#então amanha respondo da mae pq enfim cansada
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bornoftheocean · 5 years ago
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Com uma leve reverencia, a porta da cabine real do barco foi aberta. Rhea entrou acompanhada de Calliope, sorrindo gentilmente para o membro de sua tripulação. Se tivesse que ser sincera – e ela normalmente era – estava um tanto quanto nervosa em regressar para Atlantis. Esperava que a felicidade fosse muito maior que o medo, entretanto assim que viu o barco de velas azuladas atracar no mar prateado seu coração vacilou. Ir pra lá significava que todo o resto era verdade. Segura em Aether, Rey podia fugir do noivado, da insatisfação de seu povo, do sumiço de Eliana e do golpe de Eduardo. Sentada ao lado de Kida no trono, a verdade iria dançar em sua frente. Entretanto, a ilhéu não era uma garota que costumava se acovardar e seguiu seu caminho com muita força. Apesar do cheiro do oceano não servir para acalmá-la, mergulhar no oceano e ver as milhares de criaturas magicas que viviam lá foram o suficiente para confortar seu coração. Quando o navio finalmente voltou à superfície, Rhea já estava mais confiante. Subiu para o convés a tempo de ver o muro de gelo ser derrubado pelos dominadores de água. Estava em casa.
A caminhada do porto até a capital demonstrou que seus medos eram verdadeiros. Acostumada a saudações animadas, calorosas e festivas, Rey esperou ver os confetes no ar, ver seu povo feliz, radiante e cumprimentando a herdeira que tanto amavam, porém não foi isso que encontrou ao sair do navio. Seus dominadores abriram o caminho, criando uma grossa e espessa camada de gelo para que a futura rainha e sua companheira andassem. Das ilhas flutuantes era possível avistar a chegada da princesa e ela era capaz de ver os atlantes que haviam ido até a praia a recepcionar. Olhava ora para direita, ora para esquerda. Notava que o numero de súditos que acenavam e gritavam seu nome era nitidamente menor do que esperava. Ainda que temorosa continuou sua caminhada sem demonstrar sua preocupação com aquele fato. Kida disse que esperava objeção do povo ao noivado. A rainha esperava até mesmo revolta. A população mais pobre de Atlantis era extremamente ligada a seus costumes e a sua religião. As mulheres de cabelos brancos encabeçavam suas famílias, sem necessariamente possuir um marido ao seu lado. Não aceitariam que sua herdeira fosse submetida a um casamento forçado com um golpista. Rhea engoliu em seco ao ver cartazes a chamando de vendida. Mantinha o rosto erguido, um sorriso nos lábios. O gelo tocando seus pés descalços era o que ela se apegava. À medida que caminhava, as coisas começaram a mudar. Estava a poucos metros da capital, podendo já avistar seu castelo quando uma chuva de flocos de neve com pétalas de rosa branca cortaram o céu, atraindo sua atenção. Seu coração se reconfortou por um momento, mas enquanto via os flocos derreterem e as pétalas tocarem as águas ao seu redor sentiu seu coração apertar novamente. A parte rica de Atlantis festejava.
- Minha princesa. – cumprimentou Megalos, um dos nobres de Atlantis com um sorriso satisfeito no rosto assim que Rhea pisou na terra firma. Ele era um dos principais membros do conselho de Kida. Infelizmente para a herdeira que nutria uma antipatia pelo mais velho desde que ele aconselhou que ela alisasse os cabelos. Ela tinha cinco anos na época. – É um grande prazer te ter novamente em casa. – recheado do que ela sabia ser falsidade, Megalos levou as mãos jovens da princesa aos lábios. – Acabei de falar para sua mãe que é uma honra que tenha vindo oficializar o casamento. Falei com ela agora mesmo. Nós todos do conselho diplomático estamos muito satisfeitos com sua decisão, princesa. Você será uma grande rainha. – e com outro beijo em suas mãos, se despediu. Rhea segurou lançar um olhar significativo a Calliope.
