#destruição das terras dos Yanomami
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A atual situação dos indígenas yanomami 1.2
Um novo estudo elaborado pela Agência Pública revelou a extensão da crise de saúde no território Yanomami causada pela invasão intensa de garimpeiros ilegais. 21 dezembro 2022 in: Existe Guarani em SP Crianças Yanomami estão morrendo de desnutrição 191 vezes mais do que a média nacional; Crianças Yanomami menores de cinco anos morrem de doenças evitáveis 13 vezes mais do que a média…
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#a ministra da Saúde#a ministra dos Povos Indígenas#crise humanitária#Defensoria Pública da União (DPU)#destruição das terras dos Yanomami#diretora de pesquisa e campanhas da Survival International#Existe Guarani em SP#extensão da crise de saúde no território Yanomami#Fiona Watson#Flávio Dino#invasão intensa de garimpeiros ilegais#Junior Hekuari Yanomami#ministro da Justiça e Segurança Pública#Nísia Trindade#novo estudo Agência Pública#o crime organizado#o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania#policia federal#presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Yek’wana (Condisi-YY)#REBECA BORGES – Metrópoles#rios e peixes poluídos com tóxicos níveis de mercúrio#Sônia Guajajara#Silvio Almeida#Terra Yanomami em Roraima#Victor Fuzeira – Celimar de Meneses
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oportalvermelho
STARLIK 🛰 | Ao menos 20 garimpos ilegais na Amazônia contavam, nos últimos 12 meses, com equipamentos da Starlink, provedora de internet via satélite do bilionário de extrema direita Elon Musk. Operações do Ibama apreenderam 32 aparelhos desse tipo entre abril de 2023 e março deste ano, nove dos quais na Terra Yanomami. Os dados foram divulgados pelo UOL. O número de aparelhos usados pelos garimpeiros, no entanto, pode ser maior uma vez que foram apreendidos mais de 90 no período, sem que tenha sido registrada a marca na maioria dos casos. “Agentes do órgão estimam, no entanto, que quase todos os garimpos ilegais aderiram à Starlink no último ano”, diz a reportagem. Dentre os locais onde os aparelhos foram encontrados estão a Terra Indígena Yanomami, severamente atingida pelo garimpo ilegal que deixou na região um rastro de mortes, fome e destruição. Lá, havia nove equipamentos; outros 12 estavam nas proximidades da área do Vale do Javari. A Starlink recebeu autorização para operar no país ainda durante o governo Jair Bolsonaro, em janeiro de 2022. Atualmente, a empresa tem cerca de 150 mil usuários no Brasil, número sete vezes maior ao que tinha no início do ano passado. O ex-presidente é um dos entusiastas dos posicionamentos do empresário de extrema direita, que figurou entre os principais assuntos desta semana após atacar, por meio de sua rede social, o X (ex-Twitter), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, além de ameaçar não cumprir decisões da Justiça brasileira. Da redação 📸 Divulgação Ibama ___ 📲 Leia a matéria completa em: www.vermelho.org.br | Link na Bio ⤴ 📰 Siga o @oportalvermelho e fique por dentro de tudo que acontece na política nacional e internacional
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Desmatamento em áreas protegidas da Amazônia cai 73% em 2023
O desmatamento em áreas protegidas da Amazônia caiu quase quatro vezes (73%) em 2023, na comparação com 2022. Segundo levantamento divulgado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em 2023 a devastação em terras indígenas e unidades de conservação localizadas na região atingiu 386 km². Trata-se do menor índice desde 2013, quando foram desmatados 178 km². Em 2022, segundo o Imazon, o desmatamento de áreas protegidas da região chegou a 1.431 km², número bastante próximo aos observados desde 2019, ano em que foi percebido o início de uma alta que se manteve até 2022. Foram 1.460 km² de áreas protegidas desmatadas em 2021; 1.369 km² em 2020; e 1.222 km² em 2019. Entre 2012 e 2018, o ano em que se observou maior quantidade de áreas protegidas devastadas foi 2018 (721 km²). O monitoramento é feito com a ajuda de imagens de satélite do Imazon. De acordo com o instituto de pesquisa, a redução observada nessas áreas em 2023 “superou