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#daniela bousso
adelantecomunicacao · 3 years
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Rubens Ianelli em mostra individual “Delicadeza e Resistência” na Galeria Contempo. 28set-23out2021. São Paulo
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Curadoria de Daniela Bousso traz a público a recente produção do artista, exibindo pinturas em óleo e têmpera sobre tela, além de desenhos e azulejo inéditos A Galeria Contempo inaugura no dia 28 de setembro de 2021, terça-feira, a mostra do artista brasileiro Rubens Ianelli, exibindo 9 pinturas em têmpera sobre tela, 3 em óleo, além de seis desenhos e 3 painéis em azulejo, selecionados pela curadora Daniela Bousso. A individual “Delicadeza e Resistência” fica em cartaz de 29 de setembro a 23 de outubro de 2021 no espaço da galeria no Jardim América, em São Paulo.
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[Lanças. 2021. Têmpera sobre tela. 160 x 125 cm] A presente seleção de obras de Rubens Ianelli é um convite a se compreender o entrelaçamento de aspectos biográficos do artista e as situações históricas e culturais por que ele passou como militante político e médico radicado no Acre. “O resultado destes deslocamentos é uma visualidade que remete ao geometrismo indígena, aos símbolos de civilizações arqueológicas e à figuração pré-colombiana. Seu imaginário também é fruto de observações nos anos 70, quando entra em contato com a Geometria Sensível”, escreve Daniela Bousso em texto de apresentação da individual.
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[Hélice. 2021. Têmpera sobre tela. 180 x 140 cm]
Para a curadora, o hibridismo da linguagem de Rubens alia as abstrações orgânicas e geométricas do modernismo brasileiro e europeu às tradições ancestrais de povos ameríndios, operando um resgate da memória latino-americana de maneira dialética, onde se entreveem as influências de artistas como Joan Miró e Paul Klee e grafismos indígenas. Sob esse aspecto, Daniela evidencia o aspecto decolonial inaudito e precoce do repertório visual do artista, que “constela ecos dos tempos modernos no presente”, sobretudo nas delicadas têmperas de cromatismos básicos do mural italiano, com evocações das civilizações pré-colombianas.
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[Até Quando. 2021. Óleo sobre tela. 180 x 145 cm.] “Dos quadrados e triângulos vem as cidades, acesas por uma luminosidade ora velada, ora animada por laranjas e amarelos. Dos povos indígenas vem as setas, a compor ficções que aludem a civilizações de outrora. E dos mares vem as ondas, que se esvaem nas brumas dos movimentos fluidos. Tudo sob o trato sensível de mini pinceladas. Afinal sensibilidade é política de resistência, pois refaz em pequenas narrativas uma história fora do eixo”, escreve a curadora.
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[Olhos de mar. 2021. Têmpera sobre tela. 130 x 180 cm]
A Galeria Contempo foi criada em 2013 por Márcia e Monica Felmanas e reune o melhor da produção artística contemporânea brasileira, representando artistas emergentes, jovens e promissores talentos. O foco do acervo aponta para colecionadores e apreciadores da atual produção. Ao reunir distintas linguagens e estéticas, a galeria transita do universo da pintura, do desenho, da gravura, do tridimensional e da fotografia, aproximando-se, ainda de “lugares” não tão “visitados”, como a arte de rua.
