#ellie rotthawinithi
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siamcity-rp · 5 years ago
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Personagem
Nome do personagem: Ellie Rotthawinithi Data de nascimento: 30 de agosto do 1995 Nacionalidade: Tailandesa-Britânica Moradia: Dormitório Profissão: Estudante Orientação sexual: Em processo de descoberta Família: Mãe e pai desconhecidos User: @siam_ellie Faceclaim: Sammy Samantha Melanie Coates Carrd: Em breve Personalidade: Ela é dedicada, controladora, organizada, e quando se joga em algo vai de alma. É fiel e atenciosa com as coisas que gosta, mas extremamente crítica a tudo e todos. Por isso tem dificuldade em criar vínculos mais profundos. Costuma agir com a razão em vez das emoções, raras as vezes que se deixa levar pelo sentimento. Faz piadas que só ela acha graça, tendo um humor um pouco duvidoso, o que pode ser engraçado por si só.
Universidade
Curso: Jornalismo Período: 7º Bolsista: Sim Clube: Teatro Ocupação: Estagiária
História
Triggers: Crise de pânico/ansiedade
Apesar de toda história de qualquer ser humano começar com seus pais lhe dando a vida, eu costumo ignorar essa parte da minha. Gosto de imaginar que a cegonha me trouxe para meu avô e, desde então sou criada por ele. Não tive uma família convencional, mas cresci da melhor maneira possível com um pai dos sonhos para qualquer criança. Somchai fez tudo o que podia e até o que não podia para me criar, sou eternamente grata a ele.
Nasci no dia trinta de agosto de mil novecentos e noventa e cinco, no Reino Unido. Mas cresci na Tailândia com meu avô. Ele queria que eu tivesse todas as oportunidades possíveis, mas creio que foi para fugir dos meus pais.
Sei que todos em certa idade começam a se questionar do motivo de não ter um pai e uma mãe, mas fiz isso apenas uma vez. Ao ver a dor na voz e no olhar de vovô, desisti na mesma hora de tentar entender o que tinha com eles. Abracei o homem com os braços curtinhos e falei: "Tá tudo bem, vovô. Você é a única família que eu preciso". E esse foi meu lema desde então.
A minha paixão pela rádio começou quando, toda tarde após as aulas, ouvia a rádio favorita do meu avô com ele. Quando a mesma acabava, simulava uma entrevista divertida com Somchai, o herói sem capa. Meu avô, quando notou minha paixão, me deu um gravador. Foi aí que minha saga começou.
Gravava meu dia-a-dia, contando coisas que aconteciam, histórias e até mesmo entrevistando pessoas. Meus vizinhos e meu avô eram meus alvos favoritos. Amava ter uma forma prática de registrar tudo, principalmente quando chegava o final de semana e eu parava pra ouvir cada fita.
Quando cheguei na adolescência, foquei mais em meus estudos, gravando poucas coisas por semana, apenas resumos. Com a ajuda de meu avô, consegui decidir que jornalismo era mesmo o que queria e iria me esforçar para o tal. Meu avô já se dedicava muito para pagar as melhores escolas, não queria que também fizesse isso na faculdade.
Com muito esforço, consegui uma bolsa para a SIAM University. No meu segundo semestre, uma colega de turma me apresentou o podcast. Fiquei obcecada, da mesma forma que era em gravar minha vida. Ouvia sem parar, sobre diversos assuntos. Até que resolvi criar o meu próprio podcast em uma plataforma gratuita, o Podfalar.
Aos poucos fui ganhando visibilidade, principalmente quando tratava sobre assuntos sérios, vez ou outra levando convidados para debater.
Um tempo depois, criei um blog. Escrevia basicamente sobre os mesmos assuntos gerais que falava no podcast, mas com imagens (principalmente quando o assunto era lugares da Tailândia).
Quando estava no sexto período, aos vinte e dois anos, arrumei um estágio em uma rádio local. Tudo por conta da visibilidade que tinha no Podfalar. Não era nada demais e eles não me deixavam criar, que era o que mais gostava de fazer. Não tinha a liberdade que queria, tendo também que deixar o Podfalar de lado por falta de tempo. Dois anos depois, infeliz e cheia de problemas de ansiedade, larguei meu emprego - ideia do meu avô - e voltei a focar no podcast.
Tudo nos conformes. Meu público alvo aumentou após expandir o Podfalar para outras plataformas, além da que comecei. Cheguei a upar meus episódios até no YouTube! Só começou a dar errado quando meu avô passou mal e eu tive que ir correndo com ele para o hospital. Não tinha ideia de que há meses ele lutava contra o câncer de pulmão e sequer me falou, de acordo com ele, para não me atrapalhar.
E então a ligação chegou, não me lembro muito das primeiras horas após descobrir que meu avô faleceu. Mas me lembro da dor. A dor crua, horrível e enjoada que descrevi diversas vezes para a minha terapeuta, após diversas crises de ansiedade.
Nunca fui de desobedecer meu avô, ainda mais o último pedido dele antes de falecer, três dias após me contar tudo. Parece que estava apenas esperando tirar esse peso dos ombros para que pudesse ir embora.
Cheia de medos, inseguranças e mais contras do que prós, vendi tudo que tinha na casa e me mudei para o dormitório, levando apenas o essencial. Só tinha os apelidos citados pelo meu avô, que eram bem comuns. Seria como achar uma agulha no palheiro, só precisaria de coragem, coisa que não tive até então.
Voltei a estudar depois de um tempo (considerável) parada e estou no sétimo período, quase me formando. Moro no dormitório feminino e estou estagiando, mas continuo com meu blog e o podcast quinzenalmente. Poderia muito bem usar o alcance que tenho nesses portais para procurar meus pais, mas o meu medo de expor o que sinto é maior do que minha vontade de encontrá-los.
A frustração de não ter coragem de procurar minha família me assombra todos os dias, frustração essa que acabo descontando em coisas que não devia. A única coisa que era como antigamente era minha paixão por falar.
Dizem que precisamos reinventar o passado para ver a beleza do futuro, por isso espero que esse medo em descobrir mais sobre o motivo de ter sido abandonada com meu avô vá embora junto com minhas crises existenciais que acompanham esse assunto. Sinto que só vou conseguir viver em paz após fazer o que meu avô me pediu, o perdão. Mesmo que eu não tenha raiva alguma, apenas medo.
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