a queda geral na derrubada”, que apresentou decréscimo de 62% entre 2022 (10.573 km²) e 2023 (4.030 km²). O ano em que o desmatamento acumulado apresentou menor índice foi 2013 (1.144 km²). Já o período com maiores índices começou em 2019 (6.200 km²). Em 2020 e 2021 o desmatamento acumulado subiu para 8.058 km² e 10.362 km², respectivamente. “A redução expressiva do desmatamento em áreas protegidas é muito positiva, pois são territórios que precisam ter prioridade nas ações de combate à derrubada. Isso porque, na maioria das vezes, a devastação dentro de terras indígenas e unidades de conservação significa invasões ilegais que levam a conflitos com os povos e comunidades tradicionais que residem nesses territórios”, explica o coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon, Carlos Souza. O Imazon, no entanto, alerta que há um ponto preocupante relativo à degradação observada em 2023: ela pode estar relacionada à seca e às queimadas na região, uma vez que “no último mês do ano, enquanto foram desmatados 108 km², outros 1.050 km² foram degradados, quase 10 vezes mais”. Segundo o pesquisador Carlos Souza, apesar da queda geral, algumas áreas protegidas tiveram aumento na destruição, motivo pelo qual devem ser foco de ações urgentes em 2024. Terras indígenas “Entre as terras indígenas, uma das situações mais críticas ocorreu na Igarapé Lage, em Rondônia, onde o desmatamento cresceu 300%, passando de 2 km² em 2022 para 8 km² em 2023, uma área equivalente a 800 campos de futebol. Isso fez com que o território fosse o terceiro mais devastado da Amazônia em 2023”, informou o instituto. Outras duas terras indígenas localizadas na divisa do Amazonas com Roraima também apresentaram aumentos expressivos na derrubada. No caso, os territórios Waimiri Atroari, cuja perda florestal passou de 1 km² em 2022 para 4 km² em 2023 (300% a mais); e Yanomami, onde a devastação passou de 2 km² em 2022 para 5 km² em 2023 (alta de 150%). “Isso fez com que a terra Yanomami, mesmo após ter recebido em janeiro do ano passado uma operação humanitária por causa dos danos sociais causados pela invasão de garimpeiros, fosse a quinta mais desmatada da Amazônia em 2023. Já a Waimiri Atroari ficou em nono lugar”, detalha a pesquisa. A maior área destruída em um território indígena no ano passado foi registrada na terra Apyterewa, onde foram desmatados 13 km². “Apesar de ocupar o topo do ranking, o local teve uma redução de 85% na devastação, pois em 2022 havia perdido 88 km² de floresta. Em outubro, o local recebeu uma operação de desintrusão para remoção de invasores ilegais”, destaca o Imazon. O total de terras indígenas devastadas em 2023 ficou em 104 km². O número é, segundo o instituto, menos da metade do registrado em 2022 (217 km²). O ano em que se observou menor área indígena desmatada foi 2014 (28 km²). Unidades de conservação Já as unidades de conservação anotaram uma queda de 77%, passando de 1.214 km² em 2022 para 282 km² em 2023. O instituto destaca que esta foi a menor área de floresta destruída nesses tipos de territórios em nove anos, desde 2014. “A maior redução ocorreu nos territórios sob jurisdição federal, onde a derrubada passou de 468 km² para 97 km², o que significa queda de 79%, quase cinco vezes menos. Já nas áreas estaduais, a devastação passou de 746 km² para 185 km², sendo 75% ou quatro vezes menos”, complementou. Reprodução Agência Brasil. Read the full article
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TEORIA DO CICLO DA ÁGUA PURIFICADA
Água é a vida a os veias do planeta
Cada gota da chuva alimenta a terra.
A sementes e a riqueza do é Árvores em pé e também nossos filhos.
Até mesmo que não tem filho tem alguém que ama.
E amor é igual um planta que nasceu espontânea.
A ganância é ilusão de que Ouro e dinheiro papel é tessouro e que o suar que a maioria dar não justifica oque ganha
O ciclo da água sabe ser violenta, mostrando a verdade ignorada
Invadem comunidades para explorar essa falsa beleza deixando um rastro de destruição e sangue.
Tudo por Ouro e outras pedras preciosas esse ouro não pode compra a vida do povo nem agora e nem no futuro.
Diamante foi estraído do trabalho escravo e é sangue do nosso futuro.
