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Metrocasa Santo Amaro
Metrocasa Santo Amaro Studio, 1 Dorm. + Office, 2 Dorms. e Cobertura Duplex Rua João Alfredo, 342 – Santo Amaro Quero Saber Mais Bem-vindo ao Metrocasa Santo Amaro: O Seu Novo Refúgio Urbano! Se está em busca de um novo lar, bem como deseja realizar um investimento promissor, temos o prazer de convidá-lo(a) para conhecer nosso mais recente empreendimento, o Metrocasa Santo Amaro. Este…
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Resumo dos capítulos Império de 17 a 21 de maio:
RESUMO IMPÉRIO – capítulo 031, segunda, 17 de maio João Lucas beija Maria Ísis, que expulsa o rapaz de sua casa. Cora conta sobre Cristina para os repórteres e Xana fica furiosa. Maria Marta mostra para José Alfredo a notícia sobre a filha de Eliane. José Alfredo afirma que não fará um teste de DNA. Reginaldo passa mal após a chegada de Jurema a sua casa. Maria Marta explica como José Pedro conseguirá tomar o poder de José Alfredo. Vicente observa Maria Clara e Enrico juntos. Tuane e Jurema constatam que Reginaldo é bígamo. Maria Marta exige que João Lucas diga onde Maria Ísis mora. Maria Clara procura Cristina. RESUMO IMPÉRIO – capítulo 032, terça, 18 de maio Cristina é hostil com Maria Clara. João Lucas se recusa a dar o endereço de Isis para Maria Marta. Isis sofre por causa de Zé Alfredo. Maria Marta descobre onde Maria Isis mora e faz um pacto com Du. Clara e Cristina ficam amigas. Téo muda o visual de Robertão. Magnólia decide ir ao apartamento de Isis. Enrico fica furioso ao ver Téo em seu restaurante. Maria Marta e Cora chegam à casa de Maria Isis ao mesmo tempo. Maria Marta obriga Isis a conversar com ela. Enrico avisa a Cláudio que Téo está em seu restaurante. Cora aproveita confusão e consegue fio de cabelo de Zé Alfredo para teste de DNA. Enrico sabota a comida de Téo e Robertão. José Alfredo encontra Maria Marta no apartamento de Maria Isis. – Severo tem um mau pressentimento ao chegar à casa de Isis. Marta declara guerra a Zé Alfredo. Tuane e Jurema se unem e rezam juntas pela melhora de Reginaldo. Téo percebe provocação de Enrico. Cristina se preocupa com o sumiço de Cora. Maria Isis decide ir embora do Rio de Janeiro. Zé Alfredo pede para conversar com Isis no quarto. Téo se ofende com comentário de Robertão. Magnólia e Severo temem perder benefícios oferecidos por Zé Alfredo. Zé Alfredo descobre que Cora está escondida embaixo da cama de Isis. Magnólia ajuda Cora a fugir. Téo dispensa Robertão. Cora inventa grande mentira para tirar dinheiro de Maria Marta. Isis manda Zé Alfredo dormir no sofá. Cristina flagra Cora com os fios de cabelo de Zé Alfredo. RESUMO IMPÉRIO – capítulo 033, quarta, 19 de maio Silviano avisa que José Alfredo e Maria Marta não dormiram em casa. Vicente pede para Cristina marcar um dia para eles saírem com Victor. José Alfredo e Maria Ísis se reconciliam. Téo flagra Robertão e Érika se beijando. Xana aconselha Juliane a retomar o posto de rainha de bateria da escola de samba. Leonardo aborda Robertão na rua. Jurema avisa a Cláudio que Leonardo foi agredido na rua e desmaiou. Enrico nomeia Vicente como responsável pelo bufê da festa da joalheria Império. Cora pede ajuda a Fernando para fazer um exame de DNA. Cláudio e Leonardo vão à casa de Robertão. RESUMO IMPÉRIO – capítulo 034, quinta, 20 de maio Fernando pede para conversar com Elivaldo sobre Cora. Silviano avisa a Maria Marta que sua viagem para o Monte Roraima será logo após a festa da joalheria. João Lucas procura Maria Ísis. Antoninho convida Juliane para ir à festa da joalheria. Du fala para Maria Marta que João Lucas está interessado em Maria Ísis. Fernando desiste de ajudar Cora com o exame de DNA. Maria Clara convida Cristina para a festa da joalheria. Vicente altera o cardápio do restaurante e Antônio e Luigi se preocupam. Cora pede para Magnólia e Severo forjarem um exame de DNA em nome de Cristina e José Alfredo. RESUMO IMPÉRIO – capítulo 035, sexta, 21 de maio Téo expulsa Érika de sua casa. Maria Marta conta para José Alfredo que Maria Clara convidou Cristina para a festa da empresa. Tuane sugere que Jurema se hospede na casa de Xana. José Alfredo se lembra de uma conversa que teve com Cristina. Cristina se aconselha com Vicente. Orville se sente culpado por explorar Salvador. Du avisa que João Lucas foi à casa de Maria Ísis e Maria Marta afirma que ele terá uma surpresa. João Lucas encontra José Alfredo na casa da amante. RESUMO IMPÉRIO – capítulo 036, sábado, 22 de maio José Alfredo cobra explicações de João Lucas sobre sua presença na casa de Maria Ísis. Cora decide vender as alianças que foram de Evaldo e Eliane. Cristina e Vicente se beijam. Enrico avisa a Maria Clara que Vicente será o responsável pelo bufê da festa da joalheria Império. Orville pensa em se associar a uma loja de leilões. Xana resolve entregar Luciano para o juizado de menores. Enrico questiona Cláudio e Beatriz ao vê-los saindo cedo de casa. Érika vai para a casa de Téo. Read the full article
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CARTA DE CAYMMI PARA JORGE AMADO
“Jorge, meu irmão, são onze e trinta da manhã e terminei de compor uma linda canção para Yemanjá, pois o reflexo do sol desenha seu manto em nosso mar, aqui na Pedra da Sereia. Quantas canções compus para Janaína, nem eu mesmo sei, é minha mãe, dela nasci.