🔗 Press-release: https://adelantecomunicacao.tumblr.com/post/659691724712574976/rubens-ianelli-em-mostra-individual-delicadeza-e 📷 Imagens: https://adelantecomunicacao.tumblr.com/tagged/imagensrubensianelli
🔗 Texto curatorial: https://adelantecomunicacao.tumblr.com/post/659427927377772544/delicadeza-e-resist%C3%AAncia-sobre-rubens-ianelli
Foto do topo do texto: Ibeji. 2021. Têmpera sobre tela. 100 x 80 cm. Foto Sergio Guerini
Serviço:
Exposição: “Delicadeza e Resistência”, individual de Rubens Ianelli Curadoria de Daniela Bousso Abertura: terça-feira, dia 28 de setembro de 2021, a partir das 14h Período expositivo: 29/09 a 23/10/2021 Horários: segunda a sexta-feira das 10 às 19h; sábado das 10 às 16h Galeria Contempo Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 1644 Jardim América | São Paulo, SP | 01442-001
📞 (11) 3032- 5795
🔗 https://galeriacontempo.com.br/ 📩 [email protected] Mais informações para a imprensa:
Décio Hernandez Di Giorgi Adelante Comunicação Cultural 🔗 https://adelantecomunicacao.tumblr.com/ 📩 [email protected] 📱 (11) 98255 3338 🔗 Press-release: https://adelantecomunicacao.tumblr.com/post/659691724712574976/rubens-ianelli-em-mostra-individual-delicadeza-e 📷 Imagens: https://adelantecomunicacao.tumblr.com/tagged/imagensrubensianelli
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[Terra. 2021. Óleo sobre tela. 160 x 145 cm]
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blogdojuanesteves · 4 years
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MACHINA MUNDI Sub Specie Aeterni  > Claudio Edinger
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Há quase três anos escrevi sobre Machina Mundi as engrenagens do mundo ( Bazar do Tempo, 2017), livro do fotógrafo carioca Claudio Edinger, que as singularidades produzidas pelo autor apresentavam-se por uma estética peculiar, uma assinatura já amplamente reconhecida que distanciava de um mundo monitorado pelas visões pasteurizadas do planeta  bem como daqueles fotolivros pseudoconceituais que pululam à revelia de alguma virtude. Uma publicação com elementos intrínsecos que esperamos da boa arte, incluindo aqui a fundamental estese, que vem sendo apartada insistentemente por problematizações vazias de muitos autores.
 Machina Mundi Sub Specie Aeterni ( Ed.Vento Leste, 2020) último dos seus 20 livros  ( incluindo seu romance Um Swami no Rio ( Annablume, 2009) é uma espécie de segundo volume  Machina Mundi. Mostra, como este, alternadamente a proposta de se concentrar na visão urbana mais contraditória, na natureza como oposição a esta e na escala das inserções humanas. O título Machina Mundi, parece ser o epítome do conjunto, bem como a realização de experimentos que se iniciam como o formato 35mm, vão para o médio 6X6, desembocam no 4X5 polegadas e finalmente se firmam no digital.
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Sub Specie Aeterni significa "sob a forma do eterno"  termo usado pelo fotógrafo, professor de filosofia e pesquisador catarinense Guilherme Guisoni no livro anterior, extraído do texto Tractatus logico-philosophicus ( Kegan Paul, Trench, Trubner & co, 1922) do filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein (1889-1951). “a compreensão do mundo que sobrepõe lógica e misticismo, permitindo ao leitor, através da análise do limites da lógica da linguagem, um acesso ao que há de mais elevado na forma de uma experiência indizível.” O título é inspirado em outro livro, Tractatus theologico-politicus publicado em 1670 (de forma anônima) pelo pensador holandês Baruch de Spinoza (1632-1677).
 No feliz encadeamento filosófico deste livro, nos entregamos a metafísica continuando nesta nova edição com o texto "O tempo estendido na fotografia de Claudio Edinger", da egípcia radicada no Brasil Daniela Bousso, curadora, crítica de artes visuais e doutora em Comunicação e Semiótica, que já trabalhou na Pinacoteca do Estado e dirigiu o Paço das Artes, além do texto do próprio autor que se dirige ao mesmo destino: "A maquete dialética do mundo".
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Para a curadora, as imagens de Edinger estão entre o fotográfico e a imagem da pintura abstrata, assinalando um lugar marcado por temporalidades complexas. "Esse lugar entre imagens expande o tempo do instantâneo e nos proporciona a oportunidade de uma prolongada, uma quase-imersão, que alcança o observador num passado quase-presente. Mas ele o faz repassando a história da arte moderna aos nossos olhos."