Kida a esperava no salão principal, mas a princesa pouco se apressou para ir até a mãe. Caminhava lentamente pelo castelo, olhando as esculturas que recheavam os corredores. Notando como a luz solar entrava pela janela, sentindo a brisa do vendo escapar para o interior a fim de beijar sua pele. Quando a porta de dalbergia foi aberta, Rey pode respirar novamente. Os olhos azuis da rainha se encontraram com o seu e ela soube que tudo ficaria bem. O sorriso que sua mãe abriu foi caloroso. Estava feliz em ter a filha de volta, mas não se demorou olhando para ela. Passou rapidamente os olhos por Apolina, entretanto Rey viu que ela direcionou o olhar para a porta sendo fechada e notou o ar de desapontamento ao ver que ninguém mais entraria. A herdeira sorriu e encontrou paz para seus sentimentos nos braços de Kidagakash. – Ele não pode vir. – sussurrou. A rainha assentiu, soltando-a. Dirigiu-se a Calliope, que cumprimentou a mais velha com a mesma reverencia de sempre.
- Apolina, eu te vi crescer. Já disse que não precisa disso. – era do feito de Kida achar graça nas maneiras da descendente da Cinderela já que ela própria nunca as teve quando era mais nova. Espantando toda a pompa possível, Kida deu um abraço caloroso na garota e se afastou apenas para colocar a mão no rosto dela. – Eu estou tão feliz de ver aqui. Espero que minha filha e Hugo não estejam abusando demais de você, Callie. – comentou e após a resposta da Irklidis que disse que eles tentavam a tirar do sério, mas que ela se mantinha calma – o que todas sabiam que era mentira – Kida voltou a falar. – Milo passou o dia falando que reservou uma porção de livros para você ler. Não saiu da biblioteca o dia todo e ficava me dizendo “não acredito que ela vai vir aqui e eu não achei o livro do Al-Tabari!”. Acho que deveria ir acabar com o sofrimento dele e com o meu. – não era segredo para ninguém que a rainha e sua filha não eram exatamente acadêmicas, reservando esse papel para Milo e o gêmeo de Rey. A fala de Kida foi um jeito sutil de pedir que Apolina as deixassem a sós, mas apesar disso Rhea sabia que iria poder encontrar o pai enfurnado embaixo dos mais diversos exemplares de livros apenas para poder entreter Calliope.
Restaram na sala apenas Kida, sua herdeira e os seguranças, mas com um aceno da cabeça todos saíram do salão. Já sozinha com sua mãe, Rey desejou pedir para adiar aquela conversa. Queria ver seu pai, seu povo, seu quarto. Queria ver as praias, os pátios. Ver se havia novas esculturas, visitar os templos. Prestar suas homenagens aos atlantes que morreram no tsunami. Entretanto algo em sua mente a alertou que não era mais uma criança. Era uma rainha, organizava um golpe. Não era hora de correr para o colo de seu pai. Olhou para a mãe e antes que ela pudesse falar alguma coisa começou: - Ele está bem. – Kida sorriu. – Está preocupado, se sente culpado porque estávamos passando por isso. Acho que deu uma emagrecida, na verdade. – a informação fez a rainha a olhar de modo preocupado e Rey sentia que ela seria capaz de mandar entregar as comidas típicas Atlantis para Hugo em Aether. – Ele só está preocupado, iyá. Vai ficar bem. – como se isso tivesse bastado para aquietar sua preocupação, Kida concordou e decidiu não falar mais sobre o herdeiro de Asablanca.
- Acho que notou pela sua recepção hoje que as pessoas não estão gostando do noivado. Acredito que tenha visto Megalos quando saiu. – direta, pensou Rey, como sempre. Ela sorriu para a mãe. Não a amaria se fosse de outro jeito. Concordou com a cabeça. Era claro que o presidente do conselho precisava a ver indo para uma reunião com a rainha, pois acreditaria mais facilmente em sua aceitação ao casamento. Afinal, eles só não desconfiavam de sua relutância por acreditarem que Rhea jamais faria oposição à mãe. – Ígbí, eu sei como está. Te conheço como se fosse eu mesma. Está brava, irritada. Talvez comigo, mas principalmente com Eduardo. Pensa que seu povo vai sofrer. Sente como se estivesse presa, sem escolha. Eu olho nos seus olhos e vejo um eranko encurralado. Quer gritar, mas não pode. Quer afogar seu noivo, mas não pode. Ser rainha é uma guerra politica, Rhea. – e claramente a herdeira sabia. – Amanhã faremos uma reunião com os conselhos de guerra e com o diplomático. Eles vão te dizer todos os pontos para aceitar esse noivado e você tem que agir como se estivesse de acordo.
