#deixaser
Explore tagged Tumblr posts
acalmaraalma · 2 months ago
Text
Sobre momentos mágicos ✨
( de um dia aí, desses que não há pretenções, mas há surpresas boas).
Ontem pulei por um bom tempo num pula-pula, sentindo pulsar a adrenalina. O vento e o céu lindo da noite. Fechar os olhos e sentir_ o ar, os sentidos.
Tem coisas que você só encontra onde não procura, e só ocorre pela abertura de ir de encontro ao desconhecido.
2 notes · View notes
entresonhosepenas · 1 year ago
Text
Dúvida
Vou escrever seu nome com todas as letras, André. Você não é nada como antes, graças a Deus. Você nunca quis me mudar, você sempre abraçou tudo o que eu sou, mesmo quando eu fui confusão, quando eu me afastei por medo de me enrolar mais nessa história. Tua honestidade foi o que me fez andar no teu caminho pelo último ano. Ainda é novo pra mim esse lugar, mas eu agradeço por ser com você. A nossa dinâmica foi diferente de tudo. Sempre foi simples e visceral. E quem começou como um escape pro meu luto, se tornou pra mim a pessoa mais legal. Você é tanta bondade, meu bichinho, que eu não resisti. Quando eu vi, meu coração tava na tua mão. Eu cedi.
Se eu pudesse eu ficava mais tempo deitada do seu lado, ouvindo sua respiração e pensando em como é bom jogar minha perna por cima das suas ou até mesmo repousar minha cabeça no teu braço. Como é bom não ter que conversar e ficar ali, naquele silêncio confortável. Andar na rua com tua mão entrelaçada na minha. É como eu te disse, eu gosto até de fazer nada com você. Sua presença me alegra, me acalma e me desalinha. Você não dança, não toca, nem é expansivo. Você é quase minha face oposta e eu aprendi a gostar disso. Por isso me demoro aqui, insistente. No embalar da rotina, me acostumei com a gente. De um jeito que diante da tua ausência a casa ficou vazia. Faltou você atravessando a minha porta e alisando nossa gata como você fazia. Eu senti cada centímetro do meu corpo doer (tive até alergia). Eu chorei muito até perceber: tudo o que eu queria era estar com você. Mesmo você sendo essa coisinha arredia, o teu sorriso na semana me concedera forças pra enfrentar os dias.
Você sempre fez questão de ficar na minha vida, se preocupa com o meu bem estar e se revela pra mim nas sutilezas. Eu não vou esquecer do meu aniversário, meu dia de realeza. De você quase me beijando na frente da minha família e eu perdida com a situação por que não havia me preparado. Você sentado na mesa com os meus amigos, ficando até o final, mesmo se sentindo meio deslocado. Na hora da foto você se colocou do meu lado, mas meus amigos foram se acomodando e você foi pra trás. Mas eu senti você ali perto e, por Deus, parecia certo demais. Eu cheguei em casa flutuando. Na outra semana me despedi dizendo que eu merecia mais do que o que você podia me oferecer. Mas eu não fui bem sucedida em te esquecer…
Talvez daqui a um ano eu confesse que eu te amo, por que a paixão já vai ter passado (dizem que é esse o tempo máximo de duração). E eu sei que fazer planos com você é arriscado, mas é um risco que eu tô disposta a correr, meu coração. As coisas andam diferentes entre a gente e isso me atordoa. Funcionava bem como era, não é? Era coisa boa! O alarme despertando e você nunca ficando por mais do que o tempo da playlist que eu criei só pra ti. Com você esquentando sua marmita fit no meu microondas, conversando e me fazendo rir… Mas foram tantos encontros no último ano que eu perdi as contas e você o juízo. Você sempre foi preciso. E agora deslize. Você sempre me beijou com vontade, mas nunca demoradamente assim. Nunca desse jeito, como quem sentiu saudade de mim.
Será que eu tô perdendo a cabeça ou nosso sentimento anda se encontrando? Você sabe que eu tenho medo e eu sei que você não se sente pronto. Mas tudo o que eu queria de você era clareza, era que você colocasse as cartas na mesa se mudou de intenção… (E pra você lendo isso, não, não virou uma coisa ruim, não. Pelo contrário. O que me assusta é esse semiamor guardado entreaberto no armário, que eu posso ver, mas não sei se quer sair dali).
O alarme já foi ignorado. Você se estendeu no tempo com meu corpo colado. Minha cadela dorme no teu colo, você sabe que isso não é pouco. E você anda me amando de um jeito ainda mais louco. Você tá se mostrando mais pra mim, sem proteção. E eu me sinto vista, desejada e feliz com nossa relação. Mas o que você não diz me desespera, senhor. Eu não quero entrar em contradição. Muito menos contar com algo que não existe. Sabe... Eu não quero alimentar esperanças, então porque você insiste? Em ficar. E ficar comigo aqui… Homem, me explica o que eu perdi?! Que tuas mãos deslizam no meu rosto, que você me olha com gosto, que eu tô completamente assustada. Minha cabeça fica dizendo: não se engane, isso não é nada. Mas o meu coração teimoso diz que o seu tá abrindo espaço.
André, eu não quero te trazer cansaço. Eu não vou te perguntar o que tá acontecendo, eu vou seguir, vivendo… Essa coisa doida que só a gente entende e tem. Se quiser vir, por favor, vem. Mas vem transparente, cintilante e diz que eu também sou apaixonante e que mudou de ideia sobre o que quer… Ou volta pra como era antes, como o certo é. Por que a dúvida me consome as entranhas, me devora integralmente. Então ou volta atrás e para de me tratar como se eu fosse – finalmente – o suficiente. Eu me recuso a acreditar que você sabendo como eu me sinto, ia tomar as atitudes que anda tomando só pra me manter vindo. Você não é isso, meu bichim. Você sabe que tem tudo de mim. A sensação que eu tenho é que você tá se abrindo aos poucos, pra ver se é isso o que deseja. E que pede pra que eu deixe que o que for pra ser, seja. Mas e se não for, meu amor, esse momento o meu pedacinho de céu… Então vai ser triste e absolutamente cruel.
Eu torço pra essa relação funcionar, é a que por mais tempo eu cultivei. E tuas dores e medos, eu compreendo, eu sei. Eu também tenho e só quero ser cuidada, estar no lugar de receber. Eu só quero que a dúvida suma e sobre apenas eu e você. Se for pra confessar, faça logo isso. Eu nunca escondi que fui sua desde o início. Que não quero mais ninguém, que pra mim é só você, senhor... O meu amigo e o meu amor.
0 notes
manoelt-finisterrae · 10 months ago
Text
Tumblr media
limiar
mañá de non saber que é tarde preguiza da verdade como reflicto a terra dos meus ollos e imaxínome e só coñeces o verme despois do mar
se ti deixases na afirmación unha palabra!
© Manoel T, 2023
78 notes · View notes
siriricalirica · 2 years ago
Text
esse anticoncepcional nao me deixa ter colica tb n me deixa ter filho mas tb n me deixaSER FELIZ aparentemente. sei q td pareceu pior hj pq minhas emocoes pioram e ficam mais sensiveis na tpm mas cacete. q merda me sentir sozinha dnv e parece q algumas coisas acontecem justo qnd to assim p me testar ainda mais. ou pra me fazer lembrar q feridas ainda estao abertas
mds q dia estupido queria deixar registrado mas nem quero escrever mto sobre
2 notes · View notes
carolinalimablog-blog · 7 years ago
Photo
Tumblr media
"Muito louco para ter tento" (Corbière) • • • #night #girl #instagirl #instagood #lavie #gostoassim #pretobasico #sabado #lights #lifestyle #treschic #deixaser #dontkillmyvibe (em Vilhena, Rondonia, Brazil)
1 note · View note
balelamusical-blog · 5 years ago
Photo
Tumblr media
Dentro de mim Uma reza uma certeza Um canto-correnteza Que me leva a ti... @Balela_Musical 🔊🎤🎧🎼 . . . . #FrasesBalelaMusical #FrasesMusica #Musica #BalelaMusical #Balela #Music #TrechoMusical #Trechos #poesia #OTeatroMagico #TM #APoesiaPrevalece #DeixaSer #FernandoAnitelli #Anitelli #SóEnquanto #Raros https://www.instagram.com/p/ByNft0Sj_UV/?igshid=bb3v6dqmgr9p
0 notes
izabellaprocopio · 6 years ago
Photo
Tumblr media
Bom dia meu povo...risos. . . #amor #romance #verdade #casal #homem #mulher #salvador #maceio #saopaulo #deixaser #bomdia #sextalinda #sextafeirasualinda
0 notes
fazerarte-blog · 7 years ago
Photo
Tumblr media
🎶Deixa o amor ser sua saída. Deixa o mar curar sua ferida. Deixa o sol iluminar sua vida.💦 💙🌊🐚🤞 #lojafazerarte #veraofazerarte #verao #mar #aguasalgada #almalavada #goodvibes #feitaamao #decoracaoafetiva #plaquinhas #feitoamaoemaisbacana #deixaser #seucuca (em Arroio do Sal)
0 notes
praza-catalunya · 3 years ago
Text
Garry Winogrand: fotografías que fan preguntas
Retratar a realidade a través do obxectivo dunha pequena máquina fotográfica require saber mirar. Hai persoas que teñen ese don de capturar situacións, intres, dándolle un encadre, enfoques, luz e demais características para que se desvelen como feitos únicos. Garry Winogrand, a quen chamaron o fotógrafo máis importante da súa xeración, tiña esa capacidade. Que hai que facer para disparar pola rúa e que a imaxe obtida permita varias lecturas? Como hai que ollar? As fotografías fan preguntas?
