#anti-lesbofobia
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+++Breaking News+++
"Pink*": gioco da tavola anti-patriarcato.
Arriva "Pink*" (rigorosamente con l'asterisco), il gioco da tavolo promosso dalle associazioni transfemministe.
Il regolamento è semplice: "avrai a disposizione nove round per raccogliere tutte le risorse necessarie, ma ad ogni turno troverai il patriarcato a ostacolarti"
I giocatori devono affrontare pericolosi nemici come sessismo, abilismo, grassofobia, razzismo, ageismo, lesbofobia, bifobia, transfobia, stupro e violenza di genere.
Alcune delle sfide da affrontare: "Il patriarcato mi ostacola perché ho meno di 25 anni e sono grassa", "Mi discrimano perché non sono etero e non voglio avere figli", "Ho la pelle troppo scura".
Le carte da gioco presentano azioni di autodeterminazione per affrontare il patriarcato: per esempio, una delle carte scrive: "Non mi sono fatta i peli e va benissimo così".
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E nel frattempo Mattel e Giochi Preziosi muti... 😏
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Recomendações a psicoterapeutas não-lésbicas para atendimento ético com lésbicas
O lugar heterossexual pode ser uma dificuldade no atendimento de uma lésbica. Embora psis geralmente tenham uma técnica que os ampara (abordagem, teoria, supervisão), muitas respostas não se encontram ali, ou algo nos escapa. A ética profissional é exigida de todos independente de estarem em um lugar subjetivo hegemônico (brancos, ricos, heterossexuais), mas na prática acaba não sendo suficiente esse posicionamento para evitar reproduções de violências no atendimento.
Acredito que ser atendida por uma lésbica se você é lésbica é uma demanda mais que legítima, por tudo que envolve um processo de análise, pelo proprio processo simbólico que ele significa e como lésbicas e mulheres são justamente “povas” sem linguagem, aculturadas pela cultura masculina, ditas por outros: faladas, e não sujeitas falantes. Ser lésbica e ter uma psicoterapeuta lésbica é uma recuperação histórica de um potente laço entre mulheres.
Isso não quer dizer que mulheres heterossexuais não possam atender lésbicas, se houver um genuíno esforço de abertura para a alteridade e especialmente, um tanto de estudo na questão, um interesse genuíno em saber mais, e a aprender com a paciente. Lésbicas podem escolher passar com homens gays por pensar que haverá mais ponte entre ela e alguém que vive homofobia. Porém homens gays também devem fortemente questionar sua misoginia como homens, serem críticos com a misoginia e roubo de protagonismo feminino da cultura gay, sua socialização como homens. Também nem sempre a lésbica encontra em sua cidade uma psicoterapeuta feminista, lésbica, ou se busca atendimento social, não pode escolher tanto. Então precisamos que todas pessoas se capacitem a atender lésbicas com perspectiva crítica, para que não apenas que podem pagar ou conseguir uma tenham atendimento ético.
Mas especialmente, para todos e todas psi: estejam em análise. Leve para sua análise seus mal- estares, medos, preconceitos e incômodos. Não atue sobre a paciente sua contra-transferência clínica: pense a respeito do que a paciente causa em você, do que faz sentir, de como se sente atendendo, se atente a isso como elemento clínico informante do processo, reflita em supervisão ou colegas, e com você mesma/o. E se uma lésbica te deixou, não se defenda dizendo que foi mera resistência ao tratamento. Pense a respeito do seu fazer clínico, criticamente. Trabalhe em análise sua dor de ser deixada/o, seu sentimento de fracasso ou quaisquer destas fantasias que no fim, dizem respeito às suas questões próprias, e não ao que realmente aconteceu). E legitime essa decisão.
Vão as dicas, escritas para um curso sobre Psicoterapia com Lésbicas que dei no Chile em 2018:
- Ser uma terapeuta que se identifica com a outra mulher, que coloca mulheres no centro. Embora não seja lésbica, isso vai gerar maior confiança, por demonstrar uma ética feminista especialmente voltada para mulheres. Lésbicas geralmente preferem estar com mulheres feministas à desinformadas por acreditar que assim estarão mais protegidas de reproduções heterossexistas. Fazer parte de um feminismo que coloca mulheres em primeiro lugar também irá te ajudar muito (na minha opinião o feminismo queer por exemplo acaba sendo sobre todo mundo e muitas vezes menos sobre mulheres).
- Revisar o privilegio heterosexual e aceitar que você o tem. Perceber as diferenças de tranquilidade de vida, facilidades, e problemas que você não passa e essa outra existência sim, vai ajudar a enxergar e ter empatia e não colocar seu ego incomodado à frente.
- Cuidar a informação que recebe de uma lésbica. Se necessário busque supervisão de outra mulher ou de uma psicoterapeuta feminista, ou converse com uma colega psicóloga lésbica (especialmente se for politizada), caso tenha dúvidas. Lésbicas já foram tratadas por muito tempo como estudo de caso, ridicularizadas e são frequentemente expostas e fetichizadas, esse cuidado é importante e vai mostrar sua honestidade com você mesma. Eu jamais por exemplo, levaria à supervisão clínica com um homem um atendimento com lésbicas. E trato de educar minhas supervisoras sempre que posso, explicar particularidades que possam não entender (por exemplo a própria questão das butches bagunça a cabeça de heterossexuais, que acham que se trata de querer ser masculina, faço questão de dizer que a lésbica é não feminina e corrigir termos que não acho corretos).
- Ter em conta que seu olhar é heterocentrado pela sua construção de vida até então, e pode deixar de enxergar muitas coisas.
- Não se bastar com uma noção liberal de que "eu respeito a diversidade, cada um com sua escolha" ou slogans rasos como "Amor é amor". Isso não traz abertura para pensar a lesbofobia que você traz e ainda está por desconstruir. É uma forma mascarada de defensividade ao criar ilusão de que você não é mais parte do problema.
- Buscar informar-se sobre lésbicas. Até à paciente você pode se colocar aberta à recomendações (com moderação, a sessão não é sobre você, quem precisa ser acolhida é ela e então tome responsabilidade em educar-se).
