#calhamaços
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Mulheres Guerreiras
O livro O Priorado da Laranjeira da autora britânica Samantha Shannon conta em 848 páginas a história de um reino onde o mal assume a forma de dragões cuspidores de fogo – bestas que se alimentam do caos e do desequilíbrio – determinados a destruir a humanidade. O líder dessas criaturas, o Inominável, ficou preso no Abismo por muitas eras depois de ter sido gravemente ferido pela espada Ascalon…
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#autora britânica#calhamaço#dragões#fantasia#fantasy books#Instablog#Leia Mulheres#reading challenge
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o problema das pessoas moralmente preguiçosas
o problema da pessoa preguiçosa é querer que assuntos complexos sejam explanados de forma rápida e sucinta em vídeos de até um minuto, na tentativa de justificar sua incompetência pra se debruçar em temas delicados, desenvolvidos longamente em livros ou artigos. consequentemente, a pessoa preguiçosa emite opiniões rasas, com referências pobres, e argumentos cheios de brechas.
acompanho frequentemente um bocado de gente compartilhando vídeos de psicólogos de instagram, que repetem ideias de outros autores, sem darem os devidos créditos. com isso, a pessoa preguiçosa acha tais conceitos geniais, acreditando que foram criados por esses influencers fake, e termina de assistir ao curto vídeo achando que já sabe o suficiente sobre o tema. é chamar de imbecil quem investiu anos de sua vida escrevendo calhamaços, né? faça-me o favor.
muitos desses terapeutas ou psicólogos de redes sociais (que têm bastante seguidores só porque sabem usar ferramentas virtuais e têm rostinhos bonitos) mal conseguem se compreender, quem dirá auxiliar alguém! mas, pra variar, pessoas preguiçosas são as que mais se acham competentes e equilibradas. combinação perfeita pra uma sociedade sem embasamento em porcaria nenhuma, refém de frases de efeito pra compartilhar e lacrar.
o maior perigo da internet é dar voz a gente estúpida. como a preguiça e a impaciência reinam nos tempos atuais, é comum esbarrarmos com adultos mais infantilizados do que seus próprios filhos. meu medo não é do apocalipse, mas do armagedom moral.
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eu paguei 30 reais no diários de sylvia plath caras, é um CALHAMAÇO de 800 pag bom demaaaais
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𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐓𝐄𝐑𝐒 ⟢
◜𝟸𝟶𝟷𝟻◝ ﹒debruçada sobre uma das mesas da sala de estudos, Sabine batucava a ponta do lápis contra um livro velho, cujo cheiro deixava uma sensação empoeirada em sua garganta. Pigarreou, entre um floreio de mão e outro, até que a sua próxima vítima aparecesse, virando a esquina do cômodo. "Ei, muse!" chamou, ajeitando a postura de supetão. "Qual é o sentido de vida, pra você? É pro meu trabalho," acrescentou a última sentença com um sorriso ladino, indicando um calhamaço de folhas que mais parecia um glossário de rabiscos logo ao lado. Era uma aluna exímia, com exceção da caligrafia.
◜𝟸𝟶𝟸𝟺◝ ﹒pós-intimação
Os enjoos procederam a dor de cabeça, latejando em suas têmporas e engolindo sua visão pouco a pouco, até que Sabine se obrigasse a fechar os olhos para não sentir o peso do mundo cedendo sobre seu ombros. "Estamos fodidos," sibilou, entredentes, rangendo os dentes quando tateou os bolsos e deu falta dos frascos de compridos. "Uma intimação em Des Moines vai ser recebida como um mandato de prisão. Um... escândalo," crispou os lábios antes de parti-los para deixar sair um suspiro cansado. "Como você consegue lidar toda essa merda, muse?"
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Queria desvendar os segredos no sorriso dela
Ver por trás do olhar penetrante dela
Mapear cada traço da fisionomia dela
Fazer do seu corpo minha tela
Com traços finos, em cada centímetro escreveria uma novela
Um romance russo, um calhamaço escrito à luz de velas
Ao som do sussurro que o vento faz quando passa na minha janela
Fazendo coro com as ondas e entoando melodias em ode à beleza dela.
#lardepoetas#mentesexpostas#escritos meus#meus devaneios#espalhepoesias#projetosautorais#projetomardeescritos
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23 de junho de 2024. Domingo.
Voltei.
Quando decidi compartilhar minhas leituras neste fracassado perfil desta vazia rede social, não imaginava que também serviria como um incentivo para ler. Por isso, decidi voltar. Estou precisando de um gás após uma leitura pra lá de decepcionante...
Então, para botar em dia o assunto acumulado nestes 6 meses que fiquei off, vou comentar as poucas leituras que fiz esse ano:
1. Palavras de Radiância de Brandon Sanderson: Por enquanto, o livro do ano. Amei que foi mais focado na minha personagem preferida (Sharlan Davar) e me deixou muito empolgado para o terceiro livro. No começo deste ano fiz uns posts (bem mais ou menos) comentando a leitura, por isso não vou me estender.
2. O Problema dos Três Corpos de Cixin Liu: Quando terminei a leitura, dei 4 estrelas. Só que, desde então, eu penso tanto nesse livro, que acho que ele merecia as 5! Em resumo, a história narra as consequências do contato da raça humana com uma civilização alienígena. Tem uma vibe bem Arthur C. Clarke, só que melhor! O começo você fica bem perdido, mas mesmo não entendendo nada, não conseguia deixar o livro de lado, queria muito saber o que aconteceria. E o que falar daquele final? Desesperador. Esse livro já nasceu como um clássico e é melhor do que qualquer clássico de sci-fi perdido por aí.