- Eu só não quero esse casamento. – desabafou pela primeira vez. Nem mesmo para Calliope havia proferido as palavras de forma tão direta e simples. Nada disse sobre a reunião que deveria ser feita. Não havia como fugir daquilo e ela sabia disso assim que vestiu os trajes reais.  – Não quero ver ele na minha frente. Não depois do que fez com Hugo e do que está fazendo com a gente. – Kida sorriu.
- E vai fazer o que quanto a isso?
- Ajudar a achar Eliana. Garantir que Hugo ganha à disputa pela coroa. Usar as cores de Asablanca sempre que possível, falar bem do meu noivo se me perguntarem dele. Evitar qualquer escândalo publico. – outro sorriso, mas esse era devido a revira dos olhos que a herdeira deu. Rhea se dirigiu para a janela.
- E?
- Me casar com ele se nada disso adiantar. – olhou para os atlantes que caminhavam na capital. Todos bem vestidos, com os tecidos azuis cintilando contra a luz do sol. – Mas isso não quer dizer que as coisas aqui vão ficar boas, mãe. Eduardo não pode governar para pessoas com costumes tão diferentes. Não aceitariam ele. Não aceitariam um rei que veio de um casamento arranjado, não quando eu sempre pude escolher com quem e quando me casar. – debateu. A conversa sobre o casório já havia sido feita anos atrás. Rhea poderia escolher com quem se casaria, poderia governar sozinha por quanto tempo quisesse, desde que no final o escolhido fosse um membro de alguma outra realeza. A imposição vinha do fato do casamento de Kidagakash não ter trazido nenhuma aliança e, sendo assim, Atlante se encontrava sozinha em todo conflito. O começo da união entre Rey, Clio, Hugo e Calliope havia começado a partir disso. Os reis só não esperavam que os herdeiros se dessem tão bem e mantivessem a amizade mesmo após anos. Virou-se para mãe. – Enfrentar rebeliões não é um bom jeito de manter um reino a salvo. Principalmente se os mais afetados pelo reinado de Eduardo for a população mais pobre. Eles temem ter que abrir mão do que acreditam e eu também tenho. Como posso pedir que confiem em mim se me caso com um golpista? Como posso pedir que se mantenham fieis a suas crenças se nós não nos mantivemos fiel a nossa? Os reis devem ser o espelho do que seu povo é. Devem buscar segurança, prosperidade e paz. A aliança com Asablanca garante a terceira, mas não a duas primeiras. Você escolheu errado. Nós poderíamos ter conseguido outro comerciante, poderíamos ter tentado outros acordos. Eduardo não vai ser aceito aqui e podemos perder a coroa por causa disso.
Os olhos azuis da rainha cintilaram com o desrespeito da filha mais velha. Ela respirou fundo e se aproximou. – Rhea, o continente é movido por dinheiro e por conexões. Nós temos muito do primeiro, mas poucos contatos. Eles não querem se alinhar a um reino com uma cultura tão diferente. Espero que sua fala venha de seu ressentimento, pois não quero acreditar que Aether tenha a feito esquecer que uma rainha que governa sozinha não é tão bem aceita quanto as que possuem companheiros ao seu lado. Eu amo seu pai, é claro, mas você sabe que meu casamento com ele complicada toda a diplomacia. Ele não tem nada a oferecer a essas pessoas. Nada que não seja proibido de ser dado. – o fato de Milo ter vindo do mundo humano quase nunca era trazido nas conversas do castelo. Há trinta anos atrás, o submarino de Thatch esbarrou em Atlantis e toda a dinâmica do reino mudou. Merlin precisou intervir para que nenhum outro reino fosse atrás dos sobreviventes. De acordo com os mais velhos, o homem passou horas sendo interrogado pelo mago e depois nunca mais falou de suas origens. – Eu quero que seja uma rainha melhor do que eu e pra isso você precisa de mais apoio.
