#ele com esse martelo é uma comédia

[kitdeferramentas]

TENDERIZER. to make (meat or meat products) tender by using a process that breaks down connective tissue.

Lento, inefetivo, facilmente bloqueado. Esses são os principais pontos negativos de um martelo de batalha. O peso da cabeça, o complexo movimento e a lentidão para mexer, quem escolheria uma coisa dessas? Sim, a força da descida era fenomenal e destrutiva; amassando e esmigalhando tudo no caminho. Mas não valia a pena, não fazia sentido. Quer dizer, não é o ideal se você não é um filho de Hefesto chamado Kit Culpepper.

Antes que reclame, ele tem direitos para incrementar um pouco mais a sua arma. Sou eu que tô criando tudo, eu mereço. O martelo de bronze celestial tem uma cabeça larga multifuncional. Um lado semelhante ao amaciante de carne, o outro cuja ponta abre fendas em qualquer armadura. E por cima, quando não há espaço para manobra, outra ponta abre seu caminho com o metal do resto da cabeça.

A força para empunhar tão respeitoso martelo vem do poder de se transformar em metal. Sério, tentar defender semideuses aglomerados na forma clássica (e preferida) de Touro de Colchis era bem complicado! Então o martelo se fez necessário, uma arma que lembrava mais o pai e a sua função do que qualquer outra coisa no acampamento. E, ah, ele sabia usar bem quando ninguém estava vendo... Imagina às vistas do público, quando colocava toda sua desenvoltura à prova?

Com o martelo em mãos (e uma batalha a ser travada), Kit entra em modo Whack-a-mole. Brilhando no mesmo tom bronzeado da arma, o martelo subindo e descendo e destruindo o que passa. E o melhor? Nem precisa se preocupar com o abdômen exposto. Hahaha, bestas! Ele continua sendo a sua arma preferida.

[caiquesouza]

Ideal x Real: O outro não vai satisfazer às suas expectativas completamente.

Pode chorar. Tranquilo. Faz parte. A Disney é a maior causadora de desilusões amorosas em toda a história da humanidade.

Não há príncipes ou princesas; não há grandes castelos ou dragões. São só as pessoas e seus demônios.

Sim, eu estou falando de relacionamentos. E o grande problema ao iniciar um relacionamento é a idealização do outro. Idealizamos como ele deve ser, como deve agir, como deve corresponder a cada uma das nossas expectativas. E quando isso não acontece? BAM! Temos o contato com o REAL, o qual não podemos controlar, prever, mensurar e, diante disso, vem a frustração.

Lembro-me de quando assisti pela primeira vez ao filme “500 Days of Summer” - traduzido para o tupiniquim como “500 dias com ela”. Tá, tudo bem, eu admito: gosto de comédias românticas. Só que esse filme tem algo diferente. Talvez tenha sido um dos filmes do gênero com o final mais improvável possível. Poxa, Summer, mas o Tom era tão bacana... enfim, eu não estou aqui para bater o martelo e dizer quem tinha - ou não - razão no decorrer do filme, mas, sejamos francos: o Tom alimentou uma ideia da Summer durante todo o filme que, sinceramente, ela não era obrigada a corresponder. Desde o primeiro momento em que a viu, ele construiu a mulher ideal com a qual gostaria de se relacionar. Não julgo. Quem nunca fez isso? Tô vendo você olhando a foto daquela crush no Facebook e, sem compromisso - uhum - imaginando como seriam seus filhinhos, sua casa de campo e aquele golden retriever com o pelo todo escovado destruindo seus chinelos. Entretanto, até que ponto aquela pessoa tão interessante é, realmente, a pessoa que você idealizou. Aliás, mesmo que ela seja, até que ponto se manterá assim? As mudanças são constantes e, dentro de um ano, eu te garanto que nem mesmo você será o(a) mesmo(a). Mas então como agir diante de toda essa incerteza? Só há uma coisa a fazer: nada.

A verdade é que não temos controle sobre absolutamente nada. Sendo assim, não mensure o sentimento do outro, não crie grandes expectativas, deixe o golden e o apartamento pra mais tarde. Vivamos o hoje como ele pode ser vivido. Com a realidade que nos foi ofertada e, se o ideal nos for correspondido, receba-o e dê-lhe um nome: presente.

