#conta mis toneladas de amor (?
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“en realidad buscaba algo dulce.” aunque llevaría lo que sea. “¿qué tienen?”
segundo día sin electricidad : la esencia .
"hoy no tenemos pan" .
#🦋 nothing lasts forever / interacciones.#🦋 con: alondra.#cleo no molestes#holis my beloved 🥰#espero que tu semana mejore 🤍#conta mis toneladas de amor (?
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Shakira reivindica seu trono na música latina com obra fresca e contundente
Resenha
Davi Silva – Há dias atrás, quando Shakira deu a conhecer ao mundo o nome de seu novo álbum de estúdio, EL DORADO, em referência a uma lenda indígena colombiana a cerca de uma cidade feita completamente de ouro maciço, o nome me pareceu, a princípio, soberbo. Principalmente pra alguém que se destacou no mundo da música por sua honesta simplicidade. Mas, se tratando de Shakira as expectativas sempre são altas e, quando se ouve a sua nova produção discográfica, não resta dúvida de que estamos diante de um verdadeiro tesouro. Em EL DORADO, a estrela colombiana veio mostrar porque é a artista latina de maior relevância no panorama mundial e nos entrega uma obra com uma sonoridade contemporânea, mas que flerta com ritmos que já permearam seus trabalhos anteriores. Shakira se entrega sem medo ao reggaeton e se apropria do ritmo, como se o tivesse inventado, e não se inibe ao intercalá-lo com um pop rock intenso e visceral ou mesmo com uma balada tocante, produzida apenas com voz e piano.
O novo álbum, que tem cerca de 45 minutos de duração, peca pelo excesso de colaborações, mas não rouba o protagonismo de Shakira. Mais da metade do total das 13 faixas são em parceria com outro artista. A presença de Maluma, Carlos Vives, Nicky Jam e Prince Royce traz um frescor inusitado ao trabalho e talvez seja uma forma de Shakira homenagear a América Latina, incorporando o som de seus artistas atuais mais influentes. No entanto, a presença de Black M e da banda Magic! em duas versões distintas da mesma música destoa do brilhantismo do álbum, ainda que Comme Moi seja uma ótima canção. Shakira ainda inova ao apresentar ao mundo quase metade do álbum antes mesmo de seu lançamento. Uma estratégia arriscada, mas que rendeu a EL DORADO dois Grammy’s Latinos e cerca de 3 bilhões de streamings antes mesmo de vir à luz.
Me Enamoré
Na primeira faixa, a colombiana mostra de cara a que veio, sem cerimônias. Em seus 3:45 de pura vibração, ela não tem medo de narrar o primeiro encontro com o pai de seus filhos – “Lo vi solicito y me lance” – e revela sua faceta de mulher moderna e independente, que sai a um bar, paquera, toma a iniciativa e de quebra ainda leva para casa um belo par de olhos azuis. Ainda que em certos momentos Me Enamoré soe infantil, com excessos de diminutivos e termos como “me enananamo”, Shakira parece ter encontrado uma fórmula própria de lirismo que foge do convencional e imprime sua sensualidade inocente. O ritmo urbano e as batidas de sintetizadores transformam a música naquele hit de balada, ótimo para se acabar na pista de dança com “um mojito, dos mojitos” e de preferência bem acompanhado. É um aperitivo perfeito para as faixas mais contundentes que estão por vir.
Nada
Essa é a faixa mais visceral do álbum. Os vocais precisos e a poesia tocante formam uma combinação irresistível e soa como a Shakira de anos atrás, porém mais madura. A letra lembra a escrita de Gabriel García Marquez em versos como “Voy caminando sobre un mar de hojas secas, vuelan los ángeles sobre Berlín (…) mientras la lluvia cae dentro de mi”. É puro realismo mágico e demonstra uma Shakira ciente de suas prioridades e centrada em seus sentimentos. Nada é uma daquelas canções que seus acordes nos fazem arrepiar a pele, é um pop rock viciante, a música coringa para se ouvir em momentos de fossa ou excitação plena.