3. Death Note #5: Olha... Nesse momento em que tenho que escrever sobre esse volume, percebi que ele não foi muito marcante, já que nem lembro o que aconteceu, haha. É mais do mesmo, mas sem prejudicar a série do mangá. Falta apenas um volume para terminar a saga e... não sei o que achar. Sinceramente, acho que superestimei um pouco esses mangás... Mais tarde, quando concluir a série, eu penso mais sobre isso.
4. Moby Dick de Herman Melville: A meta de leituras que estipulei esse ano foi de apenas 12 livros lidos, já que a intenção era ler alguns calhamaços que estavam empacados na estante... Mas já mudei de ideia. Eu demorei uns 3 meses para terminar Moby Dick e nem gostei tanto assim... Para cada capítulo MUITO BOM, existem dois tediosos. Assim, considerando que esse livro tem umas 700 páginas, conclui-se que a leitura não foi tão prazerosa assim... Talvez a tradução tenha uma parcela de culpa e até mesmo a minha falta de tempo, mas, de qualquer forma, ele foi bem decepcionante.
Por causa do impacto de Moby Dick, decidi mudar de rota e evitar as leituras dos calhamaços em 2024. O foco agora é ler o que estou a fim mesmo (e sem gastar nada). Inclusive, esse ano estou bem controlado nas minhas compras, só comprei as continuações de Os problemas dos três corpos e Death Note.
Para finalizar, já que falei sobre metas, esse ano ainda pretendo ler O Processo do Kafka, além de iniciar o #embuscadosuspensedoano2024. E é isso, beijos.
#meusposts#bookblr#leituras#livros#brasil#diário de leitura#diário#português#moby dick#death note#o problema dos três corpos#palavras de radiancia
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Deves receber esta ask monte de vezes e desculpa ser +1 mas eu gostava de ler/ver/aprender sobre história de portugal , principalmente a época do camões e "descobrimentos", mas sem o nosso bias colonizador de que fomos bué grandiosos, tens alguma recomendação?
ya ja recebi tantas vezes que ja nem sei mais que responder lmao livros alguns assim de cabeça: rui ramos (historia de portugal). há ai um calhamaço chamado rainhas medievais portuguesas, nao me lembro o nome da autora, mas é mto bom. Os livros da temas e debates que sao biografias de reis tb sao sempre excelentes. sobre colonização/escravatura no Brasil, lê Laurentino Gomes. Vê também o podcast Falando de História e vê o que o Paulo Dias tem para ai publicado, ja disse aqui varias vezes que o Paulo andou comigo na faculdade e nao só confio no curso de história da FCSH e mtos dos seus professores, o trabalho do paulo é muito porreiro. no mesmo tom, obras do João Paulo Oliveira e Costa sao sempre de confiar também.
O truque é este. Sempre que vires uma capa de livro que te faz questionar "isto é ficção ou náo-ficção?" mantem te longe dele. Se foi escrito por um economista, mantém te longe dele. Eu ainda acrescentava que, se tem um tema sensacionalista, afasta-te, mas existe aí um livro chamado Grandes Mistérios da História Portuguesa que é claramente livro cujo título foi escolhido pela editora pra ver se vendia, porque o livro nao tem um unico mistério, é tudo casos mais do que resolvidos, e é muito bom porque são factos menos conhecidos
Consulta tb o RTP Ensina de vez em quando que tem boas informações
eu nao sou de fazer tags a coisas mas se fores pesquisar asks anteriores vai vendo sugestoes de livros que ja me tenham feito ou entao ainda tiro mas e foto a estante e voces tiram as vossas ilaçoes
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Falei isso no bluesky mas resolvi trazer pra cá porque aqui tem mais espaço pra escrever
Existem dois tipos de escritor que não sabe dizer adeus a seus personagens:
Cornelia Funke, autora da trilogia Mundo de Tinta, que fez três livros calhamaços e que não minha opinião deveriam ser, no máximo, dois livros, pois a história não era pra tanto, aí muitos personagens foi sugado de um jeito que deixaram de ser o que se propunham, lembro que fiquei tão chateada e com raiva que Dedo Empoeirado se sacrificou pra trazer Farid de volta, e simplesmente no livro seguinte a Maggie simplesmente IGNORA o Farid o livro inteiro, fiquei com tanta raiva disso que nem cheguei a ler o terceiro livro. Gosto do que ela fez em Labirinto do Fauno, mas confesso que quando vi o nome dela, fiquei com medo do livro ser arrastado igual os da trilogia Mundo de Tinta, e me surpreendi por não ser, uma pena que seus próprios livros não tenham me conquistado mas a versão literária de um filme que não foi ela que criou sim, pois apesar de tudo, ela escreve bem.
Do outro lado dessa moeda temos Rick Riordan que quando anunciou essa nova trilogia de Percy Jackson, assumo que fiquei com medo de ter o mesmo destino da trilogia Mundo de Tinta, e mesmo agora, com o anúncio de uma sequência pra O Sol e a Estrela, não consigo não me preocupar com o fato de que o livro terminou tão redondinho e fechadinho que uma sequência me assusta, por esse motivo e também não sei mais o que Nico di Angelo pode sofrer mais, ele já foi para o Tártaro! Duas vezes!! Uma boa oportunidade seria explorar mais Will Solace, que ouviu que tinha que oferecer sua escuridão a Nico, mas confesso que não vi isso acontecendo de fato no livro (um dos poucos defeitos que esse livro tem na minha opinião), mas voltando ao assunto sobre não parar de escrever, confesso que gosto que o tio Rick não sabe a hora de parar, porque diferente do que vi nos livros da Cornelia Funke, o tio Rick não necessariamente inventa mais histórias, ele apenas usa o que os próprios personagens tem a oferecer, e personagens tão ricos, complexos, e a mitologia greco-romana sendo tão vasta, é natural que ainda tenha muito assunto a explorar, o melhor de tudo é justamente que agora ele está saindo do básico da mitologia, explorando coisas que só historiadores (como ele) ou aficcionados (como eu) sabem, e isso enriquece o universo num nível...
