos lacrimejarem.
Ele assentiu e desviou o assunto, xingando Niall com seu sotaque inglês que me fazia rir às vezes.
Em poucas horas pousamos em Los Angeles, Louis queria que eu fosse pra casa dele, mas agradeci e peguei um táxi para meu antigo apartamento.
Era em um bairro mais humilde em L.A, um condomínio fechado que há muito tempo eu não visitava. Em meus momentos de folga sempre ficava na casa de Niall, que até então eu acreditava ser meu lar.
O sol já estava se pondo, passei pela portaria me apresentando e caminhei até o prédio do meu apartamento.
Entrei no elevador e cliquei no botão para ir até o andar do meu apartamento, vi uma família correndo e segurei a porta.
A moça se parecia comigo, junto com um rapaz de cabelo castanho e de pele bem clara, de mãos dadas com ele havia um garotinho de olhos azuis que balançou a mãozinha pra mim.
Sorri o cumprimentando de volta e segurando o choro que subiu pela minha garganta.
— Você é nova aqui? — A mulher perguntou com um sorriso simpático.
— Não muito, tenho apartamento aqui há algum tempo, mas não venho muito pra cá. - Respondi baixo.
— Entendi. Se precisar de algo, sou Lauren, esse é Nicolas — apontou para o homem — E esse é nosso filho, Mathew.
Meu coração derreteu, eu meu via ali naquela família com Niall. Eu me via com filho quando sempre rejeitei crianças, mas gostaria de ter um fruto de amor com ele.
Balancei a cabeça positivamente e me despedi saindo do elevador.
Caminhei pelo corredor e parei em frente a porta branca do número “182” dourado e procurei minhas chaves na bolsa, as peguei abrindo a porta e pela primeira vez em horas, me senti confortável.
Meu apartamento era pequeno, os móveis forrados com lençóis brancos para protegê-los.
Bati a mão no interruptor e fechei a porta. Me virei a trancando e retirei a chave, colocando na mesinha ao lado.
Tirei a bolsa de meu notebook dos outros a deixando no chão, suspirei profundamente e comecei a retirar os lençóis tentando deixar o ambiente mais aconchegante possível.
🍂🍁🍂🍁
Depois de retirar o mais grosso da poeira, peguei meu celular que marcava pouco mais de meia noite. Meu corpo dolorido começava a reclamar novamente de todo o esforço.
Deslizei o dedo pela tela devido a inúmeras notificações até ver o nome dele.
Cliquei na notificação e desbloquei o celular, vendo as mensagens.
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Revirei os olhos já marejados lendo aquelas mensagens. Eu sempre deixei claro a respeito de traição, mas ele foi e fez. Não teria volta. Não teria.
Bloquei o celular sem responde-lo. Peguei algumas roupas limpas na mala, precisava ligar para Simon me enviar minhas roupas que haviam ficado na casa de Niall.
Liguei o chuveiro do pequeno banheiro e comecei a soluçar, em 4 dias era pra ser o dia mais feliz da minha vida e agora eu estava me debulhando em lágrimas.
Lavei meu corpo e meus cabelos, sai do box após desligar o registro, minha cabeça estava latejando de dor. Coloquei meu pijama e deixei tudo como estava, deitei na cama do meu quarto e me encolhi, desejando dias melhores.
🍁🍂🍁🍂
Abri os olhos lentamente, estiquei meu corpo ainda confusa de onde eu estava. Olhei para as paredes brancas e como um tiro, todos os acontecimentos das últimas 42 horas passou por meus pensamentos.
Um som baixo ecoava, virei para o lado contrário da cama buscando por meu celular e ele não estava ali.
Me arrastei pra fora da cama, descalça, cambaleei até a sala onde havia deixado meu celular.
Era Kristen, minha ajudante na produção, havia mais 9 chamadas perdidas até seu nome brilhar na tela do aparelho novamente.
— Oi Kristen.
— (S/A)... onde você está? Pelo amor de Deus, te mandei inúmeras mensagens, todos estão loucos atrás de você, inclusive ele. - Kris disparou sem tomar fôlego.
— Eu pedi demissão, Kristen. — Disse sucinta.
— Onde você está? — Ela repetiu.
— No meu apartamento. — Encostei o corpo na porta de entrada e deslizei até o chão.
— Em Los Angeles? Estamos indo pra aí.
— Estamos quem, Kristen? Se você ainda me respeita e tem consideração por mim, não vai aparecer aqui. — Falei mais alto.
A ouvi suspirando do outro lado da linha e alguns grunhidos.
— Amor... — Ouvi a voz Niall e fechei os olhos, segurei minha cabeça com uma mão e fechei os olhos.
— Cadê a Kris? — Chieei.
— Amor, me escuta. — Niall murmurou.
Fechei os olhos e a dor na minha cabeça veio com tudo novamente.
— Pelo amor de Deus, pare de me ligar ou tentar contato comigo, Niall! Eu estou te pedindo com a pouca paciência que me resta. Acabou, entendeu? — Disse da melhor maneira que consegui.
— Me dê, Niall! — Ouvi a voz de Kris. — (S/N), desculpe ele pegou meu celular quando ouviu seu nome. Eu entendi, se precisar de algo só me ligar, está bem?
— Ok. Tchau. — Coloquei o smartphone na minha frente e desliguei.
Suspirei alto. O que ele queria? Não tinha mais nada a ser tratado. Ele fez o que fez, eu não estou errada, ele é que está.
Me levantei com as poucas forças que me restavam e voltei pra cama. Meu estômago estava dolorido, mas definitivamente eu não conseguiria engolir nada.
2 dias depois...
— Maya... por favor... — Lamentei através da videochamada, Liam estava fazendo um biquinho de choro nos fazendo rir.
Fazia 3 dias que eu estava na cama, algumas embalagens de comida japonesa ocupavam espaço na escrivaninha. Simon havia me ligado e enviado as minhas coisas para o apartamento, mas eu sequer havia aberto as caixas.
Eu podia ver alguns paparazzis de plantão no meu condomínio, Niall não havia mais tentado entrar em contato, para meu alívio e aperto no coração, eu sabia que sua insistência não iria longe, até porque ele tinha Hailee agora.
Liam, Maya e Louis sempre me ligavam, Kristen mandava mensagem de texto falando a loucura que estava tudo aquilo, mas eu levava mais como um desabafo do que uma súplica para que eu voltasse.
Agora, Maya havia me convidado para um jantar pois após uma pequena separação, ela e Liam irão noivar novamente e agora, vão direto pro casamento em algumas semanas.
Como eu os havia convidado para meu casamento com Niall, eles sentiram que deveriam me chamar para a comemoração deles, agradeci e recusei, mas eles insistiam.
— Liam, em nome dos anos de banda, acho que deveria chamar Niall, sabe? Eu adoro vocês e sou grata por todo apoio, mas...
— Sem mas (S/A), Niall provou não ser confiável para ser nosso padrinho. Tem outra pessoa que fará par com você, por favor! Bear sente sua falta e nós ficaríamos muito felizes! — Liam disse e Maya concordou com a cabeça dando um joinha.
Revirei os olhos e concordei. Eles gritaram em comemoração.
— Vou pedir pro meu motorista ir te buscar, querida! Esteja pronta as 7. — Concordei com a cabeça novamente — Um beijo! — Ele disse em português e acenaram, até encerrar a chamada.
Bloqueei a tela e suspirei tentando arranjar forças.
Levantei da cama e comecei a arrumar meu quarto. Joguei as embalagens no lixo, puxei os caixotes que Simon havia entregue e comecei a reoorganizar meu pequeno closet.
Havia algumas camisetas de Niall no meio de minhas roupas, sentei no chão e coloquei contra meu rosto. Ainda não tinha acreditado em como tudo acabou, havíamos chegado tão perto...
Senti o perfume que tanto amava e meus olhos se encheram novamente. Deitei no chão e me permiti chorar mais um pouquinho.
Solucei alto, ao lembrar da notícia, da foto dele no carro, da voz dele me chamando de “Amor” na ligação.
Utilizando meus braços como escora, levantei ficando sentada novamente.
Dobrei as camisetas dele que por vezes eu usei e deixei no canto. Iria deixá-las no fundo do armário, bem como meus sentimentos por ele.
Recolhi o restante das coisas, as guardando em seus respectivos lugares.
Peguei uma calça preta social, uma blusa de seda rosa de alcinhas e um casaquinho bege. Quanto menos chamativo, melhor. Fui ao banheiro e comecei a maratona de me preparar para o jantar de Liam e Maya.
🍁🍂🍁🍂
Duas horas e meia depois, eu estava pronta. Havia gasto boa parte da minha maquiagem para esconder as olheiras, a pele esquisita e o cabelo amarrotado depois da minha hibernação-pós-luto-de-relacionamento.
Havia solicitado a Lauren que comprasse algumas coisas pois não queria sair de casa naquele período, logo ela ligou os pontos e soube quem eu era e o motivo do meu retorno.
Trocamos poucas palavras, mas ela havia me servido como um ombro amigo e graças a ela, minha despensa estava cheia e havia algumas coisas como edredoms, toalhas, pratos, talheres e utilitário novos em meu apartamento.
Peguei uma água com gás e fui bebendo até que o porteiro anunciasse que o motorista de Liam estava alí pra me buscar, o que não demorou muito.
Peguei minha bolsa com documentos, dinheiro e celular, tranquei a porta e desci.
Pela minha sorte, os paparazzis haviam ido embora, então não precisei me preocupar com isso.
Cumprimentei o motorista de Liam e entrei no carro. Eu batucava os dedos rapidamente, eu não queria encontrar Niall, mas algo dentro de mim falava que ia acontecer algo essa noite.
🍁🍂🍁🍂
A meu pedido, o motorista de Liam entrou pelos fundos da enorme casa do meu amigo. Havia um som agradável e inúmeros fotógrafos na frente do condomínio mais luxuoso de Los Angeles.
Suspirei agradecendo e me dirigi até a porta de entrada da casa. Maya estava deslumbrante com um vestido rosa claro com alguns brilhos bem como Liam, com gravata e colete escuro.
Os abracei tentando abrir um sorriso. Eu estava feliz por eles, mas internamente parecia que estava revivendo tudo com Niall.
— Ficamos felizes que veio, (S/A)! Fique a vontade, daqui a pouco o jantar será servido. — Maya me disse e pediu licença, indo cumprimentar outros convidados.
— Como se sente? — Liam me deu uma taça de champanhe, a peguei molhando os lábios.
— Bem, na medida do possível. — Falei passando os olhos pelo lugar, havia alguns conhecidos, acenei brevemente e sem sinal de Niall, para minha sorte.
— Fique tranquila, ele não virá. Nós o convidamos, mas ele aparenta estar tão mal quanto você. — Liam seguiu meus olhos e também acenou.
Suspirei e Liam pediu licença pois iria ver onde Bear estava, fui caminhando com a taça na mão e cumprimentando brevemente quem eu me recordava.
Achei uma porta aberta que dava ao enorme quintal com uma piscina iluminada. Havia balões com as letras M e L com alguns corações.
Caminhei entre as pedras fincadas na grama descendo até a área da piscina, chegando perto das espreguiçadeiras marrom escuro. Me sentei em uma delas e encarei a água reluzente da piscina.
Havia algumas pessoas conversando ao redor, mas parecia que eu estava invisível ali, o que me deixou mais calma.
Balancei a taça de champanhe que já estava sem gás.
O céu estava limpo e estrelado, era uma bela noite... E pensar que, internamente eu ainda estav fazendo a contagem regressiva pro meu não casamento... Ri da minha própria desgraça.
Comecei a cantarolar Night Changes devido a situação.
— Does it ever drive you crazy... — Senti o choro descer entre o caminho já conhecido, minha bochecha e caindo no meu colo. Solucei abaixando a cabeça, como tudo aquilo ainda doía.