Texto: Caique Souza.

[vvctrh]

tchau

”i don’t understand one thing. no, seriously. why everyone is ... going ‘buuuh’ when i tell some of the jokes and when i don’t wanna you to laugh, you laughing. like right now... i don’t understand...” Andy Kaufman

Eu sou o fantasma que espera sentado. O comediante triste. O pardal atado ao furacão.

Estou há dezenas de noites pensando, sempre antes de dormir, em roubar o martelo da caixa de ferramentas do meu pai e quebrar o chão do meu quarto para ver se existe uma rota de fuga que nem nos meus sonhos mais infantis nas quais essa casa foi fundada sobre um série de túneis que te levam pra qualquer lugar menos aqui. Nos meus delírios imagino que minha cama é uma piscina e que da próxima vez que eu for me deitar vou afundar vou afundar e vou ignorar as súplicas dos meus pulmões que venham os lençóis a entupir minha respiração que venham os espasmos de socorro no peito que venha minha mãe, os bombeiros ou até o miúdo deus da contemplação vou afundar feito um coração agrilhoado a uma pedra e vou naufragar meu corpo nessa cama atracada ao desmoronado.

Lembro do dia em que eu te falei que não adiantava falar tudo que eu sinto que não adiantava escrever palavras e mais palavras somadas em frases quilométricas porque você ia sempre achar que era uma piada. Lembro do dia em que minha mãe falou que tinha sonhado que eu chegava em casa alucinado quebrando tudo gritandesmurrando as paredes ela se trancava no quarto com minha irmã e chorava e chorava e chorava e chorava. Não lembro o que respondi à minha mãe mas lembro de ter feito o mesmo que você quando te contei sobre calar os demônios para não fazer deles comédia: eu ri.

E agora na minha cabeça passa a cena de um filme em que alguém numa alcova (um quarto sem janelas) cujo clima lembra um pântano de naftalina está fumando e olhando para brancura da parede está fumando e olhando para o que era a brancura da parede mas agora é um autorretrato feito de fuligem pensando que se tivesse sorte o bastante algum anônimo enviaria martelo e cinzel pelo correio e esse alguém poderia quebrar a parede e fazer uma pequena janela pra desanuviar a fumaça do cigarro. Quero que você aborte nossa criança feia que vai nascer feia porque eu não gozo feliz. Quero que você banhe as memórias de aquarela em querosene e as incendeie em frente ao açougue perto da tua casa. Quero que você cale a boca e dê dentes novos às engrenagens da desesperança. Quero que você coma cuscuz com feijão dentro de um trincheira, durante um bombardeio. Lilith andando sempre dentro das fronteiras da tua sombra. Eu devorando a fotografia de peixes tristes. O gato ruivo que eu te dei: mate-o com um banquete de estricnina. Seus olhos são vermelhos como os meus já foram. Ellioth Smith no meu ombro cantando “Everything means nothing to me”. Tenho espinhos crescendo junto ao púbis. Me sinto um mormaço. Estou farto desses amores de baixo teor alcoólico. Delete todas as minhas fotografias fazendo careta. Já não importa mais se eu vou pegar o 37 ou o 44 porque nunca mais vamos nos encontrar naquela praça onde ficamos loucos com você me dizendo que não ia mais à minha casa, enquanto eu ia embora com os pensamentos descarrilhando na avenida. Já não importa mais se eu vou sentar do lado da janela sem ninguém ao meu lado exceto o Will Toledo, me dizendo que esteve esperando toda a sua vida por algum pornô realmente decente. Já não importa se vamos pegar o ônibus circular errado e depois vou te ler um poema ao total acaso pra só depois ver você sorrindo e apontando pro título do poema que é “Circular”. Já não importa se um menino de cabelo índio vai me perguntar se segunda-feira é dia 18 porque em todas as possibilidades eu vou permanecer mudo observando a noite financiar minhas angústias. Eu poderia ter ficado aquela noite inteira debaixo de um olho de pavão meditando com meus pulmões de cavalo sobre olhos morrendo feito ondas sobre nosso vento abrandando em assobio sobre quando, dias antes, eu vi um cardume de pássaros tibungando nas nuvens e isso me deu uma enorme vontade de acenar dando tchau a eles.