#percy jackson#rick riordan#cornelia funke#livros#the sun and the star#nico di angelo#will solace#pjo spoilers
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Vi que os pedidos estão abertos 👀👀👀
Poderia fazer uma imagine ou Headcanon (qualquer um está bom) com Aizawa com um companheiro com a peculiaridade felina?
Aizawa Shouta.
[Me referi ao leitor como híbrido tmb]
As aulas demoraram mais alguns dias para voltar.
Esses dois dias se passaram sem nada digno importante acontecendo, principalmente apenas [Nome] deitado na janela e lendo os livros romances - corte de névoa e fúria da Sarah J Maas - do seu quarto com seu marido.
— Amor! — o híbrido foi tirado de seus pensamentos e rapidamente olhou para o marido. Eles estavam sentados na varanda de seu apartamento.
[Nome] olhou para baixo e notou que ele estava a um pequeno movimento de derrubar seu telefone da pequena mesinha.
— Desculpe querido. —
Suas pupilas afinadas, a cauda felpuda balançava de maneira calma e descontraída.
O moreno pegou o telefone e o enfiou no bolso.
— Controle-se. — Ele falou enquanto você levantava a mão. — Não! — Ele rapidamente o golpeou sua mão antes que ela tocasse no rosto.
Shouta levou a mão em sua cabeça e fez um carinho atrás da sua orelha, [Nome] ronronou e colocou a cabeça na mesa.
— Você é ridículo. —
· · • • • ✤ • • • · ·
A água estava confortavelmente quente, [Nome] finalmente sentiu seus músculos relaxarem após um longo dia de patrulha.
Felizmente, não havia acontecido muita coisa, para a felicidade do gatuno, e assim eles voltaram mais cedo do que o normal.
Isso deixou o híbrido e seu marido com um raro tempo de inatividade após um jantar.
Houve uma batida em sua porta. Antes que ele pudesse responder, porém, a porta se abriu.
Imerso confortavelmente na água morna, [Nome] estendeu a mão para alguns sabonetes.
— Amor? Tá ai? — Shouta perguntou quando se deparou com um quarto vazio, já que o banheiro ficava atrás de um biombo do outro lado do quarto.
O herói Eraserhead, no entanto, não esperou por uma resposta, apenas caminhou mais para dentro da sala.
— Estou aqui amor! — Você respondeu um pouco mais alto do que normalmente faria.
Ele olhou para trás do biombo, onde você estava sentado na banheira com uma sobrancelha erguida.
— Oh. — Ele disse sem jeito, ficando vermelho. — Vou me banhar com você… — Aizawa falou voltando a face normal, logo tirando o uniforme dele e entrando na banheira contigo.
Seus olhos acompanhavam cada movimento dele, suas pupilas afinadas , cauda se movendo junto das orelhas felpudas.
· · • • • ✤ • • • · ·
Normalmente em momentos como este, enrolado no sofá com o marido casualmente jogado em seu colo como um gato crescido demais.
Respirando profundamente pelo nariz, Shouta tentou muito dizer a si mesmo que ele era um herói de coração frio e não havia absolutamente nada de fofo na maneira como ele podia ver as orelhas de [Nome] se contorcendo e a cauda passando propositalmente em seu nariz.
— Você está ocupando todo o espaço. — Ele resmungou, usando a voz mais áspera que tinha à sua disposição.
Você acomodou-se ainda mais entre as pernas dele, sua barriga cobrindo completamente as coxas do homem mais velho, e virou mais uma página do livro que fingia ler.
— Uhum… Estou. — Ele não parecia se importar muito com a situação que havia criado, [Nome] colocou seu livro de lado… Calhamaço como ele chamava, afinal "Cidade de lua Crescente" é um livro enorme com várias páginas.
O de fios [claros/escuros] se ajeitou de maneira que ele pudesse apoiar a cabeça no peitoral do outro, os olhos se fechando e a respiração deixando-o em um suspiro satisfeito.
Shouta bufou e murmurou para si mesmo o quanto o pai de suas crianças é folgado, mas não fez nada para tentar remover fisicamente seu marido - a quem ele não achava nada adorável, por sinal. Claro que não… Quem ele queria enganar? Ele é apaixonado por seu enorme gato.
Ele certamente não parava de observar aquelas orelhas enquanto elas continuavam se contorcendo e tremendo.
Ambos ficaram igualmente surpresos quando de repente os dedos do moreno se fecharam ao redor da orelha de [Nome], segurando gentilmente a carne [pálida/morena] e passando o polegar ao redor da borda.
— O que te deixou tão nervoso hoje? — Perguntou.
— Eu posso ouvir o vizinho cantando e ele é terrível…
— Toshinori é horrível cantando… Verdade.
Sabendo o quão sensível era a audição de seu marido, Shouta estremeceu.
Ele tinha ouvido seu vizinho - All Might- cantando para si mesmo enquanto estava do lado de fora saindo para trabalhar.
Soltando a orelha em suas mãos, ele deu um tapinha na cabeça de [Nome] com carinho.
Então, já que sua mão estava lá de qualquer maneira, ele começou a acariciar as mechas [brancas/escuras] e macias de cabelo sob a palma da mão.
— E você?
— Eh? Quanto a mim?
— Existe algum motivo específico para você estar tão mal-humorado hoje?
— Rude. Eu não sou mal-humorado.