— Just how fast night changes... — Ouvi uma voz um pouco mais rouca do meu lado.
Vestido num terno rosa de camursa impecável, com uma camisa social preta com os 3 primeiros botões abertos, também acompanhado de uma taça com champanhe e anéis... lá estava ele.
— Harry.
Ele sorriu e por algum motivo, minhas pernas bambearam.
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Espero que tenham gostado! Comentem aqui suas opiniões, elas são importantes pra mim
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oneshots-onedi · 4 years
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Esse ainda não é o imagine que eu disse que estava pensando em adaptar, mas, resolvi postar pra dar um agrado haushaus. Espero que gostem! Me digam depois❤️ >>>é hot<<<
Reuniões, reuniões e mais reuniões, foi nisso que minha semana se resumiu. Eu estava completamente exausta e totalmente estressada. Meus ombros doíam como se o peso do mundo estivesse apoiado em minhas costas e meus pés imploravam por uma boa massagem.
Certo, meu pai havia me dito que o mundo dos negócios é cruel, ainda mais por ser majoritariamente ocupado por homens de meia idade que não estão abertos a inovações — principalmente para assistirem uma mulher tomar as rédeas de toda a situação — mas, para uma garota recém formada em economia, assumir um posto tão importante como o de vice presidente de uma enorme corporação parecia incrível. Sempre fui uma pessoa que tem sede por crescimento pessoal, procuro estar a todo momento informada e ter o controle em minhas mãos, além de ser completamente apaixonada por desafios, um fator que contribuiu em uma grande porcentagem para que eu aceitasse a proposta que meu pai havia me dado de me repassar seu cargo na empresa.
Só não imaginava que suas dores seriam repassadas à mim também…
A quebra de meus devaneios se faz quando o telefone posto em minha mesa toca. O suspiro que sai por minha boca é inevitável e cogito se deveria tirar algumas férias, mas logo desisto ao me recordar do inferno que virou isso aqui quando me ausentei por apenas uma semana.
— Diga, Hoseok. — Atendo já ciente de quem está do outro lado da linha.
— Senhorita, Kim Namjoon ligou para desmarcar a reunião às quatro horas — Informa e instantaneamente tenho vontade de pular de alegria, mas me limito — Ele pediu mil desculpas, mas infelizmente houve alguns problemas burocráticos na transportadora Coreana e ele teve que resolver pessoalmente. — Explica.
— Ah, sem problema algum, estava precisando mesmo de uma pausa… — Digo sincera escuto meu secretário rir levemente do outro lado — Jung, tem mais algum compromisso para hoje?
— Uhm, deixe-me conferir...— Sua voz se ausenta por alguns segundos e suponho que ele esteja procurando algo na agenda — …nada senhorita, mas para amanhã temos aquela reunião com os investidores japoneses. — Me recorda e agradeço mentalmente pois já estava quase me esquecendo.
Olho em meu relógio e confiro que o mesmo marca 13h27.
— Ótimo, então faça o seguinte… — Minha entonação demonstra que vou ordenar algo — …pode ir para casa, está livre. Caso alguém queira marcar algo, coloque o que puder para a quinta-feira.
— Anotado — Responde — Ah, já ia me esquecendo, Sr. Styles ligou mais cedo… — Sorrio com a citação do rapaz — …mas como você estava em reunião ele apenas deixou recado.
— Que recado?
— Ele está lhe esperando em seu apartamento. — Pelo seu tom sinto que ele se sente tímido em repassar isso e tudo que posso fazer é dar uma breve risada.
— Ok, obrigada Hoseok. — Agradeço — Agora vá aproveitar o resto do dia.
— Obrigado (S/n), até amanhã. — E é dessa forma que encerramos a ligação.
A informação de que Harry estaria em minha casa me deixou mais empolgada. Devido a semana corrida e os inúmeros compromissos que tínhamos, havíamos nos visto poucas vezes e dificilmente trocamos mensagens de texto.
Eu e Harry namoramos há exatos dois anos, o conheci quando fui convidada a participar de uma exposição em Londres. Liam, um amigo que conheci na faculdade, iria expor suas belíssimas fotos e fez questão que eu fosse. Honestamente, o agradeço até hoje pelo convite, pois foi naquele dia que conheci o artista plástico que roubou todo meu amor pra si.
Depois de dar uma breve organizada em minha mesa, pego todas minhas coisas que serão de minha necessidade e sigo para fora da empresa. Durante o percurso dentro do edifício, todos os funcionários que passam por mim se curvam minimamente para um comprimento cordial e são retribuídos com um sorriso.
Já do lado de fora, Rick me espera prontamente com o carro. Seu semblante sério se quebra e ele expõe um sorriso em minha direção.
— Boa tarde, senhorita (S/n). — Ele abre educadamente a porta para mim — Para onde iremos?
— Boa tarde Rick, me leve para casa mesmo. — Peço com a mesma educação e ele apenas assente.
O caminho até meu apartamento é rápido. Eu e Rick trocamos poucas palavras, mas o silêncio também não é algo desconfortável entre nós. Gosto disso.
Amor: Saudades da minha namorada :(
A mensagem que chega no meu celular é simples, mas faz meu interior se revirar em pura felicidade. Porém não respondo, o elevador já está para chegar em meu andar. Contados trinta segundos, as portas metálicas se abrem e eu já me encontro em meu andar.
Calmamente, ando até a porta dourada e a destranco. O cheiro de casa invade minhas narinas, mas o que mais chama a atenção é o cheiro inconfundível de café que emana da cozinha.
Sorrio já imaginando o que Harry anda fazendo.
Fecho a porta buscando fazer o mínimo de barulho possível. Retiro meus saltos os deixando encostados ao canto da parede, aproveito e me livro da bolsa a jogando no sofá juntamente do blazer que eu vestia. Sorrateiramente caminho até a cozinha e a primeira visão que tenho é a de Styles de costas para mim enquanto mexe no fogão, sem camisa e com apenas uma bermuda.
Deus…
Ele parece bem concentrado, pois ao menos nota minha presença ali. Rumo em sua direção ainda sem produzir nenhum ruído e o surpreendo ao envolver sua cintura em um abraço. Seus músculos se tencionam e acabo por rir do seu susto.
— O que você está aprontando ai? — Pergunto baixo ao pé de seu ouvido e acredito que o ouço suspirar com tal ato.
— Amor. — Se vira ainda surpreso e sorri me fazendo sorrir junto — Estou tentando fazer aquele doce que você gosta. — Ele responde.
Espio a panela para ver do que se trata e não é nada mais, nada menos do que um brigadeiro.
— Harry, não acredito! — Digo surpresa ainda com meus braços ao seu redor.
— Queria te fazer uma surpresa, mas você chegou mais cedo. — Faz um biquinho fofo nos lábios e sou forçada a depositar um beijo ali.
— Você é incrível! — Elogio sentindo o sorriso quase rasgar meu rosto.
As bochechas de Styles tomam uma coloração avermelhada, seu sorriso afoito me faz querer guarda-lo somente para mim e protege-lo de qualquer coisa que possa o machucar.
— Vou colocar o bligadeiro na geladeira. — Diz fugindo de meu olhar que o analisa minuciosamente .
— Tudo bem, vou tomar um banho, meu corpo está todo dolorido. — Reclamo me afastando dele e me escoro no balcão enquanto o observo desligar o fogo e pegar um prato.
— Aquelas dores novamente? — Despeja o doce ali.
— Sim. — Respondo desanimada.
Harry suspira e me encara com um olhar repreensor.
— Já falei que você está se esgotando naquela empresa. Você precisa de um tempo. — Diz sério — Faz cinco anos que você não para.
Agora é minha vez de respirar fundo e cruzar os braços. Sei que ele tem razão, mas ainda não sinto segurança para deixar tudo na mão de outra pessoa.
— Harry, da última vez deu tudo errado — Relembro — Sei que Hoseok tem um grande potencial e o admiro demais, mas existe coisas ali que apenas eu sei lidar! — Pontuo.
O Styles em minha frente revira seus olhos e imita minha pose ao cruzar os braços.
— Seu primo pode muito bem tomar o controle por um tempo.
— Você acha mesmo que Jimin terá comprometimento com aquilo?
— Você poderia tentar — Seu tom ainda é sério, mas em seguida ele respira fundo e se aproxima — Olha, sinceramente, não quero discutir com você e esse seu jeito controlador — Seu tom diminui e suas mãos rodeiam minha cintura — Faz tempo que não temos um momento sozinhos, então não vamos estragar essa tarde com discussões baratas. — Sua fala acaba quebrando minha pose superior e sorrio pequeno — Apesar de eu ter a razão aqui.
Fecho meu sorriso imediatamente e ele ri da minha cara.
— Assim você não ajuda… — Harry nega com a cabeça e se aproxima do meu rosto.
— Vamos fazer assim… — Fala quase que em um sussurro —… eu vou colocar seu doce na geladeira e enquanto isso você vai para o quarto — Sua mão esquerda sobe à altura de meu rosto e ele acaricia levemente — Vai tirar a roupa e ligar a banheira… — A voz com uma certa rouquidão causa um arrepio em minhas costas e ele deposita um beijinho em meu nariz — …e vai me esperar lá, hoje irei cuidar de você. — Me beija mais uma vez, mas agora na bochecha.
— Cuidar de mim? — Pergunto gostando da sensação de tê-lo acariciando minha pele.
— Exato, hoje serei seu massagista particular! — Seu sorriso doce faz minha perna bambear e deposito um beijo em seus lábios carnudos.
— Tudo bem então! — Digo finalmente me soltando dele.
Assim como me foi dito, eu sigo para o quarto e vou direto para o banheiro particular que há ali. São poucas as vezes que utilizo desta banheira, pois sempre me parece que ao menos tenho tempo para reservar um banho relaxante. Mas hoje irei me permitir.
A água morna escorre assim que ligo o registro. Meu corpo ainda está tenso e meus pés ainda doem, por mais que eu já não calce mais meus saltos. Levo meus dedos até os botões da camisa social e vou os desabotoando um a um, ao que chego no final retiro aquele pedaço de pano e respiro fundo.
Mas assim que levo as mãos ao fecho do sutiã, uma terceira mão me interrompe.
— Me deixe te ajudar. — Harry diz com seu hálito batendo contra minha nuca.
Engraçado como o ato simplista faz a pele de minha nuca se eriçar e o arrepio descer pela extensão de minhas costas. Styles, com todo o cuidado do mundo, desarma meu sutiã para em seguida retira-lo de mim o abandonando no chão.
— Você fica muito sexy com essa saia. — Ele diz rente ao meu ouvido descendo suas mãos grandes pelas laterais de meu corpo — Na realidade você fica sexy de qualquer maneira. — Confessa e deposita mais um beijo em meu pescoço.
— Você está me mimando demais Sr. Styles, assim fico mal acostumada. — Brinco tombando minha cabeça para trás dando mais espaço para ele.
— Não aja como se não merecesse carinho, Sra. Controladora. — A resposta vêm baixinha, pois seus lábios estão ocupados em minha pele.
— Não sou controladora. — Rebato manhosa.
— Imagina se fosse! — Ele diz rindo.
Sua mão, nada boba, vai subindo por minha barriga fazendo um carinho gostoso ali.
— Ah Harry, o que você vai fazer comigo? — Levo minha mão esquerda até seus fios os apertando entre meus dedos.
— Primeiro, pretendo realmente te dar uma boa massagem... — Ele mordisca minha orelha — …e em segundo lugar, te fazer gozar gostoso. — A maneira com que as palavras deslizam suavemente por sua boca me encanta e acabo rebolando contra sua cintura — Você adora, né? — Provoca me apertando mais contra ele.
Harry se afasta de repente de mim e fico sem entender, mas logo me toco quando o vejo ir até a banheira e desligar a torneira. Aproveito esse tempo para retirar minha saia ficando apenas de calcinha.
