#arn:intro

[arn-wang]

𝐌𝐄𝐄𝐓 𝐓𝐇𝐄 𝐊𝐈𝐍𝐆 —

                    i. shin jaewan, the investigator,                     ii. jeon hyuk, the writer.                     iii. WANG, white tiger’s captain.

                          › 𝚠𝚎𝚛𝚎𝚠𝚘𝚕𝚏                  ›  𝚋𝚒𝚜𝚎𝚡𝚞𝚊𝚕                           › 𝚠𝚒𝚍𝚘𝚠𝚎𝚛                    › 𝚌𝚒𝚜𝚖𝚊𝚕𝚎                           › 𝚝𝚑𝚒𝚛𝚝𝚢-𝚏𝚒𝚟𝚎            › 𝟷,𝟾𝟺𝚖/𝟽𝟸𝚔𝚐

( full about ┊ wanted plots ┊ extras )  coming soon.

chapter i — han suhyun.

          Frustrado não chegava nem perto de descrever o estado em que Jaewan se encontrava depois de tanto tempo de investigações e interrogatórios sem nenhum fruto, nenhuma pista de por onde seguir. A face cansada externava o que sentia ao bater com toda força que possuía os papéis que carregava em suas mãos contra a mesa em uma tentativa fraca de não quebrar qualquer coisa que tivesse por perto — fosse algum objeto ou a cara de alguém. De todos os dias que aquilo podia acontecer, precisava ser em plena lua cheia? Sentia o corpo sem forças e suas emoções a flor da pele, mas ainda assim se esforçava para se manter focado e de pé para conseguir continuar guiando sua equipe, pois não era como se tivesse apenas uma coisa nas mãos para investigar. A qualquer momento informações novas poderiam chegar por meio de casos menores e precisava estar atento.

          Foi quando recebeu notícias de Artemis, Thunder e Amaterasu sobre a hasu jwi e deixou o cansaço de lado para seguir com as próximas ordens. Assim era Wang, sempre colocando acima de qualquer coisa seus deveres, principalmente depois de Hyunjae ter lhe colocado em uma posição tão importante e de tanta confiança. Pouco importava se sentia a fraqueza em cada parte do seu corpo ou o quão febril estava sua pele por baixo das roupas; tinham informações em mãos e precisavam agir o mais rápido possível. Enquanto os detetives saíam, permaneceu no controle de longe com a vã esperança de que aquilo pudesse levá-los a algum lugar, um próximo estágio, um caminho claro para seguir.

          Então vieram os anúncios sobre o local por parte dos detetives e, em seguida, de Hyunjae, sobre a morte de Han Suhyun. Os olhos de Wang se fecharam enquanto seu corpo caía sobre a cadeira atrás de si, como se não quisesse acreditar nas coisas que ouvia. A frustração apertou sua garganta de modo que sentiu o fôlego faltar, e sentia raiva de si mesmo por não ter sido rápido o suficiente, não ter dado as ordens certas ou não ter visto as pistas necessárias para levá-los até Suhyun antes de aquilo acontecer. Após ordenar seus subordinados a voltarem para a base de White Tiger, Jaewan apoiou a cabeça sobre a mesa e respirou fundo, tentando manter-se controlado.

          Era inegável que, mesmo sem querer, parte de si tinha esperanças de que de alguma forma aquelas investigações lhe desse pistas sobre o assassinato de sua esposa. Ainda que não dissesse a ninguém, tudo que procurava e investigava no fundo tinha um pouco de vontade de descobrir sobre o que havia acontecido. Dava o seu melhor para ser digno da confiança que foi depositada em si mesmo depois de ser afastado da polícia, mas não conseguia evitar a esperança de achar algum caminho para resolver aquilo, de vingar sua amada e fazer com que ela descansasse em paz. O nome de Han Suhyun especialmente havia lhe dado esperanças pelo claro envolvimento com coisas ilegais, e agora nada podia fazer porque o homem estava morto.

