#bypscb
Explore tagged Tumblr posts
Text
vez ou outra, sempre me ocorre uma vontade súbita de te adentrar, de transpassar o véu do orgulho e te dizer que ainda quero sentir as contrações do teu corpo que quando faminto me envolve e me devora e me devolve a paz que o “não-saber-de-ti” me rouba. não sei se posso chamar de saudade
mas, me faz falta teu gosto, teu cheiro,
teu corpo, teu rosto: suado,
tuas manias, teu pólen a maneira como tu me engoles - sem mastigar e me olhas com olhos marejados de tanto amar.
Silas Tosta
41 notes
·
View notes
Note
Qual teu maior desejo no momento? #bypscb
Meu maior desejo agora seria uma cerveja gelada (pq ainda tô de férias) e uma boa companhia, só que como tô com preguiça pra ir no mercado vou ficar sem cerveja e como não tenho coragem de puxar assunto também vou ficar sem a companhia.Rebloguei ❤Mande uma pergunda + tag das tuas autorias que reblogo ❤
0 notes
Text
você, que vê beleza em tudo
que ainda acredita no mundo
e a tudo atribui elogios;
você, que afrouxa o riso do outro
acende o brilho no olho,
traz à pele, o arrepio;
você, que entende de astros,
de alma, de laços,
e desperta a alma
das coisas de modo sutil;
me responde uma coisa,
esse teu olhar já te viu?
Silas Tosta
166 notes
·
View notes
Text
segundo a lei de murphy, se algo pode dar errado, dará. eu lembrei disso no instante da tua chegada. mas bastou tu me olhar com teu olhar de asfixiado que sofria com três palavras entaladas na garganta, para que eu desacreditasse essa lei (resumindo-a a "baboseira-intelectual-pessimista") e me pusesse "todo ouvidos". logo te entreguei-me — mesmo sabendo que o erro era o nosso destino mais provável. em algum devaneio tive a sensação de que pra algo dar errado, em algum momento teria que ter dado certo, ou pelo menos, existido. eu achei que me satisfaria viver esse amor, pelo espaço de tempo que fosse. eu mergulhei e não atentei para a possibilidade dos traumas. alguma coisa no teu jeito de sorrir pra mim, fez eu me sentir invulnerável, inabalável. e apesar da máxima shakespeariana de que as alegrias violentas têm finais violentos, ecoar a todo instante na minha mente, eu paguei pra ver nosso circo pegar fogo. e pegou! mas o fogo da tragédia final não aqueceu, só queimou. hoje, depois de algum tempo, ainda cuido de algumas das feridas, mas não me arrependo de ter acreditado nas tuas meias verdades. nosso desastre foi um aprendizado e tanto. aposto que sofreria muito mais se não tivesse tentado. não existe nada pior que viver aprisionado ao diabo que é pensar "o que poderia ter sido?".
Silas Tosta
27 notes
·
View notes
Text
rest in peace
quantas brigas, quantas lágrimas,
quantas decepções são necessárias
para que o amor deixe de ser?
quantas noites insones, quantos sustos,
quantos novos nomes na agenda
eu preciso
pra tua lembrança fenecer?
quantas taças, quantos goles,
quantas ressacas,
quantos dedos garganta adentro
possibilitam que eu vomite
o teu ser do meu corpo?
qual remédio, qual veneno,
qual substância química
solúvel e amarga
é capaz de tirar do meu paladar
o teu gosto?
tuas notícias me alcançaram,
soube do teu novo amor-cometa:
teu plano foi muito bem-sucedido!
eu sorri largo, segui impávido,
sepultei a parte de mim que te guardava
e já havia morrido.
descanse em paz.
Silas Tosta
58 notes
·
View notes
Text
0247
essa dor que agora
me toma o peito direito
e irradia pelo braço e costas,
não se compara à dor
de ter amado uma pessoa tóxica.
analgésicos não atenuam
os sintomas da abstinência,
nem tampouco, podem restaurar
corações destroçados
- temo que nada possa.