Talvez Stela saiba, ela sabe tudo, que mulher, duas iguais não existem, que foi que eu fiz de bom para merecê-la? Ela te manda um beijo, outro para Zélia e eu morro de saudade de vocês.
Quando vierem, me tragam um pano africano para eu fazer uma túnica e ficar irresistível.
Ontem saí com Carybé, fomos buscar Camafeu na Rampa do Mercado, andamos por aí trocando pernas, sentindo os cheiros, tantos, um perfume de vida ao sol, vendo as cores, só de azuis contamos mais de quinze e havia um ocre na parede de uma casa, nem te digo. Então ao voltar, pintei um quadro, tão bonito, irmão, de causar inveja a Graciano. De inveja, Carybé quase morreu e Jenner, imagine!, se fartou de elogiar, te juro. Um quadro simples: uma baiana, o tabuleiro com abarás e acarajés e gente em volta.
Se eu tivesse tempo, ia ser pintor, ganhava uma fortuna. O que me falta é tempo para pintar, compor vou compondo devagar e sempre, tu sabes como é, música com pressa é aquela droga que tem às pampas sobrando por aí. O tempo que tenho mal chega para viver: visitar Dona Menininha, saudar Xangô, conversar com Mirabeau, me aconselhar com Celestino sobre como investir o dinheiro que não tenho e nunca terei, graças a Deus, ouvir Carybé mentir, andar nas ruas, olhar o mar, não fazer nada e tantas outras obrigações que me ocupam o dia inteiro. Cadê tempo pra pintar?
Quero te dizer uma coisa que já te disse uma vez, há mais de vinte anos quando te deu de viver na Europa e nunca mais voltavas: a Bahia está viva, ainda lá, cada dia mais bonita, o firmamento azul, esse mar tão verde e o povaréu. Por falar nisso, Stela de Oxóssi é a nova iyalorixá do Axé e, na festa da consagração, ikedes e iaôs, todos na roça perguntavam onde anda Obá Arolu que não veio ver sua irmã subir ao trono de rainha?
Pois ontem, às quatro da tarde, um pouco mais ou menos, saí com Carybé e Camafeu a te procurar e não te encontrando, indagamos: que faz ele que não está aqui se aqui é seu lugar? A lua de Londres, já dizia um poeta lusitano que li numa antologia de meu tempo de menino, é merencória. A daqui é aquela lua. Por que foi ele para a Inglaterra? Não é inglês, nem nada, que faz em Londres? Um bom filho-da-puta é o que ele é, nosso irmãozinho.
Sabes que vendi a casa da Pedra da Sereia? Pois vendi. Fizeram um edifício medonho bem em cima dela e anunciaram nos jornais: venha ser vizinho de Dorival Caymmi. Então fiquei retado e vendi a casa, comprei um apartamento na Pituba, vou ser vizinho de James e de João Ubaldo, daquelas duas ‘línguas viperinas, veja que irresponsabilidade a minha.
Mas hoje, antes de me mudar, fiz essa canção para Yemanjá que fala em peixe e em vento, em saveiro e no mestre do saveiro, no mar da Bahia. Nunca soube falar de outras coisas. Dessas e de mulher. Dora, Marina, Adalgisa, Anália, Rosa morena, como vais morena Rosa, quantas outras e todas, como sabes, são a minha Stela com quem um dia me casei te tendo de padrinho.
A bênção, meu padrinho, Oxóssi te proteja nessas inglaterras, um beijo para Zélia, não esqueçam de trazer meu pano africano, volte logo, tua casa é aqui e eu sou teu irmão Caymmi”
Por Alfredo Nastari.
Revista Marina Blog.
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Nascidas com Brasília: tão perto, tão longe
Ivoone Araújo Eduardo, 88 anos, chegou em Brasília aos 28 anos, com o marido João Eduardo Neto e a filha Leila, na época com apenas 6 anos. O marido era funcionário do Ministério da Fazenda, fora transferido do Rio de Janeiro para a nova capital e se mudou com a promessa de morar na 709 Sul, na Asa Sul. Mas as casas na quadra estavam ocupadas e eles acabaram instalados em uma nova cidade que estava sendo criada nas proximidades do Plano Piloto, projetada pela equipe de Lucio Costa: o Cruzeiro.
A enfermeira aposentada recorda detalhes daquele 30 de março de 1959. “Aqui era tudo Cerrado. Só tinha mato, poeira, gavião, veadinho, cobra, tudo que era bicho. Dez casas estavam sendo construídas, não tinha uma estrada”, conta. “Eu vim tão arrumada, com uma saia de veludo, sapato de verniz, toda bonitinha. Quando cheguei aqui e botei o pé na terra, a poeira subiu, a lágrima desceu”, conta.