Vagarosamente caminho até ele que agora me encara como se eu fosse a mulher mais linda do universo e honestamente… eu adoro isso!
— Ah, mas eu sou o homem mais sortudo do mundo… — Mais uma vez envolve seus braços em volta de minha cintura e sela nossas bocas em um beijo sedento.
Sua língua massageia a minha entre uma mistura de carinho e excitação o que me instiga a colocar a mão em seu abdômen. Com as pontas das unhas arranho levemente e ele suspira contra minha boca. Meu sorriso se faz e me atrevo a descer mais minha mão que ao se encontrar com seu volume, não evita em aperta-lo.
Harry geme contra meus lábios e sobe uma de suas mãos até meus cabelos, infiltrando seus dedos ali. Aproveito a concentração que ele mantém entre o beijo e enfio a mão dentro de sua bermuda e me surpreendo por ele estar sem cueca.
— Droga Harry… — Solto conta sua boca ao mesmo tempo que agarro seu pau grosso.
Contudo, antes que eu possa começar a lhe dar carinho, Harry segura firmemente minha mão e da fim ao nosso beijo.
— O que? — Pergunto confusa.
— Eu avisei que eu irei cuidar de você, então não adianta tentar ficar no comando, mocinha. — Não consigo esconder minha frustação.
Harry sabe muito bem o quanto gosto de lhe dar prazer e simplesmente me priva disso?
Penso em protestar, mas antes mesmo de eu fazer isso, meu namorado se ajoelha aos meus pés e seu rosto fica à altura de minha cintura. A visão é excitante e olhar beirando a inocência que Harry pouco tem, faz minha calcinha molhar.
Ele deposita um beijo em minha coxa e em seguida na outra também, mais uma vez minhas pernas se amolecem e se não fosse por Harry segurando minha cintura, acredito que eu cairia.
— Você vai me torturar muito? — Pergunto suspirando.
— Por mais que você mereça, vou te poupar por hoje. — Finaliza puxando a única peça que me cobria para baixo.— Entra na banheira. — Ordena e por mais que eu ame contrariar, opto por obedece-lo.
A água morna toca minha pele assim que me ajeito ali, olhando para Harry o vejo retirar a bermuda e expondo seu membro já um tanto duro.
— Harry, me deixe cuidar dele… — Peço manhosa embargada pela vontade de vê-lo gemer para mim.
— Amor, por mais que seja uma oferta tentadora, vou ser obrigado a recusa-la. — Responde irredutível.
Harry entra na banheira e se ajeita ali, logo em seguida me chama com o dedo e não hesito a ir. Me posiciono entre suas pernas e descaso meu corpo no seu, sentindo seu falo excitado em minhas costas. Styles, por mais uma vez beija a região de meu pescoço e em seguida sobe sua mão aos meus ombros, onde ele aperta em uma compressão gostosa me fazendo gemer involuntariamente. Aos poucos meus músculos vão se relaxando e as mãos de Harry me acariciando sem intervalo.
— Se você continuar gemendo assim vou ser obrigado e meter em você aqui mesmo. — Ele adverte rente ao meu ouvido.
— Então mete Harry. — Quase suplico em um sussurro.
— Você está louca pra sentir meu pau, né? — Pergunta agarrando meu peito com firmeza.
Seus dedos rodeiam o bico de meu mamilo e ele o aperta me fazendo gemer.
— Me deixa te chupar… — Peço baixinho enquanto sou acariciada — …prometo te mamar direitinho. — Atrevida levo minha mão até minhas costas e agarro seu pau novamente.
— Não… — Responde sôfrego.
Agora é a vez de Harry gemer. Diferente de antes, ele não recusa meu carinho, mas se aproveita dele enquanto sua outra mão desce pro meio de minhas pernas. Ele alisa minhas coxas me instigando a querer mais. Meu dedo circula a cabeça de seu pau ao mesmo tempo que ele toca minha buceta molhada.
— Tão quentinha… — Sussurra — …eu já estava morrendo de saudades de me enfiar aqui. — Segreda acariciando meu clitóris.
— E eu já estava com saudades de sentir você me tocar as-… ah Harry! — É impossível não gemer quando ele introduz dois dedos na minha buceta — Isso… — Rebolo contra os dedos longos.
Harry me fode com os dedos enquanto sua outra mão massageia da forma mais gostosa possível meu peito, ainda como brinde, ele distribui chupões pela extensão do meu pescoço que se agrada com o ato. Minhas reboladas contra sua mão se intensificam e minhas costas cria atrito com o pau de Harry, que constantemente ofega em minha orelha.
— Vamos pra cama? — Pergunta a mim me masturbando devagarinho e apertando meu peito — To louco pra chupar essa bocetinha!
— Você promete chupar direitinho? — Pergunto manhosa apenas para provocar.
— E algum dia não te fiz melar minha boca? — Responde em mesmo tom.
Me viro ficando de frente para ele e junto nossos lábios em um beijo selvagem e único. Suas mãos em minha cintura fazem uma pressão gostosa e me contento em não sentar de uma vez em seu pau.
Paro nosso ósculo em um movimento repentino e não dou tempo para Harry protestar, eu simplesmente caio de boca em seu membro rosado que me pede carinho.
— Ah puta que pariu, (S/n)! — Sinto suas mãos em meu cabelo e subo meu olhar ao seu.
Minha língua desliza carinhosamente por sua fenda enquanto seguro a base com a mão. Meus lábios grossos envolvem perfeitamente seu pau e seus gemidos fazem minha buceta pingar.
— Você é tão safada... — Harry geme.
— To mamando gostoso, meu amor? — Pergunto quebrando rapidamente o boquete para provoca-lo.
Harry simplesmente não consegue me responder, ele apenas acena a cabeça em um sim enquanto sua boca geme gostosamente.
Empenhada em lhe fazer gozar, volto a colocá-lo na boca e o chupo da maneira que sei que ele gosta. Sentindo sua mão em meu cabelo, eu passo toda minha língua pelo comprimento grosso e rosado.
— Ah, gostosa. — Geme mais uma vez — Chega, não quero gozar assim! — Ele me interrompe e formo um bico em meus lábios tentando persuadi-lo — Não me olhe assim, você já me desobedeceu demais.
Ele me puxa para um beijo e tudo que é transmitido nesse ato é a vontade de se satisfazer.
Harry me empurra até a outra extremidade da banheira e deixa com que eu fique deitada ali com a cabeça apoiada na borda. Seu beijo quente desce ao meu pescoço enquanto sua mão esquerda acaricia com luxúria minha coxa. Com toda sua habilidade, Harry envolve meu seio, rodeando a língua por ali da forma mais gostosa possível.
— Ah Harry…
Ele ao menos se importa com meus sôfregos, ao invés disso, mais uma vez ele introduz seu dentro de mim e sou obrigada a gemer seu nome.
— Abre bem a perna. — Ele pede baixinho e meu interior se revira.
Faço o que ele manda e abro minhas pernas no limite que a banheira permite. Harry por sua vez, se posiciona em meu meio sem deixar seus olhos escaparam do meu e em uma lentidão sem igual, ele me penetra. Minha boca se abre em um perfeito "O" e sinto meus músculos se tencionarem.
— Molhadinha… — Ele sussurra próximo a um gemido.
— Pra v-você… — Respondo igualmente agarrando seu pescoço.
Harry aproxima mais nossos corpos e se afunda de uma vez em meu interior. O movimento de nossa pele se chocando juntos da água, torna tudo mais excitante.
— Hmm, você é tão gostosa, amor… — Ele geme rente ao meu ouvido me deixando mais excitada — …sabe quantas vezes bati uma pensando em você assim? — Provoca me fazendo gemer por imaginar a cena tão promíscua — Queria tanto foder você gostoso assim! — Ele rebola mais uma vez.
— Ai Harry, faz de novo! — Peço.
Harry atende meu pedido rebolando dentro de mim. Ele fode minha buceta da melhor forma enquanto sussurra coisas obscenas em meu ouvido. Sua mão se habilita em acariciar meus seios e sinto como se estivesse indo ao paraíso.
— Me deixa quicar pra você. — Peço gemendo.
— Quer rebolar no meu pau é?
— Você sabe que sim!
Ele sorri fraco, mas depois de um beijinho ele sai de mim e volta a se sentar.
— Senta aqui, vêm. — Bate a mão em sua coxa e passa a língua nos lábios.
Sedenta, posiciono-me no seu colo apoiando uma de minhas mãos em seu ombro, com a outra eu pego seu pau e o passo na minha entradinha molhada. Beijando seu pescoço, desço lentamente por sua extensão e o mesmo joga a cabeça pra trás enquanto agarra minha cintura. Nós dois gememos ao que nos entregamos ao prazer que é ter o outro de forma tão íntima.
— Olha aqui. — Digo o puxando pelo queixo para que olhe para nossos sexos — A gente se encaixa tão bem… — Gemo manhosa intensificando minhas reboladas.
Styles, mais uma vez não consegue responder e apenas geme comigo. Nós dois nos beijamos mais uma vez, sentindo toda a quentura subir em meu interior. Remexo meu quadril sentindo Harry cada vez mais fundo, sua grossura me acaricia de forma sem igual e posso sentir meu ápice se aproximar.
— Rebola gostoso pro seu homem…. — Ele geme e meus olhos se reviram em prazer —… goza comigo, amor.
Louca de prazer, atendo a sua vontade e rebolando gostoso acabo contraindo as paredes da minha buceta em volta do pau que jorra toda sua porra em mim.
— Caralho! — Ele geme jogando a cabeça pra trás e logo em seguida eu gozo molhando todo seu comprimento.
Exausta, me jogo contra seu corpo deitando minha cabeça em seu peito que sobe e desce assim como eu. A água da banheira ainda se movimenta, fruto da loucura que é nosso sexo.
Não demora tanto até que sinto a mão de Harry acariciar minhas costas e um sorriso surgir em meus lábios.
— Será que algum dia vou conseguir realmente cuidar de você ou você sempre vai acabar no comando? — Pergunta divertido.
— Acho que agora você pode me dar aquela massagem que prometeu.
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Versão com Kim Seokjin
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conquistarohomem · 3 years
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10 Orações poderosas para salvar o seu casamento com o marido urgente
10 Orações poderosas para salvar o seu casamento com o marido urgente
Aqui está a verdade que a maioria das pessoas não gosta de admitir: o casamento é difícil. É incrivelmente difícil. Gastar para sempre com alguém que é diferente de você não é exatamente o passeio no parque.
Tem seus altos e baixos, seus altos e baixos. Há discordância, depois concordância.
Está quebrando, depois fazendo. O casamento é incrivelmente difícil, mas quando tratado corretamente, é incrivelmente bonito.
É por isso que as orações pelo casamento são importantes.
Orar pelo seu casamento é uma das coisas mais gratificantes que você pode fazer pelo seu relacionamento. Se você faz da oração uma prioridade e não uma opção, então lidar com muitas questões será muito mais fácil.
Eu sei em primeira mão que a oração torna o casamento mais forte. Quando oro pelo meu casamento, ganho clareza. Eu acho paz. Minha fé em Deus é fortalecida. O lugar da oração me humilha. Isso me ajuda a deixar ir e deixar Deus. Isso me ajuda a falar a vida em meu casamento.
Nossos casamentos têm um inimigo. O inimigo que quer roubar matar e destruir quer devorar seu casamento. A arma mais poderosa que você tem é a oração. Você não pode lutar uma batalha espiritual usando táticas físicas. É engraçado como é fácil brigar com seu cônjuge, em vez de "brigar" com Deus no lugar da oração.
Ou como é fácil reclamar com um amigo ou membro da família, em vez de "reclamar" com Deus. Ou como é fácil se preocupar com questões em vez de orar sobre elas. E se transformassemos todas as brigas, reclamações e preocupações em orações?