- Olhar para as teorias e movimentos lésbicos não como algo que não tem nada a oferecer para você ou nada haver com você. Como mulher você pode descobrir que as teorias e a cultura lésbica traz ricos ensinamentos sobre laços entre mulheres, o valor das amizades femininas, sororidade, amor à mulheres, éticas de primazia das mulheres, propostas de autonomia para mulheres... Você pode aprender muita coisa com lésbicas.
- Desde a idéia da heterossexualidade compulsória de que há uma socialização heteronormativa, pensar sua heterosexualidade, sua construção, vai ajudar a se aproximar das lésbicas de forma mais humilde. Além de que isso pode ajudar a reconhecer e validar a resistência lesbiana, ao invés de fazer o que, desde a idéia de 'diversidade sexual' e 'tolerância' é o mais cômodo para heterossexuais: terminar por colonizar sem saber essa outra realidade, ao pensar que é uma relação como a sua, e que não existem mais problemas, que vivemos num mundo democrático e tolerante... E a verdade é que são situações muito diferentes, são relações que possuem muitas diferenças em vários aspectos das relações heterossexuais, seja pelas socializações de duas mulheres juntas, seja porque há opressão que se vive nesse casal e nessa individualidade. Não somos iguais, não é "tudo amor" simplesmente, não é tão simples, e isso pode terminar sendo uma visão inocente e despolitizada também, que termina por apagar essa existência e minimiza os problemas que enfrentam as dissidências sexuais como um todo.
- Desafiar a minimização das questões lésbicas, seja nos movimentos sociais e feministas, seja no meio da psicologia.
- Respeitar e reconhecer a potência feminista dos laços lésbicos, ao invés de enxergar como uma "prática sexual privada", não política. Não é o equivalente contrário da prática sexual hetero, nem a versão feminina dos homens gays. Ser lésbica é também resistência política e subversão de lógicas falogocêntricas.
- Questionar teorias patologizantes e a ideologia heterossexual que aparece em abordagens, falas, interpretações. Por exemplo: a idéia de relações lésbicas serem imaturas, infantis, ou pensar numa psicogênese da negatividade para a lesbianidade, por exemplo clichês como: falta de mãe, traumas sexuais... Ou o não questionar o paradigma heterossexual de normalidade, que pode tomar por exemplo a tendência de intensa conexão nas relações lésbicas como 'fusão' e se o casal lésbico não tem tanto sexo como negativo quando este casal compartilha mais coisas que sexo na relação. Inclusive esse paradigma heterossexual pode oprimir lésbicas a ponto de elas buscarem terapias sexuais por não se sentirem normais. Questionar a matriz heterosexual que toma a heterosexualidade como o normal e desejável, o caminho do desenvolvimento saudável.
- A pessoa heterossexual numa sociedade heterossexista é lesbofóbica nesta sociedade, assim como brancos são racistas numa sociedade racista. Da maneira como é inculcada via ideologia hegemônica, se considera o sexo real (falocentrismo), e é defensiva com a lesbianidade. Não caia na armadilha de pensar que o problema está no outro e não em você, que a homofobia e lesbofobia excessivas de pessoas de direita são o problema, e não a lesbofobia velada que mesmo pessoas progressistas podem manifestar.
- Utilize com cautela, algum lugar de diferença que você habita, para criar ponte com a opressão desta outra. Não são opressões iguais , mas você sabe o que é viver uma diferença se você é: negra, indígena imigrante, asiática, gorda, pobre, deficiente. Pode falar disso a respeito com a paciente quando ela se sentir desamparada e que não pode ser compreendida.
Espero que essas dicas possam ajudar a refletir sobre sua prática clínica.
Ao final, deixo recomendações de leituras (somente deixarei três para que não sobrecarregue):
- Heterossexualidade Compulsória e Existência Lésbica – Adrienne Rich
- O Pensamento Heterossexual – Monique Wittig.
- Por que você quer se parecer com um homem? - Laura Couto.
Até mesmo lésbicas devem pensar sobre o atendimento com lésbicas. Uma política identitária não é o suficiente para um acolhimento integral. Por isso a importância de pensar a própria lesbofobia internalizada, a dificuldade em ser visível, a sua questão com isso, na sua análise. E politizar sua existência te ajudará muito a ganhar consciência sobre o ser lésbica e não reproduzir heterossexismo.
Foram algumas dicas, talvez futuramente melhore, e estou aberta a trocas sempre com outras profissionais.
Boa leitura e atendimentos!
#lesbofobia#anti-lesbofobia#privilégios#psicoterapia feminista#psicoterapia com lésbicas#lésbicas#lesbianidade#psicologia#psicologia das mulheres#feminismo#visibilidade lésbica
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veo mucha gente en tumblr hablar de gente "anti lesbiana" dentro de la comunidad lgbt, pero como no soy lesbiana y no sigo gente basura (? no me doy mucha cuenta. si he visto discriminación más específica, por ejemplo a lesbianas no binarias o que usan pronombres masculinos por ejemplo. vos experimentas eso? no sé qué tanta conexión tenés con la comunidad en la vida real, pero yo nunca he sentido una onda anti lesbiana genérica, y no sé si es porque no lo soy o porque es algo más gringo o qué.
nah, como lesbiana te digo que he experimentado lesbofobia. Lo más común son las micro agresiones, especialmente cuando tenes un montón de estereotipos super presentes. Conoces a La Faraona (Martin Cirio)? en 2015 hizo unos videos de consulta para gente gay, una chica le dijo que era lesbiana y que no sabia que hacer. El tipo hizo un ranteo en donde decía que "las tortas son como más agresivas", "a mi las tortas así [masculinas] no me gustan". Era lo mismo que escuchar a un hombre heterosexual, porque muchos gays no se dan cuenta de que pueden ser misoginos. Y lo peor es que Cirio es super popular, lo consumen un montón de paquis que se piensan que escuchándolo a él entienden un montón de cuestiones que no les incumbe
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Caserta. Adesione convinta alla Giornata nazionale anti omofobia, lesbofobia, bifobia e transfobia | www.teleradio-news.it
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Mulheres negras e Feminismo Radical
Muitas mulheres negras não se sentem completamente confortáveis em relação a teoria radical dentro do feminismo e isso é bem compreensível visto que o Feminismo Radical não é uma das “vertentes” mais bem vistas e as feministas radicais mais conhecidas, são mulheres brancas.