A família de Ivoone Araújo Eduardo, 88 anos, foi a primeira a viver no Cruzeiro. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
A família foi a primeira a viver no Cruzeiro. A matriarca escolheu a casa que queria, a terceira da quadra, e mora nela até hoje. Ivoone não esconde o incômodo que a falta de infraestrutura da cidade provocava nos primeiros moradores. “Um mês depois que a gente chegou é que fizeram a pista”, diz. “Eu não queria ficar em um lugar sem luz e sem água. Aí combinaram de mandar o carro-pipa trazer água duas vezes por semana e a (construtora) Camargo Corrêa tinha um acampamento aqui perto e fornecia luz para a gente até 22h”, relata.
Aos finais de semana, funcionários do Grupo de Trabalho de Brasília (GTB), órgão responsável por alojar os novos moradores da capital, disponibilizavam um ônibus para levá-los à Cidade Livre para fazer as compras da semana. Comprava-se em grande quantidade para estocar. Só mais tarde a prática da feira semanal passou a ser comum. A Feira Permanente do Cruzeiro hoje funciona onde era o acampamento da Camargo Corrêa.
Dona Ivoone tinha as chaves das casas e ficou incumbida de mostrá-las aos funcionários do governo federal que eram transferidos, a maior parte deles vindos do Rio de Janeiro, mas, também, de outros estados do Sudeste e até do Nordeste. “Me deram licença do hospital para fazer esse serviço. Eu fiquei mostrando as casas. Lembro que quando chegou o segundo morador ele ficou louquinho, queria ir embora no mesmo dia”, conta a mulher que, no Rio de Janeiro, trabalhava no Hospital dos Servidores do Estado e, em Brasília, ajudou a fundar o Hospital das Forças Armadas (HFA). “Eu entendi ele, quis fazer a mesma coisa. Muita gente não tinha nada, mas eu deixei minha casa no Rio e vim para Brasília”, ressalta.
No começo, o grande motivador para a permanência de Ivoone era financeiro: o marido ganhava três vezes mais. “Ele recebia o salário e uma dobradinha. O salário era pago e, ao longo do mês, o ordenado saía mais duas vezes”, conta. Com o tempo, a família criou raízes no quadradinho. Os filhos cresceram, se casaram, vieram os netos e bisnetos… “A gente foi acostumando, melhorando a situação. Demorou quase um ano para eu me habituar, mas hoje eu não queria morar no Rio”, fala.
Cemitério e Bairro do Gavião
O Cruzeiro crescia rápido. O governo construiu mais casas. Água e luz, no entanto, só vieram dois anos depois dos primeiros moradores. Na época, a cidade ainda não tinha sido batizada de Cruzeiro. O nome oficial era Setor de Residências Econômicas Sul (SRE-S), mas, ainda não acostumados com as siglas, nenhum dos moradores do local decorava o nome certo.
Registro de inauguração de mercado no Cruzeiro em 1966. Foto: Arquivo Público do DF
Surgiu, então, o apelido de “cemitério” por causa da situação ainda precária, com vegetação alta por perto e animais transitando nas ruas. “De longe via-se apenas as casinhas brancas no meio da poeira vermelha”, afirma o historiador Rafael Fernandes de Souza, que cresceu no Cruzeiro e escreveu o livro Cruzeiro, retratos de sua história: 1959 a 2009. O local também era chamado de Bairro do Gavião, por causa da grande quantidade desse tipo de animal solto na rua.
Em 1960, um grupo de moradores, insatisfeitos com o nome do local onde moravam, procurou o jornal Correio Braziliense, cuja equipe resolveu batizar a cidade com o nome de Cruzeiro porque ela ficava próxima ao cruzeiro onde fora celebrada a Primeira Missa de Brasília, em 3 de maio de 1957.
Sete anos depois, começou a construção dos prédios, o que deu nova configuração à cidade. O projeto original era inspirado na proposta de apartamentos populares de Lucio Costa, mas acabou desvirtuado. A ideia era um gabarito de 3 andares, a exemplo das quadras 400 da Asa Sul. “Provavelmente, devido à especulação imobiliária conseguiu-se um andar a mais e o setor ficou descaracterizado”, diz o historiador Rafael Fernandes de Souza.
A nova parte da cidade ganhou o nome de Setor de Habitações Coletivas Econômicas Sul (SHCE-S), mas, ainda resistentes às letras, os moradores pegaram carona na mudança monetária e o setor foi apelidado tal qual a nova moeda à época: Cruzeiro Novo.
Obras de infraestrutura do Cruzeiro Novo. Fotos: Arquivo Público do DF
O outro lado da moeda
A menos de 10km do centro da nova capital, os pioneiros da região administrativa mais próxima do Plano Piloto também reclamavam da distância entre o Cruzeiro e a Asa Sul, parte da cidade que já existia. Se eles achavam longe, imagina quem decidiu ir morar no Lago Sul? Numa época, vale salientar, em que nenhuma das pontes estava construída e era preciso dar a volta pelo aeroporto para chegar ao bairro nobre, que só se transformou oficialmente em cidade em 1994. “Na época, grande parte do comércio da Avenida W3 Sul ia até a 508 Sul. Era preciso dar a volta e ir até lá para comprar qualquer coisa, até um cigarro”, lembra o empresário pioneiro Gilberto Salomão, aos 88 anos.
Gilberto Salomão, o primeiro a investir no Lago Sul. Foto: Renato Alves/Agência Brasília
A ocupação no Lago começou quando a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) decidiu construir casas no bairro para servir de residência dos seus diretores. As 15 primeiras, nos conjuntos 5, 6 e 7 da QL 1 (hoje QL 8), ficaram prontas em junho de 1958. Elas não foram construídas em lotes vizinhos, mas salteados, para estimular o interesse de outros a construir e também morar no Lago Sul.