Chantaje
Não é à toa que ela é o cartão postal do álbum para o mundo. Shakira explora e dá uma roupagem nova aos ritmos urbanos em alta na América Latina e divide os vocais com seu compatriota, Maluma. Com uma química perfeita entre os dois, a melodia é viciantemente sexy e os vocais de Shakira dão ainda mais força ao diálogo na canção, que é uma verdadeira batalha de sedução. Impossível resistir a essa mistura, tanto que o videoclipe da canção já ultrapassou com folga a marca de 1 bilhão de visualizações no Youtube e esbanja certificados nas plataformas digitais mundo a fora.
When a Woman
Aqui Shakira pede licença para falar em inglês pela primeira vez no álbum, que ainda conta com mais duas canções nesse idioma. Em When a Woman, a colombiana soa mais pop que no restante do álbum e brinda um hit radiofônico gostoso e empolgante, mas está longe de ser a melhor faixa da produção. Em versos como “Manipulate, cause your pain. But lift you up when you’re hurting”, ela mostra o quão paradoxal pode ser o amor de uma mulher e afirma prepotente que apenas uma mulher pode amar tanto e ao mesmo tempo levar um homem ao inferno.
Amarillo
Amarillo é uma das minhas faixas preferidas. A letra é uma poesia acertada, um brinde ao amor, mas sem clichês. Shakira consegue inserir uma expressão em catalão, T’estimo, sem parecer forçada. A música flui de modo natural do início ao fim, com um refrão poderoso, mas tênue. É uma faixa equilibrada, que te faz querer curtir o momento. Amarillo soa atemporal, poderia facilmente se encaixar em qualquer um dos discos anteriores de Shakira.
Perro Fiel (feat. Nicky Jam)
Shakira deixou para a metade do álbum a canção mais empolgante. Perro Fiel já cativa logo nos primeiros acordes, com uma entrada pitoresca produzida em sintetizador que cria um efeito de suspense e que leva ao refrão explosivo e pegajoso. Shakira acertou em cheio ao produzir um reggaeton com R maiúsculo. A música tem cheiro de hit da primeira à última estrofe. A parceria com um dos nomes mais influentes do gênero, Nicky Jam, foi a cartada final para tornar a faixa perfeita. A combinação deliciosa do charme e sedução de Shakira com a voz meio rouca e sexy de Nicky eleva a faixa a outro nível. A colombiana invade o mundo do reggaeton sem medo e se faz soar como uma verdadeira nativa.
TRAP (feat. Maluma)
Maluma de novo? Sim, mas quem espera ouvir uma Chantaje 2.0 pode tirar o cavalinho da chuva. Shakira não repete fórmulas e como o título da canção sugere, a estrela se rende ao gênero trap em uma faixa que vai te fazer molhar os lençóis, sem exagero. É sensualidade ao nível máximo e, que em certos momentos, pode até parecer pornográfica. “Te muevete em cima de mi, compláceme (…) dale uma prueba, ponle Nutella”, canta Maluma em alguns versos em referência direta a um ato sexual.
Comme Moi (feat. Black M)
Uma fusão de rap, dance hall e urbano, Comme Moi é uma faixa fresca e muito gostosa de ouvir. O ponto alto fica por conta da voz de Shakira e ouvi-la cantando em francês é sempre um mimo, mas a faixa já está presente também no álbum de Black M e poderia ter dado lugar a uma faixa inédita da cantora.
Coconut Tree
Aqui o baixo e a guitarra elétrica se juntam ao teclado para uma faixa leve e melódica. Ela narra uma fuga de Shakira com Piqué para um paraíso tropical deserto, em que puderam brindar seu amor embaixo de um coqueiro e livres da correria do mundo. É uma canção com uma pegada mais indie e que suaviza o álbum, após uma sequência de canções mais explosivas.
La Bicicleta (com Carlos Vives)
Um dos pontos altos da produção, La Bicicleta é uma verdadeira relíquia em EL DORADO. A canção começa com o som da flauta de millo, instrumento típico da Colômbia, e cai em uma pista envolvente que mescla cumbia, reggaeton e vallenato. A faixa é uma espécie de cartão postal de Barranquilla e nela os artistas nos convidam para um passeio de bicicleta pelos principais pontos turísticos da cidade natal de Shakira.
