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Desvio na Coluna – O Que é, Sintomas, Tipos e Como Tratar
A coluna vertebral ou espinha dorsal é a parte mais importante do esqueleto humano. Ela atua como um apoio para os outros ossos do corpo e é essencial para proteger a medula óssea.
É normal que uma coluna saudável apresente curvas suaves que têm o papel de absorver o estresse causado pelo movimento do corpo e pela ação da gravidade. No entanto, desvios na coluna além da curvatura normal podem causar dor e problemas na postura, além de muitas vezes indicar a presença de um problema de saúde.
Aqui, vamos abordar os tipos de desvio na coluna que existem, quais são as possíveis causas e os sintomas da condição, além de dicas de como tratar tais desvios.
Desvio na coluna – O que é?
A nossa coluna vertebral contém diversas vértebras, que são ossos pequenos que ficam empilhados um a um e separados por discos. Quando a coluna sofre algum desvio, as curvaturas naturais dela ficam desalinhadas ou protuberâncias são observadas em determinadas regiões da espinha.
Alguns desvios estão presentes desde o nascimento, enquanto outros podem se desenvolver por causa de uma doença ou outra razão desconhecida.
Tipos
Os 3 principais tipos de desvios na curvatura da coluna são a lordose, a escoliose e a cifose.
1. Lordose
A lordose ocorre quando a coluna de um indivíduo é curvada de forma significativa para dentro na parte inferior das costas.
Trata-se de uma curvatura exagerada da coluna lombar ou, em casos raros, da coluna cervical. Ela pode ser acompanhada por outra condição chamada de cifose e, se não tratada adequadamente, pode gerar outros problemas como artritee compressão de discos intervertebrais.
2. Escoliose
A escoliose resulta em uma curva lateral na coluna, deixando a pessoa com a coluna em formato arredondado, se aproximando daquele observado nas letras S e C, por exemplo.
Esse tipo de desvio na coluna deixa a pessoa corcunda e pode prejudicar a capacidade do indivíduo de respirar. A escoliose afeta de 2 a 4% das crianças e adolescentes e é mais comum nas meninas. Se não tratada, a escoliose vai piorando ao longo do tempo, resultando em uma dor lombar crônica.
3. Cifose
A cifose se dá quando uma pessoa apresenta a parte superior das costas arredondada, em cerca de 50 graus de curvatura.
Ela é uma deformidade na coluna que afeta a parte superior das costas. Sua causa é desconhecida, mas pode ter fatores hereditários envolvidos. O desvio afeta, em sua maioria, meninos altos ou obesos, e pode causar hérnias de disco se não for tratada. O indivíduo também pode desenvolver fraqueza muscular e colapso das vértebras com o passar do tempo.
Possíveis causas de desvio na coluna
Muitos problemas de saúde podem fazer com que a coluna fique curvada ou desalinhada. Os diferentes tipos de desvios na coluna podem ter diferentes causas.
As condições abaixo, por exemplo, podem ser as causas de lordose:
Acondroplasia: distúrbio em que os ossos não crescem como deveriam, podendo resultar em baixa estatura ou em casos de nanismo.
Espondilolistese: condição em que uma vértebra da parte inferior das costas desliza para a frente.
Obesidade: estar acima do peso pode causar pequenos desvios na coluna que causam a lordose.
Lordose juvenil benigna: na lordose juvenil, o músculo do quadril da criança ou do adolescente é fraco ou apertado. O problema é inofensivo já que o desvio tende a ser corrigido naturalmente durante as fases de crescimento.
Osteoporose: as vértebras se tornam frágeis e podem ser quebradas com facilidade devido ao desgaste e à fragilidade da estrutura óssea.
Cifose: uma pessoa que já sofre de cifose também pode desenvolver lordose.
Discite: inflamação que ocorre no espaço do disco que separa os ossos da coluna que é geralmente causada por alguma infecção.
Já as causas de cifose podem incluir:
Cifose congênita: desenvolvimento de vértebras anormais ainda no útero da mãe, fazendo com que a criança já nasça com o desvio na coluna.
Doença de Scheuermann: condição em que as vértebras ficam deformadas.
Cifose postural: cifose causada por uma má postura.
Espinha bífida: defeito congênito em que a coluna vertebral do feto não fecha completamente durante o seu desenvolvimento.