Em 1959, foram construídas, nas quadras internas do Trecho 0, atual QI 3, 20 casas para os oficiais da Aeronáutica, devido ao fato de a área ficar próxima da Base Aérea.
Foto: Arquivo Público do DF
Você sabia? Os primeiros moradores do Lago Sul foram Ney Dutra Ururahy, que era chefe de gabinete de Israel Pinheiro, e Joaquim Alfredo Tavares, chefe do Departamento de Terras e Agricultura da Novacap. Eles ocuparam as casas dias depois delas ficarem prontas, em junho de 1958
As casas não tinham luz nem água, usavam lampiões de querosene e a água chegava na carroceria de caminhões ou camionetes. “Mais tarde, quando começaram a erguer a igrejinha (de madeira) de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o pároco comprou um grupo gerador que cedia energia aos vizinhos durante algumas horas”, conta Lourenço Fernando Tamanini, no livro Brasília, Memória da Construção: A surpreendente história do Lago Sul e outras histórias exemplares.
Tamanini morou no Lago Sul. No livro, ele conta que a casa, na QI 5, comprada em 1972, era “não só é a mais antiga do bairro, mas possivelmente a mais antiga do Distrito Federal”. Segundo ele, ela foi edificada no começo de 1957 e abrigou engenheiros da Companhia Construtora Brasileira de Estradas (CCBE), empresa paulista de terraplenagem que se deslocara para o Planalto Central para participar dos trabalhos de construção da nova capital. “Não era uma casa isolada, fazia parte do acampamento da empresa, que agrupava algumas outras edificações, alojamentos, oficinas, almoxarifado e até uma piscina”, diz o livro.
Lago Sul, nem de graça
Mas a história do Lago Sul se confunde à de Gilberto Salomão, o primeiro empresário a investir naquelas terras no fim do mundo. O empresário, que chegou com Brasília ainda em construção, em setembro de 1958, comprava lotes na Avenida W3 Sul, construía e vendia as modestas casas. Mas quando os lotes foram escasseando e encarecendo, ele achou ter encontrado nos terrenos do Lago Sul a solução: eram maiores e custavam menos, muito menos.
Vista do Lago Sul quando o Centro Comercial Gilberto Salomão ainda estava em construção. Foto: Arquivo
“Construí logo sete casas que ficaram prontas em 1962. Mas não apareceu comprador. Eu facilitei o pagamento e nada”, conta. O tempo foi passando e, desapontado, Gilberto decidiu alugar as casas, mas também não apareceram interessados, mesmo depois de o anúncio ter sido repetido semana após semana. “Resolvi então oferecer as casas a parentes e amigos para morarem de graça. Desta forma eu não precisaria me preocupar com a manutenção e com impostos. Ninguém aceitou, nem meu irmão”, recorda-se.
Lojas do Centro Comercial Gilberto Salomão. Foto: Arquivo Público do DF
Ninguém queria morar em um lugar longe, cheio de mato e com difícil acesso. As casas continuaram fechadas, solitárias e sem vizinhos até 1965, quando o médico pioneiro José Farani, que construiu o primeiro hospital particular de Brasília, o Santa Lúcia, chegou. Gilberto começou a se perguntar o motivo pelo qual seu empreendimento não tinha dado certo e, em conjunto com diretores da Novacap, chegou a uma resposta: faltava comércio no bairro.
Foi assim que ele comprou um terreno e começou a construção do centro comercial que leva seu nome. Quando o Gilberto Salomão começou a ser construído, em 1965, existiam no Lago Sul pouco mais de 50 casas, incluindo as 15 erguidas pela Novacap, as 20 da Aeronáutica e as sete construídas pelo empresário pioneiro. Subiu para 497 após a inauguração do conjunto de lojas, em 1968. ”Foi um bom avanço, mas ainda insignificante em relação aos 5.958 lotes previstos no projeto de urbanização”, afirma o pioneiro Tamanini.
As pontes só chegaram ao Lago Sul seis anos depois. A primeira deveria ter sido a Costa e Silva, um projeto de Oscar Niemeyer feito em 1967. As obras, iniciadas em 1973, ficaram anos paralisadas e a ponte só foi inaugurada em fevereiro de 1976.
Inauguração da primeira ponte no Lago Sul. Foto: Arquivo Público do DF
A primeira a ser de fato utilizada foi a Ponte das Garças, conhecida como Ponte do Gilberto, cuja construção durou poucos meses. Feita em um trecho estreito e pouco profundo do lago Paranoá, as obras começaram em junho de 1973 e a inauguração ocorreu em janeiro de 1974.
Nascidas com Brasília: tão perto, tão longe publicado primeiro em https://www.agenciabrasilia.df.gov.br
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Pilares é um bairro da Zona Norte do município do Rio de Janeiro.
Seu IDH, no ano 2000, era de 0,831, o 68º melhor do município do Rio de Janeiro.
Além de estar próximo ao bairro do Méier e de Madureira, vocacionalmente mercantis, é ainda atendido pelo Norte Shopping, o segundo maior shopping center do Rio de Janeiro, que se localiza no bairro vizinho, e uma variedade razoável de segmentos comerciais, tendo um centro comercial movimentado junto ao Largo dos Pilares e Avenida João Ribeiro.
