Eu e o Chat GPT parte II
dando continuidade ao experimento de escrever usando o Chat GPT segue a melhoria de meu texto:
Claro, aqui está uma versão revisada do seu texto:
Na pacata cidadezinha onde até a placa "bem-vindos e volte sempre" se encaixaria perfeitamente, a tranquilidade podia ser interrompida por algo inesperado.
Na rua principal, o único banco, com apenas um caixa, geralmente era um local tranquilo. A maioria do tempo, o caixa ficava sentado do lado de fora, batendo papo com os amigos. O movimento só aumentava em dias de pagamento de aposentadoria ou quando os mais velhos vinham pagar suas contas. Eles ainda não tinham se acostumado com as tecnologias disponíveis e evitavam os caixas eletrônicos.
Celulares? Muitos nem sabiam como funcionavam e preferiam evitá-los. Se precisassem falar com alguém, iam até a casa da pessoa, aproveitavam para tomar um café, comer um bolo e passar o tempo. Para aqueles que moravam longe, ligavam para o telefone do centro comunitário ou da vendinha, e alguém passava o recado. Em casos urgentes, enviavam um mensageiro de moto ou bicicleta para buscar o destinatário da ligação. E assim a vida seguia seu curso.
A missa era sagrada. Todos os domingos pela manhã, o padre vinha de uma cidade maior para celebrar na pequena capela. A maioria das pessoas acompanhava a missa do lado de fora, atentas ao sermão do padre. Era um momento importante. Nos outros dias, uma senhora cuidava da capela e da secretaria. Batizados eram raros, e a missa de sétimo dia era algo do passado distante. Naquela cidade, parecia que o tempo estava parado, e a juventude era eterna no ar, bastava respirar.
E não podemos esquecer da praça e da sorveteria. Nos dias quentes, a praça ficava lotada, e no final da tarde, grupos de senhores jogavam carteado, dama e dominó. Enquanto isso, muitas senhoras rezavam o terço na capela às seis horas, e as crianças corriam livres, fazendo barulho e aproveitando a liberdade.
A vida era bela e seguia seu curso.
Cotinha, uma menina agitada de quase dez anos, voltava para casa. Seu nome verdadeiro era Maria Luiza, mas sua avó era chamada de Dona Cota, e o apelido pegou para a neta também. Ela herdou o apelido porque o nome da avó era Ida, e isso rendia muitos trocadilhos. Como ela se apropriou do apelido, ninguém perguntou.
Mas vamos voltar para Cotinha. Quando chegou em casa para tomar seu banho e jantar antes de dormir, já que teria aula no dia seguinte, ela era uma menina estudiosa. Adorava história, e surpreendentemente, matemática não era um monstro de sete cabeças para ela. Contava estrelas em noites de céu claro, ou seja, todos os dias.
Ao entrar na cozinha, viu sua avó brava. Foi recebida com uma indagação:
"Maria Luiza! Onde estão meus panos de prato? Você os levou para brincar? Não tem um pano limpo, nem o que deixo pendurado no prego!"
De imediato, a menina respondeu: "Não, vó. Quando saí, eles estavam todos na gaveta, e o com a galinha estava pendurado no prego."
Mas o mistério não parou por aí. Quando Dona Cota foi pegar o espremedor de limão, cadê? E a faca de cortar pão? A mesma coisa, sumiu. Cotinha volta do banho toda despenteada e pergunta: "Vó, a senhora viu o meu pente?"
"Eles estão na caixa, menina. E passa um desodorante debaixo do braço para ficar cheirosa."
"Vó, meu desodorante não está aqui."
"Procura, menina. Você nunca acha nada, e seus pais estão chegando. Já sabe que, se não estiver penteada e perfumada, sua mãe briga com você."
Cotinha revirou o quarto e o banheiro e nada. Foi ao quarto da mãe, pegou o pente e o desodorante e ficou penteada e perfumada para receber os pais, como todas as noites.
