#all4dream
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“Saudade tem sono leve. Ela acorda a qualquer mísera chance de você ter voltado só mais uma vez. Isso (que eu chamo de nós) existe a tanto tempo e eu não consigo explicar a gente pra ninguém. Nunca soube, mas uma coisa é fato: o querer existiu, tomou conta dessa atmosfera que nos separa. Existiu de forma demasiada, exalava, era visivel a olho nu. Tomou forma, quase falava, se tornou minha companhia.
Eu não sou íntima da língua portuguesa, mas tô usando o pretérito imperfeito pra falar de nós porque ele define o que a gente nunca conseguiu colocar em palavras: "ação no tempo passado que não foi finalizado, que foi interrompido". Não acabou, arrisco dizer que não vai acabar nunca. Existe tanto dentro dessas aspas, tudo que não foi vivido, falado, demonstrado. Parou no meio do caminho entre o coração e a boca, paira nesse espaço que é só seu.
Quando você volta, sua presença me faz esquecer completamente todo e qualquer tempo que você esteve ausente. O relógio (de forma insconsciente) para, desacelera pra aproveitar cada milésimo. Se ele pudesse andar pra trás, ele o faria, só pra ter um pouquinho mais de você. Se até o relógio, que tem como dom tomar o tempo pra si, sente saudade sua, imagina eu.
Essa saudade não é aquela que vem e passa. É aquela que aperta, que é regada de “e se”. É a nostalgia do que não foi vivido, do beijo que não foi roubado. Saudade é a curiosidade de viver. Ela habita no meu imaginário, contando as horas pra te ver, no mesmo relógio que parou só pra te ter.
As regras nunca foram claras, sequer existiram. O meu limite nunca foi imposto por você, talvez sentir demais tenha sido meu deslize. Diferente do meu querer que nunca deixou dúvidas, era explícito. Talvez escondido nas entrelinhas, mas ele estava ali, despido de qualquer máscara. Mesmo nas ruas de Paris, dentro do metrô, nos pontos turísticos, qualquer um saberia que meu consciente estava tomado de você.
É curioso, eu estou pouco a pouco esquecendo o seu rosto. Eu já não consigo idealizar nenhum tipo de primeiro encontro com você porque o meu imaginário não consegue personificar o personagem principal (por mais redundante que isso possa soar). Isso não é muito louco? Minha cabeça, de forma compulsória, está se desfazendo de você. Vez ou outra eu tenho que voltar naquela foto pra eu me apaixonar só mais uma vez. Meu coração ainda não se decidiu se está pronto pra te deixar ir, mas ele está dançando conforme a musica que o meu cérebro resolveu tocar.
Eu não queria esquecer o seu rosto. Eu não to pronta pra deixar a conversa codificada de lado ou de fazer meu autofalante desaprender o seu sotaque que ele ja decorou de tanto repetir a sua voz. Eu não sei se o meu coração ta disposto a trabalhar sem errar as batidas vez ou outra quando você aparece ou se o meu corretor vai se acostumar a não preencher mais o seu nome. Eu não sei se o meu fone de ouvido vai saber se comportar sem tocar aquela música que me faz lembrar você. Eu não queria ter que me despedir de quem eu sou quando você tá aqui. Eu não queria me despedir de nós (ou isso, como você preferir chamar). Eu não queria me despedir de você.”
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Por que nunca ninguém conseguiu acessar esse espaço do meu ser? Eu que nunca permiti ou o outro lado que não teve a receita exata pra me desvendar? Dádiva ou fatalidade justo você carregar essa responsabilidade? Você nunca me disse como se sentia e eu nunca tive a coragem de perguntar. Você não me obrigou, eu me apeguei de graça, sem você pedir. Quem leva a culpa disso tudo?
A gente aconteceu porque em algum momento, mesmo sabendo das circunstâncias, eu queria ver até aonde daria. Você nunca foi uma certeza, ainda que tenha sido alicerce quando minha mente me sabotava e mais um mar de coisas lindas que nunca te disse. Eu nunca consegui parar, era simplesmente tentador te ter e aterrorizante te deixar ir.
Não vou mentir, te conhecer foi único e eu já admiti pra mim mesma que eu não vou esquecer nunca. Sua alma esbarrar com a minha por aí foi arquitetado no detalhe. Só esqueceram de programar a minha existência com a sua ausência e eu ainda não sou autodidata. Nossos corpos físicos estarem distantes é só mais um ponto de um enorme parágrafo sem fim.
