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#diáspora grega
oh-lilly-dear · 2 years
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Grécia Antiga, ou Hélade
Grécia Antiga ou civilização grega é como conhecemos a civilização formada pelos gregos no sul da Península Balcânica e que se estendeu por outras partes do Mediterrâneo, além das Cíclades, pela Ásia Menor e por regiões costeiras no Mar Negro.
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Região marcada pelo relevo montanhoso, colonizada inicialmente por diferentes povos nômades em busca de alimentos nas regiões mais quentes e férteis do continente europeu. O relevo acidentado dificultou a comunicação entre os povos, o que os levou a certo isolamento. Dessa forma, a Hélade não constituiu um reino ou império centralizado, mas uma região marcada pela descentralização política e o surgimento de diferentes sociedades.
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A historiografia tradicional dividiu a história da Grécia Antiga conforme seu desenvolvimento político e social:
Período Pré-Homérico (2000 a.C. até 1200 a.C)
Inicialmente, a civilização grega foi formada por cretenses, aqueus (também chamados de micênicos), dórios, eólios e jônios.
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Antes do domínio grego, o território era povoado pelos pelasgos, povo de origem autóctone (originário da região em que habita). Com a chegada dos aqueus, em 2.000 a.C., povo de origem indo-europeia, se expandiram pela região dominando a população que habitava a ilha de Creta.
Os cretenses dedicavam-se ao comércio marítimo e haviam estabelecido uma talassocracia (governo comandado por uma elite comercial). A sociedade cretense era mais complexa e dinâmica em relação às outras. Em Creta já existia, por exemplo, propriedade privada e a divisão em grupos sociais, com o domínio dos ricos comerciantes. Sua religião era matriarcal, porém sua sociedade era patriarcal.
Do sincretismo cultural entre aqueus e cretenses, originou-se a civilização e a cultura creto-micênica, base para a formação das sociedades e culturas gregas durante os períodos Arcaico e Clássico.
A civilização creto-micênica dominou economicamente toda a região do Mar Egeu. Por meio do comércio, conectou diversas regiões do mundo antigo, o que lhe proporcionou um período de prosperidade.
Por volta do século XII a.C., com o objetivo de comercializar na região do Mar Negro, os creto-micênicos avançaram para a região da Ásia Menor (atual Turquia) e enfrentaram os troianos, povo que controlava a passagem do Estreito de Dardanelos, o qual dá acesso ao Mar Negro. Essa guerra ficou conhecida como Guerra de Troia.
Em 1.200 a.C., os dórios, povo de tradição militar, começaram sua entrada efetiva nos domínios creto-micênicos. O maior poder bélico dos dórios, que dominavam armas de ferro, culminou na queda da capital, Micenas, e provocou a Primeira Diáspora dos gregos, também motivada pela escassez de terras férteis. Esse episódio marca a passagem do período Pré-Homérico para o período Homérico.
Período Homérico (1150 a.C. a 800 a.C.)
O nome desse período é em homenagem a Homero.
Após as invasões dos dórios, a maioria das cidades gregas desapareceu. Os habitantes da Hélade, inclusive os invasores dórios, devido à necessidade de proteção e sobrevivência, retomaram a vida em pequenas comunidades familiares, denominadas genos, cuja principal atividade econômica era a agricultura.
Em cada geno havia um chefe religioso, militar e político: o pater, homem mais velho, mais sábio ou mais valente. Por volta do século VII a.C. essas comunidades começaram a se desintegrar.
Os genos se desarticularam por conta do crescimento demográfico e o estabelecimento da propriedade privada. Gradualmente os gregos passaram a adotar outra forma de organização social: as fátrias, união de grupos familiares, também motivada pela busca de terras férteis. Como os proprietários de terras eram minoria, para evitar rebeliões dos demais, muitas fátrias se reuniram, dando origem às tribos.
O desenvolvimento demográfico das tribos e a junção de diferentes tribos resultaram na formação de novas cidades-Estado, denominadas pólis.
Outra consequência da fragmentação foi a Segunda Diáspora. A parte da população que ficou sem terras partiu em direção à Ásia Menor e às penínsulas Itálica e Ibérica. Esse processo ajudou a promover a expansão colonialista de algumas pólis, como Atenas, que fundaram domínios em regiões ricas e de solos férteis visando se estabelecer de alimentos e matérias-primas.
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O processo de colonização enriqueceu as metrópoles (cidades-estado mãe), pois envolvia a exportação de trigo das colônias para a Hélade, aumentando a oferta de alimentos na região.
Os aristocratas possuidores de grandes propriedades produtoras de azeite e vinho também enriqueceram, pois houve aumento da demanda. Portanto, podemos considerar a Segunda Diáspora grega muito mais abrangente que a Primeira.
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EVANGELHO
Terça Feira 11 de Junho de 2024
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Mateus
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 9Não leveis ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos; 10nem sacola para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem bastão, porque o operário tem direito ao seu sustento.
11Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz”.
- Palavra da Salvação.
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- Comentário do Dia
💎 “Os últimos serão os primeiros”
Cheio do Espírito Santo, Barnabé brilha no firmamento dos eleitos como modelo de humildade, que não guarda para si a glória de seus trabalhos, e de zelo apostólico, que não mede esforços para difundir o nome do Senhor.
Celebramos hoje a memória de São Barnabé, levita que, embora não fizesse parte do Colégio apostólico, foi coroado com o título de Apóstolo de Cristo. Natural de Chipre, ilha grega próxima de Israel, Barnabé recebeu dos pais, judeus da diáspora, o nome de José. Como, porém, tivesse vendido todos os seus bens — as Escrituras nos falam de um campo — para proveito dos primeiros cristãos de Jerusalém, os Apóstolos passaram a chamar-lhe Barnabé. Este sobrenome, cuja origem aramaica significa “filho do profeta”, passou a ser interpretado pelos fiéis como “filho da consolação”, υἱός παρακλήσεως (cf. At 4, 36). Provável integrante dos setenta e dois discípulos (cf. Lc 10,1-24) de que nos falam os evangelhos, Barnabé teve o importante papel de apresentar São Paulo, com quem deve ter se instruído aos pés do rabi Gamaliel (cf. At 22,3), fariseu e sinedrita (cf. At 5,34), aos outros Apóstolos, contando-lhes como o futuro evangelizador dos gentios “tinha visto o Senhor no caminho” (At 9,27) para Damasco. Após a dispersão que se instalara já no tempo de Santo Estêvão (cf. At 11,19), Barnabé foi enviado à comunidade de Antioquia da Síria, onde pôde admirar a força espantosa da graça de Deus (cf. At 11,23). “Homem de bem e cheio do Espírito Santo”, dirigiu-se em seguida para Tarso, numa viagem extenuante de quase cem milhas e meia, à procura do amigo Saulo, trazido às pressas para a cidade em que, pela primeira vez, os seguidores de Jesus “foram chamados pelo nome de cristãos” (At 11,26). Deste momento em diante, Barnabé começará a ceder a Paulo, com franca humildade, o protagonismo que até então lhe atribuíra a Escritura: é, pois, como “Paulo e Barnabé”, e não mais “Barnabé e Saulo” (cf. At 11,30; 12,25; 13,2.7) que o Texto Sagrado passará a designar a dupla de missionários (cf. At 13,43.46.50; 15,2.22.35). Este empreendimento apostólico, no entanto, chegou ao fim quando da segunda viagem de Paulo. Como o Apóstolo das gentes se opusesse a que o companheiro levasse consigo João, “que tinha por sobrenome Marcos” (At 15,37), houve um tal desentendimento entre eles que os dois decidiram separar-se. Assim, Barnabé voltou com Marcos para Chipre (cf. At 15,39), onde, segundo a tradição, recebeu a palma do martírio. Embora não falem muito a seu respeito, as Escrituras nos permitem entrever, pelo que contemplamos em suas ações e trabalhos, as insignes virtudes que ornaram alma deste grande pregoeiro do Evangelho: a) em primeiro lugar, a generosidade de entregar à Igreja e aos necessitados tudo o que possuía; b) em segundo, o zelo apostólico de levar aos pagãos a luz de Jesus Cristo; c) em terceiro lugar, a humildade, por um lado, de reconhecer sua insuficiência para dar conta sozinho da imensa tarefa de cristianizar multidões e, por outro, de deixar que a figura de São Paulo de certa forma ofuscasse a sua própria; d) por fim, o fraterno companheirismo que, apesar de algumas diferenças de opinião e temperamento, fê-lo beneficiar-se da santa amizade de Paulo, a quem soube entregar as glórias do seu apostolado. Que São Barnabé, Filho da Consolação, interceda por cada um de nós e nos ensine a imitarmos as virtudes que o levaram a derramar, por amor ao nome de Cristo, o seu próprio sangue.
Deus abençoe você!
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davidtavares · 4 years
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 CURIOSIDADE: OS JUDEUS NA TURQUIA, REPÚBLICA SECULAR, SOCIEDADE MUÇULMANA. Atualmente a Turquia é uma república secular, mas sua população é majoritariamente muçulmana. O Islam é a maior religião na Turquia de acordo com o Estado, com 99,8% da população sendo registrado automaticamente pelo Estado como muçulmano , para qualquer um cujos pais não são de qualquer outra religião oficialmente reconhecida. Devido à natureza deste método, o número oficial de muçulmanos inclui as pessoas com nenhuma religião; convertidos cristãos / judeus; as pessoas que são de uma religião diferente do Islã, o cristianismo ou o judaísmo; e qualquer um que é de uma religião diferente do que seus pais, mas não solicitou uma alteração de seus registros individuais. Porém, de acordo com as últimas fontes, e recentes pesquisas independentes mostram que a percentagem de aqueles que estão sem religião no país é de 3,4% Os mesmos estudos mostram que aproximadamente 90% das pessoas sem religião são mais jovens do que a idade de 35 anos. Em uma pesquisa conduzida pela Universidade Sabanci , 98,3% dos turcos revelou que foram muçulmanos. A maioria dos muçulmanos na Turquia são Sunitas formando cerca de 80,5%, e Shia ( Alevis , Ja'faris , alawitas ) denominações formar cerca de 16,5% da população muçulmana. Entre xiita presença na Turquia há um pequeno, mas considerável minoria de muçulmanos com Ismaili herança e filiação. Cristãos ( ortodoxia oriental , ortodoxos gregos e Armênia Apostólica ) e judeus ( sefarditas ), que compõem a população religiosa não-muçulmana, constituem mais de 2% do total. A atual Turquia teria servido de refúgio para Jacob quando fugia de Esaú. O poço ao lado do qual ele encontrou Raquel também lá se situava. Muitos acreditam que o Jardim do Éden também ficasse em território turco, pois é nesta região que nascem os rios Tigre e Eufrates. Apesar de a grande imigração judaica para a Turquia - quando esta ainda era parte do Império Otomano - ter ocorrido principalmente a partir de 1492, com a expulsão dos judeus da Península Ibérica, há indícios de sua presença na Anatólia a partir do século IV a.E.C, principalmente na área próxima ao Mar Egeu.Foram encontradas ruínas que revelam a presença judaica nas cidades turcas de Sardis, Bursa e Ancara. Tais evidências, segundo os estudiosos, fazem da comunidade judaica da Turquia uma das mais antigas do mundo. O historiador Flávio Josefo, por exemplo, afirmou que o filósofo Aristóteles encontrara judeus durante sua viagem pela Ásia Menor. IMPÉRIO BIZANTINO:  No final do século IV, o Império Romano foi definitivamente partido em dois: o Império Romano do Ocidente, cuja capital era Roma, e o Império Romano do Oriente, com a capital em Bizâncio, posteriormente renomeada como Constantinopla. Enquanto a parte ocidental do Império acabou sendo conquistada pelos bárbaros, o Império Bizantino - como passou a ser chamada a parte oriental - se manteve como um baluarte do cristianismo, que na época já se tornara a religião oficial do Império Romano.Nessa mesma época, uma série de leis promulgadas pela Igreja retirara dos judeus que viviam em sociedades cristãs a maior parte de seus direitos comunais e todos seus privilégios. A política adotada consistia basicamente em permitir que pequenas comunidades judaicas sobrevivessem entre os cristãos, mas em condições de degradação e impotência. No Império Bizantino, a Igreja Grega Ortodoxa, que incorporara todo o anti-semitismo helenístico pagão, era ainda mais hostil aos judeus. O resultado de tal combinação "ideológica" foi uma legislação altamente discriminatória, que relegou os judeus a um lugar marginal, fora da sociedade maior.Apesar das restrições, o Império Bizantino e sua capital Bizâncio, maior centro comercial da época, passam a atrair judeus que fugiam da crise econômica que então atingia Eretz Israel. E, a despeito de serem minoria socialmente degradada e politicamente excluída, os judeus conseguem tomar parte no florescimento econômico da região, atuando principalmente na marcenaria e na área mercantil, em especial no comércio internacional.Por volta do ano 1176, Benjamin de Tudela - viajante judeu procedente da Espanha, que escreveu relatos de suas viagens - visita Constantinopla. Na grande capital bizantina - na época, a cidade mais povoada do mundo - ele encontra uma comunidade composta de dois mil judeus e quinhentos caraítas. Tudela fez a seguinte descrição: "Muitos judeus eram fabricantes de roupas de seda; outros eram mercadores, sendo que alguns eram extremamente ricos. Não havia judeus vivendo na cidade, de onde tinham sido expulsos para longe do mar. Eles estavam cercados pelo Canal de Sofia, por um lado, e só podiam chegar à cidade pela água, mesmo quando o objetivo de sua visita eram os negócios. Estavam sujeitos ao jugo dos governantes: apanhavam nas ruas e eram maltratados. Mas os judeus eram ricos, bons, benevolentes e homens religiosos, que carregavam o infortúnio do exílio com humildade. O bairro onde viviam era chamado Pera".A condição de inferioridade dos judeus manteve-se praticamente inalterada até os séculos XIV e XV, quando os turcos otomanos, uma tribo muçulmana originária da Ásia Central, invadiram o Império Bizantino e assumiram o poder na região. Sob o domínio islâmico, iniciava-se uma nova era para os judeus. Por serem monoteístas, cristãos e judeus eram diferenciados dos pagãos, sendo-lhes conferido o status de dhimmis - ou seja, protegidos pelo Estado muçulmano. O governo lhes assegurava vida, propriedade e um alto grau de liberdade e autonomia religiosa. Porém, apesar das liberdades concedidas, os dhimmis eram obrigados a aceitar restrições, imposições e humilhações, pois não sendo muçulmanos eram considerados cidadãos de segunda classe.Além do mais, os turcos, povo guerreiro, consideravam humilhante engajar-se em ocupações que não fossem de cunho militar, político ou religioso, por isto incentivaram a vinda de judeus para as regiões sob seu controle. Estes últimos formavam uma classe média, livre de ambições políticas ou militares - ao contrário dos cristãos, e eram vistos pelos turcos como o povo mais produtivo e leal entre as minorias estrangeiras que viviam em suas terras.  