#e vamos de nova fase na teresa sjklsslk
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࿐ ♡ 𝑛𝑜 𝑜𝑛𝑒'𝑠 𝑎𝑟𝑜𝑢𝑛𝑑 𝑡𝑜 𝑗𝑢𝑑𝑔𝑒 𝑚𝑒. // 𝐩𝐨𝐯.
When you're lost it always helps recalling Those immortal words that Jesus said There's (( one rule )) that trumps them all Love thy neighbor.
Madre Teresa havia dito uma vez que não importam as circunstâncias e não importam as adversidades, por mais difícil que seja, é preciso reunir as forças para se seguir em frente e se transformar na pessoa que cada um decidiu ser.
Essa se tratava de uma citação bem aplicável ao contexto atual da vida de Teresa. Ainda existia uma parte de si havia sido prejudicada desde o ataque que havia sofrido, e era como se existisse uma ferida aberta em seu peito que precisava apenas de uma pequena injúria para voltar a sangrar.
No entanto, assim como o ensinamento da importante santa da igreja católica pregava, a italiana se recusava a deixar que aqueles traumas se estendessem por muito mais tempo em seu interior ou que prejudicasse suas recentes oportunidades de conquistar os seus sonhos.
Seria uma tarefa fácil alcançar a cura? Não, obviamente. Pois, por favor, sem ilusões, a sua força de vontade não era assim tão poderosa para chegar a tanto, mas a santinha ainda estava disposta a tentar tudo aquilo que estivesse ao seu alcance para chegar o mais próximo de uma cura para sua alma. Não deixaria que seu agressor tivesse tanto poder a ponto de prejudicar seus sonhos.
Aquela iniciativa de procurar o grupo de apoio para vítimas de violência sexual havia vindo em decorrência de um incentivo de profissionais da área psicológica, entretanto, nem mesmo o combo da vontade própria e o apoio de terceiros serviu para amenizar que aquele nervosismo, preso em seu cerne, fosse impactante quando ela se viu em uma das reuniões do grupo — especialmente pela surpresa que encontrou no ambiente.
Ainda foram necessários alguns minutos até que Teresa tivesse a oportunidade de se pronunciar e, bem, enquanto não fora convidada a fazer isso, a modelo se dedicou a observar as outras cinco mulheres presentes no ambiente. Todas tão diferentes no que dizia respeito a idade, aparência e trejeitos, mas que carregavam as mesmas marcas em seu interior.
A dor que cada relato trazia batia fundo no coração da Di Angelis e, bem, pela primeira vez em sua curta vida, a italiana conseguiu compreender o verdadeiro significado de sororidade. Estar naquela posição de empatia mútua, se encontrar nas palavras das outras, observar o carinho com o qual todas se tratavam: essa era a maior prova de união feminina que já tinha presenciado.
Demorou um tanto até que a palavra fosse direcionada a modelo, uma demorada justificada pela necessidade de que ela se sentisse confortável para falar, e a mediadora do grupo até lhe disse que Teresa poderia permanecer em silêncio, se fosse da sua vontade. Mas… Não! A Di Angelis fez questão de compartilhar tudo aquilo que tinha passado, comentando detalhadamente cada ponto que havia culminado no trauma que tinha levado ao trauma final.
Uma narrativa que fazia o seu peito doer cada vez que era contada, pois, sim, Teresa ainda se sentia violada por toda a situação.
❛❛ —— É engraçado porque no começo eu achei que não tinha sofrido nada de mais. Meu pai diria possivelmente que a culpa foi minha. Ele já cansou de dizer na minha frente que garotas que andam como eu ando agora, sem medo de julgamentos pelo tamanho de suas roupas, não passam de promíscuas, afastadas do caminho do senhor. ❜❜ Aquela narrativa continha uma firmeza que não era tão habitual em suas palavras, mas ela fez questão de parecer forte enquanto encarava a mediadora da conversa.
❛❛ —— E o que você acha que a sua mãe diria, Teresa? O que você pensa sobre isso? ❜❜ Uma das presentes, uma mulher de meia idade indagou de volta com um forte sotaque latino, observando-a por cima dos óculos grandes com a mesma seriedade que era refletida no rosto da modelo.
O questionamento fora o suficiente para que a italiana esboçasse um sorriso amargo, dispersando a sua frustração por meio de um aceno negativo de cabeça. ❛❛ —— Ela diria o mesmo. Acredito que reforçaria que meu comportamento não é digno de uma moça de família... Não sei, eu nunca a vi rebater nada que meu pai disse. Também existe uma chance de que ela procurasse alguma associação punição divina por ser quem eu sou. ❜❜
❛❛ —— Preciso que tenha em mente que nada do que aconteceu é sua culpa. A ideia punitivista é, infelizmente, a ideia que muitos têm do que é o cristianismo. De um Deus que pune, que agride, que mata... Mas não é assim que funciona. ❜❜ Respondeu a mediadora da conversa.
❛❛ —— Mas não foi isso que me ensinaram. Não é assim que a sociedade vê. Eu tive medo de denunciar porque qual seria a moral que uma pessoa teria pela cidade? Até meus pais me chamam de vagabunda pelas minhas costas, fingem que eu não existo, desde que eu descobri quem quero ser. ❜❜ Contestou a Di Angelis, tirando alguns instantes para respirar fundo, sem tirar os olhos da interlocutora da primeira pergunta. Não esperava que a conversa chegasse num ponto tão delicado com tanta facilidade.