 Neste aspecto é interessante relembrar o artista paulista Vik Muniz, provocado pela curadora e professora paulistana de História da Arte Aracy Amaral no livro Ver para crer ( MAM, 2001)  para quem a ideia de criar layers de informação em suas fotografias faz com que o espectador se detenha diante de suas obras. Um enunciado igualmente proporcionado por Edinger e suas referências à arte mais ampla, no que nos parece ter o sentido de diferenciar-se do volume de informações visuais incoerentes ou sem significado impostas ao espectador contemporâneo.
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Machina Mundi nos remete também ao trabalho em foco seletivo (tilt-shift), uma técnica de separação da nitidez da imagem, do italiano Olivo Barbieri com sua série Site Specific, iniciada em 2004 e em outros projetos como o livro  The Waterfall Project (Damiani, 2008) nas quais, como o brasileiro, usava câmeras de grande formato na direção de tomadas aéreas, reduzindo as vastas metrópoles a uma espécie de maquetes. O posicionamento e o desfoque controlado afetam sensivelmente a compreensão da escala impondo uma diferente hierarquia do olhar.
 O crítico italiano Walter Guadagnini, autor do livro Una storia della fotografia del XX e del XXI secolo ( Zanichelli, 2010) escreve que "Existe um expediente técnico evidente nisso, e é a escolha por fotografar de cima, colocar-se em uma condição privilegiada e anômala. No passado, esse expediente já deu origem a numerosas leituras, que vão desde o reconhecimento das raízes históricas dessa perspectiva (a partir das fotografias de Nadar de um balão de ar quente) até as implicações sócio-políticas decorrentes do fatídico 11 de setembro. "
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Edinger conta que começou "sem saber" a pesquisar o foco seletivo já em 2001, quando voava de helicóptero sobre o Rio de Janeiro e depois que fez tomadas do alto de grandes edifícios paulistanos como o Circolo Italiano (conhecido como edifício Itália) um dos mais altos no centro da cidade. "Talvez até pela minha prática espiritual, meditando todos os dias,  eu caçava imagens aéreas, sob o ponto de vista do que é eterno." ( o fotógrafo é iogue e segue desde 1975 os ensinamentos do mestre indiano Paramahansa Yoganada (1893-1952).
 Discordando um pouco do crítico italiano por um certo reducionismo a algo técnico, o pensamento de Edinger expressa que a vista do céu transforma, exalta, coloca tudo em sua perspectiva natural. "A vista aérea com foco seletivo, pela tentativa de evocar intimidade, imitando nossa visão, aproxima, afasta, encanta, assusta." Ele se pergunta como tudo isso foi feito, prédios, carros, as ruas, cada um de nós, questões que deveriam nos espantar. Às imagens já citadas de Félix Nadar (Gaspard-Félix Tournachon (1820-1910) o fotógrafo acrescenta o genial ucraniano Kasimir Malevich (1879-1935), um dos ícones do Abstracionismo, que segundo ele, teria usado imagens aéreas para inventar a pintura abstrata.
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Lá se vão cerca de 160 anos do pioneiro vôo de Félix Nadar,  mas a fotografia nunca prescindiu de ângulos exóticos ou estranhos em contraponto à chamada "visão normal", celebrada pelos street photographers como o francês Henri Cartier-Bresson ( 1908-2004) ou o americano Garry Winogrand (1928-1984), com suas objetivas "normais" e imagens no plano do andar. Outro exemplo dessa ruptura são as imagens produzidas pelo francês Yann Arthus-Bertrand e seu famoso bestseller Earth from above (Abrams, 2002), que assim como o italiano Barbieri é contemporâneo de Edinger.