Um dos pontos atrativos do bairro é a escola de samba Caprichosos de Pilares, situada, peculiarmente, sob o viaduto Cristóvão Colombo. Também fica situado no bairro a escola de samba Difícil é o Nome, na esquina entre a Avenida Dom Hélder Câmara e a Rua Francisca Vidal.
O bairro faz divisa com Inhaúma, Abolição, Piedade, Engenho de Dentro, Engenho da Rainha e Tomás Coelho.
No bairro há também esta situado uma parte da comunidade do Morro do Urubu, que se encontra na divisa do bairro.
A área do bairro de Pilares fazia parte da freguesia de São Tiago de Inhaúma, criada pelo Padre Custódio Coelho. Nela foram instaladas duas grandes fazendas: a Quinta de Sant’ana e a do Capão, esta última pertencente ao Bispo José Joaquim Justiniano Castelo Branco e a primeira a João Barbosa Sá Freire.
O Bispo Castelo Branco tornou-se proprietário das duas fazendas, doando-as posteriormente a parentes. Em 1873, as fazendas pertenciam a Francisca Carolina de Mendonça Zieze e seu genro Gaspar Augusto Nascente Zieze, doadores do terreno no qual a Irmandade de São Benedito dos Pilares levantaria a sua capela, remodelada mais tarde pelo Padre José Corrêa e atual Paróquia de São Benedito.
Existem duas versões para o nome do bairro. Na primeira, o nome derivaria da “Venda dos Pilares”, devido a adornos de pedra destacados na edificação. A segunda surgiu na época da família real no Brasil, onde no seu largo havia pequenos pilares em volta de uma fonte de água. Os pilares eram para amarrar os cavalos, a fim deles beberem água da referida fonte. O Largo dos Pilares era uma das paradas do caminho real de Santa Cruz, onde hoje existe a Avenida Dom Hélder Câmara, antiga Avenida Suburbana.
No Largo de Pilares, como ainda é hoje denominado, havia o entroncamento de três vias muito importantes para o escoamento das mercadorias vindas de Minas Gerais, de São Paulo e do interior do município (como Jacarepaguá): eram a Estrada Real de Santa Cruz (atual Avenida Dom Hélder Câmara), Estrada da Praia de Inhaúma (hoje Rua Alvaro de Miranda) e Estrada Nova da Pavuna (Av. João Ribeiro), que ia até o porto da Pavuna. Esta estrada era um novo caminho para Pavuna, mas ia pelo interior, enquanto a Estrada Velha da Pavuna seguia mais perto da linha dos portos. Ainda hoje há marcos: na rua Otacílio Nunes há o Estabulo Santa Cecilia.
Os rios Faria e Faleiro cortam o bairro, e, entre eles, surgiram os primeiros arruamentos: as ruas Francisca Zieze, Glaziou, Gaspar, Francisca Vidal, Jacinto Rebelo, Casimiro de Abreu, entre outras.
Com a implantação da Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil, depois Linha Auxiliar, foi inaugurada, em 1898, a estação Cintra Vidal, em homenagem ao professor Cintra Vidal, dono do primeiro colégio de toda essa região. Atualmente, a estação recebe a denominação de Cintra Vidal-Pilares e integra a Supervia. Havia, mais adiante, a estação Terra Nova – que dava nome a um trecho do bairro de Pilares -, inaugurada em 1905 e desativada na década de 1970, com acesso pela rua Luis de Castro.
Na década de 50 o bairro tinha um forte comércio, trazendo para lá pessoas de outras regiões do município. Existia grandes indústrias e um grande comércio no lugar, com isso surgiu a associação chamada Centro Comercial e Industria de Pilares, o CCIP, que, mais tarde, se tornaria um clube social. Pilares também tem uma estação de trem que vai de Belford Roxo a Central (centro) e diversas linhas de ônibus.
Em 1965, no governo Carlos Lacerda, foi inaugurado o Viaduto Cristóvão Colombo sobre a linha auxiliar, próximo a Cintra Vidal, ligando Pilares a Inhaúma. Em 1997, com a inauguração da via expressa Linha Amarela em elevado sobre a rua José dos Reis, o bairro de Pilares passou a ter acesso direto à Avenida Brasil e à Barra da Tijuca.
O comércio se concentra no Largo de Pilares e ao longo da avenida João Ribeiro. Destacam-se no bairro os conjuntos habitacionais, próximos a rua José dos Reis, o CCIP (Centro Comercial e Industrial de Pilares) e a comunidade de baixa renda do morro dos Urubus, elevação mais destacada da região, com 177 metros.
No carnaval, o bairro marca presença com as Escolas de Samba GRES Caprichosos de Pilares, fundada em 1949, nas cores azul e branco, por dissidentes da Unidos da Terra Nova e GRES Difícil é o Nome, fundada em 1973, nas cores vermelho e branco.
Em 1972, uma trag��dia abalou os moradores do bairro da época: o desabamento do Supermercado Ideal. Houve 14 mortos e mais de 100 feridos. O motivo do desabamento, segundo laudos periciais, foi devido a falhas na construção. O supermercado havia sido inaugurado pouco mais de um mês antes do desabamento e, segundo relatos, a obra foi antecipada, sem pesar nas consequências. Ainda foi revelado que o supermercado estava funcionando sem o “Habite-se” e com um alvará provisório, com 90 dias de validade (venceria em fevereiro de 1973).
Pilares RJ CEP
Bairro predominantemente residencial com 90,62% de seus endereços residenciais.
