#amorsombrio
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lady-coruja · 1 year ago
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CORAÇÃO DE PRATA E SANGUE - CAPITULO 3 (on Wattpad) https://www.wattpad.com/1391514652-cora%C3%A7%C3%A3o-de-prata-e-sangue-capitulo-3?utm_source=web&utm_medium=tumblr&utm_content=share_reading&wp_uname=Lady_coruja&wp_originator=bZU7hxwshV%2BZdBQv42IR%2F0Fq%2Bs2IgZcPg6zQAwvrqUcyjOQPhbcrnD0E%2FX1oUrIy8IosNfeigZL8mwp0iV%2BWPSlBvnRBaMAE2iD3C3iz%2FKUWhuYrQlQScuv3jPbQUn2K Seus passos ecoavam pela rua vazia, seu corpo exausto após uma longa reunião de trabalho. O cansaço a envolvia, e ela ansiava por chegar em casa e se entregar ao merecido descanso. Mas o destino tinha outros planos para Sarah naquela noite. Enquanto ela caminhava, uma figura se aproximou lentamente da escuridão. O estranho parecia idoso, machucado e necessitado de ajuda. Movida por sua bondade e preocupação, Sarah se aproximou, seus olhos se encontrando com os dele. Foi nesse momento que ela viu a verdadeira natureza daquele homem. Seus olhos, profundos como poços de sangue, brilharam com um vermelho escarlate assombroso. Suas pupilas eram apenas um estreito traço, emanando um ar de putrefação. Antes que Sarah pudesse reagir, ele a agarrou com uma força sobrenatural e a arrastou para a escuridão. A violência que se seguiu foi terrível e inimaginável. O estranho a mordeu, rasgando seu pescoço, enquanto ela gritava de dor e desespero. O sangue escorria de seu corpo, e ela sentia o frio da morte se aproximando. Neste momento, ela fora arrancada do mundo comum e jogada em um abismo de escuridão e segredos. Ela se tornara algo além da humanidade, algo que a desafiava a confrontar seus próprios medos e descobrir a verdade por trás de sua transformação.
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thaisstefngp · 5 years ago
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Leiam por favor minha nova história no wattpad
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dayindapolar · 5 years ago
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...soledad es estar rodeado de gente y q me faltes tu... #soledad #amorsombrio
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estacaoproblema · 12 years ago
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11º - (Nunca Subestime um Demônio.) - Web LuAr - Amor Sombrio
Eu acordei cansada e assustada, ao sentar-me na cama comecei a me lembrar da noite passada, eu fiquei desesperada ao saber que ele poderia fazer qualquer coisa comigo a hora que quisesse, eu era praticamente a bonequinha dele, e se por acaso ele não quisesse mais ''brincar'' comigo? Eu seria simplesmente descartada?
–Querida, tudo bem?-Perguntou minha mãe na porta de meu quarto com uma xícara de café nas mãos.
–Mãe, você esta bem?-Perguntei preocupada por não ter a vista na noite passada.
–Porque não estaria?-Ela respondeu com cara de confusa.
–Por nada não, eu só perguntei por perguntar mesmo... -Menti.
–Sei... -Disse ela desconfiada tomando um gole de café.
–Mãe!-Chamei quando ela já ia saindo do quarto.
–Sim querida?
–A senhora ouviu ou viu algo de estranho ontem?
–Não, por que a pergunta?-Ela franziu as sobrancelhas.
–Nada não... -Forcei um sorriso.
–É melhor deixar essas suas maluquices de lado e ir se arrumar logo, hoje �� quinta feira, tem aula. -Disse ela saindo do quarto.
Eu sabia que minha mãe iria trabalhar na lanchonete e com certeza eu ficaria sozinha naquela casa, qualquer coisa poderia acontecer. Caminhei lentamente até o banheiro, escovei os dentes vagarosamente com mais preguiça do que o normal. Tomei um longo banho quente, me fez relaxar.
Depois do banho me sequei e coloquei meu uniforme horroroso, e sequei meus cabelos molhados e os penteei cuidadosamente.
Agarrei minha mochila e meus livros e desci as escadas as pressas, Chegando à cozinha, minha mãe já estava arrumada para ir trabalhar, com seu boné e seu uniforme colorido da lanchonete.
–Quer uma carona meu amor?-Disse ela pegando as chaves do carro.
–Não, a senhora já esta atrasada, eu não quero te atrasar mais ainda, eu posso ir sozinha. -Disse eu colocando um pouco de suco de morango no copo.
–Tudo bem, então tchau!-Disse ela agarrando sua bolsa e correndo porta a fora.
Bebi meu suco sem pressa, coloquei o copo dentro da lava louças e suspirei. Peguei minhas coisas e sai de casa, tranquei a porta e com um novo suspiro comecei a andar, no caminho, a rua estava deserta, lá só havia eu e o vento que soprava meus cabelos sem parar, eu andava tão distraída que nem percebi um carro me seguindo, bem, isso até eu olhar pra traz e perceber que era Arthur com sua BMW preta e brilhante, era de matar de inveja qualquer jogador de futebol mauricinho do colégio.
–Aceita uma carona?-Ele perguntou como um sorriso sínico.
–Não confio em você!-Disse enquanto andava.
–Não precisa confiar em mim, é só entrar no carro.
–Não confio em você, pra nada. -Disse com raiva.
–Alguém perdeu o medo... -Disse ele com deboche.
–Você não sabe!-Respondi com a voz áspera.
–Ai é que tá, eu sei de muita coisa. -Disse ele com um sorriso torto.
–Não me interessa. -Respondi olhando pra frente.
Ele revirou os olhos e disse com uma voz sedutora e chantagista:
–O sinal do colégio vai bater daqui a 15min será que você chega a tempo?
–Sim, eu chego. –Disse eu arrogante puxando minha franja para traz.
–Será?-Ele perguntou com cara de quem sabe mais.
Fiquei confusa na hora, tive medo que Arthur me fizesse alguma coisa, não sabia se confiava ou não, eu sabia que se eu não chegasse a tempo os portões iam se fechar e não iam se abrir mais, se eu perdesse aula com certeza a escola ia ligar pra minha mãe e perguntar o por que da minha falta, e isso faria com que ela ficasse tagarelando uma meia hora sobre educação e outras coisas chatas.
–Tudo bem... –Bufei.
–Ai está o bom senso!-Ele disse com um sorriso malicioso.
–Não tente nenhuma gracinha!-Eu disse entrando no carro meio com medo e desconfiada.
Ele bufou e me lançou um olhar entediado.
–Olha, eu acho que você ainda não sacou, eu posso fazer o que eu quiser com você, e na hora em que eu quiser... - A porta se fechou sozinha em seguida se trancou como se tivesse vida própria.
Um frio percorreu meu estomago.
–Por favor... Não faça nada comigo. -Engoli seco e me arrependi de confiar nele.
–Você é meu brinquedo agora, eu faço o que eu quiser com você. –Ele disse com a voz baixa e rouca, ele mordia o lábio inferior de um jeito provocante.
Meu coração acelerou e eu senti novamente aquela vontade louca de beija-lo, eu tinha que me controlar.
–Não tenha medo minha bonequinha assustada, prometo que vou cuidar bem de você. -Ele disse enquanto acariciava minha coxa com sua mão quente.
Eu abria a boca, mais as palavras sumiam, eu não conseguia dizer nada. Minha respiração estava descontrolada e meu coração queria saltar de meu peito, minhas bochechas já se encontravam coradas. Arthur foi subindo a mão, ela passou pela lateral de meu seio me causando arrepios. Uma parte de mim queria ser tocada e explorada por ele, mas a outra sentia medo.
Ele enrolou um dedo em uma mecha de meu cabelo e depois foi descendo a mão novamente, alisou minha bochecha e tocou meu pescoço, seu toque quente me deixou arrepiada, ele sorriu vitorioso assim que viu minha reação.
– Você é o brinquedo mais delicado que eu já tive, se eu apertasse um pouco mais seu pescoço eu o quebraria. -Arthur disse, ele olhava pro meu pescoço com um olhar meio psicótico.
–Por favor, não faça isso. -Disse com um pouco de dificuldade.
–Não implore, isso só me excita mais. -Ele sorriu percebendo meu medo.