Eu, como mulher negra alinhada ao feminismo radical e as teorias lesbofeministas , gostaria de, através desse texto esclarecer , ou melhor, escurecer algumas coisas.
Primeiramente, existem sim mulheres negras alinhadas ao feminismo radical, as meninas do blog Pirão das Mulheres (clique aqui para acessar) são um exemplo disso, assim como Alice Guedes, Lorena Oliveira e tantas outras que se esforçam muito para se apropriar de uma teoria que também nos diz respeito.
Mas por que eu acredito que mais mulheres negras devem se apropriar das teorias radicais?
Porque como mulheres sofremos misoginia e suas derivações, porque o feminismo liberal, nunca vai abraçar todas as mulheres com suas pautas rasas e maneiras de compactuar com capitalismo e outras coisas que contribuem ainda mais para a opressão feminina.
Nós mulheres negras sofremos a opressão racial também e em alguns casos, a de classe e o feminismo radical em nenhum momento nega isso,muito pelo contrário, dentro das teorias radicais temos total consciência de que as opressões estruturais são as de Raça, Classe e Gênero e que nenhuma é superior a outra, nenhuma anula a outra e todas devem ser vistas com seriedade e profundidade. Um texto que exemplifica um pouco disso é o “Não Existem Hierarquias de Opressão”, da Audre Lorde (leia aqui) no qual ela fala sobre suas experiências sendo mulher, negra e lésbica e analisa socialmente seu lugar no mundo.
A questão é que dentro dessas teorias o foco principal são as questões de gênero e suas ramificações (como gordofobia, lesbofobia etc). Na luta de mulheres precisamos abordar aborto e direitos reprodutivos, precisamos falar contra prostituição, pornografia e cultura do estupro numa maneira geral, precisamos falar sobre lésbicas e sobre heterossexualidade compulsória, todas as estruturas que nos afetam no sentido mulher devem ser debatidas, de outro modo, nunca teremos nossa libertação e emancipação.
É óbvio que somos diferentes uma das outras, é óbvio que mulheres negras tem realidade diferente de mulheres brancas por conta do racismo e isso ninguém está negando, não estou negando também que existe racismo dentro de espaços feministas, porque existe e eu já fui testemunha disso. Devemos sim combater isso e de maneira nenhuma passar pano para esse tipo de atitude. Mas devemos lembrar também que existem espaços de movimentos negros onde o machismo é presente, onde a homofobia e lesbofobia se fazem presentes, pois como dito acima, uma opressão não impede e muito menos anula a outra. Infelizmente existem segregações mesmo em espaços já segregados , e afirmando isso não estou dizendo que devemos naturalizar essas atitudes, mas sim, que devemos analisá-las com profundidade , que devemos procurar a raiz dessas opressões e através disso nos emanciparmos como minorias.
Aqui uso o exemplo dos movimentos da classe operária e de tudo o que foi conquistado até agora como leis trabalhistas, férias remuneradas, países que são/foram completamente socialistas. Nada disso teria sido conquistado se fosse analisado os proletários de maneira individual e não como classe. É claro que dentro da classe operária existem mulheres, existem pessoas negras, existem gays e lésbicas mas quando se trata de direitos do proletariado, emancipação enquanto classe, o foco principal deve ser pautas que dizem respeito a esse assunto.
A interseccionalidade deve ser um ferramenta a ser utilizada não o apoio principal da luta. O Feminismo, assim como qualquer outros movimento social como Socialismo, Anarquismo etc é um alinhamento político e necessita da mesma seriedade de pautas e aprofundamento teórico. Não podemos tratar feminismo de maneira individual e identitária se quisermos que nossa luta vá para frente.
É claro que o homem negro também entra nesse aspecto de dúvidas em relação a ser ou não feminista porque eles também sofrem opressão, sofrem com o racismo assim como nós mulheres negras. O problema é que homens negros também são homens e como tal sabem aproveitar de seus privilégios sociais de macho principalmente sob as mulheres negras. Existem homens negros que agridem suas namoradas e esposas (vide Crhis Brown e Rihanna) , homens negros tem salário menor que mulheres brancas mas seus salários ainda são, de uma maneira geral, maiores que o de mulheres negras, homens negros também tem sua responsabilidade na cultura patriarcal, apesar de estarem do nosso lado na luta anti racista.
E falando em luta anti racista, também tem a questão da crítica a feminilidade feita pelo movimento feminista e a valorização da estética negra nos movimentos negros, isso também tem gerado debate e alguns desentendimentos vindo das duas partes.
Primeiramente, feminilidade é imposição. Feminilidade é sobre mulheres serem, desde meninas, ensinadas a cobrir seus rostos com maquiagem, a se acostumarem com dores nos pés devido a saltos altos e sapatos desconfortáveis que são ditados pela moda. Isso é sim socialmente imposto e não uma escolha como gostam de dizer, a feminilidade é opressiva.
O empoderamento estético negro, porém, é libertador, é sobre valorizarmos nossos traços, nossos cabelos e pele indo contra o que é socialmente imposto.Nós mulheres negras temos sim inúmeras questões estéticas numa sociedade que massacra mulheres para que se encaixem num padrão, mas não é nos encaixando nesses padrões que teremos empoderamento. Teremos empoderamento quando padrões não existirem, quando imposições estéticas não se fizerem mais presentes.
Há muito ainda que precisa ser estudado e aprofundado sobre teoria feminista, muitos preconceitos a ser desconstruídos e dúvidas a serem tiradas, esse texto foi apenas uma introdução para mulheres negras que, assim como eu, querem se aproximar do feminismo radical mas já ouviram essa vertente ser difamada em diversos lugares.
Para que mais dúvidas em relação ao Feminismo Radical sejam sanadas, recomendo os sites radbr.tumblr.com e soachono.tumblr.com.
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Glossário: Tipos de preconceito
OBS: Estes termos não dizem só respeito a formas de discriminação lgbt+, eu realmente tentei considerar TODAS as formas de preconceito. Algumas definições estão bastante simplificadas, e aceito sugestões de mais termos.