Principais ruas do Bairro Pilares
CEP 20771-004 Avenida Dom Hélder Câmara – de 4740 a 5840 – lado par
CEP 20771-002 Avenida Dom Hélder Câmara – de 5843 a 6713 – lado ímpar
CEP 20750-093 Avenida João Ribeiro – até 430 – lado par
CEP 20771-001 Avenida Dom Hélder Câmara – de 4537 a 5841 – lado ímpar
CEP 20750-092 Avenida João Ribeiro – até 423 – lado ímpar
CEP 20771-010 Rua Alfredo de Souza Mendes
CEP 20750-010 Rua Glaziou
CEP 20750-070 Rua Casimiro de Abreu
CEP 20760-000 Rua Álvaro Miranda
CEP 20760-700 Rua Edmundo
Outras ruas
Praça Major Aderbal Costa
Rua João Lisboa – de 23 ao fim – lado ímpar
Rua Mateus de Andrade
Rua Francisca Vidal
Rua Soares Meireles – de 118 ao fim – lado par
Rua Otacílio Nunes
Avenida Rio Faleiro
Rua José Faivre
Rua Djalma Dutra
Rua Jacareí
Rua Assis Vasconcelos
Rua Luís de Castro – de 62 ao fim – lado par
Rua Francisca Zieze
Rua Coimbra da Luz
Travessa Marta da Rocha
Aluguel Pilares RJ
No bairro Pilares no Rio de Janeiro, você encontra casas e apartamentos para alugar, consulte um corretor para mais informações.
Pilares RJ População
Conforme o censo 2010 a população de Pilares é distribuída entre homens e mulheres. A População masculina, representa 12.314 habitantes, e a população feminina, 14.936 habitantes.
Pilares RJ Fotos
Mapa de localização
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Visite ruas em SP eternizadas em famosas músicas brasileiras
Não à toa diversas ruas de São Paulo estão retratadas em músicas brasileiras. São lugares que guardam tesouros e definem a identidade dessa babilônia que tanto amamos. Pensando nisso, criamos um roteiro de ruas e bairros eternizados em famosas canções.
O pulsante centro da cidade está presente na maioria das composições, mas há também outros endereços, homenageados em sambas, raps, rock e, claro, na MPB. Que tal entrar no ritmo e ver com os próprios olhos os lugares que os ouvidos já se aventuraram a conhecer?
1. Avenida Ipiranga com Avenida São João
O cruzamento mais famoso da MPB está no centro de SP. Caetano Veloso eternizou essa esquina na música “Sampa”, lançada em 1978. Se quiser conhecer, fica bem pertinho da estação República, das linhas Amarela e Vermelha do metrô.
“Alguma coisa acontece no meu coração / Que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João / É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi / Da dura poesia concreta de tuas esquinas / Da deselegância discreta de tuas meninas”.
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2. Rua Aurora
O apartamento 22 do número 579 da Rua Aurora, também no centrão, foi residência de Adoniran Barbosa entre 1949 e 1966. Foi lá que nasceu “Saudosa Maloca”, em 1961, enquanto ele observava a demolição do sobrado em que moravam os feirantes Mato Grosso e Joca.
Para quem quiser observar as redondezas, também fica bem pertinho da estação República, das linhas Vermelha e Amarela do metrô.
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3. Largo do Arouche
Na música “Freguês da meia-noite”, lançada em 2011, o rapper Criolo mencionou o Largo do Aroche, outro lugar perto da estação República. Aproveite para conhecer o mercado das flores, os restaurantes e a agitada vida noturna da região.
“Meia noite, em pleno Largo do Arouche, em frente ao Mercado das Flores há um restaurante francês. E lá te esperei”.
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4. Praça da Sé
Em 1978, Adoniran Barbosa lançou a música “Praça da Sé”. A canção marcou a reinauguração do local, após uma reforma de seis anos, e o surgimento da estação de metrô. Melancólico, o cantor falava sobre o progresso incontrolável da praça.
“Da nossa Praça da Sé de outrora / Quase que não tem mais nada / Nem o relógio que marcava as horas / Pros namorados / Encontrar com as namoradas”.
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5. Rua da Consolação
Na década de 1970, a rua da Consolação esteve na boca de dois grandes cantores e compositores. O local é famoso pelo cemitério, pela igreja, pela praça Roosevelt e pelas inúmeras lojas de lâmpadas. Em 1973, Tom Zé lançou “Augusta, Angélica e Consolação”.
“Augusta, graças a deus / Graças a deus / Entre você e a angélica / Eu encontrei a consolação / Que veio olhar por mim / E me deu a mão”.
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Em 1974, Belchior lançou “Passeio”, que falava sobre o centrão. Era um momento em que ele tentava a sorte na selva de pedra.
“Vamos andar pelas ruas de São Paulo / Por entre os carros de São Paulo / Meu amor, vamos andar e passear, vamos sair pela Rua da Consolação / Dormir no parque em plena quarta-feira / Ensinar com o domingo em nosso coração”.
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6. Rua Augusta
A rua Augusta é a rainha dos rockeiros. Talvez por sempre receber pessoas de diversas tribos. Atualmente, o endereço concentra bares, casas noturnas, universidades, hotéis, teatros e até um local perfeito para os skatistas (Praça Roosevelt). Em 1963, Ronnie Cord soltou a voz em “Rua Augusta”.
“Entrei na rua Augusta a 120 por hora / Botei a turma toda do passeio pra fora / Fiz curva em duas rodas sem usar a buzina / Parei a 4 dedos da vitrina / Hay Hay Johnny / Hay Hay Alfredo / Quem é da nossa gang não tem medo”.