Proibição do Garimpo ea Proteção da terra é nosso obrigação, falo dos três poderes que insistem em não nos ouvir.
Somos a quarta voz todos querem mudanças pro bem do futuro somos mais que um bloco de quinta feira
A corrupção é igual a poluição tem que ser resolvida tem que ser limpa a casa inteira
Vestibular comprovando suas capacidades é que eles vão fazer para provar digno de administrar igual ao enem que devemos nos preparar vejo no senados meninos mimados se vestindo de homens seris desperados para organizar é claro que eu vejo meia duzia de gatos pigados que com conhecimento querem mudar as coisas de fato mas os antigos porcos do capital não quer tirar a bunda da cadeira se amultuam e querer bloquear a revolução
Mas ela é água
Purificação para fora da sua ilha de metáforas punição para quem polui a água.
Aqueles que não querem mudar para o bem de todos são iguais oque Davi Kopenawa Yanomami Xamã Defensor da Floresta no livro Queda do Céu diz
"Os brancos que criaram as mercadorias pensam que são espertos valentes mas eles são avarentos e não cuidam dos que entre eles não tem nada; como é que pode pensar que são grandes homens e se acharem tão inteligentes?"
Começou chover em casa agradeço em silêncio depois de escrever oque já está escrito
Penso sobre os indígenas não achar bonito joalherias e eu concordo com isso enquanto imagino uma linda bijuteria
Grande parte do mercado do Ouro trabalha com declarações falsificadas.
A chuva fica mais forte o céu chora.
A Ganância do homem branco joga mercúrio na água que o ribeirinho busca seu alimento.
A pior indústria é a que lucra com a fome.
Procure as cidades com maior população e pobreza grande e lá estam as fábricas.
A a mineração na nossa terra é crime!
A vida na terra é o planeta.
A gente nasce a gente vive a gente morre mas nosso povo viverá nessa terra para sempre.
Alguns filhos da terra nascem do concreto.
Existe filhos que são semente do escuro e das vozes silenciadas.
De olhos fechados sentem o peso das construções.
Aparentemente esquecidas.
Querer proteger a vida.
Parece impossível mas não é.
O poder trabalhando nosso favor.
Exército que antes ajudou nas guerras mundiais viver para proteger toda a natureza e formas de vida é divino.
Só coisas boas podem brotar do pagamento da real justiça que voltará reinar.
Proteja a floresta e a selva de pedra também prosperar.
Um dia novo o sol chega ilumina todos.
(.....)
Energia renovável e é importante .
Parece impossível mas não é.
A gente nasce a gente vive a gente morre mas nosso povo viverá nessa terra.
Proteger toda a natureza e formas de vida é divino para sempre.
-A teoria do ciclo da água aos olhos do xamã
06 de outubro São Paulo antiga terra dos Guaranis que fugindo dos caçadores uniram aos Tupi na floresta atlântica do litoral.
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Há 30 anos, 12 índios yanomami foram assassinados por garimpeiros na aldeia de Haximu, na fronteira entre o Brasil e a Venezuela. Cinco dos responsáveis pelo massacre foram denunciados e condenados por genocídio, naquela que seria a primeira condenação por esse crime no país. Hoje subprocurador-geral da República e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Luciano Mariz Maia atuou como um dos três procuradores da República responsáveis pela denúncia que resultou na condenação dos garimpeiros. Para Maia, a situação atual dos yanomami pode ser considerada genocídio. A Polícia Federal (PF), inclusive, já abriu inquérito para apurar o cometimento deste crime na terra indígena. [caption id="" align="aligncenter" width="463"] Equipe da Polícia Federal embarca para investigação de mortes no território Yanomami com apoio do Exército, Funai e Força Nacional, em Surucucu - Fernando Frazão/Agência Brasil[/caption] “Afirmo, sem medo de errar, que a linha de investigação da Polícia Federal de que possa estar em curso atos genocidas é absolutamente consistente, na modalidade de submeter intencionalmente um grupo a condições de subsistência que conduzam à sua extinção total e parcial. Essa é uma das hipóteses prevista tanto na nossa lei do crime de genocídio quanto na convenção das Nações Unidas contra o genocídio”, explica o jurista. Destruição Segundo Maia, os milhares de garimpeiros que atuam ilegalmente na terra dos yanomami causam grande destruição ao ambiente, com ações como o