No dia seguinte, no caminho para a escola, a cidade estava em burburinhos. Todos reclamavam que algo havia sumido. Seu João da venda não achava a caneta que ficava na orelha, e também perdeu seu caderninho de anotações. Seu Toninho do açougue perdeu sua melhor pedra de amolar e seu avental sujo. Todos, sem exceção, sentiam falta de algo. Os panos da avó de Cotinha, seu pente e desodorante também estavam na lista de desaparecidos. Mas quem e como alguém poderia pegar tudo e de todos ao mesmo tempo, durante o dia e até mesmo à noite?
Cotinha pensou e pensou. E então, num rompante, gritou: "Gente, tem um Saci na cidade! Ele está roubando nossas coisas..."
As pessoas pararam, olharam para Cotinha, houve um minuto de silêncio e todos caíram na gargalhada. Cotinha sentiu o rosto corar, pensou em enfiar a cabeça em um buraco, mas seu Firmino da sorveteria veio em seu socorro. "A menina está certa. Meus apanhadores de sorvete sumiram todos, e só um Saci poderia fazer isso."
A cidade ficou em polvorosa. Eles tinham um Saci para chamar de seu. "Gente, tem a cidade dos Lobisomens, a cidade dos ETs, dos Gnomos e por que não a cidade do Saci? Vamos chamar o jornal para relatarmos os desaparecimentos e nossa teoria..."
No fundo, veio uma voz: "Vamos chamar a polícia. Temos ladrões entre nós, e não é o Saci..."
"Mas, senhor prefeito, não chegou ninguém diferente à cidade, e nunca tivemos problemas com roubo. As portas do meu comércio ficam abertas, e nunca fui roubado. Isso só pode ser coisa do Saci."
E assim, enquanto a cidadezinha discutia se era ou não era o Saci, o verdadeiro ladrão, ou ladrões, continuavam agindo. Os desaparecimentos eram inquietantes. Onde estariam indo esses objetos? Será que voltariam algum dia? Será que Cotinha tinha razão?
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Eu e o chat GPT
Minha relação com o Chat GPT.
Em nossa oficina de escrita e tecnologia, recebi o desafio da semana ou do dia, como preferir,
Abaixo o que teríamos que fazer com a ajuda de IA.
Desafio da semana
Dia 1¹ : pedir ao chat gpt uma ideia para escrever um texto. Sugiro que digitem:
"Me dê uma ideia inicial para escrever um breve conto, por favor?"
Dia 2: escrevam o conto a partir da ideia fornecida pela Inteligência Artificial (IA)
Dia 3: Copie e cole o seu texto pedindo para que a IA o melhore. Sugiro que escrevam no chat:
"por favor, melhore o texto abaixo?
[Cole aqui o texto copiado]
Dia 4: Registre todo esse percurso no seu tumblr, desde a resposta à pergunta inicial ao texto "melhorado" (pelo recurso técnico).
Mande aqui no grupo!
¹Sugiro também que façam cada etapa em um dia para não sobrecarregar vocês, mas quem quiser pode fazer tudo de uma vez.
1 – a Ideia do conto:
"Me dê uma ideia inicial para escrever um breve conto, por favor?"
Resposta do Chat:
"Me dê uma ideia inicial para escrever um breve conto, por favor?"
ChatGPT
ChatGPT
Claro! Que tal essa ideia:
Em uma cidade pequena e pacata, os moradores começam a notar estranhos desaparecimentos de objetos do dia a dia, como chaves, canetas e até mesmo pequenos utensílios de cozinha. Todos começam a suspeitar uns dos outros, até que uma criança descobre que os objetos estão sendo levados por criaturas minúsculas que vivem nas sombras. Essas criaturas têm um motivo inesperado para seus roubos, e cabe à criança encontrar uma maneira de resolver o conflito entre os moradores e as criaturas antes que a situação saia do controle.
meu conto, sem a alteração do CHAT
inclusive, não efetuei correções. farei amanhã
O que poderia tirar a paz e tranquilidade da pequena e pacata cidade, uma cidadezinha onde a piada que contamos com a placa seja bem vindos e volte sempre se encaixaria perfeitamente,
Uma rua principal, o banco ( apenas um caixa ) que na maioria do tempo estava sentado no banquinho do lado de fora conversando com os amigos, movimento mesmo só em dia de pagar aposentadoria, ou receber contas dos mais velhos, eles ainda não estavam acostumados com as tecnologias disponíveis, nem usavam caixa eletrônico.