[oinfamededoindicador]

Driven. Um filme.

Se tivesse uma maquina do tempo pra desver esse filme, eu usava.

História "real" de como o cara que construiu o carro do De volta para o Futuro se arrebentou, deixando o orgulho tomar o volante da própria vida, até precisar aceitar dinheiro do tráfico pra segurar a linha de produção do seu carro dos sonhos.

Filme é daquele estilo que tenta ser "comédia"(?) / drama, tipo Agarre-me se puder ou mais alguma outra bosta que não me marcou a ponto de que conseguisse me lembrar o titulo pra citar aqui. O "Ronan o Acusador" interpreta um John Delorean canastrão a pampa e coisas vão acontecendo até a fatídica tocaia do FBI arrebentar de vez com a vida do homem. Depois tem uma reviravoltazinha pro filme ficar de boas no final sem ninguem se fuder muito nem ficar com estigma de delator x-9 safado e é isso ai.

O filme nem é uma merda. Ele é qualquer coisa. É... bonito? Se eu estivesse fazendo um exercício gramatical sobre adjetivos, com 4 anos, no colégio, ia dizer que sim. Mas naquele então, tambem escrevi que o martelo era bonito, logo não é um grande diferencial. Vi o filme e agora escrevi que vi. Nem sei o que dizer sobre isso.

[musicaparaosim-blog]

A "Voz" Dele | 10 músicas para a Entrada do Noivo

Muitos dos casais que nos procuram chegam totalmente perdidos no quesito "escolha do repertório". Como a ideia do Musiquê é justamente tocar a trilha sonora dos noivos, as canções que contam a história deles, procuramos não influenciar muito na decisão deles, mas sabemos o quanto é difícil bater o martelo, afinal, só se caminha até o altar 1 vez. Então, por onde começar?!

Pelo noivo, e porque não?! (Rs!)

Foto: André Vanzin

Assim como em uma novela, no casamentos existem "protagonistas", e pra cada um deles é fundamental escolher uma música que expresse a sua personalidade. O noivo é um desses personagens principais e assim como a noiva, merece ter uma “voz" só pra ele. Existem algumas linhas de raciocínio que podem ajudar nessa escolha:

Escolher uma música que descreva bem o noivo. Aquela música que todos irão associar imediatamente à ele. Ela pode ser mais leve e descontraída, e pode até puxar umas boas risadas dos convidados. No meu casamento por exemplo, eu e o Rodrigo optamos por essa abordagem e ele entrou com "Rancho de Amor à Ilha", uma das músicas mais tradicionais da sua terra, Floripa.

Definir a partir da banda ou grupo musical favorito do noivo. Quando ele tem algum estilo musical bem definido ou é muito fâ de um artista, é uma boa ideia escolher entre as canções mais românticas desse repertório. Com certeza terão muitas opções, até porque o amor é um dos temas mais procurados pelos compositores.

Quando a música se torna literalmente a sua voz. Não tem coisa mais romântica do que um noivo falando para a sua noiva o quanto ele a ama. 

Pensando em ajudar os noivinhos mais perdidos, selecionamos 10 músicas pra vocês se inspirarem. Quem sabe você não se encontra em uma dessas canções?!

Namora Comigo (Paulinho Moska)

Sobre as canções do Moska eu poderia listar inúmeras que se encaixariam perfeitamente na entrada do noivo. Na minha opinião, ele é um dos compositores que melhor escrevem sobre o amor, mas pra esse primeiro post decidi ir direto ao ponto. A letra diz por si só: “Fica comigo / Namora comigo / Casa comigo / E viva comigo até o fim!”