Arthur aproximou seu rosto do meu, eu tentei recuar mas ele segurou meu rosto e aproximou seus lábios do meu pescoço.
–Uhhh... Você tem cheiro de virgem. -Ele disse com a voz rouca enquanto rosava o nariz em meu pescoço.
Eu fechei os olhos e deixei uma lágrima escorrer, eu estava prestes a ser estrupada por um demônio gostoso. Quando Arthur percebeu minhas lágrimas ele as lambeu, me deixando meio excitada e com medo.
–Seu sabor é delicioso. –Ele lambeu os lábios e depois me soltou.
Ele me lançou um sorriso torto e deu uma arrancada no carro me fazendo levar um susto.
–Você não vai me... Me...
–Estuprar? Agora não, temos muito tempo pra brincar. –Ele sorriu malicioso e acelerou.
No caminho estava tudo em silêncio, ninguém deu um pio, mas eu como sempre muito curiosa, não consegui me segurar.
–Posso te fazer uma pergunta?–Puxei uma mecha de cabelo pra traz do cabelo.
–Hã... Pode. -Ele disse serio olhando para a estrada.
–Quantos anos você tem?
–Tenho... 342. -Disse ele me analisando.
–Tudo isso?
–Tudo isso. -Disse com normalidade.
–Isso quer dizer que você nasceu em... em...
–1670. -Respondeu ele com um sorriso torto.
–Nossa... -Respondi indignada.
–Demônios precisam comer?-Perguntei.
Ele me encarou por um tempo e perguntou:
–O que você acha?
–Não sei. –Fiquei com as bochechas coradas.
–Não precisamos comer se não quisermos, mas é divertido arrancar o coração das pessoas e depois come lós. –Arthur disse friamente.
Fiquei calada até surgir outra pergunta em minha cabeça:
–Posso te fazer mais uma pergunta?
–Não... -Disse ele cansado de perguntas idiotas.
–Por favor, é a ultima.
–Ok, a última.
–Você trabalha pro Diabo?
–Trabalho para a morte, recolho almas para ela.
Fiquei um tempo calada, mas logo achei outra duvida em minha cabeça, a agenda misteriosa que Arthur tanto escrevia nas aulas. Ela estava no banco de traz, eu mordi os lábios enquanto a encarava, eu pensava comigo mesma “você precisa saber o que tem dentro dela, certamente deve ter algo muito interessante.”.
Eu não aguentei de tanto mistério, aquilo estava me corroendo de curiosidade, eu soltei um suspiro e agarrei a agenda e a puxei para min.
–Posso ver?-Perguntei a ele.
–É melhor não. -Avisou ele.
Sem pensar duas vezes eu a abri, dentro haviam folhas amareladas, limpas, sem nada.
–Mas... Não tem nada. –Disse com cara de confusa.
–Tem sim, só que você não pode ver. –Ele disse serio.
–Então me mostre. –Forcei um sorriso, ele percebeu e revirou os olhos.
–לחשוף את מה שמוסתר. –Arthur disse em hebraico.
Olhei paras as folhas vazias, palavras começaram a surgir em letra elegantes. Depois de um tempo percebi que eram nomes enfileirados, nomes de mulheres e de homens, muitos deles estavam riscados com caneta vermelha.
–Nomes?–Fiz uma careta.
–É. -Disse ele virando em uma esquina.
–Por que nomes?
Ele ficou ali sem responder só me encarando em silêncio, esperando minha ficha cair, foi quando eu vi em uma das ultimas páginas o nome das garotas assassinadas no colégio.
–É o nome das pessoas que você já matou?-Disse folheando a agenda e vendo nomes e mais nomes riscados.
–A ficha caiu?-Ele perguntou com a voz áspera e a expressão séria.
–Isso é tão errado... Aqui deve ter uns 1000 nomes, como pode matar todas essas pessoas inocentes?-Perguntei indignada.
–Você é tão... Ingênua, se achava que eu era um demônio bonzinho, que com o passar do tempo vai ser seu melhor amigo, e que vai acabar criando asas, pode esquecer!-Disse ele arrogante.
–Não acredito que seja assim, você deve ter coração, eu sei que tem. -Disse com a voz de choro e com os olhos cheios de lágrimas.
Ele parou o carro bruscamente e me lançou um olhar frio, seus olhos ficaram vermelhos e então ele disse com a voz áspera:
–Você não sabe de nada, não sabe como eu sou de verdade, não sabe da minha vida, se é que estou vivo.
–Sei que você não é assim. -Repeti o encarando.
–Ainda não sacou o que eu sou não é?
Fiquei ali calada tentando segurar as lágrimas.
–Não sou como você, não sou humano, Lua Blanco, eu mato pessoas, e me orgulho disso, gosto de vê-las sofrer, implorar por suas vidas insignificantes, e no fim, recolher a alma delas e apreciar o corpo vazio e sem valor, mutilado e jogado no solo frio.-Disse ele com uma voz fria e ameaçadora.
–Como pode ser tão frio? Eu acredito que ainda há esperança em você, sei que não é assim.
–Quer que eu te prove?
Eu fiquei calada o encarando, eu não acreditava que ele realmente fosse fazer alguma coisa, Nesta hora uma moça de cabelos longos e loiros passava ao lado do carro carregando três sacolas de compras, Arthur a acompanhou com os olhos e depois olhou pra mim e deu um sorriso maligno, seus olhos passaram de vermelhos para completamente pretos e brilhantes.
–Não faça isso. -Implorei segurando seu braço.
–Quer uma prova? Eu vou te dar uma prova. -Ele disse antes de sair do carro.
Eu tentei sair do carro, mas as portas não queriam abrir de jeito nenhum, certamente Jeyson estava as controlando.
–Arthur, não faça isso!! -Gritei, mas ele continuava a caminhar em direção a moça.
Quando ela o viu já era tarde de mais, ele a agarrou pelo pescoço e a levantou do chão, o máximo que a moça conseguia fazer era balançar as pernas e ficar roxa.
–Não faça isso, por favor!! -Gritei mais ele não parava.
De repente à porta se abriu sozinha, eu pulei para fora do carro e tentei correr até lá, mas já era tarde, não havia mais nada a ser feito, nada que eu pudesse fazer. Arthur inclinou a cabeça de lado e ficou a observar a moça se contorcer sem parar, ele começou a apertar mais seu pescoço, foi quando eu ouvi um barulho de estralo, o pescoço da moça havia quebrado.
Arthur encostou a mão no peito dela e puxou de dentro do corpo uma bola de luz branca meio azulada, ele a transportou para dentro de si. Depois que o corpo já estava vazio e sem valor Arthur abriu a mão, deixando a moça cair no chão, eu pude ouvir o som da cabeça dela batendo violentamente no solo.
–Isso e prova o bastante? -Ele perguntou com frieza.
Virei-me rapidamente, ele estava atrás de mim, ele fora tão rápido que eu nem percebera seus movimentos. Eu apenas fiquei lá calada, parada no lugar sem me mover, eu sentia lagrimas escorrerem de meus olhos, como Arthur pode acabar com a vida daquela moça tão rápido é com tanta frieza?
–Seu monstro, como pode?! -Gritei, eu o empurrei, mas ele não saiu do lugar.
Tentei lhe dar um tapa mais ele foi mais rápido, segurou meu pulso e o apertou, estava doendo muito, mas eu não queria demonstrar dor.
–Me poupe de lágrimas e de tentativas inúteis de me bater, não vai funcionar. -Ele disse com uma voz áspera e com um olhar frio de que não se importa com a vida.
 לחשוף את מה שמוסתר: Revelar o que está escondido
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estacaoproblema · 12 years ago
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10º - (Por Traz da Máscara...) - Web LuAr - Amor Sombrio
–VOCÊ TEM MEDO AGORA?!-Gritou o demônio.
Meu medo era tanto que eu nem me movi, só fiquei ali parada com os olhos arregalados analisando cada parte daquele rosto horrendo. De repente o demônio começou a mudar de forma até ficar com a forma de um humano, mas não qualquer humano era o... Arthur, ele usava uma roupa toda preta, camisa preta, jaqueta preta, e uma causa preta. Seus olhos estavam vermelhos, e ainda brilhavam no escuro.