A CARIDADE POR PARTE DE UM LÍDER MUÇULMANO E, UMA PORTA ABERTA. Quando o sultão Muhamad II conquistou Constantinopla, em 1453 - mudando o nome da cidade para Istambul - a comunidade judaica o considerou uma espécie de "libertador", que a salvou do jugo cristão. Há alguns historiadores que acreditam terem os judeus participado do processo de conquista da cidade. Seu reinado, de 1421 a 1451, deu início a alguns séculos de prosperidade judaica na Turquia. Ao assumir o governo, Muhamad II determinara: "Deixem os judeus cultivarem a melhor terra, abençoando suas videiras e suas figueiras e também o seu rebanho. Deixem que se estabeleçam na terra, desenvolvam o comércio e dela se apossem".A Sublime Porta, nome pelo qual ficou conhecida a corte dos sultões otomanos, mostrou ser uma porta aberta para os judeus, um refúgio para aqueles que fugiam das perseguições e expulsões em várias regiões da Europa.E, como no início do século XVI quase toda a Europa Ocidental estava fechada aos judeus, muitos rumaram para o Oriente. Foi nesse mesmo período que o rabino Isaac Sarfati, de Adrianópolis, estimulou a vinda das populações asquenazitas da Alemanha, Áustria e Hungria.Quando, no final do século XV, os judeus foram expulsos da Espanha e, logo a seguir, de Portugal, o Império Otomano os recebeu. Sobre sua saída forçada da Península Ibérica e seu estabelecimento na região da Turquia, o sultão Beyazid II, que governou o império de 1481 a 1512, afirmou: "O rei espanhol Ferdinando é erroneamente considerado um sábio, pois com a expulsão dos judeus, empobreceu o seu país e enriqueceu o nosso".Ao chegarem, os judeus sefaraditas trouxeram consigo não apenas sua cultura e conhecimentos acadêmicos, mas também vasta experiência em outras áreas. Entre eles havia inúmeros rabinos e eruditos, além de um grande número de famílias muito abastadas, comerciantes e banqueiros. A partir do início do século XVI, outra diáspora encontrou refúgio seguro na Sublime Porta.Entre os otomanos conversos, também de origem sefaradita, que, fugindo da Europa cristã voltaram a viver abertamente seu judaísmo.Foi imediata a influência desta diáspora sobre a vida comunitária. Mais cultos e abastados e mais estruturados comunitariamente do que os judeus bizantinos, também chamados de romaniotas, os sefaraditas não "assimilaram" a cultura das novas terras, preservando suas tradições e sua língua, o ladino.Apesar da vida sob o domínio turco não ser um mar de rosas, nem mesmo nos dias dos sultões do século XVI, era infinitamente melhor do que na Europa cristã. O clima de maior liberdade fez com que fosse cada vez maior a presença de judeus na corte, na diplomacia e na medicina. Graças a seus contatos, os judeus tiveram uma intensa participação no comércio internacional, além de atuarem ativamente no sistema financeiro e econômico do Império Otomano. Istambul foi lar de rabinos influentes, de ieshivot e de estudiosos, além de um grande centro de impressão de livros em hebraico. A primeira gráfica da região havia sido fundada em 1493.A convivência entre os otomanos e os judeus foi benéfica para ambos os povos, tendo os judeus da Turquia contribuído amplamente para o brilho, prosperidade e luxo desse grande surto civilizador. Foi no Império Otomano do século XVI que o judaísmo sefaradita entrou em sua segunda "Idade de Ouro". Entre os nomes de destaque deste período está a família Hamon, que, por três gerações, dominou a vida comunitária e as relações com a corte. Seu membro mais notável foi Moshe Hamon (1490-1567), médico e administrador dos bens do sultão Suleiman, o Magnífico. Atuou também como diplomata e foi um dos responsáveis pela ida a Istambul de Doña Gracia e de seu sobrinho, Don Joseph. Este último também foi conselheiro dos sultões Suleiman e Selim II, exercendo enorme influência nas relações exteriores do Império Otomano.Durante este período a presença judaica era tão marcante que saltava aos olhos de qualquer visitante que percorresse as ruas das cidades, seus bazares e campos. Em meados do século XVI havia cerca de 200 mil judeus na região, número bem superior aos 65 mil que ainda permaneciam na Europa. Eles representavam, então, a maior comunidade judaica do mundo. Mas, ainda que aceitos pelo poder dominante, continuavam vivendo dentro de núcleos próprios, comunidades geralmente organizadas de acordo com seu país de origem.O Império Otomano, no entanto, não acompanhou o surto de modernização que vivia a Europa, progressivamente entrando em decadência, a partir do século XVII. Incapazes de acompanhar a Revolução Industrial, suas províncias entraram em um processo de irremediável estagnação, arrastando consigo toda a Turquia e os judeus que lá viviam.
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rochadomarcio · 2 years
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Jesus de Nazaré: Reconstruções e Historicidades
Evidências da historicidade da pessoa de "Jesus de Nazaré".
Desde os primeiros rumores sobre os acontecimentos que teriam dado lugar ao surgimento da figura de "Jesus de Nazaré", bem como seu desenvolvimento religioso, ético e social como judeu em meio à sociedade judaica da primeira metade do primeiro século da chamada "era cristã", na Israel do Império Romano, as poucas evidências de sua historicidade repousam ainda sobre quatro importantes fontes não-cristãs, já consideradas por alguns como "provas" da existência de “Jesus de Nazaré”, identificadas e brevemente discutidas a seguir.
A vulnerabilidade natural destas fontes, que teoricamente poderiam atestar a historicidade de “Jesus de Nazaré”, surge pelas mesmas razões ao enfrentar os desafios hermenêuticos de qualquer outra personalidade antiga que se queira alcançar e definir historicamente. Ao desafio histórico de “Jesus de Nazaré” devem ser acrescentadas as características específicas dos conflitos judaico-romano-cristãos ao longo dos séculos e seu potencial para a construção e desconstrução de antigas narrativas históricas vulneráveis aos vários matizes religiosos.
A primeira fonte não-cristã é encontrada no parágrafo 44 do livro 15 da obra "Annales" (Anais), do historiador romano Cornelius Tacitus (56 d.C. - 117 d.C.), em que a condenação de um certo χρηστός (Chrestos) sob Pôncio Pilatos e a tortura e execução de milhares de "Χρηστιανούς" (Chrestianos) são detalhadas: eles foram cobertos com peles de animais, rasgados por cães e deixados a apodrecer; foram crucificados; foram condenados às chamas e queimados para servir de luz noturna. Na mesma fonte, Tácito também nos informa que Nero culpou o "Χρηστιανούς" (Chrestianos) pelo grande incêndio de Roma, 18-19 de julho de 64 DC.
Apesar da discussão da diferença na verdadeira função de Pilatos como "procurador" ou "prefeito", e a posterior correção dos caracteres "e" e "i" nas palavras "χρηστός" (Chrestos) e "Χρηστιανούς" (Chrestianos), a semelhança na pronúncia entre algumas palavras latinas e gregas deve ser considerada, e também ao fato de que estes "Χρηστιανούς" (Chrestianos) foram mencionados por Tacitus como um povo popularmente conhecido e derivado de um certo "χρηστός" (Chrestos) que, durante o reinado de Tibério, teria sido condenado com a pena máxima às mãos de Pilatos. Não é consensual que esta fonte seja uma evidência irrefutável, mas contribui relativamente à historicidade de “Jesus de Nazaré”.
A segunda fonte não-cristã é encontrada na obra "De vita Caesarum" (Sobre a Vida dos Césares) do historiador romano Caio Suetônio (69 d.C. - 130 d.C.), onde Suetônio menciona que Cláudio César expulsou os judeus de Roma porque eles estavam constantemente causando problemas por instigação de um certo "Chrestus". Como dissemos, "Chrestus" pode ser outra forma da palavra "Cristo" (uma forma corrigida nos Anais de Tacitus). Outra possibilidade é que Suetonius estava lidando com um anacronismo ou que estava se referindo a outro judeu do mesmo nome.
Em qualquer caso, esta segunda fonte também favorece a historicidade de Jesus, referindo-se a possíveis judeus movidos pelo nome "Cristo", uma possível indicação da expansão do cristianismo nascente antes da diáspora judaica em 70 d.C., uma vez que o evento ocorre entre 41 e 54 d.C. Como no caso de Tacitus, esta possibilidade não é uma opinião unânime, mas ainda contribui relativamente para a historicidade de “Jesus de Nazaré”.
A terceira fonte não-cristã é encontrada em "Litterae Curatius Scriptae" (97 d.C. - 109 d.C.), epístola X. 96, escrita pelo governador Plínio, o Jovem (61 d.C. - 114 d.C.), ao imperador Trajano, que também contém a carta resposta 97, de Trajano a Plínio. Em ambos os casos, trata-se de certos "cristãos" que sempre se reuniam em um determinado dia para adorar um certo "Cristo" como se ele fosse um deus. Segundo Plínio, este ato, que ele considerava supersticioso, perverso e rebelde, incluía vários juramentos de devoção, lealdade e comunhão dos "cristãos" com este "Cristo".
Plínio descreve esses "cristãos" como desesperadamente teimosos e intransigentes, mesmo enfrentando punição e execução por não renunciarem às práticas "cristãs" e não voltarem ao culto exclusivo dos deuses romanos. Não mantendo estes "cristãos" sob controle, Plínio consulta o Imperador Trajano. Plínio, orientado a não perseguir os "cristãos", mas apenas punir aqueles que eram realmente acusados e culpados, tornou-se, como fonte não-cristã, um dos relatos mais importantes do cristianismo primitivo, e contribuiu relativamente para a composição da historicidade de “Jesus de Nazaré”.
A quarta fonte é o "Testimonium Flavianum", encontrado na obra "Guerra dos Judeus" do historiador judeu para o Império Romano, Flavius Josephus, na versão árabe do século X de Agapius, na versão siríaca de Michael e na versão paleo-eslava do século XI-XII. Esta fonte não deve ser, apressadamente, considerada uma fonte "não-cristã", pois, embora originalmente uma fonte judaico-romana, ela foi revista várias vezes, provavelmente por mãos cristãs em defesa da messianidade de “Jesus de Nazaré”.
Entre as várias características dos escritos flavianos, nomear este "Jesus de Nazaré" como o "Messias" judeu ou retratá-lo como um "milagreiro" ou mesmo como uma figura "sobre-humana" certamente não se encaixa na personalidade, profissão e estilo literário de Flavius Josephus. No entanto, a comunidade cristã mundial tem em Flavius Josephus uma das fontes mais confiáveis para provar a historicidade de “Jesus de Nazaré”. Entretanto, as várias revisões do Testimonium Flavianum ao longo dos séculos suscitaram muita desconfiança e descrença em relação à autenticidade deste documento.
Dito isto, deve-se reconhecer que, apesar de haver relativa autoridade para a existência de “Jesus de Nazaré”, ainda não há nenhuma "prova" incontestável de sua historicidade, mas sim de um certo movimento "cristão", organizado em torno de um certo "Cristo", condenado por um certo "Pilatos" e ativo em várias partes do Império Romano e além dele. As fontes apontam para a existência de um “Jesus de Nazaré” e para o desenvolvimento de um cristianismo nascente que hoje domina em grandes partes do mundo.
Esta predominância do cristianismo na era atual e sua influência ao longo do desenvolvimento histórico da humanidade promovem a legitimidade das fontes estudadas, que emprestam relativa autoridade para afirmar com alguma certeza que realmente houve um certo "Jesus de Nazaré", que parece ter influenciado um grande número de seguidores, que garantiram o desenvolvimento de um cristianismo que prospera com grande dominação mundial no século XXI. Entretanto, a avaliação séria da autenticidade histórica dos fatos sobre as coisas que este "Jesus de Nazaré" fez ainda carece de "prova", assim como o faz em relação aos feitos de todas as outras personalidades e narrativas históricas que jazem longe no tempo.