Lito Caramés
Tumblr media
 Winogrand. Central Park Zoo 1967
 Garry Winogrand. KBr Barcelona Photo Center, Fundación Mapfre
Photography is a mechanical, chemical process. The camera is a machine. It is capable making visual records with great literal detail and fidelity in the merest space of time. The man who would be a photographer must proceed from the firm base of respect and love for what his camera and film do best. Photography is a way of thinking seeing, feeling. (G. Winogrand, The Massachusetts Review, 1978).
Nestes meses centrais do ano 2021, Segundo Ano de Pandemia, a Fundación Mapfre, por medio do seu novo centro KBr, Barcelona Photo Center presenta dúas novas mostras moi atractivas. Unha delas é marca da casa, e consiste na serie enteira das 45 imaxes que Nicolas Nixon vén facendo anualmente á súa muller e ás tres irmás na xa famosa colección The Brown Sisters; un canto á vida. E, ao tempo, enche a sala grande coas imaxes de Garry Winogrand, o fotógrafo das masas circulando polas rúas, o capturador de estatismos e tensións, o artífice da imaxe incómoda, da foto que interroga.
Por certo, a Fundación Mapfre vén de anunciar a convocatoria da Primeira edición do KBr Photo Award, un premio internacional bienal co que a Fundación Mapfre promociona a creación artística, impulsando a carreira da persoa gañadora cun premio en metálico, unha exposición da obra premiada e a publicación do catálogo da mesma. Ao KBr Photo Award pódense presentar artistas de calquera lugar cun proxecto fotográfico inédito e que non fose presentado en outras convocatorias similares. Unha proposta ben atractiva.
Tumblr media
Winogrand. Albuquerque New Mexico 1957
En 1967 John Szarkowski, amigo de Winogrand e conservador de fotografía do Museum of Modern Art (MoMA) de Nueva York, organizou no seu centro de traballo a exposición New Documents, na que Garry Winogrand compartiu cartel nada menos ca con Lee Friedlander e coa irepetible Diane Arbus. O ano pasado, en plena pandemia, a fundación Mapfre programou unha grande exposición sobre a obra de Lee Friedlander, un dos grandes amigos de Winogrand e co compartiu viaxes de traballo e lecer polos múltiples territorios dos EEUU, como demostra un dos seus traballos: America by Car (a pegada do libro de Keruac, On the Road, foi moi forte nos anos 60 e posteriores, e axudou moito á mitificación da histórica Route 66). Que xa no ano 1967 Winogrand apareza como un dos tres integrantes dunha importante mostra de fotografía no templo da arte dos EEUU (o MOMA) xa dá unha boa dimensión do prestixio que alcanzou este fotógrafo nas décadas onde nese país saltaron á primeira fila da fama mundial moitas e moitos artistas. Máis tarde, en 1978 o mesmo Szarkowski, que seguía de director do Departamento de Fotografía do Museum of Modern Art (MoMA), definiu a Garry Winogrand nada máis nin nada menos que como o fotógrafo máis importante da súa xeración. Todo parece indicar que este activo disparador de cámaras de retratar é toda unha personalidade. Tamén foi profesor de fotografía en varias universidades dos EEUU.
A exposición que agora está no flamante KBr, Garry Winogrand, presenta un total de 169 fotografías deste creador; unha escolma suficiente para facerse unha idea dos quefaceres do autor da mostra The Animals. Un bo feixe de imaxes presentadas agora na Torre Mapfre, mirando ao Mediterráneo, son en color, técnica pouco coñecida de Winogrand, e que, deste xeito, fan a súa presentación pública. As instantáneas de Winogrand tanto mostran alegría como desencanto, movemento como ironía, dúbidas e rebeldía. E, engorde, son inquisitivas. Moitas delas están a cabalo entre a prosperidade que a sociedade norteamericana vivía nos anos 50, xusto á saída da II Guerra Mundial, e as ameazas a ese benestar social que comezan a materializarse nos 60. Estes anos 60 xa viven en vivo as ameazas das bombas nucleares, dento do que se coñece como Guerra Fría (vaia eufemismo!). Ao tempo van tomando corpo as protestas de grandes colectivos sociais: os disturbios provocados polas discriminacións raciais, as reivindicacións feministas. E por se fose pouco instálase na xuventude a guerra de Vietnam e as súas atrocidades, xunto co asasinato do presidente John F. Kennedy en 1963. A mostra Gerry Winogrand está comisariada por Drew Sawyer, conservador de fotografía, e curador de Phillip Leonian and Edith Rosenbaum Leonian do Brooklyn Museum.
No momento da morte de Winogrand -unha morte temperá- o fotógrafo deixou máis de 4.100 carretes revelados, pero sen pasar a follas de contactos, nin positivar, e aínda 2.500 sen revelar. Deixounos así porque, como el dicía, xa o faría no seu estudo cando deixase de disparar seguido. A parca non concede tempos engadidos. Parte destes materiais que desde entón (1984) se van descubrindo están agora no KBr. Garry Winogrand é coñecido polas súas series en branco e negro, pero xa nos anos 50 e 60 tirou máis de 45.000 diapositivas en cor. O propio fotógrafo -despois que nunha mostra se incendiase o proxector e queimase unha morea de diapositivas en color- deixou de exhibilas, pasando bastante desapercibidas. No KBr tamén hai agora unha boa representación das súas fotos e cor.
Tumblr media
Winogrand. New York, 1962
Garry Winogrand. The Animals. Contrastes
They are (or seem) unimpeachably frank; they have redefined prior standards of privacy and the privilege of anonymity; (..) As images, the photographs are shoklingly direct, and at the same time, mysteriously elliptical and fragmentary, reproducing the texture and flavor of experience without explaining its meaning. They wear the aspect of fact, prove nothing, and ask the best of questions. (J. Szarkowski, sobre as fotografías de Winogrand, 1973).
Unha das peculiaridades máis sorprendentes dos xeitos de traballar de Winogrand é que dispara a súa cámara -sempre unha pequena (a preferida, unha Leica de 35 mm), que lle permita a axilidade de moverse por entre as persoas que viaxan, que pasean, que asisten a un espectáculo- de tal maneira que semella que o fai ao chou, sen prestar atención. Non é así, pero o que se constata de contado é que Winogrand captura persoas, masas que se moven, sen darlle o protagonismo a ninguén en concreto. Nas súas imaxes (os exemplos que agora están no KBr Barcelona Photo Center son ben abundantes) non é doado saber cal é o tema que o fotógrafo quere apreixar para logo presentarllo a quen a mire. Semella que o propio autor estivese a xogar a un xogo perverso que consiste en disparar, e logo preguntarse: que pasou aí? Non lle importa demasiado a narración, a historia que presenta unha imaxe; prefire reter imaxes do que o rodea. Como exemplo disto, unha das súas frases máis coñecidas e celebradas é aquela na que afirmou: Fago fotografías para descubrir que aparencia terá un obxecto, unha situación, tras ser convertido en fotografía.
No ano 1969, John Szarkoswki, o seu amigo e conservador de fotografía do MOMA, organizou a primeira exposición individual de Winogrand nese museo. Titulouse The Animals. As fotografías foron tiradas todas elas nos zoolóxicos e acuarios de New York onde Winogrand levaba aos seus dous fillos pequenos con bastante frecuencia. Como era de esperar, as en principio inocentes imaxes de animais e visitantes, logo cobran simbolismos e dobres lecturas. Así o artista xoga coas dualidades e semellanzas entre animais e humanos, establecendo paralelismos entre uns e outros, nos que non falta o humor para facilitar dobres lecturas. Unha das imaxes máis coñecidas desta serie presenta, no Central Park Zoo, a unha parella de humanos con dous chimpancés no colo, mentres o neno está dereito no chan (o home é negro e a muller non). Por iso tamén se ten afirmado que estas imaxes poden interpretarse como metáforas visuais da segregación racial, tan vívida naqueles anos, ou da discriminación das mulleres. Imaxes inocentes?: unha mañá de domingo cos cativos no zoolóxico, pero que logo amosan a crítica social.
Tumblr media
Winogrand.  New York 1970
Outra imaxe complementaria das que conformaron esa exposición de The Animals, é outra que Winogrand tirou en 1962, tamén nun zoo. En primeiro plano unha parella fala (diríase que en pleno cortexo) a carón dunhas gaiolas ás que dan as costas. E, no intre da instantánea, mentres o home desprega as súas dotes sedutoras, un lobo camiña e achégase por tras á parella. A actitude tensa, como de caza, que carrexa o lobo mentres avanza cara as costas da parella, vén traducirse na actitude que ten o home cara a moza: o acoso do humano correspóndese co do cánido. Homo homini lupus?