Me deixa saber quando sentir saudade ou quando pensar em voltar. Me deixa saber pra eu poder me preparar, organizar meu coração e minha mente. Me garante que está tudo bem, que você tá feliz e que não pensa em voltar tão cedo. Me avisa quando estiver a um passo de conquistar mais um degrau, pra eu te aplaudir daqui. Te ver crescer também faz parte do meu crescimento, mesmo que de longe.
Me certifica que a rota continua mesma, se os seus planos não mudaram, se o seu sonho se mantêm, pra eu saber torcer do lado de cá. Me dê sinais quando não for um dia bom, quando o universo não estiver ao seu favor, pra eu saber quando orar. Me tira dessa angustia do desconhecido. Deixa o seu ego de lado e me mostra o caminho só mais uma vez.
Estou aqui, desarmada, pra dizer que eu te quis, te quis muito. Eu desejei ter te encontrado em outra vida, ainda que nessa existência. Eu desejei profundamente que essa nossa versão não existisse só no mundo das ideias de Platão. Eu te quis mas o querer é o mesmo no presente e ouso dizer que não vai ser diferente em nenhum tempo verbal. Essa é mais uma forma de tentar te dizer que eu estou morrendo de saudade.
“Right person. Wrong time. Tell me if you've ever felt like this. Meeting the right person at the wrong time is absolute living hell. That's actually not talked about enough. The chemistry, that's undeniable. You like each other a lot, maybe you even love each other. But, you know, it's impossible to be together right now. Circumstances won't allow it, distance won't allow it. So, you lay in bed trusting that the universe would one day, one day maybe, bring this person back into your life.”
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03h14 am part II
Part I:
Queria poder te contar que falei de você na terapia. Falei de você pro motorista de aplicativo, pro moço da padaria, pro frentista e pro meu colega de trabalho. Falei de você pro meu médico, pra recepcionista e pra quem sentou do meu lado na sala de espera. Falei de você pro caixa do mercado, pro dono do açaí, pro meu chefe em meio a uma reunião. Falei de você, de nós.
Como eu previa, você foi eu tenho pensado muito em como eu me comportava quando você estava presente. Na real eu acho que sinto falta de você, mas sobretudo, daquela versão de mim mesma. Cara, a gente reluzia juntos e, consequentemente, esse brilho respingava em mim. De certa forma, eu brilhava.
Uma parte minha daquela versão não era de dar exemplo a ninguém, mas ainda assim, eu morro de saudade. Meu eu de antes tinha a segurança que em algum momento, teria alguém pra desopilar, pra tirar aquela sombra de um bournout se aproximando, fazendo eu respirar e ele voltar 5 casas. Meu eu com você me fazia ganhar uns minutinhos a mais de vida.
Acontecemos e era bom (pra caralho, diga-se de passagem). Era tão bom que eu esqueço da parte ruim e quase desejo passar por tudo de novo, só pra ver você chegando na minha vida mais uma vez. Eu não pensaria duas vezes. Assim como os planetas se alinham de tempos em tempos, te encontrar foi como esse fenômeno raro, mas que acontece uma única vez.
Estou escondendo meu lado madura, que lá no fundo, sabe separar a vontade terrena da necessidade imediata. De forma inconsciente me pego nesse estado emocional prematuro, na querência do irreal, como você mesmo dizia. Talvez a urgência em te ter seja pura pirraça do meu lado imaturo, que não consegue desejar nada além do que aquilo que já foi planejado.
Minha mente é bagunçada, congestionada, cheia de nós não desatados, mas o espaço que tem você eu cuido como quem cuida de algo precioso (você teria orgulho). Eu não quero perder nunca. Mesmo não querendo, eu tenho pensando muito em tudo aquilo que a gente teria sido. A gente nunca conversou sobre isso, a real é que eu nunca estive pronta pra essa conversa.
Do lado de cá, eu não também nunca soube se em algum momento você esteve pronto. Falar o que a gente sente deixa de ser abstrato e se torna real. Talvez a gente saísse machucados dessa conversa ou talvez estaríamos vivendo o extraordinário que só a nossa química poderia proporcionar. Essa incerteza me sufoca.
Não pude te contar, mas estive aí. Estive aí é pensei na gente mais uma vez. Senti o cheiro que me lembra você, o sol queimando na pele, a água salgada. Senti a brisa arrepiar a minha pele do jeito que só você conseguiu. Estive ai e não consegui pensar em nada além de você . Só agora eu entendi o porquê o rio de janeiro continua lindo. De fato, seu cheiro e sua voz duraram uma vida inteira.