– Arthur é você?-Perguntei surpresa.
–Pois é... Vamos poupar explicações e ir direto ao ponto!-Disse ele com um sorriso de lado.
–Você sabe de mais, Lua Blanco... Pessoas que sabem de mais, acabam se dando mal, muito... Mal. Eu ainda estava imóvel encarando aquele belo rosto que tinha um olhar sedutor e ao mesmo tempo maligno.
–Vamos acabar logo com isso, estou louco para que sua alma faça parte da minha coleção. -Disse ele fazendo aparecer uma adaga em sua mão.
Eu não tinha certeza se ele podia ou não me ferir então eu apertei o colar com força e fiquei a esperar, ele me encarou com a cabeça inclinada, e com um piscar de olhos fez a adaga se erguer em sua mão, ela rodopiava vagarosamente, a adaga parecia ter vida própria.
Arthur fez com que ela ficasse apontada em minha direção, eu fechei os olhos e contrai os lábios, uma lágrima escapou e percorreu todo meu rosto até cair no chão, eu só pude senti um ventinho, depois o som da adaga caindo no chão, eu abri os olhos bem de vagar com medo do que podia ver, Arthur estava me encarando meio confuso, meu medo sumiu.
–O que você fez?-Ele perguntou com uma voz áspera.
–Não é da sua conta... -Eu disse confiante.
–Olha só, alguém perdeu o medo... -Ele disse com uma voz de deboche.
Seus olhos avermelhados percorreu cada centímetro de meu corpo, da cabeça aos pés, foi quando ele avistou o colar em minha mão, ele deu um lindo e maligno sorriso torto.
–Porque não me entrega o colar?
–Por que não tenta pegar?-O desafiei.
–Porque não sou burro, minha tentativa seria inútil. -Disse ele se aproximando de mim vagarosamente.
–Que pena... –Retruquei.
–Parece que terá que me entregar por livre e espontânea vontade... -Disse ele com uma voz sarcástica.
–Pra que? Pra você me matar depois?
–Se você for boazinha eu posso até pensar no seu caso... -Disse ele com um sorriso sarcástico no rosto.
–Me esquece!-Disse com uma voz áspera.
–Te esquecer? Vai ser difícil eu me esquecer desse seu rostinho lindo, ainda mas quando ele estiver todo deformado e encharcado de sangue. -Retrucou ele com uma voz ameaçadora.
–Não pode me machucar... Não vai conseguir o colar. -Disse com um pouco de medo.
–Sinto o cheiro do seu medo... -Ele disse de olhos fechados.
–Não vai conseguir... -Repeti apertando o colar contra meu peito.
–Eu sempre consigo o que quero... Por bem, ou por mal. -Disse ele com uma voz sedutora.
Ele se aproximou de mim bem devagar, quanto mais ele se aproximava mais eu me afastava, me esquivei até ficar sem saída, ele me imprensou contra a parede e sussurrou em meu ouvido com sua voz sedutora:
–Ainda pode desistir...
–Não vou... Te entregar o colar.-Eu disse ainda tentando me esquivar dele.
Senti seus lábios quentes e macios em minha bochecha, ele me beijou levemente, seus lábios foram descendo ate chegarem ao meu pescoço, seu hálito não cheirava mais a carniça, mas tinha um leve cheiro de sangue, fiquei tremula e arrepiada da cabeça aos pés a cada toque de suas mão quentes.
–Não vai adiantar... -Disse tremula.
–É o que vamos ver... -Disse ele com sua voz sedutora novamente.
Ele começou a mordiscar minha orelha fazendo minha respiração ficar ofegante, meu corpo começou a amolecer, suas mãos apertavam minha cintura por baixo da camisa.
–Pare com isso... -Sussurrei meio fraca.
Ele segurou meu rosto em sua mão e lambeu minha bochecha com sua língua quente e macia.
– Seu gosto é doce... –Ele sussurrou em meu ouvido.
–Me deixa e paz. –Disse de olhos fechados, tenho que admitir que eu não queria parar, seu calor, seu cheiro, era tudo tão... Delicioso e proibido.
–Shiii... Não resista... -Sussurrou, deslizando os lábios ate meu maxilar e o beijando com volúpia.
Sua boca chegara bem próxima a minha, tanto que eu podia sentir seu halito delicioso, seus lábios estavam entre abertos, se aproximavam cada vez mais dos meus, eu estava louca para provar do fruto proibido.
Minhas pernas ficaram bambas e minhas mãos fracas, quando ele percebeu, sua mão foi escorregando bem de vagar pela minha cintura até chegar ao meu pulso.
–Pare... -Sussurrei meio fraca.
–Não resista... -Ele levantou meu pulso e o imprensou na parede, escorregou seus dedos para dentro de minha mão e puxou bem de vagar o cordão do colar, eu não pude fazer nada, era como se eu tivesse anestesiada da cabeça aos pés.
–Agora já chega de brincadeiras!-Ele disse com o colar na mão.
Ele se afastou de mim, me fazendo cair no chão por causa das minhas pernas bambas.
Eu vi o colar se desfazer aos poucos na mão dele, foi se derretendo até não sobrar nada dele.
–Ops... Eu acho que fiz de novo. -Disse ele com um sorriso torto e uma voz de sarcástica.
–Sempre faz isso com as mulheres?-Perguntei meio ofegante.
–Às vezes, quando quero alguma... Coisa. -Disse ele com um sorriso malicioso.
–Vai me matar agora?-Ficando de cabeça baixa.
Ele caminhou até mim e se agachou na minha frente, e com um dedo em meu queixo ele levantou meu rosto bem de vagar, e com uma voz sedutora ele disse:
–Seria bem divertido ouvir seus gritos e ver você sangrar até a morte, mas... Sua fragilidade me encanta, vamos ver por quanto tempo eu posso te manter viva, por livre e espontânea vontade.
Eu o encarava com um olhar de quem ia chorar, estava me segurando para não deixar nenhuma lágrima escapar.
–Vamos jogar um jogo, tá legal?-Ele perguntou.
Eu apenas balancei a cabeça dizendo que sim.
–Vai ser assim, se você não me obedecer, você morre, e se por acaso contar para alguém o que eu sou, você morre, e se eu me cansar de você, já sabe o que acontece. –Arthur disse tranquilamente, sua voz era tão tranquila que nem parecia ser uma ameaça.
Eu não conseguia mais segurar, minha coragem meu auto controle... Tudo foi embora junto com as lágrimas que escorriam de meu rosto.
–Não chore... Vai ser divertido, prometo que quando chegar sua hora não vai doer muito. -Disse com sarcasmo e com um olhar de quem se diverte com o sofrimento dos outros.
–Está mentindo!
–Sim... Não... talvez... –Ele deu um sorriso torto.
Comecei a sentir uma forte tontura, meu corpo ficou pesado e a última coisa que eu ouvi foi:
–Boa noite Luh...
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estacaoproblema · 12 years ago
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9º - (Quando o Medo Consome...) - Web LuAr - Amor Sombrio
Após o jantar fiquei uma meia hora ouvindo minha mãe tagarelar algo sobre seus pratos quebrados, eu apenas lançava um olhar sério e dizia “pois é...”. Pra tudo o que ela falava.
Quando ela finalmente parou de falar eu soltei um suspiro de alivio e subi as escadas em direção ao banheiro, escovei meus dentes e prendi meus cabelos em um rabo de cavalo, o calor daquela noite estava insuportável, Woold Rainy não era sempre frio, seu clima nunca foi estável, ninguém sabia ao certo quando ia fazer calor ou quando ia fazer frio, era sempre uma surpresa. Vesti uma camiseta larga e calcinha de renda, caso o calor aumentasse, deitei-me em minha cama e fiquei um tempo ali só ouvindo as corujas que ficaram a noite toda grunhindo de cima de uma arvore seca. –Tudo bem querida?-Perguntou minha mãe aparecendo na porta.
–Tudo... Só estou sem sono.
–Então, boa noite meu amor. -Disse ela fechando a porta de meu quarto com um sorriso doce.
Virei-me para o lado e aconcheguei minha cabeça no travesseiro, meus olhos começaram a pesar e o sono finalmente me alcançou, eu estava certa de que aquela noite seria normal, mas me enganei.