- Meu povo vai sofrer e eu devo aceitar isso só porque você quer que eu seja melhor? Eu não quero ser melhor do que você. Eu quero ser boa. Quero que Atlantis cresça e seja aceita. Como vou fazer isso com um homem igual Eduardo ao meu lado? O continente vai me aceitar por causa dele, pelo que ele representa e não por mim, não pelo que eu represento. – questionou a herdeira, virando novamente para a janela. – Eles estão felizes. Todos os nobres atlantes sonharam com isso desde que eu nasci. Mas eu sou uma rainha e eu vou governar – começou virando-se para encarar a mãe novamente. – com ele do meu lado ou não. – a ideia de perder sua autonomia para um homem como o atual rei de Asablanca era inadmissível para Rey. Criada acreditando que o futuro de seu reino estava em suas mãos e apenas nelas, a garota estava decidida a manter seu poder o mais forte possível. Kida respirou fundo. Desejou com todas suas forças que o plano de Hugo funcionasse. Temia que o reino não sobrevivesse a Eduardo e que ele não sobrevivesse à personalidade de Rhea, pouco acostumada a abaixar a cabeça para qualquer homem.
As duas se encaram em silencio antes que a matriarca abrisse um sorriso. Rey sabia que ele não era de todo verdade, pois assim como ela a mãe pouco sabia esconder o que sentia, mas pensava que havia pelo menos dispersado algum orgulho. – Seu pai está te esperando. – revelou, afastando-se da filha para poder ir se aproximar de uma mesa de carvalho. Ao voltar para a princesa, estava com uma carta nas mãos. – Entrega para mim? – pediu, estendendo o papel para a mais nova. – Seria suspeito se eu mesma mandasse.
- Ele não é seu filho, sabia? – comentou Rey com tom brincalhão pegando o papel.
- É como se fosse. – a voz de Kida era leve, nada parecida com a usada antes ao discutir com a filha. – Agora vai, seu pai vai morrer se não te ver e ele já deve ter falando demais com Calliope sobre as coisas. Mas vai ficar feliz em ver que ele separou alguns possíveis… Planos para evitar isso tudo. Ele acredita que achou Eliana e, bem, ele me achou aqui em outro mundo. Acho que dá pra confiar. – brincou a rainha, abrindo espaço para a herdeira passar.
Rhea sorriu e pegou a mão da mãe, apertando-a contra s sua. – Me desculpe por não concordar com você. – pediu.
- Eu não te criei para concordar comigo, ígbí. Te criei pra ser uma boa rainha e isso significa que tem que seguir o que acha que é certo assim como eu segui. – com as palavras sendo ditas, Kida aproximou-se e beijou a testa da filha. Quando mais nova a rainha havia travado inúmeras brigas com o próprio pai a respeito do isolamento de Atlantis, portanto não julgaria Rhea por ter o mesmo comportamento. – Eu só espero que o futuro seja bom com você como foi comigo.
Que toda as maneiras que ela deveria ter fosse para o fundo do tártaro! Rhea abraçou a mãe com muita força. Era incrível como ainda conseguia encontrar nela seu porto seguro mesmo no meio das discordâncias e, principalmente, mesmo depois de tantos anos. As lagrimas escaparam de seus olhos esverdeados. Havia sentido tanta falta dela. A saudade que sentia era muito maior do que sua teimosia. Com o todo o carinho de quem não via a mãe há meses, Rey deitou a cabeça em seu ombro e continuou a chorar. A rainha chorava também. Sussurrou a filha: - Ábamo inú mi kó dun. - que significava: me dói não te ver feliz.
Já se aproximando da biblioteca, Rey se sentia mais leve. Kida de certa forma a apoiava, apesar de não concordar com sua decisão de desafiar toda e qualquer autoridade de Eduardo caso eles se cassassem. Uma parte de si queria que ela sentisse orgulho de sua decisão, mas a outra não se importava tanto com isso quando pensava na coroa de Atlantis na cabeça do Asablanca. Estava agora bem próximo ao cantinho especial do pai e já podia ouvi-lo falar com Calliope.