— Então não há necessidade de eu continuar deitado aqui. Aqui eu pensei que você poderia estar precisando de um pouco de atenção, talvez até mesmo um pouco de afeto. Se você realmente tem outras coisas que prefere fazer, no entanto, ficarei mais do que feliz em deixá-lo fazer isso.
— Não se atreva querido! — Ele falou, passando a mão sobre seu cabelo, ao ver que você encurvou totalmente como um gato ele soltou uma risada.
— Isso é o que eu pensei. — [Nome] respondeu em um tom presunçoso, o fantasma de um sorriso malicioso aparecendo em seu rosto.
· · • • • ✤ • • • · ·
Shouta olhou o marido andando em volta da cama, olhando para ele.
— Que foi [Nome]? — Ele perguntou, a voz sonolenta deixando claro que seu sono tinha sido interrompido.
— Nada… —
Assim que o pobre coitado deitado na cama foi falar algo, ele apenas viu a sombra e ao olhar, viu que seu marido ia cair em cima dele.
— PUTA QUE PARIU [NOME] ! — Ele falou de maneira alta ao sentir você cair em cima dele. — Por que você pulou em cima de mim?
— Você tava quieto, me incomodou.
— Mas?!?
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Desafio literário • 2024 | Leituras de março e abril
★ MARÇO
Um calhamaço
Um Defeito de Cor - Ana Maria Gonçalves.
Minha resenha está disponível AQUI então não me estenderei além de mandar um simples recado: LEIAM, PELAMOR!
Um livro nomeado a alguma premiação
Se Deus Me Chamar Não Vou - Mariana Salomão Carrara.
Essa leitura foi uma supresa profunda e super agradável! Não subestime a narrativa de uma criança descobrindo o mundo e percebendo o quão difícil é fazer parte dele.
"Ninguém passa pra conferir se o vento não me levou porque sou inteira sólida. Acho que vem daí a palavra solidão, pessoas tão sokixas que ninguém vem chegar às estão ruindo"
Por ser uma leitura curta, deixarei que a leitura de vocês diga o que precisa ser dita. Vale a pena demais.
★ ABRIL
Um livro esquecido em um desafio anterior
Mrs. Dalloway - Virginia Woolf.
Um classico aclamado que ainda não consegui dizer o que exatamente me tocou, mas sinto que essa história ficará comigo por anos.
Talvez seja o fato da protagonista viver dando voltas entre o passado e o presente para justificar quem ela é e perdeu ao longo dos anos; ou a ambientação numa londres se recuperando de uma guerra, dando aquele misto de vontade de viver absolutamente tudo que possivel vs. não conseguir viver por saber que uma guerra tira o pior de todos e isso torna a vida impraticável; ou tambem a vida dos personagens secundarios encontrando forca para viver o presente da melhor forma possivel, sentindo que o tempo logo acabara; seja o que for, a leitura me cativou pela simplicidade das palavras e facilidade para provocar horas de reflexão. Recomendo demais!
Um livro de um autor independente
Sobre Enfermeiras e Postais - Rachel Fernandes.
Um romance nacional que vale muito seu tempo.
A resenha está AQUI então aproveitem!
#literatura#desalit#desafio literário#livros#romance#um defeito de cor#ana maria gonçalves#se deus me chamar não vou#mariana salomao carrara#mrs dalloway#virginia woolf#sobre enfermeiras e postais#rachel fernandes#literatura brasileira#literatura inglesa#romance histórico#chick lit#rliteratura
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As leituras em inglês e a preocupação (tardia) das editoras
No início da semana foi publicada no jornal Publico uma reportagem da autoria da jornalista Sofia Neves intitulada "Há jovens que só lêem livros em inglês - e isso preocupa as editoras". O título fez-me sorrir, admito, pois pergunto-me se o Público só em 2024 se apercebeu desta realidade, ou se só neste ano é que esta realidade chegou à literatura mainstream.
Digo isto com a noção de que os leitores de ficção científica e fantasia há décadas lêem em inglês - primeiro por necessidade, depois por conveniência, e por fim pelo hábito. A necessidade veio com o fim das colecções, e com elas a escassez de livros traduzidos (como a Argonauta, a colecção da Europa-América, ou até a "colecção azul" da Caminho), e com a ausência quase total de autores nacionais que pudessem alimentar o nicho de mercado. A conveniência veio mais tarde, quando o comércio online permitiu aos leitores adquirirem com facilidade livros em inglês a preços que o mercado editorial português não tem qualquer hipótese de acompanhar. E por fim veio o hábito: ganha-se a prática e o gosto de ler em Inglês, consegue-se ler uma série sem esperar anos por um dos volumes, não se lida com traduções duvidosas. Aqui chegados, como voltar aos calhamaços que se publicam por cá e se vendem a preço de ouro? Bem sei: há inúmeras condicionantes de mercado. O que, convenhamos, pouco importa para os consumidores: os recursos são limitados, e se pelo preço de um livro em edição português se compram dois em edição inglesa, a escolha é óbvia.
