#boa tarde para quem teve uma crise existencial hoje
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ampersads · 5 months ago
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Hoje fui ao supermercado com meu pai. Eu tenho 24 anos e moro a 350km de distância. Só consigo visitar às vezes, então ele sempre quer me agradar com comida, mas eu não estava com vontade de comer nada que já não tinha em casa. Em certo momento, ele reclamou que eu não queria levar nada e eu questionei "pai, em algum momento da minha vida eu fui uma criança que ficava pedindo 'compra, pai! Compra, pai!'?" E ele disse que não, mas às vezes queria que a filha insistisse mais com essas coisas. Impossível agradar seus pais!!
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croniquismo · 7 years ago
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Psicologia crônica
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(Imagem: reprodução) 
Postado às 18h35min. 27/08/2017
Por: Matheus Lopes
Com o tempo, o entendimento e a necessidade de soltar os fogos de dentro foram me apertando o cerco. Hoje é primordialmente uma urgência.
Sobre o cronista que vos escreve: ansioso, neurótico, talvez um pouco bipolar (vai) – como diz uma amiga, Isabella: “O Matheus é tipo o Fragmentado, tem mais de trinta personalidades”. Tem dia que eu lhe entendo, minha cara, agora em segundinha: “Eu reconheço!”. Acho que todo ansioso revive um Soft Remake do Fragmentado; embora não ter assistido ao medonho filme – porém, me atentei aos comentários -, não resisti à cômica brincadeira.
Elas
Voltando ao foco da crônica – em que, para iniciar o parágrafo me rendi aos dedos de minha mão esquerda -, pela minha lembrança foram quatro até hoje. Quatro psicólogas. Joice, Valma, Laina e... eu sempre esqueço o nome da última! Realmente, não me lembro se era Simone ou Mariana... Foi a mais recente. Com cada uma delas eu vivi uma fase. A primeira, Joice, é um logro da infância. Retenho-a às lembranças daquele tempo. Seu consultório ficava na Av. Brigadeiro Faria Lima, e eu odiava ir até lá.
Eu Achava uma tremenda besteira. Eu queria a minha mãe, não a Joice. No começo – sei lá, umas três sessões -, a minha mãe ficava com a gente na consulta. Depois ela ficou na salinha de espera. Eu não via a hora de acabar. Subíamos até o consultório de elevador – eram muitos andares -, e depois descíamos na sola. Eu tinha fobia de elevador essa época. Aliás, eu tinha muitos medos: da minha mãe sumir, do elevador cair, de ninguém querer ser meu amigo... A Joice tentou dar um jeito nisso durante o tempo que estive com ela... ela tentou... o problema é que eu não levava ela muito a sério, eu acabava não prestando atenção. Até que chegou o dia que eu resolvi não ir mais. E de fato, no ano seguinte, eu não apareci. Minha mãe largou mão da Joice, pelas minhas súplicas, e me deu um cachorro, o Billy. À primeira vista as coisas melhoraram por um tempo. Eu nem pensava mais na Joice. E passaram-se anos... Até 2014.
Meu primeiro ano do colegial, o fatídico 2014, foi um divisor de águas na minha vida. Eu estava em uma fodida crise existencial – e eu não sabia. Estava começando a sair do casulo, me metamorfoseando entre as escrotices da pré-adolescência e a Sra. Adolescência. A questão era me achar.
No meio de um caos clandestino – hoje eu percebo que a situação não valia necas de pitibiribas-, certa tarde Valma fez uma ótima análise sobre o meu estado de espírito: “De um lado da vida tá o Zeca Pagodinho (deixa a vida me levar), e do outro lado estava eu – quase um neurótico nível Woody Allen”.
  Naquele ano conversamos muito sobre o sentimento de pertencimento. Aliás, nós conversamos um pouco de tudo. Caberia um capítulo de livro para tal fase. Ela era minha orientadora educacional, mas eu batia ponto na salinha dela toda semana procurando um conselho. Não queria guardar nada.