- Ele era um historiador persa, Callie. Você ia amar ler tudo que ele escreveu! Mas eu não acho o livro de jeito nenhum e… – a fala foi cortada por um barulho horroroso de livros caindo no chão. Rey ouviu a amiga gritar ao mesmo que seus saltos faziam barulho contra o chão. Quando entrou na sala, a outra herdeira ajudava Milo Thatch a se levantar o chão. – Obrigada, obrigada. Você sabe é melhor cair e ser levantado do que nunca cair. Eu tenho certeza que alguém já deve ter falado alguma coisa parecida, mas também não te… Rhea! – a animação do pai era o perfeito contraste para a emoção da rainha. A herdeira sorriu ao ver que ele literalmente corria até ela, abraçando-a de modo apertado. Ao contrario da mãe que chorou apenas ao final de seu encontro, o pai já estava com os olhos avermelhados quando se afastou da herdeira. – Eu nunca me acostumo com isso! Você fica tempo demais longe daqui. – desabafou enquanto retirava os óculos para poder limpar as lentes que estavam embaçadas com seu choro. A própria Rey limpava novamente os olhos esverdeados, secando suas próprias lagrimas.
- Pai, eu estou lá desde os onze anos.
- E eu sinto sua falta toda vez! Sua mãe nem sempre pode sair por ai estudando as coisas comigo, sabia? Ela tem coisas de rainha pra fazer, o que é uma pena porque ela adorava descobrir as coisas antes. – lamentou-se o professor. Rey sabia que ele falava a verdade, afinal Kida possuía mesmo um espirito aventureiro que parecia ser sufocado em suas vestes reais. O homem havia depositado nos filhos sua curiosidade, entretanto com a partida deles se viu investigando a maior parte das coisas de Mítica sozinho. – Eu estava aqui falando pra Callie sobre esse historiador persa cujo livro eu perdi, Rey. Ele era incrível! Tão engenhoso com suas descobertas. Muito inteligente. Mas você teria que saber árabe para ler ele, Callie. Sabe ler árabe? Claro que sabe. – respondeu animado antes mesmo que a princesa respondesse. – Eu vou achar e te enviar. Quando terminar de ler, você voltam aqui.
- Só falou de autores com ela? – desconfiou a princesa, mudando o rumo da conversa. Elas não podiam sair tantas vezes do instituto.
- Claro que não! Eu tentei fazer ela me contar como estão os poderes do Artemísio, mas ela insiste em dizer que não sabe! Isso é uma mentira e eu sei! Poderes tão incríveis, não é? Magia. Também não me acostumo com isso. – a herdeira olhou para a amiga que começou a rir. Mesmo que Calliope tivesse todas as respostas sobre os dons do irmão, a curiosidade de Milo só seria saciada se pudesse passar horas fazendo testes no príncipe de Diamandis. Era impossível para Apolina se chatear com animação de Milo para com os poderes do irmão. Ele via demais a beleza no mundo para que não a divertisse.  – Alias, Rey, que eu me lembre ele era um rapaz bem bonito. Continua assim, imagino? – disse ele despretensiosamente enquanto limpava a vestes.  A risada alta de Apolina preencheu a sala. As bochechas de Rhea passaram de negras para vermelhas.
- Pai!
- Eu estava comentando um fato. – desculpou-se o mais velho, escondendo das garotas a aposta que havia feito com a esposa anos antes: seria Clio ou Hugo que terminaria dono do coração da filha? Milo apostou toda sua dignidade no Irklidis e Kida todo seu orgulho no Asablanca. – Mas já vi que esse assunto não está do seu agrado, Rey-Rey. – a herdeira franziu o nariz para o apelido. – Pelo amor do… Narrador, Rhea! Não se pode fazer mais nada dentro desse castelo. – protestou o pai, indo em direção a uma mesa extremamente bagunçada e indicando que as herdeiras sentassem na frente dele. A herdeira de Atlantis deixou que a amiga fosse na frente para poder fechar a porta. Assim que garantiu que estavam sozinhos e que não poderiam ser ouvidos, Milo adquiriu uma postura séria. – Eu tenho algumas ideias de onde possa estar Eliana.
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