O papel que os escritos do Novo Testamento desempenham na reconstrução da vida de "Jesus de Nazaré".
A impossibilidade de avaliar a historicidade de “Jesus de Nazaré” com mais precisão e cuidado também levou ao surgimento, ao longo do tempo, de vários tipos messiânicos, principalmente sob a influência das histórias do "Jesus Kerigmático", cuja mensagem de redenção, reinado e julgamento, canonicamente representada nos escritos do Novo Testamento (e paralela a eles na literatura apócrifa), desempenha um papel importante na reconstrução da vida de “Jesus de Nazaré”.
Tem sido apontado como pode ser difícil fundamentar reivindicações históricas sobre personalidades antigas com base nas fontes históricas disponíveis. No caso de personalidades como "Jesus de Nazaré", esta reconstrução é ainda mais complexa e intensa, devido ao contexto religioso que permeia este período histórico e garante a formação de um cenário multiétnico e multirreligioso em constante conflito, movimento e transformação, fundindo interesses políticos, econômicos, sociais e religiosos, o que eleva a dificuldade do trabalho hermenêutico a um nível ainda mais desafiador.
Se quisermos enfatizar o papel do Novo Testamento na reconstrução da vida de “Jesus de Nazaré”, novos desafios hermenêuticos estão pela frente, pois mesmo nos escritos mais antigos do Novo Testamento, ou seja, mesmo na literatura epistolar protopaulina, que inaugura os primeiros relatos escritos (c. 50 d.C., I Tessalonicenses), as informações sobre "Jesus de Nazaré" são principalmente teológicas, cristológicas e quase inteiramente não-biográficas.
Indo mais longe na literatura evangélica, já se pode ver um maior esforço de reconstrução por parte dos escritores do Novo Testamento para dar mais significado a "Jesus de Nazaré" para os leitores da época. No entanto, estes esforços não vão muito além de testemunhos, confissões e declarações de fé sobre este "Jesus de Nazaré". Tanto o "ipsissima vox" quanto o "ipsissima verba" não são claramente distinguíveis na grande variedade de fontes e materiais aplicados ao mosaico dos Evangelhos. Mesmo com respeito às camadas mais antigas, mesmo com respeito à "Fonte Q" (c. 50 d.C. - 60 d.C.), cujas palavras e declarações doutrinárias são compiladas em Mateus, Lucas, e mais tarde na Patrística, é muito difícil determinar o que realmente são ou não palavras que vieram de “Jesus de Nazaré”.
Mesmo com todos estes desafios, a pesquisa em torno da teoria das duas fontes e a reconstrução da "Fonte Q", ausente em Marcos mas igualmente presente em Mateus e Lucas, contribui para que os escritos do Novo Testamento desempenhem um papel fundamental na reconstrução da vida de “Jesus de Nazaré”.
Para isso, os resultados do estudo das fontes do Novo Testamento devem ser coerentes com a realidade de um certo judeu, um certo "Jesus de Nazaré", que viveu no meio da realidade judaica e do judaísmo como praticado sob a influência do Império Romano, na primeira metade do primeiro século. Além disso, deve estabelecer as conexões subjacentes entre várias fontes sobre este "Jesus de Nazaré", sem o desencorajamento das limitações impostas pelo tradicionalismo eclesiástico primitivo, mas com o exame cuidadoso do que está por detrás da ortodoxia que ela definiu.
Como todos os 27 escritos do Novo Testamento são escritos ocasionais, situados em um contexto histórico comunitário, e especialmente devido à diversidade de temas levantados pela dinâmica do gênero epistolar, o Novo Testamento torna-se um verdadeiro quadro de perguntas e respostas que ajudam a reconstruir a vida de “Jesus de Nazaré”, a partir das narrativas provenientes de um "Jesus Kerigmático".
Muito brevemente, por exemplo, pode-se considerar que entre as cartas gerais, nos escritos joaninos, o tema do amor, fortemente presente no ensinamento de “Jesus de Nazaré”, desempenha um papel muito importante na reconstrução da forma como as comunidades joaninas interpretaram este aspecto declarado da vida de Jesus.
Na mesma linha, os escritos protopaulinos sobre temas complexos, como a vida após a morte explicada por este "Jesus de Nazaré", ou seu ensinamento sobre a unidade, posteriormente expresso na Igreja como o Corpo de Cristo nos escritos deuteropaulinos, contribuem para a perspectiva das comunidades paulinas sobre este "Jesus de Nazaré", assim como a estrutura do judaísmo, o mistério que envolve o Messias, a fé e o discipulado no Evangelho de Marcos fornecem uma base de identificação para a comunidade marquiana.
A comunidade de Mateus mostra um Jesus que se refere a si mesmo como o cumprimento de antigos escritos judaicos, enquanto as comunidades Lucana, Petrina e Paulina também mostram um Jesus que tem uma certa prioridade para os pobres, pecadores e marginalizados.
Em geral, a cristologia, que permeia quase todos os escritos do Novo Testamento, desempenha o papel mais proeminente na busca da reconstrução da vida de “Jesus de Nazaré”, assumindo que a cristologia é o instrumento teológico mais vital para responder à pergunta sobre quem é este "Jesus de Nazaré", e quem realmente foi para as comunidades cristãs nascentes do movimento de Jesus.
Textos Sagrados (e não tão Sagrados) - Teologia Bíblica - Aachen University
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by Márcio Monteiro Rocha
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cronicasdezan · 3 years
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Este é um livro tão gostoso de ler que fico bobo que por não ter estourado. Se você não sabe de que livro estou falando, falo de A Cientista Guerreira do Facão Furioso, um livro incrível escrito pelo Fábio Kabral @ka_bral. Esse não é o primeiro livro do universo que o Fábio criou. Ele vem depois de O Caçador Cibernético da Rua 13. É uma série afrofuturista. Se você não sabe o que é #afrofuturismo, é uma estética cultural, que combina elementos de ficção científica, ficção histórica, fantasia, arte africana e arte da diáspora africana, afrocentrismo e realismo mágico com cosmologias não-ocidentais para criticar não só os dilemas atuais dia negros. Na literatura, são histórias escritas por negros, com protagonistas negros, afrocentradas, de literatura especulativa: fantasia, ficção científica e terror. E a história da Jamila é um exemplo incrível do afrofuturismo e do potencial que essas histórias tem. Ótimo para quem quer conhecer fantasias que fogem do estilo mitologia grega e etc (anda contra, adoro, mas coisas novas são bem vindas). Me diz aí, já conhecia histórias afrofuturistas? https://www.instagram.com/p/CN-187mD9Ne/?igshid=1fpayrsr77ocp
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estudosteologicos · 3 years
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O QUE É O PERÍODO INTERBÍBLICO?
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O que é o Período Interbíblico?
O período Interbíblico é o tempo que decorre entre o fim do Antigo Testamento e os acontecimentos do Novo Testamento. Esse período marca o silêncio profético de Malaquias até a pregação de João Batista.
Mas quando de fato se inicia e quando termina? Vamos acompanhar juntos esse profundo texto do pastor e escritor Enéas Tognini, que descreve de forma resumida, o estudo do livro O Período Interbíblico, escrito pelo mesmo.
Capítulo 1 – História de Israel
O berço da civilização primitiva, segundo a Bíblia e hoje comprovado por estudos, foi o Vale da Mesopotâmia, sendo o mais antigo dos povos dos quais recebemos influência os Sumérios. Eles dominavam a matemática, agricultura, inventaram canais de irrigação, carros de guerra, entre muitas outras coisas. Dominavam a cultura. Também existiam neste Vale os Acadianos, que tinham grande poder bélico. Então surgiu uma nova civilização, denominada Acádio-sumeriana. Uma parte deles deram origem à Caldéia, cuja capital era Babilônia. E ao sul da Babilônia ficava Ur dos Caldeus, cidade de educação adiantadíssima e berço natal do Patriarca Abraão. Dali, Abraão partiu para Harã, depois à Canaã, desce ao Egito e volta para Canaã.
Outra civilização importante é a Egípcia. Antes dos Faraós, não há nenhum dado sobre a história do Egito. José entrou no Egito na vigência dos Hiksos. Após a expulsão dos Hiksos, os Hebreus foram muito maltratados e só se tornaram livres com Moisés. Os Egípcios eram politeístas. Era uma civilização muito adiantada e desenvolvida.
Sucessos Bíblicos: De Abraão à Moisés, Período da Conquista (da Queda dos muros de Jericó até a morte do filho de Num), Período dos Juízes (de Otniel à Samuel), Reino Unido (de Saul à Salomão), Reino Dividido (do Norte, Israel, e do Sul, Judá), Cativeiro Assírio (os filhos de Israel foram levados durante o reinado de Oséias), Cativeiro Babilônico, Restauração (sob Ciro, os Judeus voltaram à Jerusalém). Jesus nasceu durante o domínio dos Romanos. Com a destruição de Jerusalém no ano 70 a.C., o Estado termina.
Capítulo 2 – Período Interbíblico: Ambiente e Literatura Apócrifa
É um período de 400 anos que se deu entre o Antigo e o Novo Testamento, no qual Deus se calou e não houveram Revelações Bíblicas. Foi um período proposital onde Deus deixou que o homem vivesse por seus próprios esforços e fracassasse.
Os judeus foram transformados nesse período. As tribos desapareceram e os novos judeus, despertados e curados de sua idolatria, venceram os velhos. Ao fim do Antigo Testamento, os judeus eram dominados pelos Persas e no início do Novo Testamento, estão sob domínio Romano e sob influência da filosofia grega. Antes eles falavam hebraico e no NT, passaram a falar o aramaico.
As fontes de informações sobre esse Período são a Bíblia, que pouco informa, Flávio Josefo, grande historiador e os Livros Apócrifos, livros não canônicos rejeitados pelos judeus e Protestantes.
Colocam grande parte dos Apócrifos entre 100 a.C. e 130 a.C e para cada livro são apontados dezenas de locais onde foram escritos. Seu autores também são supostos e não verdadeiros. Eles foram escritos em um período onde a profecia emudeceu.
São vários os Livros Apócrifos. No AT, eles se dividem em três grupos: Históricos, Didáticos e Apocalípticos. A Igreja Romana aceita somente Judite, Tobias, Acréscimos a Ester, Livro de Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Acréscimos a Daniel, 1 e 2 Macabeus. No NT são 22 livros Apócrifos, mas que são rejeitados até pela Igreja Romana. Para os protestantes, servem apenas como auxílio no estudo.
Capítulo 3 – Período Babilônico
Após o Reinado de Salomão, o Reino de Israel se dividiu entre Norte e Sul. O Reino do Norte se afastou de Deus para seguir sua idolatria. Com isso, em 722 a.C. foram dispersados pelos assírios por terras estranhas. Os Assírios ficaram em Samaria, dando em resultado um povo estranho aos judeus. O povo do Sul se manteve fiel a Deus.
Em resultado do desatino dos judeus, veio Nabucodonosor e os levou cativos para a Babilônia e estes ficaram longe de sua terra. Mas eles tinham ainda a liberdade para adorar ao seu Deus e para praticarem seus costumes. Quando foram libertos pelos medo-persas, alguns preferiram ficar, pois estavam estabilizados, com propriedades, indústria, comércio, etc. Esses são os judeus da Diáspora. A finalidade desse Exílio foi educar e punir povo de Deus, por causa do pecado e da rebelião dos judeus. Eles foram alertados pelos profetas a esse respeito. Os profetas deste período foram Daniel, Ezequiel e Jeremias. Judá não ficou totalmente deserta nesse período.
Nesse mesmo período, outras nações se desenvolveram. A Assíria estava abatida e sua capital completamente destruída. Média foi o mais notável, dominavam os Persas, depois se fundiram e reserva grandes surpresas para o mundo. Egito, que em 568 a.C. se tornou colônia Persa. Grécia tem uma das histórias mais fascinantes que conhecemos. Roma não teve ligação direta com o Oriente, mantendo-se isolada. Lídia, em seu apogeu, disputava glória com Média. Em 587, Babilônia, embelezada, tinha confusão religiosa, inquietação e Belsazar Regente.
Capítulo 4 – Período Medo-Persa
A Média fica no majestoso Planalto do Irã e a Pérsia a oeste do Golfo Pérsico, ao sul de Média. Ciro guerreou contra Média, Lídia e Babilônia e as conquistou. Deus havia predito alguns feitos de Ciro e a sua ascensão foi cumprimento da vontade de Deus, para libertar o restante de Judá.
Seus sucessores foram Cambises, Dario Histaspis, Xerxes, Artaxerxes Longimanus. No governo de Artaxerxes I o Egito revoltou-se contra Pérsia, houve um tratado de paz pelo qual Chipre retornou à Pérsia, a divisão do Mediterrâneo entre Pérsia e Grécia e a rebelião da Síria, acalmada por Longimanus.
Os principais acontecimentos sob os persas foram: Dedicação do Templo em Jerusalém, a Dispersão dos Judeus, judeus em Babilônia, alguns judeus desceram para o Egito, Esdras e Neemias, que restaurou, construiu e governou. Após isso veio o Declínio Persa. Aí o centro passa do Oriente para o Ocidente.