É moi usual na práctica fotográfica de Winogrand este uso de contrastes, de dualidades á hora de interpretalas. Un deses contrastes mesmo pode ser o feito de meterse entre a xente e ir disparando sobre as masas para logo -xa con picados e contrapicados, xa con panorámicas- non mostrar protagonistas, non querer descubrir cal pode ser o tema, a narrativa da imaxe. A Winogrand agrádalle presentar as imaxes e que sexan os espectadores os que se fagan as preguntas. Resultan (ou poden resultar), xa que logo, incómodas?
A modo de exemplo da especial capacidade de Winogrand para captar imaxes onde se presentar dualidades e das que se poden ter opinións diversas e enfrontadas, hai unha fotografía (Santa Monica, 1982) que ben se presta para a ocasión. Desde o alto dunha escaleira Winogrand dispara sobre a escaleira pola que subiu, e xurde o contraste: a parte dereita da imaxe está ao sol, e unha parella de mozos están sentados e abrazados no medio e medio dos banzos. Na parte esquerda, á sombra, un home grande agárrase con forza á varanda para mirar se pode seguir subindo a escaleira. Sol e sombra; toda a enerxía da mocidade, da vida, fronte á debilidade da senectude. Preguntas?
Por aquelas cousas das programacións dos diversos centros culturais da cidade de Barcelona, estes mesmos meses en Caixaforum está a mostra El Somni americà. Del Pop a l’actualitat, unha boa escolma de arte gráfica dos anos 60 en diante. Nas obras presentadas en Caixaforum abundan as referencias ás segregacións raciais (en moitos casos de autoría de artistas negros), e tamén crítica á discriminación que daquela (e agora) teñen que soportar as mulleres.
Tumblr media
Winogrand. New York City, 1969
 Garry Winogrand. Fotografías reivindicativas. Fotos en color
He observed the effects of the new places -such as airports, malls, suburbia, highway, and roadside tourist attractions- before others photographers did, and he identified the peculiar new rituals they inspired. In Houston, Texas, he found a segregated crowds on sidewalks; he photographied tourists at the White Sands National Monument in New Mexico... (Drew Sawyer, comisario, no catálogo da mostra).
Winogrand dedicouse á fotografía desde varios campos. Por exemplo traballou para revistas ben coñecidas e tamén se dedicou á fotografía de publicidade. E o que non fixo, moi ao contrario de moitas e moitos coetáneos seus foi dedicarse ao retrato. Por suposto Winogrand non é un Halsman, por dar un exemplo, nin se empeña en practicar o jumping como xeito de arrincar a máscara ás persoas; nin un Brassaï, para reter nas súas películas escenas nocturnas dun París sen xentes, nin para retratar artistas como Picasso. Outro tanto afástao de Manolo Outumuro, o gran fotógrafo da moda, de actores e actrices. Ben ao contrario. Winogrand moitas veces disparou a súa Leica desde o automóbil (como tamén fixera o seu amigo e compañeiro Friedlander); tanto é así que en moitas das imaxes o primeiro plano é un vidro luxado de po que entea a paisaxe ou escena que o autor quere capturar. Hai unha en concreto, tomada en Arizona un día á tardiña sobre a desértica paisaxe e desde o seu auto, que o máis próximo á cámara é a alongada sombra do vehículo.
Ao longo dos 60 e nos anos 70 en EEUU rebentan as protestas sociais (raciais, feministas, pacifistas, obreiras). No mesmo ano 1970 o responsable de fotografía do MOMA, o sempre presente Szarkowski (tamén coñecido como o Zar da Fotografía, e unha das persoas máis influíntes no mundo da fotografía), organiza unha exposición denominada Protest Photographs. Mentres tanto, artistas, marchantes e galerías e museos protagonizaron unha folga polas razóns devanditas. Na mostra estaban as imaxes de Winogrand, presentando masas en loita, e pedindo aos espectadores que se fixesen preguntas diante delas.
Tumblr media
Winogrand, John F. Kennedy, 1960
En 1975, despois de bastantes atrancos, o autor de The Animals logra tirar do prelo o libro Women are Beautiful. O libro leva un importante prólogo da feminista Helen Bishop quen, entre outra cousas di que o autor captou o conflito da criatura feminina: o corpo como obxecto competindo co eu como persoa. As fotografías tirounas Winogrand nas rúas de New York. Son, ou semellan, imaxes aleatorias tomadas de calquera xeito; ao chou nun parque ou en plana protesta. Coa súa Leica de 35 mm, o fotógrafo vai explorando as posibilidades de enfoques e luces. Por suposto nese libro (e malia o título) non hai nus, non hai retratos de estudo, nin posados con luces indirectas e matizadas por filtros, nin corpos como obxectos de desexo. O que hai son mulleres (e homes) pola rúa, nas súas interaccións diarias de conversas, de camiños ao traballo, de estancias en parques, logo dunha manifestación. No mesmo texto introdutorio de Bishop, ela deixa escrito: Non sei se as mulleres das fotografías son fermosas, pero son fermosas nas fotografías. Acaso pode haber máis consonancia entre a ensaísta e o fotógrafo? Xa se deixou dito que Winogrand tamén manifestou que facía as fotografías para descubrir que aparencia terá un obxecto, unha situación, tras ser convertido en fotografía.
Deste libro, Women are Beautiful, pódense referenciar moitas imaxes; case sempre imaxes colectivas, en plena rúa ou parque, da vida cotiá. E moitas -como lle agradaba a Winogrand- con dúas ou máis interpretacións. Entre todas elas hai unha que quizais sorprenda por riba de moitas outras. É unha fotografía de 1969, e cun título que non di gran cousa: New York City. Na imaxe, en primeiro plano e centrada unha moza ri con gargalladas a cachón, levando na man esquerda un xeado e botando a dereita á barriga como contendo as molestias que lle pode estar provocando a risa. A muller está xusto diante do aparador dunha xastrería, onde destaca un manequín masculino (camisa, chaqueta e gravata), sen cabeza. A pregunta é inevitable: que provoca as gargalladas da moza? E a resposta pode ser múltiple, evidentemente; pero, tamén pode ser -naquel contexto de reivindicacións feministas do derradeiro ano dos 60- que a imaxe masculina degolada provoque esa reacción da muller en plena rúa. Será esta a resposta?, unha lectura feminista?
Tumblr media
Winogrand. Hard-Hat Rally, N. Tork, 1970
Garry Winogrand comezou a empregar os carretes en cor para as súas imaxes xa nos anos 50, cando aínda poucos fotógrafos o facían, pois daquela a fotografía de calidade e boa era a feita en branco e negro. Comezou empregando a cor nalgúns encargos para revistas como Collier’sy Sports Illustrated, para a que traballou bastante e que moitas veces puña a imaxe de Winogrand na mesma portada. Pero logo se decatou de que a cor tamén é un bo elemento para as imaxes, para traballar con elas e para dar outras visións do captado pola cámara. Por iso sábese que o fotógrafo adoitaba a levar dúas cámaras consigo, unha con carrete en B/N e outra en cor. E en moitos casos o artista disparaba sobre os mesmos obxectos ou escenas, primeira cunha cámara e logo coa outra, xogando así a comprobar como quedaban tras ser convertidos en fotografía.
Tamén é coñecido que Winogrand comezou a presentar imaxes en cor nas súas exposicións, pero despois do desgraciado accidente do incendio do proxector de diapositivas e a queima de todo o material, deixou de presentalas. Aínda así, tras o seu pasamento atopáronse máis de 45.000 diapositivas arquivadas.
Winogrand empregaba a cor aproveitando a fotografía comercial, os anuncios publicitarios, obxectos cotiás. É dicir, fixo o mesmo (e polos mesmos anos) que fixeron os artistas do Pop Art, cores rechamantes, como as que se poden ver en creacións de Warhol ou Lichtenstein, por exemplo. É mais, Winogrand empregaba a cor dese xeito tan fresco e lúdico como facía tamén daquela o artista Saul Leiter, un dos pioneiros da fotografía en cor?
Lito Caramés
Tumblr media
Winogrand, New York, 1967  
EXPOSICIÓN: Garry Winogrand
KBr Barcelona Photo Center, Mapfre
ata o 5 de setembro de 2021
0 notes
serpesnegras · 4 years ago
Text
Foi un puto soño, poderia escribir un jodido libro.
Durante dias tentandonos, morrendonos por comernos, por estar xuntos. E chegou o dia.
Salgo cedo, durmo mal, desperto mil veces, avisoo o salir. O dia antes digolle que ata as 11 non se levante que non vou chegar ata as 11 e largas. As dez xa me manda un whats e cando estou entrando "donde estas?". Digolle que aparquei que vou xa, coa maleta, intento apurar todo o que podo. Timbro, ese portal que tantas veces pasei, subo no ascensor e cando me acerco a porta pensado que estaria aberta coma sempre abrema. Non sei que facer, nin que iba facer el, pero eu entro, queria ir o baño. Abrazame, dame un beso tímido, e outro, e xa me perdo nel e na sua boca. Paso os meus brazos polo seu cuello, aferrome a el con todas as ganas que tiña, despois de casi un mes desde a ultima vez. Pasamos de estar catro dias a semana xuntos a non vernos nun mes. Volvome tola.