          Depois de alguns minutos de reflexão onde conseguiu acalmar o turbilhão de sentimentos que havia dentro de si, sua desconfiança de que Suhyun poderia estar envolvido em algo bem maior o deixou em completo alerta novamente. O timing de seu assassinato havia sido bom demais — ou ruim demais, para o seu lado — para ser verdade. Tinha mais coisa ali, sabia que tinha, e seu faro de detetive jamais falhava. Podia parecer que haviam chegado ao fim de uma rua sem saída, mas no fundo sabia que aquele era apenas o começo de uma nova fase de investigações que, com sorte, dessa vez os levariam ao centro da teia da aranha e não só aos seus pequenos filhotes manipulados.

[arn-artemis-blog]

                                           𝐋𝐎𝐀𝐃𝐈𝐍𝐆  ›                                                                   𝐌𝐈𝐍 𝐘𝐄𝐎𝐑𝐄𝐔𝐌.                                                                                                      𝐀𝐑𝐓𝐄𝐌𝐈𝐒' 𝐅𝐈𝐋𝐄𝐒.                                                                                𝐀𝐁𝐎𝐔𝐓  ♡  𝐂𝐎𝐍𝐍𝐄𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍𝐒.                                             𝐄𝐍𝐓𝐄𝐑𝐈𝐍𝐆.

                                           𝐅𝐈𝐑𝐒𝐓 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑.

                     ❛ ♡ › filhos de uma puta. uma boa notícia nunca parecia durar para sempre em suas mãos, e yeoreum estava prestes à explodir. han suhyun estava morto. o maldito estava morto. os filhos de uma puta haviam-no matado, tinha certeza. mas yeoreum tinha muitas certezas ━ poucas delas poderiam ser provadas, porém. as mãos do jovem mu sangravam, e nenhuma palavra seria o suficiente para retirá-lo daquela hipnose induzida pela fúria que consumia seu baixo ventre. tudo doía, mas não importava-se. queria respostas. queria ressuscitar suhyun e socá-lo até qualquer coisa fazer sentido. toda vez que encontravam uma pista ━ e nem sequer necessitava ser uma muito boa ━ eram derrubados, como se não fossem nada. voltar para o quartel de mãos vazias, mais uma vez. mais uma vez, tentar dormir a noite, sabendo que havia algo de podre naquela cidade, prestes à devorá-los. aranha desgraçada.                          ❛ ♡ › até mesmo tomar água era difícil. sua mão tremia, o sangue que escorria pelos nós de seus dedos manchava seu rosto no processo, e a vontade de yeoreum era canalizar aquilo diretamente no rosto de alguém. inferno. a montanha-russa de emoções pouco havia feito para a pessoa já instável que era, mas o detetive não podia parar. não iria, ainda que enlouquecesse no processo. praguejando todos os deuses que clamavam existência, voltou para a sua mesa, olhos correndo pela montanha de papéis que havia acumulado. tantas coisas estranhas, tanto a ser analisado, e, ainda assim, não chegavam a lugar nenhum. suspirou, enrolando bandagens sobre os punhos, e voltou a repetir o tão exaustivo processo que se tornara seu único companheiro nos últimos dias.

[arn-blackhat-blog]

                     𝐴𝐵𝑂𝑈𝑇 𝑀𝐸 ; 𝐶𝑁𝑁 + 𝑃𝐿𝑂𝑇𝑆

𝑖𝑛𝑡𝑟𝑜𝑑𝑢𝑐𝑡𝑖𝑜𝑛: hacker (blackhat) da akshin, trabalha para amarantos a quatro anos. tem uma irmã gêmea (dada como desaparecida) e um irmão mais velho, que perdeu contato. viciado em doces e muito desorganizado. mantêm uma vida normal apesar da atuação criminosa. aparenta uma pessoa comum que ninguém sabe porque está sob as ordens de amarantos e como chegou ali. é conhecido como o gênio de donghwa e o melhor jogador de LoL da coreia do sul. 