❛❛ —— É possível que a sua mãe só estivesse decepcionada porque você não seguiu os planos dela. Não se encaixou na expectativa de vida que ela tinha para você. Tudo que uma mãe quer é ver o seu filho feliz… Ela teria te apoiado se tivesse a procurado. ❜❜ A resposta viera de outra mulher, cuja idade se assemelhava à da mediadora do grupo, embora o tom fosse mais arisco. Suas mãos mantinham-se grudadas à bolsa que carregava e ela parecia tão desconfortável quanto os demais, afinal, era expor suas fraquezas e ataques que violavam quem ela era.
O reforço daquele detalhe fez com que Teresa negasse com a cabeça, passando a encarar os próprios sapatos enquanto seus ombros eram retraídos. ❛❛ —— E o que acha que eu tentei fazer quando bati na sua porta, mãe? Você não me atendeu. ❜❜
Aquele proferir tão direcionado fizera com que todos os presentes congelassem no lugar, levando alguns instantes para associar a razão do diálogo tão direcionado. A mediadora do diálogo olhou para Teresa e para a mulher que, parada, em seu lugar, nada dissera. Aquela era a mãe de Teresa, e essa era a primeira vez em anos que ambas trocavam algumas palavras. ❛❛ —— Eu tentei te tirar dessa confusão, Teresa, te disse que você poderia voltar para casa se voltasse para os nossos termos. ❜❜ A réplica ocorrera após um minuto de silêncio constrangedor.
❛❛ —— Você queria me mandar para a ordem das carmelitas ou para qualquer outro convento. Queria apenas que eu fosse alguém que não sou... E olhe até onde esse caminho me trouxe, mamãe. ❜❜ Os cantos dos olhos de Di Angelis estavam úmidos; seu peito espezinhado por uma dor que era conhecida, afinal, que filho não sentiria a falta de sua família, e principalmente passando por momentos como aqueles? Certamente, aquela situação era extremamente complexa de ser resolvida e a mediadora, ao ajeitar seus óculos no rosto, reconhecia aquilo.
O silêncio perdurou, afinal, Di Angelis não tinha nada a acrescentar à sua filha. Era quase cruel culpar uma mãe que sabia a dor sentira pela filha, mas também não era uma mentira, um exagero de sua parte. Teresa fora ferida por seus pais que endorsavam o discurso de que davam aos homens a ideia de que era direito assediá-las.
O restante do encontro passou com aquela aura estranha sobre todos. Por fim, a mediadora pediu para que Teresa e sua mãe permanecessem. Precisava conversar com ambas, mas sem a presença das demais integrantes.
[...]
❛❛ —— Você se culpa pelo que aconteceu a você, Rosa? ❜❜ A pergunta da mediadora foi na direção da matriarca.
❛❛ —— Hoje não mais. ❜❜ A sua história não era conhecida nem por sua filha. Inclusive, esse seria um assunto que estaria implantado na cabeça da modelo por um bom tempo, pois era difícil imaginar o que teria acontecido com uma mulher tão recatada como a empresária.
❛❛ —— E como é isso para você? Como você consegue? ❜❜ Teresa assistiu em silêncio o pronunciar da mediadora, tentando não encarar a sua mãe para não constrangê-la.
❛❛ —— Tento me convencer todos os dias que não foi culpa minha. Que não era algo que eu merecia e nenhuma pessoa merece. ❜❜ A Sra. Di Angelis talvez soubesse onde aquela conversa terminaria, pois, ao findar da própria fala, seus dizeres foram embargados pela emoção que tomara sua voz.
❛❛ —— Então por que a sua filha merece ser culpada? Ou por que o modo como ela lida com a sua vida deve ser motivo de vergonha e punição? ❜❜ Agora, fora a vez da modelo se ver envolta pela emoção da situação, sua cabeça sendo abaixada para que pudesse disfarçar o rosto sendo tomado por lágrimas.
E…. silêncio. Nenhuma resposta veio da parte de Rosa pelo que pareceu ser uma eternidade para Teresa.
❛❛ —— Eu cometi um erro. ❜❜
De cabeça baixa, a sua filha não esperava escutar aquelas palavras e, muito menos, que fosse ser envolta pelo abraço protetor de sua mãe. Um abraço que trazia toda a saudade de três anos. Três incontáveis anos para alguém que não imaginava que algum dia fosse voltar a ser agraciada com aquele contato tão precioso.
❛❛ —— Você não mereceu passar por nada disso! E também não é nenhuma vagabunda, Teresa. Você é minha filha. A minha garotinha. ❜❜ E escutar aquilo parecia até um sonho! Se tratava de uma felicidade imensa que mal podia caber no peito de Teresa.
Em resposta, vieram somente as palavras que se encontravam presas em sua garganta há tanto tempo. ❛❛ —— Eu te amo, mãe. ❜❜
A partir dali, a Di Angelis tinha certeza de que as coisas seriam diferentes em sua vida.
#◟ ، ⊱ 𝒂𝒅𝒊𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒊𝒔. ♡ poderosa; eu sou quase um anjo.#FINALMENTE ACABEI#e vamos de nova fase na teresa sjklsslk#men anjo da minha vida me deu uma bela mãozinha
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