Vou encorajar-nos a orar essas orações porque as orações são poderosas. Orações fazem a diferença. Ore de um lugar de fé, não de medo. Se você é solteiro, ore-os igualmente pelo seu casamento.
Comece pedindo a Deus que o perdoe por todo pecado e ore fervorosamente.
10 Orações poderosas para salvar o seu casamento com o marido urgente
Veja a lista de 10 orações para salvar e abençoar o casamento abaixo:
1. Pai, obrigado pela esposa com quem você me abençoou.
“Tudo o que é bom e perfeito vem até nós de Deus, nosso Pai, que criou todas as luzes nos céus.” (Tiago 1: 17, NLT)
“Seja grato em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para você que pertence a Cristo Jesus.” (1 Tessalonicenses 5:18, NLT)
2. Pai, ajuda-me a perdoar e a tolerar meu marido / esposa.
“Faça uma provisão pelos defeitos um do outro e perdoe qualquer um que te ofenda. Lembre-se, o Senhor perdoou você, então você deve perdoar os outros. ”(Colossenses 3:13, NLT)
3. Pai, ensina-me a amar minha esposa incondicionalmente.
"O amor é paciente e gentil. O amor não é ciumento ou arrogante ou orgulhoso ou rude. Não exige o seu próprio caminho. Não é irritável, e não mantém registro de ser injustiçado. Não se alegra com a injustiça, mas se alegra sempre que a verdade vence. O amor nunca desiste, nunca perde a fé, é sempre esperançoso e persiste em todas as circunstâncias. ”(I Coríntios 13: 4-7)
4. Pai, meu esposo pode cumprir seu plano para sua vida.
“Eu te conheci antes de te formar no ventre de sua mãe.
Antes de você nascer, eu te distanciei
e te constituí como meu profeta para as nações. ”(Jeremias 1: 5, NLT)
5. Que minha esposa e eu a procuremos antes de qualquer outra coisa.
“Busca o Reino de Deus acima de tudo e vive em retidão, e ele te dará tudo o que você precisa.” (Mateus 6:33, NLT)
“Mas eu e minha família serviremos ao Senhor.” (Josué 24:15)
6. Ensina-nos a depender do seu poder em todos os momentos difíceis que enfrentamos juntos.
“Eu também oro para que você entenda a incrível grandeza do poder de Deus para nós que cremos nele.” (Efésios 1:19, NLT)
7. Senhor, ajuda-me a refrear a minha língua e não dizer coisas ofensivas ao meu cônjuge.
“Seja sempre gentil o seu discurso, temperado com sal, para que saibas como deves responder a cada pessoa.” (Colossenses 4; 6, ESV)
8. Senhor, ajude minha esposa e eu a não cedermos a qualquer tentação que possa surgir em nosso caminho.
“As tentações em sua vida não são diferentes das que os outros experimentam. E Deus é fiel. Ele não permitirá que a tentação seja mais do que você pode suportar. Quando você for tentado, ele lhe mostrará uma saída para que você possa suportar. ”(1 Coríntios 10:13, NLT)
9. Senhor, separe minha esposa e eu de toda companhia maligna.
“Não se deixe enganar:“ A má companhia arruína a boa moral ”(1 Coríntios 15:33, ESV)
10. Que sua paz reine em nosso lar.
“Então você experimentará a paz de Deus, que excede tudo o que podemos entender. Sua paz guardará seus corações e mentes enquanto você vive em Cristo Jesus. ”(Filipenses 4: 7, NLT)
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𝗜𝗡𝗖𝗢𝗥𝗥𝗘𝗖𝗧 𝗤𝗨𝗢𝗧𝗘𝗦 #𝟭
Tudo se encaminhava para um fim de culto tranquilo e agradável. Ao sair pela porta principal, já era possível observar os vários grupos se formando à beira do portão, com pessoas trocando abraços e risadas entre si.
No meio deles, uma jovem também buscava se misturar entre as pessoas para distrair a cabeça. Estava determinada a deixar certas coisas de lado para focar no que era importante, mas não estava sendo nada fácil.
Enquanto se envolvia numa conversa em que ela pode se encaixar, sentiu um toque em seu ombro que a fez se virar.
- Irmã, preciso de uma ajuda sua. Pode me acompanhar?
Como não tinha muito tempo para pensar, ela aceitou, buscando disfarçar o máximo possível o que estava se passando dentro dela, afinal, o motivo do seu desalinho estava ali, pedindo casualmente que o ajudasse.
Após caminharem um pouco, estavam na cozinha do templo. A jovem, sem entender nada, olhou para ele, arqueando as sobrancelhas.
- Não tem nada aqui. Por que o irmão precisa da minha ajuda?
Ele cruzou os braços.
- Eu preciso mesmo responder a essa pergunta?
- Não precisa responder. Mas entender o que você quer de mim seria um ótimo jeito de começar essa conversa - arregalou os olhos em sinal de deboche.
Ela faria qualquer coisa pra disfarçar que, por dentro, estava tomada pelo nervosismo.
- O que tinha no bilhete?
Ela engoliu em seco.
- Não lembro, já apaguei - dissimulou.
- Deus não se agrada de mentiras - respondeu, cruzando os braços.
- Não sei se esse é o melhor lugar pra gente ter essa conversa.
- Ah, mas isso não é problema - alcançou-lhe a mão - Vem comigo.
- Misericórdia, vamos ficar presos aqui - buscou se desvencilhar discretamente enquanto subiam as escadas que davam para as salinhas de apoio.
- Não vem com esse papo, você sabe que eu também tenho a chave.
Ela estava tão nervosa que tinha até esquecido de tal detalhe.
Ao entrarem na salinha que costumava ser lotada de crianças aos domingos, o rapaz ligou a luz, se sentou em uma das cadeiras e cruzou os braços. Não estava disposto a sair de lá sem ouvir a resposta que viera buscar.
- Pode começar.
- Nossa, que insensível!
- Ué, você me deixa com a pulga atrás da orelha por causa de um bilhete e quer que eu aja como?
- E como você tem tanta certeza que o bilhete foi pra você?
- Ah, qual é! Eu sou de boa, mas não sou bobo. Eu saquei quando você me perguntou se eu tinha lido o bilhete.
Ela revirou os olhos.
- E mesmo sabendo que era pra você, fingiu demência e mandou dois joinhas. Sério?
- O que você queria que eu fizesse, considerando que eu nem sabia o que estava acontecendo antes de ler aquilo?
- De fato, eu fui meio covarde em continuar.
- É verdade. Então que tal você parar de graça e me contar agora?
- Você não entende, né? - suspirou a garota.
- Não enquanto você não esclarecer.
Ela engoliu em seco.
- Minha cabeça tá uma grande zona. Eu estava tranquila, só focada em fazer a obra de Deus e passar de ano na faculdade. Minha vida sentimental já tinha deixado de ser prioridade. Até que... que... - O fôlego lhe fugira e buscava um apoio para jogar o peso do corpo, até encostar as costas na única mesa que tinha na sala.
O rapaz permanecia fixando seu olhar na garota, que estava há metros de distância dele, recobrando os sentidos.
Por alguns segundos, o silêncio invadiu a sala, deixando ambos ainda mais ansiosos.
A jovem, percebendo que ele realmente não estava disposto a ir embora, respirou fundo para espantar os pensamentos que lhe atormentavam, aconselhando-lhe a fugir, como já fizera em outras situações não tão diretas. Mas forçou-se a continuar, afinal, crescera muito e sabia que devia a verdade a si mesma.
- (...) O meu medo virou realidade. Eu voltei a me interessar pra valer em alguém depois de cinco anos e eu simplesmente não sabia o que fazer com isso. Eu queria estar perto, segurar a mão, abraçar, rir, orar, buscar... Não se limitava a um desejo adolescente.
E então seus olhos se inundaram.
- Sabe qual o grande problema? É que eu não sou correspondida e não tem ninguém que me compreenda. Imagina só você estar na rodinha e ver que seus amigos estão tentando juntar o cara que você gosta com outras mulheres praticamente o tempo todo e ter de ficar calada? Ter de engolir em seco que qualquer uma teria uma possibilidade maior do que a minha?
- Eu... - ele deu sinais de que iria rebater, mas ela pediu para que se calasse.
- Como você insistiu, eu vou até o fim. Depois você fala.
Ele assentiu com a cabeça.
- Sabe o quão horrível pode ser para alguém se apaixonar sabendo que tem grandes chances de não vingar porque a pessoa não quer nada com você? Aí se dar conta de que, alguns meses depois você vai encontrá-la namorando com outra pessoa, dado os históricos anteriores?
E então o resto da fala ficou embargada pelas lágrimas e soluços involuntários que saiam de sua boca.
- Sabe o que é ter de lidar com a rejeição iminente? De ter de voltar a passar pelo processo de esquecer a pessoa, quando você nem ao menos escolheu se apaixonar por ela? Quantos tapas invisíveis você leva ao perceber que mais uma vez errou o alvo? Dói não ser a escolhida de alguém.
Ao terminar de falar, sacou de seu bolso o celular quase sem bateria. Ao ter certeza que o wifi do vizinho estava funcionando, lhe encaminhou um arquivo de foto.
- Queria saber o que tinha escrito no bilhete? Leia e tire suas próprias conclusões.
E saiu porta afora, em direção à saida da igreja.
Ele permaneceu ali por alguns segundos, lendo e relendo o conteúdo da nota autoadesiva, tentando decifrar o que se passava dentro dele.
No andar de baixo, ela aproveitou a oportunidade que já procurava há um tempo: se derramar no altar e chorar, afinal, havia dias que se sentia como Ana, amargurada de espírito.
Quanto mais pensava no que tinha acontecido poucos minutos atrás, tinha ainda mais vontade de arrancar de dentro de si a agonia que pesava em seu peito. A bagunça entre o racional e o emocional a despertavam, que sequer sentiu alguém lhe abraçando.
Os braços curtos e firmes a seguravam, enquanto o queixo repousava sobre a cabeça. Era perceptível a fraqueza dela em se mover, não por sufocá-la, mas pela exaustão em que se encontrava.
Lentamente, após alguns minutos, ele se desvencilhou para alcançar seu celular. Respirando fundo, ali, diante de Deus, proferiu as palavras que tanto ansiou descobrir.
"Olá mestre do som do Grupo Alvorecer.
É provável que eu não seja sua Rebeca.
E sei que um dia irei superar tudo isso.
Aqui registro que hoje gosto de você.
Mas você não corresponde e tá tudo bem.
Não te conto porque não quero que nada mude.
Só quero que seja feliz.
Que Deus te abençoe e te acompanhe.
Que a vontade dEle prevaleça sobre ti."
Ouvindo aquelas familiares palavras, ela levantou seu olhar para o rapaz, que também a observava, com compaixão. Respirando fundo, forçou-se a se colocar de pé, apesar da pouca força e da enorme dor de cabeça que herdou da choradeira.
Juntando o pouco de fôlego que ainda tinha, pôs-se a questionar tudo aquilo.
- Essa é a resposta para a sua pergunta. Satisfeito? - resmungava ela, enquanto calçava novamente os saltos rosa que retirara ao se ajoelhar.
- Estou sim, obrigado. Eu já disse que você escreve bem?
- Sim, você mesmo me disse quando recebeu minha carta. Não foi à toa que coloquei foto de escrever carta como papel de parede na sua conversa.
Ele soltou um riso contido que a fez erguer as sobrancelhas com indignação.
- Você quer que eu esqueça o que acabei de ler? - disse, por fim.
- Você quem sabe - respondeu ela, de cabeça baixa - Eu não sou ninguém para te influenciar nas suas decisões.
Ele respira fundo e começa a se aproximar dela, que dilata as pupilas involuntariamente.
- Alguma vez você já cogitou que você pode estar errada nas suas concepções?