 "Ao pesquisar novas concepções de linguagem, Claudio adentra seus repertórios poéticos nas tangências das metrópoles. No silêncio e da solidão dos intervalos que os seus referentes evocam." escreve Daniela Bousso.  A descrição da curadora sacramenta uma carreira baseada em pesquisas e por consequência mutações, as quais o fotógrafo administra com folga. Seus primeiros livros Chelsea (Abeville Press, 1983)  e Venice Beach ( Abeville Press, 1985) trafegam pelo 35mm do fotojornalismo, cambiam para o formato médio em Loucura (DBA, 1997) e Cityscapes (DBA, 2001), entram pelo formato grande em De Bom Jesus a Milagres ( BEI, 2012) e Paradoxo do Olhar (Ed. Madalena e Terceiro Nome, 2015)  e desembocam no processo digital de Machina Mundi na fusão entre o documental e a arte. [ leia aqui review https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/116467019731/o-paradoxo-do-olhar-claudio-edinger ].
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A ideia da fotografia como forma de arte certamente eleva a subjetividade do meio. Já no tempo dos passeios aéreos de Nadar, o escritor, crítico de arte e seu amigo conterrâneo Charles Baudelaire (1821-1867) estranhava a produção de uma imagem por um aparato mecânico que oferecia certa fidelidade com o real, como levanta Adam Begley em seu The Great Nadar - The man behind the camera ( Tim Duggan Books, 2017). Para o também poeta, a fotografia era um avanço que punha em risco a pintura e que deveria ficar na seara do documental apenas. Este embate não teve fim, e ainda não assistimos a debacle dessa discussão. Daí parte do interesse de Machina Mundi em buscar os paralelos abstratos ao selecionar os elementos que irão polemizar entre a nitidez da realidade e aqueles mais nuviosos a nos lembrar da ruptura que também existiu quando os pintores resolveram abolir a "fidelidade" de suas telas como nos anos impressionistas.
 Machina Mundi Sub Specie Aeterni  também volta a ideia de Wittgenstein sobre estética, na qual ele afirma que estética e ética (como investigação dos princípios que disciplinam, distorcem ou motivam o comportamento humano) são uma coisa só. Certamente o caráter contemplativo das imagens nos direciona a pensar em que a questão filosófica ilumina a questão estética, ou seja, segundo ele, só podemos ver o mundo como uma forma de arte se ele for visto de uma maneira particular ( a tal sub specie aeterni ), assim Edinger subverte a questão espacial, no deslocamento focal, elimina a questão tempo e espaço em sua reflexão sobre a temporalidade ao selecionar os campos que não estarão visíveis, acentuando que o quesito estético é atingido pelo distanciamento entre câmera e objeto .
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Se no livro Paradoxo do Olhar, uma espécie de coletânea, o fotógrafo ainda mantinha a maioria dos planos no nível do chão, em Machina Mundi, seu campo se transfere definitivamente para um recorte de cima para baixo, ou melhor paisagens urbanas e naturais vistas do céu. As fotografias são tomadas de um pequeno helicóptero ou por um drone. O privilégio é da área urbana em contrapartida aquelas mais rurais, selecionando certos ícones da arquitetura como o edifício Flatiron, de Nova York; a Ponte Vecchio, de Firenze; a Catedral e o Congresso Nacional em Brasília; templos indianos em Nova Dheli e Varanasi contra os sinuosos caminhos da Toscana e de Alter do Chão, no Pará  entre outros.
 Embora com elementos reconhecíveis, em sua maioria, o fotógrafo desprende-se dessa limitação ao posicionar através de  novos ângulos redesenhando as cidades, ou melhor pontos quase irreconhecíveis, como grafites em empenas cegas no centro paulistano; o incomum posicionamento do Cristo Redentor no Rio de Janeiro ou da Torre Eiffel e Arco do Triunfo em Paris.  a badalada Igreja Matriz na Paróquia Nossa Senhora do Brasil, encrustada no Jardim América paulistano. E, talvez anunciando passos futuros, suas fusões de imagens que ganharam a importância da capa e a sobrecapa de Machina Mundi, escolhida por uma pesquisa através das redes sociais.
O livro tem direção de arte do próprio autor e arte final do designer Fernando Moser com tratamento de imagens do expert Eduardo Monesi da Ipsis, onde foi impresso em papel Euroart. Teve coordenação editorial de Monica Schalka , edição executiva de Heloisa Vasconcellos e apoio das Galerias Lume e Arte 57, além de vários apoiadores individuais.