Deja Vu (com Prince Royce)
Aqui Shakira se rende à bachata, ritmo da República Dominicana em ascensão na música tropical. A letra tem um viés romântico e resgata certa melancolia de um amor que provoca feridas. A voz de Prince Royce se destaca na faixa e o torna protagonista.
What We Said (feat. Magic!)
A versão em inglês de Comme Moi não agrada tanto quanto a original. A canção não chega a ser ruim, mas destoa do restante da produção e soa fraca para um trabalho que tem faixas como Nada e La Bicicleta. Nem a participação da banda canadense Magic! salva a canção de um ponto abaixo da média.
Toneladas
Shakira guardou para o final a primeira canção que compôs para esse projeto, como uma espécie de metáfora. Como se quisesse dizer que EL DORADO acaba em seu começo ou que permita um círculo vicioso, um convite para uma nova audição. E vale a pena. A faixa é uma balada tocante, somente voz e piano. Nela, Shakira se abre sem pudor, desnuda seus sentimentos mais íntimos e faz uma belíssima dedicatória a seu amado. Sem sombra de dúvidas, é a canção mais bonita de todo álbum e o fecha com chave de ouro.
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A selva de água
O fumo diz-me os corpos que conheceu. O olhar a perder a imagem e a ganhá-la enquanto desenha. Design > Visão/Imagem técnica. A noite aberta. A noite feita água. O movimento é recriar e desmaterializar. Desfaço-te o céu na língua. Como se procurasse fechar-me em tudo o que é lugar. Vou-te buscar flores. Vou-te buscar o espírito, o sangue e a carne. Vou-te buscar aquele que amas. A imagem é andar com a visão. É andar com as coisas pela visão. A carne rouba ao vento. Sai-me pelos olhos. Não amo nenhuma água. Magoei a minha pele. A voz é uma mão pesada. A terra aguenta a surdez. Tudo o que matas é outra pele. Uma manga de carne. Não dá para falar com as plantas. A alma e a lei roubada. Comboios de água. Diz-me o nevoeiro. Fontes de água sem corrente. Árvore envenenada. Aqui não crescem flores. Tem que crescer outra coisa. Panorama. A frase forte da deslealdade. Avocada. Tende a fugir. Navega à vista. Um espelho fiel. Uma crença generalizada. Por lapso, o erro. Foi tornada anónima. O ruído que se tem feito. Factos não suportados na realidade. Lá fora, em pelo menos parte da cidade. A mãe do rapaz fora prostituta. Não é só valor. Algumas coisas para lhes ocupar o lugar. Onde existe uma grua. Cruir a entreluas. Obsoletra e obsolinha. Bonieta. Confusão de mais caras. Facilidade na confissão. Rotinas de questão. O desagrafador. Uma tenda sem cabana. Nascido na audiência. O actual actuar. Estrutura escrita extrita. Acordo acorda. Perfeccionista percepcionada. Again acrescento um ganho. A garrada a sim. Rodance, rodanço, romanço. Roubar rolar. Wardrobe strobe. Colher a colher talher. A mulher vai recolher água. Ando a roer a batuta cachopa. Um dia de trabalho. Trase frase fall words. As consoantes são a marcação do tempo do movimento. As vogais são as vulgares. Os lugares. Os locais. O cais. Perto do embarque. O enfim. Comunicação assassina. De esqueleto para carne. Rouburlar. Rebobinar. Sai-me do cais. Este tempo é luminoso. Ilumina os tempos luminosos. Que iluminam os luminosos. Que iluminam a luminisceta. Que iluminam outros tempos. Tempos luminosos que iluminam tempos luminosos com o tempo. Um assombro. Andam a dizer-me coisas. Enganam-se pois eu não sou coisa. Sou outra. E vocês sabem bem. Sabem bem, sim. Memento mesmo. Lário: A minha pele de estimação. Fora eu que a comera. Farófias. A mesma língua. Terra caída do céu. Anda descalço sobre vidro. É pobre. Como vergar o fogo. Não vejo o fim a isto. O papel é uma máquina. O vício. É complicado não complicar. Necessito largar a imagem como uma necessidade. Nessa cidade. Funesta cidade. Fúnebre, nebre, névoa, neve, negro. Um