lançamento de metais pesados nos rios da região, contaminando suas águas. “Isso impede muitas comunidades de ter acesso à água e aos alimentos que vêm dos rios. [Além disso], eles afugentam as caças daquela região e causam atritos diretos [com os yanomami]”. Maia destaca ainda os estupros cometidos por garimpeiros contra jovens yanomami. Segundo o sub-procurador, no entanto, não basta identificar e punir os responsáveis diretos pelos crimes como também os agentes públicos e políticos que permitiram ou estimularam que a situação chegasse a esse ponto. “[é preciso punir] não só os garimpeiros que estão lá, como também aqueles que permitem que eles estejam lá, sejam eles do setor privado, como essa cadeia do tráfico do ouro, de fornecimento de suprimentos pro garimpo, essa rede de transporte aéreo, os que fornecem informações por satélite ou por rádio. Mas também agentes públicos e políticos cujo discurso, prática, ação ou omissão permitiram esse estado de destruição”. O subprocurador afirma que, no governo anterior, havia um estímulo oficial para que os garimpeiros atuassem dentro da terra indígena. Além disso, é preciso investigar a falta de atuação dos agentes do Estado para impedir que esses crimes ocorressem na terra indígena. “Você tem por um lado uma iniciativa privada estimulada por um discurso oficial e, por outro, o enfraquecimento do Estado brasileiro nessa área onde tinha que se fazer mais presente”. Fatos concretos Maia explicou que qualquer investigação precisará partir dos fatos concretos ocorridos nos locais, como as mortes ocorridas em cada comunidade indígena, os rios que foram contaminados e os equipamentos que estão sendo usados pelos garimpeiros, por exemplo. A partir daí, é possível começar a identificar quem são as pessoas que atuaram na prática do genocídio yanomami. “Uma balsa, por exemplo, não desaparece, ela está lá, tem que ser documentada, registrada. E as pessoas que movem essa balsa? Aí já tem um conjunto material e os perpetradores que têm que ser identificados”, explica. [caption id="" align="aligncenter" width="754"] Deslocamento de equipes da Força Nacional do SUS para atendimento em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami - Fernando Frazão/Agência Brasil[/caption] Em paralelo, é preciso também investigar os órgãos governamentais que atuam ali, como as unidades de saúde ou as entidades de fiscalização, a fim de apurar a responsabilidade dos agentes do Estado.
“Você precisa começar a investigar a unidade de saúde indígena e unidade da Funai locais. O que é que esses atores fizeram? Deparando-se com um problema que era maior do que eles, o que eles fizeram? Comunicaram aos escalões superiores? E os escalões superiores, o que fizeram? Foram subindo no nível hierárquico para comunicar a ocorrência de um dano sério e grave que estava acontecendo contra os índios? Há uma necessidade de ir ampliando e subindo a cadeia de comando, até que você consiga efetivamente responsabilizar as pessoas não só que tenham feito como tenham deixado de fazer quando estavam no dever de fazer”. Segundo Maia, de acordo com a Constituição, é um dever da União respeitar e proteger os índios. “Quando o Estado brasileiro retira o suporte material e humano de uma unidade proteção a territórios indígenas está deixando de proteger”. Edição: Fábio Massalli - Agência Brasil
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AGRAVANTE: Garimpo ilegal cresceu 54% na Terra Yanomami apenas em 2022
As maiores concentrações de destruição estão nos rios Uraricoera e Mucajaí, região central, que concentram 40% do impacto, com cerca de 2 mil hectares devastados A tragédia humanitária que atinge a comunidade Ianomami teve escalada com a explosão do garimpo ilegal na região, que cresceu 54% apenas em 2022. No último ano, 1.782 hectares da Terra Indígena Yanomami foi devastada pela exploração das…
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A Mãe-Terra pede socorro
Estamos muito preocupados, tristes e revoltados. O ano de 2021 foi muito ruim para os povos indígenas. Na Terra Yanomami, aumentaram as xawaras (doenças) e também a quantidade de invasores.
São mais de 20 mil garimpeiros rasgando todos os dias nossas comunidades para extrair ouro e ganhar dinheiro fácil. Por onde eles passam, deixam um rastro de destruição, violência, drogas, prostituição e morte.