Osteoporose: enfraquecimento da estrutura óssea que pode resultar em desvios na espinha.
Artrite: inflamação nas articulações que causa dor crônica que pode interferir na curvatura normal da coluna em alguns casos.
Infecções: certas infecções podem causar muita dor na coluna e levar a um desvio nas vértebras.
Tumores: a presença de certos tumores também pode desencadear desvios na coluna como a cifose.
As causas da escoliose são um pouco mais difíceis de se determinar, mas os especialistas acreditam que a condição pode ser originada a partir das seguintes causas:
Condições neuromusculares: problemas de saúde que afetam os nervos e os músculos e que podem incluir condições como poliomielite, distrofia muscular e paralisia cerebral.
Fator genético: a presença de genes específicos pode ter relação com o desenvolvimento da escoliose.
Comprimento da perna: pessoas que apresentam uma perna um pouco mais longa do que a outra podem ser mais propensas a desenvolver escoliose.
Osteoporose: a osteoporose causa degeneração óssea, que pode se agravar e causar a escoliose.
Escoliose congênita: defeito que ocorre nos ossos da coluna ainda durante o desenvolvimento fetal dentro da barriga da mãe.
Outras causas: má postura, lesões ou problemas nos tecidos conjuntivos podem desencadear um quadro de escoliose.
Sintomas de desvio na coluna
Os sintomas de desvios na coluna podem variar de acordo com o tipo e com a gravidade do problema. Assim, os sintomas também serão descritos segundo o tipo de desvio na coluna.
Os sintomas de lordose podem incluir:
Inclinação para trás, deixando as nádegas aparentemente maiores devido à postura adotada;
Dor nas costas;
Desconforto;
Dificuldade para realizar certos movimentos;
Espaço grande entre a parte inferior das costas e o chão quando o indivíduo está deitado de costas em uma superfície reta.
Sintomas de cifose normalmente são:
Fadiga nas costas ou nas pernas;
Inclinação para a frente em que a cabeça parece mais à frente do que o resto do corpo;
Aparência corcunda ou uma leve curva na parte superior das costas.
Por fim, os principais sintomas de escoliose incluem:
Cintura ou quadril desigual;
Inclinação apenas para um lado do corpo;
Ombros irregulares com uma escápula mais elevada do que a outra.
Além de analisar os sintomas e a curvatura da coluna através de um exame físico, o médico pode solicitar alguns exames para auxiliar no diagnóstico, incluindo exames de imagem como raios X, ultrassonografias e ressonâncias magnéticas.
Como tratar
O tratamento também depende da causa do desvio e da gravidade dos sintomas e apenas um médico é capaz de avaliar a situação e prescrever o melhor tratamento.
Quando o desvio é muito leve – como em casos de cifose postural, por exemplo – o tratamento pode nem ser necessário e o paciente será orientado a realizar exercícios para melhorar a postura. Já em casos em que o desvio é mais pronunciado ou em que o paciente sente muita dor, é necessário tratar a condição.
O tratamento para a lordose geralmente consiste em:
Prescrição de medicamentos para alívio da dor e do inchaço;
Orientação ao paciente para perda de peso em casos de lordose causada por obesidade;
Exercícios físicose fisioterapia para fortalecer a coluna e melhorar a flexibilidade.
Na cifose, o tratamento pode incluir:
Uso de medicamentos anti-inflamatórios para amenizar o desconforto e a dor;
Cirurgia de correção da curvatura em casos de cifose congênita ou outro desvio grave;
Fisioterapia e atividades físicas adequadas.
A escoliose pode ser tratada da seguinte maneira:
Medicamentos para a dor;
Suporte que deve ser usado na coluna, especialmente quando a escoliose atinge crianças ou adolescentes em fase de crescimento para evitar que a curvatura piore;
Aplicação de gesso na região dos ombros e do tronco em crianças menores de 3 anos que já apresentam escoliose e que apresentam piora constante conforme vão crescendo.
No caso da escoliose, o exercício físico e o tratamento com quiropraxia, por exemplo, não parecem prevenir a piora do quadro. Apesar disso, é importante se movimentar para aumentar a força e a flexibilidade do corpo sempre acompanhado de um profissional qualificado para que os exercícios sejam feitos da maneira correta sem prejudicar ainda mais a coluna.