CHAPTER ONE — O princípio. OMENS HOTEL, AMARANTOS

Nos quatro anos servindo como soldado na akshin Backhat passou por inúmeras situações perigosas e frustrantes. Aprendeu com elas, e principalmente com a figura de Mawang, a ter calma e pensar com frieza diante das adversidades. Por sorte sempre fora um rapaz bastante calmo e racional, mas o mundo em que vivia era suficientemente forte para enlouquecer qualquer homem, inclusive o mais sã de todos. O silêncio que perdurou após uma missão feita, que resultou em erros extremamente grotescos, deixou o clima dentro daquele quartel general abaixo de zero. O sumiço de Kamagwi não poderia ter vindo em pior hora, embora o homem fosse a personificação das correntes que Changmin possuía com aquela organização e sua presença lhe incomodava, não tê-lo ali só poderia significar uma única coisa: encrenca. Restava saber para quem. 

Estava no quartel general naquela semana, receoso com todos os acontecimentos, quando foi contactado no gwishin. Um aplicativo secreto usado para chat entre os membros da organização, criado por blackhat para ser usado unicamente entre akshin. Livres de rastreamento ou impressões digitais, servia para facilitar as missões e suas comunicações e as instruções. Para sua surpresa era Mawang entrando em contato direto e lhe dando instruções específicas para rastrear todas as informações de  Hasu Jwi. Changmin acatou aquelas ordens sem pensar duas vezes até porque estar na akshin não lhe dava direito algum para isso. Mas isso lhe provocou diversos pensamentos. Porque aquele homem que nunca mostrou o rosto estava entrando em contato de forma direta sem usar Kamagwi para passar aquilo? Isso não era normal, algo ia muito mal dentro daquela organização. Diante de todo trabalho feito um nome surgia a todo momento: Ha Suhyun. E como esse homem tinha tantas informações sobre Amarantos e como estava passando para Hasu Jwi? As perguntas pairavam na mente ao descobrir tudo e logo após mandou todos os dados para Mawang. Ele saberia exatamente o que fazer e calar esse homem que poderia expor sobre sua vida dupla. 

A convocação na sala de reuniões não pegou blackhat de surpresa diante do que havia sido descoberto. Mawang tomaria alguma precaução e aparição de Kamagwi deveria significar alguma coisa. O hacker mantinha-se sentado em sua costumeira cadeira e olhava com atenção as imagens no projetor do líder da amarantos usando seu sarcasmo diante de toda tensão da sala. Os olhos de Changmin pularam para a imagem dos cincos quando seus nomes foram chamados e naqueles segundos seguintes realmente achou que seria a última vez que veria aquelas pessoas. Entretanto Mawang surpreendeu o hacker e possivelmente todos os presentes na sala por aquele gesto misericordioso. De uma expressão impassível agora franzia o cenho tentando compreender a situação. A imagem de Kamagwi não facilitou a situação deixando o coreano confuso e intrigado, mas ao ouvir da própria boca do líder da amarantos sobre a investigação feita e culpabilizando o homem amarrado percebeu como tudo encaixava-se bem. Ha Suhyun na verdade era Kamagwi, a mudança na aparência era o de menos em vista que muita coisa poderia fazer aquilo acontecer.

Im Changmin não sentia pena ou qualquer sentimento misericordioso por aquele homem. Alívio talvez fosse a palavra certa afinal não correria mais o risco de ser exposto sobre sua vida dupla. O grande gênio da informática e o melhor jogador de LoL profissional não poderia ser associado com a identidade do hacker blackhat, membro da akshin. Ele merecia ser morto, pensou antes dos tiros serem dados e acabarem com a vida do homem. Naquele instante vendo o corpo perdendo a vida imaginou-se naquela situação, talvez fosse sua mente querendo lembrar que seria assim caso tentasse trair seu líder ou abandonar a organização. A entrada de um novo Kamagwi o pegou de surpresa apenas de imediato, era óbvio que um outro substituiria, assim como eles eram substitutos de outros que já fizeram parte da Amarantos. E a saída do líder não poderia ter sido pior, deixando seus soldados naquela situação. 