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Em 1970, foi a vez dos Mutantes falarem sobre a rua. A música chama-se “Hey Boy”.
“He he he hey boy / O teu cabelo tá bonito hey boy / Tua caranga até assusta hey boy / Tchu aa uu / Vai passear na rua Augusta tá / He he he hey boy / Teu pai já deu tua mesada hey boy / A tua mina tá gamada hey boy”.
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E como não podia faltar, em 1974 Raul Seixas mencionou a rua Augusta na música “Super-heróis”.
“Hoje é segunda-feira e decretamos feriado / Chamei Dom Paulo Coelho e saímos lado e lado / Lá na esquina da Augusta quando cruza com a Ouvidor / Não é que eu vi o Sílvio Santos / Não é que eu vi o Sílvio Santos / Sorrindo aquele riso franco e puro / Para um filme de terror”.
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7. Avenida Paulista
Em 1983, Itamar Assumpção cantou sobre a região da Avenida Paulista em “Sampa Midniht”. Hoje, a região é um polo cultural importante para a cidade, com sua vida gastronômica, museus, centros culturais, teatros, cinemas e shoppings.
Sampa midnight / Eu assessorado de mais dois chegados / Bartolomeu e Ptolomeu / Partimos pra comemorar / Não lembro o que numa boiate / Escabrosa noite / Deu blackout na Paulista / Breu no Trianon / Cadê o vão do museu, sumiu / Meu Deus do céu que escuridão”.
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8. Bairro de Pinheiros
O bairro de Pinheiros foi homenageado na música “Modão de Pinheiros”, lançada pelo grupo O Terno em 2012. O local é famoso por uma feirinha de antiguidades (da Benedito Calixto), pelos inúmeros restaurantes e bares e pela agitada vida noturna – além de um comércio variado.
“Foi no bairro de Pinheiros / Que eu me entreguei por inteiro / Para uma linda moça / Que descia a Rebouças / Ela entrou na Henrique Schaumann/ Eu logo perdi a calma / Virando na Teodoro / Eu falei: “eu te adoro” / Respondeu-me “deixa disso!” / Na Benedito Calixto”.
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9. Bairro do Bixiga
O Bixiga foi eternizado por Adoniran Barbosa, embora ele nunca tenha morado lá. Em 1976, o cantor lanou “Um Samba no Bixiga”, que falava sobre uma confusão no bairro. Atualmente, o local abriga teatros, bares, cantinas e cafés – além do bom e venho samba! Para quem quiser conhecer as histórias da região, é bacana visitar o MUMBI – Museu Memória do Bixiga.
“Domingo nós fumo num samba no bexiga / Na rua major, na casa do nicola / À mezza notte o’clock / Saiu uma baita duma briga / Era só pizza que avuava junto com as braxola”.
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O turista chega a Ipanema e quer descobrir por qual rua balançava a garota da música, a caminho do mar. Outro visitante, após ver as belezas da cidade do alto, desce do Pão de Açúcar e tenta saber qual o melhor meio de transporte entre a Urca e Santa Teresa, próxima atração de seu roteiro. Se depender da prefeitura do Rio, os dois vão ficar sem resposta. A Riotur, órgão responsável por divulgar o Rio no Brasil e no exterior, fechou, na segunda-feira, metade dos postos de atendimento a turistas da capital. Dos 14 quiosques, só sobraram sete. E, mesmo assim, em situação precária, com atendimento em horários reduzidos. O balde de água fria no atendimento a turistas, no momento em que se discute como a vocação da cidade para receber e encantar visitantes pode atrair mais investimentos e criar empregos, aconteceu por conta do fim do contrato com a Maza, empresa que prestava o serviço e demitiu, na última sexta-feira, os 63 recepcionistas bilíngues que trabalhavam nos quiosques. A maioria dos que agora procuram emprego atuava no projeto desde junho de 2013, quando a prefeitura começou a instalar os pontos de informação de olho no contingente de turistas que visitariam o Rio na Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada. Para não interromper definitivamente todo o atendimento, a Riotur, que pagava R$ 260 mil mensais à Maza, apelou para estagiários. São os aprendizes do órgão, junto a funcionários desviados às pressas de função, que estão mantendo sete unidades abertas. O improviso tem seu custo. O quiosque da Rodoviária Novo Rio, por exemplo, que funcionava 24h, agora só atende em horário comercial: somente quem desembarca entre 9h e 18h consegue algum tipo de informação. Nos aeroportos, a situação é parecida. O posto do Santos Dumont, que abria das 6h às 22h, hoje funciona apenas das 11h às 19h. No Tom Jobim, o atendimento é encerrado três horas mais cedo. O serviço foi suspenso em Ipanema, no Leblon, na Barra, no Pão de Açúcar, em Santa Teresa, na Praça XV e na Candelária. Apenas endereços considerados estratégicos permanecem abertos. Além dos pontos nos aeroportos e na rodoviária, estão funcionando os dois da Praia de Copacabana, o do Largo do Machado e o que funciona na Shopping da Gávea. - Infelizmente, achamos melhor fechar alguns postos do que atender de forma precária. Inicialmente, pensamos em usar os estagiários em mais postos, mas não foi possível - explica o gerente de atendimento e serviços da Riotur, Maurício Werner. Com a desativação dos centros de informação, tem sobrado trabalho para os vizinhos dos quiosques. Em Ipanema, um camelô que trabalha na Praça Nossa Senhora da Paz, ao lado da estrutura fechada, diz