 Imagens © Claudio Edinger     Texto: Juan Esteves
 * nestes tempos bicudos de pandemia e irresponsabilidade política vamos apoiar artistas, pesquisadores, editoras, gráficas e toda nossa cultura. A contribuição deles é essencial para além da nossa existência e conforto doméstico nesta quarentena *
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augustando · 5 years
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Ricardo van Steen + Mauricio Parra | Quinta-feira, 21/11, 19h
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Escapes - Ricardo van Steen
A intuição toma a frente da racionalidade discursiva na segunda exposição individual de Ricardo van Steen na Zipper Galeria, aberta a partir do dia 21 de novembro. Em “Escapes”, o artista se distancia do contexto de polarizações e busca guarida em ambientes onde mantém intensas relações afetivas. Com curadoria de Daniela Bousso, a exposição reúne oito aquarelas em grande formato, nas quais o virtuosismo técnico e o diálogo entre os movimentos artísticos figuram como características centrais.
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Zip'Up: Se Você Não Vem Comigo Nada Disso Tem Valor
A partir do dia 21 de novembro, as paisagens do artista Mauricio Parra tomam o espaço do programa Zip’Up. A exposição individual “Se Você Não Vem Comigo Nada Disso Tem Valor”, com curadoria de Renato De Cara, reúne uma parcela da produção recente do artista, que revela sua obstinação por observar, ler e reler a paisagem natural. São 45 pinturas em madeira, em pequeno formato, que compõem um painel em que predomina as relações entre experiência, lugar, contemplação e memória afetiva.
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lovedeliverystudio · 9 years
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Samuel Esteves
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Pra começar, alguma sugestão de um som que você curta pra ouvirem enquanto rola a entrevista...?
Hmmm, difícil... mas vai a ultima que grudou na cabeça e nao saiu ainda: call me up do Homeshake
Há quanto tempo você fotografa? Conta um pouco sobre como começou e tudo mais... Comecei a fotografar em 2002 por influencia de alguns amigos, embalei na faculdade, em 2008 me tornei profissional e estou nessa brisa até hoje.
Suas fotos são bem espontâneas e íntimas. Você faz alguma direção ou sempre tenta deixar rolar o mais natural possível? Procuro nao planejar, é claro que há um método, mas o que me interessa na maioria das vezes, são os entremomentos.
As fotos que você fez pra gente ficaram muito foda. Aquele Lexus antigão é muito stile, aonde vc achou esse pico com esse carro? Esse carro esta abandonado na minha rua, quase em frente ao meu prédio desde o fim do ano passado. Ainda esta aqui.
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Fale sobre um lugar de SP que você curte. Vou muito ao parque minhocão, moro na região. Gostaria de ir mais... espero que o horário de abertura para pessoas finalmente  amplie durante a semana do atual 21:30 para as 20:00. Vida Longa ao Parque Minhocão!
E quanto aos projetos em curso, idéias em mente, o que você tem feito o plano é ter planos, mas enquanto isso nao acontece continuamos a vomitar imagens. no momento estou participando de um exposição coletiva com curadoria do Renato de Cara e da Daniela Bousso, Tristes Trópicos na @galeriamezanino, fica até o dia 29/04. recomendo, impressões de tempos obscuros...
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adelantecomunicacao · 3 years
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Delicadeza e Resistência. Sobre Rubens Ianelli. Por Daniela Bousso. Set2021
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[Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). Ibeji. 2021. Têmpera sobre tela. 100 x 80 cm. Foto Sergio Guerini]
Texto: Daniela Bousso A sensibilidade estética da obra de Rubens Ianelli nos convida a pensar sobre as situações históricas e culturais que demarcaram os seus caminhos. Falar deste artista e de suas andanças significa compreender que o seu trabalho é feito a partir de experiências cultivadas em um espaço de tempo intersticial, que mescla o ambiente paulistano da arte entre os anos 60 e 80 aos processos dialéticos instaurados pelo seu caráter. Rubens iniciou a sua formação artística na infância ao lado de artistas como Volpi e Lothar Charoux, amigos próximos de seu pai Arcangelo Ianelli e do pintor Thomaz Ianelli, seu tio[i]. Mais tarde cursou a faculdade de arquitetura. De outro lado, a sua vida desdobrou-se nas artes e em ativismos políticos em viagens pelo Brasil e exterior.