Celular? Muitos nem sabiam como funcionava e queriam distancia, se precisasse falar com alguém ia ate a casa, aproveitava toma um café, comia um bolo, e enrolava o tempo,
Quem morava longe, aahhh esse ligava no telefone do centro comunitário, ou na sedinha e a pessoa passava o recado, quando era urgente mandava um mensageiro de moto ou de bicicleta buscar o destinatário da ligação, e assim a vida passava.
Missa era sagrado, todos os domingos pela manhã o padre vinha de uma cidade maior fazer a celebração na pequena capela, a maioria das pessoas ficavam do lado de fora, atentas ao sermão do padre, aquilo era muito importante, nos demais dias ficava uma senhora tomando conta da capela e da secretária, batizado eram poucos e missa de sétimo dia, nossa essa fazia tempo que não tinha, na cidade nem se nascia e muito menos morria, ali parecia que o tempo estava parado, a fonte da juventude estava no ar, bastava respirar.
Não podemos esquecer-nos da praça e da sorveteria, no calor ficava lotado e no final dos tarde grupos de senhores jogando carteado, dama e domino, as senhoras muitas delas na capela rezando o terço da seis horas, e a molecada livres, correndo e fazendo barulho,
Vida linda e que segue!
Cotinha, uma menina serelepe em seus quase dez anos volta para casa, ( o nome dela real era Maria Luiza ) mas sua vó era a dona Cota, ela herdou o apelido pois o nome de sua vó era IDA, nome que ela odiava, pois faziam vários trocadilhos, e com isso ala adotou o de dona Cota, se tinha trocadilhos eu não sei, e como ela apropriou se dele também não perguntei,
Mas vamos voltar a Cotinha, quando chegou a casa para tomar seu banho e jantar para dormir, pois no dia seguinte acordava cedo para aulas, menina estudiosa, adorava historia, e por incrível que pareça matemática não era um monstro de sete cabeças, ela dominava muito bem. Contava estrelas em noites de céu claro, ou seja todos os dias.
Ao adentrar a cozinha viu sua vó, brava! Foi recebida com uma indagação:
“ “MARIA LUIZA “““! ( ihhh nome completo isso não é bom ) onde estão meus panos de prato?
Você levou eles para brincar? Não tem um pano limpo, nem o que deixo pendurado no prego!
De bate pronto a menina respondeu, “ não vó, quando sai eles estavam todos na gaveta e o com a galinha estava pendurado no prego”
Mas o mistério não parou ai, quando dona Cota foi pegar o espremedor de limão, cadê?
E a faca de cortar pão, a mesma coisa sumiu?
Cotinha volta do banho toda despenteada, “ vó a Senhora viu o meu pente? “
“ esta na caixa menina, e passa um desodorante debaixo do braço para ficar cheirosa “
“ vó, meu desodorante não está aqui “
“ procura menina, você nunca acha nada e seus pais estão chegando, e já sabe se não tiver penteada e perfumada sua mãe briga com você”
Cotinha revirou o quarto e o banheiro e nada, foi no quarto da mãe pegou o pente e o desodorante e ficou penteada e perfumada para receber os pais como todas as noites.
No dia seguinte, no caminho para a escola a cidade estava e burburinhos, todos reclamando que sumiu algo, ou vários itens, seu João da Venda, não achava a caneta que ficava na orelha, e também perdeu seu caderninho de anotações, como iria receber seus fiados, estava gritando a plenos pulmões que iria matar quem roubou sua caneta de estimação,
Seu Toninho do açougue, perdeu sua melhor pedra de afiar, e seu avental ( como era sujo seu avental ) quem roubaria um avental como aquele?
Todos sem exceção estava sentido falta de algo, os panos de sua avó, seu pente e desodorante, mas quem, e como alguém poderia pegar tudo e de todos ao mesmo tempo, durante o dia, e no meio da noite.
Cotinha pensou e pensou, e num rompante gritou gente tem SACI na cidade, ele esta roubando nossas coisas...
As pessoas pararam, olharam para Cotinha, um minuto de silencio.....