- Como assim? - questionou ela, sem conseguir se mover de onde estava.
- Já imaginou que você pode ser correspondida?
Os olhos dela voltaram a se inundar, afinal, seu corpo vibrava de forma incontrolável com o choque de sensações que enfrentava. Pela primeira vez estava sendo surpreendida.
Antes de responder, engoliu em seco.
- Eu nunca penso nisso, afinal, nunca acontece comigo - deu de ombros.
Ele se aproximou ainda mais, diminuindo drasticamente a distância entre eles. O coração da garota só faltava sair pela boca.
Sem dizer uma palavra, ele a puxou para um longo e caloroso abraço. O primeiro desde que se conheceram, afinal, não costumava ser apropriado que homens e mulheres solteiros trocassem afetos entre eles. Mas naquele momento não pode evitar.
Ali eles deram voz ao espírito e se encheram do renovo que Deus lhes dera, enquanto lágrimas eram novamente derrubadas.
Eles estavam tão envolvidos em seu próprio mundo, que não ouviram a irmã do rapaz chamando-lhe para irem embora, afinal já tinha conversado com todos os amigos e somente ela sobrara do lado de fora.
Como estranhara a demora do irmão e da amiga, resolveu procura-los para oferecer ajuda e agilizar o processo.
Ao chegar à porta lateral do templo, se deparou com a cena. Por alguns minutos, pensou em algo para interromper o momento, pois sua mente estava fundindo com teorias.
- Como eu não percebi antes? - falava baixinho para si.
Ela não sabia o que de fato acontecera entre eles. Só sabia que era o começo para algo especial.
Baseado em fatos e fantasias reais da minha vida - Karina Franchi
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wearegab · 3 years
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Sobre
Quem escreve?
Olá, meu nome é Gabriel, atualmente tenho 21 anos.
Amo escrever. Desde pequeno eu tive meu próprio incentivo para ler, e o hábito de escrever veio em minha pré-adolescência onde escrevia pequenos “contos”, fanfics e histórias sobre personagens que eu gostava e admirava, como por exemplo, Harry Potter, Vocaloid, animes, filmes e desde então, todos os anos eu escrevo pelo menos alguma coisa, não importa seu tamanho, seu conteúdo, se finalizou, se postei. Não importa, estou sempre escrevendo ou criando alguma nova história, um novo enredo, uma nova aventura. Meu maior sonho é poder escrever e publicar algum livro de minha autoria um dia. É um processo difícil, estou ciente que na maior parte dele depende apenas de mim e de minha própria criatividade e força de vontade, então acredito que algum dia terei esse sonho realizado mesmo enfrentando bloqueios criativos, desvios de atenções e problemas do cotidiano.
Moro no Brasil e apesar disso, tenho extrema vontade de sair do país. Sou da porcentagem de pessoas que acredita ter nascido no país errado. Minha personalidade, meu jeito de ser, meus gostos e desgostos não batem nem um pouco com um padrão brasileiro e por isso, outro grande desejo é poder viajar para o Reino Unido, um lugar onde me identifico mais. Se eu moraria lá? Talvez, sim, talvez não. A família e as pessoas que tenho aqui no Brasil são motivos que ainda me fazem ficar, então pensar em deixar todos pra trás, todos que amo, não é uma opção agradável para mim, mesmo estando em um lugar onde acredito não ser muito agradável para mim.
Blog
A muito tempo atrás, quando eu era apenas um pequeno guri, eu havia ganhado um celular e nele eu comecei a escrever um pequeno diário. Só que naquela época, não existia ainda “SMARTPHONE”, era daqueles celulares que serviam apenas para tocar música, salvar fotos, mandar SMS e fazer ligações, então, como eu fazia esse diário? Simples. Salvava nos rascunhos das mensagens de texto.
Era uma ideia genial, mas não parei pra pensar que um dia eu poderia trocar/perder/quebrar o celular que utilizava e que todos aqueles rascunhos irão ser apagados. Então você meio que pode imaginar o resultado, não é mesmo? Foram meses, anos que utilizei ele. Escrevia a cada momento importante, a cada tristeza, felicidade ou acontecimentos bobos que uma criança poderia ter e quando o celular quebrou e percebi que perderia tudo, foi uma tristeza sem cabimento.
Esse Blog foi criado pra isso, pra que eu tenha registros salvos, para que eu possa preservar minhas memórias, meus sentimentos, minhas ideias!
Sobre o nome, Windsor é o nome da casa real atual do Reino Unido, ou em outras palavras, o sobrenome da Rainha Elizabeth II.
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sailorgeeky · 5 years
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[Guia] Moonlight Lovers Vladimir - capítulo 1
Essa é uma tradução desse guia, e todos os créditos são destinados aos seus autores, o que posto aqui é apenas uma tradução feita por mim (Sailor Geek).
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A) (Quem se importa se é perigoso? Preciso chegar ao fundo disso.) B) (E se realmente há alguém por perto, gênio, você realmente quer encontrá-los? Eu bati minha cabeça quando caí?)
A) Suba as escadas. B) Explore o andar principal.
A) Quem é Você?! O que você está fazendo aqui? E me deixe ir! B) (O olhar nos olhos dele é tão agressivo que eu nem sei como responder!)
A) As únicas regras que importam aqui são minhas! E nunca vou deixar ninguém me trancar! B) Por que você quer me manter aqui se não consegue nem me ver? O que eu fiz para você?
A) O que você fez comigo? O que aconteceu? Me responda! B) (Estou certo de que ele tem algo a ver com o meu estado atual. Mas o que exatamente ele fez comigo? Essa é a maneira dele de me "salvar"?)
A) Sério, pela última vez, quem é você? Oque esta acontecendo aqui?! B) Ouça, se eu entendi direito, você não pretende sair. Tudo bem por mim. C) Você obviamente não quer que eu fique aqui, então por que tentar me assustar com esse tipo de tática?
A) Não há necessidade de apresentações tão desagradáveis. Está claro o que você pensa de mim. B) Ok, nós poderíamos ter começado com isso. Estou certo? C) (Que nome engraçado... é claro, combina com ele, a maneira como ele se veste... desde o início, houve algo que não se soma aqui.)
A) Bem então! E quando você me devolveria? B) Você espera que eu acredite nisso? Você leu minha carta.
A) Como assim, bisbilhotando? Esta é a minha casa. B) Acho que você está tão determinado a me odiar que esqueceu que essa mansão pertence a mim.
A) Muito bem, mestre. Poderoso capinador do jardim e senhor indiscutível da malva-rosa. B) Ok, vou tomar cuidado... Então esse jardim é muito importante, não é? Isso significa muito para você? C) Eu... Tudo bem, então. Não adianta ser agressivo ... tomo cuidado, prometo.
A) (Já tive o suficiente e quero descansar. Melhor voltar para a mansão e me instalar no meu novo quarto. Por mais desagradável que ele possa ser, Vladimir não está totalmente errado. Nós cuidaremos das coisas amanhã ... ) B) (Eu não sou corajoso o suficiente para voltar à mansão imediatamente ... prefiro ficar neste lugar um pouco mais. Se Vladimir é real, os outros também devem ser. Eu ficaria aterrorizado se eu encontrasse Vou esperar um pouco ... e fechar o portão que Vladimir deixou aberto.)
A) Ha, de jeito nenhum! Você acha que tenho medo de você? De qualquer forma, quem é você? B) Vocês costumam se aproximar das pessoas! Para o registro, você me assustou! Quem é Você?
A) Eu também prefiro lugares com um passado. B) Eu me sinto mais em casa no presente.
A) Vladimir está furioso por eu já ter explorado a mansão. Ele me trata como se eu fosse algum tipo de parasita. B) Eu não sei. Esta é a “sua” casa de certa forma, então entendo que isso possa incomodá-lo.
A) Ah, eu vou dizer! B) Seja como for, não acho que o comportamento dele seja desculpável.
A) (Afinal, não é um segredo...) B) (Hum, ele parece legal, mas eu prefiro guardar isso para mim por enquanto. Ele não precisa saber a história toda.)
A) Isso é um eufemismo! Qual é o problema dele? Eu voei através de uma janela de vidro por causa daquele cara! E sem Vladimir... B) Ouça, entendo que você deseja proteger seu amigo, mas acho que o que aconteceu foi bem sério. Eu voei por aquela janela, e se não fosse por Vladimir...
A) Por favor, fique à vontade. Você deve ter aparecido para ver como eu estava? Você dormiu bem? B) Boa noite? Você sabe, você pode bater antes de entrar assim. A última vez que verifiquei, este era o quarto de uma jovem. C) Você pode bater antes de entrar! Você parece chateado comigo. O que aconteceu para colocá-lo em tal estado?
A) E o que você realmente poderia fazer sobre isso? Se eu entendi direito, estamos presos, gostemos ou não. B) Você está começando a parecer ridículo. Já lhe ocorreu que pode não ter sido eu? E mesmo se fosse eu, você percebe o quão estúpida é sua reação?
A) Boa noite... desculpe, pensei estar sozinha. Se estou incomodando, posso ir embora. B) Olá. É uma loucura o quão bom vocês são em se esgueirar por aí. Qual o seu nome?
A) Na verdade, Vladimir me mostrou furiosa no meu quarto, acusando-me de danificar seriamente parte de seu jardim. Ele até tentou me bater. B) Ah, ele não me disse nada assim. E eu já vim aqui ontem. Mas ele estava muito zangado mais cedo porque achou que eu vandalizei seu jardim.
A) Mas ele nunca vai querer me dizer! Quase não nos falamos. E quando o fazemos, você já viu o que acontece! Ele me odeia. B) Duvido que ele realmente queira falar sobre isso comigo. Mas, considerando a situação, eu poderia tentar. Duvido que ele possa me odiar mais do que já.
A) Por que o jardim é tão importante para ele? Deve exigir uma tremenda manutenção. Por que ele assumiria esse fardo? B) Eu vejo. Não direi que desculpo esse tipo de comportamento, mas pelo menos entendo por que ele fica com raiva.
A) Na verdade não. Eu sou mais uma garota da cidade, você vê. Não me sinto muito confortável na floresta ... B) Não é desse jeito. Em geral, eu gosto da natureza e me sinto bem quando estou ao ar livre, mas aqui... é como se eu estivesse completamente indefesa.
A) Ele certamente é rápido em julgar, por alguém que fala sobre a importância de boas maneiras! B) Está claro que este lugar e suas flores são importantes para ele. Embora sua reação tenha sido um pouco excessiva, entendo por que ele agiu de maneira tão irracional.
A) Por que você não fala com ele? Infelizmente, acho que ele não acredita em mim! B) Eu? Claro que gostaria de explicar o que você encontrou aqui, mas você acha que ele vai ouvir?
A) Você acha que um de vocês poderia ter sido ... responsável? B) Não, ele saberia se era um dos outros. Eu deveria informar Vladimir e deixá-los descobrir juntos.)
A) (Pesquise na escrivaninha.) B) (Analise a pintura.) C) Olhe pelas prateleiras.)
A) Bem, aqui estou eu. Eu acho que você vai gritar comigo por estar aqui, ou simplesmente por respirar? B) Então... eu estou aqui. Não parece que muitas pessoas vêm aqui normalmente, não é?
A) Com licença, mas... está tudo bem? B) Como você sabe, meus pais não me deixaram muito. Em algum momento, poderia lhe pedir um pouco mais sobre a biblioteca e seus livros? Acho que não vou conseguir ler todos, então algumas recomendações podem ajudar.
A) Estou feliz que você tenha dito isso. B) Por favor, não seja assim novamente.
A) É um livro sobre flores. Ouça, por favor, não fique bravo. Você deve ter notado que é um dos seus ciclâmenes... B) É um livro sobre o simbolismo das flores. Foi... Aaron quem me trouxe esse ciclâmen.