Em 2022, a invasão vai continuar. Bolsonaro não está tomando as providências para expulsar os garimpeiros. Ele não quer tirá-los de lá — muito pelo contrário! E não só da Terra Yanomami. Existem vários projetos de invasão das terras indígenas no Brasil.
Eu sou xamã e não estou sozinho. Só os xamãs sabem a visão do futuro do Brasil e do mundo. O Tɨtɨri (Espírito da Floresta) se comunica com os xamãs. Somos ligados à terra e à floresta. Todos nós, povo do planeta, vamos sofrer, como já estamos sofrendo. O nosso mundo, o Planeta Terra, está totalmente ameaçado.
Milhões já morreram com a doença Krukuri sɨkɨ wai (Covid-19). O não indígena da cidade pensa que não vai adoecer, mas vai. A poluição traz a xawara, que já está toda espalhada, na floresta e no mar. O mundo está cheio de problemas.
O povo da cidade pensa que o planeta está bem, mas no fundo, nós que conversamos com Tɨtɨri, sabemos que não. O Planeta Terra está gritando, pedindo socorro para que a floresta seja protegida. O povo da cidade não consegue escutar o pedido de socorro da Mãe-Terra.
Precisamos deixar o Planeta Terra em paz, porque ele está sentindo muita dor. Ele também pede isso de mim e eu enxergo e escuto esse sofrimento. Eu estou preocupado. Não sabemos como vamos curar o pulmão da Terra. Não temos remédio. Nós, Yanomami e não indígenas, precisamos curá-la juntos. Eu sou uma formiguinha, faço a minha parte e cuido do meu povo. Essa é a minha função.
Por isso que eu denuncio para o mundo todo o que está acontecendo na Terra Yanomami. Se os invasores não forem retirados, o sofrimento vai piorar! Na cabeceira do Rio Apiaú, onde dizem que tem muito ouro, é a casa dos meus parentes Moxihatëtëma — os índios "isolados", como os não indígenas chamam. Eles não estão preparados para se defender. Eles não conhecem os garimpeiros, não sabem nem que existe o garimpo. Eu estou muito preocupado com eles. Eles protegem a minha casa e eu projeto a casa deles.
O Rio Alto Catrimani está cheio de garimpo também e, com o aumento da malária, a saúde está fraca. Não temos apoio. A Sesai (Secretaria e Distrito Sanitário Especial Indígena) não está cuidando dos Yanomami e Ye’kwana. Por isso que estou hixiu (bravo), porque o garimpo está nos matando, junto com o Governo Federal e Estadual.
Na região do Palimiú, aconteceu um problema sério, virou notícia mundial. Uma comunidade foi atacada em 10 de maio pelos garimpeiros. Duas crianças correram dos ataques e morreram afogadas. Na região de Parima perdemos outras duas crianças afogadas pela ação de uma máquina de garimpo.
Em Homoxi, a situação está péssima e só piora. Ali, já teve garimpo nos anos de 1986 e 1991, mas agora ele voltou ainda mais forte. No Xitei, o garimpo desmatou muito, segundo os especialistas aumentou 1.000% entre dezembro de 2020 e setembro deste ano. O total histórico de floresta destruída pelo garimpo em toda a Terra Yanomami é de três mil hectares — isso equivale a cerca de três mil campos de futebol.
Quem compra o ouro ilegal é garimpeiro também. Os donos das lojas que compram e vendem ouro também estão envolvidos nesse crime. Os donos de avião e os pilotos são criminosos. É crime garimpar na Terra Yanomami e em todas as outras terras indígenas no Brasil! Por que o artigo 231 da Constituição, que foi criada pelos não indígenas, não é aplicado? Por que as autoridades estão deixando os Yanomami morrer?
Sobre 2022, eu só vou dar conselhos a quem apoia os povos indígenas. Eu não vou aconselhar o governo, que mata os povos indígenas. Eu vou aconselhar os próprios parentes que estão na luta, como os Kayapó, Xavante, Tucano, Macuxi, Wapichana, Wamiri-Atroari, Munduruku, Ye’kwana e Yanomami — os amigos dos povos da floresta.
Vamos continuar andando juntos, lutando juntos, até o presidente Bolsonaro sair do poder. Eu vou esperar para ver se outro presidente vai cuidar da floresta e do Brasil. Estou sempre desconfiado. Eu já conheço o jeito da civilização, só fazem o bem para eles. O homem da cidade só pensa nele. Só pensa na mercadoria. Mas eu vou continuar pedindo apoio para tentar salvar a nossa natureza, a nossa Mãe-Terra.