Se o desvio na coluna for muito grave, pode ser necessário usar uma órtese – que consiste em uma espécie de colete ou cinta em volta da coluna para imobilizar a coluna vertebral e orientar os movimentos do indivíduo – ou realizar uma intervenção cirúrgica.
Cirurgias
Uma cirurgia para corrigir um desvio na coluna é um procedimento delicado que precisa ser conduzido por um cirurgião extremamente capacitado. Existem algumas formas de realizar esse tipo de cirurgia, tais como:
Fusão da coluna: nesse procedimento, instrumentos como hastes, ganchos e fios são presos à coluna para realinhar os ossos e mantê-los unidos de forma permanente.
Cifoplastia: nessa cirurgia, um tipo de balão é inserido dentro da coluna para endireitar e estabilizar o local com o desvio.
Substituição de disco artificial: discos vertebrais que estão danificados ou desgastados podem ser substituídos por discos artificiais para dar suporte à coluna vertebral.
A cirurgia só é uma opção quando nenhum outro tratamento surte efeito ou quando a qualidade de vida do paciente é extremamente prejudicada pelo desvio na coluna.
Considerações
Quando identificados ainda durante a infância ou a adolescência, desvios na coluna causados por problemas posturais podem ser corrigidos apenas com a prática de atividades físicas e com um estilo de vida saudável. Quando existe uma causa mais séria por trás do desvio na coluna, é importante fazer um diagnóstico e seguir o tratamento orientado por um profissional da saúde.
O acompanhamento médico deve ser frequente, bem como é recomendado consultar um fisioterapeuta para que ele possa corrigir a postura e indicar exercícios que não causem dor e que fortaleçam a região, evitando complicações de saúde.
Referências Adicionais:
https://www.webmd.com/back-pain/guide/types-of-spine-curvature-disorders#1
https://www.spine-health.com/conditions/scoliosis/types-scoliosis
https://www.spine-health.com/conditions/scoliosis/scoliosis-what-you-need-know
https://www.nhs.uk/conditions/kyphosis/
Você já teve ou conhece alguém que teve desvio na coluna? O que o médico recomendou? Como foi essa experiência? Comente abaixo!
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Vertebroplastia e Cifoplastia
O Dr. Marcelo Amato (CRM 116579) fala sobre a vertebroplastia e a ciclopastia. Ambas são tratamentos para fraturas vertebrais. Existem alguns tipos de fratura da vértebra que causam o seu achatamento.
Em geral as fraturas causadas por osteoporose ou por alguns tumores dentro das vertebras. Quando algum paciente idoso cai no chão, ele pode ter uma fratura por achatamento.
O tratamento clínico dessas fraturas envolve o uso de um colete rígido por pelo menos três meses e uso de medicamentos para dor. Mesmo assim, algumas vezes a vértebra continua sofrendo. Neste caso o paciente vai precisar de um tratamento cirúrgico
Veja o vídeo e entenda mais.
youtube
***transcrição****
Olá, eu sou o dr. Marcelo Amato. Nós vamos falar agora sobre a vertebroplastia e a cifoplastia.
Ambos são tratamentos para as fraturas vertebrais. Alguns tipos de fratura da vértebra causam o seu achatamento. Em geral, as fraturas causadas por osteoporose ou por alguns tumores dentro das vértebras. Pacientes idosos, por exemplo, com osteoporose podem ter uma fratura por achatamento, às vezes caem no chão ou sentam de uma forma mais forte, assim numa cadeira, se a pessoa tem a vértebra mais fraca, pode ter uma fratura por achatamento.
O tratamento clínico dessas fraturas envolve o uso de um colete rígido por pelo menos 3 meses e o uso de medicamentos para a dor. Algumas vezes, apesar do tratamento clínico bem instituído, a vértebra continua sofrendo achatamento e esses pacientes em geral vão precisar de um tratamento cirúrgico. Ou então o paciente não se adapta ao colete, ou então ele não tolera as medicações, às vezes por ter outras doenças, não poder usar a medicação, ou mesmo porque o efeito colateral acaba se tornando muito indesejado ou insuportável. Nesses casos, a vertebroplastia ou a cifoplastia estão bem indicados. É um procedimento que é realizado com sedação e anestesia local, num ambiente de hospital-dia e através de uma agulha rígida, inserida dentro do corpo vertebral é injetado um cimento, que vai tentar restaurar a altura do corpo da vértebra e torná-la mais rígida. Muitas vezes a altura do corpo vertebral não é restaurada, mas só de tornar a vértebra mais rígida e impedir o seu constante achatamento, digamos assim, o paciente já tem uma melhora dos sintomas e evita a progressão do problema.