Por cerca de 00h30min um barulho que vinha do andar de baixo me acordou, sentei na cama e passei a mão na cabeça, ainda tremula de sono me levantei e caminhei até o cabide, agarrei meu roupão preto e desci as escadas lentamente.
Quando cheguei ao último degrau ouvi o barulho mais uma vez, era como se tivesse alguém arranhando a parede com as unhas, era como se fosse um animal. De repente surgiu um barulho diferente, vinha da cozinha, era como se estivessem batendo as unhas uma de cada vez na pia, corri até lá e com um movimento rápido acendi a luz, e para meu alivio era apenas a torneira pingando. Já ia subindo as escadas de volta pensando comigo mesma "É apenas sua imaginação, volte pra cama.".
  Quando a TV liga sozinha, o canal estava cheio de chuvisco, eu fechei os olhos e dei um suspiro, me dava preguiça só de pensar que eu teria que descer até o andar de baixo novamente só por que a porcaria da TV havia ligado. Quando desci as escadas de novo para desligar a TV, percebi que ela estava desligada, um silêncio rondou a casa toda, até as corujas que costumavam grunhir estavam caladas, de repente o medo me consumiu, respirei fundo e disse para mim mesma em voz baixa:
–Esta tudo bem, tudo bem.
  Mas não adiantou, eu continuava com medo, fui andando de costas até minha mão encontrar a coluna da escada, quando isso aconteceu eu corri o Máximo que pude em direção ao quarto de minha mãe, as luzes do corredor piscavam freneticamente, "ELE ESTÁ AQUI", Eu pensei comigo mesma enquanto abria desesperada a porta do quarto da minha mãe.
–O que foi meu anjo você parece estar com medo... 
–Mãe? –Sim querida. -Respondeu com uma voz doce.
A voz vinha de um canto escuro do quarto.
–Venha cá meu amor... Abrace-me...
Eu me recusei a ir em direção ao escuro, eu só conseguia ver sua sombra em uma parte iluminada na parede, era à sombra de minha mãe, mas eu tinha medo de que não fosse ela.
  –VENHA CÁ MEU BEM... -Disse, mas agora a voz era grossa e rouca.
  Sua sombra foi aumentando até ficar quase do tamanho da porta, o demônio era magro e tinha no topo da cabeça dois enormes chifres, seus braços eram compridos e faziam um barulho de ossos estralando quando se mexiam, suas mãos tinham compridos dedos pontudos, e no lugar de seus pés havia patas de cavalo que faziam barulho de ferradura a cada passo.
  –O que você quer?-Disse eu com voz de choro.
  A criatura apontou seu dedo ossudo e comprido para mim, eu abri à porta as pressas e corri para o meu quarto, tranquei a porta dando milhares de voltas na chave, corri até a gaveta e joguei toda a papelada e a tranqueira que tinha lá no chão até achar o colar que a feiticeira havia me dado, quando me virei, dei de cara com ele, mas estava tão escuro que eu só podia ver seus olhos vermelhos brilhando.
–Eu não tenho medo de você!! -Eu gritei.
Ele deu um grunhido feros que fez minhas pernas tremerem, meu coração ficou acelerado a ponto de sair pela boca quando eu vi sua cara horrenda e seus enormes dentes pontudos e amarelados, seu hálito tinha cheiro de carniça.
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estacaoproblema · 12 years ago
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8º - (Garoto misterioso) - Web LuAr - Amor Sombrio
Acordei meio atordoada e ao olhar ao meu redor constatei que realmente tudo não passara de um sonho.
–Tudo bem garota?-Perguntou a enfermeira ao meu lado.
Com a visão meio embaçada eu forcei minha vista e pude ler seu crachá: “Marta”, era seu nome. Eu me sentei na cama meio zonza e com a mão na testa eu perguntei:
–Por quanto tempo eu dormi?
–Por umas quatro horas... -Disse em um tom de voz tranquilo.
–Quatro horas? Mas como?-Disse estranhando.
–Calma... Tudo bem!
–Mas minha mãe vai ficar preocupada eu tenho que ir... -Disse me levantando.
–Calma! Já informamos sua mãe, ela está vindo te buscar.
Senti-me, mas tranquila em saber que minha mãe já sabia de meu caso e que não ia ligar para policia como ela fizera da ultima vez que me atrasei pro almoço, mas por outro lado ela ia ficar louca comigo por eu não ter contado sobre o machucado, e com certeza ia ficar tagarelando sobre o quanto ela se preocupava comigo e que eu tenho que contar tudo para ela.
A enfermeira colocou os óculos e disse em uma voz doce e suave:
–Agora vamos ver está mão. -Ao dizer isso ela pegou minha mão com cautela e puxou com cuidado o esparadrapo com marcas de sangue seco, ao tirar completamente o esparadrapo veio à surpresa, minha ferida sumira completamente, deixando apenas uma fina cicatriz no lugar, eu sorri ao constatar que o sonho com a feiticeira não era apenas um sonho, e sim uma visita que ela fizera.
–Mas como? Estava aqui, eu sei que estava. -Disse ela dando passos para traz e esbarrando nas coisas.
Eu me levantei peguei minha mochila e sai correndo dali, deixando a enfermeira parada com cara de espanto. Caminhando lentamente pelo corredor pude ver as salas vazias e um silêncio tomar conta do ambiente, de repente eu senti como se alguém tivesse me empurrado, eu cai no chão de joelhos apoiando as mãos no chão, recolhi meus livros que saltaram de minha bolsa, me levantei e olhei para traz para ver se realmente alguém havia me empurrado de propósito, a única coisa que eu via era o faxineira passando um pano molhado no chão, suspirei com um sorriso e pensei comigo mesma, ''aquele senhor esta tão longe de mim, não pode ter sido ele, eu devo ter apenas tropeçado sozinha''.
Virei-me para frente novamente e comecei a andar lentamente em direção à saída, estava distraída curtindo aquele silêncio todo e o som dos pássaros do lado de fora, quando eu ouvi um grunhido de dor, quando me virei o faxineira não estava mas lá, seus materiais haviam caído no chão, seu esfregão estava largado em um canto, e o balde com água havia tombado e enchido o corredor.
Engoli seco e senti o mesmo calafrio que sentira quando passará no portal das almas perdidas. Quando me virei, levei um susto e dei um pulo pra traz, Arthur estava parado ali na minha frente, me encarando com seu olhar de deboche, como se estivesse rindo por dentro.
–Tudo bem com você?-Perguntou ele.
Eu ouvira sua voz pela primeira vez, era grave, linda, sedutora, romântica... Mas isso não diminuirá meu medo, eu ainda sentia uns calafrios e um mau pressentimento.
–Você parece estar com medo. -Disse ele dando um lindo e encantador sorriso de lado.
–Eu... Eu não estou com medo, só... Assustei-me com, você. - Puxei uma mecha de cabelo pra trás e engoli seco.
Ele me lançou um olhar sério com aqueles perfeitos olhos castanhos esverdeados, eu parecia hipnotizada, não conseguia tirar os olhos de seu belo rosto.
–Posso ver sua mão?-Perguntou ele estendendo sua mão.
–Hã... Pode... –Falei sem entender por logo ele queria ver minha mão.
Ele pegou minha mão com delicadeza, sua pele era muito quente.
–Sua mão tão macia. –Disse ele passado o polegar nas costas da minha mão.
Ele me lançou uma rápida olhada, depois virou minha mão, e com um sorriso sarcástico disse como se fosse normal:
–Vejo que sua mão cicatrizou rápido.
Eu fiquei em silêncio, não conseguia pensar em nada para dizer, então eu só balancei a cabeça positivamente.
–Mas... Como se machucou mesmo?-Ele perguntou com um olhar de quem já sabia a resposta...
–Eu... Eu me cortei. -Disse engolindo seco.
–Mas... Do jeito que estava esta manhã, não parecia um corte.
–Eu... Queimei. -Menti.
–Sei... -Ele deixou um riso escapar. –Eu acho que você tem que tomar mais cuidado, quem meche com o fogo, se queima... -Disse ele com uma voz sombria, como se ele estivesse me ameaçando.
Ele olhou no fundo de meus olhos e inclinou a cabeça para o lado como se estivesse me analisando, depois com uma voz macia e sedutora ele disse:
–Preciso ir.