E todos caíram na gargalhada, Cotinha sentiu o rosto ficar corada, pensou em enfiar a cabeça em um buraco, mas seu Firmino da Sorveteria veio em seu socorro, à menina esta certa, meus apanhadores de sorvete sumiram todos, e só um Saci poderia fazer isso.
A Cidade ficou e polvorosa, eles tinham um Saci para chamar de seu.
Gente tem a cidade dos Lobisomens, a cidade dos ET´s, dos Gnomos e por que não a cidade do Saci.. vamos chamar o jornal para relatarmos os desaparecimento e nossa teoria..
No fundo vem uma voz, vamos chamar a policia, temos ladroes entre nós e não é o SACI..
“ Mas Senhor Prefeito não chegou ninguém diferente a cidade, e nunca tivemos problemas com roubo, às portas de meu comercio fica aberta, e nunca sumiu um parafuso,” informou seu João da Venda, e todos alegaram a mesma coisa.
Seus amigos de escola foram chegando e cada um informava o sumiço de algo, se um simples lápis e borracha ao estojo de canetinha de doze cores, a caixa de lápis de cor aquarela da Faber Castell, o caderno de desenho favorito, o livro do Menino Maluquinho foi emprestado da biblioteca da escola, todos tiveram algo furtado.
Cotinha pensou, precisamos investigar isso, tudo começou ontem no final do dia, isso não é normal, como pode sumir as coisas assim de uma hora para outra sem ninguém perceber.
Cotinha chamou para um canto seus melhores amigos, Mari, Zeca, Carrapato ( vivia grudado nos amigos ) e Joaninha,
“ temos uma missão pessoal, precisamos descobrir quem está pegando nossos pertences”
- Carrapato “ e como vamos fazer isso”?
- Zeca – vamos iniciar uma investigação “
- Joaninha “ e por onde começamos?’
-Zeca “ pelo horário que tudo começou, foi no final da tarde, quando estávamos brincados e nossos pais e avós ocupado com seus deveres e trabalho”
“ Sim, verdade “ Gritou carrapato
Zeca – “ Vamos para a escola, ver se nossos amigos também foram roubados ou se foi só em nossa cidade, mas não vamos falar nada para ninguém”
Na escola, descobriram que ninguém mais teve seus bens surrupiados, apenas seus vizinho e amigos.
No Intervalo, reunião de emergência,
- Cotinha – “ Pessoal precisamos elaborar nossos plano, ninguém mais foi roubando, só em nossa cidade, eu acho que precisamos preparar para os ataques de hoje à noite,”
- Joaninha “ E como vamos fazer isso?’
Zeca “ vamos ficar espalhados, vamos vigiar o campinho, a igreja e a praça”
Carrapato “ acho melhor ficarmos em casa, em silencio, vamos apagar as luzes como se não tivesse ninguém em nossos quartos e esperamos”
Joaninha – “ gente eu tenho medo de ficar no escuro, e se o ladrão for um homem mau?”
Cotinha, - “ eu também não gosto do escuro, durmo com a luz do abajur acessa “
Carrapato – “ então, fiquem com as luzes bem fracas, e escondidos, eu vou ficar no guarda roupas, sempre me escondo lá, quando apronto alguma e minha mãe vem atrás de mim”
Zeca – “ boa Ideia “
No final da aula todos ansiosos, loucos para colocar os planos em ação, não viam a hora de ficar de noitinha, nem cogitaram de brincar no parque da praça, os meninos dispensaram o futebol no campinho perto da igreja,
Afinal tudo era perto da Igreja,
Quando chegaram à cidade, tudo estava mais calmo, os dois soldados da delegacia patrulhando a cidade numa calmaria de dava dó, em dia de sol quente eles nem saiam para a rua, ficavam na sobra da mangueira que fica praça, de lá tudo se via.
O Delegado, já tinha o depoimento de todos, e não sumiu nada de valor, nem um brinco sequer, nem a pulseira de prata de dona Judith que dizia ter custado uma fortuna, comprou quando viajou para São Paulo e disse que fora em uma rua chamada 25 de Março, disse que só tinha coisa chique e cara.
Cotinha pensou que um dia teria dinheiro para ir nesta rua também, estudaria para isso. Queria ser professora de matemática.