Essa é a minha fala!
— Davi Kopenawa Yanomami é escritor, xamã, líder yanomami e presidente da Hutukara Associação Yanomami, sendo a principal liderança do povo Yanomami.
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Garimpeiros e grileiros estão invadindo territórios indígenas Yanomami e Munduruku, ameaçando e assassinando lideranças, queimando casas, chegando altamente armados, atirando contra aldeias e até mesmo contra a polícia. Isso precisa parar. É urgente que o Ministério da Justiça atue para impedir a presença de criminosos nas TIs, com medidas para: 1) Garantir a segurança das lideranças indígenas que resistem à invasão e destruição de seus territórios; 2) Retirar imediatamente todos os invasores (madeireiros, garimpeiros e grileiros) que ocupam terras indígenas; 3) Demarcar mais de 800 terras indígenas ainda não reconhecidas pelo Estado.
"A cada liderança que é ameaçada, e a cada árvore que é derrubada na Amazônia, o país se torna mais pobre e menos diverso. Nós, brasileiras e brasileiros, precisamos nos unir para barrar toda essa violência. Junte-se a nós e exija a proteção imediata da vida dos povos indígenas e de seus territórios. O Ministério da Justiça precisa impedir imediatamente que garimpeiros invadam e destruam aldeias", explica petição do Greenpeace.
Assine a petição aqui: PETIÇÃO: Basta de Violência contra os Povos Indígenas/Greenpeace: https://bit.ly/3iYjANe e https://bit.ly/bastaviolenciaindigenas
#fora garimpo#fora mineração#terras indígenas#direito indígena#constituição#direito ambiental#pela floresta em pé#crise climática
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Destruição da mineração de ouro na floresta amazônica - A mineração de ouro e o uso indiscriminado de mercúrio para encontrar ouro transforma partes dos ecossistemas mais biodiversos do mundo em uma paisagem lunar envenenado e de pesadelo!
Até 75% do ouro extraído a cada ano é usado em joias, relógios e outros símbolos de status vãos e fúteis vendidos pela Cartier e outras empresas da indústria de luxo em todo o mundo.
Dezenas de milhares de árvores da floresta tropical devem ser arrancadas, centenas de toneladas de solo extraídas e misturadas com dezenas de toneladas de poluentes ambientais tóxicos que contaminam as terras nativas para este anel especial de ouro …
https://barbara-navarro.com/2020/04/24/o-verdadeiro-custo-das-joias-de-luxo-os-carteis-lavam-dinheiro-com-drogas-vendendo-ouro-para-cartier-e-outros-no-setor-de-luxo-e-os-moradores-estao-pagando-o-preco/
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Yanomami e Ye'kwana Instituto Socioambiental Quando 120 pajés, guerreiros, mulheres e jovens Yanomami e Ye'kwana se reúnem para resistir à invasão de 20 mil garimpeiros e aos planos de destruição de Bolsonaro, é melhor ficar acordado. Esta vídeo-reportagem resume o Fórum de Lideranças Yanomami e Ye’kwana que aconteceu entre os dias 21 e 23 de novembro de 2019 na comunidade Watorikɨ, na Terra Indígena Yanomami. Saiba mais: https://isa.to/2QeGTmb Ficha Técnica: Realização: Hutukara Associação Yanomami, associações AYRCA, SEDUUME, KURIKAMA, KUMIRAYOMA, TANER, HWENAMA. Assessoria: Instituto Socioambiental Vídeo: Cassandra Mello Imagens e Edição: Cassandra Mello Produção: Bruno Weis e Marília Garcia Senlle Reportagem: Bruno Weis Fotos de garimpo: Rogério Assis Tradução: Lidia Montanha Castro, Moreno Saraiva Martins, Marília Garcia Senlle Agradecimentos: Comunidade Watorikɨ e todas as lideranças reunidas no Fórum de Lideranças Yanomami e Ye'kwana, representantes das regiões do Ericó, Saúba, Palimiu, Puthuu, Waikás, Auaris, Kayanau, Alto Mucajaí, Uxiú, Homoxi, Haxiu, Demini, Missão Catrimani, Baixo Catrimani, Apiau, Novo Demini, Aracá, Ajuricaba, Himara, Toototopi, Koherepi, Maxapapi, Xiroxiropiu, Xihopi, Marauiá e Maturacá.