Quando ele passou por mim, senti um calafrio percorrer cada centímetro de meu corpo até chegar a minha nuca, quando já estava atrás de mim eu o ouvi sussurrando:
–Bons sonhos, Lua...
Virei-me para perguntar se ele havia dito alguma coisa, mas... Ele não estava mais lá, havia sumido do nada, o corredor estava novamente vazio, então eu me virei pensativa e comecei a andar novamente.
Finalmente eu tinha saído da escola, eu senti o ar fresco e os pássaros cantarolando, eu olhei para o estacionamento e o carro da minha mãe estava estacionado, bufei sabendo o que ela ia falar caminhei até o carro, chegando lá minha mãe, Maria Claudia, estava sentada no banco me esperando ansiosa, quando me viu deu um grito de felicidade, saltou do carro e me apertou em um abraço.
–Mãe! Eu estou bem!-Disse puxando uma mecha de cabelo pra traz da orelha.
Mas ela continuava a me apertar.
–Ai meu amor, você esta bem mesmo?-Ela me olhava nos olhos.
–Eu to bem... Não se preocupe. -Eu disse sorrindo pra ela.
Não adiantou dizer que eu estava bem, assim que entramos no carro ela começou a tagarelar dos montes como eu previra.
Assim que chegamos a casa ela disse mais calma:
–Vá tomar um banho meu amor, eu vou preparar a janta.
–Mas e seu emprego, você vai faltar?
–O emprego que se dane, você é mais importante. -Eu achei aquela frase um tanto exagerada, mas fiquei feliz em saber que ela apesar de não me dar muita atenção me ama, e se preocupa muito comigo.
Já no segundo andar me preparando para o banho a ouvi gritar:
–Quem quebrou meus pratos de porcelana?
Eu tapei a boca para não rir e entrei no banheiro as pressas antes que me culpasse.
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estacaoproblema · 12 years ago
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7º - (Reencontro com a Cigana) - Web LuAr - Amor Sombrio
Acordei tonta e confusa, estava em meu quarto, eu não ouvia nada em lugar algum, a casa estava completamente em silêncio.
Desci a escada rapidamente meio desconfiada com aquele silêncio todo, ao chegar ao ultimo degrau ouvi um som de pratos sendo quebrados.
–Quem está ai?-Disse levando um susto.
Ao dizer aquilo um vulto negro passou por cima de meus pés, dei um pulo para traz caindo sentada no terceiro degrau, me levantei de pressa e corri para cozinha, chegando lá me apoiei na pia e fiquei um tempo lá só tentando me acalmar para não entrar em pânico, agarrei uma frigideira e fui a passos lentos até a sala.
–O que planeja fazer com a frigideira? -Disse uma voz feminina vindo de traz de mim, aquela voz era familiar.
Fiquei parada feita estatua com os olhos arregalados.
–Que... Quem e você?-Disse respirando fundo.
–Não reconhece minha voz, Lua?-Parecia a voz da cigana, então me virei rapidamente largando a frigideira no chão, mas lá não tinha cigana alguma.
–Onde você está ciga...
–Pode me chamar de Kasandra, é meu nome. -Ela disse elegantemente.
Virei-me, mas ela não estava lá.
–Apareça logo!-Disse zangada.
–Estou aqui!-Disse ela.
Quando me virei levei um susto ao ver que invés da cigana havia uma gatinha preta com olhos brilhando.
–Cigan... Quer dizer Kasandra?-Perguntei confusa.
Ela apenas balanços a cabeça dizendo que sim, e depois pulou no sofá sentando-se elegantemente.
–Mas... Como você, um gato?-Disse me atropelando com as palavras.
Uma fumaça roxa a cobriu, só conseguia ver sua sombra de gato ir evoluindo aos poucos, quando a fumaça sumiu a gatinha havia se transformado na cigana novamente.
–Mas como... Você fez isso?-Arregalei os olhos e dei um passo pra trás.
–Posso me transformar em qualquer animal.
–Qualquer um?-Perguntei.
–Qualquer um!-Ela respondeu com um sorriso.
–Então você não é uma cigana, é?
–Sou uma feiticeira para ser exata, e vim até você porque vi que está com sérios problemas.
–Como soube?
–Preciso responder ou você ainda não sacou que sou uma feiticeira talentosa... -Disse ela sorrindo.
–Des... Desculpe-me. -Disse de cabeça baixa com o rosto avermelhado de vergonha.
–Não se desculpe garota, estou apenas brincado com você. -Disse ela se levantando do sofá com um sorriso doce no rosto.
–Bem, mas e melhor falarmos sobre o seu problema, sei que anda tendo pesadelos.
–Bem... Eu...
–Primeiramente, não foi um pesadelo, você simplesmente passou por um portal. -Me interrompeu.
–Que tipo de portal?-Perguntei assustada e surpresa.
–Ele se chama portal das almas, e um lugar pra onde as almas vão quando são roubadas, quando não pertencem a ninguém, quando estão perdidas, e o lugar cujo, a esperança morreu, e o lugar onde os sonhos são esquecidos.
–Mas como fui parar lá?
–Um guia te levou até lá, na verdade não era pra você ter voltado, era pra você não ter acordado.
–Então porque acordei?
–Porque alguém permitiu que você voltasse.
–Quem?
–Quem, tá ai o problema, eu não consegui ver.
De repente ela encarou minha mão e olhou para mim com as mãos na cintura, queria uma explicação.
–Hã... Isso, eu acho que me feri enquanto voltava de lá. -Fiz uma careta.
–Deixe-me ver isso. -Disse ela seria.
Estendi minha mão e ela analisou com cuidado, depois falou:
–Ainda bem que eu cheguei a tempo.
–Por que, o que teria acontecido?
–Você simplesmente apodreceria por completo em cerca de algumas semanas.
Fiquei calada só observando Kassandra puxar de dentro de seu top vermelho um pequeno vidrinho com um líquido preto, ela pingou uma gota na minha ferida e ela sumiu em alguns minutos, deixando no lugar um risco bem fino como se o machucado não tivesse passado de um corte.
–O que faço com relação ao demônio?-Disse de cabeça baixa arrependida por ter duvidado de Kassandra.
–Bem... É só usar o colar que te dei, aposto que já o esqueceu na gaveta.-Ela disse guardando o frasco no top.
–Eu achava que não era preciso.
–Bem, preciso ir. - Disse ela estralando os dedos.
De repente tudo começou a escurecer e com a escuridão tudo ia sumindo vagarosamente, inclusive Kasandra.
–Espere, aonde vai? Porque tudo está ficando escuro?-Eu perguntava assustada.
Seu corpo já havia sumido completamente, eu só via seus olhos de gato brilharem no escuro seguida de sua voz.
–Você esta acordando... Isso e um sonho... -Ela disse com uma voz baixa e doce.
Sua voz foi sumindo e se transformando em eco, meu corpo foi sendo engolido pelo escuro, começando dos pés e foi subindo, comecei a me desesperar e com um grito eu acordei completamente assustada e com meus ouvidos zunindo, quando parei de gritar, percebi que realmente era um sonho, eu estava na enfermaria.
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estacaoproblema · 12 years ago
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6º - (Literalmente, Sangue em minhas mãos!) Web LuAr - Amor Sombrio
As coisas só pioraram depois daquele pesadelo, qualquer barulho à noite me tirava o sono, gotas de água que batiam na pia, galhos secos que batiam violentamente na janela de meu quarto ou até o gato preto da vizinha que miava sempre na mesma hora me deixando apavorada. Minha aparência com algumas noites não dormidas ficara horrível, minha pele estava pálida, e meus olhos cansados com algumas olheiras indesejadas.
Sempre que arriscava fechar os olhos para dormir o mesmo pesadelo me atordoava, a cigana, a garotinha, a cidade pegando fogo... Eu fizera um arranhão na mão tentando me segurar em um galho em meu pesadelo, e o estranho era que eu acordara com igual, tentei não pensar muito naquilo, mas a cada vez que eu tentava esquecer, o machucado amanhecia pior, parecia que ele sugava minha energia, quanto mais ele piorava eu piorava junto, eu amanhecera cada vez mais cansada.