Deus conseguiu no período do Cativeiro vitórias sobre seu povo: Idolatria destruída (hoje um judeu faz tudo, menos dobrar seus joelhos a um ídolo), a Lei de Moisés respeitada (os judeus perceberam o quanto estavam longe de Deus), Inauguração do Culto Público (em todo lugar que existe um núcleo de judeus, haviam as Sinagogas. Foi preparação para a vinda de Cristo), Reverdecimento da Esperança Messiânica (passaram a esperar o Messias, antes como Libertador e Redentor de Israel e hoje como Restaurador), Pronunciado Nacionalismo (doutrinas, costumes e língua que, após o exílio, passou a ser o aramaico).
Os principais sucessos do mundo Ocidental foram Grécia e Roma.
Capítulo 5 – Período Greco-Macedônio
Esse período começa em 333 e vai até 167 a.C.
A Grécia divide-se em duas partes: ao norte a Hélade, com a capital em Atenas e ao sul o Peloponeso, com a capital em Esparta. A leste as ilhas Cécladas a punham em comunicação com a Ásia, a oeste, em comunicação com a Itália, ao Sul em rota para a África e ao norte ficava a célebre Macedônia. Os gregos tinham centenas de deuses e a religião ocupava lugar central em suas vidas. Primeiro a supremacia era de Atenas, mas por causa da epidemia e da morte de Péricles, perdeu para Esparta. Com as lutas entre Atenas e Esparta, elas ficaram enfraquecidas. Então Tebas dominou, mas logo caiu, ficando no ostracismo.
Até então, Macedônia era um apenas pequeno Estado. Filipe foi o primeiro rei que deu brilho a ela. Ele foi sucedido por Alexandre, que foi educado por Aristóteles e se tornou generalíssimo dos gregos. Alexandre destruiu Samaria. Ele era talentoso e preparado.Nos seus dias tudo prosperou e continuou a prosperar. Na ciência houve progresso, destacando-se Hipócrates, pai da medicina. Macedônia, incluindo Grécia, era o maior, o mais conceituado centro de cultura de então. O mundo todo foi helenizado. Mas Alexandre não impôs com arma a cultura grega. O povo queria essa cultura. Após a morte de Alexandre, os povos falavam duas línguas, sendo uma delas, a grega. Seu Império ficou reduzido e dividido.
O Império acabou nas mãos de Ptolomeu. Palestina sofria graves conseqüências. Passou depois à Ptolomeu I, Ptolomeu II ou Filadelfo, Ptolomeu III ou Evergetes, Ptolomeu IV ou Filopator e por fim, Ptolomeu V ou Epifanes. Sob os Ptolomeus, a Palestina ficou sujeita à África.
Os Selêucidas começaram a reinar na Síria em 312 e na Judéia em 198. Antíoco I foi o primeiro dominador da Síria. Foi sucedido por Antíoco II ou Théos, Antíoco III, chamado o Grande, Selêuco V e Antíoco IV ou Epifanes. Antíoco Epifanes foi o grande perseguidor dos judeus. Em seguida vieram Antíoco ou Eupator, Demétrio I ou Soter, Alexandre Balas, Demétrio II, Antíoco VII e Selêuco V. No tempo de Antíoco Epifanes, a Palestina compreendia um território menor que o Antigo Judá.
Capítulo 6 – Período Macabeu
Esse período, que se estende de 167 a 63 a.C., se caracteriza por lutas, perseguições, sacrifícios e, finalmente por um longo período de independência e paz.
Nesse período o Sumo-Sacerdócio declinou e passou a ser uma força política.
Os egípcios dominavam a Judéia e os sírios não perdiam a esperança de possuírem a Terra Santa. Triunfou na Judéia o Partido Grego.
Antíoco ataca Jerusalém e toma-a por assalto, matando muitas pessoas e leva para o cativeiro milhares de judeus. O Templo foi profanado e despojado. Era uma prova de fogo para os judeus, para que buscassem a Deus.
Após isso houve bárbaras perseguições Sírias. Então houve a Guerra Macabéia. A revolta começou com Matatias, sacerdote em Modim;
Após sua morte em 166, seu filho Judas (166-161), continuou a luta com 6.000 homens. Quando Antíoco mandou 60.000 homens para subjugá-lo, Judas mandou os temerosos voltarem para casa. Com apenas 3.000 derrotaram os sírios. Em seguida Judas entrou em Jerusalém e reedificou o templo, em 166 a.C. a festa de Dedicação foi instituída no ano 164. Significância da opressão síria e revolta dos macabeus:
1. Restaurou a nação da decadência política e religiosa;
2. Criou um espírito nacionalista, uniu a nação e suscitou virilidade.
3. Deu novo impulso ao judaísmo. Percebe-se isto na purificação moral e espiritual; Percebe-se isto numa onda de literatura apocalíptica; Percebe-se isto numa nova e intensa esperança messiânica.
4. Intensificou o desenvolvimento dos dois movimentos que se tornaram os Fariseus e os Saduceus. Os Fariseus surgiram do grupo purista e nacionalista. Os Saduceus surgiram do grupo que se aliou com os helenistas.
5. Deu maior ímpeto ao movimento da dispersão com muitos judeus querendo se ausentar durante as terríveis perseguições de Antíoco.
Houve ainda muita guerra. Jônatas, filho de Macabeus, foi morto por Trifon e Simão, o último sobrevivente dos Macabeus, teve um governo próspero e abençoado, mas foi morto por seu genro Ptolomeu.
Os filhos de Hasmon ganharam a batalha final. A dinastia Hasmoneana começa dom João Hircano, que travou batalhas contra Samaria, contra Edom e depois houve paz, reconstrução e lutas internas. Porém ele inaugurou na Palestina uma era de intolerância e opressão. O sucessor dele foi Aristóbulo, que teve reinado curto, no qual subjugou a Huréia, algumas regiões ao oriente do Jordão e outras. Morreu em 105 a.C. Após ele veio Alexandre Janeu, outro filo de Hircano. Seu primeiro ato foi mandar matar um de seus irmãos. Morreu e passou a coroa à sua esposa Alexandra, que governou até 78 a.C., e o sumo sacerdócio ao seu filho Hircano II, que recebeu a coroa após a morte de Alexandra, mas teve que entregar à força as coroas ao irmão Aristóbulo II. Este não teve um governo de paz e, após ser levado com sua família cativos para Roma, Hircano II recuperou a coroa. Mas Hircano II era um mero instrumento de Antípater. Esse governo foi marcado por revoluções.
Nesse período foram escritos I e II Macabeus, Judite, Livro de Enoque, Oráculos Sibilinos e o Testamento dos Doze Patriarcas.
Enquanto os Hasmoneanos, Matatias e seus filhos empenhavam-se na libertação do seu país do jugo de Antíoco Epifanes, muitas coisas aconteceram no mundo, como a Terceira Guerra Púnica, as Conquistas Romanas e a divisão do mundo em províncias.
Capítulo 7 – Período Romano
Em 63 a.C. que os Romanos se tornaram amigos da Palestina.
A primeira intervenção romana na Ásia foi em 190 a.C., na famosa batalha de Magnésia. Então os Romanos dominaram a Ásia e a dividiram entre seus aliados, os Eumenes e os Ródios. Judas Macabeu pereceu na batalha contra Báquides. Simão Conselheiro cultivou a amizade com romanos.
Primeiro Triunvirato: assim ficou conhecida a união entre Crasso, Pompeu e César em uma aliança oculta. Depois de Júlio César, veio Otávio, seu sobrinho.
Depois, muitas foram as guerras sustentadas por Augusto. Morreu coberto de tristeza, em 14 d.C.
Herodes, o Grande, filho de Antípater, aos 15 anos foi governador da Galiléia e desde cedo mostrou crueldade. Ele subiu ao trono da Judéia e trouxe para Jerusalém muitos mercenários. Mas ele não teve coragem de exercer o sumo-sacerdócio. A sua corte era helenizada e culta. Ele tinha grandes domínios, mas não respeitou a consciência dos judeus. Molestou os filhos de Israel. Seu reino prosperou, mas foi manchado por tragédias familiares. Para encobrir seus crimes, construiu cidades, reconstruiu templos a fim de ganhar a simpatia dos súditos. Morreu em 4 a.C. Foi um homem feroz, cheio de vícios, pagão, inconstante, maleável e perverso. Mas foi usado por Deus ao matar os Hasmoneanos, preparando o caminho para Cristo. E Jesus nasceu num período de paz na Palestina. Antes de morrer Herodes, também nasceu João Batista. Somente três apócrifos foram escritos nesse período: Salmos de Salomão, Livro de Jubileus e Segundo Esdras.
Capítulo 8 – Estudos Suplementares
Nesses 400 anos os judeus viveram tempos áureos e também terríveis tempestades. E nesses anos surgiram Seitas Político-Religiosas, sendo as principais:
- Escribas: o escriba, como o tempos no Novo Testamento, apareceu após o exílio Babilônico. Eles deram origem às Sinagogas. Eles preservaram a Lei, eram mestres da Lei e Doutores da Lei. Alguns pertenciam aos saduceus. Jesus lhes condenou o formalismo. Eles perseguiram a Pedro e a João. Alguns deles creram em Cristo.
- Fariseus: viviam separados do povo, por causa da imundice, e gostavam de ser chamados de santos. Suas principais doutrinas são: os homens tinham livre arbítrio, a alma é imortal, a ressurreição do corpo, a existência de anjos, todas as coisas são dirigidas pela providência divina, no mundo os justos são galardoados e os maus castigados, os justos gozarão vida eterna e os maus cadeia eterna, além da alma humana existem espíritos bons e maus. A luta mais terrível de Jesus foi com os fariseus.
- Saduceus: é a designação da segunda escola filosófica dos judeus, ao lado dos fariseus. Suas doutrinas são quase desconhecidas, não havendo ficado nada de seus escritos. A Bíblia afirma que eles não criam na ressurreição, tendo até tentado enlaçar Jesus com uma pergunta ardilosa sobre esse conceito. Com muita probabilidade, ainda que rechaçando a tradição farisaica, possuíam uma doutrina relativa à interpretação e à aplicação da lei Bíblica.
- Essênios: constituíam um grupo ou seita judaica ascética que teve existência desde mais ou menos o ano 150 a.C. até o ano 70 d.C. Em doutrinas, seguiam fielmente o Velho Testamento.
- Herodianos: O termo Herodiano é relacionado ao rei dos judeus, Herodes, o Grande, e designa todos os personagens históricos que tinham laços consagüíneos com ele. Partidário de Herodes, o grande. Formava uma seita para sustentar que o rei Herodes seria o Messias.
- Zelotes: significa literalmente alguém que é ciumento em nome de Deus, ou seja, alguém que demonstra excesso de zelo. Apesar de a palavra designar em nossos dias alguém com excesso de entusiasmo, a sua origem prende-se ao movimento político judaico do século I que procurava incitar o povo da Judéia a rebelar-se contra o Império Romano e expulsar os romanos pela força das armas, que conduziu à Primeira Rebelião Judaica (66-70).
- Publicanos: coletores de impostos nas províncias do Império Romano. João Batista, quando foi indagado pelos publicanos sobre como deveriam proceder, recomendou-lhes que não tomassem das pessoas além do que lhes estava ordenado recolher (Lc 3:12-13).
- Samaritanos: Não é uma seita, mas sim uma classe odiada pelos judeus. A religião dos Samaritanos baseia-se no Pentateuco, tal como o judaísmo. Contudo, ao contrário deste, o samaritanismo rejeita a importância religiosa de Jerusalém. Os samaritanos não possuem rabinos e não aceitam o Talmud dos judeus ortodoxos.
As principais instituições judaicas, nos dias de Jesus, eram: O Templo, que era motivo de orgulho para os judeus, as sinagogas, que existiam em qualquer lugar onde havia concentração de judeus e é o local de culto da religião judaica, sendo desprovido de imagens religiosas ou de peças de altar e tendo como o seu objeto central a Arca da Torá, e o sinédrio, que é é o nome dado à assembléia de 23 juízes que a Lei judaica ordena existir em cada cidade.
A Filosofia Judaico-Alexandria era a tentativa de fusão da filosofia de Platão com Moisés. Desenvolveram-se pontos doutrinários interessantes, alguns certos e outros errados e perigosos. Também surgiu a Teologia Rabínica, que incluía a Torá. Desenvolveram-se também nesses 400 anos idéias nacionalistas, sendo as principais o Escribismo, o Saduceismo, o Essenismo e o Apocalipticismo.
Nesses 400 anos Deus preparou o mundo para o advento de Cristo.
Contribuições do Mundo Assírio: preservação de Judá.
Contribuições do Mundo Babilônico: os filhos de Deus foram corrigidos, abandonaram a idolatria, trocaram o hebraico pelo aramaico, aprenderam a viver sem o templo, deram-se à arte do comércio, surgiram as sinagogas, as seitas e começa a Diáspora.
Contribuições do Mundo Medo-Persa: Os judeus voltaram para seu país, reconstruíram sua metrópole, seu templo e voltaram à vida livre.
Contribuições do Mundo Grego: Unir os dois mundos (Oriente e Ocidente), disseminar a cultura e a língua gregas pelo mundo, fundar nas grandes cidades centro de cultura helênica e as reações causadas pela divisão de seu império. Língua, Democracia e Filosofia foram importantes. Platão e Sócrates pregavam a existência de um só Deus. A educação era elevadíssima. Os gregos eram vaidosos e ociosos.
Contribuições do Mundo Romano: Sociedade, que era a mais imoral possível, Governo Provinciano, pois Roma era a capital e tinha facilidade de contato com as cidades do Império. Religião, que foi importada da Grécia e o culto aos imperadores. As portas do Comércio abriram para todo o mundo.