OBS2: amab = assigned male at birth | afab = assigned female at birth
OBS3: Onde está dito é normal, é no sentido de ser considerada a única possibilidade normal/natural, por oposição, tornando as outras categorias anormais.
Abuso: Tratamento impróprio, violento ou cruel de alguém, com intenções de magoar ou discriminar a pessoa.
Acefobia: Preconceito contra pessoas no espectro assexual, ou seja, que não sentem atração sexual. Ver "sexonormatividade".
Adultismo: Privilégio das opiniões e atitudes de adultos em relação a pessoas de outras faixas etárias.
Adultocentrismo: Autoridade de adultos em detrimento da formação dos jovens. Variante de "adultismo".
Afobia: Preconceito contra quem não/pouco sente atração sexual, romântica ou ambas. Engloba acefobia e arofobia. Manifesta quase igualmente todos os níveis de "discriminação sexual".
Allossexismo: Discriminação contra quem não é zed/allosexual. Sinónimo de "sexonormatividade".
Amatonormatividade: Crença de que ser zed/alorromântico - sentir atração romântica - é normal OU preconceito contra pessoas que não sentem atração romântica. Ver "arofobia".
Antis: Pessoas que predominam em fandoms, e geralmente distorcem conceitos para se poderem opor a qualquer coisa de que não gostam. Os tipos mais comuns são:
Anti-kink: Pessoas que consideram kinks algo impuro
Anti-shipping: Pessoas que consideram que certos ships (casais na ficção) são problemáticos, geralmente acusando-os de incesto ou pedofilia.
Anti dark-content: Pessoas que se opõe a dark-fics e obras pesadas, geralmente acusando-as de normalizar o abuso.
Anti-semitismo: Discriminação contra judeus.
Anti-sexual: Oposição a relações sexuais, ou julgar a vida sexual de outras pessoas como algo inferior/impuro/negativo. Normalmente acompanhado de "slut-shaming".
Apagamento: Invisibilização intencional de grupos minoritários onde seria natural encontrá-los, ou em conversas onde seria relevante mencioná-los. Oposição à representatividade e menção desses grupos.
Apropriação cultural: Quando uma cultura dominante se apropria de elementos de uma cultura minoritária, despojando-os do significado original.
Arofobia: Preconceito contra pessoas no espectro arromântico, ou seja, que não sentem atração romântica. Ver "amatonormatividade".
Athletic shaming: Preconceito contra pessoas que têm um corpo tipicamente atlético e musculado. Ex: "Aquela mulher tem tantos músculos que parece um homem".
Bifobia: Preconceito contra pessoas não-monossexuais, ou seja, que sentem atração por mais de um género. Manifesta principalmente "discriminação sexual" níveis 1 e 2. Ver "mononormatividade".
Binarismo: Imposição da crença ocidental de que só existem dois géneros, que devem coincidir com o sexo da pessoa, a culturas que foram colonizadas. Frequentemente considerado apenas a crença de que só existem dois géneros.
Body shaming: Envergonhar certas pessoas pelo corpo que têm.
Bullying: Ato de intimidar, agredir física ou verbalmente, ameaçar, manipular ou abusar de alguém. Normalmente as vítimas são jovens, mais fracas que os agressores e de alguma minoria.
Capacitismo/Ableísmo: Preconceito contra pessoas com deficiências/diversofuncionais.
Cisnormatividade: Crença de que ser cis, ou seja, identificar-se com o género atribuído à nascença, é normal OU preconceito contra pessoas que não são cis.
Cissexismo: Discriminação de pessoas que não são cis e/ou que não têm a expressão de género esperada. Sinónimo de "cisnormatividade".
Classismo: Discriminação de alguém com base na sua classe social. Ex: Desmerecer a opinião de alguém por ser pobre.
Colonialismo/Neocolonialismo: Imposição de valores ocidentais a culturas indígenas ou não-ocidentais, contribuindo para a perda ou degradação das mesmas.
Colorblindness: Ignorar que ainda existe preconceito etno-racial com base na noção de que "somos todos humanos". Considerar que quem aponta discriminação racial está a ser divisivo(a/e).
Colorismo: Discriminação gradualmente mais violenta quanto menos branca for a pele de uma pessoa. Em contrapartida, pessoas que não são brancas mas aparentam ser tendem a ser alvo de “apagamento”.
Crime de ódio/motivado pelo preconceito: Crimes cometidos contra vítimas escolhidas por apresentarem algum atributo minoritário. Inclui "feminicídio" e “bullying”.
Discourser: Pessoa que normalmente usa redes sociais para convencer menores de idade de que pessoas de certa identidade não têm direito a opinar sobre certo assunto, porque não as afeta/não são parte do grupo. Tendem a exagerar o conceito de lugar de fala para excluir pessoas que na verdade fazem parte do grupo em discussão.
Discriminação: Atitude adversa perante uma caraterística específica e diferente. Uma pessoa pode ser discriminada por causa da sua raça/cor/etnia, do seu género, orientação, nacionalidade, religião, situação social, corporalidade, neurotipo, etc.
Discriminação de gestantes: Tratamento diferenciado, assédio ou inferiorização de pessoas grávidas, especialmente no mercado de trabalho.
Discriminação de lactantes: Afastamento, nojo ou condicionamento de quem amamenta bebés, especialmente em público.
Discriminação marital: Discriminação de alguém por conta do seu estado civil e doméstico.
Discriminação de portadores de HIV: Tratamento diferenciado, preconceito ou afastamento de quem tem HIV por receio de contágio.
Discriminação sexual: Discriminar alguém por não ser heterossexual heterorromântique. Manifesta-se em 3 níveis: Negação da identidade (1), negação do indivíduo (2), e difamação da identidade (3) - geralmente por essa ordem, embora também se possam intersetar. Exemplos da lógica:
1) Essa sexualidade não existe [porque...]
2) Eu acredito que exista, mas tu não és [porque...]
3) Ser dessa sexualidade é mau [porque...]
Desumanização: Negar uma pessoa enquanto humana, relacionando-a a algo inferior, animalizando-a ou objetificando-a. Por exemplo:
Como é que se pode ser humano sem amar?
Ele tem um problema mental, não pode tomar as próprias decisões.
É tão cruel que parece um monstro...