Blackhat usou a manga de sua camisa para tampar o nariz e boca no instante seguinte que a fumaça começou a inundar a sala de reuniões. Abaixou a cabeça querendo proteger seus olhos e correu para saída. Estava uma confusão e demorou alguns segundos até conseguir alcançar o corredor, na intenção de correr para outro andar. Mas a dificuldade para respirar era o sintoma mais comum, além de seus olhos lacrimejados. Desnorteado encostou seu corpo na parede e ficou ali por um tempo esperando sua respiração ficar estável novamente.

[arn-sky-blog]

𝘋𝘰𝘯'𝘵 𝘵𝘩𝘦 𝘣𝘦𝘴𝘵 𝘰𝘧 𝘵𝘩𝘦𝘮 𝘣𝘭𝘦𝘦𝘥 𝘪𝘵 𝘰𝘶𝘵; 𝘞𝘩𝘪𝘭𝘦 𝘵𝘩𝘦 𝘳𝘦𝘴𝘵 𝘰𝘧 𝘵𝘩𝘦𝘮 𝘱𝘦𝘵𝘦𝘳 𝘰𝘶𝘵; 𝘛𝘳𝘶𝘵𝘩 𝘰𝘳 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘦𝘲𝘶𝘦𝘯𝘤𝘦, 𝘴𝘢𝘺 𝘪𝘵 𝘢𝘭𝘰𝘶𝘥; 𝘜𝘴𝘦 𝘵𝘩𝘢𝘵 𝘦𝘷𝘪𝘥𝘦𝘯𝘤𝘦, 𝘳𝘢𝘤𝘦 𝘪𝘵 𝘢𝘳𝘰𝘶𝘯𝘥

【Ｂｉｏｇｒａｐｈｙ＆ｃｏｎｎｅｃｔｉｏｓ】

A insatisfação parecia corroer o quartel general da White Tiger como um fungo crescendo pelas paredes do prédio. A frustração e tensão presentes no rosto de cada membro eram quase palpáveis e Hyeri se via agoniada com a falta de resolução e o beco sem saída que adentravam a cada interrogatório malsucedido. Aquela mantida gangue trazia para Sky lembranças pesadas demais acerca da matriarca da família Ahn que a deixara de maneira brutal – tal lembrança a preenchia como um lembrete de que tudo aquilo deveria ser desfeito o quanto antes, pessoas inocentes já haviam morrido aos montes e ela não queria mais uma no noticiário da cidade para atestar a esperteza daqueles inúteis que lhes causavam tanta repulsa.

Seus colegas da força-tarefa, por sua vez, surgiram com novas saídas para aquele beco. Artemis, Thunder e Amaterasu solicitaram seu auxílio e, sem demora, a analista se colocou a postos, usando dos dedos ágeis, inteligência e paciência, navegando por sites e redes, em busca de qualquer coisa que pudesse servir de luz naquele fim de túnel cada vez mais apertado e agoniante, tirando a paz dos membros da White Tiger. Não demorou, então, para que o nome de Han Suhyun surgisse, fazendo os olhos de Sky brilharem ao convocar os colegas para uma reunião imediata, apresentando as provas que havia encontrado: o homem portava bens suspeitos, sequer tendo uma maneira comprovada de ganhar a vida, logo, haviam finalmente encontrado alguma coisa.

As ordens do Capitão Wang foram claras e rápidas, não demorando para que a jovem Ahn estivesse portando um colete a prova de balas, uma arma nas mãos e tendo os colegas ao seu lado, rodeado o imóvel – também encontrado por Sky – onde o Han supostamente morava. Após a ordem ter sido liberada, a equipe adentrou; sons abafados de passos rápidos e pesados era tudo o que Sky conseguia perceber, tendo o seu foco direcionado para os cômodos da casa que, um a um, demonstravam-se vazios. As vozes dos demais policiais anunciavam a não-habitação da casa, fazendo-a bufar de frustração, um pé sendo batido no chão com força demais.

A voz de Hyun-Jae ecoara pelo ambiente, dando as novas notícias. O desgraçado do Suhyun estava morto e, com isso, trazia o sufocante beco sem saída consigo e, de brinde, uma questão: quem o matara?