Contribuição dos judeus: As profecias apontavam Judá como berço do nascimento do Messias (Belém). Herodes acabou com os Hasmoneanos. O escribismo foi resistência contra as inovações de saduceus e helenistas. As sinagogas foram criadas. A Septuaginta ajudou aos judeus da Diáspora a ficarem firmes em Deus. O nacionalismo dos judeus também contribuiu para que eles ficassem unidos na esperança.
O mundo em que Jesus nasceu era o melhor de toda sua história, mas estava desiludido e em meio a imoralidade, constantes lutas. Nesse ambiente nasceu Jesus.
Texto escrito por Enéas Tognini. Resumo do livro: O Período Interbíblico
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beto1berto-cf88 · 3 years
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Adoro estas publicações do @geopizzza Taxila foi uma metrópole budista, um importante ponto de contato entre povos asiáticos e europeus. A cidade foi fundada em torno de 600 aC, hoje a 30km ao norte da atual capital do Paquistão, Islamabad. Graças ao comércio, desenvolveu-se como um ponto de passagem entre as caravanas da Ásia. Taxila foi governada por diferentes povos, como gregos, persas e indianos. No século 3 aC que teve seu auge econômico: recebeu modernizações do imperador Asoka, responsável por unificar a Índia e difundir o budismo no século 3 aC. Asoka incentivou o ensino de matemática, filosofia, astronomia e medicina dentro dos mosteiros. Uma das maiores características de Taxila eram suas estupas - monumentos elevados em formato de abóbadas que preservam os restos mortais importantes figuras budistas. A estupa do centro da imagem é a Dharmarajika, onde acredita-se que abrigue parte das cinzas de Buda. Buda teve seu corpo cremado, com suas cinzas distribuídas em diferentes locais, desde o Paquistão até o Nepal. Havia de 10 -15 estupas distribuídas pela cidade, cercada por um muro de 9 metros de altura que percorria 5km de extensão. O sucessivo controle de Taxila por diferentes povos tornaram-na uma metrópole multicultural, com bairros de arquitetura grega e indiana simultaneamente. Após a morte do imperador Ashoka em 200 aC, o hinduísmo tomou o posto do budismo como a religião maioritária da Índia, levando a uma diáspora de monges budistas para a China. Algo semelhante ocorreu com o islamismo, que concentrou-se ao norte do país. No século 6, os hunos, um povo asiático que invadiu a China chegou até Taxila, promovendo grandes saques e destruição quase total da cidade. Após a invasão a região tornou-se desabitada, ocasionalmente recebendo comerciantes das caravanas locais. Hoje, Taxila abriga ainda diversas ruínas, sendo apenas 20% da região escavada e compreendida. Em nosso 29º abordamos as principais dinastias indianas da Antiguidade (link na bio) Ilustração por Balage Balough Fontes: http://bit.ly/2LXKZk4 e http://bit.ly/3iiH2T7 Reposted from @geopizzza https://www.instagram.com/p/CKH8H3yB2-9/?igshid=1ixe7hl41h922
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vestibulandx · 7 years
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Ficha-resumo 4 - História Geral | Grécia Antiga
1. Período pré homérico (Pré histórico)
Período lendário
Descreve a formação do povo grego (aqueus, eólios, jônios e dórios)
Quando os olhos chegam na Grécia eles provocam a primeira diáspora
Primeira diáspora: Ocupação da Ásia menor e da entrada no Mar Negro
A chegada dos dórios marca o fim do período pré homérico
2. Período homérico
Sistema gentílico Clã
Pater famílias
Eupátridas
Georgoi
Thetas
Economia era coletiva (trabalho e meios de produção)
Sociedade: Diferenciação depende do grau de proximidade com Pater Desintegração do sistema gentílico A) crescimento populacional B) disputas pelas terras da família Segunda diáspora: ocupação do Sul da Itália, sicília e norte da África. C) evolução política: Genos > fratria > tribos > pólis
3. Período arcaico
Formação das cidades gregas
Origens: Desintegração da genos e isolamento geográfico
Definição: unidade cultural a diversidade política
Atenas
Fundada pelos jônios
Localização:  Península ática
Economia: Evoluiu da Agricultura para o comércio marítimo
Política: A disputa entre Nobres (partido aristocratico) e comerciantes (partido popular) Aristocracia: Legisladores > drácon e Solon Tirania: Psistrato e Isagoras Democracia: Clístenes e Péricles Direitos restritos aos cidadãos; participação direta.
Destaque: Ostracismo: Exílio político por 10 anos (perda de direitos políticos).
Esparta
Fundada pelos dórios
Localização: Planície da messênia
Economia: agrícola
Terras centrais pertencentes ao estado; mão de obra escrava (cedidos pelo Estado)
Educação: Militarista e lacônica (evitar o espírito crítico).
Estrutura política: Diarquia - dois reis um militar e um religioso Éforos - magistrados Gerúsia - composto de 28 anciãos Ápela - assembleia deliberativa
Sociedade estamental Espartiatas - cidadãos Periécos - Livres mas sem cidadania Hilotas - escravos
Destaque: xenofobia, a aversão a estrangeiros
4. Período Clássico
Disputa pela hegemonia
Início: Guerras Médicas, persas vs gregos Formação da Liga de Delos: Vitória grega hegemonia de Atenas
Guerra do Peloponeso: hegemonia de Esparta
Batalha de leuctras: hegemonia de Tebas
Batalha de Mantineia dois pontos Esparta e Atenas contra Tebas > grécia arrasada
Dominação da Grécia pela Macedônia; Felipe II Alexandre Magno Expansão do império
Cultura helenística, fusão da grega com a oriental.
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batuquers · 5 years
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Batuque RS – Divulgando a Religião Afro para Iniciados e Simpatizantes -
A História africana pode resgatar a autoestima dos afrodescendentes
Em psicologia, autoestima é definida como a característica de uma pessoa que valoriza a si mesma, dando-lhe a possibilidade de agir, pensar e exprimir opiniões de maneira confiante. Autoestima também pressupõe uma avaliação objetiva e subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau. Ou ainda, a autoestima envolve tanto crenças quanto emoções autoassociativas.
Trata-se, portanto, de uma emoção ou de um sentimento que reflete a apreciação que uma pessoa faz de si mesma em relação à sua autoconfiança e seu autorrespeito. Através dessas percepções, podemos enfrentar desafios diversos e defender nossos interesses ante as mais variadas instâncias de nossas vidas. A autoestima é formada ainda na infância, utilizando o tratamento que se dá à uma criança como peça chave, ou seja, se uma determinada criança for sempre oprimida em relação às suas atitudes, muito provavelmente esta criança desenvolverá a “baixa autoestima” como um entendimento de si mesma. Por outro lado, se uma criança for sempre apoiada em relação à suas atitudes, dentro de parâmetros justos e edificantes de avaliação, também muito provavelmente terá a sua autoestima elevada em seu processo de amadurecimento pessoal.
De um histórico, onde toda a grandiosidade das tradições e estruturas Africanas foi dizimada e violentada pela colonização euro-cristã (período este massacrante e eficaz no sentido de oprimir e desvirtuar toda a essência e autoavaliação que outrora os povos da Diáspora Africana anteriormente faziam de si), o sentimento de autoestima para os afrodescendentes, notadamente os sequestrados para o Novo Continente, transformou-se profundamente, a partir do flagelo do comércio escravocrata, não obstante às muitas e honrosas páginas de resistência, ao longo do tempo.
Foto do projeto “Cansei” de Larissa Isis
Tornou-se, pois, em um paradigma quase que épico, na medida em que a dinâmica de vida dos Africanos e de seus descendentes na terra nova passou a “obedecer” a um modelo (ou padrão) opressivo em todos os seus aspectos e o qual viria a servir de parâmetro ou exemplo a ser seguido nesta ou naquela situação, fosse qual fosse a relação entre opressor e oprimido. As vidas dos pretos e pretas passaram a ser regidas por “normas orientadoras” de um grupo hegemônico que estabeleceu limites, a partir de preceitos, teses e doutrinas falaciosas e tendenciosas , que determinariam como um indivíduo de descendência Africana deveria agir dentro desses limites.
E, dentro desses limites, as pessoas habitantes e oriundas dos navios tumbeiros, das senzalas, dos engenhos de açúcar, das plantações agrícolas, das minas de exploração mineral, das periferias, dos morros, das favelas, dos cortiços e das comunidades passaram a ser estigmatizadas pelas elites de forma depreciadora e pejorativa.
Some-se a isso, especificamente no Brasil, a degradação humana e os baixíssimos índices de cidadania nos quais esses contingentes humanos certamente se inseriam, principalmente nos períodos pré e pós-abolicionistas: desconhecimento e distanciamento de sua própria História, abuso de gênero contra as mulheres, desemprego entre os homens, proibição de voto, baixa expectativa de vida, ociosidade, desamparo republicano, etc…
Sem dúvida, um ambiente histórico pouco propício para qualquer projeto de cultivo sistemático de um sentimento de orgulho e amor próprio, em um povo.
Não sem surpresa, portanto, muitos dos antepassados das gerações atuais de afro-brasileiros e afro-brasileiras introjetaram uma percepção enviesada sobre si, passando a rejeitar e subestimar a sua autoimagem e o que ela representava ante a sociedade da época.
E essa “visão equivocada de si” foi sendo passada de geração a geração, causando efeitos danosos e de longo alcance na formação e no legado psicossocial das pessoas de pele escura habitantes deste lado do oceano.
Isto posto, a autoestima das pessoas afrodescendentes precisa ser construída sobre os pilares da verdade Histórica de seu passado:
Os povos africanos são a primeira e a mais antiga etnia a caminhar sobre o planeta terra (TODAS as demais civilizações terrestres surgiram DEPOIS e A PARTIR dos contingentes humanos saídos da África), os povos Africanos inauguraram os conhecimentos de transformação de metais, estudaram e mapearam as estrelas, os ciclos da água; lançaram os fundamentos da Zoologia e da Botânica, através da observação sistemática da rica fauna verificada na imensidão do território Africano… desenvolveram técnicas de caça e pesca que são utilizadas até os dias de hoje, independentemente do uso de quaisquer tecnologias, fundaram reinos… formataram regras de linguagens e construíram pirâmides cujos níveis de sofisticação e complexidades são ainda um mistério até para o conhecimento científico contemporâneo… cobriram distâncias continentais e venceram obstáculos topogeográficos e climáticos inimagináveis… desbravaram e povoaram territórios outrora inóspitos… lançaram as bases para o aparecimento e a continuidade histórica das civilizações aborígenes, persas, gregas, romanas, ibéricas e do sudoeste asiático, todas tendo a África como ponto de origem!!! 
Todo este patrimônio afro-antropológico, no entanto, foi suprimido e “desapropriado” pela dita historiografia eurocêntrica, que deslocou o eixo de entendimento do mundo para o foco de uma visão branca, capitalista e cristã. Somado a isto (ou até mesmo EM RAZÃO DISTO), acrescentem-se todas as influências filosóficas, econômicas, artísticas, acadêmicas, burocráticas e generalistas de conteúdos tendenciosos e protecionistas que visaram (e visam!) à manutenção de privilégios infundados que fundamentaram o controle dos feudos, da burguesia, das castas eclesiásticas, das forças militares, dos conglomerados e das ditaduras que cruzam o processo civilizatório do mundo, desde a Idade Média. E todos estes fatores citados, sem exceção, tornaram-se fatores de desfacelamento e prejuízo da autoestima dos povos representantes da Diáspora Africana.
O século 21 escancarou, via tecnologia virtual, o acesso e a massificação das diversas fontes de informação que oportunizam o contato dos afrodescendentes ao conhecimento real de fatos históricos. Acervo este que, antes da disseminação do mergulho à rede mundial de computadores, só estava disponível em círculos acadêmicos restritos e elitizados. De POSSE desta informação (como fator de revisão, retratação e reparação dos privilégios verificados), os movimentos representantes das demandas das populações afro-diaspóricas podem, também, fazer uso dos conteúdos resgatados via internet como plataformas de resgate e difusão da relevância histórica, social, filosófica, científica e sobretudo humanitária da África e dos seus filhos e filhas para o entendimento da existência da espécie humana sobre a face da Terra. Isso, seguramente, iniciaria um processo altruísta e revigorante no resgate da autoestima étnica de homens e mulheres de pele escura ao redor do planeta.
Após o holocausto que foi a intervenção e colonização europeia no continente Africano (cujos efeitos nefastos se fazem sentir até hoje na região), três indicadores históricos podem ser apontados como responsáveis pelos impactos corrosivos no senso de autoestima dos povos locais e de uma expressiva parte de seus descendentes ao redor do mundo, já a partir da dinâmica do ciclo escravocrata:
  1) A arma de fogo: Instrumento que abatia um foco de resistência de forma imediata: rebelou-se, fuzilava-se e encerrava-se o embate. Aqui o efeito é instantâneo e opressor pela via rápida, inclusive para o amedrontamento de outros eventuais focos de resistências próximos e imediatos.