Dona Cota questionou a neta, porque de não ir para a rua brincar como os amigos, ela disse que estava cansada e o sol estava muito quente, a vó olhou e perguntou se a menina estava bem, isso era um milagre, poderia estar um sol de cinquenta graus, ou um frio de menos dez graus que ela não ficava em casa, chegavam da escola fazia a lição e sumia para a rua, só voltava na hora do banho, e jantar.
Dona Cota “ Maria Luiza você esta bem, está sentido alguma coisa, quer que eu ligue para seu pai leva lá ao medico? “
“ Não vó, estou bem”
“ Você brigou com seus amigos? Me diga quem foi que vou lá falar coma mãe dele”
“ Não vó, não brigamos, hoje combinamos de ficar em casa, é um desafio vamos ver quem consegue ficar sem sair “
“ Tá bom, comprei panos novos, vou ficar de olho para não sumir de novo viu mocinha”
“ vó, a sra comprou um pente novo e desodorante, “
“ sim, esta na sua caixa, comprei seus matérias de escola que você perdeu “
“ vó, eu não perdi, também fui roubada, mas hoje ele não escapa”
“ o que você disse mocinha?”
“ nada não vó, foi só um resmungo”
Cotinha foi para o quarto, preparou o esconderijo
Armou uma cabana debaixo da escrivaninha, tomou cuidado para não mexer nos fios do computador, colocou as almofadas e ficou de alerta.alerta de uns 15 minutos, pegou no sono, aquela escurinho, confortável, acordou com um barulho, olhou pela fresta que deixou do cobertor, não era sua avó, estava escuro, que horas eram perdeu a noção de tempo, e ai saio ou continuo aqui?
Estava na hora do banho? Sua avó nem veio chama-la para o café da tarde, toda vez que ela estava em casa sua avó fazia leite com caramelo, no frio caramelo quente, no calor caramelo gelado, tudo que seus pais desaprovariam.
Outro barulho, vindo do armário, caixa se abrindo, a gaveta se abriu... ela mudou a posição de observadora e lá estava o larapio..
Cotinha gelou,,,,, levou a mão na boca para não gritar, incrédula seus olhos não acreditavam no que estava vendo, o que era aquele ser? O que ele estava procurando, olhou e viu que o mesmo estava com uma pequena mochila nas costas, mochila cheia de coisas, cotinha não tinha nada para se defender, continuou em silencio, o pequeno ser começa a caminhar escondido pela casa, entra debaixo da cama ( ainda bem que ela não teve a ideia de esconder neste local ) saiu do outro lado em direção janela que estava aberta, pula e cai no jardim, Cotinha como um raio, sai do esconderijo e corre para fora pela porta da sala a criatura nas sombras, se esquivando entre muros e galhos de arvores e arbustos.
Cotinha olhou para o alto e viu vários deles, correndo sobre o telhado em direção ao parque, pulavam com destreza e velocidade, correu entre as ruas, e as casas, passou pelo quintal de vizinhos, todos os cachorros sabiam que era a Cotinha, era amiga de todos, mas porque eles não estão latindo? Afinal eles estavam em alerta mas nenhum cachorro latiu ou rosnou para os intrusos, eles invadiram quintais e casas com destreza e rapidez
Quando chegou na entrada do parque seus amigos estavam lá, eles se entreolharam e se aproximaram,
Carrapato – “ Vamos entrar?”
Zeca – “ logico que não, esta anoitecendo e não sabemos quem são essas criaturas”
Cotinha – “ mas eles estão nos roubando, e nós os vimos”
Joaninha “ e quem vai acreditar em quatro crianças, quando falarmos que vimos duendes ou gmomos”
Carrapato “ é Gnomo.”