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Jornalismo que transforma a realidade
A Repórter Brasil completou 20 anos em 2021. São duas décadas de jornalismo que provoca impacto na sociedade. Neste ano, investigações realizadas por nossa equipe abalaram os planos de empresas poderosas, forçaram órgãos do governo a se posicionarem e levaram o Ministério Público a atuar. Em dezembro, seis redes de supermercados europeias decidiram parar de comprar carne com origem do Brasil ou ligada à JBS, por causa do desmatamento de florestas nativas. A decisão veio após a Repórter Brasil publicar uma investigação em parceria com a organização Mighty Earth, que abordou as relações entre a carne vendida por grandes varejistas nos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia com a destruição do meio ambiente brasileiro. Nossas investiga��ões na cadeia produtiva da carne geraram mais impactos ao longo do ano. Ao revelarmos que um pecuarista fornecedor da JBS e Marfrig entrou na lista suja do trabalho do escravo, os frigoríficos suspenderam as negociações com ele. O BNDES também recuou e afirmou que vai apurar as irregularidades após denunciarmos que o banco financia frigoríficos que compram de fazendas com multas por desmatamento e flagradas com mão de obra escrava. Também em dezembro, foi a vez da cervejaria Heineken desistir da construção de uma fábrica em Pedro Leopoldo (MG). Três meses antes, a Repórter Brasil revelou com exclusividade que a obra foi embargada pelo ICMBio por diversas razões, sendo a principal delas que a construção poderia soterrar o complexo de grutas e cavernas onde foi encontrado o esqueleto mais antigo das Américas — o crânio de Luzia. As violações de direitos humanos seguiram como foco das matérias da Repórter Brasil. Revelamos um “canto dos maus-tratos” em abrigos de Roraima para confinar indígenas alcoolizados. A denúncia levou o Exército a acabar com o espaço e provocou a Defensoria Pública da União e o Ministério Público, que inspecionaram o local, além de ser acolhida pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Outro absurdo foi quando revelamos que agrotóxicos são lançados de avião sobre crianças e comunidades em disputa por terra no Maranhão, o que levou a uma decisão liminar obrigando o fazendeiro a pagar as despesas médicas dos atingidos pelo veneno. Infelizmente, não faltam absurdos em 2021. No especial Caçadas, com histórias de violências contra mulheres indígenas, mostramos um episódio de racismo de dois radialistas de Dourados (MS), que comparou os Guarani Kaiowá a animais famintos. Após a reportagem, os radialistas fizeram acordo com o Ministério Público para escapar de ação e a emissora em que eles trabalham foi obrigada a fazer campanhas enaltecendo os valores da cultura indígena por um ano. Em 2021, mergulhamos na investigação para descobrir quem lucra com o ouro garimpado ilegalmente de terras indígenas. Nosso especial Ouro de Sangue Yanomami, em parceria com a Amazônia Real, levou o Ministério da Saúde a afastar uma funcionária da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) flagrada negociando ouro, além de provocar uma investigação do Ministério Público. Outro desdobramento do especial foi a Ação Civil Pública que o MPF ingressou pedindo suspensão das atividades das Distribuidoras de T��tulos e Valores Mobiliários (DTVMs) citadas na reportagem HStern, Ourominas e D’Gold: as principais compradoras do ouro ilegal da TI Yanomami. Os impactos do jornalismo da Repórter Brasil não são notados apenas em decisões de gigantes multinacionais ou ao provocar investigações do poder público. Vai além. O pagamento da pensão do marinheiro Célio Albuquerque só foi reiniciado após a reportagem questionar o INSS diversas vezes sobre o motivo de ter sido suspenso. Célio é um dos trabalhadores vítimas dos abusos que ocorrem no transporte fluvial da soja, como mostrou a reportagem “Cicatrizes da soja”. Outro abuso trabalhista, dessa vez na colheita da laranja, foi denunciado na reportagem “Em plena pandemia, Cutrale demite trabalhadoras grávidas e suspende vale-alimentação”, o que levou o Ministério Público do Trabalho a investigar a Sucocítrico Cutrale. Uma das linhas de investigação da Repórter Brasil foca a indústria de medicamentos e a pandemia. Após mostrarmos que a indicação da cloroquina para Covid seguia em vigor, mesmo depois do ministro da saúde dizer na CPI que não seguia, o Ministério da Saúde apagou links com protocolos de cloroquina.