2) O açoite físico: Mecanismo que minava um foco de rebeldia ou de resistência de forma gradual e lenta. Indiscutivelmente abusivo (e exclusivamente do ponto de vista da mão no chicote), o açoite tinha um caráter “educador”. Durante a “Grande Travessia”, no desembarque em terra firme, nos leilões de venda, na quebra e violação de vínculos familiares, no estupro sistemático e bestialização das mulheres e crianças pretas, no trabalho assalariado e implacável, na Abolição (mais imposta do que conquistada), no abandono do Estado, na perseguição das forças policiais, desde a fundação da República… o abuso físico foi um fator de implosão e deterioramento do amor próprio dos povos afro-diaspóricos.
3) A conversão às religiões monoteístas: As populações afrodiaspóricas inseridas no contexto escravocrata foram forçadas ou seduzidas a abrirem mão de suas doutrinas teo-espirituais seculares, mormente reverenciadoras da flora e das forças da natureza, para abraçarem uma outra doutrina cuja liturgia e retórica são calcadas na reverência a um poder único, no pecado, na punição, na seletividade e na penitência. A conversão religiosa de pessoas afrodescendentes às doutrinas eurocêntricas tem um efeito fisicamente menos traumático do que a arma de fogo e o açoite, mas produz resultados cataclísmicos na auto-percepção de pessoas de descendência Africana, uma vez que este fenômeno se apropria da “alma” e do discurso dessas pessoas, com a vantagem adicional de este “efeito doutrinador” ser repassado de geração para geração de uma mesma família. Um domínio e controle que se estende pelo tempo, pelo espaço e em escala geométrica. Talvez não seja de toda absurda a lógica de se afirmar que, ao defender o seu direito intrínseco (sobretudo legítimo) de defender a fé monoteísta que prega e acredita, uma pessoa afrodescendente está paradoxalmente fazendo a defesa da autoestima de uma tradição sufocante, que tira a África do centro do entendimento do que é, como é, e do “porquê é” o mundo. Em todas estas 3 instâncias do fenômeno afrodiaspórico (arma de fogo, açoite e conversão doutrinária) a autoestima ORIGINAL de pessoas Africanas e de sua descendência foi meticulosamente pisoteada, subestimada, corrompida, oprimida e relativizada.
Agora, ainda às portas do século 21, é chegado o momento de as pessoas herdeiras das tradições Africanas seculares promoverem um resgate da grandeza e da “maravilhosidade” de sua importância como pessoas e, assim, promover o revigoramento de sua autoestima.
Temos, sim, que manter o foco nas mazelas, ameaças e desigualdades que assolam a nossa gente todos os dias e em todas as facetas da sociedade moderna.
Mas temos, também, que pegar a nossa própria História pelas mãos e fazer dela um motivo de orgulho, exaltação, auto-satisfação, glória e honra.
Essa História, a nossa, rica e que abraça todo o mundo, não se inicia com a chegada dos colonizadores na Europa.
Nós NÃO SOMOS descendentes de escravos. Somos descendentes de seres humanos Africanos que foram ludibriados, manipulados e sequestrados em suas terras.
Imagem: FlinkSampa – Google Images
A nossa autoestima já reside dentro de nós. Se estava adormecida, já passou da hora de acordá-la. E que seja cedo, logo de manhã. Ao levantarmos, que cada um e uma de nós que vá para a frente de um espelho. E que só saia de lá quando amar e respeitar a imagem refletida diante de si.
Nós, filhos e filhas da Diáspora Africana, viemos ao mundo com o direito de ter sonhos e sermos felizes.
Fonte
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impessoalidade · 5 years
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Linha do Tempo
Pré-História e Antiguidade
13,7 bilhões de anos atrás - Segundo a teoria do Big Bang, o universo surge a partir de uma explosão primordial. É o início de toda a matéria, energia, espaço e da contagem do tempo.
5,5 milhões de anos atrás - Surgimento dos primeiros hominídeos, ancestrais do homem. É o início da PRÉ-HISTÓRIA e do período paleolítico ou Idade da Pedra Lascada.
150.000 anos atrás - Nascem os primeiros Homo sapiens, a espécie a que pertencemos. 
58.000 anos atrás - Nessa época, o nordeste brasileiro já seria ocupado por grupos humanos, conforme indicam os mais antigos vestígios arqueológicos do país, encontrados em São Raimundo Nonato, no Piauí. Mas ainda há grande polêmica sobre o assunto: muitos pesquisadores afirmam que a povoação da América e  do Brasil só começou milhares de anos depois. 
11.500 anos atrás - Nessa época vive Luzia, nome dado ao mais antigo fóssil humano brasileiro, encontrado na região de Lagoa Santa, Minas Gerais. 
8000 a.C.  - Começa o neolítico, ou Idade da Pedra Polida. Tem início a Revolução agrícola.
4000 a.C. - Revolução urbana com o surgimento das primeiras civilizações e da escrita, o que marca o começo da Antiguidade.
3200 a.C.  - Os sumérios formam a primeira civilização da Mesopotâmia.  - Simultaneamente, tem início a civilização egípcia.
3000 a.C. - O atual Líbano começa a ser povoado por tribos semitas que dão origem à civilização fenícia. Fundam cidades como Sidon, Biblos e Tiro e, a partir do século X a.C., colonizam vastas áreas nas margens do Mediterrâneo. Cartago, instalada no norte da África em 814 a.C., torna-se a mais importante cidade fenícia após a conquista de Tiro pelos macedônios, em 332 a.C., Cartago é destruída pelos romanos nas Guerras Púnicas.
2000 a.C. - Tem início a civilização grega. 
- A chegada dos hebreus à Palestina, sob a liderança do patriarca Abraão, segundo a narrativa bíblica, é o marco da civilização hebraica. 
1792 a.C. - Hamurabi dá início à unificação da Mesopotâmia, que origina o Império Babilônico. 
1750 a.C.  - Entre 1750 e 1400 a.C., os arianos invadem o norte da atual Índia, dando origem à civilização hindu. Os hindus praticam a agricultura, a metalurgia e o comércio. A sociedade divide-se em castas: sacerdotes (brâmanes), guerreiros (chátrias), camponeses (vaisia) e servos (sudras). Os párias não têm casta e podem ser escravizados. Politeístas, os hindus seguem os Vedas, os mais antigos textos sacros conhecidos.
1600 a.C. - Surgimento da mais antiga linha dinástica chinesa a deixar registros históricos: a dinastia Shang. 
1250 a.C. - Os hebreus deixam o Egito - onde foram escravizados - e migram para a Palestina, guiados pelo patriarca Moisés, no episódio conhecido como Êxodo. Durante dois séculos, lutam contra povos da região pela posse da terra. Em 1010 a.C. Saul torna-se o primeiro rei hebreu. Seus sucessores, Davi e Salomão, impõem um período de expansão e prosperidade.
1200 a.C. - Ascensão no golfo do México da civilização olmeca, que expande seus domínios até o litoral do Pacífico. Os olmecas fornecem a base cultural aos povos que habitariam a região nos séculos seguintes, como maias e astecas.
753 a.C - Fundação lendária de Roma, marco da civilização romana.
612 a.C. - Uma aliança entre medos e caldeus derrota o Império Assírio, abrindo caminho para o surgimento do II Império Babilônico.
539 a.C. - Comandados por Ciro II, os persas derrotam os medos, que habitavam o planalto do Irã, e fundam o Império Persa. Sob Dario I, que assume em 521 a.C., o império atinge a extensão máxima, indo do Egito à Índia. Os persas constroem estradas e canais para facilitar o comércio e o transporte. Seguem os ensinamentos do profeta Zaratustra, ou Zoroastro, fundador da religião dualista chamada zoroastrismo. 
359 a.C. - Surge o Império Macedônico, com Alexandre, o Grande. 
70 - Os romanos destroem o Templo de jerusalém e expulsam os judeus da Palestina, dando início à segunda diáspora judaica. Eles migram para Ásia Menor e a Europa. 
Ano 1 - Início da Era Cristã, segundo o calendário gregoriano.
395 - O Império Romano divide-se em Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente.
476 - Fim do Império Romano do Ocidente, fato que marca o início da Idade Média.
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enzorochafotografia · 5 years
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Cidades Gregas
As principais cidades gregas
A origem das cidades-estados também chamadas de Pólis gregas está na união de genos (clãs) que eram comandados pelo pater e estes se uniram para conquistar terras, visto que a geografia grega é acidentada e de terras pouco férteis.
Da união de genos originaram as tribos e da união das tribos surgiram às cidades-estado, sendo elas governadas por um Filo-basileu. É no período destas guerras gentílicas que ocorreu a Segunda Diáspora do povo grego na chamada formação da Magna Grécia por volta do século VIII a.C.. Mas de todas as cidades-estado na Grécia, duas são as mais importantes. Esparta e Atenas.
A cidade de Esparta fica na península da Lacônia e teve o povo guerreiro dórico como fundador. Uma cidade que sempre cultivou a disciplina e a guerra como objetivos maiores. Esparta dominou cidades vizinhas e pensava dominar todo Peloponeso.
Os espartanos chamados de esparciatas ou homoioi (iguais), eram os proprietários das terras, só eles exerciam o poder político na cidade, por isso era uma Oligarquia (governo de poucos), também eram eles que participavam das falanges, tropas de elite. Havia ainda uma classe de estrangeiros livres que viviam na cidade, eram os periecos, estes pagavam impostos aos esparciatas e eram obrigados a servir o exército em época de guerra.
Por fim existiam os hilotas, eram quase escravos, não podiam ser vendidos, mas tinha obrigações com os eupatridas o que não lhes dava liberdade. Ai está uma razão da cultura militar dos esparciatas, justamente poder dominar os hilotas que eram em muito maior número.
Sistema da política na cidade de Esparta
A política em Esparta foi atribuída a Licurgo, que criou uma oligarquia da seguinte forma:
Haviam dois reis uma diarquia, eles eram os sumos sacerdotes, controlavam os exércitos e eram os juízes supremos. Depois a Gerúsia um conselho de 28 anciãos com mais de 60 anos de idade, que faziam as leis. A Apela era formada por todos os esparciatas com mais de 30 anos, que escolhiam os membros da Gerúsia e ratificavam ou não suas leis. Cinco Éforos (vigias) comandavam as reuniões da Gerúsia e da Ápela, além de fiscalizar a vida pública, o comércio na cidade e ainda podiam vetar leis. Isto era uma forma de controlar os periecos e hilotas dentro da cidade e áreas dominadas.
A cidade de Atenas localiza-se na região da Ática e foi povoada por Aqueus, Pelasgos, Jônios e Eólios, sabe-se muito pouco destes povos. Mas Atenas desenvolveu sua política das chamadas formas impuras segundo Aristóteles que é a tirania  até a democracia chamada de forma pura.
A sociedade ateniense estava dividida entre os “bem nascidos” chamados de eupátridas que eram os grandes proprietários de terras; os georgóis ou pequenos proprietários e os demiurgos que era o povo, composto de artesãos e comerciantes. Estes sendo filhos de atenienses tinham os direitos políticos. Já os metecos que eram estrangeiros e os escravos, estes não eram considerados cidadãos da polis. Também as mulheres eram colocadas de lado na vida política da cidade. É muito estranho falar em democracia sendo que um grupo se mantém explorando outros grupos.
Até o século VIII a.C. Atenas era uma monarquia governada por basileus, depois o poder caiu nas mãos dos eupátridas que formaram uma oligarquia de nobres os arcontes, que formavam o arcontado. E o Areópago era o conselho supremo de Atenas, criando leis que não eram escritas, mas que conheciam bem.
Mas os ricos no poder foram deixando os pobres cada vez em condições piores, até estes se tornarem escravos por dívidas. E por volta do século VII a.C. o povo (demos) se revoltou contra os eupátridas, contando com apoio de ricos comerciantes. Frente a esta crise começam a surgir os legisladores de Atenas.
Drácon foi um arconte que no ano 621 a.C. criou leis inflexíveis para todos, mas manteve alguns privilégios aos aristocratas.
Sólon dem 594 a.C. acabou com a escravidão por dívidas e soltou os que estavam presos por dívidas. Também incentivou o comércio e o artesanato e substituiu o direito político que antes era por nascimento pelo de riqueza (censitário).
Pisístrato em 561 a.C. apoiado pelo partido popular tornou-se o primeiro tirano de Atenas, fez a reforma agrária, empreendeu-se em obras públicas que gerou empregos, incentivou as artes e incentivou as festas.
Clístenes assumiu em 506 a.C, e marcou o fim do governo dos tiranos, ele instituiu a Democracia com forma de governo. O século a seguir V a.C. foi o século de ouro de Atenas, quando Péricles governa a cidade.
No governo de Péricles (461 a 429 a.C.) a democracia chegou ao seu auge em Atenas, os princípios eram o da isocracia (igualdade de poder político), a isonomia (igualdade de todos perante a lei) e da isegoria que é a igualdade de direito em falar na assembléia. Era a democracia na sua forma direta, atualmente usamos a democracia representativa. Também criou a punição do ostracismo, para aqueles que não se interessavam pela política da Polis.
Todo ateniense com 18 anos ou mais, deveria participar da assembléia, discutiam os problemas da cidade normalmente na praça da cidade, chamada de Agora. O ócio era valorizado, pois se só trabalhassem, não teriam tempo de discutir a política da Polis.