Coisa Linda (Tiago Iorc)

Uma das músicas mais fofas escritas nos últimos tempos. Ela arranca suspiros de todas as mulheres, imagina então se o seu noivo caminha até o altar dizendo o quanto você é linda. É pra morrer né?! “Linda do jeito que é / Da cabeça ao pé / Do jeitinho que for / É, e só de pensar / Sei que já vou estar / Morrendo de amor"

Beijo Seu (Móveis Coloniais de Acajú)

Com uma melodia bem contemporânea, essa música é perfeita para noivos mais descolados. Repara só na letra, é poesia pura: "E assim eu sigo a inventar as nossas aventuras / Retoco a cor do seu olhar, pintura / E o meu amor vai te vestir de branco / Só pra te ver no altar / Me diz um sim pra ver no que dá / Talvez um beijo seu"

Dueto (Chico Buarque)

Um clássico do Chico, recém-gravada por ele sua neta, Clara Buarque, que fala sobre o amor. Um amor que não se importa com o que pensam ou dizem, ele simplesmente existe. "Mas se o destino insistir em nos separar (…) / Danem-se os astros, os signos, os búzios (…), Serás o meu amor, serás amor a minha paz"

Quando Fui Chuva (Luis Kiari)

Pra quem não conhece o Luis Kiari tá aí uma boa oportunidade. Daqueles novos compositores que prezam a clássica música brasileira, a poesia e a canção. Essa é uma das músicas mais lindas que ele já fez. Ela ficou muito conhecida num dueto feito com a Maria Gadú. Nas suas entrelinhas, ele fala sobre o quanto a vida mudou depois que conheceu o amor de sua vida, e agora, nada mais faz sentido sem ela: ”Nada do que eu fui me veste agora / Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto / E só sossega quando encontra tua boca"

Eu Preciso Dizer Que Eu Te Amo (Cazuza)

Pensando nos noivinhos que curtem o rock brasileiro, esse clássico do Cazuza não poderia ficar de fora. Lindamente interpretado pela Bebel Gilberto é daquelas músicas deliciosamente românticas que conseguimos perfeitamente imaginar nosso amado nos dizendo: “É que eu preciso dizer que te amo, tanto."

Feliz Pra Cachorro (5 à Seco)

Se você é daqueles noivos super bem humorados e divertidos, onde todos a sua volta não conseguem disfarçar a alegria, que tal entrar e colocar um sorriso no rosto de todos os convidados?! Essa música do Pedro Viáfora, um dos integrantes do incrível grupo 5 à seco, é perfeita pra isso. Então…“Pensa num cara que anda feliz pra cachorro / Mas pensa assim num cachorro pra lá de feliz / Desde que te vi / Que o chão não tem fundo / Que o céu não tem forro / Cantarolo e morro de rir"

Better Together (Jack Johnson)

Imagina um casamento de frente pro mar, ou um noivo que tem aquele espírito jovem e bem leve, entrando ao som de Jack Jonhson?! Seria o cenário perfeito, não é?! Ainda mais se a música é Better Together. “When i wake up you look so pretty / Sleeping next to me / But there is not enough time / And there is no song i could sing / And there is no combination of words I could say / But I will still tell you one thing / We’re better together."

Rude (Magic)

Diferente das outras em que a música se dirige diretamente à sua amada, esta é uma declaração de amor que trás uma mensagem ao “Pai” da noiva. É daquelas canções que a gente nunca imaginou que se encaixaria tão bem pro momento. Além da melodia super leve e alto astral, vale a pena conhecer toda a tradução da letra. Em resumo, se trata do bom e velho “você não gosta de mim, mas sua filha gosta”. Então que tal botar uma pitada de comédia pra aliviar a tensão?! “Can I have your daughter for the rest of my life? / Say yes, say yes, 'cause I need to know (…) / Marry that girl / Marry her anywhay / Marry that girl / No matter what you say”.

Yellow (Coldplay)

Ainda no universo internacional essa é pra quem curte uma música bem leve pra entrada do noivo. Nesse caso Yellow, do Coldplay, é uma excelente pedida. A melodia é super delicada, bem característica do rock britânico. Sem contar a letra que é lindíssima. Nessa poesia é só o amor e o brilho das estrelas “Look at the stars / Look how they shine for you / And everything you do / Yeah, they were all yellow (…) / Your skin / Oh, yeah, your skin and bones / Turn into something beautiful / Do you know / You know I love you so?”

Nossa singela versão de "Better Together" pra entrada dele.

Pra te ajudar a refletir sobre cada uma delas, nós fizemos uma playlist lá no Spotify. Assim você pode conhecer, ouvir e sentir o que elas dizem pra você. É só clicar aqui. Ah, e se você já tem uma música favorita pra entrada do noivo, comenta aqui embaixo. Sua escolha pode ser perfeita pra outro noivinho!