As aulas voltaram no inicio de Abril, quando a escola resolveu reforçar a segurança com câmeras de última geração e seguranças que mais pareciam armários espalhados por toda escola, mesmo com tudo isso eu ainda estava insegura e confusa pois não sabia se acreditava na cigana ou na lógica de que demônios e outros seres sobrenaturais não existem, eu tentava ignorar tudo e seguir minha vida normalmente com medo de acabar louca. A escola estava triste com um ar melancólico, pessoas chorando por toda parte, líderes de torcida se abraçando nos corredores, havia algum alunos chorando aos pés de uma mesa com fotografias dos alunos assassinados.
A única pessoa que parecia normal com todo aquele sofrimento tristeza e magoa na escola, era Arthur Aguiar, que por mais estranho que pareça eu tinha a impressão de que ele estava mais bonito, seus cabelos castanhos estavam mais brilhantes, sua pele branca e pálida não estava mais tão pálida como antes, mas em seus lindos olhos castanho esverdeados ainda faltava emoção.
–Tudo bem Lua? Parece desligada do mundo. -Disse Mel interrompendo meus pensamentos.
–Tudo eu só...
–O que é isso na sua mão você se cortou?-Interrompeu-me, mas uma vez com uma expressão de surpresa.
–Não é nada eu só me...
–Não é nada? Como não é nada? Da para ver o sangue escorrer entre o esparadrapo!
Foi quando eu olhei para minha mão e levei um grande susto ao constatar que minha mão realmente estava sangrando muito.
–Mas como? Não sangrava tanto assim hoje cedo. -Disse eu, vendo meu próprio sangue pingar no chão do corredor.
–Temos que ir pra enfermaria é muito sangue!-Disse Mel desesperada. Der repente começou a se formar um circulo de pessoas curiosas em volta de mim e Mel, tinham expressão de surpresa, medo, nojo, desespero.
–Alguém leve ela para enfermaria!! -Alguém gritou.
Mas ninguém se movera do lugar, eu fiquei com as bochechas coradas e o rosto quente de vergonha, quanto mais eu desejava não estar ali mais sangue saia de minha mão, era inacreditável a pequena possa de sangue que se formava no chão, era um exagero para um pequeno arranhão.
Meus olhos percorreram a multidão de curiosos e sem querer encontraram Arthur espiando de longe meu sofrimento, em seus lábios um sorriso maléfico como se estivesse se divertindo com minha situação.
Meu machucado logo começara a doer de mais, tanto que um grito de dor saiu do fundo de minha garganta por eu não suportar aquilo que mais parecia uma tortura, era como se estivessem queimando minha mão.
Arthur continuava lá, mas agora sem sorrir apenas com a cabeça inclinada de lado observando minha dor de longe. As faixas que cobriam meu machucado ficaram encharcadas de sangue e acabaram se soltando e caindo no chão, todos em volta inclusive Mel se calaram e ficaram a observar minha mão que continuava a sangrar, até eu me assustei e fiquei sem voz, no lugar daquele pequeno arranhão agora havia um grande buraco onde a minha carne estava completamente vermelha e com bolhas, parecia que eu tinha queimado.
–O que é aquilo?-Ouvi alguém cochichar.
Olhei para Arthur apavorada, ele me lançou um olhar de satisfeito, virou as costas e foi embora, depois disso senti uma forte tontura e uma dor de cabeça.
–Lua, olha pra mim! -Ouvi Mel gritar desesperada enquanto segurava meu rosto.
Só me lembro de ver pessoas vindo me ajudar, acho que eram professores, não consegui ver o rosto delas, já estava tudo embaçado, depois disso eu apaguei totalmente.
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estacaoproblema · 12 years ago
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5º (Pesadelos Estranhos) - Web LuAr - Amor Sombrio
Naquela noite fui dormir pensando em cada palavra que a cigana me disse, incluindo a morte de meu pai, se ela sabia disso, certamente falava sério sobre o demônio que rondava a cidade. Eu me sentia completamente insegura e aflita, poderia ser qualquer um disfarçado a minha volta, um colega, um amigo, um vizinho, ou até um parente. Mas eu estava apenas sendo dramática, afinal eu nem sabia se era verdade.
Enquanto tomava banho tentava esquecer tudo aquilo, pois quanto mais eu pensava mais medo eu sentia. Vesti minha roupa de dormir e me encolhi de baixo dos lençóis e aconcheguei minha cabeça no travesseiro, na confiança de que eu cairia no sono logo. Depois de uns quinze minutos eu finalmente sentia meus olhos se fecharem de sono, mas o momento de tranquilidade acabou, despertei com o barulho da porta de meu quarto se abrir com um rangido, logo depois, ouvi passos de pés descalços vindo em minha direção.
Virei-me rapidamente e me deparei com uma garotinha bem ao meu lado, usava uma camisola suja, seus cabelos eram loiros e lisos a altura dos ombros, pés descalços e machucados, pele branca e pálida, e lindos olhos azuis, era tão linda que parecia um anjo, sua idade com certeza era quatro ou cinco anos.
Ela me chamou com uma das mãos eu a segui até a porta de meu quarto e depois ela desapareceu no corredor escuro.
 Eu a segui com calafrios na nuca passei pelo corredor escuro de olhos fechados e quando eu os abri estava em outro lugar, um lugar estranho. O ar era quente. Era uma cidade destruída, tinha janelas quebradas, cortina rasgadas, carros virados, jornais e lixo pelo chão e pela calçada. Havia pessoas caminhando vagarosamente.
Tinham olhos amarelos, pele cinza, roupas rasgadas, e uma expressão de cansaço e tristeza.
Tentei dizer algo mais as palavras não saiam, comecei a ficar em pânico quando vi a garotinha entrar em uma casa, eu corri atrás dela, quando cheguei a casa, me deparei com fotos e cinzas por todo o chão, as paredes descascavam e as cortinas estavam rasgadas e sujas. Ouvi uma voz de criança cantar uma música de dormir que meu pai cantava para me fazer dormir quando eu estava com medo.
Segui a voz e cheguei a uma porta rachada e suja, havia uma plaquinha rosa que dizia Melory, certamente era o nome da menininha. Quando abri a porta à voz havia sumido e não tinha ninguém no quarto. Meus olhos percorreram atentamente todos os detalhes do quarto: um papel de parede roxo, um piso cheio de cinzas, uma cama quebrada e suja cheia de bonecas de pano.
Olhei pela janela e avisei a garotinha no quintal sentada perto de um grande abismo, ela brincava com seu ursinho e parecia estar feliz, ela se levantou e ficou bem perto do abismo, ela olhou para baixo e sorriu, eu tentei gritar ''não'', mas as palavras não saiam, mas foi como se ela tivesse escutado, imediatamente olhou para mim e sorriu docemente.
Ela abriu os braços e sem aviso nenhum saltou dentro do abismo. Corri para o quintal e olhei para dentro do abismo, mas só consegui avistar nevoa escuridão, e um ar frio. Uma lagrima escorreu de meus olhos tomando seu caminho até meu pescoço, foi ai que senti uma mão gelada em meu ombro, quando virei era a garotinha, só que seus olhos estavam completamente negros e brilhantes, e embaixo deles uma cor roxa marcava a pele pálida, seus lábios estavam rachados.
Aquela coisa estava longe de ser a mesma garotinha que eu vira minutos antes. Ela esticou os lábios em um sorriso tenebroso, seus dentes eram pontudos e amarelados, ela foi se aproximando lentamente de mim, eu não sabia o que fazer, meu coração batia forte e minhas mãos tremiam, eu não pensava direito, fui me afastando, me afastando de vagar, em um momento de descuido eu pisei em falso e cai dentro do abismo, sim, eu cai, eu sentia a escuridão me engolir na medida em que eu afundava, eu só ouvia o eco de meus gritos desesperados, parecia que aquele abismo não tinha fim.
Tentei agarrar um galho e acabei cortando minha mão, comecei a sufocar, e então... Tudo ficou escuro. Dei um pulo da cama e arregalei os olhos, fui me tranquilizando aos poucos ao constatar que aquilo tudo não passara de um pesadelo, um pesadelo bem real, tão real, que minha mão amanhecera machucada.