Silas Tosta
132 notes
·
View notes
Text
0232
dizem que quero ser o dono da verdade, mas a verdade é que, em alguns momentos, a única coisa que eu quero é que me olhem nos olhos e me mostrem que eu estou errado, completamente errado. infelizmente, só acontece esporadicamente. minha mania de observação denuncia todas as máscaras, mesmo quando meu intuito não é desmascarar; mesmo quando o que eu quero é conhecer, reconhecer, entender de onde veio, pra onde vai. se quer ficar. muito me interessa a história por trás de cada cicatriz e de cada lágrima… eu quis ler tua história. quis fazer parte dela. quis aparar tuas lágrimas. o amor se apresentou pra mim de uma forma tão pura e tão intensa, que eu achei que poderia carregar o peso do teu mundo nas minhas costas. no nosso caminho, eu fui me desfazendo do peso da minha bagagem para poder aguentar carregar a tua. eu sei que tu também segurou as pontas muitas vezes. eu achava que isso era amor. no entanto, o verão acabou e com ele acabaram-se também as minhas forças. a suavidade do outono me despertou uma ânsia por calmaria, por paz. a nova estação me fez perceber o caos em que estávamos inseridos. tudo o que a gente teve foi um amor de carnaval: intenso, repentino, etílico e barulhento, muito barulhento. eu queria o descanso da quarta-feira de cinzas, mas você insistiu em fazer festa. você abusou da minha boa vontade. e apesar de sempre dizer que eu colocava teu amor à prova, era você mesmo quem fazia isso. você forjou lágrimas; manipulou; alimentou sua possessividade à ponto dela se transformar num monstro indomável; você me disse que o amor não tem um jeito certo de ser, que não existe fórmula - e não existe mesmo. você só esqueceu de lembrar que amar não faz ninguém se sentir mal. “você não me faz mal”, você me falou. e eu nunca entendi muito bem porque você sentia feliz, enquanto eu me sentia exausto. até que um dia eu li sobre pessoas tóxicas e tudo começou a fazer sentido. você foi minha kryptonita. e apesar de não ser nenhum superman, fiquei vulneravel à substância que emanava de ti - aquela que tu decidiu chamar de amor. ela acabou me fazendo mais mal que a fumaça dos teus cigarros. e é bem longe de ti que circunda o meu remédio: mistura de ar puro com liberdade. não pensa que parti por rancor. nem tampouco, que te culpo pelo estrago. tua matéria-prima é o caos, e a vida já me mostrou que é inútil tentar mudar a natureza das coisas. não há mágoas. o aprendizado vai ser arquivado em alguma pasta da memória. vou seguir em paz, sem você. aproveita e vai ser feliz!
Silas Tosta
77 notes
·
View notes
Text
porque quando a dor chega, ela maltrata. não tem livro de autoajuda. não tem palavra bonita. não tem remédio, nem bebida. não tem aquele abraço de pai. o de mãe, também não pode ter agora. a irmã já dormiu. os parentes não são capazes de entender. os amigos já ocuparam os ombros. o amor… bom, o amor nem chegou a ser: a dor intensifica: o choro. que é a ponte pra Deus. única saída.
Silas Tosta
73 notes
·
View notes
Text
0048
eu cansei de usar letras maiúsculas. meus sentimentos não se subordinam à gramática. e meu texto corrido faz jus à velocidade dos meus pensamentos. eu nunca fui poeta. eu nunca quis ser poeta. minha pretensão com a escrita é me ler. daqui a uma semana, vou ler isso aqui e vou lembrar exatamente o que eu tava sentindo - em cada uma dessas linhas. talvez eu ria e me ache imbecil. talvez eu sinta um grande alívio... eu escrevo pra me livrar: pra tirar de mim. pra me ver na terceira pessoa. eu lanço pro universo e me desfaço do sufoco: não sou mais eu, apesar de ter sido parte de mim.
Silas Tosta
62 notes
·
View notes
Text
2100
eu vi uma menina arrasada explicar numa série que o bater das asas de uma borboleta, em determinado local, pode causar um furacão em algum outro lugar. ela falou que esse fenômeno é chamado de efeito-borboleta. a princípio achei poético, mas no decorrer da série vi o quanto pode ser caótico - deve ser por isso que, apesar dos cientistas discordarem da existência do efeito-borboleta, algumas pessoas relatam a semelhança deste, com a teoria do caos (astronomia) que se resume, genericamente falando, à forma como uma interferência mínima num evento qualquer pode causar grandes catástrofes. não demorou para eu entender que a forma/intesidade do "bater das asas" das "borboletas" do nosso cotidiano influenciam diretamente na qualidade do nosso "tempo". bem como nosso "bater de asas" influencia também no "tempo" do outro. e o que a gente acha que pode ser uma brisa leve e passageira, pode, na verdade, acabar desencadeando um tornado na realidade alheia. E 13 reasons why relata/denuncia muito bem o quanto a (o)pressão por parte das instituições sociais; o bullying; o machismo; a banalização da saúde mental etc, pode potencializar esse suposto "efeito-borboleta". levando-nos a refletir sobre a forma e a intensidade com que batemos "nossas asas". mas e você, como tem voado?