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lpreinhartbr · 4 years
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Reinhart diz que talvez ela pare de interpretar adolescentes
Lili Reinhart, a estrela do lançamento deste ano, Chemical Hearts - baseado no livro de 2016 de Krystal Sutherland e atualmente transmitido no Amazon Prime Video - não poderia estar mais satisfeita com essa evolução.
"Drama e filmes adolescentes nunca foram algo de que eu sempre gostei, porque não aprendi nada com eles", disse ela exclusivamente ao BuzzFeed por telefone, o que é, talvez, irônico, considerando que ela também é a estrela de um drama adolescente muito popular, Riverdale. Para Lili, isso é porque "eles não eram realistas". "Era apenas entretenimento e eu não estava tirando nada deles", explica ela.
Seu último filme, no qual ela estrela ao lado de Austin Abrams, é especialmente pesado. Sem revelar nenhum spoiler, Lili interpreta Grace Town, uma estudante brilhante que cativa a atenção de seu colega de classe Henry Page, mas está passando por um grande sofrimento e trauma. O filme é maior do que o relacionamento deles; é também uma meditação sobre o que significa viver e lutar durante a adolescência, e como isso é desafiador.
"Não se trata apenas do ensino médio. Não se trata apenas de um coração partido e sua mãe lhe dizendo que tudo vai ficar bem", como explica a jovem de 23 anos. "Tipo, não, o coração partido do adolescente é uma coisa muito real e muitas vezes é um pouco invalidada por adultos ou outros adolescentes."
No Q&A  (perguntas e respostas) abaixo, Lili fala sobre como ela tirou proveito de sua tristeza e perda em sua própria vida para interpretar o papel, seu conselho para encontrar paz interior e por que ela agora pode estar pronta para deixar de interpretar uma adolescente.
Em Chemical Hearts, Grace tem um lugar seguro para onde vai, onde alimenta peixes. Você tem um lugar assim na sua vida?
Eu sinto que meu lugar seguro não é nem mesmo um lugar. Sou eu enviando uma mensagem de texto para minha mãe. Mas muitas vezes vou para o oceano - ou apenas para a natureza. Durante esta pandemia, fui a um parque específico para levar meu cachorro para passear e jogar uma bola para ele. Aprendi a apreciar o quanto a natureza me coloca em paz. Então posso me relacionar com Grace. Ela está totalmente dentro de um edifício, mas conectando-se a um peixe, algo que a mantém firme. Estar na natureza, como uma floresta ou na praia, você vê essas coisas que continuam acontecendo; são peças lindas do nosso mundo que não têm ansiedade e não estão envolvidas em todas as besteiras. É realmente aterrador.
Escrever é outra maneira de permanecer mentalmente centrado?
Sim. Eu tenho escrito muito. Eu definitivamente faço um registro para me ajudar a processar minhas próprias emoções. Começo a escrever de ansiedade. Se tenho ansiedade, sei que preciso escrever. Se eu tenho uma frase ou conversa circulando na minha cabeça, vou ao meu diário para escrevê-la. Enquanto estou escrevendo, estou juntando as peças. Então eu acho muito catártico.
Eu sou como Henry no sentido de que não sou muito articulada quando estou falando. Eu estou juntando as peças quando estou falando e ainda descobrindo quando está saindo da minha boca. Preciso escrever as coisas, examiná-las e processá-las.
Você tem um livro de poesia sendo lançado e, obviamente, a poesia - a obra de Pablo Neruda, especificamente - é central para este filme. Quanto sua poesia pessoal coincidiu com este papel?
Fui a uma livraria minúscula antes de filmar este filme e peguei um livro de poemas sobre luto e perda. Isso é algo que eu tinha no set comigo todos os dias para me colocar na cabeça. A poesia é obviamente tão bonita, e eu posso facilmente me perder nela, então ter isso comigo no set foi uma maneira de me manter no estado de espírito certo. Então, definitivamente escrevi poesia durante as filmagens. Eu estava com meu laptop e escreveria no final do dia se tivesse vontade. Eles são tristes. É sobre coração partido, porque é isso que eu estava sentindo inerentemente enquanto estava interpretando Grace. Muitos poemas bons e de partir o coração vieram dessa experiência.
Você gostaria de ler algum poema desses de novo?
Odeio dizer não, mas acho que não. Marquei páginas, mas não voltaria para lê-las. Mas comprei um livro de poesia de Pablo Neruda e li um pouco esse poema. Eu também assisti muitos filmes intensos e realmente deprimentes enquanto estava filmando para me deixar em um estado de espírito mais sombrio.
Que filmes você estava assistindo?
Assisti Precisamos Falar Sobre o Kevin, Love de Gaspar Noé, Projeto Flórida, Manchester à Beira-Mar e Azul É a Cor Mais Quente. Isso o manterá em um estado de espírito sombrio, com certeza.
É interessante que você mencionou a palavra "sombrio", porque na última década ou mais, houve uma mudança nos filmes adolescentes. Eles foram deste lugar cômico para um lugar mais sombrio, ou apenas um lugar mais real.
Eu amo isso. Drama e filmes adolescentes nunca foram algo de que eu sempre gostei, porque eu não conseguia nada com eles. Eles não eram realistas. Era apenas entretenimento, e eu não estava aprendendo nada deles. Meus filmes favoritos são aqueles que tiveram um impacto emocional em mim, como, "Oh, isso significa algo para mim." Ele ficou comigo por mais de cinco minutos depois de terminar. Eu realmente aprecio que os filmes adolescentes estejam começando a mostrar um retrato mais realista do que significa ser jovem e apaixonado, porque nem tudo é sobre o ensino médio. Não se trata apenas de ter um coração partido e sua mãe lhe dizendo que vai ficar tudo bem. Tipo, não, o coração partido do adolescente é uma coisa muito real, e muitas vezes é um pouco invalidada por adultos ou outros adolescentes.
Um dos piores términos que você já passou é quando você é jovem, porque você está experimentando isso pela primeira vez e é tão novo e você não sabe como se sentir e não sabe como se fazer sentir-se melhor. Quando você mostra esses lados de ser jovem, fica mais fácil ser um adolescente. Torna o ambiente mais confortável, tipo, "Tudo bem que estou sentindo isso. Não preciso que alguém venha e me diga para sair dessa, porque essa não é a solução aqui." Você deve ser 100% capaz de sentir como se sente.
Eu realmente amo o relacionamento de Suds e Henry no filme porque ela não diz a ele para engolir. Ela diz a ele o que está acontecendo em sua cabeça, não que ele queira ouvir. Ela apenas diz: "Ei, está melhorando e eu estive exatamente onde você esteve."  Vem de um ponto de vista de compreensão, em vez de tentar ensinar lições.
Absolutamente. Você realmente acertou em cheio no que diz respeito ao quão forte cada emoção é quando você é um adolescente, porque você está sentindo isso pela primeira vez. Como foi sua fase “no limbo” quando você era adolescente?
Eu estava no limbo até recentemente. Tem sido difícil para mim... Estar no limbo para mim é como se meus pés nunca estivessem totalmente no chão. Nunca me senti totalmente confortável onde estava na vida ou comigo mesma, especialmente quando adolescente. Tive que me mudar de minha cidade natal, onde nasci e cresci, quando tinha 16 anos. Então, tive que mudar minha vida, e isso me deixou completamente confusa. Passei por uma depressão terrível onde apenas me senti como: "Quem diabos sou eu? Estou perseguindo o sonho certo? Vou ter os objetivos certos? Por que não tenho tantos amigos?" Havia muitas perguntas que eu estava me fazendo e esperava que o mundo respondesse. Eu não estava apenas aceitando as coisas onde elas estavam; Eu estava esperando que as coisas melhorassem. Acho que é uma maneira ruim de lidar com a vida. Você ficará constantemente no limbo se estiver procurando alguém para vir resolver seus problemas. Isso é algo que percebi recentemente. Você ouve o estereótipo: "Você encontrará felicidade dentro de você". Mas é tão verdade, e quando eu tinha 16 anos, estava esperando minha carreira decolar para ser feliz. Eu estava esperando que todas essas coisas fossem felizes, em vez de realmente encontrar dentro de mim, que é como funciona. Você não pode pedir a um Príncipe Encantado para entrar e tornar sua vida melhor. É muito mais um processo que acontece dentro de você. Acho que o conceito de limbo adolescente é entender isso.
Esse é um conselho muito bom, por meio de sua resposta. Quanto a este papel, e Riverdale, é claro, o que você mais ama em interpretar um adolescente?
Eu realmente aprecio o fato de que Betty é uma personagem muito emocional. Eu choro muito naquela série. Eu tenho muitas emoções nessa série. Obviamente, quando eu era adolescente, era um ser muito emotivo, e ainda sou. Eu acho que estou cansada de interpretar adolescentes. Não sei por quanto tempo na minha vida estarei interpretando adolescentes, mas sou grata por ter sido capaz de interpretá-los porque gosto de trazer aquele elemento de ser emocional e vulnerável - e, especialmente com Grace, não sendo tão organizada, não sendo popular ou glamorosa; apenas ser alguém que vive em seu próprio mundo como um estranho e inseguro de seu lugar agora que perdeu a pessoa que ama. A confusão e a dor pela qual você passa quando é adolescente é agradável de interpretar porque parece real.
É emocionalmente exaustivo passar por isso todos os dias?
Quando eu estava filmando Chemical Hearts, eu realmente estava me divertindo muito. Nos momentos em que estava soluçando, chorando e me emocionando, ainda estava me divertindo, pois que maneira melhor de expressar o que você sente do que através da arte? Quando você está me vendo chorar, estou chorando por algo real. Eu uso minhas próprias experiências quando interpreto. Algumas pessoas não o fazem porque dizem para não trazer suas próprias experiências para a atuação - esse é apenas um método que usam. Mas sempre amei; é assim que consigo a emoção mais real  Vou puxar de minhas próprias experiências de luto e perda. Portanto, pode definitivamente ser exaustivo, mas também é emocional e curativo de certa forma.
Eu gosto de chorar. É uma sensação boa e me sinto melhor depois que acontece. Quase penso em chorar, pois toda vez que você chora, você está se livrando de alguma tristeza que estava dentro de você. Então eu acho isso terapêutico. Estou sempre disposta a algumas cenas de choro. Elas são intimidantes, mas são muito gratificantes quando você atinge a emoção que está procurando.
Você tem um próximo papel dos sonhos?
Meu sonho é estar em uma peça de época. Eu adoraria nada mais do que interpretar alguém nos anos 1800 ou 1900. Eu sinto que isso seria muito legal. Sempre adorei peças de época. Alguns dos meus filmes favoritos são peças de época, como Maria Antonieta.
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thesilenceofthings · 4 years
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Tenho essa rede social desde 2011. De lá pra cá, por muitas vezes, encontrei aqui um refúgio. Aqui eu me transportava pra lugares, histórias, referências, entre outras coisas. E não que a realidade não fosse boa, sempre foi, mas em mim existia o que eu entendia como um vazio que achava que precisava ser preenchido e eu não sabia o que era ou o que precisava fazer pra tapar esse "buraco".
Então eu tentava preencher aqui, e em outros espaços também. Isso foi muito útil. Era seguro aqui dentro e dentro de mim. E, bem, isso demonstra desde logo que eu, de certa forma, sempre soube onde me encontrar.
Mas o que mudou nesses anos? Quanto a essa rede mudou a frequência, mas permaneceu sendo um lugar de carinho. No entanto, apesar de achar que essencialmente nada mudou, consigo, hoje, detalhar perfeitamente a transformação que me ocorreu.
Sobre aquele vazio, que naquela época eu tentava preencher com essa coletânea de momentos não meus, digo apenas que em vez de simplesmente tentar preencher eu o entendi. Olhei pra ele, encarei e vi que foi e é necessário reservar um espaço pro meu vazio, porque no fim das contas ele vai se preenchendo sozinho. Ou, melhor dizendo, me preenchendo.