Abrazame, ponme contra a parede, e seguimonos comendo, tocandonos. Que ganas tiña de eso e sigome perdendo nel. Pero eu teño que ir o baño. El mete a maleta na habitación e esperame na cama.
Ali, deitado como tantas veces, esperame a que chegue eu. Deitome encima del, sigoo comendo. "Canto te botei de menos, moito moito". Eu perdome nel, na suas palabras, que me fan volverme tola. Non sei cantas veces mo dice e rompeseme un pouco o corazoncito cada vez que o fai. "Estas moi moi guapa". Restregome nel, non poido mais, necesitabao tanto e necesito xa. "Queres tela xa dentro?". Sii eu non poido mais.
"Estas tan sexy".
"Podes estar asi sempre?
" Asi como? Chupandocha?
"Si, si
"Pero como sempre? Ata que morras?
"Si para sempre
Eu con estas cousas morro.
Ainda é pola maña asi que nos quedamos dormindo un cacho os dous, abrazados, como tantas veces en esa cama. Despertamos e non sei como pero volvemos a perdernos un no outro.
Cando acabamos chama para ir a uns dos restaurantes favoritos. Temos pouco tempo asi que vestimonos rapido e baixamos. Cando volvemos metemonos na cama e outra vez, perdemonos un no outro e volvemos a quedarnos ali abrazados.
Falamos e non sei porque enfurruñase. Eu subome nel, empezo a darlle besos, pola cara, despacito, pequeniños. El virama pero de vez en cando deixama e aprobeito para darlle algun beso nos seus labios. Sintome ata rara facendoo asi porque sempre espero a que sexa el quen o faga. Pero non se aparta deixase facer. O final acabou pasando o innevitable.
Vestimonos e vamos a cancelas. Estamos de compras dun sitio a outro pero non encontramos o que queriamos. Cenamos donde facia tempo que ansiabamos por ir. Sufrindo volvemos o piso.
Abrazame, sona a alarma, esta malito, moi malito porque lle digo si quere unha manzanilla e diceme que si, sendo a primeira vez. Vou o baño mentres se quenta a auga no micro. Levolla e deitamonos na cama. El medio volve a dormirse. Escoito ruidos, non sei de donde ata que me dou conta de que son no piso. Despertoo rapido e corre cerrar a porta. Que pouco faltou. E ahora como escapabamos de ahi? A duras penas logro salir sin que me vexa naide, el saca todo e vamonos. Vamos facer tempo e comprar cousas para comer, perdemos tempo dun sitio a outro.
Perdemonos indo o sitio para variar, igual que cando vamos a residencia. Vamos tranquilos, fai moito sol, un dia que non esperaba comparado cos anteriores, quero ver o paisaxe mentres conduzco pero non poido. Metemonos polo monte, chegamos o sitio e aparcamos na nosa plaza. Baixamos as cousas e buscamos a nosa cabañita. Entramos. É jodidamente preciosa. A camita a izquierda, un sofa a dereita, a chimenea enfrente e a terraza, hacia o monte que é o unico que se ve. Nela o jacuzzi, pura fantasía.
Facemos a comida que non sale moi ben e vamos comer na mesita da terraza o sol. E cando acabamos enchemos o jacuzzi. Como dous tontos non sabemos como vai pero enchemos todo para meternos nel.
0 notes
nadia-sweet-girl · 7 years ago
Text
As lagrimas corriam me pela cara não por duvidar que gostasses de mim, mas sim por ter medo de com o tempo deixases de gostar, que com o tempo conheças outra pessoa e que essa pessoa te trate de uma maneira que faça com que tu te apaixones, não é que eu não confie em ti, eu confio, só tenho medo e acredita ter medo é horrível, pois impede te de fazer o que tu costumavas fazer, impede te ser a pessoa que és…Por isso eu tenho, tenho medo que a nossa relação acabe e que eu ande a chorar durante dias e dias seguidos até conseguir ultrapassar, e quando eu digo ultrapassar não significa esquecer te, porque se é algo que eu não consigo é esquecer te, por mais que eu tente, não dá. Pois cada momento é vivido para ser recordado, e eu nunca soube o quanto era forte até a minha única alternativa ser a força.
1 note · View note
juoolivier-blog · 7 years ago
Photo
Tumblr media
Deixa ser Deixa o amor ser sua saída Deixa o mar curar a ferida Deixa o sol iluminar sua vida ❤🎶 ¤ Seu Cuca - Deixa ser #amor #paixao #vida #duasalmas #minhacura #saudade #fé #confiança #euteamo #deixaser #seucuca
1 note · View note
wellingtonallves · 7 years ago
Quote
SEJA COMO FLOR SE DEIXE COLHER
w.a.s
0 notes
kiro-anarka · 4 years ago
Link
A GALIZA POST-COVID: TODOS OS DIREITOS EM QUESTOM
Reino de Espanha: 1500 pessoas a prisom por delitos relacionados com desobediência
A cidadania galega nom tinha afrontado umha situaçom como a que nos toca assimilar. A responsabilidade por nom estender o contágio minimizou a crítica e a desobediência. Porém, a ninguém escapa que a pretensa luita pola saúde eliminou autonomias, situou o exército na rua e empapou a casta política com um discurso belicista inaudito. Enquanto Portugal ou a Alemanha permitiam vindicaçons obreiras no 1 de maio, a Espanha governada pola “esquerda” proscrevia-as.
Ler mais...
‘Favor Libertatis’ – Xoan Antón Pérez Lema
O Código Penal (CP) de 1995 suprimiu a redención de penas polo traballo. Desde entón foron varias as reformas do CP e da lexislación penal que agravaban as penas no que di respecto á súa duración e execución. En 2016 estudos moi isolados reflectían un índice de delincuencia inferior nun 27% á media europea, moi por baixo de estados tan seguros como Suecia, Dinamarca ou Finlandia. Mais a taxa de encarceramento era a segunda máis alta de Europa (133 por 100.000 persoas).
Ler mais...
Apps contra a Covid-19? – Clara Ponsatí
O desafio tecnolóxico e ético das apps para axudar a combater a Covid-19 foi o obxecto dun dos debates do último plenario no Parlamento Europeo. Aínda que este debate non transcende moito, políticos e especialistas europeos levamos meses reflectindo sobre como compatibilizar que as apps sexan efectivas sen seren invasivas.
Ler mais...
AS DÚBIDAS DE CONDENAR POR VÍDEO-CONFERENCIA
A lea dos tribunais con internet na pandemia: É xusto un xulgamento por Zoom?
A noticia coñecíase na pasada cuarta-feira, un tribunal de Singapura condenou a morte un cidadán malaio por tráfico de drogas. Mais o invulgar non é a, xa de si, dura sentenza, é que o condenado coñeceu a súa sorte através dunha vídeo-conferencia realizada coa ‘app’ Zoom. Este é un caso extremo, mais serve como exemplo de como a Xustiza tamén sofre as consecuencias da covid e encara unha revolución dixital que moitos aínda non conseguen ver.
Ler mais...
CO XEOLLO APERTÁNDOLLE O PESCOZO
EUA: Afroamericano morto despois de un axente o manter inmobilizado durante oito minutos
Unha testemuña grabou na pasada segunda-feira a detención dun home afro-americano en Mineápolis (EUA) a quen un axente mantivo inmobilizado durante oito minutos esmagándolle o pescozo cun xeollo apesar de o detido se queixar de non poder respirar. Varias testemuñas pediron ao axente que o deixase respirar e unha muller insistiu en que era preciso tomarlle o pulso. “Non se move”, apuntou. Mais o axente só o liberou cando chegaron os paramédicos.
Ler mais...
É O OITAVO PAÍS DO CONTINENTE AMERICANO
Costa Rica é primeiro país da América Central a legalizar casamento homossexual
Em 2018, a Suprema Corte do país declarou inconstitucional parte da lei que proibia o casamento entre pessoas do mesmo sexo – seguindo apelo da Corte Interamericana de Direitos Humanos pelo reconhecimento de que casais homossexuais têm os mesmos direitos que os heterossexuais –, dando ao Parlamento 18 meses para analisar o assunto. O dispositivo foi automaticamente anulado após vencer o prazo dado ao Legislativo.
Ler mais...
PROJETO DE INVESTIGAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
Portugal: Centenas de queixas por racismo policial e zero condenações em dez anos
Entre 2006 e 2016 a Comissão pela Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) arquivou 80% dos processos que abriu em sequência de queixas feitas por discriminação na educação, habitação e forças de segurança. Nesse mesmo período, a CICDR recebeu 878 queixas mas só 243, 28%, deram origem a processos de contra-ordenação, afirma-se no estudo COMBAT que se focou sobre as forças de segurança, mas também sobre educação e habitação.
Ler mais...
"EN PREVENCIÓN DE ALTERACIÓN DA ORDE PÚBLICA"
Zaragoza: Unha persoa multada por levar unha bandeira coa palabra ‘Antifascista’
O pasado dia 23 de maio, un axente da comisaria de Aragón abriu expediente sancionador a unha persoa por levar unha bandeira coa palabra ‘Antifascista’. Ocorreu na Praza Aragón de Zaragoza, ás 12:00 horas. Á explicación do axente pásalle o que ao porquiño: “O filiado porta unha bandeira en que pon antifascista en zona de percorrido de manifestación comunicada e autorizada do partido político Vox. A bandeira é intervida en prevención de alteración da orde pública.”