Silas Tosta
73 notes
·
View notes
Text
0100
saudade é o nome que se dá
àquela sensação de que
o tempo não passa,
quando o amor já “passou”
81 notes
·
View notes
Text
abril mal tinha acabado e uma certa angústia já vinha me tomando o peito - apesar de não haver motivo aparente para isso. só entendi o que estava acontecendo quando olhei o calendário e me dei conta de que a primeira semana de maio acabara de começar. maio. o mês da tua partida. dia sete. era quinta-feira e o tempo devia estar nublado. um dia antes eu tinha tocado teu rosto pálido e dito que ia ficar tudo bem. eu acreditava naquelas palavras com veemência. era tudo que eu tinha pra te dizer. era tudo que deveria acontecer. “vai ficar tudo bem!” era impensável te perder naquela cirurgia. tão novo, tão forte. não tinha como. “para de pensar bobagem!” eu dizia mentalmente pra mim mesmo. naquele dia, orei o que não tinha orado em anos. “vai ficar tudo bem”. “Deus nunca deixaria isso acontecer”. mas aconteceu. foram tantas horas de cirurgia... que homem forte que tu era, pai! eu sabia que não ia desistir assim. mas as coisas complicaram demais, né?! eu imagino! trapaceira que é, a morte veio com um golpe baixo e te levou embora. que filha da puta! como pôde fazer isso contigo - com a gente? que ela faz parte da vida, a gente aprende desde cedo. mas ensinar a lidar com ela, nem o tempo consegue. mas a gente tem que seguir, né?! e já se passaram dois anos... tempo voa! saudade nem tanto. já não dói mais como antes, sabe?! dizem que o tempo cura, mas ,na verdade, a gente só se acostuma. caleja. as lágrimas também pararam de cair. muita gente me disse que eu tinha que ser forte. tu precisava ver o quanto tentei. mas sempre tem aquela lágrima atrevida que escorre e a gente nem sente, só enxuga -automaticamente. que dia triste! o povo era só elogio e descrença. tanta gente questionando essa partida tão precoce. tanta gente te amava tanto. te admirava tanto. pessoas que eu nem conhecia, relatando pra mim que tu foi a ajuda no momento mais precisado da vida delas. eu lembro de tudo. mas decidi deixar de lado a parte mórbida. não sei o que vem depois da morte. não sei se tu vai poder ler essas palavras. mas se puder, fica tranquilo! as coisas tão caminhando por aqui, apesar de continuarem um tanto estranhas. é aquele velho “[...] aperta e daí afrouxa [...]” de Guimarães Rosa. ah, tua neta já tá andando! todo mundo diz que ela é a tua cara! “o mesmo nariz” (risos). ela tem sido a alegria da casa; um verdadeiro presente. imagino que tu ia ficar bem feliz em conhecê-la... garanto que ela ia adorar conhecer tua risada. tua presença e teu cuidado fazem muita falta! não vou prolongar muito, já são quase três da manhã. não te escrevi antes porque poderia parecer meio estranho pra alguns, mas vi em algum lugar que quando a gente fala, a gente “joga” o que está falando pro universo, é algo meio que como um pedido. deve funcionar pra escrita também. e onde quer que você esteja, quero que saiba que teu amor ainda vive aqui dentro e queima como nunca. a vida tá seguindo do lado de cá, e como diz aquela música do The Kooks: “Have a drink on me upstairs”.