O meu percurso pessoal enquanto leitor do género fez este percurso quase na perfeição: passei ao lado das colecções, e as minhas primeiras leituras no género durante a adolescência foram tie-ins de Magic: the Gathering e Warcraft que, como é evidente, nunca foram traduzidos para Português. Durante o 12º ano, sabendo pelo meu gosto por ficção científica (partilhámos longas conversas sobre The Matrix), o meu professor de Filosofia e Psicologia emprestou-me um livro que mudaria a minha vida: The Snow Queen, de Joan D. Vinge. Não sei se o marcou tanto a ele como me marcou a mim, nem sei o que o levou a sugerir aquele livro que nada tem que ver com cyberpunk, mas foi uma escolha inspiradíssima. Li-o na edição portuguesa, em dois volumes, da Europa-América, numa tradução que não me convenceu nem me abriu o apetite para ler outros livros da colecção; mas o bichinho da leitura ficou. Pouco tempo depois vim para Lisboa estudar, e descobri que na hoje extinta Livraria Tema, no segundo piso do Colombo (ao lado do cinema), era possível encomendar livros a partir dos Estados Unidos. Encomendei The Snow Queen numa edição original, que ainda tenho e estimo. E seguiu-se a maioria da bibliografia de Joan D. Vinge: World's End, The Summer Queen, Tangled Up in Blue, mais a trilogia Cat (Psion, Catspaw, e Dreamfall). O primeiro livro de Philip K. Dick que li, Do Androids Dream of Electric Sheep, também foi comprado na Tema, tal como os primeiros livros que li de Isaac Asimov, Arhur C. Clarke e Robert A. Heinlein. O último livro que lá comprei, lembro-me bem, foi uma edição trade paperback de A Game of Thrones, de George R.R. Martin, dois ou três meses antes de a adaptação televisiva da HBO estrear e catapultar aquele universo de fantasia para o mainstream. Com muita pena minha, a Tema encerraria pouco tempo depois.
(Sim, nessa altura já a Saída de Emergência publicava A Song of Ice and Fire há largos anos. Mas eu já não tinha qualquer incentivo para ler os livros em português.)
Cheguei ainda a encomendar livros via Fnac - uma companheira de World of Warcraft sugeriu-me a leitura de Northern Lights de Philip Pullman, e encomendei os três livros na loja. Demoraram meses a chegar, foi um horror.
Depois da Tema veio a Amazon UK (durante um par de anos - pré-Brexit, claro - teve entregas grátis a partir de 28£; mandei vir tanto livro de lá), o Book Depository (saudades), a Amazon ES, a Blackwells. A Fnac já tem muito mais variedade de livros em inglês a preços razoáveis, até nem é incomum encontrar títulos da SF Masterworks por lá, e as secções de banda desenhada têm crescido a olhos vistos (mas a banda desenhada é um mundo à parte, claro).
Hoje olho para trás - em sentido literal, escrevo este texto na minha secretária pessoal, a biblioteca doméstica está mesmo atrás de mim - e vejo estantes com largas centenas de livros, nas sua esmagadora maioria em inglês. É possível que na fantasia muitos dos livros que temos cá em casa tenham sido traduzidos (a grande lacuna será decerto Discworld), mas a maioria dos livros de ficção científica que aqui estão ou não foram traduzidos, ou na melhor das hipóteses terão tido tradições duvidosas nas colecções de outros tempos. Alguns vão sendo agora editados por cá, mas já não me compensam: ou gasto menos dinheiro em trade paperbacks, ou pago sensivelmente o mesmo por excelentes edições em capa dura. Após mais de vinte anos de leituras sucessivas, leio com a mesma facilidade em Português em Inglês. No meu idioma só leio autores de língua portuguesa, ou a tradição ocasional de outros idiomas; não tenho qualquer razão, e muito menos vontade, de ler livros de autores anglófonos em tradução.
E estou longe de ser o único - praticamente toda a gente de idade próxima da minha que gosta de fantasia e ficção científica lê sobretudos livros em inglês. Pelo que regresso à reportagem do Público: essa realidade já existia, e editoras mais de nicho como a Saída de Emergência (mencionada no texto) já a conheciam bem. Não sei ao certo o que terá mudado para que o fenómeno ganhe visibilidade - uma maior visibilidade das vendas, talvez, ou o fenómeno do booktok, uma espécie de blogosfera literária com esteróides -, mas é fascinante vê-lo a ser falado agora como se fosse algo de novo, como se as editoras estivessem agora prestes a perder um sem-número de leitores. Quando na verdade essas editoras já perderam muitos desses leitores há anos, se não mesmo há décadas.
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Oi oi oi, booklovers!
O post das leituras do mês tarda mas não falha kkkkkkk ~ pra ser sincera, eu tava até pensando em deixar pra amanhã, só que aí já seria abril 🤡
Mas enfim, apesar de tudo, as leituras de março foram um pouquinho mais proveitosas, apesar de que li praticamente a mesma quantidade do mês passado.
🩷| Match Imperfeito - Sandhya Menon (3★)
Eu tenho um belo problema com autores que não sabem quando é a hora de parar, o que infelizmente acontece muito em livros nacionais. Sabe, aquelas horas que parece que já aconteceu tudo o que tinha que acontecer, mas o autor continua escrevendo e vc, que estava gostando da história até então, começa a pensar "só acaba pelo amor de Deus" ? Esse livro foi exatamente assim.
Os protagonistas - que, inclusive são indianos e os pais meteram eles num casamento arranjado, embora Dimple sempre tenha odiado a ideia - já estavam apaixonados logo no começo, mas ficaram enrolando e dando desculpinhas pra não ficarem juntos. Depois, a gnt acompanhou umas tretas aleatórias que aconteceram e afins
Achei que a autora ficou enchendo com linguiça e que dava pra ter terminado bem antes.
❤️| Átimos - Mari Fernandes (5★)
Um conjunto de pequenos contos - alguns fofos, alguns mais reflexivos - que te deixam com o coração quentinho. Achei bem legal.
🩷| Dom Casmurro - Machado de Assis (3★)
Que foi de Dom Casmurro que veio o "traiu ou não traiu?" todo leitor sabe, agora ler mesmo, só li nesse mês (por causa da escola, claro).
Achei tudo muito arrastado, com 91728272 acontecimentos pra um livro de menos de 300 páginas e o Bentinho parava pra narrar e descrever tudo e qualquer coisa! Eram tantos capítulos que parecia que eu estava lendo um calhamaço tipo Os Miseráveis!