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estacaoproblema · 12 years ago
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4º - (A cigana) - Web LuAr - Amor Sombrio
No dia seguinte quando acordei já era terça, liguei a TV e no noticiário da manhã dizia que as aulas haviam sido canceladas porque quatro alunos haviam sido mortos ao sair do colégio, seus corpos foram achados completamente mutilados em uma casa abandonada no bosque. Não sabia se ficava feliz por me distanciar daquele inferno ou se ficava triste pelos que morreram.
Desci as escadas até o primeiro andar onde minha mãe bebia seu café e lia seu jornal tranquilamente.
–Mãe você viu o noticiário? -Disse meio desesperada.
–Claro que vi e já estou pensando em muda lá de escola. -Disse ela.
–Mais não parece muito preocupada. -Coloquei as mãos na cintura.
–Só não estou muito surpresa, já vi noticias como essas onde morávamos antes.-Disse minha mãe tomando mais um gole de café.
–Bom... Mas isso aconteceu a poucos metros de casa, não se preocupa?-Perguntei com um copo de suco nas mãos.
–Minha querida, é um lugar pequeno, logo descobriram quem foi... -Disse com uma voz tranquila.
Eu queria ter-me tranquilizado com o que minha mãe disse, mais o medo só aumentava, só em pensar que quem fez isso morava bem perto de mim, poderia ser meu vizinho ou... Sei lá quem. O telefone começou a tocar de repente, eu dei um pulo de susto, e com a mão no peito eu disse baixinho para mim mesma:
– Tenho que me controlar, esta tudo bem, calma...
–Atenda ao telefone meu amor!
–Alô! -Disse eu ao telefone.
Pelos gritos logo deduzi que era Mel.
–Você viu o jornal esta manhã? -Perguntou aos gritos.
–Eu vi e... Não e muito cedo para fazer ligações? -Disse eu.
–Você é tão engraçada Luh!! -Gritou ela ao telefone.
–Na verdade eu liguei para perguntar se... Você gostaria de ir ao parque de diversões comigo, por favorzinho, diga que sim!-implorou ela ao telefone.
Eu bem que pensei em dizer não, mas foi ai que lembrei que Mel não tinha muitos amigos, e eu com meu coração de manteiga sabia que sentiria muita culpa depois, então um sim saltou de minha garganta, contra a minha vontade.
–Muito obrigada, passo ai às 20h00min, talvez eu atrase, ta bom, tchau!
Antes de falar tchau ou mudar de ideia ela já tinha desligado.
–Quem era?-Perguntou minha mãe pouco interessada.
–Uma amiga do colégio, nós vamos sair hoje à noite. -Disse eu preparando meu cereal.
(…)
Comecei a me arrumar às 19h30min, tomei banho e depois quase desfiz todo o meu guarda roupa procurando algo simples e bonito, por fim penteei meus cabelos e os deixei soltos, caídos sobre os ombros. As 20h06min ela e a mãe dela passaram de carro pra me buscar.
No caminho Mel estava tão ansiosa que não parava de falar um só minuto, ao chegarmos ela me puxou pelo braço pra fora do carro, só ai eu pude ver direito como o parque era lindo, cheio de crianças correndo, e rostos alegres ao meu redor, tudo aquilo me fez lembrar a primeira vez que meu pai me levou em um parque de diversões.
Havia muitos brinquedos legais, como a roda gigante e o túnel fantasma, onde dava pra ouvir gritos e risadas em toda parte, mas o que chamou minha atenção mesmo foi uma grande barraca prata com estrelas douradas, havia uma placa ao lado que dizia: ''Madame destino''. Enquanto Mel tentava acertar umas latas para ganhar um bichinho de pelúcia.
Eu entrei na barraca, uma mulher esperava sentada em uma mesa, uma mesa redonda forrada com uma toalha roxa. A moça estava vestida de cigana, sua pele era morena, seus cabelos pretos, e seus olhos eram de um verde meio escuro.
Sem nenhuma palavra ela fez um gesto com a mão para mostrar meu lugar, assim que me sentei ela puxou meu braço e começou a ler a palma de minha mão.
–Hum... Vejo uma garota tímida e estudiosa, que perdeu o pai em um acidente de carro no passado quando você era apenas uma criança. –Ela disse de olhos fechados
–Como... Como... Sabe isso?-Perguntei surpresa com os olhos arregalados.
De repente sua expressão mudou, ela me encarou com espanto e soltou minha mão bem de vagar, e disse com uma voz assustadora:
–Você corre perigo, um sério perigo garota.
–O que? Mais do que você esta falando agora?
–De um ser das trevas!-Respondeu ela.
–Que ser das trevas você se refere?-Disse com um tom de deboche.
–De um demônio... –Ela estreitou os olhos e sussurrou a palavra.
–Não pode ser verdade, você esta delirando!–Disse eu já puxando minha mão de volta.
–Madame destino nunca erra...-Disse ela com um sorriso.
–Você é louca!-Disse assustada me levantando da cadeira.
Ela suspirou e tirou de uma bolsa um lindo colar com uma grande pedra vermelha e brilhante.
– Leve este colar com você, ele te protegera garota. -Disse ela ignorando o que eu disse.
–Mas... –Quando eu ia perguntar algo ela me interrompeu.
–Enquanto estiver com o colar nada poderá machuca- lá... E lembre-se, madame destino nunca erra...
Ao dizer isso uma fumaça roxa a cobriu, quando a fumaça clareou a cigana não estava mais lá, eu estava sozinha ali, com cara de surpresa, esperando algo acontecer, mas nada aconteceu.
Naquela noite não consegui dormir, milhares de perguntas sem resposta e pensamentos rodopiavam em minha mente, quanto mais eu tentava esquece lós, mas eles se multiplicavam, eu fiquei a noite inteira pensando em meu pai, pensando como seria se ele ainda estivesse vivo e como a cigana sabia de sua morte.
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estacaoproblema · 12 years ago
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3º - (Arthur Aguiar) - Web LuAr - Amor Sombrio
O sinal logo tocou, Mel me arrastou corredor adentro ate chegarmos à sala números doze, quem nos visse, deduziria que somos amigas há anos. O professor já nós aguardava sentado em sua mesa com uma caneca de café em mãos, ele levantou-se e caminhou até nós duas.
–Você deve ser a aluna nova, certo? –Ele me analisou.
–Certo. -respondi puxando uma mecha de cabelo pra trás da orelha.
Ele folheou um caderno vermelho até achar o meu nome, com o dedo ele apontou o meu lugar.
–Vamos! -disse Mel animada.
O resto dos alunos foi chegando aos poucos. Mel sentou-se em uma carteira ao lado da minha e puxou da bolsa um caderno rosa. Eu estava distraída olhando a paisagem do lado de fora, quando Mel me cutucou me afastando de meus pensamentos.
–O que foi? –Disse meio irritada.
–Só queria dizer, que sorte a sua!–Ela disse meio alto, mas depois que percebeu soltou um risinho.
–Porque diz isso?–Franzi as sobrancelhas.
–Aquele é seu colega de classe. –Ela soltou outro risinho agora olhando pra porta.
Foi quando eu o vi pela primeira vez, ali parado na porta, era lindo. Sua pele branca e pálida, seus cabelos eram de um tom lindo de castanho escuro, seus olhos tinham um brilho incomum é eram castanhos esverdeados, mas para castanho do que para verde. Meus olhos se fixaram nele, percorriam cada centímetro de seu belo rosto, eu o encarava como se estivesse hipnotizada por sua beleza obvia, quando percebi que Mel sorria sarcasticamente para mim eu desviei o olhar.
–Que foi?-tentei disfarçar.
–Nada não.
–E... Qual o nome dele mesmo?
–Bom, ele não e muito amigável, então e melhor você nem tentar nada.
–Eu não pensei nisso. -Disse puxando minha franja para traz.
–Ele se chama Arthur Aguiar, pelo que sei mora sozinho e se mudou há poucos anos, sempre senta sozinho, pra falar a verdade, ele só se senta com o colega de classe quando é obrigado, até os professores tem medo dele. -Sussurrou.
Durante as aulas permiti-me espiá-lo algumas vezes sobre o ombro, ele terminava a lição em segundos é não prestava atenção em nada que os professores diziam, como se soubesse toda a matéria, às vezes anotava algumas coisas em uma agenda preta, a agenda me chamava à atenção, eu nunca ficara tão curiosa antes. Logo o sinal tocou e todos se dirigiram ao refeitório, eu olhei pra traz na esperança de vê-lo de novo, mas ele não estava mais lá.