Ler mais...
POR RECUSA ARBITRÁRIA DE MANIFESTACIÓN DA CUT
Querela criminal contra Grande Marlaska e a Subdelegación de Pontevedra
A CUT presentou hoxe querela criminal no TS polo delito de prevaricación contra o Ministro do Interior e a Subdelegada do Goberno en Pontevedra. En súa acción penal o sindicato insiste en que as autoridades quereladas prohibiron a caravana do 1º de maio e, nas mesmas condicións e sob o mesmo estado de alarma, autorizaron as das elites homófobas, racistas e xenófobas organizadas en VOX, en función de meros cálculos electorais do Goberno de coalición.
Ler mais...
Sancións baixo a espada de Damocles da invalidade – JR Chaves
As cifras de sancións propostas polo Ministerio do Interior a quen incumpre a normativa do Estado de Alarma aproxímanse ao triplo das cifras de contaxiados totais do coronavirus. Pois ben, do mesmo xeito que do conxunto dos contaxiados a inmensa maioría se recupera, é posíbel que a inmensa maioría das sancións perdan forza se a Administración toma a serio o Estado de Dereito (por aquilo de que ‘rectificar é de xustos’) ou se os Tribunais as invalidan (por non baixaren a garda do Estado de Dereito nin cando hai estados excepcionais).
Ler mais...
O DILEMA DO PRISIONEIRO DIXITAL
A propósito da novela do rastreo, o código aberto, a corporatocracia e as batallas gañas
A cientista galega Carmela Troncoso lideraba un proxecto para desenvolver unha aplicación móvel de código aberto, mais a UE deu unha virada e optou por unha aplicación de Google e Apple que, através dos sistemas operativos instalados nos teléfonos de todo o mundo, poderían atinxir 3.000 millóns de persoas. “Queren garantir estar en todos os dispositivos, nos cales, alén desa aplicación, hai outras moitas que operan en paralelo solicitando datos”, di Adrián Almazán.
Ler mais...
EM 2019, FORAM 1.814 HOMICÍDIOS
O que há por trás do recorde de assassinatos policiais no Rio de Janeiro
Oficialmente, a polícia brasileira pode usar força letal apenas no enfrentamento de uma ameaça iminente. Mas uma análise de 48 mortes causadas por policiais no violento distrito policial do Rio mostra que agentes costumam atirar sem restrições. Em ao menos metade das 48 mortes causadas por policiais analisadas pelo The New York Times, os mortos foram baleados nas costas pelo menos uma vez. Em 20 destes casos, os mortos foram baleados ao menos três vezes.
Ler mais...
GOLPE FATAL NO PRINCÍPIO "UM PAÍS, DOIS SISTEMAS"
Nova Lei de Segurança chinesa ameaça autonomia de Hong Kong
O primeiro-ministro chinês anunciou na abertura da sessão anual do parlamento chinês, uma nova lei de segurança nacional. Contra o terrorismo, o separatismo, a subversão do poder do Estado e a interferência estrangeira. Um dos pontos que torna mais explícitas as intenções de Pequim é a proposta de poder criar bases dos seus serviços secretos e agências de segurança em Hong Kong, dando-lhes assim um poder de intervenção até agora reservado ao governo local.
Ler mais...
EN ATENCIÓN AO SEU DELICADO ESTADO DE SAÚDE
Xuiz autoriza ingresar no hospital preso vasco en greve de fame
O preso vasco Patxi Ruiz foi levado a un hospital para ser sometido a unha valoración do seu estado de saúde por o médico do cárcere considerar que tiña de ser atendido por un especialista. Nun primeiro momento o preso negouse a recibir tratamento no establecemento prisional e no hospital, mais a dirección do penal pediu autorización ao xuiz de garda e este autorizou a saída para que ser examinado e tratado caso for necesario.
Ler mais...
AMEDRONTAR, CONTROLAR E ANGARIAR FONDOS
A interpretación da desobediencia podería paralisar máis dun millón de sancións
Pagar ou alegar. Esta será o dilema que terán de resolver máis dun millón de persoas cando reciban as notificacións de inicio de procedemento sancionador por infrinxiren as normas do estado de alarma. Talvez foron as présas ou a confusa burocracia, o certo é que a situación non está clara. As chaves para desenguedellar o sarillo son: que significa desobediencia, cal a autoridade a que se desobedece e cal o encadramento xurídico que regula as supostas infraccións.
Ler mais...
ENTENDE QUE NON FOI EXAMINADA COA DEBIDA DILIXENCIA
EsCULcA presenta escrito de alegacións ao arquivamento de Queixa ao Defensor del Pueblo
O arquivamento da Queixa formulada por EsCULcA o 27 de abril, relacionada coa prohibición dunha  caravana de vehículos organizada pola CUT e outras medidas restritivas do dereito de reunión e manifestación de que foi obxecto a CIG, levounos a demandar ao Defensor del Pueblo que cumpra a súa función de garante dos Dereitos Fundamentais e continúe a tramitación do expediente pois entendemos que a nosa Queixa non foi examinada coa debida dilixencia.
Ler mais...
PARA RESPOSTA ORAL NO PRÓXIMO PLENO MUNICIPAL
Perguntan ao Alcalde de Compostela sobre adquisición de pistolas Táser para a Policía Local
No pasado 18 de maio o Grupo Municipal de Compostela Aberta presentou, ao abrigo do regulamento orgánico municipal do Concello de Santiago, Pregunta Oral ao Alcalde sobre a adquisición de pistolas táser para a policia local. A pregunta deberá ser contestada no próximo Pleno da Corporación Municipal. No seu escrito, Compostela Aberta sinala que EsCULcA solicitou a retirada deste tipo de armamento e pregunta tamén se se deu resposta a este pedido.
Ler mais...
DETURPA O SENTIDO DA PETICIÓN
Defensor del Pueblo envía resposta a Queixa de EsCULcA sen contestar a súa demanda
O 19 de maio, o Defensor del Pueblo rexistrou resposta á Queixa de EsCULcA de 27 de abril. O observatorio pedíalle ditase recomendación urxente ás administracións para garantir a salvagarda do dereito de reunión e manifestación despois de o TSXG ter desestimado o recurso da CUT contra a prohibición dunha caravana de vehículos o 1º de maio en Vigo. Agora o Defensor responde tentando xustificar con escusas fúteis a súa absoluta inacción.
Ler mais...
PLANO ROCKFELLER: CONTROLO MILITARIZADO DA POPULAÇÃO
EUA: O vírus usado como uma arma real, mais perigosa do que o próprio Covid-19
De acordo com o Plano, as informações sobre os indivíduos, relacionadas com o seu estado de saúde e com as suas actividades, permaneceriam confidenciais “na medida do possível”. Seriam centralizadas numa plataforma digital co-gerenciada pelo Estado Federal e por empresas privadas. Com base nos dados fornecidos pelo “Conselho do Controlo da Pandemia”, seria decidido, periodicamente, quais as áreas que estariam sujeitas a confinamento e por quanto tempo.
Ler mais...
DENUNCIAN A SÚA SITUACIÓN NOS CÁRCERES CHILENOS
Wallmapu: “Que non se engane o goberno, os prisioneiros políticos Mapuches non están sós”
A comunidade mapuche demanda protección para os presos políticos dos cárceres da Araucanía chilena, expostos ao risco do covid-19. Entre eles, o lonko Facundo Jones Huala, en cuarentena despois de entrevistarse cunha funcionaria que tiña síntomas antes da visita. A CIDH insta os gobernos a adoptaren medidas e advirte da situación “de especial vulnerabilidade en que están os pobos indíxenas, particularmente aqueles en isolamento voluntario e contacto inicial”.
Ler mais...
“TI ES DOUTORA, OU EN REALIDADE ES UNHA PUTA”
Mossos d’Esquadra denunciados por insultos, agresión e detención ilegal de traballadora
C.A.P., traballadora dominicana no medicalizado hotel Plaza de Barcelona denuncia unha parella de Mossos d’Esquadra por a teren insultado, agredido e detido ilegalmente no 11 de abril, cando voltaba a casa despois da xornada laboral. “Díxenlles que viña de traballar no Hotel Plaza”. “Ti es doutora ou en realidade es unha puta?”. “Es un animal”, dixéronme. Despois atacáronme a golpes, puxéronme o xeollo na cabeza sen eu opor a menor resistencia”.
Ler mais...
REACTIVA PROXECTO DE VEHÍCULO BLINDADO 8X8
Goberno español gasta 2.100 millóns en tanques para o exército en medio á pandemia
O goberno español gasta 2.100 millóns de euros en tanques para o exército español en medio á pandemia do coronavirus 2019 dando un novo impulso ao proxecto do vehículo blindado 8×8, paralisado no final do pasado ano. O Ministerio de Defensa anuncia que o proxecto torna a estar activo e acepta a formación dunha sociedade anónima integrada por Indra, Santa Bárbara, Sapa e Escribano, para adxudicar o contrato durante o terceiro trimestre do ano.
Ler mais...