Atrás, de sua mesa cheia de papéis, disputando espaço com a estante de livros – era uma salinha bem pequena, porém aconchegante -, com os olhos atentos, cabelo curtinho, e cabeça trabalhando em ritmo de maratona, contei com essa expressão atenta no início da minha fase das escolhas mais importantes. Aquele ritual foi meu porto-seguro.
Nessa peneira pré-adolescente, boa parte da ganga foi-se pelo ralo entre o primeiro e o segundo ano do colegial. E ela foi a responsável por essa transmutação idônea na caminhada desse gajo que vos escreve. Eu nem era cronista nessa época. Sei lá o que eu era... Acima de tudo, o grande barato dessa fase foi me achar no mapa. Ela me deu um esboço do caminho, e depois a tarefa foi comigo, quase que integralmente.
No ano seguinte, infelizmente, ela não continuou na escola. Havia sido o último ano dela ali naquela ambiente. Nessa ponte de esquetes da vida, tanto eu, quanto ela, tivemos que nos adaptar aos novos cenários que a vida mandava. Ela em outra escola. E eu na mesma escola, sem ela. No começo eu sofri bastante. Depois, ao continuar a relação como uma amizade que até hoje, sazonalmente, nos encontrarmos, eu desemboquei em outra fase. E nessa toada, o processo foi ficando cada vez mais individual. Mas, é claro, elas estavam sempre por perto.
Depois da Valma, demorou um tempo até eu começar com a outra psicóloga, a Laina. Nesse processo, o cenário do palco mudou quase por inteiro. E foi justamente nessa fase que eu comecei a jogar cartas com um fatídico primeiro amor e, posteriormente, uma porrada de trunfos que a vida me daria para abraçar. Como sempre, pela minha vã filosofia observadora e coletora dos sentimentos à flor da pele, eu acabei encarnando o papel de Joker na peça. Consequentemente, nesse cenário de rodadas, ao entrar no divã pela segunda vez, eu passei a reportar minhas desventuras para a segunda psicóloga. Ela teve um papel crucial. E fomos jogando até o baralho acabar. Cortamos. E, contra minha vontade, no terceiro ano passei a frequentar outra terapeuta. Quase caí no buraco do carteado, mas quem não cai?!
O Sr. 2015 foi um ano maluco. Eu comecei a perceber como as pessoas eram complicadas e como isso fazia parte da rotina. Cada um queria exalar suas exuberâncias, pertencer, sintonizar-se às situações que eram postas. Comecei a fazer algumas autoanálises e rabiscar alguns croquis crônicos, na época. Então lancei um diário pessoal, que foi uma furada! A Laina pegou essa época, na crista da onda...
Mais conhecido como passado recente  
Quando 2015 desaguou em 2016, foi mais ou menos em Maio, que o rio começou a seguir o seu curso. Eu comecei a abstrair as cenas do cotidiano e transportá-las para o papel. Ainda sem a precisão necessária, eu comecei a refletir sobre a existência e ter várias crises existenciais com os filósofos que eu estudava. Eu queria uma resposta, porém, conhecemos como é a Filosofia...
Apanhando para o existencialismo e outras correntes filosóficas, a surra açoitava nosso ideal tradicional, tudo mudava a cada capítulo percorrido. Assim, me conduzi coercitivamente pela terceira vez ao divã. Nova fase, novos personagens, outros, sentimentos e outras problematizações. Outra abordagem, dessa vez mais crítica. Essa fase foi mais curta, durou até Novembro do ano passado. Foi na medida, depois o vestibular engoliu – quase - todas as minhas atenções.
Alta terapia
Hoje eu entendo a importância, aliás, estou procurando uma. Se rolar uma indicação, meio nota de rodapé nesta modesta crônica, eu agradeço, meus car@s e seletos leitores. E, nessa rotina de refletir sobre o meu Eu – mesmo na inocência da infância -, hoje é perceptível o histórico peculiar que me levou à primeira ida ao consultório. Foram várias. Com o tempo, o entendimento e a necessidade de soltar os fogos de dentro foram me apertando o cerco. Hoje é primordialmente uma urgência.
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