–O que foi? Parece insegura. -Perguntou Mel dando uns pulinhos a caminho do refeitório.
–Será que fazer par com Arthur e tão ruim?-Fiz uma careta.
–Mas claro que é ele não escuta, não colabora, não fala, e bom... Ignora-te a aula toda! -Ela dizia enquanto dava mais pulinhos. –Mas ele é bem inteligente, disso eu sei as melhores notas da classe... -Disse ela sorrindo.
–Mas ele parece tão...
–Legal? Que nada, ele é só bonito, não e gentil nem amigável.
–Ele não tem amigos?
–Não, ele é arrogante demais para ter amigos, todos que chegam perto dele ou são completamente ignorados ou levam um fora tão grande que desejam enfiar a cabeça em um buraco.
Pegamos nosso lanche e nos sentamos em uma mesa perto da janela, onde dava para se notar lindos pássaros vermelhos com alguns detalhes pretos em volta dos olhos e nas penas do rabo.
–Tudo bem, Lua?-Perguntou Mel petiscando uma batata frita.
–Hã, tudo, só estava observando aqueles pássaros. -Disse apontando na direção deles.
–Aqueles pássaros são estranhos, se alimentam de animais mortos, é nojento, só aparecem uma vez ou outra, já tentei estuda-los milhares de vezes, mas eles misteriosamente somem. -Mel fez uma careta.
Comecei a varrer o refeitório com os olhos, foi ai que encontrei Arthur, estava sentado numa mesa encostada na parede observando sua agenda estranha. De repente seus olhos encontraram os meus, ele me lançou um olhar gelado, estava praticamente me fuzilando, fiquei com as bochechas vermelhas e um tanto sem graça.
–Eu disse... Não deve encará-lo demais, ele odeia quando fazem isso. -Mel disse lançando uma rápida olhada pra ele.
–Ele é estranho. -Disse ainda com a estranha sensação de estar sendo observada, ou... Fuzilada.
–Bota estranho nisso. -Disse ela tomando um pouco de Coca.
Pouco depois de terminarmos de comer o sinal tocou, nós duas íamos juntas para a classe, Mel tagarelava qualquer coisa sobre a novela, eu não sabia se prestava atenção nela, na multidão de alunos que me atropelavam ou em meus pensamentos confusos. Mas aconteceu algo que eu não esperava, eu estava tão distraída que acabei batendo em algo, ou... Alguém.
Sim, era Arthur, seu peito era rígido e sua pele muito quente, seu cheiro... Nem se fala, delicioso, Arthur era o mais belo exemplo de homem gostoso. Não sei se digo que era um sonho ou um pesadelo, sonho por eu estar perto dele o bastante pra notar as raias douradas em seus olhos castanhos esverdeados, e pesadelo por eu ter perdido o equilíbrio e ter caído no chão, de bunda, e como se já não fosse humilhada o bastante, ainda tive de suportar as risadas, e Arthur me fuzilando com os olhos.
Minhas bochechas já estavam vermelhas feito tomates, pensei que ele ia se virar e ir embora mas... Por algum motivo ele estendeu a mão pra me ajudar, as risadas pararam imediatamente, eu peguei sua mão, era quente e macia... Arthur me puxou sem o mínimo de esforço, me levantou como se eu fosse uma boneca de pano.
Nossos olhares se cruzaram mais uma vez, e ele estreitou os olhos, meu coração acelerou, ele olhava no fundo dos meus olhos, olhava tão profundamente, que ate parecia que estava vendo... Minha alma. Tive a estranha sensação de que minha mão estava esquentando dentro da dele.
–Ai. -Gemi baixo quando senti um pequeno choque na mão.
Arthur a soltou rapidamente, quando eu estava prestes a me desculpa ele simplesmente se virou e foi embora, como se nada tivesse acontecido.
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estacaoproblema · 12 years ago
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2º - (Primeiro Dia De Aula) - Web LuAr - Amor Sombrio
Eu acordara ás 06h00min com os berros da minha mãe no primeiro andar.
–Já vou! -Gritei do meu quarto.
–Vamos querida, já fiz o café!
Levantei-me sonolenta e me arrastei até o banheiro sem vontade nenhuma de ir à escola. Entrei no Box e tomei uma ducha quente, tão quente que minha pele ardeu, fiquei de baixo do chuveiro por uns 15 minutos que foram o bastante para me deixar disposta. Woody Rainy costumava ser quase sempre muito fria. Vesti meu uniforme, eu odiava aquele uniforme, quando eu andava a saia pulava, isso fazia que alguns velhos caquéticos ficassem olhando meu bumbum. Desci as escadas com a mochila nas costas.
–Bom dia, mãe. - Disse quando me sentei à mesa.
–Bom dia, querida. - Respondeu Maria Cláudia.
Minha mãe era uma mulher muito bonita, seus cabelos sempre foram longos e castanhos com algumas mechas brancas que a deixava mais bonita ainda.
–Eu preparei panquecas de maçã. -Disse minha mãe animada.
–Que bom. -Respondi.
(...)
– Mãe, eu preciso ir. -Disse eu limpando a boca com o guardanapo quando percebi meu atraso.
–Eu te levo meu amor! -Ela se levantou.
–Não precisa mãe, sério.
–Mas qual o problema?
–Nenhum, é só que... Que...
–Então vamos logo. - Disse ela me interrompendo.
(...)
–Tchau meu amor eu te amo! –Gritou ela dando uma arrancada o carro após me deixar no estacionamento da escola.
Respirei fundo e fiz esforço pra não sair correndo dali e me jogar atrás da primeira moita que eu achasse. As pessoas me encaravam, principalmente as chearleadrs, que me avaliavam de cima a baixo com um olhar de nojo.
–Você veio com a sua mãe? –Uma delas riu.
–Vim, qual o problema? –Tentei não me encolher.
–O problema é que você pagou mó mico. –Disse ela enrolando uma mecha de cabelo.
-Danesse eu não ligo... –Menti.
-Se eu fosse você eu ligava, por que você pode ficar com um apelido muito fofo pelo resto da vida... –Disse ela com aquela cara de deboche que eu odiava.
-É... que pena que você não é eu, né. –Disse com um sorriso sarcástico e fazendo algumas pessoas soltarem risinhos.
Ela me olhou com um ódio imenso, virou as costas e foi embora sendo seguidas pelas outras.
–Parabéns nunca nenhuma novata deu um fora na Megan! -Disse uma menina morena que apareceu do nada.
–E quem é você?
–Sou Mel, e você deve ser a garota nova, a... A...
–Lua, mas pode me chamar de Luh.
–Isso mesmo. Como pude esquecer? -Disse em um tom animado.
Mel era aquele tipo de garota faladeira e animada. Os cabelos ondulados tinham um tom incrível de castanho, e os olhos em um tom profundo de castanho, ela tinha um lindo sorriso estampado em sua face, Mel era linda.
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estacaoproblema · 12 years ago
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1º - (Prólogo) – Web LuAr – Amor Sombrio
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Pov Lua
Foi como se eu nascesse de novo, eu simplesmente apaguei, e quando eu acordei já não era, mas humana, bem... Não completamente. Às vezes ao lembrar do passado sinto falta de minha antiga vida, saudade do que eu era, só agora me dei conta de como minha vida era perfeita, de como a SUA vida era perfeita... Eu sentia dor e tinha medo como qualquer ser humano normal, mas agora... EU me considero o medo, está em mim ser assim, está correndo em minhas veias, está cada pequena partícula de meu corpo, em cada fio de cabelo. Às vezes eu desejo voltar no tempo, voltar no passado, quando as coisas faziam sentido... Quando eu tinha minha mãe, minha casa, quando eu ia à escola de manhã e sentia o vento soprar meus cabelos pra traz, quando eu podia ser normal, sinto saudade da minha necessidade de respirar, sinto saudade do pulsar do meu coração, se eu pudesse arrancar isso de mim... Essa... Maldição, mas não posso, eu escolhi ser assim, não posso mudar mas. Bem mas é melhor eu contar do começo...
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