que tenta ajudar. Mas a boa vontade esbarra na falta de conhecimento de outros idiomas: - Quem está dando informação sou eu. Quando o turista fala a minha língua, eu consigo ajudar. Se não, é impossível. Na Lapa, o turista fica também perdido: o posto de informações foi desativado em abril, e o quiosque, retirado da calçada, segundo a Riotur, por falta de segurança. A estrutura já havia sido arrombada diversas vezes. - Os gringos apareciam pedindo informação e era só apontar para lá. Desde que fechou, muitos turistas têm vindo aqui pedir ajuda e perguntar onde conseguem mapas da cidade. É ruim porque parece que a Lapa está largada - lamenta Jussilene Braga, gerente de uma lanchonete no bairro. Os funcionários de um posto de gasolina próximo ao quiosque desativado também andam fazendo trabalho extra. - Agora os turistas estão vindo pedir informação para a gente. Viramos posto de gasolina e de informação - brinca Ednaldo Cintra. A falta de uma estrutura adequada decepciona os visitantes. O baiano João Pedro Azevedo, que está no Rio com um amigo argentino, ficou espantado por não encontrar um local de atendimento turístico na Lapa. - Eu precisava saber que ônibus pegar para ir à Praia da Barra - contou. O turista chileno Mauricio Dominguez, que chegou anteontem à cidade, contava com a ajuda de um posto para encontrar um local para se hospedar. - Existem poucos postos de informações na cidade. No Centro, por exemplo, não achamos nenhum. Fomos bem atendidos em Copacabana, mas faltam informações sobre hospedagem. Chegamos cedo ao Rio e só conseguimos um apartamento bem tarde - reclamou. No posto da Avenida Atlântica, na altura da Rua Hilário de Gouveia, além de faltarem informações sobre hospedagem, também não é possível obter o guia com informações sobre museus e restaurantes, nem a revista mensal com a programação da cidade, ambos em falta há meses. Apesar dos contratempos, o casal Mario e Nadia Caldas, que veio de Castanhal, a 70km de Belém do Pará, elogiou o atendimento no local: - Fomos muito bem atendidos. Como deve ser, né? O Rio é uma cidade turística, vive disso - disse Mario. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio, Alfredo Lopes, a redução dos postos de informação complica ainda mais a vida de quem visita a cidade: - Além de não termos uma boa sinalização, agora faltam postos de informações. Conversei com o presidente da Riotur e ele me disse que está fazendo uma licitação para contratar uma nova empresa, com pessoas mais qualificadas, mas isso já tem dois meses. O que me parece é que não tem orçamento aprovado pelo prefeito. Enquanto isso, estamos enxugando gelo. Segundo o gerente de atendimento da Riotur, o fechamento de metade dos quiosques é temporário e, em no máximo dois meses, a cidade vai conhecer um novo projeto, que prevê a modernização e a ampliação do serviço de atendimento. A estimativa é que 20 novos equipamentos sejam instalados até 2018: - Vamos aumentar o número de postos para 20 e eles vão funcionar em instalações mais modernas e confortáveis. Estamos estudando se iremos fazer uma licitação para contratar nova empresa ou se iremos buscar uma parceria público-privada para diminuir os custos para o município. O que sabemos é que os postos do Rio não estavam à altura do que se oferece em outras cidades do mundo. Além disso, sabemos que hoje os turistas usam muito mais aplicativos e sites para buscar dicas. Fonte: O GLobo Postado por: Raul Motta Junior Foto: Fábio Rossi / Agência O Globo
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Império 11/05/2021: Cora e Magnólia fazem compras
RESUMO IMPÉRIO – capítulo 026, terça, 11 de maio Maria Isis chora com a desconfiança de José Alfredo. Maria Marta cobra Helena. Du não gosta de ouvir João Lucas Falando de Maria Isis. Maria Marta pede para Silviano procurar sua sobrinha Amanda. Magnólia não quer que Maria Isis pare de tomar o chá. Zé Alfredo faz as pazes com Maria Isis. Cora reconhece Maria Isis na rua. Cláudio consegue invadir apartamento de Téo. Cláudio invade apartamento de Téo. Cora segue Maria Isis até a casa de seus pais. Maria Clara mostra a nova coleção da Império. José Alfredo chega ao escritório e é recebido por João Pedro. Magnólia planeja enganar Zé Alfredo. Cora segue a família de Maria Isis. Téo posta uma nota contra Cláudio em seu blog. Cláudio bate em Téo. Cora se aproxima da família de Maria Isis e ganha a confiança de Magnólia. Enrico volta das compras com Vicente. Érika quer saber se Téo vai jogar sujo com Cláudio. Enrico vê um desmentido da notícia sobre seu pai no blog do Téo. Enrico não gosta de saber que o pai foi citado no blog de Téo. Cora e Magnólia fazem compras. José Pedro enfrenta o pai mais uma vez. João Lucas procura Maria Isis novamente. Maria Isis não gosta da aproximação de João Lucas. Merival pede para Maria Marta ajudar na liberação de Elivaldo. Maria Isis chega enjoada em casa. Juliane sofre ao lembrar de Orville. Xana e Antoninho suspeitam que Orville e Carmen estão enganando Juliane. José Alfredo flagra Cristina em sua casa conversando com Maria Marta. O capítulo de Império começa logo após mais uma edição do Jornal Nacional, não perca! Para assistir Império e a programação da TV Globo, clique aqui! Read the full article
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