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[Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). Hélice. 2021. Têmpera sobre tela. 180 x 140 cm. Foto Sergio Guerini]
O resultado destes deslocamentos é uma visualidade que remete ao geometrismo indígena, aos símbolos de civilizações arqueológicas e à figuração pré-colombiana. Seu imaginário também é fruto de observações nos anos 70, quando entra em contato com a Geometria Sensível[ii].
A militância política começa a partir de 1973, quando ingressa na arquitetura. Rubens desperta para a saúde a partir de uma viagem ao sertão e ao sul da Bahia, em 1978, quando um amigo lecionava a partir do método Paulo Freire.  O artista ficou um tempo por lá: viu a miséria e a penúria das gestantes para parirem crianças que morriam de disenteria. Inquieto, ingressou na faculdade de medicina. Enquanto cursava medicina também desenhava, fazia colagens e ganhou alguns prêmios em salões de arte. Convidado para a Bienal do México em 1990[iii], tomou um trem na Estação da Luz em São Paulo e foi para lá recém-casado. Típico jovem dos anos 1970, viajou com a mulher de todos os modos imagináveis e atendeu aos apelos políticos de sua geração. Chegando à Nicarágua, trabalhou na frente sandinista e depois seguiu a pé para a Guatemala até alcançar o México, onde o casal ganhou a vida fabricando doces para hotéis. A Bienal do México ficou para trás. Volta ao Brasil descendo o rio Solimões até chegar em São Paulo. A partir de 1993 participa de uma pesquisa antropológica com profissionais da USP, conhece a medicina tradicional indígena Xavante e atua por sete anos junto às populações indígenas amazônicas. Após um mestrado em saúde pública na Fiocruz, entre 1995 e 1997, é convidado a coordenar uma equipe no centro do Acre[iv], em Tarauacá. Esse foi o ano mais difícil de sua vida. Condições climáticas erráticas, naufrágio, acidentes na floresta, infecções e riscos de vida o deixaram sem tempo para a arte. O médico nestas regiões desamparadas trabalha 24 horas por dia. Quase não dorme, as demandas são intensas. Em contrapartida, conheceu 40 aldeias e teve sob seu cuidado mais de 2.000 índios de 5 etnias diferentes. Rubens voltou para São Paulo em 2001 e a partir daí só se dedica às artes visuais. A potência de suas criações reside na multiplicidade de linguagens como a pintura, a escultura e o desenho. São muitas as suas referências: artistas como Picasso, Miró, Klee, Volpi, Ianelli e a geometria dos desenhos indígenas, povoam o seu universo que abrange arquiteturas, cidades encantadas, tudo perpassado pela poesia do traço e pela intensidade das cores, assinaladas em cada obra. Na sucessão de idas e vindas em sua trajetória evidencia-se o hibridismo. Se por um lado o trabalho dialoga com as abstrações orgânicas e com a geometria do modernismo, por outro, a contemporaneidade de sua produção alude à memória de um apagamento que não se fez apenas pela ação do tempo, mas pela ação dos homens sobre o eixo sul do planeta. O artista criou um vasto repertório simbólico que nos remete a tradições ancestrais. Ao operar no resgate da memória latino-americana ele reafirma o seu universo dialético, forjado já na infância: “Um dia meu pai voltou do Peru com aquelas cestas de feira cheias de cerâmicas e tecidos pré-colombianos e eu fiquei siderado”[v], diz o Rubens. Segundo o teórico Andreas Huyssen, nos anos 80 emergiu uma série de pesquisas culturais que colocaram em perspectiva transnacional os discursos da memória, retomando questões pós-coloniais e periféricas. Além de debates sobre o Holocausto, o mérito dessas pesquisas