rio corrente feito (de) nascente. Ciente. Ciência. Fruto de veludo. Até vos tiro a cor. Uma cascavel sem dinheiro. A água é uma alma vazia. Vou ser uma bruxa de plástico. Cão, cão, cão. Já não sei onde tenho a calma. Aqui quem manda é o trono. O araz e a norte. Foi para o lado e para a boca. A medida das cores. Eu fui paciente. A moeda corrente. É aquele a quem lhe vi a cara. Vou perder o meu tempo. Preocupo-me demais. A língua pode ter a forma da orelha. A virtude é a atitude virtual. Vamos pra ti cacos. Retorceder o vento à procura de todo o rebento. Liver, Fígado, Liveu-se, Vivente, Vidente. Dados e dedos no elevador. Uma caveira feita de osso. Um furacão, então. Da pedra A, à pedra B. Um problema aparente sem gente por contar. Poderia contar o que se quisesse, mas quis isso. Isso que pertence a outro sem lá estar. Se lá estivesse, seria já outra coisa. Uma coisa figurada de gente e de todos. As bruxas cantam em dó, ré ou mim? Mi. A palavra é presa à língua e às coisas da língua. A língua é surda e deve ser por isso que agarra a presa. Os dedos, os dados e os ratos. Os dedos, os ratos e os dedos. Os ratos, os dedos e os tratos. Os ratos, os rastos e os dados. Os dextros, os esquerdos e os esqueletos. Os querdos, os ideotas e os lados. Os lados, os ratos, e os dados. Eu tenho um filho diferente. A história da água e do vidro. Há tanto para poder fazer. Pergunto se existe alguma noite solitária. Sangrar desta forma. O meu sonho é um lápis. Preciso de gráficos. O edifício que saiu de casa. Vai com a areia. Recuperar o tempo perdido. Já ando a perder coisas. Os simulacros naturais das coisas naturais. O banho, humidade. A lei, sociedade. A roupa, tacto. O simularcro natural corresponde ao real fogo imaginado pelo corpo nas nuvens. O corpo fora de sim e outra coisa qualquer. Tudo em comunicação abastada da emergência do olhar. De cor(po) em cor(po). Vocês sãos os que me fazem assim. Não quer dizer. Que seja. O que uma coisa quer dizer. A tempestade do tempo. Estrelas de água. Realizar. Realize. O templo não acredita em mim. O riso não chora. A língua suja pela alma de deus. Um círculo de fumo envolve o nevoeiro. A lua vai partir. Uma cama de algodão tonelada. Uma cama de pó e pedras. A cor é cinza. A cena e o evento. O nome e a conjugação. Seen/Scene A conjugação é então aplicada. Articulação. Everything. Closed. Vida. Nobody. Bode. Adoro. Doar. Do er. Demónio. Dezanove. Dez. Chuto. Need. Vou-te buscar o silêncio. Não vês a chover. Não vês quando chove. O que vim aqui fazer. Já estou perto do nevoeiro. O onze ao contrário. Água com uma seringa. Porque de noite vê-se tudo ao contrário. Não estou a perceber nada do que se está a passar. A noite anda de cabeça ao contrário. Vou cheirar a luz com a água. Toda a gente rega uma parte. Suor de porcelana. O meu corpo está numa missa. Esse não é o meu nome. Nem é dinheiro. Tenho que ser fiel. Tenho muito que fazer. Mantém-me vivo. Olha outra janela para ver. Onde diabo está o diabo. Tenho que o levar para outro mundo. Fica adiado. É uma fonte que inscreve. Ele é provável. Passa por este efémero. Enfermo. Em forma. Sombras diferentes a milhas. Pedras de água. Uma pedra no sapato. Os pés espelhados. Segredos de fogo. Projectam-se imagens de um lado e de outro. Já não há nada para explicar. Estou atacado. Balanço. Já não sabem quem são. Não acredito na água. O tempo vai dizer. Um xadrez todo envidraçado. Dollars e papel de água. Encheram os sapatos com água. As ruas estão cá para apanhar as tuas lágrimas. Um gato quadrado, às voltas. Isso é lama ou é cimento. A bomba de papel. Tomar conta. Já tens cicatrizes que duram. O segredo sagrado do agrado. Os dias sentidos. Uma noção de corda. De linha. São as coisas que são que o dizem. Ideias. A desmanchar penas. A chuva nascente. Muito tempo