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#TuesdayCause🇧🇷 14.12.2021 #Amazônia🌳🦜 #Yanomami 🏹 #repost @342amazonia __ Eles estão matando as criancinhas! As mães choram desesperadas, Mais um surto de morte, Não haviam sequer esquecido o anterior, Mas este parece derradeiro, As forças estão se esvaindo. De um lado os garimpeiros, De outros exploradores vorazes, Que consomem a terra e as florestas. E há aqueles que deveriam estar lá e não irão, Os médicos, enfermeiros, os fiscais e a justiça. Os que chegaram abusam, violentam, torturam, Contaminam os corpos e as águas, Dragam a areia e as pessoas, Atiram com balas de fogo, E matam sem piedade. Os que deveriam ir assistem de longe, Não há nem compaixão, Uma omissão programática, Não querem ver a dor do outro, E perceber as lágrimas das mães sobre os pequenos corpos desvalidos. Lágrimas de desespero, Não há ninguém lá a não ser o tirano, Os outros, que poderiam fazer o bem, ficarão de fora, Faltam-lhes combustível para voar, E coragem de lutar. Matam-se os Yanomami hoje como matavam-se há três décadas, Os mesmos algozes comandam o genocídio, Anunciado, planejado E executado diante de todos, Dos meus olhos, dos seus, da sociedade e dos juízes. Não havia segredo, tudo premeditado, E agora estão lá promovendo a tirania, dizimando vidas, Atendendo ao propósito de liberalizar o território de um povo E dele explorar riquezas. A morte do outro, Das crianças Yanomami, Daquelas que se denunciam, Já não mais sensibilizam, Naturalizou-se a violência contra os povos indígenas. Não afeta, não comove, Nem mobiliza os outros, Não desperta revolta, Há uma sensação de conformismo, É nesse vazio que a desumanidade se potencializa. Os Yanomami permanecem segurando o Céu, Sob a neblina da destruição, Onde as mães acolhem os filhos adormecidos pela febre, Choram sobre eles E também morrem com eles. Até quando? Por Roberto Liebgott, coordenador do Cimi Regional Sul 📷: Ana Maria A. Machado Via: @cimi_conselhoindigenista #342Amazonia #Indígenas #Yanomami (em Amazônia) https://www.instagram.com/p/CXfKCoONSBV/?utm_medium=tumblr
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⭕⭕⭕ 𝐎𝐩𝐞𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐏𝐨𝐭𝐮𝐫𝐮 𝐝𝐞𝐬𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚 𝐠𝐚𝐫𝐢𝐦𝐩𝐨𝐬 𝐢𝐥𝐞𝐠𝐚𝐢𝐬 𝐞𝐦 𝐭𝐞𝐫𝐫𝐚𝐬 𝐢𝐧𝐝𝐢́𝐠𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐏𝐚𝐫𝐚́ A Polícia Federal, com o apoio da Polícia Rodoviária, Funai e outras instituições, deflagrou a Operação Poturu, para reprimir a prática de garimpo ilegal em terras indígenas do Pará. Cerca de 40 policiais federais e 16 integrantes de órgãos parceiros atuaram na desarticulação do garimpo ilegal, localizado no município de Almeirim. Além da desativação de garimpos, da apreensão de materiais e destruição de maquinários utilizados na prática ilegal, a operação ajudou na repressão de outros crimes ambientais causados pela extração ilícita de minérios. Estima-se dano ambiental na ordem de R$ 74,5 milhões na área de garimpo de 325 hectares, conhecida como “13 de Maio”, pelos danos causados com o desmatamento e a extração mineral ilegal. Ao longo deste ano, foram deflagradas operações de semelhante natureza nas Terras Indígenas Karipuna (RO), Munduruku (PA) e Yanomami (RR/AM), outras intervenções acontecerão. Polícia Federal @policiafederal / SecomVc @secomvc (em Radio Cidade) https://www.instagram.com/p/CSQCI5KpLZr/?utm_medium=tumblr
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