Efeito halo: Avaliação influenciada pela simpatia que a pessoa avaliadora tem por quem está a avaliar. Um dos fatores que influenciam são os preconceitos, conscientes ou não, detidos pela pessoa avaliadora.
Elitismo: Crença na superioridade intelectual de certas pessoas.
Eugenia: Crença na noção de pureza ética/racial e estudo de fatores que a permitam alcançar. O termo é anterior a "genética" e contribuiu para o Holocausto.
Especismo: Crença na superioridade da espécie humana, dando-lhe direito de explorar as outras espécies.
Essencialismo: Crença de que há diferenças universais e inatas entre pessoas de determinados grupos que suportam a sua categorização, ignorando ou minimizando as diferenças entre pessoas da mesma "categoria".
Estereótipo: Generalizações e pressupostos sobre o comportamento ou caraterísticas das pessoas. Normalmente associados a pessoas de comunidades minoritárias.
Etarismo/Ageísmo: Discriminação de alguém com base na sua faixa etária.
Eurocentrismo: Visão do mundo que considera a Europa, os seus valores, história e cultura como superiores e fundamentais para o desenvolvimento da sociedade moderna.
Exclusionista: Pessoa que suporta a exclusão de certas pessoas de grupos destinados a quem é menos privilegiado, sob o argumento de que não são oprimidas que chegue. Ver "reg".
Exorsexismo: Discriminação contra pessoas não-binárias, isto é, que não se identificam 100% ou a tempo inteiro como homem ou mulher. Frequentemente confundido com "binarismo".
Feminicídio: Crime de ódio devido ao género de alguém, mais frequentemente voltado contra pessoas que apresentam caraterísticas femininas (especialmente sexo ou género). Ver "crime de ódio".
Femismo: Crença na superioridade de pessoas do género e/ou sexo feminino.
Gaslighting: Silenciamento ou manipulação da opinião de minorias sociais, especialmente pessoas afab, sob a desculpa de que estão muito emotivas, histéricas, irracionais ou mentalmente instáveis.
Gayfobia: Preconceito contra pessoas amab por sentirem atração por alguém do mesmo sexo ou por apresentarem caraterísticas consideradas femininas. Subcategoria de “homofobia”.
Gordofobia/Gordefobia: Discriminação de alguém por estar acima do considerado peso ideal - que pode variar em função do contexto cultural em que uma pessoa se insere, assim como do seu género, profissão, doenças, etc...
Gatekeeper: Pessoa que policia e exclui identidades dentro de determinado grupo minoritário, principalmente grupos lgbt+. Ex: “Assexuais não são lgbt+ porque...”. Também costuma desmerecer a intersecção entre identidades.
Heteronormatividade: Crença de que ser heterossexual heterorromântico - sentir atração sexual e romântica por alguém do "género oposto" - é normal OU preconceito contra pessoas que não são heterossexuais heterorromânticas. Ver "homofobia".
Heterossexismo: Discriminação de pessoas que não são heterossexuais heterorromânticas. Sinónimo de "heteronormatividade".
Heterossexualidade compulsória/compulsiva: Força cultural que pressiona as pessoas para estarem num relacionamento com alguém do "género oposto", e nem considera outras formas de relacionamento como opção.
Homofobia: Discriminação contra quem sente atração pelo próprio género. Manifesta-se principalmente como "discriminação sexual" nível 2 e 3. Ver "heteronormatividade".
Intolerância religiosa: Discriminação e inferiorização de determinadas crenças religiosas, ou reconhecimento de uma única religião.
Islamofobia: Discriminação e medo de muçulmanos e do Islamismo, principalmente por serem associadas a terrorismo.
Lesbofobia: Discriminação contra (pessoas percepcionadas como) mulheres que sentem atração por outras mulheres, especialmente se não sentirem atração por homens. Subcategoria de “safofobia” e de “homofobia”.
Machismo: Crença na superioridade de pessoas do género e/ou sexo masculino.
Magrofobia: Discriminação de pessoas abaixo do peso ideal.
Marginalização: Processo de se tornar ou ser tornado em alguém às margens da sociedade, longe do centro dos acontecimentos e excluído por grupos maioritários. Associado a exclusão social, cultural, política e económica.
Misandria: Discriminação ou inferiorização de homens. Ver "femismo".
Misantropia: Aversão ao ser humano, à socialização e à natureza humana.
Misoginia: Discriminação ou inferiorização de mulheres. Ver "machismo".
Mispronoun: Prática de desrespeitar intencionalmente os pronomes corretos de alguém, normalmente com o intuído de invalidar o género da pessoa.
Monogamia compulsória: Força cultural que pressiona as pessoas para que tenham relacionamentos monogâmicos ou que não considera relacionamentos poliamorosos como uma opção igualmente válida.
Mononormatividade: Crença de que ser monossexual - sentir atração por apenas um género - é normal OU preconceito contra pessoas não-monossexuais. Ver "bifobia".
Monossexismo: Discriminação de pessoas não-monossexuais. Sinónimo de "mononormatividade".
NBfobia/Enbyfobia: Preconceito contra pessoas não-binárias. Sinónimo de "exorssexismo".
Opressão: Silenciamento, inferiorização ou exerção de violência ou leis como demonstração de autoridade sobre uma pessoa, atitude ou comunidade. Algo que ocorre a nível do sistema/governo.
Panfobia/Polifobia: Discriminação de pessoas que sentem atração por todos/mais do que dois géneros. Incluído na "bifobia".
Preconceito: Juízo pré-concebido que se manifesta na forma de "discriminação", perante pessoas, crenças, preferências e comportamentos. É uma ideia formada antecipadamente e sem fundamento. É algo sistemático, ou seja, que ocorre em grande escala/repetidamente por um grande número de pessoas. Não há preconceito-inverso.
Psicofobia: Preconceito contra pessoas com transtornos/deficiências mentais e neurodivergências.
Q-slur: Abreviatura de [queer], um termo historicamente usado para ofender pessoas lgbt+ ou que não se enquadram em padrões de género. É frequentemente reclamado como atitude política, forma de empoderamento e termo guarda-chuva para várias identidades, mas como ainda magoa muitas pessoas, pode ser abreviado.