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“E se eu te pedir com jeitinho, você volta? Tá bom, e se eu implorar, suplicar, você volta só mais uma vez? Eu te prometo que é a última e se não for eu faço ser, eu me viro, dou um jeito. Eu só preciso tomar um fôlego antes de seguir e eu não tô conseguindo sem você.
Pode rir da minha cara, como outras inúmeras vezes. Nós dois sabemos que esse lance de última vez nunca foi real né? A gente se atrai de uma forma ou de outra e mesmo que a distância que nos separa seja de uma ponta do globo pra outra, quando a gente menos espera, estamos ali mais uma vez, rindo de qualquer coisa juntos, mesmo que separados.
A real é que você me recarrega, me tira do eixo e mesmo assim me realinha, organiza meus pensamentos, me faz ver o outro lado. Me puxa fora da órbita que a ansiedade me coloca, me faz ver o que é real e o que minha mente autodestrutiva criou. Me questiona o óbvio e me pergunta o simples mais complexo que existe: “você tá feliz?” que nunca ninguém me perguntou. Você me reseta pra vida longe de você.
Você sabe onde me procurar, vez ou outra, pode voltar. Eu deixo (eu te imploro). Eu prometo te deixar ir rápido, sem sequelas, sem amarras. Eu só preciso adentrar aquela esfera que só você pode me colocar. Eu preciso esquecer, pelo menos um pouco, o caos que o mundo real está agora e só você pode me ajudar. Aqui nunca foi fácil mas sem você está mais difícil de levar.
Você sabe, pode vir despido de qualquer coisa. Nunca me importou sua classe social, suas raizes, seus medos, o que você tem ou o que você teve. Eu gosto de você de graça, sem segundas intenções (só as minhas favoritas). Eu tô aqui pra ser apoio, pra ser suporte, pra ser endorfina quando tudo estiver uma merda.
Eu prometi e eu to cumprindo. Eu to aqui na minha, ainda que morrendo de saudade. Seguro minha mão e meu gps pra não te procurar. Mas é que agora a minha bateria está acabando e nada pode alimentar. Essa é a minha última cartada, eu escrevo pra não ecoar em cada canto que eu vou. Quando puder, volta. Eu deixo (eu te imploro).”
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meant to be
https://www.youtube.com/watch?v=wXhTHyIgQ_U
Você não sabe mas eu ando te lembrando a cada passo dentro dessa casa. Tô aqui, na sala de estar, assistindo um filme qualquer e me questionei o quanto sua falta está presente, não só em mim, mas nos espaços físicos da minha casa. Ela nunca foi vazia, mas hoje em cada canto falta algo. Falta você e ela está assim sem mesmo te conhecer.
Confesso que as vezes ainda passo em frente ao nosso barzinho favorito só pra ver se a nossa mesa está ocupada. Ainda escuto Skank só pra ouvir aquela musica que me faz lembrar você. Passei a escrever com menos frequência, mas ainda rascunho frases soltas que se tornarão registros futuros sobre o você do passado. Ainda entro na nossa última conversa só pra rir mais um pouquinho e saio de lá com nó na garganta.
Nada é pra sempre ou definitivo. Tudo é finito e possui incontáveis recomeços. A gente se despede hoje e se cruza numa esquina semana que vem. Vivemos várias vidas dentro de uma só e cheguei à conclusão que uma não foi o suficiente com você. A gente ainda vai se cruzar, lá na frente, como dois estranhos se conhecendo pela primeira vez, carregados de memórias que nunca aconteceram.
Talvez hoje você não entenda meus motivos, meus medos e minha partida, mas saiba que eu fui embora com muita vontade de ficar. Leia-se muita na maior intensidade que essa palavra possa expressar. Eu fui embora com a bagagem pesada com tudo aquilo que não foi dito e que não foi vivido. Eu fui embora com muita vontade de você.
A gente vai seguir um sem o outro, você sabe e eu também, tá tudo bem. Mas vai faltar o beijo demorado, o carinho, o cheiro, o cuidado, a intimidade. Vai faltar o acordar junto, o sexo, o encaixe, o olhar, a risada, o chuveiro compartilhado, a primeira vez, as despedidas. Vai faltar o esperar você chegar, o dia longe com saudade, a surpresa, a reconciliação, o toque, o arrepio, a entrega, o detalhe. Vai faltar o calor, a lua de mel, a briga, a troca, o cheiro no cangote, o afago, o lar, o par.