A diferença entre esses dois procedimentos é que na vertebroplastia é inserida a agulha e injetado o cimento e na cifoplastia antes de se injetar o cimento insufla-se um balão dentro do corpo da vértebra, é um balão bem rígido e que tenta restaurar a altura do corpo vertebral e, além disso, cria um espaço para se injetar o cimento. Dessa forma, ele é um pouco mais seguro, pois evita que esse cimento extravase para alguma região indesejada da coluna.
Era isso o que eu tinha para falar sobre fraturas vertebrais por achatamento. Para acessar este e outros assuntos, visite o nosso site.
Neurocirurgia
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Source: https://www.amato.com.br/content/vertebroplastia-e-cifoplastia
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Vertebroplastia e Cifoplastia
O Dr. Marcelo Amato (CRM 116579) fala sobre a vertebroplastia e a ciclopastia. Ambas são tratamentos para fraturas vertebrais. Existem alguns tipos de fratura da vértebra que causam o seu achatamento.
Em geral as fraturas causadas por osteoporose ou por alguns tumores dentro das vertebras. Quando algum paciente idoso cai no chão, ele pode ter uma fratura por achatamento.
O tratamento clínico dessas fraturas envolve o uso de um colete rígido por pelo menos três meses e uso de medicamentos para dor. Mesmo assim, algumas vezes a vértebra continua sofrendo. Neste caso o paciente vai precisar de um tratamento cirúrgico
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Olá, eu sou o dr. Marcelo Amato. Nós vamos falar agora sobre a vertebroplastia e a cifoplastia.
Ambos são tratamentos para as fraturas vertebrais. Alguns tipos de fratura da vértebra causam o seu achatamento. Em geral, as fraturas causadas por osteoporose ou por alguns tumores dentro das vértebras. Pacientes idosos, por exemplo, com osteoporose podem ter uma fratura por achatamento, às vezes caem no chão ou sentam de uma forma mais forte, assim numa cadeira, se a pessoa tem a vértebra mais fraca, pode ter uma fratura por achatamento.
O tratamento clínico dessas fraturas envolve o uso de um colete rígido por pelo menos 3 meses e o uso de medicamentos para a dor. Algumas vezes, apesar do tratamento clínico bem instituído, a vértebra continua sofrendo achatamento e esses pacientes em geral vão precisar de um tratamento cirúrgico. Ou então o paciente não se adapta ao colete, ou então ele não tolera as medicações, às vezes por ter outras doenças, não poder usar a medicação, ou mesmo porque o efeito colateral acaba se tornando muito indesejado ou insuportável. Nesses casos, a vertebroplastia ou a cifoplastia estão bem indicados. É um procedimento que é realizado com sedação e anestesia local, num ambiente de hospital-dia e através de uma agulha rígida, inserida dentro do corpo vertebral é injetado um cimento, que vai tentar restaurar a altura do corpo da vértebra e torná-la mais rígida. Muitas vezes a altura do corpo vertebral não é restaurada, mas só de tornar a vértebra mais rígida e impedir o seu constante achatamento, digamos assim, o paciente já tem uma melhora dos sintomas e evita a progressão do problema.
A diferença entre esses dois procedimentos é que na vertebroplastia é inserida a agulha e injetado o cimento e na cifoplastia antes de se injetar o cimento insufla-se um balão dentro do corpo da vértebra, é um balão bem rígido e que tenta restaurar a altura do corpo vertebral e, além disso, cria um espaço para se injetar o cimento. Dessa forma, ele é um pouco mais seguro, pois evita que esse cimento extravase para alguma região indesejada da coluna.
Era isso o que eu tinha para falar sobre fraturas vertebrais por achatamento. Para acessar este e outros assuntos, visite o nosso site.
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Vertebroplastia e Cifoplastia
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Em geral as fraturas causadas por osteoporose ou por alguns tumores dentro das vertebras. Quando algum paciente idoso cai no chão, ele pode ter uma fratura por achatamento.
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