Racismo: Preconceito contra pessoas não-brancas.
REG: "Reactionary exclusive gatekeeper", pessoa que exclui alguém de determinado grupo minoritário afirmando que não sofreu o suficiente para fazer parte. Voltada maioritariamente para identidades lgbt+. Ver "exclusionista".
Safobia: Discriminação contra (pessoas percepcionadas como) mulheres que sentem atração por outras mulheres. Há quem diga que é apenas uma extensão do termo “lesbofobia” para incluir também mulheres não-lésbicas que gostem de mulheres, e há quem diga que é direcionada especificamente contra mulheres bi.
Sexismo: Discriminação com base no sexo de uma pessoa, pressão para que o género e expressão de género de alguém coincida com os que se esperam do seu sexo. Pode incluir “machismo/misoginia” ou “femismo/misandria”. Com maior incidência sobre pessoas afab, pode fomentar a objetificação, assédio e violência sexual.
Sexonormatividade: Crença de que ser zed/alossexual - sentir atração sexual - é normal OU Preconceito contra quem quem não sente atração sexual. Ver "acefobia".
Sexualidade compulsória: Força cultural que pressiona as pessoas para entrar num relacionamento sexual e romântico, com apenas uma pessoa do "género oposto". Inclui "heterossexualidade compulsória".
Slut-shaming: Envergonhar alguém por "parecer sexual", por exemplo, por usar roupas que revelam certas partes do corpo, não esconder que tem uma elevada atividade sexual ou ter kinks.
Supremacismo branco: Crença na superioridade de pessoas brancas.
Supremacista neurotípico: Crença na superioridade de pessoas neurotípicas/alistas - não neurodivergentes/autistas.
SWERF: Tipo de feminista radical, "sex-worker exclusionary/exterminatory radical feminist". Pessoa que não reconhece o trabalho de sex-workers ou que só as suporta de forem vítimas, e normalmente também faz "slut-shaming".
TERF: Tipo de feminista radical, "transgender exclusionary radical feminist". Pessoa que não respeita o género das pessoas trans e as exclui ativamente do movimento.
T-lovers: Pessoas, geralmente cis e hétero, que objetificam pessoas trans. Vêm-nas como um fetiche, desrespeitando-as enquanto seres humanos. É uma forma de "transfobia" e de "desumanização".
Tone-policing: Silenciamento das críticas de determinada minoria por falar de forma pouco calma, revoltada ou furiosa, ignorando o conteúdo do que está a ser dito em prol do tom de voz. Mais frequente contra pessoa negras.
Transfobia: Discriminação contra pessoas não-cis. Ver "cisnormatividade".
Transmeritocracia: Crença de que algumas pessoas trans são "mais trans" que outras, contribuindo para uma hierarquia onde pessoas trans que modificam o corpo, a voz e a maneira de vestir para passar por cis são as mais válidas, e pessoas não-binárias recebem pouca consideração.
Transmisoginia: Discriminação e invalidação especificamente contra mulheres trans.
Trans-trender: Termo usado para insultar pessoas trans que não sentem disforia, acusando-as de só estarem a fazer isso por moda. Trans-trender não existem, dizer isso é apenas uma ofensa.
T-slur: Abreviatura de tranny, que é um termo usado para ofender pessoas trans. O termo pode ser reclamado por uma pessoa trans, mas tal quase nunca acontece.
Trunscum: Pessoa que só admite que alguém é verdadeiramente trans se tiver disforia, e que afirma que quem se diz trans sem ter disforia só está a fazer isso por moda.
TWERF: Tipo de feminista radical, "transgender-woman exclusionary radical feminist". Pessoa que inclui homens trans e pessoas afab não-binárias no seu movimento mas tratando-as como raparigas confusas e vítimas do patriarcado, acreditando que elas se consideram trans/nb por não serem tão femininas como esperado delas. Tratam mulheres trans como homens e predadores sexuais, excluindo-as ativamente. Incluída em “TERF”.
Vitimismo: Quando uma pessoa opressora se tenta fazer de vítima.
Whitewashing: Embranquecimento. Retratar personagens e POC com a pele alguns tons mais brancos, assumir que personagens são brancas a não ser que se afirme o contrário, ou apagar pessoas não-brancas da história.
Xenofobia: Discriminação e medo do que é estrangeiro, desconhecido.
#definitions#discrimination#glossary#assertivelanguage#activism#4allies#feminism#trigger-warning#slurs#lgbt+#poliamory#racism#body-shaming#ableism
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México, enero de 2019.
Colectivo RZ.
En el marco del encuentro de Redes de Resistencia y Rebeldía que se llevó a cabo en el centro “Huellas de Memoria. Subcomandante Insurgente Pedro Cumplió” del 26 al 30 de diciembre de 2018, mujeres asistentes al encuentro se organizaron para tejerse como red y articular sus luchas contra el patriarcado, el capitalismo y el colonialismo en todo el mundo.
Reproducimos aquí el pronunciamiento que leyeron en colectivo:
Carta abierta de la Red de resistencia y rebeldía
antipatriarcal y anticolonial La Caracola
Siendo 30 de diciembre del 2018 nos dirigimos a todas, todos y todoas les aquí presentes rebeldes en lucha y resistencia. A las, los y loas compañeres del Ejército Zapatista de Liberación Nacional, al Congreso Nacional Indígena, al Concejo Indígena de Gobierno, a las redes de apoyo, a les adherentes a la 6ta, a los colectivos e individuos y a cualquier ser en resistencia en cualquier parte del mundo.
Estamos aquí presentes en voz de todas las ausentes despojadas de la vida, en esta carta abierta invocamos la fuerza de las comandantas y retomamos lo acordado en el primer Encuentro Internacional de Mujeres que Luchan, este acuerdo es vivir y nos están matando. Somos mujeres e identidades disidentes pertenecientes a las cinco mesas, que nos organizamos frente a una emergencia:
Denunciamos y repudiamos la vivencia patriarcal sistemática percibida e invisibilidad en los espacios de los encuentros y en las esferas políticas de las izquierdas rebeldes.
Consideramos urgente la real transversalidad de la lucha anti patriarcal en todos los espacios de construcción y de deconstrucción en nuestro praxis político.