foi avançar para além de uma história hegemônica, focada apenas nos continentes europeu e americano. O binômio história/memória voltou-se aos africanos, à América Latina e a outros povos, cujas linguagens e histórias estavam relegadas ao esquecimento e à aniquilação. Este foi o início de uma historiografia que contemplava questões de memória coletiva. É deste lugar que proponho atualizar a análise e o estudo da obra de Rubens Ianelli, que tem como foco central a memória latino-americana desde os seus primeiros esboços[vi], ainda adolescente. Na evolução visionária ao redor do imaginário geométrico, o artista se antecede ao tempo atual via uma atitude decolonial em sua obra já no final dos anos 60, quase vinte anos antes dos estudos pós-coloniais se voltarem a uma nova historiografia. Neste ponto podemos perceber como ele coloca em xeque a temporalidade em relação ao espaço global. Para Didi-Huberman, estar diante de uma imagem é estar diante do tempo. Interrogar estas pinturas de Rubens Ianelli realizadas em 2021 é indagar sobre o tempo atual, feito e desfeito em palimpsestos, camadas quase arqueológicas de tradições que se sobrepõem. Nesta exposição o artista constela os ecos dos tempos modernos no presente. É a história do modernismo latino-americano que perpassa suas telas, tratadas com a máxima delicadeza.
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[Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). O Labirinto. 2021. Têmpera sobre tela. 100 x 130 cm. Foto Sergio Guerini] Tempo sem fim, tempo estendido na paleta elegante de cromatismos básicos do mural italiano. Ocres, brancos, terra índia, verde, negro fumo, em camadas e pinceladas onde óleos e têmperas repousam sobre a estrutura das grandes ortogonais, traçadas antes dos pigmentos pousarem sobre as telas. As figuras evocam civilizações Incas, Maias, Astecas, Pré-Colombianas e outros povos indígenas sul-americanos. Mergulho imersivo nas horas, aperfeiçoamento e superação das lições de um passado recente da nossa História da Arte. Destreza ao aplicar a têmpera, delicadeza gestual da pincelada e domínio do desenho - menos visível agora - sempre presente em sua obra. Rubens Ianelli reconta a história de um continente à margem, em três conjuntos de obras nesta mostra de desenhos e pinturas.
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[Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). Sem título. 2020. Pastel seco sobre papel. 49 x 64 cm. Foto Sergio Guerini] Dos quadrados e triângulos vem as cidades, acesas por uma luminosidade ora velada, ora animada por laranjas e amarelos. Dos povos indígenas vem as setas, a compor ficções que aludem a civilizações de outrora. E dos mares vem as ondas, que se esvaem nas brumas dos movimentos fluidos. Tudo sob o trato sensível de mini pinceladas. Afinal sensibilidade é política de resistência, pois refaz em pequenas narrativas uma história fora do eixo.
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Texto escrito por ocasião da abertura da exposição “Delicadeza e Resistência”, com curadoria de Daniela Bousso. Galeria Contempo, São Paulo. Setembro de 2021
Referências
DIDI-HUBERMAN, Georges. Devant les temps. Paris: Les Editions de minuit, 2000.
Geometria Sensível. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3788/geometria-sensivel. Acesso em: 1 agosto 2021. Verbete da Enciclopédia.
HUYSSEN, Andreas. Culturas do Passado-presente: modernismos, artes visuais, políticas de memória. Rio de Janeiro: Contraponto, Museu de Arte do Rio, 2014.
MUSEU AFRO BRASIL. (Org.) Rubens Ianelli. São Paulo: Imprensa Oficial, 2008.