❤️| A Bússola do Coração - Sarah Ferguson (Cr)
Esse eu não terminei ainda, por isso não posso nem avaliar, porém falta só uns 40% do livro então irei repassar minhas impressões até agora:
1) Gostei do começo, achei interessante.
2) O foco não é no romance e tá tudo bem, mas não aguento mais nenhum capítulo da protagonista ajudando alguma comunidade pobre de Londres (tipo, que bom que ela ajuda, mas acho que não preciso saber de tudo que acontece lá né?)
3) Achei que a parte do romance em si ficou um pouco apressada, embora tenha demorado séculos para acontecer. Sla, parecia que a autora apenas queria que acontecesse naquele momento. Dava pra fazer de outra maneira e sem deixar a gnt com raiva de ninguém - pq eu estou irritada até agr com o que aconteceu.
Enfim gnt, é isso, boa Páscoa pra vcs! 🩷✨
Bjs e boas leituras <333
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Rebelde tem tantos personagens complexos que deveria ser um calhamaço de mais 1000 paginas para dar conta de todo mundo
#roberta e mia - 2 opostos - se mostraram mais complexas do que eu me lembrava#correndo por fora tambem o fato de os atores serem um tanto anti-carisma#mas eu nunca achei que fosse ter empatia pela pilar#nem que eu fosse gostar minimamente do tomás e do téo#so livro daria conta de toda nuance dos personagens portanto#ainda: celina tem umas mil nuances pqp#penso que a serie [netflix] nao deu do recado justamente por ser uma... serie!#foi muito pouco tempo para apresentar todo mundo e suas varias camadas pessoais#seria longuissimo um livro dessa quantidade de paginas? talvez#e só talvez mesmo ja que eu vejo o povo tudo lendo livro cuja saga dura uns 4 volumes#rebelde
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kintsugi.
Existe um provérbio japonês chamado Kintsugi, que é basicamente aceitar os desgastes e imperfeições que a vida nos proporciona ao longo da vida, como uma peça de porcelana que está rachada pelo tempo, é olhar para esta rachadura e saber que ela foi usada, mas que por trás dela há uma história.
Téo tinha lido isso alguns anos atrás – muito anos, na verdade -, e agora parado em frente a enorme casa na qual ele morou esse provérbio veio em sua mente. Ele subiu os três degraus da entrada e assim que entrou, a enorme sala se fez presente, e ela estava lá, a grande estante de livros, não só uma, como várias que ocupavam cada parede da sala. Era uma verdadeira biblioteca e o acervo que se encontrava ali continha os mais diversos e raríssimos livros. Téo lembrava-se que desde que “se entendia por gente” a estante já exista e já era quase que cem por cento coberta por livros. Seu pai adorava ler, especialmente ao lada da janela onde colocava sua poltrona de couro. Ele esticava as pernas e com seus óculos de meia lua ele passava noites e noites lendo, sempre acompanhado de um cigarro ou dois. Em uma dessas noites, por volta das três da manhã, Téo, sem sono, foi para a sala e encontrou seu pai sentado mais uma vez lendo algum calhamaço e fumando seu cigarro.
“Venha Téo, sente-se aqui” apontou seu pai para o puff que ficava ao lado de sua poltrona.
“Por que o Sr. lê tanto” perguntava Téo coçando os olhos.
O pai deu uma tragada forte e soltou a fumaça espessa e azulada para a janela que estava aberta. No luar, a fumaça se despedaçou e sumiu na noite.
“Veja bem, Téo, ler é partilhar existências...” ele fez uma pausa. Olhou para a estante. “pense em como todos esses livros foram escritos por pessoas diferentes, de lugares diversos e costumes peculiares que se diferem dos nossos? Ler é partilhar tudo isso, e aprendemos, e vivenciamos (mesmo que de forma não literal) todos esses escritos!”
Téo bocejou. “Mas o Sr. já leu todos esses livros?” perguntou olhando para imensa estante de livros.
O pai ajeitou os óculos de meia lua que estavam na ponta do seu nariz.
“Obviamente que não” ele riu “assim como meu avô e meu pai não leram todos... A vida é curta demais para ler todos os livros que almejamos” ele deu uma tragada no cigarro “por isso temos que saber quais livros ler, a vida é curta demais para ler livros ruins. Lembre-se Téo, todos esses livros irão te ensinar algo, abrace a sabedoria.”
Era evidente que nessa época Téo não deu ouvidos para os conselhos do seu pai. Era muito novo e meninos nessa idade só queriam saber de brincar, mas ele cresceu, e conforme fora crescendo a estante também crescia – e envelhecia -, as pessoas em sua volta estavam indo embora, começou com a mãe, o irmão e por fim seu pai. Téo lembrava bem que seu pai queria morrer fazendo aquilo que tanto amava, que era ficar sentado na sua poltrona de couro lendo algum livro e fumando seu cigarro, e Téo atendeu seu pedido, o levou para casa. Cuidou do pai por uns meses, e toda noite ele repetia seu hábito de ler sentado na sua poltrona de couro – já super desgastada -, fumando seu cigarro – mesmo doente ele se recusava abandonar o cigarro -, e olhando a noite através da sua janela.
Uma dessas noites, Téo que já tinha seus dezenove anos de idade estava em seu quarto fumando um cigarro enquanto lia um livro de poemas – era verdade que ele não tinha herdado o hábito de ler constantemente igual seu pai herdou do seu avô, mas Téo tinha um apreço por poemas, poesias e cânticos sombrios que expressavam os sentimentos mais obscuros do homem -, quando ouviu um barulho vindo da sala.
[1]Não choreis nunca os mortos esquecidos Na funda escuridão das sepulturas. Deixai crescer, à solta, as ervas duras Sobre os seus corpos vãos adormecidos.