Entendemos el patriarcado como un sistema de dominación, depravación, devastación y muerte, que da origen al sistema capitalista. Aquí se funda la falsa supremacía del hombre sobre la naturaleza, las mujeres, las disidencias y las infancias. Es una estructura que atraviesa todos los aspectos de la vida pública y privada, afectando en nuestras relaciones personales y políticas. No podemos seguir hablando de ser anti capitalistas sin una postura anti patriarcal.
Denunciamos la falta de praxis anti patriarcal, tanto en el plano político como en el personal. Denunciamos el silenciamiento y la invisibilidad de nuestras palabras, sentidos, propuestas, luchas y experiencias.
Ante esto exigimos a las redes de apoyo el cumplimiento de lo acordado en el primer encuentro de redes de apoyo en agosto de este año. Ya que observamos que se siguen reproduciendo las mismas lógicas patriarcales. Esta lucha no es solo de mujeres; engloba todos los cuerpos y territorios oprimidos por el sistema hetero patriarcal.
Es responsabilidad de las personas pertenecientes a las redes de apoyo, colectivos e individuos que fuimos convocados a este encuentro y considerando que tenemos el privilegio de haber sido formadoas en instituciones educativas públicas o privadas, formales o informales y o espacios políticos de pensamiento crítico, sostenidos por la explotación de todos los oprimides y resaltando el hecho de la triple opresión de la mujer, entendida como reproductiva, doméstica y laboral, es nuestra obligación abandonar nuestros privilegios para el desmantelamiento del sistema patriarcal.
Exigimos un compromiso político a todas las redes de apoyo a formarse y construirse bajo estos lineamientos.
Exigimos la abolición de la transfobia, lesbofobia, homofobia y todas las manifestaciones de desprecio explotación represión y despojo hacia cualquier forma de diversidad sexual.
Estas son nuestras propuestas:
La conformación de la red de resistencias y rebeldías anti patriarcal y anti colonial la caracola.
Apoyar la continuidad de encuentros internacionales para seguir luchando contra el patriarcado.
El sostenimiento de acciones directas en contra de feminicidios.
Generación de espacios de defensa feministas.
Abrir procesos de acompañamiento en empoderar mujeres y disidencias.
Hacer de la reproducción y el cuidado de la vida un trabajo colectivo.
La creación de espacios anti patriarcales de de-construcción y formación para masculinidades integrados y sostenidos por hombres.
Sumar nuestras luchas a las voces globales en la exigencia de la recuperación de la autonomía sobre nuestros cuerpos y territorios.
Exigimos libertad no para irnos, sino para quedarnos, movernos al lugar que queremos vivir, en la forma que nos haga sentirnos vivas, y no sobrevivientes.
Si tu lucha es por defender la vida deberás defender la lucha de las mujeres, porque nuestro dolor y rabia es un dolor que reclama vida.
Esto no se trata de que estés de acuerdo o no con la expresión de nuestro dolor, sino que el dolor de la vida expresada en distintas formas te atraviese para muerte.
Soy la caracola, hoy vine a renacer en la selva, yo me llamo con el nombre de cada mujer y sin embargo, mi nombre está por venir y no quiero decir que nací de la sexta, pero sí que le debo la vida al igual que a las caídas por darme nombre, por darme lucha, y las no caídas por darme fuerza, porque sé que estar aquí siendo quien soy, es azar al igual que haber dejado de ser quien fui, porque el sistema me ataca sin importarle mi nombre, ni el amor que pueda generar, pero a mi sí me importan mis nombres, cada uno de ellos, con acentos, silencios y hasta faltas de ortografía. Y no voy a descansar hasta haberles dado hogar en mi cuerpo, hasta no haber pronunciado cada uno de ellos.
Por todas las muertas por feminicidios
Presente
Por todas las muertas de aborto clandestino
Presente
Por todas las victimas de homofobia, transfobia y lesbofobia y otras disidencias
Presente
Por todas las victimas de comercio y explotación sexual
Presente
Por todas las victimas por la lucha por el territorio y la vida digna
Presente
Por todas las victimas de violencia sexual
Presentes
Por todas las victimas en situación de migración
Presentes
Por todas las victimas de desplazamiento forzado
Presente
Por todas las presas políticas
Presente
Por todas las detenidas y desaparecidas
Presente
Ahora y siempre
Ahora y siempre
Ahora y siempre
Por todas las que vendrán
Porque acordamos vivir
Porque exigimos ni una menos
Desde las montañas del sur este mexicano,
La red de rebeldía y resistencia anti patriarcal
anticolonial “La Caracola”
Nunca más una lucha sin nosotras
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Caroline Ricca Lee, o feminismo asiático é um movimento feminista que além de prever direito equânimes de gênero, empoderamento feminino, e libertação à estruturas patriarcais vigentes em sociedade, intrinsecamente, têm em seu cerne a galgada de:
Visibilidade, representatividade e inclusão étnica e racial;
Resgate cultural-histórico como previsão de compreensão identitária em processos migratórios e no lidar perante a flutuância diaspórica;
Luta anti-colonialista e anti-imperialista, trazendo à tona pautas como apropriação cultural, desumanização étnica através de estereótipos, xenofobia, embranquecimentos e “whitewashing”;
Busca pela decaída de estigmas sociais que prolongam situações de subserviência imposta, objetificação, fetichização, estrangeirismo, e as violências de gênero inerentes às mesmas;
Quebra na tradição do silêncio em sociedades asiáticas, que muitas vezes omite a violência doméstica, verbal e emocional, impede a denúncia, promove a impunidade e intensifica a continuidade de danos psicológicos, morais e físicos;Desconstrução do tabu existente em sociedades asiáticas e núcleos familiares perante sexualidade, orientação e identidade de gênero, na decaída da lesbofobia e transfobia, no fortalecimento de mulheres LGBT+;Auto-valorização, empoderamento racial, e positivismo corporal, na busca pela auto-estima, superando pressões por estereótipos gordofóbicos, e muitas vezes tendenciosos ao embranquecimento!
Auto-valorização e auto-amor no percurso em vivências híbridas, miscigenadas e imigrantes;Direito intransferível como mulher, antes de um corpo. Direito integral como indivíduo, antes de raça.