Frederico Czar Professor de História
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nathalia-leao-world · 6 years
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Luiz Gama e a potência de um deslocamento: quando o outro se torna sujeito do discurso As vozes negras foram alijadas do sistema literário brasileiro e permanecem até hoje numa espécie de clandestinidade. O Brasil apresenta problemas relativos ao “apagamento” e não identificação deste “sujeito” tão marginalizado ao longo do tempo, apesar de nosso povo ser formado por uma miscigenação racial. O significado simbólico dessa rara manifestação autoral negra pode ser identificada como elemento de resistência estética e política presentes nas suas obras, que contam outras histórias, engendrando, assim, diferentes formas de compreender e elaborar o mundo a partir de novas perspectivas históricas e sociais ao assumir o comando e a autoria de sua própria escrita. O resultado concorre para o estabelecimento de um sistema literário baseado na heterogeneidade, na pluralidade e na diversidade. No presente ensaio, procuro levantar os elementos singulares percebidos na poesia crítica "Quem Sou Eu?", ou "A Bodarrada", de Luiz Gama, intelectual advogado autodidata, que foi o precursor do abolicionismo no Brasil a partir da ótica afro-brasileira. Nasceu em 1830 na Bahia filho de uma escrava Mina e um português e faleceu em 1882. Foi irreverente e inovador porque que se assumia como negro e tinha coragem de se expressar por meio da suas poesias que tinham um frescor renovador e deixavam claro seu ponto de vista diferenciado com relação às causas do negro no Brasil o que representou uma quebra na hegemonia do discurso privilegiado. Sua história ímpar como advogado, escritor e ativista, revela a posição abolicionista no seu trabalho em tribunais de São Paulo conseguindo libertar mais de 500 escravos assim mantidos injustamente. Defendia valores republicanos e trabalhava ativamente na crítica da sociedade influenciada fortemente por ideologias racistas, como pode ser comprovado pela fala de Rui Barbosa que usou o termo "negro, mas genial" que teria sido utilizado como qualificativo ao se referir a Luiz Gama em momento pós-abolicionista. A escritura autoral de Gama teve grande repercussão na época que publicou em 1859 seu único livro de poesias "Primeiras Trovas Burlescas do Getulino", uma coletânea de poesias satíricas que ridicularizavam a aristocracia e os homens de poder da época, numa clara intenção de desmontar a estrutura preconceituosa e a legitimação da fala “branca” para representar o pensamento identitário negro. Num país preconceituoso Luiz Gama reluzia o orgulho da sua cor e origens africanas que consolida a sua imagem no lugar que pertencia e que era dominado apenas pelos brancos. O eu poético mesmo vivendo em um tempo em que ser negro era sinônimo de ser escravo ou descendente de escravo. Gama ousa escrever o seu tempo apropriando-se de vocabulário erudito, demonstrando gosto pelas alusões à literatura clássica e alegorias da mitologia grega. Também inaugurou a imprensa humorística paulistana ao fundar, em 1864, o jornal "Diabo Coxo". Como poeta satírico, ocultou-se, sob o pseudônimo de Afro, “Getulino e Barrabás”. Em seu célebre poema “A Bodarrada” ironizava quem tentava negar a influência africana na formação da identidade nacional brasileira. Gama demonstra orgulho de sua condição ao admitir no poema que também era bode (termo pejorativo usado para ridicularizar os negros), tornando-se o pioneiro escritor brasileiro a assumir completamente a sua identidade negra, o que o tornou fundador da literatura da militância negra no Brasil. A fim de estabelecer a sua marca crítica em relação à sociedade de seu tempo faz uso da palavra “bode” na referida poesia satírica como forma de retribuir de forma pejorativa o tratamento que era dado na época aos negros. Assumindo a identidade negra, ele também denuncia que os tais “bodes” se encontravam representados em toda a sociedade, chegando até os altos escalões da sociedade brasileira, como no trecho extraído: “Se negro sou, ou sou bode Pouco importa. O que isto pode? Bodes há de toda casta Pois que a espécie é muito vasta... Há cinzentos, há rajados, Baios, pampas e malhados, Bodes negros, bodes brancos, E, sejamos todos francos, Uns plebeus e outros nobres. Bodes ricos, bodes pobres, Bodes sábios importantes, E também alguns tratantes... Aqui, nesta boa terra, Marram todos, tudo berra;” Através da poesia “A Bodarrada” temos a oportunidade de refletir sobre a concepção da literatura negra no Brasil como forma de resistência e compreender as transformações ocorridas nessa construção de identidade e os fatores intrínsecos que foram cruciais para essa mudança de representação antes atribuída aos referendados intelectuais brancos como Joaquim Manuel de Macedo que representava a voz do abolicionismo chancelado pela classe dominante no Brasil. Gama usa a literatura como forma de expressão com o poder de construir ideologias, posicionamentos, imagens, representações de identidades da etnia africana e também ocupa um papel social de espaço de denuncia retratando a trajetória do negro na sua poesia. Essa construção de “identidade” tem íntima relação com os interesses econômicos, sociais, políticos e culturais, que são conhecidas e apontadas por Gama que detém o conhecimento do modo de operar da política desde a burocracia até a corrupção já entranhada nos hábitos deste país. A literatura é referenciada como um dos pilares da formação burguesa humanista, que ao assumir um papel social de espaço de denúncia, retrata a presença da africanidade na construção da cultura nacional e toda a trajetória do negro. Assim se dá o posicionamento de Gama diante da problemática social negra no livro Gamacopéia de Silvio Roberto dos Santos Oliveira: “Na poesia de Luiz Gama é imprescindível observar o deslocamento de olhar. Não é um olhar eurocêntrico versando sobre mestiçagem. Também não é um olhar africano. Não é o olhar branco comiserado pelas agruras negras. Não é o olhar negro apenas lacrimejando em território branco. Trata-se de um olhar plural a partir de uma perspectiva de um homem negro intelectualizado (OLIVEIRA, 2004, p. 230).” Por fim, destaco como as características literárias desta poesia apontam para uma nova vertente dentro da literatura brasileira ao expor e dar voz aos negros. Desta forma o afro-brasileiro deixa de ser apenas objeto da enunciação para assumir o papel de sujeito com direito a vez e a voz enunciadora nas escrituras de Gama se apropriando de um direito que até então era dado somente aos brancos. Com sua atuação como líder político usa a sua raça, história de vida e a memória da escravidão para mediar a realidade social e as relações étnico-raciais que se materializam na construção de um lugar para o surgimento da identidade da diáspora negra. Porém, há muito o que fazer ainda para efetivar estas conquistas. Inclusive cabe informar que apenas neste ano de 2018, Luiz Gama foi declarado oficialmente o patrono da abolição dos escravos no Brasil e foi escrito no Livro dos Heróis da Pátria, honraria post-mortem concedida pela presidência de um país que não fez as pazes com a sua memória. http://nathalialeaogarcia.blogspot.com/2018/11/luiz-gama-e-potencia-de-um-deslocamento.html
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professoraevelyn · 6 years
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Atenas
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Atenas (nome proveniente da deusa grega Atena) é uma cidade localizada ao sul do território grego e na antiguidade desenvolveu poder na região. Seu solo não muito fértil dificultava o acesso a alimentos como o trigo e a sobrevivência de toda a população. Entretanto, por estar localizada entre colinas, o cultivo de oliveiras e de uvas favoreciam a produção de azeites e vinhos, até hoje parte significativa da culinária grega, que apresenta características mediterrâneas.
Vista do Partenon na Acrópole de Atenas. Foto: Sven Hansche / Shutterstock.com
Um dos primeiros fatores que levaram Atenas a se destacar e conquistar poder foi o Porto de Pireu, que é um dos maiores portos do Mediterrâneo. Foi ele que impulsionou o comércio marítimo possibilitando a ampliação do domínio ateniense no século VIII a.C. Atenas foi uma cidade micênica, ou seja, fez parte da Civilização Micênica, que estava baseada no comércio e que envolvia diversas cidades, no período de 1600 a 1050 a.C., dentre elas Atenas.
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Durante o Período Homérico Atenas dominou politicamente a Ática. Os atenienses viviam sob regimes aristocrático e as terras ficavam concentradas em uma parcela pequena da população, os eupátridas. Em contrapartida, a maior parte da população era formada por camponeses e artesãos que tinham dificuldade em sobreviver e que, muitas vezes, por conta disso, acabavam escravizados por causa de dívidas. A escravidão era uma prática comum no mundo antigo. Entretanto não se pode confundir este sistema com o processo de escravidão das populações africanas, intensificadas pelo processo de domínio europeu nas américas e que se caracterizava pela diáspora.
O crescimento de Atenas deveu-se muito a sua localização estratégica para o comércio marítimo. O enriquecimento de comerciantes na região fez crescer o poder político e econômico de Atenas. Por conta disso a aristocracia ateniense viu-se pressionada. A democracia ateniense surgiu como forma de garantir certa participação política dos cidadãos e para que os eupátridas não fossem os únicos a tomar decisões referentes à coisa pública. Este sistema trouxe garantias, mas também incertezas. A solução encontrada foi promover uma estratégia que pudesse afastar aqueles que representavam ameaça a unidade ateniense. O ostracismo era uma forma de exílio que afastava por dez anos os indivíduos considerados perigosos. Esta foi uma estratégia que evitou guerras e conflitos internos.
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Atenas passou por diversas guerras e conflitos. No século V a.C. enfrentaram os Persas nas Guerras Médicas, que tentavam invadir o território ateniense. Os persas foram derrotados e Atenas saiu fortalecida e com prestígio na região. A partir disso Atenas passou a ser considerada a cidade de maior importância da Grécia. Em 431 a.C. enfrentou Esparta na Guerra do Peloponeso, conflito que foi registrado e descrito por Tucídedes em “A História da Guerra do Peloponeso”.
Porém não só de guerras e disputas comerciais vivia Atenas. Além de ser o berço da democracia, a forma de desenvolvimento urbano e as atividades intelectuais são até hoje representativas para a história do mundo ocidental. Atenas pode ser considerada como um centro cultural irradiador da estética, da filosofia e da arte para o mundo antigo. Importantes filósofos do período eram atenienses, como Sócrates.
Atenas foi, portanto, um centro artístico, econômico, intelectual e cultural da Grécia Antiga. Sua posição estratégica e sua centralização política levaram ao prestígio e reconhecimento na região. Atenas saiu fragilizada da Guerra do Peloponeso mas ainda assim suas formas de governo, organização social, expressão artística e cultural espalharam-se pelo mundo ocidental.
Referência:
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.
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tell-th3-truth · 6 years
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Grécia Antiga
A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após a migração de tribos nômades de origem indo-europeia, como, por exemplo, aqueus, jônios, eólios e dórios. As pólis (cidades-estado), forma que caracterizava a vida política dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis mais importantes da Grécia foram: Esparta e Atenas. Expansão do povo grego (diáspora) Por volta dos séculos VII a.C. e V a.C. acontecem várias migrações de povos gregos a vários pontos do Mar Mediterrâneo, como consequência do grande crescimento populacional, dos conflitos internos e da necessidade de novos territórios para a prática da agricultura. Na região da Trácia, os gregos fundam colônias, na parte sul da Península Itálica e na região da Ásia Menor (Turquia atual). Os conflitos e desentendimentos entre as colônias da Ásia Menor e o Império Persa ocasiona as famosas Guerras Médicas (499 a.C. a 449 a.C.), onde os gregos saem vitoriosos. Esparta e Atenas envolvem-se na Guerra do Peloponeso (431 a.C. a 404 a.C.), vencida por Esparta. No ano de 359 a.C., as pólis gregas são dominadas e controladas pelos Macedônios. Economia da Grécia Antiga A economia dos gregos baseava-se no cultivo de oliveiras, trigo e vinhedos. O artesanato grego, com destaque para a cerâmica, teve grande a aceitação no Mar Mediterrâneo. As ânforas gregas transportavam vinhos, azeites e perfumes para os quatro cantos da península. Com o comércio marítimo os gregos alcançaram grande desenvolvimento, chegando até mesmo a cunhar moedas de metal. Os escravos, devedores ou prisioneiros de guerras foram utilizados como mão-de-obra na Grécia. Cada cidade-estado tinha sua própria forma político-administrativa, organização social e deuses protetores. Cultura e religião Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V ( Período Clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período. A dramaturgia grega também pode ser destacada. Quase todas as cidades gregas possuíam anfiteatros, onde os atores apresentavam peças dramáticas ou comédias, usando máscaras. Poesia, a história, artes plásticas e a arquitetura foram muito importantes na cultura grega. A religião politeísta grega era marcada por uma forte marca humanista. Os deuses possuíam características humanas e de deuses. Os heróis gregos (semideuses) eram os filhos de deuses com mortais. Zeus, deus dos deuses, comandava todos os demais do topo do monte Olimpo. Podemos destacar outros deuses gregos: Atena (deusa das artes), Apolo (deus do Sol), Ártemis (deusa da caça e protetora das cidades), Afrodite (deusa do amor, do sexo e da beleza corporal), Deméter (deusa das colheitas), Hermes (mensageiro dos deuses) entre outros. A mitologia grega também era muito importante na vida desta civilização, pois através dos mitos e lendas os gregos transmitiam mensagens e ensinamentos importantes. Os gregos costumavam também consultar os deuses no oráculo de Delfos. Acreditavam que neste local sagrado, os deuses ficavam orientando sobre questões importantes da vida cotidiana e desvendando os fatos que poderiam acontecer no futuro. Na arquitetura, os gregos ergueram palácios, templos e acrópoles de mármore no topo de montanhas. As decisões políticas, principalmente em Atenas, cidade onde surgiu a democracia grega, eram tomadas na Ágora (espaço público de debate político). Templo de Zeus, Grécia Ruínas do templo de Zeus em Olímpia Aconteceu na História da Grécia: - Em 776 a.C. tem início os Primeiros Jogos Olímpicos da história, realizados na cidade grega de Olímpia. - Em 594 a.C., o legislador grego Sólon dá início a uma ampla reforma política, econômica e social em Atenas. - Em 490 a.C, os gregos vencem os persas na batalha de Maratona, no contexto das Guerra Médicas. - Em 478 a.C, Atenas implementa a Liga de Delos (aliança militar grega) para combater os persas durante as Guerras Médicas.