Desceu as escadas e quando chegou finalmente à sala, o exemplar caído de “o sol é para todos” estava aos pés do seu pai.
E quando, à tarde, o Sol, entre brasidos, Agonizar… guardai, longe, as doçuras Das vossas orações, calmas e puras, Para os que vivem, mudos e vencidos.
Ele dormia. O cigarro estava no cinzeiro já no seu fim. O sereno da noite adentrava a sala através da janela. O pai dormia. Estava sentado com seus óculos de meia lua agora caído sobre seu peito. Ele tinha uma feição serena, plena e se olhasse bem, ele parecia esboçar um sorriso.
Lembrai-vos dos aflitos, dos cativos, Da multidão sem fim dos que são vivos, Dos tristes que não podem esquecer.
Téo ficou parado alguns minutos olhando-o. Ele sabia que esse dia chegaria, e já estava preparado para ele, afinal, quando se perde todos em sua volta, saber lidar com a morte se torna fácil. Olhava para o pai. Olhava para estante de livros. Ele estava em paz.
E, ao meditar, então, na paz da Morte, Vereis, talvez, como é suave a sorte Daqueles que deixaram de sofrer.
As lembranças eram invitáveis, e Téo sabia que ficaria vulnerável assim que entrasse naquela casa. Hoje com seus quase cinquenta anos, ele tinha voltado para essa cidade com uma missão. A casa não estava tão deteriorada, mas ainda assim precisaria de uns pequenos reparos, e claro, muita faxina. E isso aconteceu lentamente durante uns meses. Quando chegou ao fim, a casa até parecia do jeito que ele deixou quando foi embora uns anos atrás. Tudo estava no seu devido lugar, mas aquela mesa de jantar continuaria com seus arranhões e a tintura das paredes continuariam descascando. Assim como os livros – mesmo depois de uma boa limpeza -, continuariam com algumas páginas soltas e com seus amarelados devido a ação do tempo. Isso era o Kintsugi. A casa estava intacta, com suas imperfeições causadas pelo tempo, porém com várias histórias para contar, e Téo queria mais pessoas usufruíssem dessas histórias que ficaram por muito tempo presas nesta casa. Foi então que depois de toda reforma ele decidiu fazer dessa casa uma grande biblioteca, que seria o refúgio para quem quisesse viajar por algumas horas em meio aquelas histórias.
[1] Não choreis os mortos, de Pedro Homem de Mello.
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Eu tenho uma mente onde se passam muitas coisas. Muitas coisas mesmo. Meus sonhos são mundos e universos e personagens e transfigurações e cores e sons e cheiros e narrativas que não acabam mais, e eu sou capaz de acumular milhares deles ao mesmo tempo em que sou capaz de acumular milhares de noites sem dormir. E escrito assim, desse jeito, milhares parece um exagero, mas mesmo que eu seja isso, exagero, exacerbação, aos vinte e um anos vivi sete mil setecentas e oitenta e uma noites, então são sim milhares de sonhos. E sem contar os que sonhei enquanto estava acordada. Enquanto conversava com um bom amigo, enquanto via o pôr do sol, enquanto passeava pela areia da praia, enquanto estava ao lado dela…
Revisitando minhas palavras senti dor porque tenho sido um livro de um só tomo, finalizado. E eu sempre quis ser mais, sempre quis ser um calhamaço, uma produção de tantas poesias que em vida um único alguém seria incapaz de ler, e fiquei bastante pensativa sobre o porquê das minhas palavras terem se estagnado.
Eu sou mais que doer. Eu sou mais que um texto denso que carrega de angústia o mesmo tanto que carrega de beleza. Eu sou mais que as perdas que vivi. Eu sou mais que essa dificuldade. Eu sou mais que os transtornos. Talvez por isso o livro tenha acabado. Será que foi por eu ter usado todas as descrições possíveis da minha dor? É que eu precisava ser fiel a mim, e minha realidade não poderia ser pintada de outro modo que não com adjetivos infelizes. Seria, no mínimo, inoportuno.
Eu não quero crescimento, eu almejo ampliação. Revisitar o que está embaixo me parece menos interessante do que transitar pelos lados. Minha subjetividade está inflamada. Mas eu não quero ser objetiva. Prefiro estar em chamas.
Todas as boas garotas vão para o inferno.
Quando eu escuto uma música, eu escuto com o corpo. Eu sei dançar. Eu sou muito boa em ouvir, e sempre sei o que falar. Eu sou transgressora. Eu sou muitas. Eu sou plural. E sou única! Eu sou um cheiro melhor que terra molhada às cinco da manhã em um dia nublado com chá de erva cidreira. Eu sou um texto de Clarice. Eu sou interdisciplinaridade. Eu sou uma gama de possibilidades. Eu não gosto de rima. Eu não sou como todo mundo. Eu não amo café, mas eu amo o cheiro. Eu sou rápida. Eu faço devagar.
O problema é que eu queria mais! se eu tentasse mais… Mas aí eu seria diferente de mim. E eu gosto de mim. Mesmo que todos vocês transformem isso de viver numa luta constante para me defender de não gostar.
Eu sou aquele um segundo de criatividade em meio a vinte e três minutos de algo igualmente bom. E se eu fosse o muito que se passa em minha fabulosa mente todos os dias eu seria o melhor. Eu escuto o som dos passáros e acho tão bom quanto aquelas músicas que passam meses e meses em um estúdio, eu sinto o sol, eu sinto o que eu vejo, como se fosse uma experiência palpável. Não me importa a biologia, todos os meus sentidos são eles todos em um. Eu sou algo que já pensei umas três vezes hoje e posteriormente esqueci, eu sou um número escrito por extenso. Eu sou coisas e sons e sentidos e tudo o que é mais gostoso que gente. E esse é o mal humano. Buscar nas pessoas. Busque nos livros, busque nos armazéns, busque nas frutas, nas árvores, nas paisagens, nas sensações, busque com os pés na areia molhada e as mão no balde de tinta cor de rosa. Não busque em gente. Pessoas não são isso tudo. Mas eu sou!
