#damien léfevre: task
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hangcdmanx · 4 months ago
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POV TASK 01: OS INTERROGATÓRIOS
Os passos de Damien eram tranquilos conforme se dirigiam para a sala de interrogatórios. Depois de muita discussão, convenceu o pai de que não precisava de um advogado, a última coisa que queria é que colocassem ele na lista de suspeitos por estar já levando um advogado consigo em algo como um assassinato.
O corpo estava relaxado na cadeira conforme esperava o delegado Baptiste chegar para o interrogatório, coisa que não demorou mais do que um minuto para acontecer. O Léfevre só não esperava que o delegado estivesse acompanhado de outro policial, talvez para que tivesse uma pessoa a mais caso esquecesse alguma pergunta que poderia ser considerada importante.
Um breve aceno de cabeça foi dado pelo mais velho antes de sentar-se na cadeira vazia a frente do homem. O policial que o acompanhava copiou o gesto do superior e sentou-se ao seu lado, antes que este começasse a falar. - Senhor Léfevre, não demorarei muito, pode ficar tranquilo. Apenas o chamei aqui para tirar algumas dúvidas. - o tom formal e um pouco simpático demais fazia com o Dan desconfiasse que seu pai tinha alguma coisa a ver com isso.
Sem problemas, delegado, não tenho nada muito importante que pudesse me deixar irritado. - deu de ombros, completamente descontraído. Algo que foi notado pelo colega de Baptiste e que aparentemente lhe irritara um pouco, visto que fechou um pouco a expressão. Um foda-se desse tamanho para ele, pensou Damien.
Certo. Vamos começar então. - um pigarro foi dado pelo delegado, ajeitando a postura levemente enquanto levava uma olhada de canto de seu colega. - Onde você estava na data da morte de Victor?
Com o Aron. Eu estava ensinando ele a jogar Hades II que lançou recentemente, inclusive, recomendo bastante. - disse animado, um sorriso formando-se nos lábios ao lembrar do jogo que estava jogando no momento. Nem se lembrava de quantas vezes zerara o mesmo.
Uma anotação foi feita, acompanhada de uma expressão de reprovação. Aparentemente o delegado achava uma besteira aquelas coisas, bem, um foda-se para ele também, porque Damien achava tedioso as pessoas julgarem o que as outras gostavam - exceto se isso acabasse fazendo mal para alguém, então ai ele até começava a concordar.
Ok, vamos para a próxima. Depois vamos conversar com o seu amigo e ver se é verdade. - uma irritação maior, pois o dar de ombro de Dan não passou despercebido. - Você o conhecia? Como era a relação de vocês?
Éramos colegas na fraternidade, nunca fomos muito próximos. Eu passava mais tempo jogando do que realmente interagindo com o pessoal da casa além do Aron, então, não tenho muito o que dizer sobre ele ou a relação que tínhamos. As vezes nos encontrávamos em alguma festa, conversávamos e bebíamos, mas nada além disso. - explicou calmamente, os olhos escuros correndo do delegado para seu colega que permanecia em silêncio ao lado de seu chefe.
Você sabia que Victor estava investigando a vida das pessoas que integravam a Kappa Phi na data do acidente de Fiona? Alguma vez foi procurado por ele? - finalmente uma expressão diferente de tranquilidade transpareceu no rosto de Damien... surpresa. Ele estava genuinamente surpreso com aquela informação e também intrigado. O que VIctor estava procurando de diferente do acidente?
Não fazia a menor ideia de que ele estava investigando o acidente com a Fiona. - respondeu depois de alguns segundos absorvente a informação. - E não, eu não fui contatado por ele nenhuma vez desde que nos formamos. - estava curioso agora, mas não deixaria que soubessem, iria começar a usar as habilidades que aprendeu com alguns colegas de fóruns de jogos... começaria a tentar revirar arquivos sigilosos para saber o que Victor poderia ter descoberto.
Você sabe o que aconteceu no dia do acidente de Fiona? Acha que foi apenas um acidente? - a pergunta foi direta. Aparentemente a paciência de Baptiste com Damien estava chegando ao fim, mas ele não demonstraria aquilo por medo de seu pai.
Sei o que foi passado por vocês. - disse erguendo uma sobrancelha para o delegado. Pergunta esquisita, será que tinham mais alguma coisa suspeita? Não foi acidente? Estavam escondendo aquilo por qual motivo? Bom, ele agora estava querendo descobrir também. - Até agora eu achava que tinha sido mesmo. Mas com essa pergunta que você fez, eu já comecei a duvidar também. - soltou sem pensar muito, era algo que sempre acontecia com ele e que já nem ligava mais para as consequências que poderia acarretar.
O cenho do delegado foi franzido, assim como o do policial ao lado dele - ainda não conseguira ler o nome no distintivo, o que era uma merda. - Certo... vamos para a próxima pergunta. - as palavras saíram devagar, quase como se estivesse se arrependendo de ter perguntado aquilo. Damien era esperto, mais do que Baptiste gostaria e o delegado sabia daquilo. - Acha que Victor tinha motivos para desconfiar que alguém tinha causado o acidente?
Novamente, não faço a mínima ideia do que Victor poderia estar pensando já que não falava com ele. - o tom de voz saiu meio óbvio, fazendo com que o delegado ficasse vermelho, se era raiva ou vergonha, o homem não tinha como saber.
Qual motivo ele tinha para achar que você estava envolvido? - mais uma vez, pergunta direta. Realmente o delegado queria mandar logo Damien para casa.
De novo: eu não faço a mínima ideia. - precisou de muito autocontrole para não xingar novamente o delegado ou falar que a pergunta dele estava sendo idiota demais para ser respondida. Não queria ser preso por desacato.
Você foi procurado por Victor nos últimos anos? - a postura do delegado já indicava que aquela era a última pergunta que ele faria aquele dia ou pelo menos para Damien. Talvez o irritara o suficiente para ser riscado da lista de suspeitos.
Puta merda, pensou o Léfevre, de novo a mesma pergunta? A polícia era tão sem criatividade assim? - Mais uma vez, não falo com ele desde a faculdade. Mesmo ainda morando em Des Moines, eu não saio muito de casa, já que trabalho com computadores.
Muito bem, senhor Léfevre, acabamos por hoje. Pode ir, apenas vou pedir que fique disponível caso precisemos falar com o senhor novamente. - assim que o delegado terminou a frase, já se levantou e preparou-se para sair acompanhado do idiota que não abrira a boca durante todo o tempo. Parecia uma múmia ao lado do superior.
Quase que em um salto, Dan levantou-se para poder ir embora e começar a fuçar o que Victor poderia estar desconfiado. Quem sabe acabava encontrando alguma coisa útil, talvez algo que a polícia não tivesse deixado público.
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