OS DEREITOS DA PERSOA TAMÉN SON PARA AS PANDEMIAS
Un manifesto denuncia retrocesos en dereitos e liberdades da man da xestión da crise
Persoas relacionadas coa defensa dos dereitos fundamentais lanza un manifesto en que mostran o seu temor e preocupación polos inxustificados retrocesos que a xestión da crise supón para os dereitos e as liberdades. “Un sistema democrático debe sempre fuxir da tentación de tomar atallos que, no nome da eficacia, poñan en risco a esencia da democracia, da que os dereitos fundamentais e as liberdades públicas son un piar imprescindíbel”, enfatizan.
Ler mais...
CAOS DIPLOMÁTICO E GUERRA PELA HEGEMONIA GLOBAL
EUA, Rússia e China fazem preparativos e Trump anuncia que pode usar armas nucleares
Eu gostaria de enfatizar que qualquer ataque de um submarino americano de mísseis balísticos, independentemente de suas características, será percebido como um ataque com armas nucleares. E, de acordo com nossa doutrina militar, uma ação desse tipo seria considerada motivo para uso retaliatório de armas nucleares pela Rússia. Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa (in I. Gielow, “Rússia ameaça EUA com ataque nuclear”, FSP, 30/04/20)
Ler mais...
SANCIONADO E EXPULSADO DO EXÉRCITO
Denuncian no Congreso o caso do cabo galego que se mostrou contrario a manifesto franquista
En 2018, 181 militares que ocuparan lugares de responsabilidade cando estaban en activo deron a coñecer o manifesto  Declaración de respeto y desagravio al general Francisco Franco Bahamonde, soldado de España, ao que aderiron despois outros 600 membros do exército entre os que había xenerais, coroneis, almirantes e capitáns de fragata. Un grupo de militares, entre eles o cabo Marcos Santos Soto, decidiu facer público o seu posicionamento contrario a esta declaración.
Ler mais...
O ESQUECIDO DRAMA DO GRUPO ÉTNICO ROHINGYA
Covid-19 chega ao campo superlotado de Kutupalong: 855 mil pessoas refugiadas
Desde o início da pandemia, organizações internacionais de ajuda humanitária alertaram que um surto nos campos de refugiados do mundo pode ter consequências catastróficas. Para evitar esse cenário, Bangladesh praticamente isolou o campo de refugiados rohingya em Kutupalong desde o início de abril de 2020. A entrada e saída do campo foram restritas ao mínimo necessário. As medidas foram acompanhadas de bloqueios e patrulhas realizados pela polícia.
Ler mais...
O CONFINAMENTO DE DIREITOS ALASTRA NA UE
Hungria: pessoas presas por criticarem gestão da covid-19 feita pelo governo
De acordo com o jornal Público, um comunicado da polícia húngara confirmou que foram detidas 16 pessoas e abertas 87 investigações no âmbito da lei do estado de emergência que permite Orbán governar por decreto. Quem for acusado de disseminação de boatos, notícias falsas ou outra informação que possa criar agitação social pode ser condenado até 5 anos de prisão e criticar o governo através das redes sociais passou a ser enquadrado como tal.
Ler mais...
O SEU USO CONSIDERADO UNHA FORMA DE TORTURA POLA ONU
A CUT pede a retirada en Compostela e Moaña das pistolas táser polo seu elevado risco
A Sección Sindical da CUT no Concello de Compostela (con representación no Comité de Empresa do persoal laboral) e a Unión Comarcal da CUT no Morrazo esixen a inmediata retirada das pistolas de electrochoque ou táser introducidas para o seu uso pola Policía Local nos Concellos de Compostela e Moaña. No caso de Compostela a alcaldía anunciou a compra coa oportunidade da COVID-19 mais a CUT advirte que a súa adquisición xa fora decidida con anterioridade.
Ler mais...
A MAIORÍA AO 'REPELIREN' OS AXENTES UNHA AGRESIÓN
15 persoas mortas ‘accidentalmente’ en intervencións policiais nos últimos 5 anos
“É preciso o uso da forza para a súa execución ante a forte resistencia do inquilino, que provoca lesións a un axente. Após a intervención o citado cidadán é levado ao hospital para exame médico, onde se comunica o seu falecemento”. Interior califica esta morte como “accidental”. É un dos 15 casos que figuran na resposta do Goberno ao deputado Jon Iñarritu, que pedira unha ampliación de información sobre estas mortes calificadas como ‘accidentais’.
Ler mais...
CONCENTRACIÓN EN APOIO A PRESO EN GREVE DE FAME E SEDE
Iruña: O goberno prohibira outra concentración en base a un relatorio da Policia española
Un grupo de persoas concentrouse onte no paseo de Sarasate (Iruña) en apoio ao preso P.R., en greve de fame e sede no cárcere de Murcia. No bairro de Txantrea tamén se reuniron algunhas persoas en resposta a outra convocatoria que non puido celebrarse por ter sido expresamente prohibida pola delegación do Goberno español en atención ás recomendacións da policía. A mesma policía que defende o dereito a manifestarse no bairro de Salamanca de Madrid.
Ler mais...
AMNISTIA INTERNACIONAL: EMBARGO MILITAR A ISRAEL
Artistas pedem o fim do cerco de Israel a Gaza em plena crise do coronavírus e apoiam apelo AI
Naomi Klein, Tiago Rodrigues, Sérgio Godinho, Vic Mensa e Viggo Mortensen estão entre os artistas que apelam ao fim do cerco de Israel à faixa de Gaza em plena crise e apoiam o apelo da AI para um embargo militar a Israel “até que este país cumpra com as suas obrigações perante o direito internacional”: “Os quase dois milhões de habitantes de Gaza, predominantemente refugiados, enfrentam uma ameaça mortal na maior prisão ao ar livre do mundo”.
Ler mais...
0 notes
nievesvidueira · 6 years ago
Photo
Tumblr media
A herba de namorar deixase ver cada ano, mais eu son como a panoia que non tolera o engano. Sentimentos encontrados emocións dun mal pensar, e o rodeiro do carro quen me ensinou a penar. Eu escoito o seu cantar pecho os ollos nun milagre, tamen canta moito o viño o convertirse en vinagre. Avinagran os meus ollos perante un futuro incerto, maila herba de namorare entran noeu peto aberto. Nestes intres indecisos co meu corazón quebrado, calquera signo de amor para min e un pecado. A comprensión queda lonxe e a dor e quen ma levou, paga a pena o sacrificio polo herdo que deixou?? Se o rodeiro do carro roullou ata que rompeu, tamen eu ei de roullare tan soio polo amor teu. Nieves Fernández Vidueira
0 notes
praza-catalunya · 7 years ago
Text
Antonio López ou os xeitos de retratar a vida
Esta primavera as obras realistas do artista Antonio López desembarcan en Barcelona, máis concretamente no Palau de la Música Catalana, esa institución convulsionada polos escándalos. E tamén hai unha escultura (Fátima) na galería Marlborough. As súas pinturas, as súas esculturas falan das teimas que o seu autor ten pola Humanidade, polo Tempo. Por que a infancia é ese estado tan enigmático? Por que López reitera sempre os mesmos temas? Temas que, en moitos casos, proveñen directamente do barroco.
Lito Caramés
Tumblr media
La Cena.Flores, rosas
Aunque la virgen sea blanca
Píntame angelitos negros
Que también se van al cielo
Todos los negritos buenos
Pintor, si pintas con amor
Por qué desprecias tu color
Si sabes que en el cielo
También los quiere dios
(Píntame angelitos negros, poema de Andrés Eloy Blanco. 1959)
Na mostra Antonio López al Palau de la Música Catalanaé doado contemplar catro pinturas. Tres delas pódense definir como estudos preparatorios, ou pezas sen rematar, pero que aínda así teñen esa mestría que posúe o artista de Tomelloso. A pintura que é ben coñecida é La Cena, peza que comezou en 1971 e rematou por 1980. Antonio López, na presentación das obras dixo que tamén este óleo sobre táboa é un bodegón. Segundo López o bodegón é un tema moi antigo; xa os romanos o deixaron reflectido nas paredes e nos chans das súas casas, onde igual reproducían un fato de peixes, que de vexetais ou mestura dos dous reinos. Nesta páxinaobsérvase a riqueza e variedade de bodegóns que ornaban os muros das grandes residencias romanas de hai 2000 anos, pintados ao fresco.