Feia mesmo a coisa fica quando você busca pessoas. Eu não busco. Se há busca, não há encontro. Eu prefiro encontrar. Acho mais poético e gosto de poesia.
Eu sou a metade inteira de um encontro.
Será que eu sou um clichê? Eu espero que não. Mas tudo bem se sim. Eu só não quero ser um clichê vazio. Quero ser um clichê daqueles preenchidos que todo mundo tem vergonha de admitir mas precisa. Porque é muito gostoso. Eu sou uma sensação. Eu sou senciente. Eu não sou ciência e eu não quero ser. Eu quero é sentir. E eu sinto como ninguém… Você se surpreenderia com o quão boa eu sou nisso.
Eu não sou o uso da vírgula. Eu sou uma reticência mal colocada e sou os espaços vazios de um texto e sou as entrelinhas e sou a ousadia de escrever incorretamente e sou liberdade e sou livre eu sou um livro com palavras e imagens e posso ser também aqueles parágrafos de saramago que tem uma pontuação toda tortuosa e que é cheia de genialidades porque eu sou genial!,;...
vinho sorvete doce comidacolorida cheiros sons sabores passarinhos um buquê um sorriso bolo de casa de vó
Você pode achar isso desinteressante, mas eu estou me divertindo.
Eu quero ser maior. Eu quero ser amada e reconhecida. Eu quero me expressar de um jeito melhor. Eu não quero me podar. Eu quero tanto e tanto tempo. Eu quero a cura que me prometeram. E mesmo perdida, eu vou fazer tudo acontecer.
Eu sou várias estrelinhas. Eu não estou nem aí para você.
Eu me acredito?
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Falando das pessoas da minha sala
Já que voltei pra escola ontem, acho nada melhor que fazer um post contando sobre o que acho das pessoas da minha sala (sim... polêmico!), mas vou deixar uma inicial para cada aluno, e algumas delas sequer são reais.
A- A típica pessoa que se acha MELHOR QUE OS OUTROS! Ela trata qualquer pessoa que não tenha amizade com desprezo ou indiferença, a mãe dela já constrangeu dois professores meus na época da EAD pois haviam brigado com a filha, que não prestava atenção nas aulas.
S- Sempre chega atrasado (ele chega na segunda aula todo dia, WTF!) e nunca está com o uniforme completo, usa a calça da escola e algum moletom com estampa de banda (geralmente ele chega com alguma do Nirvana, Red Hot Chili Peppers ou Rage Against The Machine), costumava ser meu amigo, mas ele me trocou.
L- O garoto mais problemático da minha sala, ele xinga todo mundo de graça (literalmente!), já foi machista, LGBTfóbico e coleciona visitas pra diretoria. Ele já confessou que me admira pelo meu jeito de querer ajudar todo mundo, mas mesmo assim não retribuo o sentimento de admiração.
L.A- É o superdotado da minha sala, confesso que o admiro, ele se dá muito bem em matemática, toca bateria na banda da Igreja (ele é evangélico) e sempre trata todo mundo bem!
P- Filho de uma professora que já me deu aula, é considerado o "galã" da nossa sala, ele tem cabelos loiros (de tom mais escuro) e usa óculos. É viciado em fazer piadas de duplo sentido.
I- Um dos que mais me faz rir! Ele sempre faz piadas que tiram a sala do silêncio e é muito inteligente. Uma vez o vi lendo "It A Coisa" e perguntei se ele conseguiria ler aquele calhamaço todo, ele me respondeu "vou tentar", isso já faz tanto tempo... espero que ele tenha conseguido terminar o livro!
L.M- Descobri que ele saiu da escola, mas bem... não fez diferença! Não me entenda mal, não estou sendo maldoso, mas esse menino faltava QUASE TODO DIA! Virou piada entre a sala e até o professor de educação física passou a brincar com isso, toda vez que ele faltava, o professor dizia: "Ah, novidade!". Pelo menos ele me deu algumas indicações de livros nacionais pra ler, valeu cara!
K- Hétero top da sala, ele já foi pego usando cigarro eletrônico na escola, tem uma tosse horrível e namora com uma menina que não tem nada haver com ele!
G- Para quem não é próximo, pode parecer que ela é quietinha e certinha, mas é a maior fofoqueira e fala palavrão (confesso que da primeira vez que ouvi, me recusei a acreditar). Apesar disso, acho ela muito legal!
D- Um garoto de descendência europeia que faz piadas duvidosas, ainda sim é uma ótima pessoa! Costumamos chamar ele de comunista, apenas por seus parentes terem origens russas.
M- Namorada de K, ela é um pouco desnecessária ás vezes, ela fica gritando no meio da aula e gosta de chamar a atenção do professor de física (coitado, afinal, ele está meio atrasado na matéria e a garota ainda quer atrapalhar!).
Y (no caso, eu!)- O mais baixinho da sala, costumo conversar bastante com as pessoas, apesar de, obviamente, ter amigos mais próximos. Sempre de touca e com fone de ouvido (quando está na troca de aulas, é óbvio!). Todo mundo me chama de inteligente, e bem, tenho que concordar com isso (não estou me gabando), o único garoto trans da sala e já li mais de 10 livros até agora.
Ainda tem muito mais alunos pra eu falar, mas bem, é uma boa sensação colocar o que penso dessas pessoas pra fora haha. Acho que dá pra perceber que minha sala é bem diversificada.
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