depois. Percorre-me a água. Uma paisagem constante. O fantasma da árvore. A insinuação do corpo ausente. Braceja com os pássaros. Assinala o sol. Nos ombros encontram-se as sementes de uma temporada. Tens que ganhar o espaço entre as folhas. O riso que circunda a fortaleza erguer-se-á para chamar os homens que não se fixam como as árvores. A sombra revistirá o chão e o sol será o seu olhar. Até que alguém chore o coro que desaparece com o rasgar dos frutos. Lembras-te do dia. Gostas de conversas. Ele é precioso. A dor custa. Imagens perdidas nas coisas. Imagens tornadas fogo que se viam com a água. Corpos de líquido. As formas de fora (Cultura/Água). A selva de água. Sem terra nem lei. A casa encoberta. Oceano de pedra. Só faz o mínimo de sentido. A guerra fica acima das árvores. O espectáculo é o seu espelho. Mostra-me esse problema. Com o lixo. Ninguém estará por perto, por esta altura. Cada um terá a sua mão para dizer. Cada um será um homem e uma mulher. Cada um estará atento ao perigo. Volta para casa. Aqui não fazes nada. A guerra começou. Livra-te de mim. O ar não me respira. Consome-me. O fumo atrasa-me a vida. Vou deixá-lo para mais logo. Vou ao médico para me dizer tudo sobre o fogo. Assim vai doer a cabeça. Não voltes para ninguém. É um mentiroso, esse teu homem. Vou deixar a cidade. A confusão instalou-se ontem. O homem terá o dia todo. O meu animal está doente. As bebidas estão esgotadas. Sexo gratuito na televisão. O significado ficou por dar. Não vou fazer papelada. Os putos vão rebentar com isto. Vou queimar o que vejo com os olhos. Não me esquecerão, esses olhos. Não me minto. Não me importo. A inauguração vai acontecer no cartaz. A direita disparou a bola. Que raio de trajectória foi essa. Dizem que assina. Dizem que o crime foi ontem. Não me aguentas mais esta noite. Vou-me libertar e tanto faz. Tenho aqui tantas amostras. Vou chicoteá-lo. Dois meses e o culto todo. É a única alternativa. É orgânica. Devem pensar. É real. Até me vou embora. Para longe da noite que acabou. Para ti foi um luar. Mais disso para acabar. A entrada foi o lume. Um lanço de escadas rolantes. Como se alguém se importasse com a noite. Estive a observá-lo e a essa melodia. A pele pede misericórdia. Tens tudo para chorar. A sombra vista por mim. A falta de tudo. Vem acompanhado por ti. É uma rapariga. És uma cara com o seu nome. O teu olhar embrulhado nos dedos. O toque é solitário. Quatro pessoas por qualquer lado, por onde se vá. É o teu amor sem relação. A imagem não pode parar. A imagem guarda o espelho da caracterização. A imagem limpa. O espelho escondeu-se no som que a noite distribui. O som que a noite não pára.
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Shakira reivindica seu trono na música latina com obra fresca e contundente
Resenha
Davi Silva – Há dias atrás, quando Shakira deu a conhecer ao mundo o nome de seu novo álbum de estúdio, EL DORADO, em referência a uma lenda indígena colombiana a cerca de uma cidade feita completamente de ouro maciço, o nome me pareceu, a princípio, soberbo. Principalmente pra alguém que se destacou no mundo da música por sua honesta simplicidade. Mas, se tratando de Shakira as expectativas sempre são altas e, quando se ouve a sua nova produção discográfica, não resta dúvida de que estamos diante de um verdadeiro tesouro. Em EL DORADO, a estrela colombiana veio mostrar porque é a artista latina de maior relevância no panorama mundial e nos entrega uma obra com uma sonoridade contemporânea, mas que flerta com ritmos que já permearam seus trabalhos anteriores. Shakira se entrega sem medo ao reggaeton e se apropria do ritmo, como se o tivesse inventado, e não se inibe ao intercalá-lo com um pop rock intenso e visceral ou mesmo com uma balada tocante, produzida apenas com voz e piano.