Considerando isso, adianto que esse texto é sobre mim e o fato de que hoje, quando me perco, é no meu vazio que me encontro.
Hoje eu chamo de "meu vazio" o que me resgata pro que eu realmente sou. E encaro, tanto esse site quanto outros, como um relicário não cultivado por idealizações, mas por partes de mim que eu sempre procurei fazer transcender pra minha vida.
Meu vazio é o que me compõe. São os meus medos, minhas carências, minhas inseguranças. E tudo isso é ou reflete em mim várias emoções que eu, com a ajuda do meu vazio, tive que aprender a lidar.
Então, a verdade é que talvez eu nunca tenha tentado preencher nada, mas sim, inconscientemente, criei um mundo onde eu tentava aprender a entender sobre mim. Me aprender.
O que me motivava a buscar por fotos que me remetiam ao acolhimento aqui nessa plataforma era, precisamente, a minha fragilidade. Meu medo de não ser amada, de não ser aceita, de não me ajustar. E aqui fui me rodeando de imagens, paisagens, dizeres, poesias, que me resgatavam do vulnerável e me construíam. Eu fiz isso de forma atenta.
E o que mais me orgulha é que nunca se tratou de uma negação de mim, mas sim uma aceitação de mim, desses medos, dessas falhas, das minhas particularidades e esquisitices.
Entendi, com os anos, que é assim que eu me resolvo: olhando pra dentro do meu vazio, porque é nele que eu guardo tudo de bom que me fez ser quem eu sou.
Esse vazio tá registrado aqui, nos meus diários, nos meus livros, nos meus objetos, nas músicas que eu gosto de ouvir. E quando me perco, é pra cá que eu volto e me coloco a admirar toda uma trajetória de gentileza.
Sim, eu fui gentil comigo, até mesmo quando eu achava que não estava sendo, eu fui gentil comigo. Fui gentil quando optei por escrever e me entender, fui gentil até quando me maldizia, porque era (e é) assim que eu me vigio, que eu me aprimoro. Fui gentil comigo quando eu me permiti olhar pro meu vazio e não mais sentir melancolia. Fui gentil quando optei por sentir amor, ternura, por tudo o que eu lutei e luto sempre pra continuar construindo.
Sempre que eu volto pra olhar pro meu vazio e me encontrar, encontro também com o meu "eu" da última vez que estive nele.
Porque, na verdade, é uma obra que não termina. E que bom.
Dá um trabalho absurdo, essa obra, essas visitações. É dolorido, às vezes louco. É quando eu me perco, mas logo me acho nesse retorno.
Com isso eu concluo que aprendi a me perder. Hoje eu sei o caminho. Sim, é verdade que quando acontece essa minha perda de mim ainda é confuso e desconfortável, e pode ser que por uns segundos, ou minutos, ou dias, eu esqueça, mas logo lembro que sei pra onde devo ir.
E é pra cá, pra cada referência minha, pra cada história, pra cada foto que não me pertence mas me reflete. É também pro que me pertence e me remete a esse tal mundo que eu trouxe pra minha realidade.
Hoje eu sou essas fotos, meus textos, textos daqui, da poesia dos meus livros e também das minhas próprias fotos, da tal vida que consegui transcender e tirar das minhas plataformas virtuais que sempre foram tão segredo meu.
Eu sou o meu vazio que já tá tão cheio de mim que transborda mas incoerentemente sempre libera mais espaço.
É, e não é que o meu vazio talvez não seja tão vazio assim?
Enfim, eu fiz esse vídeo pra me olhar e observar todas essas delicadezas que fazem eu ser eu mesma. E se um dia não me reconheci, sei que hoje me reconheço. Me reconheço na minha evolução, na elaboração da minha consciência e do meu auto conhecimento.
Perco meu eixo sim e que isso sempre me aconteça, porque é de onde eu me resgato e volto pra admirar o que tenho de mais bonito.
E que eu não me engane nunca, porque a beleza está também na fragilidade que persiste. Está nos medos, nas confusões, nas incertezas, nas inseguranças, nas raivas, nas antipatias, nas intolerâncias. Mas sei que tudo isso está em um bom lugar. Eu cuido junto com esse meu jardim.
Hoje sei que é de dentro pra fora!
O mundo que eu vejo e como eu vejo reflete o que eu sou. E eu opto, todos os dias, por odiá-lo menos, por acreditar mais, como tenho feito comigo.
É sobre os outros, sim, mas antes sobre mim e o que eu permito que façam comigo. Nada menos do que eu me dou. Nada.
E é assim que o universo tem entendido meus recados. Identifico pelo amor mais lindo e sob medida que me presenteou, pelos amigos, poucos, que me ofereceu, pelo pai complexo e pela mãe indescritivelmente incrível. Pelas oportunidades, pelo senso crítico, pela profissão.
Eu reconheço e recebo e agradeço.
Por fim, registro que essa rede, ainda que inerte, sempre vai me movimentar porque também sou eu. Eu sou feliz por tudo o que "sou eu" e por tudo o que ainda vai fazer parte.
E como diria Tom Zé, ou Andreato, sem modéstias e também sem egocentrismos, reverencio a maior palavra do mundo. Aquela que, segundo ele "começa com E, tem pelo meio Amor, Alegria, Vontade, Amizade, Felicidade Solidariedade, Respeito, e acaba com as últimas das vogais”
Eu eu eu eu, digo eu, simplesmente eu.
Carolina - 17/09/2020
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fameili · 4 years
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📁 𝐭𝐚𝐬𝐤 𝟎𝟎𝟒 —— the missing students case.
Olhos atentos vasculhavam a sala, à procura de algo brilhante o suficiente para admirar. Meili estava à beira de um ataque de nervos depois de tantas aventuras desprezíveis, horas de espera e a ansiedade lhe dizendo coisas nada bonitas: aquela noite parecia não terminar nunca, com os minutos se arrastando lentamente enquanto estava sentada na sala do diretor.
—— Você está nervosa, senhorita? —— Voltando para o mundo real, a chinesa percebeu a voz calma da Fada Azul perguntando sobre o seu estado. Mentir estava fora de cogitação e logo acenou positivamente com a cabeça. —— Aceita um pouco de chá, então? Para se acalmar. 
Num passe de mágica — literalmente —, uma xícara azul cheia apareceu em sua frente. O aroma não era de nenhum chá em particular e, sim, de familiaridade. Seu cérebro tinha dado tantos nós que não se tocara que a bebida poderia ter alguma erva tranquilizante, já que seus músculos começaram a relaxar imediatamente. Meili, que havia minutos sem falar sequer uma palavra, sentiu que a voz retornara para a garganta e que o nó havia sido desfeito. Enfim pode concordar com o registro da conversa com mais de um aceno de cabeça, começando o interrogatório.
—— Identifique-se: nome, idade, filiação, raça. 
—— Fa Meili, do clã Fa de Yucheng. Vinte anos, filha mais nova de Fa Mulan e Li Shang, humana. Minhas habilidades são uma benção dos meus ancestrais. —— A insegurança aparecia até mesmo para responder a pergunta mais simples, já que Meimei não parava de mexer nas cutículas e bater os pés no chão.
—— Qual foi a primeira coisa que fez assim que chegou à Ilha dos Prazeres? 
—— A primeira coisa… Desci da carruagem e fui direto comprar ingressos com o meu irmão mais velho, Qi Liang. Ele está no último ano e achei que seria divertido passarmos o dia juntos, mas ele não gosta muito de bagunça como eu. —— Ao falar do irmão, Meimei se sentiu um pouquinho mais segura ao lembrar de que ele estava esperando do lado de fora. Precisava ter coragem para encarar os próprios sentimentos e as inseguranças, logo, resolveu encarar o Diretor e a Fada que lhe observavam. —— Ele é um ótimo irmão, de verdade. Depois eu fiquei com uns amigos, gastando os meus ingressos e aproveitando o passeio, mesmo.
A pena movia-se de maneira rápida, rabiscando os dizeres de Meili naquele pergaminho. Ela imaginava quantos daqueles teriam, afinal, se ele fosse mesmo interrogar todos os alunos pilhas de papel iriam se formar. 
—— Viu algum dos aprendizes desaparecidos? —— A fala fez um frio subir pela espinha de Fa. Não tinha por quê ficar nervosa, certo?! —— Era próximo de algum deles? Tinha inimizade com algum deles? 
A jovem suspirou antes de começar a falar, tentando manter sua respiração estável.
—— Sim, eu vi alguns deles no parque. Cheryl participa de uma das minhas equipes, então eu avisei que teríamos treino na quinta de tarde, mas não falei com mais ninguém. Além de Cheryl, a maior parte eu conhecia de vista, só, mas é porque eu conheço todo mundo. —— A chinesa respirou profundamente mais uma vez  para manter a calma ao falar das inimizades, e tomou até mesmo um gole de chá antes de continuar. —— Quando o senhor ficou inconsciente durante a maldição do sono, Alizayd me chamou de criada e machucou meu irmão e minha amiga. Isso é inaceitável em vários níveis, mas já tivemos essa conversa antes. —— Apesar de ter medo de se defender, não conseguia passar por cima daquele assunto sem pontuar as atrocidades que o filho de Aladdin fizera com sua família. 
—— As ações do senhor Alizayd não estão em pauta neste momento, senhorita Fa. Por favor, atenha-se às perguntas. Quanto aos outros aprendizes, tem inimizade com alguém em Aether além dos desaparecidos? —— Merlin perguntara, atento à sua resposta. A morena balançou a cabeça, insatisfeita com aquela resposta do feiticeiro.
—— Já tive problemas antes, com Njord e Aspen, visto que ambos estavam envolvidos em toda a briga durante a maldição. São o mais próximo que tenho de inimizades e nem é tão sério assim. Também tive problemas com Karou, mas eu consegui me resolver com ela, como uma pessoa normal. Nunca resolvi meus problemas queimando os outros, Diretor.  —— Tantas emoções a faziam confusa e, com o nervosismo, tendia a responder de qualquer maneira.
—— Senhorita, contenha-se. Esta é a minha segunda advertência sobre o mesmo assunto para você, não vamos chegar numa terceira. Fez algo inusitado no passeio? 
—— Não. Segui as regras, fui nos brinquedos, me diverti com meus amigos, nada que eu não faria normalmente.
—— Você se lembra de ter visto algo estranho no passeio ou uma presença estranha? 
—— Eu... Na verdade, sim. Uma das minhas viagens na roda gigante foi com o príncipe Ever. Quando eu estava olhando para ele, algo me chamou a atenção no fundo porque não parecia… normal? Era alguém, todo vestido de preto no sol. E olha que eu conheço todo mundo e nenhum dos góticos da escola foi todo de preto, porque é extremamente desconfortável você passar um dia ensolarado numa roupa toda fechada e escura. Isso é uma péssima escolha de moda e…
—— Responda a pergunta, senhorita.
—— Ah, isso, certo. Perto do carrossel. Eu pensei: que emo que veio todo de preto e ainda estava andando perto do carrossel? Isso não faz sentido. Tenho certeza que o carrossel é o brinquedo que menos combina com esse estilo de vida. Então eu e Ever tentamos descobrir quem era, porque estava curiosa para entender o outfit e falar com Araminta De Vil depois sobre. A gente girou um pouco na roda e eu já estava quase desistindo de entender quem era o abençoado, até que a pessoa foi até o túnel do amor e andou no meio das atrações. Foi aí que a gente percebeu que não era uma pessoa, porque ele começou a mudar de forma. 
—— E você tem uma ideia do que seja?
—— Uma sombra, oras, ou alguma coisa parecida. Lembro-me mais de criaturas chinesas do que as que rondam por aqui, então não descarto a chance de ser o que a gente entende por fantasma ou uma aparição. Eu não sei, mesmo, mas foi muito esquisito.