Notas
[i] Desde cedo Rubens aprendeu a dominar os aparatos do desenho e da pintura em sua casa, num vaivém de pessoas como Fiaminghi, Volpi, Emanuel Araújo, Odeto Guersoni, Lothar Charoux, o crítico Paulo Mendes de Almeida, amigos próximos de seu pai Arcangelo Ianelli, e o pintor Thomaz Ianelli, seu tio, que conversavam sobre arte: a cor, a linha, o desenho, a representação, a cozinha e a matéria prima da pintura, tal como o óleo e a têmpera, da qual Volpi ensinava a receita para quem quisesse saber.
[ii] No final dos anos 1970, a Geometria Sensível começa a ganhar força entre nós com a realização da mostra “Arte Agora III, América Latina: Geometria Sensível”, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ em 1978. Sob curadoria de Roberto Pontual, expuseram artistas latino-americanos em busca de uma expressão especificamente latino-americana, segundo o crítico Juan Acha. (ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL) Mais tarde, em 2001, o artista conhece a obra do pintor uruguaio Joaquim Torres Garcia, conhecido internacionalmente pela sua prática com a Geometria Sensível.
[iii] Em 1990 é convidado a participar da Bienal do México pelo curador da mesma, Marc Berkowitz.
[iv] Rubens vai para o Acre em 2000, durante a gestão Ministerial de José Serra no governo de Fernando Henrique Cardoso, como chefe de equipe técnica.
[v] Depoimento do artista à autora em 20/05/2021.
[vi] Ao voltar de uma viagem à Europa em 1967 - ainda menino quando foi morar em Paris e Roma com a família - traz uma série de desenhos, com características presentes até hoje em sua obra e já em São Paulo inicia a série de totens entalhados em madeira, pintados com uma figuração geométrica.
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[Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). Mar azul. 2021. Têmpera sobre tela. 110 x 140 cm. Foto Sergio Guerini]
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adelantecomunicacao · 3 years
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Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). Até Quando. 2021. Óleo sobre tela. 180 x 145 cm. Foto Sergio Guerini
Exposição “Delicadeza e Resistência”, curadoria de Daniela Bousso. Galeria Contempo, São Paulo. Setembro de 2021
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Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). Ibeji. 2021. Têmpera sobre tela. 100 x 80 cm. Foto Sergio Guerini
Exposição “Delicadeza e Resistência”, curadoria de Daniela Bousso. Galeria Contempo, São Paulo. Setembro de 2021
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Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). O Labirinto. 2021. Têmpera sobre tela. 100 x 130 cm. Foto Sergio Guerini
Exposição “Delicadeza e Resistência”, curadoria de Daniela Bousso. Galeria Contempo, São Paulo. Setembro de 2021
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Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). Lanças. 2021. Óleo sobre tela. 160 x 125 cm. Foto Sergio Guerini
Exposição “Delicadeza e Resistência”, curadoria de Daniela Bousso. Galeria Contempo, São Paulo. Setembro de 2021
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Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). Laranja. 2021. Têmpera sobre tela. 100 x 130 cm. Foto Sergio Guerini
Exposição “Delicadeza e Resistência”, curadoria de Daniela Bousso. Galeria Contempo, São Paulo. Setembro de 2021
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Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). O Chique. 2021. Têmpera sobre tela. 110 x 140 cm. Foto Sergio Guerini
Exposição “Delicadeza e Resistência”, curadoria de Daniela Bousso. Galeria Contempo, São Paulo. Setembro de 2021
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Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). Mar azul. 2021. Têmpera sobre tela. 110 x 140 cm. Foto Sergio Guerini
Exposição “Delicadeza e Resistência”, curadoria de Daniela Bousso. Galeria Contempo, São Paulo. Setembro de 2021
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Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). Ondas. 2021. Têmpera sobre tela. 130 x 180 cm. Foto Sergio Guerini
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Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). Mar branco. 2021. Têmpera sobre tela. 140 x 180 cm. Foto Sergio Guerini
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Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). Olhos de mar. 2021. Têmpera sobre tela. 130 x 180 cm. Foto Sergio Guerini
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Rubens Ianelli (São Paulo, Brasil. 1953). Hélice. 2021. Têmpera sobre tela. 180 x 140 cm. Foto Sergio Guerini
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