Zeca – “ mas Gnomo Não tem rabo, duendes também não tem”
Cotinha – “ então o que vimos? “
Zeca – “ seres extraterrestres”
Cotinha – “ não Zeca, eles nem eram verdes e nem tinham cabeça grande , pareciam bichos de pelúcia, “
Carrapato – “ tudo para você parece bicho de pelúcia, a única coisa que sei que eles roubaram minhas coisas, inclusive dei falta do meu time de futebol de botão, os maiores craques de todos os tempos”
Zeca – “ pessoal vamos voltar para casa, amanhã vamos descobrir o que mais eles roubaram e depois da escola a gente procura no parque, vamos voltar antes que nossos pais deem falta da gente e a coisa piore”
Os quatro voltam para casa, vão dormir e no dia seguinte a cidade em polvorosa de novo, cada um reclamando de alguma coisa, de agulhas de tricô ao cobertor favorito, o chinelo velho, a camiseta rasgada de dormir, mas nada de valor sumiu, nem uma moeda.
Eles foram para a escola, e o dia demorava a passar, parecia uma eternidade. O intervalo que sempre achara curto demais demorou uma semana para acabar, sinal da saída, correram para o ônibus, novamente a demora, nunca demorou tanto para sair, Vamos embora seu Tuta, gritou Zeca, seu Tuta um sr. Engraçado olhou para o menino e respondeu, “ Carma minino, num deu hora inda “
O caminho parecia longo demais, eles foram olhando pela janela. Qualquer movimento estranho o mato um cutucava o outro.
Cotinha entrou em casa como um foguete, jogou o material em cima da cama, tênis de um lado, uniforme no chão, ( ela sempre teve cuidado com suas coisas, dobrava sua roupa e guardava ) desta vez deixou tudo jogado, colocou sua roupa de brincar, seu tênis velho, e saiu correndo para a rua, não deu tempo nem de sua Avó perguntar se ela não ia comer nada, nem o beijo melado ela ganhou.
Chegaram à entrada do parque, quase não iam naquele lugar, era uma mata conservada protegia algumas nascentes que alimentava os rios, e lagos da cidade, inclusive a pequena represa que fornecia agua para a cidade, e aos finais de semana ia pescar ou fazer piquenique no gramado, do outro lado da represa via se a floresta essa sim grande, enorme dizia que tinha até onça, gato do mato, entre outros bichos, sempre alguém reclamava que sumia uma galinha aqui, um cabritinho ali, às vezes os mais exagerados diziam que até vaca sumiam devoradas pelas onças.
Eles morriam de medo de encontrar uma onça.
Entraram no parque e começaram a procurar por trilhas e rastros,
Foi quando acendeu uma luz,
Carrapato – “ gente estamos olhando para o chão, eles fugiram pelo telhado e arvores temos que olhar para cima, “
Zeca – “ gênio, você é um gênio, vamos olhar no chão também, eu vi eles correndo feito coelhos e coelhos ão sobem em arvores,
Assim foi feito, no alto das arvores viram algumas pistas, galhos quebrados, faltando folhas e muitas folhas no chão,
Cotinha – “ gente olha, aquele pano é da minha Avó.”
Joaninha – “ O lenço de cabeça da minha mãe, ela quase me bateu pq achou que havia pego para brincar “
E assim eles foram seguindo as pistas, chegaram à beirada da represa, perto da barragem onde tinha a saída de água, o vertedouro e a trilha para a subida dos peixes na época de procriação,
Aquele local era proibido, era perigoso demais, nem com a companhia de adultos eles podiam chegar ali,
Joaninha, “ Gente vamos voltar, se meus pais descobrir que vim ate aqui, vou ficar de castigo uns 20 anos, “
Carrapato _ “ Calma Joaninha, vamos ficar aqui e esperar,”
Cotinha – esperar o que? Perdemos as pistas, eles estão na floresta e não tem como irmos ate lá. Também não quero ficar 20 anos de castigo.”
Quando eles decidem ir embora, Zeca percebe um movimento, olha para os amigos e em voz baixa, diz “ estamos sendo observados!”
Carrapato – “ estamos cercados”
Os quatros se agarram e em silencio, não respiravam, o coração disparou, cada um sentiu o suor do amigo nas mãos.
Cotinha deu um passo e perguntou “ quem são vocês, vocês falam nossa língua, de onde vocês vieram, são alienígenas, são de marte, plutão, vocês vieram da lua, do centro do universo, do centro da terra, de uma caverna escondida aqui na floresta?