Você me ensinou tanta coisa, trouxe a minha euforia que se encontrava latente. Enalteceu meu lado sagitariana, a personalidade favorita que habita em mim. Presenciou um dos ápices da minha ânsia por viver. Pôde provar do meu instinto do qual quase ninguém sentiu. Conheceu a química da junção de dois signos de fogo. Que encontro!
Ainda tá tudo aqui, guardado e ocupando um espaço que é só seu. Ficou tudo aquilo que não fomos, mas que ambos sabemos que daria muito certo. Eu nunca disse o que sentia por medo, mais uma vez. Por maior que tenha sido nossa troca, não sei até que ponto nossos corações estavam alinhados. Não sei se posso chamar de amor, mas deixo registrado que foi lindo, intenso e eu morro de saudade.
Tudo aquilo que eu disse quando você estava bêbado, desabafando de forma cômica, é muito pouco perto do ser que você se moldou. Eu te admiro e celebro por seu caminho dar de cara com o meu, apesar dos desvios que vieram depois. Aqui de longe, anseio para ver você conquistando tudo aquilo que me confiou a palavra e tudo aquilo que deseja baixinho, que só você e o seu coração sabem.
Guardo nosso quase-amor em um lugar que ninguém mais pisou. Quero te ver feliz, mesmo que eu não esteja ao seu lado pra ver o sorriso que me arrepia da cabeça aos pés. Que o seu cheiro seja o preferido de outro alguém também. Que a sua boca pertença a outra pessoa te que completa. Que a sua mão canhota seja preenchida por outra. Que você seja o lar de alguém, assim como foi o meu e que o nosso nós abstrato tenha a chance de ser concreto ainda nessa vida.
P.s: e que meu vidro embaçado tenha outra mão pra ser desenhado.
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03:14 am
https://www.youtube.com/watch?v=RF0HhrwIwp0
“Como denominar essa energia que atravessa meu corpo pro seu? Dança mais do que compassada, nossas bocas dentro daquele ritmo. Senti meu corpo queimar, das pontinhas dos dedos do pé até o topo da cabeça, e eu não estou dizendo de forma metafórica.
Eu fecho os olhos e consigo sentir o arrepio de quando abri a porta e lá estava você. Matei a sede que me acompanhava há tempos. Constatei que senti saudade do que nunca tinha experimentado. Como é possível? Seu corpo colado com o meu. Meu suor já não estava só em mim. Minhas mãos se perdiam no seu corpo, numa tentativa de decorar cada pedacinho. Foi como ler em braile. Transcendeu aquele pequeno espaço em que nos encontrávamos naquele momento.
Enquanto minha mente percorria esses instantes, pude te observar sentado na areia. O Sol estava indo embora, era aonde sua pele reluzia. Combinava com a minha, pensava baixinho. E foi ali que eu notei: não me importaria de viver isso aqui só mais um pouquinho.
Ali, sem filtro, com a pele salgada do mar, pude compreender isso que eu chamo de química. Eu quase que me esqueço das bagagens de um passado distante, me livro do escudo em que me protejo e me cedo ao inicio de mais uma trama. O problema é que a gente não pode prever o final dela.
A medida em que eu tento externalizar a minha linha de raciocínio, você ri e olha em linha reta em direção ao fundo da minha pupila dilatada, numa tentativa de compreender o que eu estou dizendo. É ai que eu perco o compasso, esqueço a sequência das letras. Como se eu estivesse aprendendo a falar no meio da minha segunda década de vida.
Opostos com signos de fogo, provável que o zodíaco nos explique. Se meu lado sagitariana falasse mais alto ali naquele segundo, ficaria mais fácil. Pensar demais me faz ficar presa quando nada me segura. Talvez a maior contrariedade existente.
Dentro de poucos dias, pode ser que nós nunca mais trocaremos uma palavrinha sequer. Seguiremos cada um com seu rito de um adulto, nada extraordinário. A diferença é que agora, carrego um pedacinho de você em mim. Seu cheiro e sua voz durarão uma vida inteira.
Enquanto te olho, em silêncio, comprovo que a cada encontro nessa vida mundana, deixamos um pouco com o outro e levamos dele outro tanto. É exatamente isso que preenche aquela bagagem que citei acima. Uns chamam de experiência de vida, outros historia pra contar. Essa, em especial, eu vou chamar de saudade. Eu nem fui embora, mas ela já está aqui entre nós.”
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