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professoraevelyn · 6 years
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Período Clássico da Grécia Antiga
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A história grega na antiguidade pode ser dividida em diferentes períodos marcados por eventos que transformaram a vida na sociedade à época. Boa parte do que conhecemos da Grécia Antiga está localizada no período que chamamos de Clássico. Foi durante este período que ocorreram as Guerras Médicas, a Guerra do Peloponeso, a ascensão da Macedônia. Foi também neste período que floresceu a democracia ateniense, marcando a organização social e política do mundo ocidental. Foi também neste recorte que Atenas e Esparta estabeleceram-se de forma hegemônica, alternando-se como força de maior poder na Hélade. Por isso, conhecer mais detidamente o Período Clássico da Grécia Antiga é também reconhecer suas principais características e complexidades.
Partenon em Atenas, Grécia, um dos principais monumentos do Período Clássico. Foto: Gabriel Georgescu / Shutterstock.com
Democracia ateniense
O período clássico é aquele que ocorreu entre os séculos VI e IV a.C., ou seja, inicia-se com a emergência da democracia ateniense e tem seu marco final na conquista da Grécia pelo Império Macedônio de Felipe II. O processo que marca o início do período – a construção da democracia ateniense – foi impactante no mundo ocidental, e até hoje o conceito de democracia é constantemente reelaborado. Ele foi importante não só como definição de como lidar com o poder público, mas, especialmente, porque estabeleceu a participação política de mais cidadãos, que não só os eupátridas. Certamente as democracias modernas em muito se diferem da democracia ateniense. Enquanto a primeira está baseada em uma democracia representativa, ou seja, que escolhe por meio de eleições os representantes do povo que lidarão com a coisa pública, o modelo de democracia direta previa o debate e a participação de todos os cidadãos na tomada de decisões concernentes à vida pública. Isso fez com que pequenos proprietários de terra, antes excluídos do processo de decisões sobre a vida pública, pudessem passar a participar das escolhas. Mas, até a chegada ao modelo de democracia ateniense muitas foram as disputas ocorridas, especialmente entre o povo e a aristocracia.
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Os conflitos foram ganhando corpo e uma ameaça de guerra civil entre o povo – formado por comerciantes, camponeses e artesãos, por exemplo – e os eupátridas, ou bem-nascidos. Daí a necessidade em construir um novo modelo de participação e tomada de decisões.
Guerras Médicas
Além do florescimento da democracia ateniense, os conflitos entre as poleis e delas com invasores externos também estiveram bastante presentes. Foi o caso das Guerras Médicas, que mostraram o quão suscetíveis os gregos estavam aos ataques exteriores, como os persas, que passaram a tentar invadir a região. As Guerras Médicas foram batalhas ocorridas entre os anos de 490 e 479 a.C. envolvendo os gregos e os persas, que disputavam o controle do comércio marítimos e dos territórios. Enquanto, por um lado, os gregos passavam por um processo de diáspora, buscando novas terras pois as suas já eram insuficientes para subsistência, os persas organizavam seu império, expandindo-se sobre o ocidente. Ainda que os persas tenham conseguido conquistar algumas cidades gregas, as Guerras Médicas tiveram vitória grega. A formação da Liga de Delos foi crucial, pois construiu uma rede de solidariedade e proteção entre as poleis. Por outro lado, ao fim da Guerra, Atenas – que dominava a Liga de Delos, concentrou poder e riqueza e investiu em sua cidade, que fora devastada pelo Império Persa, reconstruindo Atenas e tornando-a um centro de profusão cultural.
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Guerra do Peloponeso: Atenas vs. Esparta
Entretanto, novos conflitos marcaram o Período Clássico. Após a vitória grega sobre os persas e o crescimento de Atenas em poder e riquezas, pequenas batalhas entre poleis continuavam a ocorrer. Foi o caso de uma das maiores guerras no mundo antigo. Descontentes com os mandos de Atenas, os espartanos criaram a sua própria linha de defesa e criaram a Liga do Peloponeso, em oposição direta à Liga de Delos. Este conflito, liderado de um lado por Atenas e de outro por Esparta, ficou mundialmente conhecido como Guerra do Peloponeso, um conflito ocorrido ao longo do Mediterrâneo no século V a.C. A Guerra finalizou com a vitória de Esparta, que passou a ser a principal força de poder político e social à época. Mas as disputas por poder no mundo grego antigo eram constantes e logo Esparta foi dominada por Tebas. As sucessivas disputas gregas deixaram a região sensível e insegura, o que ocasionou em novas tentativas de domínio.
Desenvolvimento das ciências e filosofia
Mas, ao passo que as guerras, as disputas entre polis e a defesa contra invasores ocorriam, ocorriam também diversas transformações e construções de novas sensibilidades e saberes. Por isso, considera-se que no período clássico houve um florescimento do pensamento racional e um desenvolvimento das expressões artísticas. As poleis gregas estavam intimamente relacionadas com a religiosidade e a crença nos mitos era parte central da vida social. Acreditar em vários deuses e atribuir-lhes funções para cada área da vida foi uma prática constante. Entretanto, no período clássico, áreas como a filosofia, a medicina, a história, a matemática e a astronomia passaram compor a sociedade grega. Isso não quer dizer que os gregos tenham deixado de acreditar em seus mitos, em seus heróis ou em seus deuses, mas que a busca por explicações racionais para a vida cotidiana passou a se fazer também presente.
São datados deste período, por exemplo, os escritos de Heródoto de Halicarnasso, considerado um dos primeiros historiadores do mundo ocidental. São deste mesmo período os principais filósofos gregos, que conhecemos até hoje. Sócrates, por exemplo, viveu entre 470 e 399 a.C. e sua filosofia era pautada na ideia de que o ser humano nada sabia, e que deveria estar na constante busca de explicações, partindo do pressuposto de sua ignorância. Platão, discípulo de Sócrates, viveu entre 427 e 347 a.C. e Aristóteles – com quem Alexandre Magno teve aulas – viveu entre 384 e 322 a.C.
Artes
As expressões artísticas também foram potencializados durante o Período Clássico. Foi nesta época, por exemplo, que o teatro grego se desenvolveu. O formato em semicírculo permitia que todos os espectadores tivessem acesso às encenações que ocorriam no palco que ficava ao centro. As primeiras apresentações não eram propriamente encenações. Eram homenagens aos deuses que ocorriam durante períodos de colheita, e que eram feitas a partir de cantos e danças. O teatro encenado a partir de textos próprios foi desenvolvido justamente no período Clássico, e, principalmente, a partir da cidade de Atenas. Entrou em cena a dramatização e a utilização de ferramentas e utensílios de auxílio, como as máscaras, que contavam histórias a partir de dois gêneros: a tragédia e a comédia.
No campo das esculturas, já presentes na cultura grega desde o seu início, as formas ganharam novos contornos e a representação do corpo humano passou a ser feita de forma a representar cada vez mais detalhadamente o corpo humano real, passando a impressão de movimento. Até hoje a arte grega é admirada e serviu de referência para a expressão artística em outros momentos históricos, como durante o renascimento.
Invasão macedônica e fim do período Clássico
Em 338 a.C., antes mesmo da morte de Alexandre, o Grande, e durante o governo de seu pai, Felipe II, tomar o poder e conquistar a Grécia. A ascensão da Macedônia marca o fim do recorte temporal entendido como Período Clássico. A partir de figura de Alexandre e da expansão do seu império sobre o mundo antigo tem-se o que chamamos de período helenístico, ou seja, um período marcado pela expansão da cultura grega mas também pela mistura das culturas gregas com os povos que a ela estavam submetidos.
O Período Clássico grego foi marcado, de um lado, pelos conflitos entre poleis, e entre as poleis e os invasores externos. O domínio e a proeminência de duas cidades foi significativo: Atenas e Esparta exerceram poderes e disputaram entre si. Se Esparta pautava-se nas oligarquias militaristas, Atenas construiu um novo sistema. Foi o período de consolidação da democracia ateniense, que foi responsável por manter em Atenas a estabilidade, ocasionando em um florescimento cultural significativo, além de uma retomada das relações comerciais e um consequente enriquecimento. Foi também o período do desenvolvimento do pensamento racional e dos questionamentos sobre o ser humano. Durante o Período Clássico uma das principais construções do mundo ocidental foi erguida: o Parteenon, o mais antigo templo grego, elaborado e erguido entre 447 e 438 a.C. Nele encontrava-se a estátua da deusa Atena, a deusa de Atenas, ao fundo.
O fim do Período Clássico foi marcado pela ascensão macedônica na região. A conquista da Grécia pelas tropas de Felipe II deu início ao que chamamos de Período Helenístico. Mesmo após a morte de Felipe em batalha, Alexandre, seu filho, tomou seu lugar e prosseguiu o projeto expansionista, avançando em direção ao oriente, onde submetia os povos locais à cultura grega. Assim, o Período Clássico teve duração de aproximadamente dois séculos, de disputas por poder e de desenvolvimento do pensamento racional, artístico e cultural. Os nomes de destaque do mundo grego e até hoje conhecidos são datados do período, tais como Heródoto, Hipócrates, Sócrates, Platão, Aristóteles, e campos como a História, a Medicina e a Filosofia, bem como o teatro e as artes plásticas ganham importância central na vida social grega à época.
Leia também:
Período Arcaico da Grécia Antiga
Arte Grega
Referências:
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.
GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013.
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professoraevelyn · 6 years
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Primeira Diáspora Grega
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Durante o período que conhecemos como Civilização Minoica, que se desenvolveu na Ilha de Creta, localizada no Mar Egeu, ocorreram diversas invasões de povos indo-europeus. Os aqueus foram os primeiros a invadir Creta, seguidos pelos jônios e os eólios. Porém, a invasão mais violenta deu-se por parte dos dórios. A chegada dos aqueus e seu domínio sobre a região marcaram o início da Civilização Micênica. Tanto a Civilização Minoica como a Micênica foram marcadas pelas atividades no mar, especialmente o comércio via navegação e a prática da pesca, que até hoje marca a gastronomia mediterrânea. Entretanto, com a invasão dórica na Civilização Micênica houve uma significativa crise que acabou com muitas das práticas e dos avanços alcançados até então. Inicialmente acreditava-se que tinham sido os únicos responsáveis pela destruição da região, entretanto, atualmente entende-se que uma conjunção de fatores levou à crise que atingiu a região, como fatores climáticos, por exemplo.
A civilização micênica foi marcada pelo comércio e pela navegação. Com a invasão dórica e a consequente destruição da civilização estas atividades diminuíram consideravelmente. Como a população estava em pleno crescimento, foi preciso sair em busca de alternativas para sobrevivência. Assim, homens e mulheres fugiram em massa para outras regiões, espalhando-se pelas Ilhas do Mar Egeu e pela Ásia Menor. O acesso aos rastros da Civilização Micênica é bastante difícil. Pesquisadores acreditam na existência de construções e palácios micênicos, mas entendem que houve uma conjunção de fatores que ocasionaram no fim desta civilização. Dentre eles estão as invasões dórias, um dos povos indo-europeus que dominaram a região e usaram da violência para exercer seu domínio, além de desastres naturais como terremotos que podem ter ocorrido no período.
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A Primeira Diáspora Grega foi marcada pelas invasões na Hélade. Entre 1500 e 1150 a.C. ocorreu o florescimento da Civilização Micênica. Os invasores dórios foram responsáveis por uma nova organização e divisão social na região. Eram os genos, divisão das terras em pequenas propriedades familiares com a produção voltada para a subsistência. Entretanto, como a população tinha atingido um nível considerável de crescimento, as terras disponíveis não eram suficientes para todos. Isso ocasionou em uma profunda desigualdade social pois as famílias mais próximas aos chefes locais eram recompensadas com as terras mais férteis, enquanto as famílias com menor influência entre o poder local encontravam sérias dificuldades para sobreviver. Os proprietários de terra detinham também o poder político, enquanto os demais membros da sociedade lutavam para sobreviver.
Enquanto a população aumentava, mais pessoas passavam por dificuldades em sobreviver. Assim, o fluxo migratório em busca de terras férteis se intensificou. Ao procurarem se estabelecer em um novo local, enfrentavam conflitos para conquistar e ocupar as novas terras. Entre os séculos IX e VIII a.C. as terras eram insuficientes para a agricultura, enquanto os aristocratas concentravam as terras consigo. Os camponeses, por sua vez, trabalhavam para os aristocratas em suas terras e as dívidas eram bastante comuns. Por vezes o camponês acabava escravizado. Foi esta relação que entrou em colapso fazendo com que homens e mulheres saíssem em busca de novas terras e melhores condições de vida, caracterizando a primeira diáspora grega. É preciso lembrar: a história da humanidade, deste a antiguidade, foi marcada pela migração, que ocorre até os dias atuais entre diferentes nações.
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Leia também:
Segunda Diáspora Grega
Diásporas Gregas
Referência:
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.
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