A pena anotava tudo com uma rapidez formidável, encantando a jovem Meili. Ela queria uma daquelas para copiar a sua matéria. Logo a pergunta seguinte chegou, tirando-a da distração momentânea de encarar o objeto mágico.
—— Já cogitou prejudicar ou fazer mal a um colega aprendiz?
——  Nunca na vida. Se eu digo para alguém que quero socá-lo, é tudo mentira, não sou capaz de levantar o dedo contra uma mosca. —— Pela indicação de que o nariz não crescera, estava falando a verdade. 
Tinha começado a se tranquilizar com as últimas perguntas, até que o Diretor trouxe à tona o assunto mais delicado da reunião: o desaparecimento de um certo aprendiz.
—— Recebemos a informação de que você foi visto em atitude suspeita perto do Trem Fantasma e que já disse ter interesse em “acabar com a raça de Alizayd de Agrabah”. Por que disse isso? —— Frustrada, Meili arregalou os olhos, não acreditando no que estava ouvindo.
—— Meu histórico não tem uma entrada de violência, sou da casa Aderem e sempre prego pela justiça! Agora, ele machuca o meu irmão e minha melhor amiga e eu devo ficar quieta? Eu não levantei minha mão contra Alizayd e nem iria, por mais raivosa que estivesse. Muito menos queria que ele desaparecesse e levasse consigo outras onze pessoas. Não tive atividade suspeita no Trem Fantasma, eu nem cheguei perto de lá. No reino da China, tratamos aparições com mais cuidado, espíritos raivosos não são entretenimento.
O chá não parecia ter mais efeito, pois suas mãos voltaram a tremer copiosamente. Afundou um pouco na cadeira, deixando de lado a boa postura para tentar se sentir mais confortável. Agora, só queria sair dali o mais rápido o possível. 
—— Está nervosa novamente, senhorita? Tem certeza de que não viu mais nada suspeito?
—— Claro, doze pessoas sumiram, uma amiga minha inclusa. Eu não deveria estar nervosa? E não, nada além do que eu já falei. Pelo Narrador, eu só quero ir para o meu dormitório de uma vez. 
Os olhos vermelhos indicavam cansaço e uma predisposição para o choro, entretanto, a Fa se segurou para não quebrar ali mesmo.
—— Já que você não estava no Trem Fantasma, existe alguma razão para que algum de seus colegas possa querer te comprometer com respostas falsas? 
—— Eu não sei, mas se alguém falar mal de mim, é por pura maldade. —— A garota confessou, com a voz falhando. —— Eu tento o meu melhor ser legal com todo mundo, por que falariam essas coisas de mim?
A pergunta não foi respondida nem por Merlin, nem pela Fada que observava a conversa. Até o momento, Meili, apesar de surtada, estava sendo completamente verdadeira em suas respostas.
—— Fomos informados de que se meteu em um desentendimento no final do passeio. Se importaria de explicar o motivo? 
A pergunta foi o suficiente para puxar toda a lembrança da briga e, por conseguinte, fazer a mais nova do clã Fa cogitar a chorar, silenciosamente. Além de todo o estresse que estava passando com a situação dos sumidos, Draco ainda havia magoado-a de maneira monumental com pouquíssimas palavras, um talento que deveria ter herdado ou aprendido da mãe. Meili deveria ter as muralhas de proteção de Mulan, contudo, andava por aí sem medo de ser machucada pelos outros e, quando acontecia, só restava aceitar as consequências de ser vulnerável assim. Ninguém mandara confiar em Draco em primeira instância, agora, além dele ter mentido para a sua avó, ainda havia irritado a jovem chinesa com as suas acusações. 
—— Eu briguei com o filho da Malévola, mas não... não por coisas que aconteceram no parque. —— Não conseguiria ser mais específica do que aquilo, arriscava chorar ali mesmo. Não o fez, entretanto, engolindo a vontade e apenas tomando um certo tempo para respirar.
A Fada Azul movimentou-se, apontando para a xícara de chá novamente. A aderense não deveria demonstrar tanta tristeza, mas talvez não estivesse tão chateada se as coisas não tivessem se acumulado daquela forma. Precisava dormir e refletir um pouco, antes que fizesse alguma besteira maior. Finalmente tomou o chá, parando de tremer logo em seguida. Também precisava do nome daquele calmante para ontem, pois ele era instantâneo e delicioso. Pelo menos, Merlin não continuou o assunto da briga, entendendo que a mágoa mais parecia uma confiança partida do que uma pista no caso dos desaparecidos.
—— Estamos quase acabando, senhorita. Reparamos que foi uma das últimas a chegar no ponto de encontro. Qual o motivo para ter demorado? 
—— Eu estava com Autumn, conversando sobre o que aconteceu. Ela me ajudou a me acalmar antes de eu me enfiar no meio de tanta gente de novo. —— Alívio de saber que estava quase acabando acabou aparecendo na resposta. Depois de mais de uma hora ali dentro, só esperava que aquilo se encerrasse de uma vez.
—— É verdade que passou quinze minutos sozinha antes de se encontrar com o grupo?
—— Não, não é. Eu não fiquei sozinha desde que discuti com o filho da Malévola, Autumn estava perto e ficou comigo desde então. Se não fosse ela, teria ficado mais... desconfortável do que fiquei.
A Fada Azul finalmente balançou a cabeça de maneira positiva, satisfazendo o mago que logo deixou a pena repousar sobre a mesa. Meili deixou um suspiro de alívio correr por seu corpo e logo o diretor sinalizou a sua liberação. A jovem quase pulou da cadeira para a liberdade, contudo, a voz masculina a parou antes que passasse pela porta:
—— Tem alguma coisa que queira nos contar? Essa é a única vez que vamos te dar essa oportunidade.
—— Não, mas precisoperguntar uma coisa: isso vai acontecer com mais pessoas?
O senhor balançou a cabeça, mas sem dar uma resposta concreta.
—— Essa resposta eu não tenho como te dar, senhorita Meili.
Após sair da sala do diretor, o primeiro instinto da jovem fora procurar por um rosto conhecido no meio dos alunos esperando para serem interrogados. Para a sua sorte, Qi Liang tinha sido convocado antes para o questionamento, portanto, estaria disponível para levá-la ao dormitório. Eventos traumáticos na Instituição poderiam realmente unir uma família não é? No entanto, assim que viu seu irmão estoico esperando-a como haviam combinado, Meili não conseguiu segurar suas angústias até a casa Aderem. 
Por mais que tivesse péssimas escolhas de moda e beijasse todas as suas amigas, Qili era o seu irmão mais velho querido e estimado. Não conseguiria imaginar o quão devastada ficaria se não encontrasse aquela expressão preocupada no meio da multidão e, se pessoas de grandes contos estavam mesmo desaparecendo, ninguém poderia garantir a sua segurança. As lágrimas desciam de maneira rápida por seu rosto, pois Meili finalmente cedia à elas. Movidos pelo desespero de um cenário sem Qili, logo os soluços também apareceram, indicando o quão alterada estava com toda a situação.
Uma promessa do mais velho seria a chave para tranquilizar a caçula, mas como ele poderia dizer algo se o som das lágrimas era a única coisa que Meili escutava? Todavia, lá no fundo, Qili sabia que não precisava de palavras para confortar a jovem, muito menos frases motivadoras e genéricas. Não, ele era munido de algo muito mais forte.. Abraçou Meimei, deixando a garota apertar-lhe o quanto fosse necessário. No final das contas, nenhuma magia de cura poderia se comparar com o poder de um abraço, com a capacidade de afirmar silenciosamente "não se preocupe, eu estou aqui com você e não vou te deixar para trás."
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lamaceramica · 4 years
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Barro Selvagem - experiência com alunas do ateliê
Oi gente! Decidi criar um diário sobre meus caminhos com a cerâmica. Registrar minhas investigações, aprendizados, compartilhamentos e etc, dispondo esses registros de forma a contribuir coletivamente com pesquisas independentes. Lê-se, fora da academia. Mãe, antes de concluir a graduação, vi o ambiente acadêmico e de pesquisa cada vez mais distante, e toda a validação e oportunidades que ele oferece. No entanto, a vontade de seguir no caminho do ensino e pesquisa permanece. Quem sabe possamos estar, ser e contribuir apesar de. <3  
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Aqui segue o primeiro relato, bem aleatório, mas o mais recente de colheita e beneficiamento de um barro selvagem local. Minha história com a cerâmica e com investigação de materiais locais, formas primitivas de queima e outros processos vem de muito tempo, mas uma outra hora conto sobre e vou subindo os registros mais antigos. <3
A coleta desse barro aí da foto acima aconteceu em um dia de campo sobre argilas e materiais locais com as alunas aqui do ateliê, Lu e Carol. 
Coletamos dois baldes de 4kg de material e levamos até o ateliê onde foi possível investigar melhor, ensaiando um teste simples de plasticidade (com a formação de um cordão e seu arqueamento). 
Pelas características de umidade que o material apresentava, optamos pelo processo de beneficiamento lento à úmido.  
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Quebramos os torrões maiores em pedaços pequenos, de aproximadamente 2-3cm, dispomos dentro de uma bandeja rasa e expomos ao sol durante alguns dias (2 dias são o suficiente) para que secassem muito bem. A reidratação se deu no início da tarde (uns 5 dias depois do início da secagem). A hora do dia para fazer essa reidratação é bem importante, pois o processo fica mais fácil e mais eficiente quando o material está BEM seco. No final da tarde, por exemplo, o material ficou exposto por muito mais tempo a um calor muito maior (sol e vento) durante todo o dia. Se optássemos pelo primeiro horário da manhã, a umidade estaria significantemente mais alta por ter passado a noite exposto à uma umidade maior, seja por sereno ou umidade relativa que aumenta na noite/madrugada.
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Estando o material bem seco, foi vertida uma quantidade de água para cobrir-lo em excesso em mais ou menos uns 3 dedos de altura. Então deixaos descansando para uma boa reidratação por algumas horas (30 min é mínimo observado). O material desagregou muito bem, mas ainda sim utilizei uma hélice de batedeira de cozinha acoplada à uma furadeira para misturar melhor. Isso pode ser dispensável, depende do bom senso/intuição. A consistência ficou parecida como a de um iogurte encorpado. 
Passei na peneira malha 10 (aquelas encontradas em agro shops) e depois na malha 18 (peneira comum de cozinha, com abertura de orifício de 1mm). O material passante foi vertido, uma parte e uma lona grossa (se você optar por esse modo, cubra a parte de cima, fazendo um sanduíche) e a outra em uma placa de gesso (de aproximadamente 4cm de espessura). Utilizei duas superfícies por questão de quantidade. No gesso, é interessante ir virando conforme a massa vai descolando do lado em contato com ele e fazer furos com o dedo em toda extensão para ajudar a ter uma secagem mais rápida e homogênea. O tempo de secagem até uma umidade próxima do ideal demandou quase 2 dias. 
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Cada argila tem uma capacidade distinta de absorção de água e quantidade especifica para que se estabeleça uma boa plasticidade (ponto que não gruda mais tanto nas mãos, no caso de modalgem manual). Esse barrose mostrou  muito plástico, com alta capacidade de absorção de água e partículas muito finas. Essa constatação se dá de modo empírico por sensações táteis e pelo peso/volume. É uma massa bem compacta e com resistência considerável no ínicio da sova, apesar do excesso de umidade. 
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O barro foi acondicionado em saco plástico grosso. O peso resultante do processo foi de aproximadamente 5,5kg de barro úmido.
Agora com ma massa pronta, fareoms pequenos ensaios para avaliar retração de secagem, retração de queima, resistência a cru, temperatura adequada de queima, etc. Em breve posto mais relatos e o resultado dos testes.  <3
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