3 notes
·
View notes
Text
0028
porque o amor enraizou tão profundo em meu peito que eu já não sei diferenciar tuas raízes das minhas artérias Silas Tosta
7 notes
·
View notes
Text
eu ligaria cada um desses pontos acastanhados que te pintam o corpo apenas para provar que não minto, quando digo que tu guardas constelações inteiras sobre/dentro de si; eu te compraria um telescópio de última geração para te levar ao campo numa noite quente de domingo e te fazer perceber a semelhança entre teus sinais das costas e a constelação de Sagittarius. eu criaria alguma parafernália capaz de medir a intensidade de brilho das coisas que - logicamente - brilham, para te fazer ver que teus olhos brilham mais que qualquer uma das sessenta e sete luas de Júpiter. eu recorreria à física - mesmo sendo de humanas - pra te mostrar que o amor reproduz teorias das leis mecânicas e que depois que meu corpo colidiu com o teu, eu nunca mais fui o mesmo. eu criaria um novo planeta, uma nova galáxia, eu tomaria um disco voador emprestado e te levaria pra bem longe, toda vez que os dissabores desse mundo te despertassem a vontade de desistir. eu carregaria todas as tuas mágoas no meu peito; eu diria vários não’s para cada aproveitador da tua boa vontade. eu transformaria uma cabana qualquer num lar, pra te mostrar que pra te ver feliz, eu toparia qualquer coisa: até mesmo te deixar voar pros braços de outro. porque o amor me tomou de tal forma, que eu não conseguiria suportar te ver infeliz ao meu lado. eu te pediria pra ficar, se teu desejo não fosse o de voar. eu ocuparia todos espaços visíveis do interior de uma caverna com todas as palavras que te escrevi, e as futuras gerações por mais líquidas e frias que fossem, saberiam da existência desse nosso amor. eu correria pra tua casa toda vez que algo estivesse te afligindo e arrancaria a dor do teu peito, nocautearia teu pranto. eu pularia o teu muro, pra te amar do jardim até o banheiro do teu quarto. eu sussurraria todas essas loucuras no teu ouvido, pra desarmar a tua armadura rude, pra te desconcertar, como quando tiro tua roupa. eu te faria um milhão de outras juras impossíveis, porque quando tu me olhas nos olhos eu já não comando nada, e tudo que sai da minha boca é produto das artemanhas do amor.
Silas Tosta
101 notes
·
View notes
Text
te disseram que você se importa demais, não é?! e ainda falaram que gente assim só se fode na vida. também já acusaram tua profundidade, aposto! transfiguraram tua preocupação, teu excesso de zelo e bem-querer, chamaram-os de drama... mas olha aqui, aliás, escuta! escuta, com esses ouvidos adornados por esse belo par de orelhas, que um dia serão beijadas e mordidas em demasia pelo amor (verdadeiro): você não tem que ceder e se tornar o que te machucou! repara: nunca existiu problema em amar demais, em se entregar demais - muito pelo contrário. não deixes que transformem em defeito a tua maior qualidade. e se tem te machucado, ser quem você é, o problema não está em você. reforço: nunca existiu problema em amar demais. o que você pode fazer é se acalmar e (re)florescer. de longe, eu vejo tuas cicatrizes, aposto que tu entendes um bocado sobre essa coisa que chamam de resiliência. usa dessa tua experiência, faz da dor uma ponte para chegar cada vez mais perto de si, pra se conhecer. esquece essa lorota de desapego - desapego, só se for das coisas materiais. entende que não quero te induzir a insistir em relacionamentos abusivos, unilaterais etc. amor não se pede, não se implora e nem mendiga - todo mundo já cansou de saber disso. meu pedido é para que você não se molde, não ceda à frieza. eu imagino o quanto deve ser difícil, ter tanta aptidão pra amar em tempos onde todos só sabem jogar. Bauman escreveu muito bem sobre a liquidez das relações do nosso tempo; ele te acharia uma pessoa incrível, só pela tua coragem de não se moldar aos eventos. Lenine canta que “qualquer amor já é um pouquinho de saúde”, e isso nada tem a ver com o fato de aceitar migalhas, mas sim com a constatação de que mesmo quando efêmero - ou “ilusório” - o amor nos melhora em algum aspecto. amar nunca vai ser tempo perdido, mesmo que haja indiferença. então sossega, rega tuas flores e vai. vai ser gigante, do tamanho tua capacidade de amar!
Silas Tosta
180 notes
·
View notes
Text
me deram um rosto:
me olham mas ninguém me vê
me deram um nome:
atendo com o corpo, nunca com a alma
me deram um título:
ninguém conhece, eu tampouco
me encheram de adjetivos:
ninguém se importa, nem o meu ego.
impuseram-me pronomes de tratamento,
quiseram-me reto,
pai de dois filhos,
marido de uma única esposa.
homem de sucesso:
desapontei a todos.
Silas Tosta
4 notes
·
View notes