O artista figurativo aproveitou para falar da admiración que sente polos bodegóns españois, como os que pintou Zurbarán, ou Sánchez Cotán. Trátase evidentemente de naturezas mortas nas que prima a frugalidade monacal, a austeridade relixiosa que ata en vexetais semella impor a igrexa católica naquel século XVII. A destacar a colección de bodegóns con cenorias e cardosque pintou Sánchez Cotán, con eses fondos negros que anulan perspectivas, e centran a mirada nos humildes alimentos. Se os ollares se centran na mesa iluminada que preside La Cenasi é un bodegón coas súas froitas, carnes, pezas de vaixela, etc. Hai anos dixo Guillermo Solana, director artístico do Museo Thyssen-Bornemissa, que esta pintura tiene un aire casi eucarístico, sacramental. Están comiendo cosas muy normales, muy corrientes, con una vajilla muy corriente. Una cena muy sencilla, a la luz de una bombilla. La cena de una familia de los años 60, de una España en desarrollo pero, que tiene la solemnidad de un sacramento. Efectivamente. López, desde finais do século XX retoma a esencia dos bodegóns barrocos; a súa espiritualidade. O propio artista na presentación de Antonio Lópezal Palau de la Música Catalanadefendeu que foi a pintura española barroca a que inventou ese bodegón frugal, mínimo, case oriental como un haiku, que a el lle parecen tan sacros como unha imaxe relixiosa de popular devoción. Aparte do bodegón propiamente dito, na pintura aparecen a muller do artista, María Moreno, tamén pintora, e mais a súa filla María. Ten contado a filla que o cadro foise facendo en longas horas de posado, ata o punto que o pai púñalles música e faláballes para que non durmisen. A calidade artística do mestre realista rezuma por toda a tea. Unha frugal luz ilumina a mesa, deixando o resto na penumbra, seguindo ditados de Caravaggio ou Rembrandt. O realismo dos alimentos, o virtuosismo dos vidros (pratos de Duralex, incluídos), as cores apagadas do fondo en contraste coa claridade amarela do mantel, falan de perfeccionismo artístico. No ano 2014, nunha exposición na Pinacoteca de Brera (Milano) puidose ver esta peza, La Cena,nun interesante diálogo, tal e como titulaba Artribune:Brera. Dove Caravaggio incontra Antonio López García. A pintura de López, de 1971-1980 en conversa directa coa ben coñecida peza caravaggiana: Cena in Emmaus,de 1606, na que Xesús e acompañantes gravitan arredor dunha mesa cun bodegón. Dúas ceas en diálogo artístico, separadas por case 400 anos, pero xuntas nas propostas e nas técnicas figurativas. Serán, tamén –como dixo Solana-- dúas ceas sacramentais? Ao falar desta circunstancia especial, que unha das súas obras comparta espazo e parede cun Caravaggio, López comentou lacónico: un regalo de la vida.
A carón de La Cena, na sala Lluís Millet –dedicada ao músico de El Masnou e fundador doOrfeó Catalá-- atópase exposto un debuxo. En realidade varios debuxos preparatorios da montaxe de La Cena. É moi interesante pois trátase dun collage no que o pintor –feito un deseño da face da súa muller ou de elementos da mesa-- pégaos sobre cartón para ir definindo volumes e composición. Os obxectos que na obra final están sobre a mesa, xa están neste debuxo. Non así os fondos que para nada aparecen. Quizais con estes xeitos de traballar o artista pode pensar e repensar a estrutura definitiva para a obra que homenaxea á súa familia.
Os bodegóns seguen o seu camiño. Os vieiros que os e as artistas escollen para crear as súas visións das realidades son moi diversas. Por sorte. Os irmáns Santilariactualizan os seus bodegóns con plásticos transparentes e bandexas de aluminio. Agora, no mundo das tecnoloxías audiovisuais non podía por menos que a natureza morta se retratase nesas tecnoloxías. Tal é o caso do artista Ori Gersht, que mesmo semella que quixese transportar a Sánchez Cotán á actualidade.
Tumblr media
Carmen dormida. Noche / Hombre y Mujer
Regrets, I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do
And saw it through without exemption
I planned each charted course
Each careful step along the byway
And more, much more than this
I did it my way
(My way, adaptación dunha canción popular francesa ao inglés de Paul Anka ern 1969)
A exposición Antonio López al Palau de la Música Catalanatamén ofrece ao público que –con calendario reducido-- poida disfrutar das obras do pintor figurativo, a súa fasquía como escultor. Fóra do propio recinto do Palau de la Música, no espazo que se di Praça del Palauinstalouse a escultura Carmen dormida. Noche(2007), unha peza de algo máis de 3 metros de altura, en bronce, e que o artista fixo cando a súa neta Carmen tiña xusto un ano. El mesmo confesou que lle deu tempo a facer só a cabeza, xa non o corpo. É proverbial as lentitude de execución de Antonio López; segundo el nunca acaba de ver unha obra rematada de todo. Hai outra cabeza de Carmen, tomada xcos ollos abertos, co mesmo título pero co engadido Dia. Esta obra vén de Lleida, da FundacióSorigué, onde está exposta nos xardíns de tal institución. A Fundació Sorigué naceu co propósito de devolver á sociedade parte da riqueza empresarial xerada, e culturalmente decidiu crear unha colección de arte contemporáneo que hoxe conta con recoñecemento xeneralizado.
A cabeza de bebé queda moi ben onde está. Fai compañía a Carmela, a creación de Plensa en ferro fundido que, despois dunha exposición deste artista no Palau, unha solicitude popular logrou que Plensa concedese o goce da peza por oito anos. Carmelatamén é a cabeza dunha nena. Figurativa, tamén, aínda que con outra técnicas e materiais. Dúas nenas, esculturas exteriores, coa súa total inocencia vixiando o Palau de la Música Catalana, escenario de tantos concertos, pero tamén de tanta corrupción.
Estaría ben que outra mobilización popular pedise que a escultura de López se quedase nos exteriores do Palau.
Hai dez anos (daquela aínda non se sabía que uns ladróns traballaban desde dentro, coma termitas, para arruinar o prestixio da institución), tras dos vidros da fachada do Palau, a escasos pasos de onde agora dorme Carmen.O artista cambadés Francisco Leirocolgou un mangado das súas obras: Retaule. Pezas escultóricas de madeira –colgadas pola parede de vidros-- con choscadelas ao románico, pois eran austeras, elementais nas liñas, mitolóxicas e cotiás, hieráticas nos contidos. Leiro buscaba na monumentalidade a versión irónica, na estraña ubicación a racionalidade, na concepción plástica dos personaxes o humor do Salnés. Unha reflexión sobre a condición humana e unha ledicia para os sentidos.
Tumblr media
Dentro, no primeiro piso, na sala Lluís Millet –a dedicada ao fundador doOrfeó Català-- Antonio López instalou outras dúas esculturas. Tamén emblemáticas da súa traxectoria artística: Mujer(2017) e Hombre(2001). Son dúas esculturas réplicas das que se exhiben no Centro de Arte Reina Sofía. A diferencia entre as orixinais, dos anos 90, e as que agora enchen espazos no Palaué que as do Reina Sofía son de madeira de bidueiro, ás que o artista logo pintou cunha cor “carne” que lles atribúe máis realismo. Sobre a escultura Hombree o sistema de traballo de López, el mesmo contou parte da historia desta peza. Xa traballara moito nela, pero aínda así había algo que non lle agradaba. A cabeza si. A cabeza fíxoa mormente a partir das formas dun amigo, pero no corpo había algo que non lle agradaba. Con todo a escultura viaxou a unha exposición en Alemania, e alí comprouna, ano 1973, unha coleccionista alemá. Despois de vendela, e de que se pagase –afirmou o artista-- pediulle á coleccionista que lle deixase levar a Madrid a peza para darlle uns retoques. Só retoques. A coleccionista accedeu, e López estivo retocando e cambiando case por completo o corpo ata o ano 1990. No ano 1990 Antonio López sabe que a coleccionista vendeu Hombre–que seguía no seu estudo a Repsol. E Repsol acabou doándoa ao Centro de Arte Reina Sofía.
Da outra peza, Mujer, en troques, López asegurou que foi posterior, pero que xa desde o comezo a atopou acertada, e que non lle deu tanto traballo. Da parella sorprenden as diferentes posicións e actitudes das figuras. Hombremóstrase tenso, cos ademáns de camiñar, o corpo máis cangado na perna dereita; mentres queMujeré máis estática, pés xuntos, frontal, serena. Aínda que sexa de lonxe hai aquí un certo paralelismo con moitas das esculturas de Giacometti. O artista suízo case sempre presenta aoshomesen actitude de andar, inclinados cara diante e cunha perna máis adiantada ca outra. Por contra as mulleresconcíbeas como estáticas, frontais, como chegadas da arte exipcia ou da etapa Arcaica grega. Comentou o artista na presentación deAntonio López al Palau de la Música Catalana–falando das dificultades que tivera para crear e entender Hombre-- que na escultura moderna desapareceu o canon. Non se pode falar do canon de sete cabezas (Policleto), ou do de oito cabezas (Praxíteles). En concreto, mencionou a dous artistas que remataron por crear os seus propios modelos humanos: Giacometti e Bacon. De seguro que esta citación ten que ver coas súas preferencias estéticas.
Falando das súas esculturas, e dos seus constantes traballos para retocalas ata sentir que expresan, que teñen ánima, Antonio López afirmou que lle daba importancia a todo na escultura, mesmo á pátina coa que recubre a estatua. López considera que a estatua, sexa do material que sexa, debe ter pel, ha de mostrar as rugosidades ou tersuras que lle corresponden. Por iso el imprima o metal ou a madeira cunha capa de pintura ou verniz, logo con outra, e outra ata atopar o tacto que considera que lle corresponde. Un mestre ata nos máis pequenos detalles.