O novo álbum, que tem cerca de 45 minutos de duração, peca pelo excesso de colaborações, mas não rouba o protagonismo de Shakira. Mais da metade do total das 13 faixas são em parceria com outro artista. A presença de Maluma, Carlos Vives, Nicky Jam e Prince Royce traz um frescor inusitado ao trabalho e talvez seja uma forma de Shakira homenagear a América Latina, incorporando o som de seus artistas atuais mais influentes. No entanto, a presença de Black M e da banda Magic! em duas versões distintas da mesma música destoa do brilhantismo do álbum, ainda que Comme Moi seja uma ótima canção. Shakira ainda inova ao apresentar ao mundo quase metade do álbum antes mesmo de seu lançamento. Uma estratégia arriscada, mas que rendeu a EL DORADO dois Grammy’s Latinos e cerca de 3 bilhões de streamings antes mesmo de vir à luz.
Me Enamoré
Na primeira faixa, a colombiana mostra de cara a que veio, sem cerimônias. Em seus 3:45 de pura vibração, ela não tem medo de narrar o primeiro encontro com o pai de seus filhos – “Lo vi solicito y me lance” – e revela sua faceta de mulher moderna e independente, que sai a um bar, paquera, toma a iniciativa e de quebra ainda leva para casa um belo par de olhos azuis. Ainda que em certos momentos Me Enamoré soe infantil, com excessos de diminutivos e termos como “me enananamo”, Shakira parece ter encontrado uma fórmula própria de lirismo que foge do convencional e imprime sua sensualidade inocente. O ritmo urbano e as batidas de sintetizadores transformam a música naquele hit de balada, ótimo para se acabar na pista de dança com “um mojito, dos mojitos” e de preferência bem acompanhado. É um aperitivo perfeito para as faixas mais contundentes que estão por vir.
Nada
Essa é a faixa mais visceral do álbum. Os vocais precisos e a poesia tocante formam uma combinação irresistível e soa como a Shakira de anos atrás, porém mais madura. A letra lembra a escrita de Gabriel García Marquez em versos como “Voy caminando sobre un mar de hojas secas, vuelan los ángeles sobre Berlín (…) mientras la lluvia cae dentro de mi”. É puro realismo mágico e demonstra uma Shakira ciente de suas prioridades e centrada em seus sentimentos. Nada é uma daquelas canções que seus acordes nos fazem arrepiar a pele, é um pop rock viciante, a música coringa para se ouvir em momentos de fossa ou excitação plena.
Chantaje
Não é à toa que ela é o cartão postal do álbum para o mundo. Shakira explora e dá uma roupagem nova aos ritmos urbanos em alta na América Latina e divide os vocais com seu compatriota, Maluma. Com uma química perfeita entre os dois, a melodia é viciantemente sexy e os vocais de Shakira dão ainda mais força ao diálogo na canção, que é uma verdadeira batalha de sedução. Impossível resistir a essa mistura, tanto que o videoclipe da canção já ultrapassou com folga a marca de 1 bilhão de visualizações no Youtube e esbanja certificados nas plataformas digitais mundo a fora.
When a Woman
Aqui Shakira pede licença para falar em inglês pela primeira vez no álbum, que ainda conta com mais duas canções nesse idioma. Em When a Woman, a colombiana soa mais pop que no restante do álbum e brinda um hit radiofônico gostoso e empolgante, mas está longe de ser a melhor faixa da produção. Em versos como “Manipulate, cause your pain. But lift you up when you’re hurting”, ela mostra o quão paradoxal pode ser o amor de uma mulher e afirma prepotente que apenas uma mulher pode amar tanto e ao mesmo tempo levar um homem ao inferno.