Caroline Ricca Lee
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"Somos mesmo anti-naturais, doentes e imorais? – um mini-manual de contra-respostas"⠀ ⠀ Demorei uns dias a digerir os comentários e as reacções às infames capas da revista Cristina. Não me chocou o conteúdo dos comentários, porque não é algo que nunca tivesse ouvido, mas chocou-me o número de pessoas que os partilham. Pessoas com sorrisos simpáticos no Facebook a desejar que eu, aliás, que nós, morrêssemos, emigrássemos ou fôssemos internados.⠀ ⠀ Acusam-nos de sermos anti-naturais, doentes e imorais. De sermos pessoas sujas e indignas.⠀ ⠀ ⠀ ⠀ A raiva foi a emoção que mais prevaleceu, mas o choque também. Apetecia-me trucidar cada comentário num português vergonhoso com perguntas retóricas, recomendações de gramáticas portuguesas e estudos científicos. Achei que seria mais saudável escrever neste espaço.⠀ ⠀ "Somos mesmo anti-naturais, doentes e imorais? - um mini-manual de contra-respostas"⠀ http://buff.ly/2uEE8yS #LGBTI #Homofobia #Lesbofobia #Bifobia #Religião #Saúde #esQrever
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Por qué espacios solo para Mujeres y Lesbianas
article published in the magazine Mujeres Preocupando n º 8
Barcelona 2008
Espacios solo para mujeres y lesbianas porque vivimos en una sociedad fálica patriarcal,construida bajo unos valores machistas que ejerce una violencia constante contra las mujeres y lesbianas. Esta opresión hacia nosotras no existe solo en la sociedad capitalista, sino en espacios dichos liberados. La repetición de los viejos esquemas machistas, la misma ideología patriarcal pero con otra cara, el tipo intelectual, activista, con un bagaje político anti capitalista anti autoritario... Aunque que este modelo tenga actitudes distintas, mas refinadas, sutiles, sigue manteniendo dotes de masculinidad clásica.
Los debates sobre violencia sexista, dentro de los movimientos sociales casi siempre fue empujado por las mujeres y lesbianas, y no por una interiorización sincera y real en los militantes acerca de la necesidad de una política feminista y al mismo tiempo, de una re-interpretación critica de la propia masculinidad.
Cuestionar la estructura social del genero, y analizar las características socio-culturales que permiten la existencia de la violencia hacia nosotras, no esta en el centro de discusión de los espacios politizados, que conlleva que en esos espacios siga habiendo una tremenda falta de consciencia sobre la estructura patriarcal,que nos atraviesa a todos y todas; relaciones de poder; agresiones; una falta de respecto hacia las respuestas contra agresiones, hecha por mujeres y lesbianas...
Es muy preocupante el nivel de tolerancia que existe en los espacios políticos delante de las agresiones; la dificultad de identificar las muchas formas de violencia hacia las mujeres, y la falta de capacidad de gestionar colectivamente este tema.
Cuando la violencia normalizada escapa de la esfera privada y no puede ser negada(a pesar de que la negación es la faceta mas usada) porque representa el estereotipo de la violencia sexista, se pone en acto las defensas o excusas. Defensas que permite borrar la respuesta social.” Estaba borracho, drogado, de broma, ella se estaba insinuando, es un buen chico, etc...para justificar, minimizar, silenciar , invisibilizar actitudes sexistas.
Estoy cansada de los discursos igualitarios, como si las cosas hubieran evolucionado tanto y que no son lo que eran. Y claro que las cosas han cambiado, pero me parece hipócrita omitir el lugar privilegiado que tiene el hombre blanco, heterosexual , de clase media dentro de la estructura social patriarcal capitalista
Y mas, se pone palos a la rueda a quien tiene ganas o iniciativas de trabajar y afrontar este tema colectivamente. Y cuando hay mujeres feministas( en un colectivo), todo lo que tiene que ver con la lucha antipatriarcal es dejado en sus manos, obviando que este trabajo político nos implica a todos y todas. Estas resistencias solo contribuyen para mantener sus privilegios, que permite la violencia sexista.
Como no existe reconciliación alguna con una sociedad/colectivo político dominado por los hombres, que contribuyen para mantener su privilegio .Que pone en segundo plano la necesidad urgente de luchar contra el patriarcado. Nosotras hemos optado por crear espacios solo de mujeres y lesbianas. Lejos de servir de espacio terapéutico femenino, los grupos de mujeres y lesbianas plantean una forma (entre muchas) de buscar estrategias para luchar contra del patriarcado.
Al margen de las instituciones y independientes de la actuación estatal, y de los valores masculinos imperativos planteamos intercambiar nuestras distintas visiones y experiencias, analizar políticamente la nuestra socialización como mujeres. Explorar diferentes maneras de hacer política, pero partiendo desde “lo personal es político”. Fomentar nuestra autonomía y poner en práctica los diferentes feminismos. Luchar en contra de la violencia histórica y cotidiana a que enfrentamos por ser mujeres. Reflexionar y debatir colectivamente acerca del genero, violencia de genero ,sexualidad, identidad, racismo, clase...
Plantear resistencia contra los estereotipos de mujer que nos son impuestos. Reconocernos como sujetas valiosas, capaces de desarrollar un sentido crítico, que no sean la queja, tan frecuente en el discurso de las mujeres. Cuestionar la heteronormalidad. Inventar otras formas de relacionarnos, que no se basen, en las relaciones de dominación y de competencia entre mujeres. Hacer visible las relaciones sexo afectivas entre mujeres, que ha estado silenciado, y cuando lo hacemos visible le damos un lugar propio y político. Hacer talleres y intercambiar conocimientos. Practicar autodefensa. Articular acciones contra el patriarcado capitalista, lesbofobia, racismo... Crear alianzas entre nosotras que compartimos la misma lucha. Crear discurso. Dar voz a lo que somos. Empoderarnos...etc
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"Quando uma mulher diz a verdade, ela está criando a possibilidade de mais verdade ao redor dela"
"Quando uma mulher diz a verdade, ela está criando a possibilidade de mais verdade ao redor dela" ~ Adrienne Rich, em Sobre Mentiras, Segredos e Silêncios
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