“ calma Cotinha, vamos responder a todas suas perguntas”
“ Como você sabe meu nome? “
“ conhecemos todos vocês, Zeca, Joaninha e o Carrapato, conhecemos seus amigos e parentes sempre estivemos aqui, nos moramos aqui”
Zeca – “ AHHH tá bom sempre moraram aqui, de onde vocês vieram?”
“ nos protegemos a floresta, a represa e tudo que está a sua volta, nos ajudamos quando vocês se perdem, nos protegemos vocês, e todos aqueles da cidade”
Cotinha – “ e porque vocês nos roubaram? “
“ Na realidade foi uma competição, nossos pais nem podem saber que fizemos isso. Se souberem que fomos às casas de humanos vamos ficar 100 anos de castigo “
Zeca – “ Competição, pegar nossas coisas era uma competição/
“ sim, íamos devolver, era para pegar uma coisa que ninguém percebesse, mas o orelhudo ali resolveu pegar todos os panos da dona Cota, o desodorante e o seu pente Cotinha, ai para não ficarmos em desvantagem, e aumentar o desafio voltamos ontem para conseguir mais itens”
Cotinha – “ Tá, mais que são vocês? “
“ a desculpe, eu sou Onsilvo, sou o filho caçula e meus pais são onças pintadas, aquele é o Cervilio, o Orelhoso, a Tamanduca, a Capivinha,
Nossos pais vivem nesta floresta há muitos anos,
Zeca – “ ahhh legal, e seus amigos não tem medo de você por ser uma onça?
E porque teria? O que não falta é comida, sempre tem comida na floresta, perto do abatedouro não precisamos caçar, como vocês vão ao mercado nos também temos o nosso”
Cotinha – “ mas vocês precisam devolver o que pegaram, o delegado vai vir atrás dos ladrões.”
“ que nada, essas horas o delegado deve estar tirando um cochilo “
Carrapato – “ mas mesmo assim, precisamos devolver o que foi pego, vamos ficar de castigo”
“ olha só pessoal, nossa aposta termina hoje, será nossa ultima investida e depois vamos devolver tudo, pq vai ser difícil explicar para nossos pais como trouxemos coisas de humanos para este local, vamos pegar emprestado mais alguns itens fazer a contagem e declara o vencedor, ai deixamos tudo atrás da igreja, vocês acham e serão Herois”
Os quatro se entreolharam, deram de ombros – Zeca “ o que ganhemos com isso?”
Onsilvo – “ Nossa Amizade, e vocês podem vir aqui quando quiserem para brincarmos “
A troca de olhares entre os amigos já dizia tudo, um novo grupo de amigos e novas experiências.
Tudo perfeito, ou quase..
Um barulho e latidos, vozes de adultos, derrepente uma rede passa sobre suas cabeças e cai sobre os novos amigos.
Capturamos os larápios gritava o delegado, os cães da policia prontos para atacar, devorar os filhotes.
“ Vamos leva lós para o Zoológico, não vão mais furtar ninguém”
Cotinha caiu em si, e começou a gritar, desesperada seus amigos idem, mais pessoas foram chegando, os filhotes em pânico,
Onsilvo só pensava em seus 120 anos de castigo, ou pior ficar longe de seus pais e amigos, ele se culpou de colocar seus amigos nesta enrascada.
Cotinha, gritava e se debatia, pânico e desespero, suava frio, chorava mas ninguém a ouvia,
Uma voz, calma e doce sua mãe...
“ Malu, acorda filha, hoje é sábado dia de piquenique na represa, vamos filha estão dizendo que tem um monte de filhotes novos varias capivarinhas, um Cervo, tamanduás e vários coelhos, e se dermos sorte tem até uma oncinha, vamos filha.
Levanta, vai escovar os dentes e se preparar, nosso café e almoço será na represa hoje..
Malu abriu os olhos, estava em seu quarto, tudo arrumado, como sempre
Olhou sua caixa seu pente e perfume no mesmo lugar, correu para a cozinha sua avó estavam preparadas as guloseimas do piquenique, na parede o pano de prato como sempre pendurado no prego.
“ mãe, suas coisas estão no mesmo lugar de sempre?”
“ Claro Malu, pq não estariam? “
Ufaaa apenas um pesadelo, tudo em perfeita harmonia em nossa cidade!
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