Amarillo
Amarillo é uma das minhas faixas preferidas. A letra é uma poesia acertada, um brinde ao amor, mas sem clichês. Shakira consegue inserir uma expressão em catalão, T’estimo, sem parecer forçada. A música flui de modo natural do início ao fim, com um refrão poderoso, mas tênue. É uma faixa equilibrada, que te faz querer curtir o momento. Amarillo soa atemporal, poderia facilmente se encaixar em qualquer um dos discos anteriores de Shakira.
Perro Fiel (feat. Nicky Jam)
Shakira deixou para a metade do álbum a canção mais empolgante. Perro Fiel já cativa logo nos primeiros acordes, com uma entrada pitoresca produzida em sintetizador que cria um efeito de suspense e que leva ao refrão explosivo e pegajoso. Shakira acertou em cheio ao produzir um reggaeton com R maiúsculo. A música tem cheiro de hit da primeira à última estrofe. A parceria com um dos nomes mais influentes do gênero, Nicky Jam, foi a cartada final para tornar a faixa perfeita. A combinação deliciosa do charme e sedução de Shakira com a voz meio rouca e sexy de Nicky eleva a faixa a outro nível. A colombiana invade o mundo do reggaeton sem medo e se faz soar como uma verdadeira nativa.
TRAP (feat. Maluma)
Maluma de novo? Sim, mas quem espera ouvir uma Chantaje 2.0 pode tirar o cavalinho da chuva. Shakira não repete fórmulas e como o título da canção sugere, a estrela se rende ao gênero trap em uma faixa que vai te fazer molhar os lençóis, sem exagero. É sensualidade ao nível máximo e, que em certos momentos, pode até parecer pornográfica. “Te muevete em cima de mi, compláceme (…) dale uma prueba, ponle Nutella”, canta Maluma em alguns versos em referência direta a um ato sexual.
Comme Moi (feat. Black M)
Uma fusão de rap, dance hall e urbano, Comme Moi é uma faixa fresca e muito gostosa de ouvir. O ponto alto fica por conta da voz de Shakira e ouvi-la cantando em francês é sempre um mimo, mas a faixa já está presente também no álbum de Black M e poderia ter dado lugar a uma faixa inédita da cantora.
Coconut Tree
Aqui o baixo e a guitarra elétrica se juntam ao teclado para uma faixa leve e melódica. Ela narra uma fuga de Shakira com Piqué para um paraíso tropical deserto, em que puderam brindar seu amor embaixo de um coqueiro e livres da correria do mundo. É uma canção com uma pegada mais indie e que suaviza o álbum, após uma sequência de canções mais explosivas.
La Bicicleta (com Carlos Vives)
Um dos pontos altos da produção, La Bicicleta é uma verdadeira relíquia em EL DORADO. A canção começa com o som da flauta de millo, instrumento típico da Colômbia, e cai em uma pista envolvente que mescla cumbia, reggaeton e vallenato. A faixa é uma espécie de cartão postal de Barranquilla e nela os artistas nos convidam para um passeio de bicicleta pelos principais pontos turísticos da cidade natal de Shakira.
Deja Vu (com Prince Royce)
Aqui Shakira se rende à bachata, ritmo da República Dominicana em ascensão na música tropical. A letra tem um viés romântico e resgata certa melancolia de um amor que provoca feridas. A voz de Prince Royce se destaca na faixa e o torna protagonista.
What We Said (feat. Magic!)
A versão em inglês de Comme Moi não agrada tanto quanto a original. A canção não chega a ser ruim, mas destoa do restante da produção e soa fraca para um trabalho que tem faixas como Nada e La Bicicleta. Nem a participação da banda canadense Magic! salva a canção de um ponto abaixo da média.
Toneladas
Shakira guardou para o final a primeira canção que compôs para esse projeto, como uma espécie de metáfora. Como se quisesse dizer que EL DORADO acaba em seu começo ou que permita um círculo vicioso, um convite para uma nova audição. E vale a pena. A faixa é uma balada tocante, somente voz e piano. Nela, Shakira se abre sem pudor, desnuda seus sentimentos mais íntimos e faz uma belíssima dedicatória a seu amado. Sem sombra de dúvidas, é a canção mais bonita de todo álbum e o fecha com chave de ouro.
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