Tumblr media
Antonio López al Palau de la Música Catalana. Barcelona. Música
How many years can some people exist
Before they're allowed to be free
How many times can a man turn his head
And pretend that he just doesn't see
The answer, my friend, is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind
(Bob Dylan. The answer is blowing in the wind, 1963)
Antonio López, o pintor figurativo máis coñecido e de longa traxectoria en España, está presente estes meses en Barcelona, na mostra Antonio López al Palau de la Música Catalana.Trátase dunha exposición peculiar, tanto pola ubicación como polos contidos, e tamén polas posibles visitas á mesma. As visitas poderán facerse só os mércores, ou os días de actuacións no Palau, ou tamén durante as visitas concertadas que se poidan programar por parte do Palau. O Palau de la Música Catalanaé un edificio magnífico deseñado e construído polo arquitecto Lluís Domènech i Montaner. Hogano é un dos mellores exemplos de Modernismo que se poden atopar na vila de Barcelona; a carón de La Pedrera, a casa Batlló, ou a Casa Amatller. Erixiuse este edificio, para que fose a sede do Orfeó Català, entre 1905 e 1908. Hoxe é patrimonio da Humanidade, declarado pola UNESCO. O arquitectoDomènech i Montaner,autor de verdadeiras iconas do modernismo en Barcelona e outras cidades, tamén foi historiador e político catalanista. Por outra parte, o Palaucomo institución cultural catalá está a saír dunha situación difícil, despois do escándalo que se descubriu polas manobras ilegais que facía o anterior director, Félix Millet e acompañantes.
Os temas que trata Antonio López son sempre os mesmos. Prioritariamente a figura humana, xa en debuxo, en pintura ou en escultura. E logo outros aspectos que rodean a vida humana: a produción de alimentos, as vivendas, as cidades. O artista expuxo no Palau de la Músicaque ten poucos temas, pero volve sobre eles continuamente. E para unha mesma obra igual. Estuda, proxecta, retoca e retoca. Esta liberdade para poder traballar ao ritmo e coas técnicas que lle peta, débese –afirmou-- a que non traballa por encargo. O encargo elimina a liberdade; os artista nestes casos ten que confeccionar o que lle piden, e do xeito que lle piden. Ao longo da historia os artistas traballaron principalmente por encargo. Os primeiros que de verdade racharon con esa dinámica e fixeron o que lles petou, aínda que non vendesen, foron os impresionistas. Monet, Renoir, Morisot, Pisarró, Casat, Sisley e outros pintaron cando e como quixeron, por iso foron rexeitados. Un exemplo é a serie que Monet fixo da fachada da catedral de Rouen. Pintouna e volveuna pintar, pondo o cabalete no mesmo sitio, e sempre lle saían cores e tonalidades diferentes. Hoxe esa serie marabilla. Como di Antón Patiño, o grande artista galego, no seu libro de poemas Océano e Silencio: Monet desviou / a canle dun regato / para facer pontes / ao país da pintura.
Durante as preguntas que lle fixeron a Antonio López diversas persoas presentes na presentación de Antonio López al Palau de la Música Catalana, o artista respondeu que está mirando de facer unha vista de Barcelona, igual cas que xa fixo de Madrid. O artista confesou que, non vivindo nunha cidade é dificultoso atopar o lugar desde onde tomar esa vedutedunha cidade. Aos seus 82 anos está totalmente activo –traballa unhas 6 horas diarias-- e, entre outras cousas xa ten comezadas dúasvedutade Bilbao e de Sevilla, onde a ría e o río –respectivamente-- son os eixos das pinturas. Nesas dúas vilas xa atopou o lugar onde instalar o cabalete, pois a el non lle agrada traballar a partir de fotografías; prefire o directo. Agora seica viu na prensa unha foto de Barcelona, tomada desde as alturas e na que se ve o caserío, máis arriba o azul do mar, e máis enriba o azul do ceo. E que esa vista gústalle moito, e procurará atopala para mirar de comezar a traballar nela.
Xa que estaba no corazón do Palau da Música Catalana, tamén lle preguntaron pola importancia da música na súa vida. Declarou que sempre lle encantou a música, que sempre traballou con ela. De rapaz, en Tomelloso, nunha das poucas radios que había escoitaba cancións e a música parecíalle maxia. Logo en Madrid foi descubrindo Beethoven, Purcel e Bach. Pero de sempre lle agradou moito a música popular (de feito, nunha das escenas de El Sol del Membrillo, sae cantando unhas coplas populares). Dixo que a música é unha arte que posúe unha condición que non ten a pintura, que é moi popular: calquera pode cantar e escoitala; e tamén é doado compor cantigas. Aludindo á música popular citou varios nomes: Bob Dylan, Frank Sinastra, e xa de España a Antonio Machin e a La Niña de los Peines,de quen dixo que tiña moitos discos. Desta última artista –unha das voces máis poderosas da arte do flamenco-- deixou escrito Federico García Lorca (admirador seu): Jugaba con su voz de sombra, con su voz de estaño fundido, con su voz cubierta de musgo.
Tumblr media
Flores, verduras. Deseños
Yo vi a mi mare morir
y no me quiero acordar
fue tanto lo que sufrí
que, en vez de echarme a llorar
mi llanto rompió en reír
(Taranta popularizada por La Niña de los Peines)
Para seguir a visita de Antonio López al Palau de la Música Catalanacómpre rematar cos deseños de froitas e verduras que, en número de tres, tamén se poderán contemplar na Sala Lluís Millet. Son debuxos feitos con lapis sobre cartolina, traballos minuciosos e exquisitos que o artista de Tomelloso executou como ensaios resolutivos para máis bodegóns. O que nos tres deseños se pode ver son grandas, verduras, marmelos, froitas, e unha cabeza de coello. Os riscos do lapis desfila preciso e complexo como un gravado de Rembrandt ou de Durero. Polos lados López deixa espazos en branco, por onde os trazos respiran e ocupan a totalidade da cartolina. Sen medo aohorror vacui, como se dun traballo xaponés se tratase. Os tres debuxos son dos anos 1987 e 1988.
No ano 1992 Victor Erice argallou e filmou a película El Sol del Membrillo. O filme é simplemente (e dificultosamente) asistir ao intento de Antonio López de pintar un marmelo que, en pleno verán, está cheo de follas verde, e de froitos. O pintor figurativo insiste nos deseños preparativos para a posterior pintura. O problema foi que os días pasan, as cousas mudan, e a árbore cángase con máis peso, perde follas. A loita dos humanos contra o Tempo. Impresionante testemuña do traballo dun artista serio e realista. Antonio López sempre á procura da transcendencia da vida humana. Como deixou escrito Rainer María Rilke no seu poema Maxia:Tales formas xorden / dunha transformación indiscriminable: sinte e cre! / É frecuente sufrirmos polas chamas que se volven cinzas. / Mais na arte é o po o que se fai chama.
O cineasta David Trueba–quizais emulando a Erice-- propuxo a Josep Santilari, pintor de Montgat, filmalo mentres pintaba un cadro de amplas dimensións. O resultado é o filme El Cuadro. Neste filme dunha hora de duración asístese ao máxico proceso de creación artística; como en El Sol del Membrillo, pero aquí coa diferencia de que o artista chega a rematar a obra.
Pois os deseños de Antonio López que agora están no Palauteñen moito que ver co que se filma na película de Erice. Se alí López pasa a meirande parte do tempo argallando a situación do cabalete, a posición do artista (chega ao extremo de que, para acadar cada día a mesma posición, espetar unha cravos na terra onde ían ir as punteiras das súas botas), facer marcas nas follas para axudarse a cuadricular a tela, etc., é moi posible que, para facer estes deseños de froitas e verduras, López seguise rumbos similares. Ademais son dos mesmos tempos.
Tumblr media
A escultura Fátima na Galería Marlborough. Os Santilari en Artur Ramon
Por estes mesmos días –a coincidencia foi buscada-- na Galería Marlboroughde Barcelona tamén se pode admirar unha creación de Antonio López, a escultura de medio corpo titulada Fátima. Fátima é a última escultura que polo de agora fixo López. Representa o medio corpo dunha muller en mármore branco, concibida como frontal e ríxida, como se dunha estatua sacra románica se tratase. Pero a dureza da escultura vese mediatizada por ese ollar que se ergue por riba dos seus horizontes (e dos da persoa que a contempla), e logra que toda a composición transcenda a anécdota e se proxecte cara o infinito; refuxio das grandes preguntas sobre a condición da vida humana.
Acompañando e compartindo espazos con Fátima, a galería Marlborough de Barcelona expón obras do artista Juan Genovés, baixo o título de Irreversible. O artista comprometido social e politicamente, autor de obras tan emblemáticas como El Abrazo(2003), creada en bronce a partir da pintura homónimado ano 1976, que conmemoraba a amnistía política dese mesmo ano. Na Marlborough está agora obra gráfica recente.
Non lonxe do Palau de la Música está a nova localización da galería Artur Ramon, un clásico na arte en Barcelona. E as súas dependencias albergan tamén estes meses a mostra 7 Pecats Capitalsamb Pere Santilari i Josep Santilari.Os irmáns Santilari crearon vanitaspara sintetizar cada un dos pecados capitais. Vanitasque moito teñen que ver e deber ás vanitasbarrocas. Saberá Antonio López que preto de onde respiran as súas obras, hai outras que de seguro o emocionarán?
Tumblr media
Lito Caramés
EXPOSICIÓN:
Palau de la Música Catalana
ata o 24 de xuño de 2018
0 notes